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________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ DIREITO PENAL CÓDIGO PENAL Parte geral: aplicação da lei penal (arts. 1 a 10). Anterioridade da Lei Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. ⮚ Princípio da reserva legal Não há pena sem prévia cominação legal. ⮚ Princípio da anterioridade Não há crime sem lei anterior que o defina. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica- se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Tempo do crime ⮚ Teoria da atividade: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Territorialidade Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram- se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Princípio da territorialidade. Cuida-se da principal forma de delimitação do espaço geopolítico de validade da lei penal nas relações entre Estados soberanos. A soberania do Estado, nota característica do princípio da igualdade soberana de todos os membros da comunidade internacional (art. 2.°, § l.°, da Carta da ONU), fundamenta o exercício de todas as competências sobre crimes praticados em seu território. Nesse sentido, dispõe o art. 5.° do Código Penal: “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”. Essa é a regra geral. Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos no território nacional. Há exceções que ocorrem quando brasileiro pratica crime no exterior ou um estrangeiro comete delito no Brasil. Fala-se, assim, que o Código Penal adotou o princípio da territorialidade temperada ou mitigada. Masson, Cleber. Direito penal : parte geral (arts. 1o a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 p. 137. Lugar do crime: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ⮚ Teoria da ubiquidade Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Princípio da Nacionalidade ou personalidade Esse princípio autoriza a submissão à lei brasileira dos crimes praticados no estrangeiro por autor brasileiro (ativa) ou contra vítima brasileira (passiva). De acordo com a personalidade ativa, o agente é punido de acordo com a lei brasileira, independentemente da nacionalidade do sujeito passivo e do bem jurídico ofendido. É previsto no art. 7.°, I, alínea “d” (“quando o agente for brasileiro”), e também pelo inciso II, alínea “b”, do Código Penal. Seu fundamento constitucional é a relativa proibição de extradição de brasileiros (art. 5.°, LI, da Constituição Federal), evitando a impunidade de nacionais que, após praticarem crimes no exterior, fogem para o Brasil. A propósito, confira-se o seguinte julgado do Supremo Tribunal Federal envolvendo o assunto: A Primeira Turma, por maioria, desproveu agravo interposto contra decisão que deu provimento a recurso extraordinário e fixou a competência de tribunal do júri estadual para julgar ação penal movida contra brasileiro nato, denunciado pela prática de homicídio de cidadão paraguaio, ocorrido no Paraguai. O pedido de extradição do brasileiro foi indeferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de sua condição de nacional [Constituição Federal de 1988 (CF/1988), art. 5, LI]. O colegiado entendeu que a prática do crime de homicídio por brasileiro nato no exterior não ofende bens, serviços ou interesses da União, sendo da Justiça estadual a competência para processar e julgar a respectiva ação penal. Asseverou, também, que o Decreto 4.975/2004, que promulgou o Acordo de Extradição entre os Estados-Partes do Mercosul, por si só não atrai a competência da Justiça Federal (CF/1988, art. 109, III, IV, e X). Isso porque a persecução penal não é fundada no acordo de extradição, mas no Código Penal brasileiro.72 72 STF: RE 1.175.638 AgR/PR, rei. Min. Marco Aurélio, l.a Turma, j. 02.04.2019, noticiado no Informativo 936. Por sua vez, aplica-se o princípio da personalidade passiva nos casos em que a vítima é brasileira. O autor do delito que se encontrar em território brasileiro, embora seja estrangeiro, deverá ser julgado de acordo com a nossa lei penal. É adotado pelo art. 7.°, § 3.°, do Código Penal. Masson, Cleber. Direito penal : parte geral (arts. 1o a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 p.139 Princípio da representação: Também denominado princípio do pavilhão, da bandeira, subsidiário ou da substituição. Segundo esse princípio, deve ser aplicada a lei penal brasileira aos crimes cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando estiverem em território estrangeiro e aí não sejam julgados. É adotado pelo art. 7.°, II, “c”, do Código Penal. E se a aeronave ou embarcação brasileira for pública ou estiver a serviço do governo brasileiro? Essa questão, simples, mas capciosa, já foi formulada em diversos concursos federais. Não incide no caso o princípio da representação, mas sim o da territorialidade. Lembre-se: aeronaves e embarcações brasileiras, públicas ou a serviço do governo brasileiro, constituem extensão do território nacional (art. 5.°, § l.°, do Código Penal). Masson, Cleber. Direito penal : parte geral (arts. 1o a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 p. 140. Princípio da Justiça Universal Conhecido também como princípio da justiça cosmopolita, da competência universal, da jurisdição universal, da jurisdição mundial, da repressão mundial ou da universalidade do direito de punir, é característico da cooperação penal internacional, porque todos os Estados da ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ comunidade internacional podem punir os autores de determinados crimes que se encontrem em seu território, de acordo com as convenções ou tratados internacionais, pouco importando a nacionalidade do agente, o local do crime ou o bem jurídico atingido. Fundamenta-se no dever de solidariedade na repressão de certos delitos cuja punição interessa a todos os povos. Exemplos: tráfico de drogas, comércio de seres humanos, genocídio etc. É adotado no art.haverá extorsão - CP, art. 158). ➢ Não admite modalidade culposa. ➢ Exige dolo específico. ➢ A vantagem deve ser econômica e indevida (divergência). ➢ Admite tentativa. ➢ Ação penal: pública incondicionada. ➢ Delação premiada: causa especial de diminuição da pena (direito subjetivo do réu) e circunstância pessoal ou subjetiva (não se comunica aos demais). Extorsão indireta Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. O estelionato é crime patrimonial praticado mediante fraude: no lugar da clandestinidade, da violência física ou da ameaça intimidatória, o agente utiliza o engano ou se serve deste para que a vítima, inadvertidamente, se deixe espoliar na esfera do seu patrimônio. A vantagem ilícita deve ser de natureza econômica. Prejuízo alheio significa dano patrimonial. A vítima deve ser pessoa certa e determinada (clonagem de cartão bancário caracteriza furto). ➢ Não admite modalidade culposa. ➢ Exige dolo específico. ➢ O estelionato é crime de duplo resultado: obtenção de vantagem ilícita + prejuízo alheio. ➢ A reparação do dano não apaga o crime de estelionato. ➢ Admite tentativa. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ➢ Ação penal: pública condicionada (regra geral) ou pública incondicionada (exceções). ➢ Competência: Justiça Comum Estadual (regra). ➢ Torpeza bilateral: embora a conduta da vítima seja reprovável, o estelionatário deve ser punido. ➢ Estelionato privilegiado: criminoso primário + prejuízo de pequeno valor (até um salário mínimo). Direito subjetivo do réu. A fraude é imprescindível à caracterização do estelionato. Em outras palavras, não existe estelionato sem o emprego de fraude Estelionato privilegiado § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. Figuras equiparadas § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Disposição de coisa alheia como própria I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; Defraudação de penhor III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; Fraude na entrega de coisa IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; Fraude no pagamento por meio de cheque VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. Fraude eletrônica § 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) § 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Estelionato contra idoso ou vulnerável § 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso. § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. SÚMULAS IMPORTANTES Súmula 554 STF O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal. Súmula 17 STJ Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Súmula 48 STJ Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque. Súmula 73 STJ A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual. Súmula 246 – STF Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos. Súmula 24 – STJ Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da previdência social, a qualificadora do § 3º, do art. 171 do CP. Art. 171, § 3º, do CP: A pena aumenta-se de 1/3, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. Fraude contra concessionária de energia elétrica: distinção entre furto qualificado pela fraude e estelionato Na fraude envolvendo energia elétrica, duas situações devem ser diferenciadas: Situação 01: o agente desvia a energia elétrica da rede pública para seu imóvel, com a finalidade de usufruir gratuitamente do serviço público, a exemplo do que se dá no chamado “gato”, em que o sujeito faz a ligação direta do poste situado em via pública para sua casa (ou empresa). A energia elétrica sequer é computada pelo medidor instalado pela concessionária. Nessa hipótese, o crime é de furto qualificado pela fraude, pois houve subtração de bem dotado de valor econômico Situação 02 o agente utiliza algum artifício para alterar o medidor de energia elétrica. Não há desvio da rede pública para seu imóvel. A empresa concessionária voluntariamente entrega a energia ao usuário, e ele se vale de meio fraudulento para enganar a vítima na leitura relacionada ao consumo do bem. O sujeito paga pelo serviço utilizado, porém em valor inferior ao devido. Essa é a sua forma de obter vantagem ilícita em prejuízo alheio. O delito é de estelionato. Como já decidido pelo Superior Tribunal de Justiça: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ A alteração do sistema de medição, mediante fraude, para que aponte resultado menor do que o real consumo de energia elétrica configura estelionato. AREsp 1.418.119/DF, reL Min. Joel llan Paciornik, 5,a Turma, j. 07.05.2019,noticiado no Informativo 648. Receptação • Própria → Saber ser produto de crime (dolo direto). • Imprópria → Influir para que terceiros receba, adquira ou oculte. • Culposa → Deveria presumir, preço muito abaixo. → Admite perdão judicial. • Qualificado → No exercício de atividade comercial, ainda que clandestina. ► Apropriação Indébita – ENTRE PARTICULARES→ Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: → O Dolo é subsequente. Ex.: Peço seu vade mecum emprestado de boa-fé, mas depois resolvo que não vou devolvê-lo. • A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: Em razão de ofício, emprego ou profissão. → Em depósito necessário; → Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial. • O STF e o STJ entendem que o pagamento de contribuições, a qualquer tempo (antes do trânsito em julgado) EXTINGUE a punibilidade. • NÃO há necessidade de COMPROVAÇÃO do DOLO específico. ► Apropriação Indébita Previdenciária – Agente que deixa de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. → É facultado ao juiz Deixar de aplicar a pena ou aplicar somente MULTA se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: Tenha promovido, APÓS o início da ação fiscal e ANTES de OFERECIDA a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios. → É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições , importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, ANTES do início da ação fiscal . ► Art. 181 – É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. ► Art. 182 – Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado. II – de irmão, legítimo ou ilegítimo. III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. ► NÃO se aplica: • Violência/grave ameaça • + 60 anos • Estranho que participa do crime. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Características gerais: a doutrina define como “crimes de falso” Não são puníveis a título de culpa, ou seja, os crimes contra a fé pública são necessariamente dolosos. Não admitem o princípio da insignificância Código Penal ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Moeda Falsa Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel- moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. (crime de elevado potencial ofensivo) § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. (infração de menor potencial ofensivo) § 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: (crime de elevado potencial ofensivo) I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. A falsificação grosseira, perceptível a olho nu, exclui o crime de moeda falsa (crime impossível) O crime de moeda falsa é considerado crime formal. Admite tentativa. Classificação doutrinária A moeda falsa é crime simples ( ofende um único bem jurídico); comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado ( consuma-se com a prática da conduta legalmente descrita, independentemente da superveniência do resultado naturalístico ); de perigo concreto (basta a potencialidade de dano à fé pública, reclamando prova da idoneidade da falsificação); de forma livre (admite qualquer meio de execução); em regra comissivo; não transeunte (deixa vestígios materiais); instantâneo (consuma-se em um momento determinado, sem continuidade no tempo); unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (pode ser cometido por uma única pessoa, mas admite o concurso); e normalmente plurissubsistente (a conduta pode ser fracionada em diversos atos). Masson, Cleber Direito penal : parte especial (arts. 213 a 359-T) - 13 ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023.p 420. __________________________________ Crimes assimilados ao de moeda falsa Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.(Vide Lei nº 7.209, de 11.7.1984) __________________________________ Petrechos para falsificação de moeda Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Classificação doutrinária O crime de petrechos para falsificação de moeda é simples ( ofende um único bem jurídico); comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado (consuma-se com a prática da conduta legalmente descrita, independentemente da superveniência do resultado naturalístico ); de forma livre ( admite qualquer meio de execução); em regra comissivo; não transeunte (deixa vestígios materiais); instantâneo (nos núcleos "fabricar", "adquirir" e "fornecer'') ou permanente (nas modalidades "possuir" e "guardar"); unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (pode ser cometido por uma única pessoa, mas admite o concurso); e norn1almente plurissubsistente (a conduta pode ser fracionada em diversos atos). Masson, Cleber Direito penal : parte especial (arts. 213 a 359-T) - 13 ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023. p 430. __________________________________ Emissão de título ao portador sem permissão legal Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa. CAPÍTULO II DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS Falsificação de papéis públicos Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle tributário,papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; III - vale postal; IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público; V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. § 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recebido de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) Petrechos de falsificação Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo- se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. Falsificação de documento público Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, equiparam- se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Falsificação de documento particular ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Falsificação de cartão Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito, Falsidade ideológica Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante : Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. (Vide Lei nº 7.209, de 1984) Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta- se a pena de sexta parte. Falso reconhecimento de firma ou letra Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Certidão ou atestado ideologicamente falso Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de dois meses a um ano. Falsidade material de atestado ou certidão § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de três meses a dois anos. § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa. Falsidade de atestado médico Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Uso de documento falso Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Supressão de documento Art. 305 - Destruir,suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular. DE OUTRAS FALSIDADES Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo poder público no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a autoridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o cumprimento de formalidade legal: Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa. Falsa identidade Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. Súmula 73 STJ - A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual. Súmula 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. Súmula 62: "Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na carteira de Trabalho e Previdência Social atribuído a empresa privada" . Súmula 104: "Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino" . Súmula 546 STJ - A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. Súmula 200 STJ - O Juízo Federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumo CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PECULATO: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Crime próprio, conduta prevista é a de subtrair o bem ou valor, ou concorrer para sua subtração e consuma-se no momento em que o agente adquire a posse do bem mediante a subtração. “nada impede que haja concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário público do agente”. ESPÉCIES DE PECULATO: Peculato furto (impróprio): o agente não possui a guarda do bem, praticando verdadeiro furto, que, em razão das circunstâncias. Peculato culposo: o agente, sem ter a intenção de participar do crime funcional praticado por outro funcionário, acaba, em razão do seu descuido, colaborando para isso. (se o agente reparar o dano antes de proferida a sentença irrecorrível “ou seja, antes do trânsito em julgado”, estará extinta a punibilidade). CONCUSSÃO: Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi- lá, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Crime próprio, só podendo ser praticado pelo funcionário público, ainda que apenas nomeado (mas não empossado),a conduta é EXIGIR vantagem indevida, agente efetivamente pratica a conduta de exigir a vantagem indevida, pouco importando se chega a recebê-la(crime formal) CORRUPÇÃO PASSIVA: Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Crime próprio, conduta é a de solicitar, receber vantagem ou aceitar promessa do recebimento de vantagem futura.(a pena aumenta 1/3 se devido ao crime o funcionário deixar de praticar ato de ofício). “nada impede que haja concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário público do agente”. Há bilateralidade entre os crimes de corrupção passiva e ativa? O Código Penal, no tocante à corrupção, rompeu com a teoria unitária ou monista adotada como regra em seu art. 29, caput, relativamente ao instituto do concurso de pessoas. Há dois crimes distintos - corrupção passiva (art. 317) e corrupção ativa (art.333) - para sujeitos que concorrem para o mesmo resultado. Nada obstante, questiona-se a possibilidade da existência de corrupção passiva sem a ocorrência simultânea da corrupção ativa. A resposta a esta indagação depende da análise dos núcleos dos tipos penais de ambos os crimes. Nesse sentido, a corrupção passiva contém três verbos: “solicitar”, “receber” e “aceitar” promessa. Por sua vez, a corrupção ativa possui dois outros verbos: “oferecer” e “prometer”. Com a confrontação dos arts. 317, caput, e 333, caput, conclui-se pela= admissibilidade da corrupção passiva, independentemente da corrupção ativa, exclusivamente em relação ao verbo solicitar, pois nesse caso a conduta inicial é do funcionário público. De fato, na prática o funcionário público pode solicitar vantagem indevida, sem a correspondente ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ anuência do destinatário do pedido. Nos demais núcleos - “receber” e “aceitar” promessa - a conduta inicial é do particular: ele “oferece” a vantagem indevida e o funcionário público a “recebe”, ou então ele “promete” vantagem indevida e o intraneus a “aceita”. Nesses casos, a corrupçãopassiva pressupõe a corrupção ativa. Masson, Cleber. Direito penal: parte especial (arts. 213 a 359-T) - 13. ed., - Rio de Janeiro: Método, 2023. FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO E DESCAMINHO Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. Pune a conduta do agente que deveria evitar a prática do contrabando ou descaminho, mas não o faz, facilitando-a. Trata-se de crime próprio, só podendo ser praticado pelo funcionário público, exigindo-se, ainda, que seja o funcionário público que tinha o dever funcional de evitar a prática do contrabando ou descaminho. Consuma-se com a efetiva facilitação para o crime, ainda que este último (contrabando ou descaminho) não venha a se consumar. PREVARICAÇÃO: Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Crime próprio, conduta é retardar ou deixar de praticar ato de ofício, ou, ainda, praticá-lo contra disposição expressa da lei com o dolo de satisfazer interesse ou sentimento pessoal. PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA: Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. Crime próprio, conduta é deixar de cumprir seu dever de vedarao preso(omissão) acesso a aparelho telefônico, rádio ou similar que permite contato com presos ou com o ambiente externo. CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA: Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa Nesse crime, o agente também deixa de fazer algo a que estava obrigado em razão da função, mas o faz por indulgência (sentimento de pena, de comiseração). DIREITO PROCESSUAL PENAL AÇÃO PENAL Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (CADI) ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Cônjuge Ascendente Descendente Irmão § 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. Ação penal privada subsidiária da pública: Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Ação penal privada Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão . e(CADI) Cônjuge Ascendente Descendente Irmão Decadência - (Extinção de punibilidade) Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 06 meses do conhecimento do autor do crime Nas hipóteses de ação penal de iniciativa privada, caso o ofendido não queira exercer seu direito de queixa, há 2 (duas) possibilidades : a) decadência: com natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade, consiste a decadência na perda do direito de queixa ou de representação pelo seu não exercício dentro do prazo legal (seis meses), contados, em regra, a partir do conhecimento da autoria. b) renúncia: a renúncia também funciona como causa extintiva da punibilidade, de aplicação restrita à ação penal exclusivamente privada e à ação penal privada personalíssima. Caso o ofendido queira abrir mão do seu direito de queixa, poderá fazê-lo por meio da renúncia, expressa ou tácita. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art29 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art29 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. Princípio da indisponibilidade Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. Para Renato Brasileiro “...se o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia, caso visualize a presença das condições da ação penal e a existência de justa causa (princípio da obrigatoriedade), também não pode dispor ou desistir do processo em curso (indisponibilidade). Enquanto o princípio da obrigatoriedade é aplicável à fase pré-processual, reserva- se o princípio da indisponibilidade para a fase processual”. Lima, Renato Brasileiro de Manual de processo penal: volume único - 11. ed. rev., ampl. e atual. - São Paulo: Ed. JusPodivm, 2022. p 285. Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo. Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. Réu preso: 5 dias Réu solto: 15 dias Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro. Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais. Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova. Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. DA COMPETÊNCIA Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: I - o lugar da infração: II - o domicílio ou residência do réu; III - a natureza da infração; IV - a distribuição; V - a conexão ou continência; VI - a prevenção; VII - a prerrogativa de função. CAPÍTULO I DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art16 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. §1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. § 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar - se-á pela prevenção. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. § 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção. § 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. CAPÍTULO III DA COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri. § 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados ou tentados. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) § 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência prorrogada. § 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência de juiz singular, observar-se- á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492, § 2o). CAPÍTULO IV DA COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art121%C2%A71 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art121%C2%A71 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art122 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art122p https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art123 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art123 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art127 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art410. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art492.. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art492.. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente. Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal. CAPÍTULO V DA COMPETÊNCIA POR CONEXÃO OU CONTINÊNCIA Art. 76. A competência será determinada pela conexão: I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras; II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal. Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. § 1o Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu, sobrevier o caso previsto no art. 152. § 2o A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu foragido que não possa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461. Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art51 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art51 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art53 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art53 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art54 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art152 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art461. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação. Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais processos. Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente. Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas. CAPÍTULO VI DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa. CAPÍTULO VII DA COMPETÊNCIA PELA PRERROGATIVA DE FUNÇÃO Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade . (Redação dada pela Lei nº 10.628, de 24.12.2002) Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas que a Constituição sujeita à jurisdição do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelação, àquele ou a estes caberá o julgamento, quando oposta e admitida a exceção da verdade. Art. 86. Ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e julgar: I - os seus ministros, nos crimes comuns; II - os ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com os do Presidente da República; III - o procurador-geral da República, os desembargadores dos Tribunais de Apelação, os ministros do Tribunal de Contas e os embaixadores e ministros diplomáticos, nos crimes comuns e de responsabilidade. Art. 87. Competirá, originariamente, aos Tribunais de Apelação o julgamento dos governadores ou interventores nos Estados ou Territórios, e prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e chefes de Polícia, juízes de instância inferior e órgãos do Ministério Público. PROVA PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME Código de Processo Penal. Art. 6. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10628.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10628.htm#art1 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido. CAPÍTULO VII DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma: I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la; III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela; IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento. Art. 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicável. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#livroitituloviicapituloiii https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#livroitituloviicapituloiii ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________Art. 228. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas. CAPÍTULO VIII DA ACAREAÇÃO Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação. Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete a diligência, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha presente. Esta diligência só se realizará quando não importe demora prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente. CAPÍTULO IX DOS DOCUMENTOS Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original. Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão admitidas em juízo. Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário. Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possível. Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial, quando contestada a sua autenticidade. Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade. Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando conferidas com o original, em presença da autoridade. Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo relevante que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos. CAPÍTULO X DOS INDÍCIOS ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. CAPÍTULO XI DA BUSCA E DA APREENSÃO Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. § 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender pessoas vítimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicção. § 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado. Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. Art. 243. O mandado de busca deverá: I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem; II - mencionar o motivo e os fins da diligência; III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir. § 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca. § 2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito. Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar. Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. § 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto da diligência. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ § 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada. § 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura. § 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver presente. § 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a mostrá-la. § 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta sob custódia da autoridade ou de seus agentes. § 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando- o com duas testemunhas presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o. Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a busca em compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou atividade. Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da diligência serão comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer. Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito da diligência. Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência. Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se à competente autoridade local, antes da diligência ou após, conforme a urgência desta. § 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em seguimento da pessoa ou coisa, quando:a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, a seguirem sem interrupção, embora depois a percam de vista; b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações fidedignas ou circunstâncias indiciárias, que está sendo removida ou transportada em determinada direção, forem ao seu encalço. § 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referidas diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade dos mandados que apresentarem, poderão exigir as provas dessa legitimidade, mas de modo que não se frustre a diligência. • Jurisprudências importantes • STJ: É ilegal o mandado de busca e apreensão que não individualiza as residênci as examinadas. • STJ - INFO730 - 2022: A violação de domicílio com base no comportamento suspeito do acusado, que empreendeu fuga ao ver a viatura policial, não autoriza a dispensa de investigações prévias ou do mandado judicial para a entrada dos agentes públicos na residência. • STJ - INFO725 - 2022: A indução do morador a ERRO na autorização do ingresso em domicílio macula a validade da manifestação de vontade e, por consequência, contamina toda a busca e apreensão. • STJ - INFO733 - 2022: É aplicável a teoria do juízo aparente para ratificar medidas cautelares no ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ curso do inquérito policial quando autorizadas por juízo aparentemente competente. • STJ - INFO730 - 2022: Não é possível a quebra de sigilo de dados informáticos estáticos (registros de geolocalização) nos casos em que haja a possibilidade de violação da intimidade e vida privada de pessoas não diretamente relacionadas à investigação criminal. • STJ - INFO666 - 2020: Não é permitido o ingresso na residência do indivíduo pelo simples fato de haver denúncia anônima e ele ter fugido da polícia • STJ - INFO606 - 2020: Mera intuição de que está havendo tráfico de Drogas na casa não autoriza o ingresso sem mandado judicial ou consentimento do morador • Origem: STF - Informativo: 1079: As provas decl aradas ilícitas pelo Poder Judiciário não podem ser utilizadas, valoradas ou aproveitadas em processos administrativos de qualquer espécie. • Origem: STJ - Informativo:659: É ilícita a prova obtida por meio de revista íntima realizada com base unicamente em denúncia anônima. • Origem: STJ - Informativo: 603: Sem consentimento do réu ou prévia autorização judicial, é ilícita a prova, colhida de forma coercitiva pela polícia, de conversa travada pelo investigado com terceira pessoa em telefone celular, por meio do recurso "viva-voz", que conduziu ao flagrante do crime de tráfico ilícito de entorpecentes. __________________________________ PRISÕES DA PRISÃO EM FLAGRANTE Conforme o Código de Processo Penal Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; (próprio) II - acaba de cometê-la; (próprio) III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (impróprio/imperfeito) IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (presumido / ficto) FLAGRANTE FACULTATIVO: Qualquer do povo PODERÁ. OBRIGATÓRIO/COERCITIVO: Autoridades policiais e seus agentes DEVERÃO. PRÓPRIO/REAL/PERFEITO Cometendo ou acaba de cometer. FLAGRANTE IMPRÓPRIO, IMPERFEITO, IRREAL QUASE-FLAGRANTE: Perseguido, logo após. Para que configure a prisão em flagrante impróprio, é necessário que a perseguição do agente delituoso seja contínua. PRESUMIDO/ASSIMILADO/FICTO: Encontrado, logo depois com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração PREPARADO/PROVOCADO/DELITO DE ENSAIO: Ocorre quando o agente é instigado a praticar o delito, caracterizando verdadeiro crime impossível. Nessa espécie há a figura de um agente provocador que induz o delituoso a praticar o crime. Portanto, dois são os elementos do flagrante provocado: a existência de agente provocador; providências para que o crime não se consume. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ FORJADO/FABRICADO/URDIDO/ARMA DO/MAQUIADO Situação falsa de flagrante criada para incriminar alguém, realizado para incriminar pessoa inocente. Não admitido no Direito brasileiro FLAGRANTE ESPERADO: é campana. Ocorre quando terceiros (policiais ou particulares) dirigem-se ao local onde irá ocorrer o crime e aguardam a sua execução. Não há figura do agente provocador PRORROGADO – DIFERIDO – PROTELADO – POSTERGADO - AÇÃO CONTROLADA: Quando, mediante autorização judicial, o agente policial retarda o momento da sua intervenção, para um momento futuro, mais eficaz e oportuno para o colhimento das provas ou por conveniência da investigação. Em síntese, evita-se a prisão em flagrante no instante do ato delituoso, a fim de efetuar uma prisão mais eficaz em um momento posterior. Não confundir com o flagrante esperado. Art. 8 Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. § 1 O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. O flagrante fracionado e um conceito no direito penal que se refere à possibilidade de efetuar a prisão em flagrante para cada crime que compõe uma cadeia delitiva, ou seja, em casos de crime continuado. Isso significa que, mesmo que os delitos tenham autonomia entre si, cada um deles pode justificar a prisão, desde que estejam presentes as condições legais estabelecidas no Código de Processo Penal (CPP). FLAGRANTE CATALÉPTICO FLAGRANTE CATALÉPTICO OU FLAGRANTE RESSUSCITADO é aquele que ocorre quando a autoridade policial ressuscita uma prisão em flagrante após uma tentativa frustrada de corrupção ou concussão. QUAIS SÃO OS SEUS ELEMENTOS? Prática de crime em flagrante pelo a gente que será preso; Prisão em flagrante iniciada pelos policiais adequadamente; Exigência ou solicitação de vantagem indevida pela equipe de policiais para não efetivar a prisão, configurando o crime de concussão ou corrupção passiva; Frustração dessa expectativa, seja pela chegada de outros policiais, seja pelo não adimplemento da vantagem pelo preso; Ressuscitação da prisão em flagrante inicial, com a apresentação do preso em delegacia; Se a ausência de formalidades legais é capaz de tornar a prisão em flagrante ilegal, com muito mais razão a prática de crimes de corrupção ou de concussão tornam essa modalidade de flagrante uma prisão ilícita, devendo ser relaxada imediatamente pela autoridade judiciária na audiência de Custódia ou via habeas. Obviamente a ilicitude da prisão não afasta a existência do crime inicialmente praticado. PRISÃO PREVENTIVA Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência docrime e https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pelaLei nº 12.403, de 2011). II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). § 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art282. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art282. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i7.°, II, “a”, do Código Penal: “os crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir”. Masson, Cleber. Direito penal : parte geral (arts. 1o a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 p. 140. Princípio da defesa, real ou da proteção Permite submeter à lei penal brasileira os crimes praticados no estrangeiro que ofendam bens jurídicos pertencentes ao Brasil, qualquer que seja a nacionalidade do agente e o local do delito. Adotado pelo Código Penal, em seu art. 7.°, I, alíneas “a”, “b” e “c”, compreendendo os crimes contra: a) a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; e c) a administração pública, por quem está a seu serviço. Masson, Cleber. Direito penal : parte geral (arts. 1o a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 p. 140. Princípio do domicílio De acordo com esse princípio, o autor do crime deve ser julgado em consonância com a lei do país em que for domiciliado, pouco importando sua nacionalidade. Previsto no art. 7.°, I, alínea “d” (“domiciliado no Brasil”), do Código Penal, no tocante ao crime de genocídio no qual o agente não é brasileiro, mas apenas domiciliado no Brasil. Masson, Cleber. Direito penal : parte geral (arts. 1o a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 p.139. Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) ;d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. Contagem de prazo Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Frações não computáveis da pena Tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade Tipicidade: A tipicidade, elemento do fato t ípico, divide-se em formal e material. Conforme Cleber Masson Tipicidade formal é o juízo de subsunção entre a conduta praticada pelo agente no mundo real e o modelo descrito pelo tipo penal. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 6581) (Vide ADI 6582) Hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva: • Crimes dolosos punidos com PPL • máxima superior a 4 anos; • Reincidente em crime doloso; • Se envolver violência doméstica e familiar, para garantir as medidas protetivas de urgência, contra: mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência. • Dúvidas quanto a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la. Fundamentos da prisão preventiva: Periculum Libertatis: • Garantia da ordem pública; • Garantia da ordem econômica; • Conveniência da instrução criminal; • Assegurar a aplicação da lei penal; • Descumprimento de medida cautelar; e • Perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. Fumus Comissi Delicti: • Prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME Código de Processo Penal. Art. 6. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6027154 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6027154 http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6027729 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjuntode todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal. __________________________________ QUESTÕES DA BANCA DIREITO PENAL 1. Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Agente de Polícia Acerca das circunstâncias que envolvem o crime de furto e suas respectivas penas, assinale a alternativa correta. (A) A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. (B) A pena é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa, se o crime é cometido mediante concurso de três ou mais pessoas. (C) A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração, mais o valor do próprio semovente a título de multa. (D) Aumenta-se a pena, de 2/3 (dois terços) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável. (E) A pena é de reclusão, de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos, e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. 2. Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Agente de Polícia De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça em matéria penal, assinale a alternativa correta. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#livroitituloviicapituloiii https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#livroitituloviicapituloiii https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ A) É admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo. B) O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida. C) É admissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal. D) A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes não exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. E) O princípio da insignificância é aplicável aos crimes contra a administração pública. __________________________________ 3. Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - ITEP - RN - Agente Técnico Forense No crime de peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, (A) reduz pela metade a pena (B)reduz em dois terços a pena (C) extingue a punibilidade. (D) exclui a tipicidade. (E) reduz em um terço a pena __________________________________ 4 Analise o seguinte caso hipotético: Jairo, servidor público, violando dever funcional, apropriou-se de dois celulares particulares, os quais estavam em sua posse em razão do cargo. Considerando o disposto no Código Penal, Jairo estará sujeito a ser processado e julgado pelo crime de (A) peculato. (B) furto. (C) apropriação indébita. (D) corrupção passiva. (E) concussão. __________________________________ 5. Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Sobre os crimes contra a Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. A) A prática de crime contra a Administração Pública por ocupantes de cargos de elevada responsabilidade ou por membros de poder justifica a majoração da pena-base. B) A consumação do crime de peculato- desvio ocorre no momento em que o funcionário efetivamente desvia o dinheiro, valor ou outro bem móvel, em proveito próprio ou de terceiro, ainda que não obtenha a vantagem indevida. C) É desnecessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera administrativa para a configuração dos crimes de contrabando e de descaminho. D) O pagamento ou o parcelamento dos débitos tributários não extingue a punibilidade do crime de descaminho, tendo em vista a natureza formal do delito. E) Há bilateralidade entre os crimes de corrupção passiva e ativa, pois, ainda que previstos em tipos penais distintos, a comprovação de um deles pressupõe a do outro. __________________________________ 6. Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Nos termos do Código Penal, o crime de concussão constitui em https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/itep-rn https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/itep-rn https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense https://www.qconcursos.com/usuario/perfil/dripascuti https://www.qconcursos.com/usuario/perfil/dripascuti https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocphttps://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ (A) solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. (B) exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. (C) apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. (D) apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. (E) dar às verbas ou rendas públicas, aplicação diversa da estabelecida em lei. __________________________________ 7 Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Provas: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Contabilidade Tício, no intuito de obter uma certidão, dirigiu-se a um órgão público municipal e foi atendido pelo servidor público Mévio. Na ocasião, Mévio disse que a certidão estaria disponível no prazo de 48 horas, mas, se lhe fosse repassada determinada quantia, poderia disponibilizar a certidão de imediato. Sabendo que essa solicitação é indevida, é correto afirmar que Mévio praticou o crime de (A) corrupção passiva. (B) peculato. (C) corrupção ativa. (D) concussão. (E) prevaricação. _________________________________ 8 Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Após uma colisão de trânsito, Mário, enraivecido, mesmo observando que a condutora do outro automóvel estava grávida, desfere-lhe um violento tapa no rosto, por entender que ela havia sido culpada pela batida. No entanto, por causa do golpe, a condutora desequilibra-se e cai de barriga para baixo ao chão, ocasionando a interrupção da gravidez, com a consequente morte do feto. Nesse caso, considerando que a vítima também sofreu lesões leves no rosto devido ao tapa, pode-se afirmar que Mário responderá pelo crime de (A) lesão corporal simples. (B) lesão corporal seguida de morte. (C) lesão corporal qualificada pelo aborto. (D) aborto. (E) homicídio culposo. __________________________________ 9 Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Alice, advogada, enquanto estacionava seu veículo nas proximidades do prédio do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, foi abordada por Caio que, portando uma garrafa de vidro quebrada, mediante grave ameaça, obrigou-lhe a sair do automóvel, subtraindo-o. Ocorre que, menos de cinco minutos após, Caio foi interceptado por duas viaturas da Polícia Militar, que iniciaram perseguição após acompanharem o desenvolvimento da atividade delitiva. Nessa hipótese, diante do caso narrado, é correto afirmar que Caio cometeu o crime de (A) furto qualificado, na forma consumada. (B) furto majorado, na forma tentada. (C) roubo simples, na forma tentada. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ (D) roubo majorado, na forma consumada. (E) roubo qualificado, na forma consumada. __________________________________ 10 Ano: 2023 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA- PR Prova: INSTITUTO AOCP - 2023 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Agente Auxiliar de Perícia Oficial - Auxiliar de Necropsia - Auxiliar de Perícia Uma mulher jovem, 20 anos de idade, com intenção de esconder a gravidez dos familiares, expulsa o concepto dolosamente do seu ventre na 25° semana de gestação. Perante a lei, como essa situação é caracterizada? (A) Não é crime devido ao estado puerperal da mulher (B) Não se pode qualificar como crime antes de uma avaliação psiquiátrica da mulher. (C) Crime de infanticídio. (D) Crime de homicídio. (E) Crime de aborto. DIREITO PROCESSUAL PENAL Ano: 2023 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2023 - PC-GO - Escrivão de Polícia da 3ª Classe 1. Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.É ________________ a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à _____________ do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. Alternativas A) subsidiária / habilitação B) privativa / habilitação C) concorrente / representação D) privativa / inércia E) concorrente / inércia . __________________________________ Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Papiloscopista Policial da 3ª Classe 2. Claudecir e Roberto são dois papiloscopistas requisitados em apoio para a execução de um mandado de busca e apreensão deferido judicialmente contra Osvaldo, morador de uma residência localizada no centro de Mineiros-GO. O objeto do mandado não está devidamente delimitado, mas indica que se façam buscas nos bens pertencentes a Osvaldo. Chegando na residência à luz do dia, os agentes que capitaneavam a diligência invadem o local abruptamente e ordenam Claudecir e Roberto que revirem todo o imóvel, incluindo o quartodormitório da irmã de Osvaldo. Sobre esse contexto, assinale a alternativa correta. A) A invasão abrupta realizada no imóvel é permitida por lei, uma vez que os agentes estavam diante de hipótese de crime permanente. B) Descabe esmiuçar, no mandado de busca e apreensão, o objeto preciso da diligência, bastando que o documento oficial discrimine o imóvel a ser vasculhado. C) Quando executada à luz do dia, a busca e apreensão prescinde de mandado judicial. D) A busca no quarto-dormitório da irmã de Osvaldo deveria ser feita prioritariamente por agente do sexo feminino. E) Qualquer objeto eventualmente ilícito que seja encontrado no quarto-dormitório da irmã de Osvaldo é prova ilícita. __________________________________ Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MPE-MS Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - MPE-MS - Promotor de Justiça Substituto 3. Considerando ação penal, jurisdição, competência e procedimentos, assinale a alternativa correta. Alternativas A) A resposta à acusação é o momento adequado para a defesa apresentar o rol de testemunhas, porém, considerando o princípio da ampla defesa, não há que se falar em preclusão. B) A suspensão dos prazos no recesso forense aplica-se, nos casos de réus presos, nos processos vinculados a essas prisões e nos procedimentos regidos pela Lei Maria da Penha, não podendo o juízo competente acrescentar outras hipóteses. É a inteligência do artigo 798-A do CPP. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/policia-cientifica-pr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/policia-cientifica-pr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-pc-go-escrivao-de-policia-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-pc-go-escrivao-de-policia-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-pc-go-escrivao-de-policia-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-papiloscopista-policial-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-papiloscopista-policial-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-papiloscopista-policial-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpe-ms https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-mpe-ms-promotor-de-justica-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-mpe-ms-promotor-de-justica-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-mpe-ms-promotor-de-justica-substituto ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ C) À luz dos princípios da razoável duração do processo e da proporcionalidade, os Tribunais Superiores admitem a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, considerando circunstâncias que agravam ou atenuam a pena. D) O princípio da Obrigatoriedade impõe que, presentes as condições da ação penal e justa causa para o início da persecução penal em juízo, o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia. A melhor doutrina considera o acordo de não persecução penal uma exceção ao princípio em questão. E) A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. __________________________________ 4 Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Agente de Polícia Resolvi certo! Otávio é delegado de polícia em Catalão-GO e preside um inquérito policial por crime de homicídio qualificado. Após intimar diversas pessoas para que prestassem depoimento, Otávio resolveu indiciar Miguel como único autor do delito. Depois, ao redigir o re latório do inquérito para enviá-lo ao Ministério Público, Otávio decide intimar Miguel para realizar uma última acareação com outra pessoa, a fim de ter certeza da autoria do delito. Sobre esse procedimento, é correto afirmar que A) Otávio está sendo prudente, uma vez que a decisão de indiciamento, seguida do relatório, serve de motivação para que o Ministério Público denuncie Miguel. B) Otávio só pode acarear Miguel e outra pessoa mediante requerimento do Ministério Público. C) Otávio não pode acarear Miguel, uma vez que, após o indiciamento, nenhum outro ato investigativo pode ser praticado de ofício ou a requerimento. D) a acareação não se presta a elucidar a autoria do crime, mas circunstâncias que envolvem o fato típico, ilícito e culpável passíveis de agravá-lo. E)Otávio pode acarear Miguel com outra pessoa, geralmente coacusado, testemunha ou ofendido, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. __________________________________ 5. Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto Antônio, 21 anos, réu primário, com bons antecedentes, dirigia seu automóvel pelo centro de São Paulo, no sábado à noite, quando recebe uma mensagem em seu telefone celular e o pega nas mãos para visualizá-la. Antônio se distrai por um momento e acaba atropelando um pedestre que atravessava a rua na faixa de pedestres, existindo, ao lado da faixa, placa indicativa de cruzamento de pedestres. Com sua ação, Antôniocausa na vítima apenas lesões corporais leves. A polícia é chamada no local. Ao solicitar que Antônio realize o exame de etilômetro (bafômetro), verifica-se que ele não havia ingerido bebida alcoólica. A polícia o prende em flagrante apenas pelas lesões corporais causadas. Durante a fase do inquérito policial, foi requerida, pela autoridade policial, a decretação da prisão preventiva de Antônio, para assegurar a citação processual do investigado, com o futuro oferecimento da denúncia, tendo em vista haver notícia de que Antônio planejava furtar-se da comarca. Considerando as informações narradas, assinale a alternativa correta. Alternativas A) O cabimento da prisão preventiva deve cumprir determinados requisitos previstos em lei penal, pois sua natureza é de antecipação da sanção penal condenatória, consubstanciada na hipótese de detração. B) A prisão preventiva será admitida nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos e nos culposos em que houver lesão corporal ou morte com pena privativa de liberdade máxima superior a 2 (dois) anos. C) Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. D) A fundamentação jurisdicional do decreto de segregação cautelar não pode se limitar a reproduzir literalmente os fundamentos utilizados no pedido apresentado pela autoridade persecutória, sendo lícita, contudo, a citação de dispositivos legais independentemente de seu cotejo com o substrato fático anunciado. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-delegado-de-policia-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-delegado-de-policia-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-delegado-de-policia-substituto ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ E)(O juízo somente poderá revogar a prisão preventiva a requerimento das partes adversas, ou, se no correr da investigação ou do processo, verificar substancial motivo para sua conversão, de ofício, em prisão domiciliar, cumpridos os requisitos desta. __________________________________ 6 Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: DPE-PR Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - DPE-PR - Defensor Público Acerca da jurisdição e da competência no processo penal, assinale a alternativa correta. Alternativas (A) Classifica-se a competência como absoluta e relativa. No primeiro caso, sua inobservância gera nulidade absoluta e pode ser reconhecida de ofício; no segundo caso, sua inobservância gera nulidade sanável, podendo ser prorrogada. Nesse sentido, a incompetência t erritorial não poderá ser reconhecida de ofício por ser relativa. (B)A competência para julgamento do crime de estelionato praticado mediante cheque sem fundos será o domicílio da vítima, sendo irrelevante que a recusa tem ha se operado na agência do emitente localizada em cidade diversa. C) A exceção da verdade ofertada em processo crime que apura a prática de calúnia deverá ser julgada em primeiro grau, ainda que o querelante seja autoridade com foro por prerrogativa de função, pois se trata de competência funcional pelo objeto do juízo. D) A competência para julgamento de crime de abuso de autoridade praticado por Policia Militar em serviço será da Justiça Comum. E) Em caso de crimes cometidos em concurso formal, haverá continência por cumulação subjetiva e a competência para julgamento será firmada pela prevenção. _____________________________________ Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MPE-RS Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - MPE-RS - Técnico do Ministério Público 7 Em relação ao Processo Penal, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Segundo o princípio da presunção de inocência, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. (B) O direito ao silêncio, previsto na Carta Magna como direito de permanecer calado, apresenta-se apenas como uma das várias decorrências do nemo tenetur se detegere , segundo o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. (C) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e a autoridade policial velará pela sua indivisibilidade. (D) A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. (E) Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes à instauração de inquérito contra os requerentes. __________________________________ 8. Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP-RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - ITEP - RN - Agente Técnico Forense Assinale a alternativa correta tendo em vista as disposições do Código de Processo Penal. A) No caso de morte do ofendido, o direito de representação passará ao cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o terceiro grau. B) A representação será irretratável, depois de instaurado o inquérito policial. C) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmarse-á pela prevenção. D) Regra geral, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. E) Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, será competente o juiz que primeiro tom ar conhecimento do fato. __________________________________ Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Sem Especialiade 9 Considere o caso hipotético a seguir: A Procuradoria do Estado do Rio Grande do https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-pr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-dpe-pr-defensor-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-dpe-pr-defensor-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpe-rs https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-mpe-rs-tecnico-do-ministerio-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-mpe-rs-tecnico-do-ministerio-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-mpe-rs-tecnico-do-ministerio-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/itep-rn https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forensehttps://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Sul ingressou com processo de execução fiscal contra Santana que, ao tomar conhecimento de tal fato, alienou todos os seus bens, com intuito de fraudar a execução. Em virtude disso, foi instaurado, na delegacia de polícia local, procedimento investigativo contra ele (que é reincidente e portador de maus antecedentes criminais), no qual foi indiciado por violação ao art. 179, do Código Penal (art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa). Caso haja indícios suficientes de autoria e prova da materialidade, em relação ao referido tipo penal, a peça que dará início à ação penal será a A) denúncia. B) queixa-crime. C) portaria. D) queixa-crime substitutiva da denúncia. E) requisição do ministério público. . __________________________________ 10. 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Sem Especialialde Acerca da prisão em flagrante, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) A doutrina cita que o flagrante cataléptico é aquele que foi paralisado e posteriormente retomado, em razão de solicitação de troca ou vantagem indevida não atendida. ( ) Dependendo da natureza do crime e da repercussão social do fato, admite-se, excepcionalmente, a realização do flagrante denominado forjado. ( ) A doutrina reconhece que a apresentação espontânea do autor do fato é incompatível com a prisão em flagrante, todavia nada obsta a decretação da prisão preventiva ou temporária. ( ) O denominado flagrante fracionado foi estabelecido pela doutrina no âmbito dos crimes permanentes. (A) V – F – F – V. B) V – F – V – F. C) F – V – F – F. D) F – F – V – V. E) F – V – F – V GABARITO COMENTADO . DIREITO PENAL 1. Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Agente de Polícia Acerca das circunstâncias que envolvem o crime de furto e suas respectivas penas, assinale a alternativa correta. (A) A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. (B) A pena é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa, se o crime é cometido mediante concurso de três ou mais pessoas. (C) A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração, mais o valor do próprio semovente a título de multa. (D) Aumenta-se a pena, de 2/3 (dois terços) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável. (E) A pena é de reclusão, de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos, e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. Gabarito Letra A Código Penal Art. 155 - § 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) 2. Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Agente de Polícia De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça em matéria penal, assinale a alternativa correta. A) É admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo. B) O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida. C) É admissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal. D) A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes não exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. E) O princípio da insignificância é aplicável aos crimes contra a administração pública. Gabarito Letra B Súmula 96 do STJ “O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida”. 3. Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - ITEP - RN - Agente Técnico Forense No crime de peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, (A) reduz pela metade a pena (B)reduz em dois terços a pena (C) extingue a punibilidade. (D) exclui a tipicidade. (E) reduz em um terço a pena Gabarito Letra C Código Penal Peculato culposo Art. 312 - § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade ; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. __________________________________ 4 Analise o seguinte caso hipotético: Jairo, servidor público, violando dever funcional, apropriou-se de dois celulares particulares, os quais estavam em sua posse em razão do cargo. Considerando o disposto no Código Penal, Jairo estará sujeito a ser processado e julgado pelo crime de (A) peculato. (B) furto. (C) apropriação indébita. (D) corrupção passiva. (E)concussão. Gabarito Letra A Código Penal – Peculato CP, Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art1 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/itep-rn https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/itep-rn https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. __________________________________ 5. Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Sobre os crimes contra a Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. A) A prática de crime contra a Administração Pública por ocupantes de cargos de elevada responsabilidade ou por membros de poder justifica a majoração da pena-base. B) A consumação do crime de peculato- desvio ocorre no momento em que o funcionário efetivamente desvia o dinheiro, valor ou outro bem móvel, em proveito próprio ou de terceiro, ainda que não obtenha a vantagem indevida. C) É desnecessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera administrativa para a configuração dos crimes de contrabando e de descaminho. D) O pagamento ou o parcelamento dos débitos tributários não extingue a punibilidade do crime de descaminho, tendo em vista a natureza formal do delito. E) Há bilateralidade entre os crimes de corrupção passiva e ativa, pois, ainda que previstos em tipos penais distintos, a comprovação de um deles pressupõe a do outro. Gabarito Letra E O Código Penal, no tocante à corrupção, rompeu com a teoria unitária ou monista adotada como regra em seu art. 29, caput, relativamente ao instituto do concurso de pessoas. Há dois crimes distintos - corrupção passiva (art. 317) e corrupção ativa (art.333) - para sujeitos que concorrem para o mesmo resultado. Nada obstante, questiona-se a possibilidade da existência de corrupção passiva sem a ocorrência simultânea da corrupção ativa. A resposta a esta indagação depende da análise dos núcleos dos tipos penais de ambos os crimes. Nesse sentido, a corrupção passiva contém três verbos: “solicitar”, “receber” e “aceitar” promessa. Por sua vez, a corrupção ativa possui dois outros verbos: “oferecer” e “prometer”. Com a confrontação dos arts. 317, caput, e 333, caput, conclui-se pela= admissibilidade da corrupção passiva, independentemente da corrupção ativa, exclusivamente em relação ao verbo solicitar, pois nesse caso a conduta inicial é do funcionário público. De fato, na prática o funcionário público pode solicitar vantagem indevida, sem a correspondente anuência do destinatário do pedido. Nos demais núcleos - “receber” e “aceitar” promessa - a conduta inicial é do particular: ele “oferece” a vantagem indevida e o funcionário público a “recebe”, ou então ele “promete” vantagem indevida e o intraneus a “aceita”. Nesses casos, a corrupçãopassiva pressupõe a corrupção ativa. Masson, Cleber. Direito penal: parte especial (arts. 213 a 359-T) - 13. ed., - Rio de Janeiro: Método, 2023. __________________________________ 6. Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Nos termos do Código Penal, o crime de concussão constitui em (A) solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. (B) exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função https://www.qconcursos.com/usuario/perfil/dripascuti https://www.qconcursos.com/usuario/perfil/dripascuti https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. (C) apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. (D) apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. (E) dar às verbas ou rendas públicas, aplicação diversa da estabelecida em lei. Gabarito Letra B Código Penal Concussão Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. __________________________________ 7 Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Provas: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Contabilidade Tício, no intuito de obter uma certidão, dirigiu-se a um órgão público municipale foi atendido pelo servidor público Mévio. Na ocasião, Mévio disse que a certidão estaria disponível no prazo de 48 horas, mas, se lhe fosse repassada determinada quantia, poderia disponibilizar a certidão de imediato. Sabendo que essa solicitação é indevida, é correto afirmar que Mévio praticou o crime de (A) corrupção passiva. (B) peculato. (C) corrupção ativa. (D) concussão. (E) prevaricação. Gabarito Letra A Corrupção passiva Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. _________________________________ 8 Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Após uma colisão de trânsito, Mário, enraivecido, mesmo observando que a condutora do outro automóvel estava grávida, desfere-lhe um violento tapa no rosto, por entender que ela havia sido culpada pela batida. No entanto, por causa do golpe, a condutora desequilibra-se e cai de barriga para baixo ao chão, ocasionando a interrupção da gravidez, com a consequente morte do feto. Nesse caso, considerando que a vítima também sofreu lesões leves no rosto devido ao tapa, pode-se afirmar que Mário responderá pelo crime de (A) lesão corporal simples. (B) lesão corporal seguida de morte. (C) lesão corporal qualificada pelo aborto. (D) aborto. (E) homicídio culposo. Gabarito Letra C Código Penal Art. 129, CP. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: § 2° Se resulta: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-apoio-especializado-contabilidade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ (...) V - aborto. Pena - reclusão, de dois a oito anos. __________________________________ 9 Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Agente da Polícia Judicial Alice, advogada, enquanto estacionava seu veículo nas proximidades do prédio do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, foi abordada por Caio que, portando uma garrafa de vidro quebrada, mediante grave ameaça, obrigou-lhe a sair do automóvel, subtraindo-o. Ocorre que, menos de cinco minutos após, Caio foi interceptado por duas viaturas da Polícia Militar, que iniciaram perseguição após acompanharem o desenvolvimento da atividade delitiva. Nessa hipótese, diante do caso narrado, é correto afirmar que Caio cometeu o crime de (A) furto qualificado, na forma consumada. (B) furto majorado, na forma tentada. (C) roubo simples, na forma tentada. (D) roubo majorado, na forma consumada. (E) roubo qualificado, na forma consumada. Gabarito Letra D Art. 157(...) § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; __________________________________ 10 Ano: 2023 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA- PR Prova: INSTITUTO AOCP - 2023 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Agente Auxiliar de Perícia Oficial - Auxiliar de Necropsia - Auxiliar de Perícia Uma mulher jovem, 20 anos de idade, com intenção de esconder a gravidez dos familiares, expulsa o concepto dolosamente do seu ventre na 25° semana de gestação. Perante a lei, como essa situação é caracterizada? (A) Não é crime devido ao estado puerperal da mulher (B) Não se pode qualificar como crime antes de uma avaliação psiquiátrica da mulher. (C) Crime de infanticídio. (D) Crime de homicídio. (E) Crime de aborto. Gabarito Letra E ‘ ‘ Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção, de um a três anos. DIREITO PROCESSUAL PENAL Ano: 2023 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2023 - PC-GO - Escrivão de Polícia da 3ª Classe 1. Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. É ________________ a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à _____________ do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. Alternativas A) subsidiária / habilitação B) privativa / habilitação C) concorrente / representação D) privativa / inércia E) concorrente / inércia Gabarito Letra C Súmula 714 STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. __________________________________ https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa-agente-da-policia-judicial https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/policia-cientifica-prhttps://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/policia-cientifica-pr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-policia-cientifica-pr-agente-auxiliar-de-pericia-oficial-auxiliar-de-necropsia-auxiliar-de-pericia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-pc-go-escrivao-de-policia-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-pc-go-escrivao-de-policia-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2023-pc-go-escrivao-de-policia-da-3-classe ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Papiloscopista Policial da 3ª Classe 2. Claudecir e Roberto são dois papiloscopistas requisitados em apoio para a execução de um mandado de busca e apreensão deferido judicialmente contra Osvaldo, morador de uma residência localizada no centro de Mineiros-GO. O objeto do mandado não está devidamente delimitado, mas indica que se façam buscas nos bens pertencentes a Osvaldo. Chegando na residência à luz do dia, os agentes que capitaneavam a diligência invadem o local abruptamente e ordenam Claudecir e Roberto que revirem todo o imóvel, incluindo o quartodormitório da irmã de Osvaldo. Sobre esse contexto, assinale a alternativa correta. A) A invasão abrupta realizada no imóvel é permitida por lei, uma vez que os agentes estavam diante de hipótese de crime permanente. B) Descabe esmiuçar, no mandado de busca e apreensão, o objeto preciso da diligência, bastando que o documento oficial discrimine o imóvel a ser vasculhado. C) Quando executada à luz do dia, a busca e apreensão prescinde de mandado judicial. D) A busca no quarto-dormitório da irmã de Osvaldo deveria ser feita prioritariamente por agente do sexo feminino. E) Qualquer objeto eventualmente ilícito que seja encontrado no quarto-dormitório da irmã de Osvaldo é prova ilícita. Gabarito Letra E STJ: É ilegal o mandado de busca e apreensão que não individualiza as residências exami nadas. __________________________________ Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MPE-MS Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - MPE-MS - Promotor de Justiça Substituto 3. Considerando ação penal, jurisdição, competência e procedimentos, assinale a alternativa correta. Alternativas A) A resposta à acusação é o momento adequado para a defesa apresentar o rol de testemunhas, porém, considerando o princípio da ampla defesa, não há que se falar em preclusão. B) A suspensão dos prazos no recesso forense aplica-se, nos casos de réus presos, nos processos vinculados a essas prisões e nos procedimentos regidos pela Lei Maria da Penha, não podendo o juízo competente acrescentar outras hipóteses. É a inteligência do artigo 798-A do CPP. C) À luz dos princípios da razoável duração do processo e da proporcionalidade, os Tribunais Superiores admitem a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, considerando circunstâncias que agravam ou atenuam a pena. D) O princípio da Obrigatoriedade impõe que, presentes as condições da ação penal e justa causa para o início da persecução penal em juízo, o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia. A melhor doutrina considera o acordo de não persecução penal uma exceção ao princípio em questão. E) A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia. Gabarito Letra D Para Renato Brasileiro “...se o Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia, caso visualize a presença das condições da ação penal e a existência de justa causa (princípio da obrigatoriedade), também não pode dispor ou desistir do processo em curso (indisponibilidade). Enquanto o princípio da obrigatoriedade é aplicável à fase pré- processual, reserva-se o princípio da indisponibilidade para a fase processual”. Lima, Renato Brasileiro de Manual de processo penal: volume único - 11. ed. rev., ampl. e atual. - São Paulo: Ed. JusPodivm, 2022. p 285. __________________________________ 4 Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Agente de Polícia Resolvi certo! Otávio é delegado de polícia em Catalão-GO e preside um inquérito policial por crime de homicídio qualificado. Após intimar diversas pessoas para que prestassem depoimento, Otávio resolveu indiciar Miguel como único https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-papiloscopista-policial-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-papiloscopista-policial-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-papiloscopista-policial-da-3-classe https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpe-ms https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-mpe-ms-promotor-de-justica-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-mpe-ms-promotor-de-justica-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-mpe-ms-promotor-de-justica-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-agente-de-policia ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ autor do delito. Depois, ao redigir o relatório do inquérito para enviá-lo ao Ministério Público, Otávio decide intimar Miguel para realizar uma última acareação com outra pessoa, a fim de ter certeza da autoria do delito. Sobre esse procedimento, é correto afirmar que A) Otávio está sendo prudente, uma vez que a decisão de indiciamento, seguida do relatório, serve de motivação para que o Ministério Público denuncie Miguel. B) Otávio só pode acarear Miguel e outra pessoa mediante requerimento do Ministério Público. C) Otávio não pode acarear Miguel, uma vez que, após o indiciamento, nenhum outro ato investigativo pode ser praticado de ofício ou a requerimento. D) a acareação não se presta a elucidar a autoria do crime, mas circunstâncias que envolvem o fato típico, ilícito e culpável passíveis de agravá-lo. E)Otávio pode acarear Miguel com outra pessoa, geralmente coacusado, testemunha ou ofendido, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatosou circunstâncias relevantes. Gabarito Letra E DA ACAREAÇÃO Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes __________________________________ 5. Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto Antônio, 21 anos, réu primário, com bons antecedentes, dirigia seu automóvel pelo centro de São Paulo, no sábado à noite, quando recebe uma mensagem em seu telefone celular e o pega nas mãos para visualizá-la. Antônio se distrai por um momento e acaba atropelando um pedestre que atravessava a rua na faixa de pedestres, existindo, ao lado da faixa, placa indicativa de cruzamento de pedestres. Com sua ação, Antônio causa na vítima apenas lesões corporais leves. A polícia é chamada no local. Ao solicitar que Antônio realize o exame de etilômetro (bafômetro), verifica-se que ele não havia ingerido bebida alcoólica. A polícia o prende em flagrante apenas pelas lesões corporais causadas. Durante a fase do inquérito policial, foi requerida, pela autoridade policial, a decretação da prisão preventiva de Antônio, para assegurar a citação processual do investigado, com o futuro oferecimento da denúncia, tendo em vista haver notícia de que Antônio planejava furtar-se da comarca. Considerando as informações narradas, assinale a alternativa correta. Alternativas A) O cabimento da prisão preventiva deve cumprir determinados requisitos previstos em lei penal, pois sua natureza é de antecipação da sanção penal condenatória, consubstanciada na hipótese de detração. B) A prisão preventiva será admitida nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos e nos culposos em que houver lesão corporal ou morte com pena privativa de liberdade máxima superior a 2 (dois) anos. C) Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. D) A fundamentação jurisdicional do decreto de segregação cautelar não pode se limitar a reproduzir literalmente os fundamentos utilizados no pedido apresentado pela autoridade persecutória, sendo lícita, contudo, a citação de dispositivos legais independentemente de seu cotejo com o substrato fático anunciado. E)(O juízo somente poderá revogar a prisão preventiva a requerimento das partes adversas, ou, se no correr da investigação ou do processo, verificar substancial motivo para sua conversão, de ofício, em prisão domiciliar, cumpridos os requisitos desta. Gabarito Letra C CPP Art 313 § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-delegado-de-policia-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-delegado-de-policia-substituto https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-pc-go-delegado-de-policia-substituto ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ recebimento de ==-denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) __________________________________ 6 Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: DPE-PR Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - DPE-PR - Defensor Público Acerca da jurisdição e da competência no processo penal, assinale a alternativa correta. Alternativas (A) Classifica-se a competência como absoluta e relativa. No primeiro caso, sua inobservância gera nulidade absoluta e pode ser reconhecida de ofício; no segundo caso, sua inobservância gera nulidade sanável, podendo ser prorrogada. Nesse sentido, a incompetência t erritorial não poderá ser reconhecida de ofício por ser relativa. (B)A competência para julgamento do crime de estelionato praticado mediante cheque sem fundos será o domicílio da vítima, sendo irrelevante que a recusa tem ha se operado na agência do emitente localizada em cidade diversa. C) A exceção da verdade ofertada em processo crime que apura a prática de calúnia deverá ser julgada em primeiro grau, ainda que o querelante seja autoridade com foro por prerrogativa de função, pois se trata de competência funcional pelo objeto do juízo. D) A competência para julgamento de crime de abuso de autoridade praticado por Policia Militar em serviço será da Justiça Comum. E) Em caso de crimes cometidos em concurso formal, haverá continência por cumulação subjetiva e a competência para julgamento será firmada pela prevenção. Gabarito Letra D Art. 70§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar - se-á pela prevenção. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: MPE-RS Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - MPE-RS - Técnico do Ministério Público 7 Em relação ao Processo Penal, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Segundo o princípio da presunção de inocência, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. (B) O direito ao silêncio, previsto na Carta Magna como direito de permanecer calado, apresenta-se apenas como uma das várias decorrências do nemo tenetur se detegere , segundo o qual ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. (C) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e a autoridade policial velará pela sua indivisibilidade. (D) A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. (E) Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes à instauração de inquérito contra os requerentes. Gabarito Letra C Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. __________________________________ 8. Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP-RN Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - ITEP - RN - Agente Técnico Forense Assinale a alternativa correta tendo em vista as disposições do Código de Processo Penal. A) No caso de morte do ofendido, o direito de representação passará ao cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o terceiro grau. B) A representação será irretratável, depois de instaurado o inquérito policial. C) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmarse-á pela prevenção. D) Regra geral, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-pr https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-dpe-pr-defensor-publicohttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art8 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ De seu turno, tipicidade material (ou substancial) é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado em razão da prática da conduta legalmente descrita. A tipicidade material relaciona-se intimamente com o princípio da ofensividade (ou lesividade) do Direito Penal, pois nem todas as condutas que se encaixam nos modelos abstratos e sintéticos de crimes (tipicidade formal) acarretam dano ou perigo ao bem jurídico. É o que se dá, a título ilustrativo, nas hipóteses de incidência do princípio da insignificância, nas quais, nada obstante a tipicidade formal, não se verifica a tipicidade material. Masson, Cleber Direito penal : parte geral (arts. 1 a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 231 Antijuridicidade Também denominada antijuridicidade > a ilicitude é o segundo substrato do conceito analítico de crime. Deve ser entendida como conduta típica não justificada, espelhando a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico como um todo. Código penal para concursos: Rogério Sanches Cunha - 15. ed„ rev., atual, e ampl. - Salvador: JusPodivm, 2022. p, 151 Exclusão de ilicitude Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Excesso punível Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. Estado de necessidade Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. Conceito doutrinário “ Estado de necessidade é a causa de exclusão da ilicitude que depende de uma situação de perigo, caracterizada pelo conflito de interesses lícitos, ou seja, uma colisão entre bens jurídicos pertencentes a pessoas diversas, que se soluciona com a autorização conferida pelo ordenamento jurídico para o sacrifício de um deles para a preservação do outro.” Masson, Cleber Direito penal : parte geral (arts. 1 a 120) - 17. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023 p.337 Teoria unitária: o estado de necessidade é causa de exclusão de ilicitude, desde que o bem jurídico sacrificado seja de igual valor ou de valor inferior ao bem jurídico preservado. Exige apenas a razoabilidade na conduta do agente. Foi a teoria adotada pelo Código Penal. Requisitos a) Perigo atual, isto é, presente. Em que pese o silêncio da lei, há doutrina estendendo a descriminante aos casos de repulsa a perigo iminente (próximo). A situação de perigo pode ter sido causada por conduta humana ou não, como no caso de ataque (espontâneo) de um animal ou fato natural. b) O agente em perigo deve buscar salvar direito próprio (estado de necessidade próprio) ou alheio (estado de necessidade de terceiro). Na defesa de interesse de terceiro, ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ o agente independe de autorização daquele ou posterior ratificação (há, contudo, doutrina, minoritária, exigindo prévio consentimento do terceiro quando o bem ameaçado for disponível); c) A situação de perigo não pode ter sido causada voluntariamente pelo agente. Prevalece que a expressão “que não provocou por sua vontade” é indicativa somente de dolo. Cabe, portanto, segundo a doutrina majoritária, estado de necessidade contra fato que o agente provocou culposamente. Tal entendimento é mais benéfico ao réu e se embasa em uma leitura restritiva da lei. Há, entretanto, entendimento em sentido contrário, partindo do pressuposto de que aquele que gera culposamente a situação de perigo incorre na hipótese do artigo 13, § 2o, “c”, do Código Penal, devendo a ele ser imputado o resultado; logo, seria inviável a alegação do estado de necessidade. d) Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo. Enquanto o perigo comportar enfrentamento, aquele que tem o dever de enfrentá-lo não pode alegar estado de necessidade. Por dever legal, parcela da doutrina ensina abranger apenas aquele derivado de mandamento legal (art. 13, § 2o, “a”, do CP), excluindo-se o dever contratual, por exemplo. A doutrina majoritária, contudo, discorda, tomando a expressão (dever legal) no seu sentido amplo, abarcando, assim, o conceito de dever jurídico (art. 13, § 2o, “a”, “b” e “c”, do CP). Essa corrente fica fortalecida quando analisada a Exposição de Motivos da Parte Geral do Código: “A abnegação em face do perigo só é exigível quando corresponde a um especial dever jurídico”. Desta forma, conclui - se ter o dever de enfrentar o perigo tanto o bombeiro, pela sua obrigatoriedade de dever legal, como o segurança particular, pela sua obrigatoriedade em face de dever jurídico gerado pela relação advinda do contrato de trabalho. e) Inevitabilidade do comportamento lesivo. O comportamento lesivo a bem jurídico alheio deve ser o único meio seguro para salvar o direito próprio ou de terceiro. E possível estado de necessidade contra estado de necessidade, vez que nenhum dos titulares tem o dever de permitir a lesão de seu bem jurídico. f) Inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado. E o requisito da proporcionalidade. Para nosso CP haverá estado de necessidade sempre que o comportamento do agente, diante de um perigo atual, visar evitar mal maior (sacrificando direito de igual ou menor interesse que o protegido). Legítima defesa Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. Requisitos a) Agressão injusta - entende-se por agressão injusta a conduta humana contrária ao Direito, atacando (imediata ou mediatamente) bens jurídicos de alguém, seja mediante ação, seja mediante omissão, independentemente da consciência da ilicitude por parte do agressor. Assim, quem se defende de agressão atual e injusta, praticada por inimputável, age em legítima defesa. b) Atual ou iminente- agressão atual é a presente. Iminente é a que está prestes a ocorrer. Não se admite legítima defesa contra agressão passada (vingança) ou futura (mera suposição). Neste ponto, destacamos a hipótese de legítima defesa postergada, em que, sob a ótica do direito, a agressão se finalizou, mas, concretamente, do ponto de vista do ofendido, ainda persiste. E o caso, porhttps://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2022-dpe-pr-defensor-publico https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm#art2 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpe-rs https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-mpe-rs-tecnico-do-ministerio-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-mpe-rs-tecnico-do-ministerio-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-mpe-rs-tecnico-do-ministerio-publico https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/itep-rn https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2021-itep-rn-agente-tecnico-forense ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ E) Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, será competente o juiz que primeiro tom ar conhecimento do fato. Gabarito Letra C C) Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. __________________________________ Ano: 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Sem Especialiade 9 Considere o caso hipotético a seguir: A Procuradoria do Estado do Rio Grande do Sul ingressou com processo de execução fiscal contra Santana que, ao tomar conhecimento de tal fato, alienou todos os seus bens, com intuito de fraudar a execução. Em virtude disso, foi instaurado, na delegacia de polícia local, procedimento investigativo contra ele (que é reincidente e portador de maus antecedentes criminais), no qual foi indiciado por violação ao art. 179, do Código Penal (art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa). Caso haja indícios suficientes de autoria e prova da materialidade, em relação ao referido tipo penal, a peça que dará início à ação penal será a A) denúncia. B) queixa-crime. C) portaria. D) queixa-crime substitutiva da denúncia. E) requisição do ministério público. Gabarito Letra A A peça inicia referente à ação penal, denomina-se denúncia. __________________________________ 10. 2024 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: INSTITUTO AOCP - 2024 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Sem Especialialde Acerca da prisão em flagrante, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. ( ) A doutrina cita que o flagrante cataléptico é aquele que foi paralisado e posteriormente retomado, em razão de solicitação de troca ou vantagem indevida não atendida. ( ) Dependendo da natureza do crime e da repercussão social do fato, admite-se, excepcionalmente, a realização do flagrante denominado forjado. ( ) A doutrina reconhece que a apresentação espontânea do autor do fato é incompatível com a prisão em flagrante, todavia nada obsta a decretação da prisão preventiva ou temporária. ( ) O denominado flagrante fracionado foi estabelecido pela doutrina no âmbito dos crimes permanentes. (A) V – F – F – V. B) V – F – V – F. C) F – V – F – F. D) F – F – V – V. E) F – V – F – V Gabarito Letra B . ( ) A doutrina cita que o flagrante cataléptico é aquele que foi paralisado e posteriormente retomado, em razão de solicitação de troca ou vantagem indevida não atendida FLAGRANTE CATALÉPTICO Flagrante cataléptico ou flagrante ressuscitado é aquele que ocorre quando a autoridade policial ressuscita uma prisão em flagrante após uma tentativa frustrada de corrupção ou concussão. QUAIS SÃO OS SEUS ELEMENTOS? Prática de crime em flagrante pelo a gente que será preso; Prisão em flagrante iniciada pelos policiais adequadamente; Exigência ou solicitação de vantagem indevida pela equipe de policiais para não efetivar a https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/instituto-aocp https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-2-regiao https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2024-trf-2-regiao-analista-judiciario-area-judiciaria-sem-especialiade ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ prisão, configurando o crime de concussão ou corrupção passiva; Frustração dessa expectativa, seja pela chegada de outros policiais, seja pelo não adimplemento da vantagem pelo preso; Ressuscitação da prisão em flagrante inicial, com a apresentação do preso em delegacia; Se a ausência de formalidades legais é capaz de tornar a prisão em flagrante ilegal, com muito mais razão a prática de crimes de corrupção ou de concussão tornam essa modalidade de flagrante uma prisão ilícita, devendo ser relaxada imediatamente pela autoridade judiciária na audiência de Custódia ou via habeas. Obviamente a ilicitude da prisão não afasta a existência do crime inicialmente praticado. FORJADO/FABRICADO/URDIDO/ARMA DO/MAQUIADO Situação falsa de flagrante criada para incriminar alguém, realizado para incriminar pessoa inocente. Não admitido no Direito brasileiro ( ) O denominado flagrante fracionado foi estabelecido pela doutrina no âmbito dos crimes permanentes O flagrante fracionado é um conceito no direito penal que se refere à possibilidade de efetuar a prisão em flagrante para cada crime que compõe uma cadeia delitiva, ou seja, em casos de crime continuado. Isso significa que, mesmo que os delitos tenham autonomia entre si, cada um deles pode justificar a prisão, desde que estejam presentes as condições legais estabelecidas no Códigode Processo Penal (CPP). . https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1 https://www.bing.com/ck/a?!&&p=be3916f6aa47de2091bc7ab0c77c540fb6e2e10423b00b4c6a64ea3f72fcf63cJmltdHM9MTc0NzI2NzIwMA&ptn=3&ver=2&hsh=4&fclid=17a318fd-4cc9-66a3-17f7-0d154d786752&psq=%22flagrante+fracionado%22&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cucm90YWp1cmlkaWNhLmNvbS5ici9hcnRpZ29zL2ZsYWdyYW50ZS1jYXRhbGVwdGljby8&ntb=1exemplo, de alguém que, despojado de seus bens pelo roubador, o ataca logo em seguida, para recuperar os objetos subtraídos. Se a vítima teve de recuperar os bens, conclui -se, de acordo com a corrente dominante, que o roubo já estava consumado, e, portanto, a agressão injusta havia cessado. c) Uso moderado dos meios necessários — Por meio necessário entende-se o menos lesivo dentre os meios à disposição do ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ agredido no momento da agressão. Encontrado o meio necessário, deverá ser ele utilizado de forma moderada (sem excessos). d) Proteção do direito próprio ou de outrem - admite-se legítima defesa no resguardo de qualquer bem jurídico próprio (legítima defesa própria) ou alheio (legítima defesa de terceiro): vida, integridade corporal, patrimônio, honra etc. e) Conhecimento da situação de fato justificante - deve o agente conhecer as circunstâncias do fato justificante, demonstrando ter ciência de que estava agindo acobertado por ela (elemento subjetivo). Provocação e desafio: O agente provocador poderá alegar legítima defesa. Exemplo: amante que, surpreendido pelo marido, se defende das agressões do enganado. Não caberá alegação de legítima defesa, entretanto, se a provocação era justamente para desencadear uma agressão “ injusta”. Quanto ao desafio, não poderá alegar legítima defesa aquele que o aceita. Legítima defesa putativa: Nesta hipótese a agressão injusta é imaginada pelo agente, que tem uma falsa percepção da realidade. Não exclui a ilicitude. Se o erro for inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, responde por crime culposo. Legítima defesa sucessiva: Ocorre na repulsa contra o excesso abusivo do agente (temos duas legítimas defesas, uma depois da outra). Estrito cumprimento do dever legal: o agente público, no desempenho de suas atividades, não raras vezes é obrigado, por lei (em sentido amplo), a violar um bem jurídico. Essa intervenção lesiva, dentro de limites aceitáveis, estará justificada pelo estrito cumprimento do dever legal, não se consubstanciando, portanto, em crime (art. 23, III, Ia parte, do CP). Exige-se que o sujeito tenha conhecimento de que está praticando o fato em face de um dever imposto pela lei. Concretiza a máxima: “onde existe o direito não há crime”. Esta causa de justificação compreende condutas do cidadão comum autorizadas pela existência de direito definido em lei e condicionadas à regularidade do exercício desse direito. A execução de prisão em flagrante permitida a qualquer um do povo (art. 301 do CPP) é um claro exemplo de exercício regular de direito (pro magistratü). O Estado, não podendo estar presente para impedir a ofensa a um bem jurídico ou recompor a ordem pública, incentiva o cidadão a atuar em seu lugar. A prática de determinados esportes pode gerar lesão corporal e até morte. Porém, não se pode ignorar que o Estado incentiva a prática esportiva (Lei 9.615/98 - Lei Pelé -, art. 3o, abrangendo as modalidades violentas). O atleta, no seu mister, pode invocar a descriminante do exercício regular de direito CRIMES CONTRA A PESSOA CRIMES CONTRA A VIDA São todos de ação penal pública incondicionada. Homicídio simples Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. O homicídio simples, em regra, não é crime hediondo. Será assim entendido, contudo, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio um só agente (Lei 8.072/1990, art. l.°, inc. I, l.a parte). Cuida-se de crime instantâneo, pois se consuma em um momento determinado, sem continuidade no tempo. Há quem sustente, porém, ser o homicídio um crime instantâneo de efeitos permanentes, pois, embora a consumação ocorra em um único momento, seus efeitos são imutáveis. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Classificação doutrinária: Conforme a Doutrina de Cleber Masson: “O homicídio é crime simples (atinge um único bem jurídico); comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); material (o tipo contém conduta e resultado naturalístico, exigindo este último - morte - para a consumação); de dano (reclama a efetiva lesão do bem jurídico); de forma livre (admite qualquer meio de execução); comissivo (regra) ou omissivo (impróprio, espúrio ou comissivo por omissão, quando presente o dever de agir); instantâneo (consuma-se em momento determinado, sem continuidade” no tempo), mas há também quem o considere instantâneo de efeitos permanentes; unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (praticado por um só agente, mas admite concurso); em regra plurissubsistente (a conduta de matar pode ser fracionada em diversos atos); e progressivo (para alcançar o resultado final o agente passa, necessariamente, pela lesão corporal, crime menos grave rotulado nesse caso de “crime de ação de passagem”). Masson, Cleber Direito penal : parte especial (arts. 121 a 212) - 16. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023. p. 17. • Caso de diminuição de pena § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Motivo de relevante valor socia l Motivo de relevante valor social é o pertinente a um interesse da coletividade. Não diz respeito ao agente individualmente considerado, mas à sociedade como um todo. Exemplo: matar um perigoso estuprador que aterroriza as mulheres e crianças de uma pacata cidade interiorana. Motivo de relevante valor moral Motivo de relevante valor moral é aquele que se relaciona a um interesse particular do responsável pela prática do homicídio, aprovado pela moralidade prática e considerado nobre e altruísta. Exemplo: matar aquele que estuprou sua filha ou esposa. E, como observado pelo item 39 da Exposição de Motivos da Parte Especial do Código Penal, é típico exemplo do homicídio privilegiado pelo motivo de relevante valor moral “a compaixão ante o irremediável sofrimento da vítima (caso do homicídio eutanásico)”. Homicídio qualificado Art. 121. § 2° Se o homicídio é cometido :I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe ; Cuida-se de crime plurissubjetivo, plurilateral ou de concurso necessário. Devem existir ao menos duas pessoas: o mandante (quem paga ou promete a recompensa) e o executor (também chamado de sicário. Motivo torpe é o vil, repugnante, abjeto, moralmente reprovável. Exemplo: matar um parente para ficar com sua herança. Fundamenta-se a maior quantidade de pena pela violação do sentimento comum de ética e de justiça. Não é motivo torpe: ● Vingança ● Ciúmes II - por motivo futil; Motivo fútil é o insignificante, de pouca importância, completamente desproporcional ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ à natureza do crime praticado. Exemplo: Age com motivo fútil o cliente que mata o dono do bar pelo fato de este ter lhe servido cerveja quente. Fundamenta-se a elevação da pena na resposta estatal em razão do egoísmo, da atitude mesquinha que alimenta a atuação do responsável pela infração penal. A ausência de motivo não deve ser equiparada ao motivo fútil, pois todo crime tem sua motivação O ciúme não pode ser enquadrado como motivo fútil. III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivela defesa do ofendido. V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Feminicídio VI - (Revogado pela Lei nº 14.994, de 2024) VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. § 2o-A § 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de: I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou com doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade; II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela. III - 2/3 (dois terços) se o crime for praticado em instituição de educação básica pública ou privada. (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024) Homicídio culposo § 3º Se o homicídio é culposo Pena - detenção, de um a três anos. Aumento de pena § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14811.htm#art5 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14811.htm#art5 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. FEMINICÍDIO Art. 121-A. Matar mulher por razões da condição do sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) Pena – reclusão, de 20 (vinte) a 40 (quarenta) anos. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) § 1º Considera-se que há razões da condição do sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) I – violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) § 2º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime é praticado: (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) I – durante a gestação, nos 3 (três) meses posteriores ao parto ou se a vítima é a mãe ou a responsável por criança, adolescente ou pessoa com deficiência de qualquer idade; (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) II – contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos , com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) III – na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) IV – em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) V – nas circunstâncias previstas nos incisos III, IV e VIII do § 2º do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) Coautoria (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) § 3º Comunicam-se ao coautor ou partícipe as circunstâncias pessoais elementares do crime previstas no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte : (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 5º Aplica-se a pena em dobro se o autor é líder, coordenador ou administrador de grupo, de comunidade ou de rede virtual, ou por estes é responsável. (Redação dada pela Lei nº 14.811, de 2024) § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. INFANTICÍDIO Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque Pena - detenção, de um a três anos. Aborto provocado por terceiro Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos. Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante Pena - reclusão, de um a quatro anos. Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência Forma qualificada Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados paraprovocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. DAS LESÕES CORPORAIS Lesão corporal Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos. Lesão corporal de natureza gravíssima § 2° Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incuravel; III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V - aborto: Pena - reclusão, de dois a oito anos. Lesão corporal seguida de morte § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Diminuição de pena § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Substituição da pena § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; II - se as lesões são recíprocas. Lesão corporal culposa § 6° Se a lesão é culposa Pena - detenção, de dois meses a um ano. Aumento de pena § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo- se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2226954 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12720.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12720.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art129%C2%A77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art129%C2%A77 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.886.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.886.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) § 13. Se a lesão é praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código: (Redação dada pela Lei nº 14.994, de 2024) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 14.994, de 2024) DOS CRIMES CONTRA A HONRA Calúnia Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. Exceção da verdade § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. Difamação Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Exceção da verdade Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Injúria Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.886.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.886.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art1 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. § 3º Se a injúria consiste na utilização deelementos referentes a religião ou à condição de pessoa idosa ou com deficiência: (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023) Súmula 714 STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. Disposições comuns Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Lei nº 14.197, de 2021) (Vigência) III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. IV - contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou pessoa com deficiência, exceto na hipótese prevista no § 3º do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica- se a pena em dobro. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 3º Se o crime é cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 1º do art. 121- A deste Código, aplica-se a pena em dobro. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) Exclusão do crime Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. Retratação Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14532.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14197.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14197.htm#art3 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14197.htm#art5 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14344.htm#art31 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14344.htm#art31 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14344.htm#art34 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14994.htm#art1 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015) Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009) Intimidação sistemática (bullying) Art. 146-A. Intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais: (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024) Pena - multa, se a conduta não constituir crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024) Intimidação sistemática virtual (cyberbullying) (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024) Parágrafo único. Se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social, de aplicativos, de jogos on- line ou por qualquer outro meio ou ambiente digital, ou transmitida em tempo real: (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024) Pena - reclusão, de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, e multa, se a conduta não constituir crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024) Ameaça Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º Se o crime é cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 1º do art. 121- A deste Código, aplica-se a pena em dobro. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) § 2º Somente se procede mediante representação, exceto na hipótese prevista no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024) CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO Furto → Só tem uma MAJORANTE, o resto é qualificado. • Majorantes: Se praticado durante o período noturno. → Irrelevante se as vítimas estão dormindo ou não. • Qualificadoras: Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; → Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; Com emprego de chave falsa; Mediante concurso de duas ou mais pessoas. Furto de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. → https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13188.htm#art13 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13188.htm#art13 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12033.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12033.htm ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Subtração de semovente domesticável de produção → Se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. → Subtraçãofor de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. Se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao DOBRO, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável. ► FURTO HEDIONDO → A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. CP, Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. • Furto qualificado com abuso de confiança é de ordem SUBJETIVA. → A relação empregatícia pode ou não permitir a aplicação da qualificadora relativa ao abuso de confiança. Note-se que a simples relação de emprego entre funcionário e empregador não faz nascer a confiança entre as partes, que é um sentimento cultivado com o passar do tempo. ► NÃO podem ser objeto de Furto: • RES NULLIUS (coisas que NUNCA tiveram dono). • RES DERELICTA (coisas abandonadas). • RES DESPERDICTA (coisa perdida). • coisas de uso comum (pertencentes a todos). ► Furto Privilegiado • Todo privilégio é de ordem SUBJETIVA. Súmula 511 STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no parágrafo 2° do artigo 155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. • Abuso de confiança é de ordem SUBJETIVA, logo não se aplica o benefício. Abuso de confiança – única qualificadora de ordem subjetiva. Segundo Cleber Masson: “Confiança é o sentimento de credibilidade ou de segurança que uma pessoa deposita em outra. Cuida-se de circunstância subjetiva, incomunicável no concurso de pessoas, a teor da regra delineada pelo art. 30 do Código Penal. Esta qualificadora consiste na traição, pelo agente, da confiança que, oriunda de relações antecedentes entre ele e a vítima, faz com que o objeto material do furto tenha sido deixado ou ficasse exposto ao seu fácil alcance” Não obstante: Furto privilegiado-qualificado (furto híbrido): Súmula 511, STJ “é possível o reconhecimento do privilégio previsto no §2º do art. 155, CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora de ordem objetiva”. Súmula 442 – STJ › IMPORTANTE É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo. (28/04/2010) Arts. 155, § 4º, IV, e 157, § 2º, II, do CP. Súmula 511 – STJ › IMPORTANTE ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. (11/06/2014) Súmula 567 – STJ › IMPORTANTE Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. (24/02/2016) A causa de aumento prevista no § 1° do art. 155 do Código Penal (prática do crime de furto no período noturno) não incide no crime de furto na sua forma qualificada (§ 4°). (REsp n. 1.890.981/SP, relator Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Seção, julgado em 25/5/2022, DJe de 27/6/2022.) JURISPRUDÊNCIAS SELECIONADAS 1) Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve espaço de tempo e seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. (Tese Julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 - TEMA 934) 2) Não há continuidade delitiva entre roubo e furto, porquanto, ainda que possam ser considerados delitos do mesmo gênero, não são da mesma espécie. 3) O rompimento ou destruição do vidro do automóvel com a finalidade de subtrair objetos localizados em seu interior qualifica o furto. 4) Todos os instrumentos utilizados como dispositivo para abrir fechadura são abrangidos pelo conceito de chave falsa, incluindo as mixas. 5) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. (Súmula n. 511/STJ) (Tese julgada sob o rito do Art. 543-C/1973 - TEMA 561) 6) A prática do delito de furto qualificado por escalada, destreza, rompimento de obstáculo ou concurso de agentes indica a reprovabilidade do comportamento do réu, sendo inaplicável o princípio da insignificância. 7) O princípio da insignificância deve ser afastado nos casos em que o réu faz do crime o seu meio de vida, ainda que a coisa furtada seja de pequeno valor. 8) Para reconhecimento do crime de furto privilegiado é indiferente que o bem furtado tenha sido restituído à vítima, pois o critério legal para o reconhecimento do privilégio é somente o pequeno valor da coisa subtraída. 9) Para efeito da aplicação do princípio da bagatela, é imprescindível a distinção entre valor insignificante e pequeno valor, uma vez que o primeiro exclui o crime e o segundo pode caracterizar o furto privilegiado. 10) É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo. (Súmula n. 442/STJ) 11) Para a caracterização do furto privilegiado, além da primariedade do réu, o valor do bem subtraído não deve exceder à importância correspondente ao salário mínimo vigente à época dos fatos. 12) O reconhecimento das qualificadoras da escalada e rompimento de obstáculo previstas no art. 155, § 4º, I e II, do CP exige a realização do exame pericial, salvo nas hipóteses de inexistência ou desaparecimento de vestígios, ou ainda se as circunstâncias do crime não permitirem a confecção do laudo. 13) Reconhecido o privilégio no crime de furto, a fixação de um dos benefícios do § 2º do art. 155 do CP exige expressa fundamentação por parte do magistrado. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 14) A lesão jurídica resultante do crime de furto não pode ser considerada insignificante quando o valor dos bens subtraídos perfaz mais de 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos. 15) Nos casos de continuidade delitiva o valor a ser considerado para fins de concessão do privilégio (artigo 155, § 2º, do CP) ou do reconhecimento da insignificância é a soma dos bens subtraídos. Crime de Roubo Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê- la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. Roubo impróprio. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. Diferença entre roubo próprio e impróprio Majorantes do roubo (aumentode pena) § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: • Se há o concurso de duas ou mais pessoas; • Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. • Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; • Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. • Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. • Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; § 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços) • Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; • Se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena Roubo qualificado ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ § 3º Se da violência resulta: I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; Latrocínio II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. Consumação e tentativa Como o latrocínio é crime complexo, envolvendo subtração (roubo) e morte (homicídio), é possível que uma delas se aperfeiçoe, e a outra não. Portanto, quatro situações podem ocorrer, cada uma possuindo sua respectiva solução: STF: A inexistência de bens ou dinheiro em poder da vítima de roubo NÃO caracteriza a hipótese de crime impossível, uma vez que o delito de roubo é complexo, cuja execução inicia-se com a violência ou grave ameaça à vítima. Súmula 582 STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem, mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida a perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. Extorsão Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. Conforme Cleber Masson “O agente cria para a vítima um estado de coação para que ela faça (exemplo: depositar em uma conta bancária uma determinada quantia em dinheiro), tolere que se faça (exemplo: permitir que um cheque a ela endereçado seja inutilizado pelo criminoso, seu devedor) ou deixe de fazer (exemplo: não ajuizar uma ação executiva contra o extorsionário ou pessoa a ele ligada) alguma coisa” Masson, Cleber Direito penal : parte especial (arts. 121 a 212) - 16. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023. p. 453 Diferença entre Roubo e Extorsão Estará caracterizado o crime de extorsão quando, para a obtenção da indevida vantagem econômica pelo agente, for imprescindível a colaboração da vítima. No roubo, por seu turno, a atuação do ofendido é dispensável. É possível a continuidade delitiva entre roubo e extorsão? Por não constituírem delitos da mesma espécie, não é possível reconhecer a continuidade delitiva na prática dos crimes de roubo e extorsão HC 114.667/SP, reL orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, l.a Turma, j. 24.04.2018, noticiado no Informativo 899. No STJ: HC 281.130/SP, rei. Min. Laurita Vaz, 5.a Turma, j. 25.03.2014. ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ No crime de extorsão não se admite a modalidade culposa Súmula 96 do STJ “O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida”. É possível a tentativa. Nada obstante seu aspecto formal, a extorsão é em regra crime plurissubsistente. A conduta pode ser fracionada em diversos atos, razão pela qual sua execução pode ser impedida por circunstâncias alheias à vontade do agente. Ação penal A ação penal é pública incondicionada, em todas as modalidades de extorsão. Classificação Doutrinária A extorsão é crime comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); de forma livre (admite qualquer meio de execução); formal, de resultado cortado ou de consumação antecipada (a consumação independe da produção do resultado naturalístico, isto é, não se reclama a obtenção pelo agente da indevida vantagem econômica); instantâneo (consuma-se em um momento determinado, sem continuidade no tempo), em regra plurissubsistente (a conduta é composta de diversos atos); de dano (para a doutrina dominante, que não fundamenta seu entendimento);188 doloso; e unissubjetivo, unilateral ou de concurso eventual (cometido normalmente por uma só pessoa, nada obstante seja possível o concurso de agentes). Masson, Cleber Direito penal : parte especial (arts. 121 a 212) - 16. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023. p. 460. Majorantes. § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. ➢ crime cometido por duas ou mais pessoas; ➢ crime cometido com emprego de arma. § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. (com resultado lesão corporal grave e com resultado morte ) A Extorsão qualificada (art. 158, § 2.°) é crime hediondo? O Brasil, por força da norma contida no art. 5.°, XLIII, da Constituição Federal, adota um critério legal no tocante aos crimes hediondos. Somente se reveste da hediondez os delitos assim expressamente catalogados em lei. Atualmente, em face do erro grosseiro do legislador, o art. 158, § 2.°, do Código Penal não consta do rol taxativo elencado pelo art. l.° da Lei 8.072/1990. Masson, Cleber Direito penal : parte especial (arts. 121 a 212) - 16. ed. - Rio de Janeiro : Método, 2023. p. 461. § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. . Extorsão mediante sequestro Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos § 3º - Se resulta a morte Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços ➢ Crime hediondo (todas as modalidades). ➢ Crime complexo: extorsão + sequestro (+ integridade física e a vida humana para os §§ 2.° e 3.°). ➢ Abrange o cárcere privado (interpretação extensiva). ➢ O sujeito passivo deve ser pessoa (se animais, p.ex.,