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Curso Básico Pro Tools 7.4 (Digidesign) Prof. André Sonoda Pro Tools 7.4 1 1. Pro Tools (Digidesign) Atualmente existem duas linhas de interfaces de áudio da Digidesign. Cada uma possibilita o uso de uma das versões do Pro Tools (software). Uma terceira versão deste software é dedicada às interfaces da M-Audio. Vejamos. • Pro Tools TDM – HD Systems (96 I/O – 192 I/O) • Pro Tools LE – Digi 003/ Digi 003 Rack/ M-Box • Pro Tools M-Powered – M-Audio Interfaces Pro Tools 7.4 2 2. Princípios e Conceitos de Operação e Funcionalidade 2.1. Ambiente não Linear de Gravação de Áudio O ambiente de gravação digital não é linear. Portanto, é possível seguir direto para um ponto da gravação, sem necessidade de adiantar ou retroceder a fita, como na gravação analógica, por exemplo. Neste tipo de ambiente não linear, existe a possibilidade de repetir ou re- organizar partes gravadas sem a necessidade de regravá-las. No Pro Tools partes originais gravadas não são destruídas, permanecendo no HD da forma como foram captadas. A edição também não precisa seguir uma linha do tempo como em gravações analógicas. Assim, podemos usar partes gravadas cortando-as, copiando-as, colando- as, deletando-as, processando-as em montagens sem destruí-las. 2.2. Channel, Track e Region Em gravação digital, classifica-se canal (Channel), tanto uma via física de entrada ou saída de sinal no Hardware, quanto uma Channel Strip (canal da página de mixagem). Em ambiente virtual (projeto de gravação no Pro Tools), cada canal da página de edição deve ser considerado uma trilha ou track de áudio ou MIDI, tendo esta, uma Channel Strip correspondente na página de mixagem. Vejamos, na figura abaixo, a demonstração da Channel Strip (página de mixagem), da Audio Track e da MIDI Track (página de edição). Pro Tools 7.4 3 Figura 01. Audio Track, MIDI Track (Esq.) e Channel Strip. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Arquivos de áudio, MIDI ou vídeo, em projetos do Pro Tools, são conhecidos como regiões (de áudio, MIDI ou Video). Figura 02. Audio Region (Esq.) e MIDI Region. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Cada arquivo de áudio, constante em um projeto do Pro Tools, é armazenado em um banco de regiões de áudio e pode ser arrastado para uma trilha da janela de edição. O acesso ao banco de Audio Regions é na parte inferior direita da página de edição em ícone com seta dupla voltada para esquerda. Ver figura abaixo: Pro Tools 7.4 4 Figura 03. Ícone de acesso ao banco Audio Regions (Esq.) e localização do banco na página de edição. Fonte: Pro Tools. 2.3. Digidesign Audio Engine - DAE A Digidesign Audio Engine – DAE, é a base do sistema operacional para gravação digital no Pro Tools. Quando instalamos o Pro Tools no computador, a DAE é automaticamente instalada. Este dispositivo virtual atua como o processador do computador, administrando a gravação, a mixagem, o armazenamento de áudio digital no HD, a quantidade de memória de transferência de dados (buffer), etc. A dimensão dessa memória (buffer size) pode ser alterada na caixa de diálogo do Playback Engine. 2.4. Playback Engine Dialog Na janela Playback Engine, é possível configurar a performance do sistema de gravação, ajustando as configurações de processamento, reprodução e gravação. O acesso é: Setup > Playback Engine Pro Tools 7.4 5 Figura 04. Acesso à janela Playback Engine. Fonte: Pro Tools. O Pro Tools LE processa o acesso aos dados (host) com a CPU, quando gravando, reproduzindo, mixando e aplicando efeitos. Ambos Pro Tools LE e Pro Tools HD processam plug-ins do RTAS (Real-Time-Audio-Suite) com processamento interno do hardware. Pode-se determinar o “tamanho” de buffer1 do hardware e o percentual dos recursos da CPU na janela Playback Engine. 1 Área temporária de memória para transferência de dados entre sistemas ou dispositivos de diferentes velocidades. Pro Tools 7.4 6 Figura 05. Janela Playback Engine. Fonte: Pro Tools. H/W Hardware Buffer Size Controla a dimensão do Buffer usado para os trabalhos de processamento e plug-ins em tempo real RTAS (real time plug-ins). Menores valores de Hardware Buffer Size melhoram a latência em algumas situações de gravação, além de melhorar a performance do sistema. Maiores valores de Buffer Size são mais indicados para sessões com grande número de plug-ins. RTAS Processors Determina a quantidade de processadores destinados para o processamento de Plug-ins em tempo real ou Plug-ins do RTAS (Real Time Audio Suíte). Caso o computador disponha de mais de um processador ou mais de um centro de processamento (dual core, por exemplo), pode-se determinar mais de um Pro Tools 7.4 7 processador para trabalhos com grande quantidade de plug-ins. Este recurso é usado em comunhão com CPU Usage Limit. CPU Usage Limit Usado em comunhão com RTAS Processors, estabelece limite de uso maior ou menor do processamento do(s) processador(es) para trabalhos com grandes ou pequenas quantidades de plug-ins. Para trabalhos com pequenas quantidades de plug-ins, é recomendado diminuir o limite de uso da CPU. Para trabalhos com grandes quantidades de plug-ins, é recomendado aumentar o limite de uso da CPU. RTAS Engine Possibilita eliminação de erros de RTAS durante playback e gravação. É usual quando gravando instrument plug-ins. Só habilite esta função se estiverem ocorrendo constantes erros durante processos de playback ou gravação. Este subsídio pode causar diminuição da qualidade de áudio. Para finalização de projetos, certifique-se de desabilitar esta função para garantir melhor qualidade de áudio na mixagem final. Minimize I/O Latency Quando habilitada, reduz a latência da supressão de erros. DAE Playback Buffer Size Determina a quantidade de memória DAE destinada para Buffers de discos. O nível padrão é 1500 mls (Level 2). Pro Tools 7.4 8 Valores menores que 1500 mls podem melhorar a velocidade de início de playback e gravação, embora também possa prejudicar processos de playback ou gravação em sessões com grandes quantidades de trilhas, altas densidades de edição, HD´s fragmentados ou lentos. Valores maiores que 1500 mls podem causar tempos maiores de início de playback e gravação ou demora na percepção de edições em modo playback. Entretanto, é melhor para uso com HD´s lentos ou fragmentados, sessões com grandes quantidades de trilhas ou densos processos de edição. Cache Size Determina a quantidade de memória DAE destinada para pre-buffer de áudio para playbacks ou loops com Elastic Audio. Normal é um estabelecimento ótimo para a maioria das sessões. 2.5. MIDI MIDI é um protocolo de comunicação entre instrumentos musicais e computadores (Musical Instrument Digital Interface). A indústria do áudio possibilita uma variadade de dispositivos que utilizam comunicação MIDI (Sintetizadores, Interfaces, módulos de som, drum machines, etc). A comunicação MIDI entre dispositivos se dá por cabos MIDI (5 pinos) e três portas, apesar de alguns dispositivos não apresentarem todas estas. São elas: MIDI IN – Entrada de sinal MIDI OUT – Saída de sinal MIDI THRU – Saída direta do canal IN Alguns termos MIDI são: MIDI Instrument – Dispositivo (hardware ou software) como plug-in ou teclado.Pro Tools 7.4 9 MIDI Interface – Hardware que possibilita a comunicação entre computadores e dispositivos. MIDI Device – Instrumento físico MIDI (teclado, drum machine, módulo, etc.). MIDI Controller – Dispositivo que transmite informação de performance. MIDI Control Surface - Dispositivo de envio de mensagens de controle. MULTITIMBRAL – Capacidade de reprodução de um dispositivo MIDI com timbres diferentes em canais diferentes simultaneamente. MIDI Port – Porta física MIDI. MIDI Channel – Canal de informação de performance. Program Change Event – Comando MIDI que informa que som ou patch (arquivo) usar. O protocolo MIDI tem 128 patch. Bank Select Message – Alguns dispositivos tem vários bancos. Cada banco com 128 patch. O Bank Select Message é um comando MIDI que informa que banco deve ser selecionado. Local Control – Especificação do controlador (encontrado em teclados). Possibilita que este execute sua própria fonte sonora. Desabilitando-o, o banco do teclado pode ser utilizado por controlador externo. Continuous Controler Events – Instruções MIDI para notas que estão soando, como modulação, pitch bend, volume, pan, etc. System Exclusive Data – Informação MIDI usada para enviar e receber parâmetros de informação de patch. Pro Tools 7.4 10 Virtual MIDI Nodes – Quando se usa MIDI com plug-ins no Pro Tools, são gerados pontos de conexão (nodes) que funcionam como portas MIDI possibilitando aplicação de efeitos de outro software, por exemplo. MIDI no Pro Tools O Pro Tools pode gravar, editar, reproduzir ou exportar informação MIDI. Pode-se conectar qualquer instrumento MIDI na interface via porta MIDI para enviar ou receber informação. Figura 06. Portas MIDI (MIDI THRU/ MIDI OUT/ MIDI IN). 2.6. Sincronização Para trabalhos com mais de um dispositivo digital conectado em um sistema, é comum utilizarmos um sinal de sincronização que determina um único parâmetro de tempo para o trabalho das diferentes unidades. O Pro Tools pode enviar ou receber sinal de sincronização para trabalhos deste tipo via Time Code SMPTE2/ EBU (apenas em Pro Tools HD) ou MIDI Time Code (MTC). 2.7. Surround Mixagens em modo surround, só são suportadas em Pro Tools HD. 2 Padrão internacional de comunicação entre dispositivos digitais. Pro Tools 7.4 11 3. Instalação do Pro Tools Ao ligarmos o Pro Tools no computador, pela primeira vez, devemos seguir os seguintes passos: • Conectar interface no computador desligado • Ligar computador • Instalar Pro Tools (Software) • Iniciar Pro Tools • Inserir código de autorização • Configurar seu sistema para um melhor desempenho • Fazer conexões de áudio ou MIDI Pro Tools 7.4 12 4. Características da Digi 003 e Digi 003 Rack Em Windows ou Mac, a Digi 003 ou 003 Rack tem as seguintes possibilidades: • Playback ou combinação de gravação e playback com máximo de 16 trilhas stereo ou 32 trilhas mono de áudio digital • Máximo de 128 trilhas de áudio com 32 trilhas simultâneas de playback, 256 trilhas MIDI. • Resoluções de 16 ou 24 Bits em taxa máxima de amostragem de 96KHz • Edição e automação de mixagem não destrutiva • 5 RTAS (Real Time Audio Suite) plug-ins por canal • Máximo de 5 hardware inserts por trilha • Máximo de 10 mandadas (sends) por trilha • Máximo de 32 grupos internos de mixagem Pro Tools 7.4 13 5. Conectando a Digi 003 ou 003 Rack no Computador • Conectar cabo de força na Digi 003 e em alimentação elétrica específica • Conectar cabo firewire em uma das portas firewire (1394) da Digi 003 Figura 07. Portas Firewire do Painel Traseiro da Digi 003 e 003 Rack. • Conectar a outra extremidade do cabo em uma porta firewire do computador. Se seu computador só tem uma porta firewire, conecte a outra extremidade do cabo em um driver externo (HD) conectado ao seu computador. Obs: a conexão da Digi 003 em drive externo conectado ao computador não possibilita o melhor desempenho do sistema • Espere a janela “Found New Hardware (encontrar novo hardware)” aparecer e deixe-a abrir. NÃO CLICK “NEXT”. Se a instação automática começar a instalar drivers cancele. Obs: Através da instalação é possível ignorar todas as janelas de novo hardware encontrado. NÃO CLICK “NEXT”. OBS: Alguns notebooks com sistema Windows só dispõem de porta firewire 4 pinos. As Digi 003 e 003 Rack apresentam conectores firewire 6 pinos. Para conectar um notebook com firewire 4 pinos com a Digi, é necessário um cabo adaptador de 4 para 6 pinos. 6. Conexão de Driver Externo (HD) Pro Tools 7.4 14 Conecte Drivers Externos (HD) diretamente para seu computador. Não conecte HD´s externos na segunda porta firewire da Digi 003. Isso evita perda de dados em caso de desligamento da interface. Obs: Antes de iniciar uma sessão de gravação, teste a transferência de dados para o HD. Em alguns casos, a transferência de dados não é adequada para projetos com grandes quantidades de trilhas, principalmente, em projetos com resoluções de 48KHz/ 24bits ou superiores. Pro Tools 7.4 15 7. Preferências do Pro Tools Na sessão de preferências do Pro Tools, pode-se estabelecer todas as características do modo de trabalho padrão (Default) do software. O acesso é: Pro Tools > Preferences Figura 08. Preferências. Fonte: Pro Tools. Na janela de preferências selecionamos as paletas e as configurações que necessitamos no modo padrão para projetos do Pro Tools. A janela é mostrada na figura que segue. Pro Tools 7.4 16 Figura 09. Janela de Preferências. Fonte: Pro Tools. Pro Tools 7.4 17 8. Criação de Novo Projeto (New Session) Na maioria dos softwares multitracks, criar um novo projeto é simples. No Pro Tools, basta seguir os passos: File > New Project Figura 10. Acesso à janela New Session. Após a solicitação de New Session, a janela da figura abaixo solicitará informações sobre o tipo de projeto que você deseja criar. Por exemplo: nome; pasta (folder) para salvar o projeto; resolução e taxa de amostragem; quantidade de trilhas de áudio, etc. Obs: Para usuários iniciantes, é imprescindível memorizar ou anotar o HD ou pasta de sistema onde será salvo o projeto. A figura abaixo mostra a janela “New Session” do Pro Tools. Pro Tools 7.4 18 Figura 11. Nova Sessão (Fonte: Pro Tools). A criação de pasta de arquivos de áudio é um passo básico do processo inicial de operação de softwares. Os projetos podem ser salvos na mesma pasta de arquivos de áudio ou em outra pasta determinada para este fim. Atualmente, alguns dos principais softwares multitrack disponíveis no mercado, criam automaticamente pastas de: fade out, fade in, cross fade, presets, configurações de plug-ins, etc. No Pro Tools, a criação das pastas de áudio, fades, etc. já é automática quando criamos um novo projeto. Na figura abaixo, pode-se perceber uma pasta de projeto de gravação do Pro Tools com as subpastas criadas (automaticamente). Pro Tools 7.4 19 Figura 12. Pasta de projeto de gravação do Pro Tools. (Fonte: Pro Tools e Pro Tools Reference Guide). Pro Tools 7.4 20 9. Abrindo um Projeto do Pro Tools (OpenSession) Para abrir um projeto já existente, podemos proceder de duas formas básicas. a) Click duplo no ícone do projeto b) File > Open Session Procedendo com a segunda opção, uma janela aparecerá possibilitando determinarmos o projeto que desejamos abrir. Abaixo temos o acesso à sessão de abrir projeto e a janela Open Session. Obs: O pro Tools só abre um projeto por vez. Figura 13. Open Session. Fonte Pro Tools. Pro Tools 7.4 21 10. Fechando um Projeto do Pro Tools (Close Session) Para fecharmos um projeto do Pro Tools, podemos: a) fechar as janelas de edição e mixagem com o mouse b) File > Close Session Figura 14. Close Session. Fonte Pro Tools. Seguindo a segunda opção, uma janela aparecerá com opções de salvar as mudanças antes de fechar. 11. Criação de Nova Trilha de Áudio/ MIDI Apesar da facilidade dos shortcuts (atalhos) com acesso via teclado do computador, os quais são basicamente utilizados por pessoas mais acostumadas com o software, a criação de nova trilha de áudio ou MIDI é uma operação simples. Os passos são: Pro Tools 7.4 22 File > Track > New Uma janela aparecerá, solicitando as configurações da(s) nova(s) trilha(s) de áudio, MIDI, Master Fader, Aux Input, etc. Após a criação da trilha, é preciso nomeá-la com a indicação do instrumento ou voz a ser gravado e estabelecer suas configurações de Input/Output (I/O), ou seja, entradas e saídas. É bom lembrar que, na maioria dos casos, uma trilha apresenta uma numeração e um nome que será apresentado, tanto na página de mixagem, quanto na de edição do software. Vejamos, na figura que segue, a paleta “Track” com a janela New Tracks. Figura 15. Acesso à janela New Track (acima) e Janela New Track (Fonte: Pro Tools). 12. Criando Templates no Windows ou Mac Um template é um modelo padrão (Default) de projeto que utilizamos mais frequentemente, evitando a criação de projetos semelhantes todas as vezes que precisarmos iniciar uma sessão com aquelas características. Pro Tools 7.4 23 Para criar um template de Pro Tools em Windows ou Mac: a) Crie um projeto (Session) no Pro Tools e estabeleça suas caracteríticas como quantidade de Tracks, Setup de I/O, Pan, inserts, etc. b) Salve o projeto e feche-o. c) Em plataformas Windows, abra o Windows explorer, acione botão direito do mouse no ícone do projeto criado, selecione Read Only em Attributes. d) Em plataformas Mac, selecione o ícone do projeto e digite: Option > I Ou File > Get Info Selecione Stationery Pad. e) Para utilizar o template, abra este projeto. Obs: É indicado criarmos projetos com as principais caracteríticas que utilizamos e nomeá-los de acordo com estas caracteríticas. Ex: Gravação 8 Tracks, Gravação 4 Tracks, Mix, Master, etc. Cada vez que abrir este template, o Pro Tools perguntará se deseja: a) Iniciar nova sessão com características do template b) Editar template (Edit Stationery) Pro Tools 7.4 24 Figura 16. Session Template. Fonte Pro Tools Reference Guide. 13. SETUP de Portas I/O (Input/ Output) A precisão da configuração das portas de entrada e saída de áudio é algo de extrema importância para gravações. Neste ponto, uma especificação incorreta impedirá o direcionamento de sinal de um canal de entrada à trilha desejada ou, de forma contrária, impedirá o monitoramento de áudio de uma trilha específica em canal de saída relativo. Na grande maioria dos softwares, os ícones de especificação destas configurações são localizados em cada trilha, havendo um para entradas (Input ou I) e outro para saídas (Output ou O). No Pro Tools, é preciso estabelecer o fluxo de entrada e saída de sinal em cada canal da interface na janela I/O. Só então, poderemos dispor destes subsídios em cada trilha para definirmos a fonte de sinal desta, assim como o direcionamento de sua saída. O acesso para a janela de I/O é: SETUP > I/O Figura 17. Acesso à janela I/O (Fonte: Pro Tools). Pro Tools 7.4 25 Vejamos agora, a janela I/O e suas configurações. Pro Tools 7.4 26 Figura 18. Portas I/O (Fonte: Pro Tools). Após o estabelecimento da configuração de entradas e saídas da interface, é necessário estabelecer as entradas e saídas de cada trilha do projeto. O acesso é via chaves I/O na própria trilha, na qual, Input determina o canal da interface para sinais de entrada e O (Output) determina o canal da interface para sinais de saída da trilha em pauta. Vejamos: Pro Tools 7.4 27 Figura 19. Estabelecimento de I/O nas trilhas do projeto (Fonte: Pro Tools – Reference Guide). 14. Páginas de Edição e Mixagem do Pro Tools O software Pro Tools é composto por duas páginas. Uma de edição e outra de mixagem. Pro Tools 7.4 28 Portanto, para trabalhos com este software, é sensato conhecermos o atalho do teclado (shortcut) que alterna entre estas duas páginas. Vejamos a demonstração na figura abaixo. Figura 20. Página de edição. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Pro Tools 7.4 29 Figura 21. Página de mixagem. Fonte: Pro Tools Reference Guide. 15. Acesso às Páginas de Edição e de Mixagem Para alternar entre as páginas de edição e de mixagem, podemos proceder de duas formas: Pro Tools 7.4 30 a) Atalho do teclado b) Windows > Mix (ou Edit) Figura 22. Alternar entre janelas de mixagem e edição. Fonte: Pro Tools. 16. Análise das Páginas de Edição e Mixagem Na página de Mixagem as trilhas aprecem como canais em uma mixer, com controles de: • Inserts • Sends • Habilitação de entrada e saída da Trilha • Amplitude • Panorama • Record Enable (Habilitação de Gravação) • Monitoramento de Entrada de Sinal na Trilha • Modo de Automação • Chaves Solo e Mute • Instrument Control • Mic Preamp (Apenas Pro Tools HD) Pro Tools 7.4 31 Na página de Edição as trilhas são mostradas em uma “linha do tempo” ou em função do tempo (Timeline), além de mostrar automação da mixer (página de mixagem) sobre edição, gravação ou arranjos em trilhas. Vejamos agora os ícones de cada página do Pro Tools. 17. Seletores de Direcionamento e Controles de Trilhas Em cada trilha temos as seguintes características: a) Na página de mixagem Figura 23. Controle de Trilha em Janela de Mixagem. Fonte: Pro Tools. Analisando a figura acima, temos um recorte da trilha na página de Mixagem. De cima para baixo esta apresenta: Seletor de Direcionamento da Entrada de Áudio na Trilha – Determina o canal da interface correspondente à entrada de sinal na Trilha. Seletor de Direcionamento da Saída de Áudio da Trilha - Determina o canal da interface ou auxiliar track correspondente à saída de sinal da Trilha. Pro Tools 7.4 32 Seletor de Modo de Automação - Determina o modo de operação da automação desta trilha. Seletor de Panorama do Canal – Estabelece o direcionamento angular do panorama (Pan) da trilha. Painel de Indicação de Panorama da Trilha – Indica o estabelecimento de panorama desta trilha. Chave Record Enable – Habilita gravação na trilha. Chave Monitoramento de Sinal de Entrada na Trilha – Possibilita o monitoramento do sinal de entrada na trilha. Chave Solo – Possibilita escuta da trilha em modo solo. Chave Mute - Impossibilita escuta da trilha. b) Na página de Edição Pro Tools7.4 33 Figura 24. Chaves Record Enable, Input, Solo e Mute. Fonte: Pro Tools. Analisando a figura anterior, temos um recorte da trilha na página de Edição. De cima para baixo, e da direita para esquerda, esta apresenta: Nome – Local do nome associado à trilha. Chave Record Enable - Habilita gravação na trilha. Chave Monitoramento de Sinal de Entrada na Trilha - Possibilita o monitoramento do sinal de entrada na trilha. Chave Solo – Possibilita escuta da trilha em modo solo. Chave Mute - Impossibilita escuta da trilha. Indicador de Modo de Edição da Trilha – Indica o modo de edição atual da trilha. Pro Tools 7.4 34 Seletor de Dimensão Vertical da Trilha – Aumenta ou diminui a dimensão vertical da visualização da trilha Seletor de Timebase (Base de Tempo da Trilha) – Alterna o modo da trilha de Sample-Based para Tick-Based e vice-versa. Seletor de Voice da Trilha – Determina a voice da trilha entre os modos: Dynamically Allocated Voicing, Off ou uma das Voices disponíveis. Seletor de Modo de Automação da Trilha - Determina o modo de operação da automação desta trilha. Seletor de Plug-in Elastic Audio – Controles de Elastic Audio Plug-in. 18. Ferramentas de Edição Vejamos as ferramentas da página de edição do Pro Tools. Figura 25. Chaves de Zoom. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Analisando esta sessão de ferramentas da página de edição, encontramos da direita para esquerda e de cima para baixo: Pro Tools 7.4 35 Zoom Buttons – Chaves de Zoom horizontais e verticais (áudio e MIDI). As chaves numeradas de 1 a 5, são presets de zoom. Zoomer – Possibilita diferente padrões de visualização das trilhas Zoom Toggle – Alterna entre o padrão de zoom atual e o pré-definido pelo usuário. Trimmer – Possibilita a modificação do ponto de início ou final de uma região. Selector – Ferramenta de seleção de partes da região Smart – Possibilita habilitação das funções de Trimmer, Selector e Grabber, simultaneamente. Neste caso, cada ponto da região acionará automaticamente uma dessas três ferramentas. Vejamos os pontos da região correspondentes a cada uma delas: Figura 26. Smart Tool. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Grabber – Ferramenta para arrastar regiões Scrubber – Possibilita audição da parte da região em tempo real arrastando o ícone (Scrubber) sobre a parte desejada simultaneamente ao acionamento do mouse. Pro Tools 7.4 36 Pencil – Ferramenta de edição MIDI com possibilidade de variaçnao do tipo de ferramenta. 19. Contadores e Indicadors de Seleção Na página de edição encontramos contadores de tempo e indicadores de seleção de partes de região. Estes mostram a atual localização do playback e seleção de edição, além de poderem mostrar o desenvolvimento do playback em diversas escalas de tempo. O indicador principal mostra a escala de tempo principal e o secundário (Sub Counter) mostra uma das opções de escalas de tempo estabelecidas como secundário pelo usuário. Os indicadores de seleção mostram início e fim da seleção e comprimento desta, empregando a escala do indicador principal. Estes contadores e indicadores de tempo também constam na janela de transporte do software. Figura 27. Contadores. Fonte: Pro Tools Reference Guide. 20. Modos de Edição do Pro Tools Figura 28. Chaves de Modos de Edição. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Pro Tools 7.4 37 No Pro Tools pode-se editar em quatro diferente modos: Modo Shuffle Neste modo de edição as regiões de áudio ou MIDI apresentam relação de tempo fixa entre elas. Regiões cortadas ou coladas influenciarão a duração total da trilha. Se, por exemplo, colarmos uma região de 10s no início da trilha todas as regiões serão afastadas para a direita 10s. Neste modo, as regiões não podem ser superpostas umas sobre as outras e mudanças em trilhas afetam todo o projeto. Em virtude da possibilidade de modificações no posicionamento das trilhas, este modo possui um subsídio de proteção. O acesso da proteção do Shuffle é control-click (Windows) or command-click (Mac) sobre a chave Shuffle na tela. Um ícone de Lock (bloqueado) aparecerá na chave Shuffle. Figura 29. Shuffle Lock. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Para desbloquear o Shuffle use: control-click (Windows) Ou command-click (Mac) sobre a chave Lock Shuffle na tela. Modo Slip Regiões podem ser movidas livremente dentro da trilha ou entre trilhas. Neste modo, regiões podem ser sobrepostas parcialmente ou completamente. Pro Tools 7.4 38 Neste modo, regiões de áudio ou MIDI não apresentam restrições acerca de mudanças de tempo do projeto. Modo Spot Neste modo, regiões podem ser localizadas em pontos específicos do projeto, os quais, seguem as determinações de samples das diversas escalas de tempo. Modo Grid Neste modo, regiões de áudio são localizadas em pontos de Grid (barras de divisão de tempo). Uma região arrastada para um ponto da trilha será, obrigatoriamente, localizada em um ponto de Grid. Existem duas variações deste modo. Para alternar entre as variações desta ferramenta, selecione a seta na chave Grid e estabeleça o modo de trabalho desta. a) Absolute Grid Uma região inserida no projeto, só poderá ser localizada em uma das subdivisões de tempo estabelecidas. Caso, esta seja arrastada para uma posição entre Grids, será automaticamente localizada na posição de Grid posterior. b) Relative Grid Neste caso, a localização de uma região na trilha pode se dar em uma posição diferente da posição de Grid. 21. Janela de Transporte Como já mencionamos rapidamente, as chaves da janela de transporte são também grandes conhecidas do público maior, pois seus ícones derivaram dos tempos do áudio analógico. Pro Tools 7.4 39 Atualmente novas modificações na concepção dos softwares passaram a incluir subsídios só encontrados em gravadores analógicos, como o caso do modo de monitoramento (Input Only Mode). Neste modo, a gravação está habilitada, possibilitando a escuta dos canais conectados na entrada do gravador. Vale lembrar que o gravador só estará gravando realmente, após o acionamento do comando para gravação. O acesso à janela de transporte é: Window > Transport Figura 30. Acesso à janela de transporte. Fonte: Pro Tools. Figura 31. Janela de Transporte. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Pro Tools 7.4 40 22. Marcadores e Régua de Base de Tempo (Timebase) Os marcadores e as réguas de base de tempo são importantes ferramentas de localização interna em um projeto de áudio digital. Esses subsídios são usuais nos processos de gravação, edição, mixagem e masterização. Vejamos a chave de habilitação de marcadores (Markers), a aparência deste na trilha, assim como as conhecidas Timebase Rulers. Figura 32. Markers. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Marcadores (markers) são utilizados para uma infinidade de funções em edições de projetos de áudio digital. Estes subsídios, em gravações analógicas, eram denominados “Locate” ou “Locate Point” e possibilitavam um retorno imediato da fita para o ponto marcado, quando acionada a chave de locate respectiva. No Pro Tools são considerados Memory Locations, os quais podemos classificar de marcadores. Para inserí-los, podemos dispor dos atalhos no teclado ou simplesmente, click do mouse no símbolo “marcadores” (Figura acima). A marca é inserida no ponto em que o cursor se encontra,sendo indicada na régua de base de tempo com o ícone de Marker ou Memory Location (ver figura abaixo). Pro Tools 7.4 41 Figura 33. Marker (Esquerda) e Marker na Régua de Tempo. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Uma janela de marcadores abrirá solicitando nome e especificações para o marcador em questão. Caso não seja inserido nenhum texto, as marcas serão nomeadas como: Location 1, Location 2, Location 3, etc. Figura 34. Janela Marker. Fonte: Pro Tools. Para inserir marcas no Pro Tools, podemos usar: a) Atalhos do Teclado b) Click do Mouse no ícone de marcadores Para levar o cursor até um marcador (Marker), podemos proceder com: Pro Tools 7.4 42 a) Click no marcador específico na régua de tempo. b) Selecionando o marcador específico na janela Memory Locations. O acesso é: View > Memory Locations Figura 35. Acesso à Janela de Gerenciamento de Marker (Esquerda) e Janela de Gerenciamento de Marker. Fonte: Pro Tools. 23. Habilitação de Canal Para Gravação (Record Enable) Em cada trilha encontramos, geralmente, quatro chaves denominadas: M (Chave Mute) S (Chave Solo) R (Chave Record Enable) I (Chave Track Input Monitor) As duas primeiras já são antigas conhecidas daqueles que trabalham em ambiente analógico (mixers). A terceira, serve para habilitar gravação na trilha. No Pro Tools, existe ainda uma quarta chave (I) de habilitação de monitoramento de entrada (Input) de sinal na trilha. Pro Tools 7.4 43 Uma trilha habilitada para gravação só a realizará após um comando específico de gravação (Chave Record na janela de transporte, onde também se localiza a Chave Play, Pause, Stop, etc.). É importante lembrar que, em alguns casos, uma gravação em uma trilha, apaga uma região já existente na mesma trilha e no mesmo local (Hora/ Minuto/ Segundo/ Milisegundo). É sempre bom lembrar que o processo de gravação se dará do ponto do cursor para a direita (sentido de tempo crescente). Percebamos, na figura, as chaves de habilitação de gravação, chaves Mute, Solo e Input Monitor além da janela de transporte com as chaves Record, Play, Pause, Stop, Forward e Rewind. Figura 36. Trilha Habilitada Para Gravação. Fonte: Pro Tools Reference Guide. 24. Gravação (Recording) No Pro Tools, o processo de gravação pode ser acionado pela janela de transporte ou pelo atalho do teclado. Command + Space ou 3 (no teclado numérico) Pro Tools 7.4 44 Evidentemente, é possível configurar as proferências para habilitar um atalho de teclado de sua preferência. Para iniciar a gravação usando a janela de transporte, é necessário acionar a chave Record Enable antes do Play. Vale lembrar que o as chaves Record Enable dos canais devem estar acionadas anteriormente, caso contrário, uma mensagem aparecerá indicando que nenhuma trilha encontra-se habilitada para gravação. No modo de trilha habilitada, já é possível a escuta dos sinais de entrada em cada canal da interface. Para parar a gravação a barra de espaço deve ser acionada. 25. Salvando Sessão Para salvarmos as modificações no projeto, devemos seguir os passos File > Save Project ou File > Save Project As Ao salvar o material gravado, deve-se atentar para possíveis equívocos sobre local e nome de salvamento. É comum nos confundirmos em procedimentos apressados. Além disso, algumas especificações como extensão de arquivo, são também facilmente confundidas. Outro aspecto importante é sobre a opção “salvar como (Save as)”. Neste caso, o material será salvo em substituição do anterior. Portanto, quando precisarmos substituir o material devemos utilizar esta opção. Por outro lado, se desejarmos salvar uma versão com alguma modificação para eventuais comparações ou testes, é conveniente salvarmos com o mesmo nome e adicionarmos uma palavra diferenciadora (Ex: teste) ao final do nome. Pro Tools 7.4 45 Na figura abaixo, temos representações do acesso à função de salvar, além da janela de salvar sessão com a função salvar como. Figura 37. Salvando Sessão. Fonte: Pro Tools. 26. Fade In/ Fade Out/ Crossfade Para criar Fades no Pro Tools, basta seguir um dos passos abaixo: a) Com a ferramenta de seleção (Selector), selecione a parte que deseja criar o fade e proceda com: Pro Tools 7.4 46 Edit > Fades > Create ou use os atalhos de teclado: Option + f (Mac) Control + f (Windows) Figura 38. Fades. Fonte: Pro Tools. Pro Tools 7.4 47 Figura 39. Janelas Fade In e Fade Out. Fonte: Pro Tools. Na janela de fades, os ícones encontrados são: Audição (Audition) Possibilita escuta do fade. Figura 40. Audition. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Apenas Curvas de Fades (Fade Curves Only) Mostra apenas as curvas do fade. Figura 41. Fades Curves Only. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Pro Tools 7.4 48 Curvas de Fades e Formas de Ondas Separadas (Fade Curves and Separate Waveforms) Mostra as formas de onda separadas. Figura 42. Fade Curves and Separate Waveforms. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Curvas de Fades e Formas de Ondas Sobrepostas (Fade Curves and Superimposed Waveforms) Mostra as formas de onda sobrepostas. Figura 43. Fade Curves and Superimposed Waveforms. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Curvas de Fades e Formas de Ondas Somadas (Fade Curves and Summed Waveform) Mostra as formas de onda somadas. Figura 44. Fade Curves and Summed Waveform. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Visão de Zoom (Zoom In/ Zoom Out) Pro Tools 7.4 49 Visualizacão de Zoom com maior ou menor precisão de imagem. Figura 45. Zoom In/ Zoom Out. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Figura 46. Fade Out shape Settings. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Nestas últimas funções da janela, da esquerda para direita, temos: Fade-In e Fade-Out Shapes Alterna entre forma de onda contínua (Standard) ou forma definida pelo usuário (S-Curve). Esta última apresenta variação de instensidade mais rápida no início do fade e mais lenta no final deste. Neste caso, a definição da curva é feita pelo usuário, arrastando partes da curva no editor. Vejamos os padrões ou presets do modo Standard: Pro Tools 7.4 50 Figura 47. Presets de Fade In. Fonte: Pro Tools. Figura 48. Presets de Fade Out. Fonte: Pro Tools. Cada um dos presets oferece forma diferente de variação de intensidade do início do fade até o final deste. Slope Settings Definições de intensidades em transições de fades e crossfades. Equal Power Usado para crossfades entre regiões que não tem coerência de fase, além de materiais distintos. Pro Tools 7.4 51 Equal Gain Usado para materiais com coerência de fase, além de materiais acusticamente semelhantes. Use Dither Usado para fades em regiões de baixas amplitudes ou de silêncio. Crossfade Para criar Crossfades no Pro Tools, basta selecionar a parte final deuma região e a parte inicial da região subsequente e seguir os passos abaixo: Edit > Fades > Create ou use os atalhos de teclado: Option + f (Mac) Control + f (Windows) Figura 49. Standard Crossfade. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Pro Tools 7.4 52 Este é o crossfade padrão, ou seja, afeta ambas as regiões (1 e 2). Neste tipo, é necessário a existência de material de áudio antes e depois do ponto de junção. Pode-se, contudo, criar crossfades apenas em uma das regiões, vejamos: Pre Crossfade Crossfade na extremidade final da primeira região. Figura 50. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Post Crossfade Crossfade na extremidade inicial da segunda região. Pro Tools 7.4 53 Figura 51. Post Crossfade. Fonte: Pro Tools Reference Guide. 27. Nomeando Trilhas Para nomear as trilhas no Pro Tools, basta: Click duplo no nome da trilha > digitar novo nome Figura 52. Nomeando trilhas. Fonte: Pro Tools. 28. Dimensão e Largura de Trilha (Track Height/ Track Width) É possível ajustar dimensões horizontais e verticais de trilhas nas janelas de mixagem ou de edição. Na janela de mixagem, encontramos dois modos de visualização das trilhas. Para alternar entre eles: Pro Tools 7.4 54 Command + Option + M Ou View > Narrow Mix Figura 53. Ajuste da largura de Trilhas (Narrow Mix). Fonte: Pro Tools. Para retornar à dimensão normal, siga os mesmos passos. A dimensão vertical da trilha pode ser ajustada na página de edição em seta preta ao lado direito do modo de edição da trilha (Waveform, por exemplo). Figura 54. Ajuste da dimensão vertical de Trilhas. Fonte: Pro Tools. É possível optar por uma das sete dimensões verticais disponíveis. 29. Grupos Para criar grupos no Pro Tools, podemos proceder de duas formas básicas. Pro Tools 7.4 55 a) Trilhas Adjacentes Selecionamos as trilhas desejadas com: Shift + Click (no nome da primeira e última trilha do grupo) Control + G (Windows) ou Command + G (Mac) Uma janela de New Group aparecerá solicitando nome do grupo. Nesta ainda é possível incluir ou excluir trilhas com Click nos seus respectivos nomes. Figura 55. Criação de Grupo. Fonte: Pro Tools. b) Control + G (Windows) ou Command + G (Mac) A janela New Group aparecerá solicitando os dados mencionados anteriormente. Pro Tools 7.4 56 30. Lista de Grupos Para criar, habilitar, modificar, suspender, etc. um grupo, pode-se usar a lista de grupos (lado inferior esquerdo da tela). O acesso é: Seta dupla no lado esquerdo inferior da tela. Figura 56. Acesso à Lista de Grupos. Fonte: Pro Tools. Para habilitar ou desabilitar um grupo: Pro Tools 7.4 57 Click sobre nome do grupo na lista de grupos Para criar novo grupo, configurações de Display, suspender, modificar ou deletar grupos: Figura 57. Acesso ao Pop-Up Menu da lista de grupos. Fonte: Pro Tools. Para modificar, duplicar, deletar, selecionar trilhas, mostrar ou ocultar trilhas, mostrar apenas as trilhas do grupo ou mostrar todas as trilhas: Click e segure sobre nome do grupo na lista de grupos Ou Click no ID do grupo na página de mixagem Figura 58. Acesso ao Pop-Up Menu da lista de grupos via Group List ou ID. Fonte: Pro Tools. Pro Tools 7.4 58 31. Consolidate É possível consolidar diversas regiões de áudio de uma mesma trilha, formando uma única região. Figura 59. Acesso à função Consolidate. Fonte: Pro Tools. Selecione as diversas regiões de áudio que devem compor a nova região e solicite: Edit > Consolidate Uma nova região será formada substituindo as anteriores. Pro Tools 7.4 59 32. Automação A automação no Pro Tools pode ser de alguns modos: Off Mode Modo que desabilita as seguintes funções de automação: Volume Pan Mute Send volume, pan, and mute Plug-in controls MIDI volume, pan, and mute Read Mode Executa qualquer automacão escrita para trilhas. Write Mode Escreve automação desde o início do playback até a função stop, apagando qualquer informação de automação anterior. Touch Mode Escreve automação enquanto faders ou chaves forem tocadas com mouse. Ao arrastar qualquer fader, o processo de escrita de automação para automaticamente. Latch Mode Pro Tools 7.4 60 Opera de forma similar ao Touch Mode, escrevendo automação enquanto faders ou chaves forem tocadas com mouse. Entretanto, só para o processo de escrita ao início da função stop ou mudança de modo de automação. Para acessar os diversos tipos de automação: Click > Automation Mode Selector Figura 60. Acesso à função automação. 33. Playlists No Pro Tools, é possível criar vários Playlists em cada trilha. O Acesso é: Chave Playlist ao lado direito do nome da trilha. Figura 61. Acesso à função Playlist. Pro Tools 7.4 61 34. Click (Metrônomo) É possível gerar um click ou metrônomo no Pro Tools da seguinte forma: Criando uma Trilha de Click (Click Track) com plug-in (metrônomo) Figura 62. Create Click Track. Fonte: Pro Tools. Para estabelecer o pulso, é necessário visualizar a janela de transporte com a expansão MIDI. Selecione: Figura 63. Acesso à janela de Transporte. Fonte: Pro Tools. Pro Tools 7.4 62 Figura 64. Expanção da Janela de Transporte (MIDI Controls). Fonte: Pro Tools. Na janela de transporte, desabilite a função tempo ruler no ícone conductor e estabeleça, na janela de Manual Tempo Mode, o andamento ou pulso. Figura 65. Tempo Ruler e Manual Tempo Mode. Fonte: Pro Tools. Duplo click no ícone de metronomo, abre a janela de Countoff/ Options. Figura 66. Countoff/ Options. Fonte: Pro Pro Tools 7.4 63 Nesta janela, estabelecemos opções de click durante playback e gravação, apenas em gravação ou apenas em Countoff. 35. Pan A definição de panorama é realizada na página de mixagem, em fader horizontal em cada trilha. Figura 67. Panorama. Fonte: Pro Tools. 36. Inserts e Sends Embora seja mais comum o emprego via página de mixagem, também é possível habilitar plug-ins, via página de edição do Pro Tools. Por esta página, também é comum o emprego de auxiliar sends (mandadas auxiliares). Pro Tools 7.4 64 Figura 68. Insert Plug-ins. Fonte: Pro Tools. 37. Importar Áudio Esta função é encontrada na maioria dos softwares multipistas. Trata-se do processo de conversão e importação de áudio para um projeto já existente. Neste caso, o software necessita adequar o tipo de arquivo de áudio que será importado com um formato e características de resolução e taxa de amostragem do projeto em questão. Uma grande parte dos projetos musicais, atualmente, é baseada em montagens de Samples (amostras) de áudio. Assim, a utilização da ferramenta de importação de áudio, é bastante frequente.O acesso é: File > Import Audio Pro Tools 7.4 65 Figura 69. Importação de Áudio para Projeto de Gravação. Fonte: Pro Tools. Na figura que segue temos a janela de importação de áudio do Pro Tools, assim como suas respectivas opções. Figura 70. Importar Áudio. Fonte: Pro Tools Reference Guide. Pro Tools 7.4 66 Ao finalizarmos o processo de importação de áudio, outra janela solicita opção entre New Track ou Region, podendo abrir o áudio importado já em uma nova trilha ou apenas como região armazenada no banco de regiões. 38. Mixagem Para realizarmos uma mixagem em ambiente digital, é necessário dispor da página de mixagem do software. Nesta, podemos ver os canais com todas as suas características individuais e possibilidades de estabelecimento de funções como Faders; Pan; Aux Sends; EQ; Chaves M, S, R; Sub-Masters, Inserts, etc. (Ver página de mixagem). A mixagem em ambiente digital difere essencialmente da analógica pela característica não linear de relação de tempo. Neste caso, pode-se alcançar um ponto desejado apenas definindo o local com o cursor do software, sem a necessidade de adiantar ou retroceder a fita, por exemplo. Em processos deste tipo, copiar, colar, editar, apagar, etc. partes de regiões de áudio ou regiões de áudio completas, assim como adiantar ou retroceder para pontos específicos da gravação, não representam gastos de tempo como em gravações analógicas. Outro fator importante é que os processos não necessitam de execução em tempo real, os parâmetros são definidos um a um antes ou durante a reprodução do material. Vale lembrar que subsídios de automacão (execução de funções de forma automatizada), evitam a necessidade de vários técnicos para um processo de mixagem, já que as funções, anteriormente definidas, serão realizadas pelo software. A grande indicação, neste caso, é salvar o projeto novamente após algumas modificações ou após cada modificação importante. 39. Bounce É o processo de resumir todas as trilhas como um único arquivo (geralmente stereo), salvando-o em pasta específica determinada pelo usuário. Este processo, em alguns softwares, é denominado bounce ou apresenta função com a indicação bounce file. Pro Tools 7.4 67 Neste processo, normalmente define-se: resolução, taxa de amostragem, tipo de arquivo que se deseja e a pasta onde desejamos salvar o arquivo que será exportado. Figura 71. Bounce. (Fonte: Pro Tools). 40. Masterização No caso específico da masterização, é possível utilizar o software multitrack, apesar de haver outros mais adequados ao processo, como os softwares específicos de Masterização. Entretanto, salvo algumas pequenas exceções, as possibilidades da maioria dos softwares multitracks são suficientes para realização do processo de masterização. Na figura abaixo, temos a representação de uma página de edição em um processo de masterização. Pro Tools 7.4 68 Figura 72. Masterização. Fonte: Pro Tools.
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