Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Gerência em Saúde Introdução à Informática Aplicada Alfredo Prates Neto Ministério da Educação e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Gerência em Saúde Introdução à Informática Aplicada Alfredo Prates Neto Montes Claros - MG 2011 Ministro da Educação Fernando Haddad Secretário de Educação a Distância Carlos Eduardo Bielschowsky Coordenadora Geral do e-Tec Brasil Iracy de Almeida Gallo Ritzmann Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Alberto Duque Portugal Reitor João dos Reis Canela Vice-Reitora Maria Ivete Soares de Almeida Pró-Reitora de Ensino Anette Marília Pereira Diretor de Documentação e Informações Huagner Cardoso da Silva Coordenador do Ensino Profissionalizante Edson Crisóstomo dos Santos Diretor do Centro de Educação Profissonal e Tecnólogica - CEPT Juventino Ruas de Abreu Júnior Diretor do Centro de Educação à Distância - CEAD Jânio Marques Dias Coordenadora do e-Tec Brasil/Unimontes Rita Tavares de Mello Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/ CEMF/Unimontes Eliana Soares Barbosa Santos Coordenadores de Cursos: Coordenador do Curso Técnico em Agronegócio Augusto Guilherme Dias Coordenador do Curso Técnico em Comércio Carlos Alberto Meira Coordenador do Curso Técnico em Meio Ambiente Edna Helenice Almeida Coordenador do Curso Técnico em Informática Frederico Bida de Oliveira Coordenador do Curso Técnico em Vigilância em Saúde Simária de Jesus Soares Coordenador do Curso Técnico em Gestão em Saúde Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA APLICADA e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Elaboração Alfredo Prates Neto Projeto Gráfico e-Tec/MEC Supervisão Wendell Brito Mineiro Diagramação Hugo Daniel Duarte Silva Marcos Aurélio de Almeida e Maia Impressão Gráfica RB Digital Designer Instrucional Angélica de Souza Coimbra Franco Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira Revisão Maria Ieda Almeida Muniz Patrícia Goulart Tondineli Rita de Cássia Silva Dionísio Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 3 Prezado estudante, Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezem- bro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escola técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pes- soas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimen- to da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incenti- vando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino téc- nico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – não só é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cul- tural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Janeiro de 2010 Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 5 Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital Sumário 7 Palavra do professor conteudista .............................................9 Projeto instrucional ........................................................... 11 Aula 1 - Conhecendo melhor a nossa disciplina .......................... 13 1.1 Introdução à Informática Aplicada ................................ 13 Resumo ................................................................... 18 Atividades de aprendizagem ........................................... 18 Aula 2 – Conhecendo melhor a rede de atenção à saúde ................ 19 2.1 Visão do sistema de saúde atualmente .......................... 19 2.2 Conceitos importantes que serão trabalhados no decorrer da aula..19 2.3 As relações entre os territórios sanitários e os níveis de atenção à saúde, segundo Eugenio Vilaça Mendes (2001) – Consultor da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais ..... 20 2.4 Definições do Conselho Nacional de Secretário de Saúde (CONASS) .21 2.5 Popularizando os conceitos ........................................ 21 2.6 Como elaborar um planejamento para a saúde ................ 22 2.7 Como fazer essa análise para realizar um planejamento eficiente? . 23 Resumo ................................................................... 24 Atividades de aprendizagem ........................................... 24 Aula 3 – Aprendendo a trabalhar com o TABNET .......................... 25 3.1 Tabulando dados ................................................... 25 3.2 Instrumento para auxiliar no monitoramento, metas e pactuações 28 Resumo ................................................................... 30 Atividades de aprendizagem ........................................... 31 Aula 4 – Construindo planilha com extrato populacional, importante para a elaboração de todo o nosso planejamento .............................. 33 4.1 Conhecendo outros sistemas e programas disponíveis para o Município ................................................................. 33 4.2 Construindo a nossa planilha ..................................... 34 4.3 Relembrando alguns sinais do Excel .............................. 36 Resumo ................................................................... 36 Atividades de aprendizagem ........................................... 37 Aula 5 – Construindo planilha para gerenciamento de sistema voltado para a saúde da mulher ............................................................ 39 5.1 Parâmetros a serem utilizados na planilha ...................... 39 5.2 Construção das planilhas para auxiliar no gerenciamento no atendimento das mulheres ............................................ 42Resumo ................................................................... 48 Atividades de aprendizagem ........................................... 48 Referências ..................................................................... 49 Currículo do professor conteudista ......................................... 50 e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 9 Existem momentos em nossas vidas em que precisamos definir qual caminho devemos trilhar, seja em nossa vida pessoal ou profissional. As dúvidas e as inseguranças sobre algo desconhecido nos fazem, muitas vezes, não enxergarmos com clareza qual caminho seguir e se esse caminho é real- mente o melhor para nós. Neste momento em que você escolheu trilhar este caminho – a bus- ca de conhecimento através de uma preparação técnica profissional – você fez a escolha certa, pois, ao trilhar essa estrada você estará iniciando um caminho de sucesso e de muita satisfação. Hoje o mercado de trabalho está carente de técnicos mais capaci- tados e habilitados para atuarem nas áreas técnicas, principalmente dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao você optar por fazer este curso técnico, tenho certeza de que várias oportunidades serão apresentadas para você e depende somente de você aproveitar cada uma delas, pois, o mercado de trabalho abre as portas para todos os profissionais que se empenham e buscam cada dia mais apri- morar em seu conhecimento. O segredo do sucesso é a busca constante por aprimoramento dos conhecimentos e o curso técnico pode despertar em você o interesse de se especializar ainda mais, cursando faculdades voltadas para a sua área de atuação. Dentro do SUS, precisamos de pessoas que possam ter uma visão técnica para direcionar melhor as ações de saúde públicas, as quais precisa- mos que sejam implementadas urgentemente. Você, sozinho, não tem condições de mudar toda a realidade, mas o seu conhecimento, junto com a sua vontade de fazer algo melhor, pode somar à proposta de construção de uma saúde melhor para todos. Palavra do professor conteudista e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 11 Projeto instrucional Disciplina: Introdução à Informática Aplicada (carga horária: 30h). Ementa: A informação como instrumento de planejamento. Teoria e princípios básicos de informática, criação de planilhas para gerenciamento de sistemas de informação e controle de dados. AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM MATERIAIS CARGA HORÁRIA Aula 1. Conhecendo melhor a nos- sa disciplina Conhecer melhor a disciplina, mostrando com simplicidade como tudo pode acontecer na- turalmente em nosso dia a dia - 6 h Aula 2. Conhecendo melhor a rede de aten- ção à saúde Conhecendo o rede de saúde que esta sendo implantada no Estado de Minas Gerais e a importância dessa rede para um bom serviço de saúde - 6 h Aula 3. Aprendendo a trabalhar com o TAB- NET Aprendendo a trabalhar com um tabulador de dados dispo- nível pelo Ministério da Saúde para os municípios - 6 h Aula 4. Construin- do planilha com extrato populacional, importan- te para a elaboração de todo o nosso plane- jamento A importância de se trabalhar com a população real de seu município para na elaboração do planejamento estratégico factível a realidade e condi- ções de cada município - 6 h e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde12 Aula 5. Construindo planilha para gerenciamen- to de sistema voltado para a saúde da mulher Elaboração de planilhas utilizadas no planejamento e no monitoramento das ações pactuadas com o Estado e o Ministério da Saúde - 6 h e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 13 Aula 1 - Conhecendo melhor a nossa disciplina Objetivo Nesta primeira aula, iremos trabalhar conceitos básicos que serão utilizados no decorrer da aprendizagem da disciplina, procurando simplifi- car ao máximo o seu entendimento e buscando, sempre que possível, fazer um paralelo entre esses conceitos em nosso dia a dia e nosso ambiente de trabalho. 1.1 Introdução à Informática Aplicada 1.1.1 Conceitos básicos De acordo com o dicionário Aurélio, temos as seguintes definições: Introdução: Ato de introduzir. Introduzir: incluir, incorporar. Informática: Ciência que visa ao tratamento da informação através do uso de equipamentos da área de processamento de dados. Informação: Ato ou efeito de informar (-se), informe; fatos conhe- cidos ou dados comunicados acerca de alguém ou algo; fato de interesse específico, conhecido graças à observação, pesquisa e análise. Processamento de dados: manipulação de dados em um sistema computtacional, que tecnicamente equivale à execução de instruções por processador (es), que abrange a entrada de dados iniciais, sua verificação, armazenamento, recuperação e transformação, e a produção de novas infor- mações a partir deles. Aplicada: Palavra derivada do verbo aplicar, que significa: Pôr em prática, empregar. 1.1.2 Prática do conhecimento Em nossa rotina diária, conseguimos incorporar aos nossos conhe- cimentos vários assuntos de nosso interesse que nos são apresentados de di- versas formas (verbal, visual ou auditiva), conseguimos absorver os momen- tos importantes que vivemos, fazendo a distinção do que foi ou o que será melhor para nós – tudo isso através de um processamento das informações ou dados a nós apresentados. Temos, também, a visão do nosso futuro através de um planejamento que fazemos automaticamente para atingir um objetivo específico e desejado, traçando estratégias que nos facilitem cumprir todas e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde14 as etapas necessárias para o nosso sucesso. Nesta perspectiva, devemos ter bem claro o seguinte: O que é prioritário para mim neste momento? Quanto tempo preciso para atingir esse meu objetivo? Como devo fazer para che- gar onde desejo de forma mais rápida e eficiente? Quais as ferramentas que tenho disponíveis e o que devo utilizar neste momento para alcançar o meu objetivo? Exemplo: Jovens que, através de seus estudos, buscam enxergar um futuro promissor dentro da carreira escolhida. Figura 1: Acervo particular. Fonte: Arquivo clipart da Microsoft Office 2007. Acesso em 10/12/2010 . Figura 2: Acervo particular. Fonte: Arquivo clipart da Microsoft Office 2007. Acesso em 10/12/2010. Em nossa vida profissional, também nos deparamos com situações que devem ser processadas por nós, que necessitam de uma interpretação lógica. Às vezes, vemo-nos convocados a traçar metas e processos para al- cançarmos um resultado satisfatório para a empresa em que trabalhamos, seja ela pública ou privada, buscando sempre somar o conhecimento e as experiências da empresa e dos profissionais que compõem a equipe de tra- balho e que hoje são conhecidos como nossos colaboradores. Figura 3: Acervo particular. Fonte: Arquivo clipart da Microsoft Office 2007. Acesso em 10/12/2010. Figura 4: Acervo particular. Fonte: Arquivo clipart da Microsoft Office 2007. Acesso em 10/12/2010. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 15 Assim como em nossa vida projetamos o nosso futuro, devemos propor algo semelhante para a nossa equipe; neste caso, focando o bem- -estar da equipe e o ganho na produtividade e melhoria da qualidade de vida daqueles que dependem de nosso trabalho. A saúde traz para nós uma realidade diferenciada de outras atividades, pois, dentro da saúde, costu- mamos dizer que o que fazemos não é somente pelos outros, mas por nós mesmos e por nossos familiares, visto que quem disser que nunca irá pre- cisarde um sistema de saúde público pode estar cometendo um grande e fatal erro. Todos nós somos passíveis de sofrermos um acidente, até mesmo quando estamos andando naturalmente pela rua; podemos cair e ficar desa- cordados e as pessoas que vierem nos socorrer podem não saber de nossas condições sociais e financeiras e o primeiro lugar para onde seremos levados (pela equipe de resgate, policiais, bombeiros ou populares) é para uma ins- tituição pública, seja hospital ou não. Além disso, é bom lembrar que todos os atores envolvidos neste sistema são agentes públicos que dependem de um conjunto de difícil gerência e de alta complexidade para o seu funcio- namento. Portanto, nós que estamos na saúde, trabalhando, analisando os dados e transformando-os em informação, auxiliando nas decisões de nossos gestores ou até mesmo decidindo, como gestores, os rumos de nossos re- cursos financeiros, devemos pensar que amanhã pode ser que alguém que amamos, ou nós próprios, estaremos usufruindo dos serviços que hoje estão disponíveis dentro da rede de assistência à saúde municipal, microrregional, macrorregional, estadual e nacional, pois, as políticas de saúde dependem diretamente dos dados por nós processados e devidamente analisados. Figura 5: Acervo particular. Fonte: Arquivo clipart da Microsoft Office 2007. Acesso em 10/12/2010. Diante de tudo isso que foi apresentado, mostrando a importância de pensarmos em nosso futuro também dentro de um contexto de uma rede de saúde, vemos a importância e a seriedade que devemos ter ao escolher- mos os nossos sistemas de informação gerencial e, em especial, como deve- mos utilizar as ferramentas por eles disponibilizadas. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde16 Mas, quando adquirirmos um sistema ou se optarmos em gerenciar pessoalmente o nosso sistema de saúde com ferramentas simples e eficien- tes, como planilhas eletrônicas do Excel, deveremos buscar respostas claras para as seguintes perguntas: Onde estamos? Como estamos? Onde quere- mos chegar? Como faremos para atingir os nossos objetivos? Muitas vezes, há sistemas de informação caríssimos adquiridos por municípios pequenos que são utilizados com no máximo 40 ou 50% de sua capacidade, porque foram construídos para atenderem a municípios de porte médio ou grande. Quando acontece tal fato, o nosso investimento se torna ineficaz e ineficiente. Isso representaria comprarmos um celular de última geração onde temos disponíveis: câmera, gravador, telefone, MSN, internet, minicomputador, agenda, calculadora, calendário, MP5, TV, rádio, entre ou- tros recursos, e só utilizássemos o telefone, a câmera e o gravador, por não termos disponível em nossa cidade um rede mundial de comunicação que nos possibilite acessar e utilizar todos os recursos de que dispomos. Figura 6: Acervo particular. Fonte: Arquivo clipart da Microsoft Office 2007. acesso em 10/12/2010. Considera-se que todo monitoramento e acompanhamento realiza- dos pelo sistema devem ser implantados levando em conta a realidade do município, a tecnologia disponível, onde podemos trabalhar o que é real- mente prioridade para nós, dentro daquilo que esperamos atingir, implan- tando ou implementando metas factíveis para a nossa equipe de trabalho, em que os comparativos devem acontecer, mas com realidades próximas das nossas e não com realidades discrepantes. Como podemos perceber, o planejamento estratégico realizado no âmbito da saúde, seja em nosso município, microrregião, macrorregião ou Es- tado, está ligado, direta ou indiretamente, aos nossos objetivos particulares e ou mesmo pessoais, uma vez, que poderá influenciar em um atendimento de urgência ou emergência a nós ou a alguém que está próximo de nós. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 17 Exemplo: Um empresário da área de saúde que mora em São Paulo, retor- nando para sua casa em um final de tarde, envolve-se em um acidente de trânsito e fica desacordado. Neste momento, é acionado o resgate do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que, ao chegar ao local, per- cebe que a vítima está com alguns ferimentos graves e que necessita ser removida o mais rápido possível para que ter a sua vida salva. Dentro do protocolo adotado pelo SAMU, que utiliza, prioritariamente, os serviços dos hospitais inseridos na rede de atenção à saúde, remove-se o empresário para o hospital de referência para o trauma, onde a vítima passa por uma cirur- gia de emergência. Ou seja: esse empresário da saúde, que jamais pensou em utilizar o serviço público de saúde, teve sua vida salva por profissionais da rede de assistência à saúde do município de São Paulo. Esta ilustração demonstra que todos nós somos sujeitos a, um dia, utilizar o sistema que estamos construindo; por isso, devemos construir um sistema de saúde não pensando que a pessoa que irá utilizá-lo poderá ser alguém que tem um po- der aquisitivo melhor do que o seu ou o meu, mas devemos pensar na vida que pode ser salva a partir do trabalho que desenvolvemos na construção de uma rede mais eficiente e eficaz. Vidas podem ser salvas ou perdidas, dependendo dos investimentos que são feitos a partir do que apresentamos em nossas análises dos dados. Figura 7: Acervo particular Fonte: Arquivo clipart da Microsoft Office 2007. Acesso em 10/12/2010. Na próxima aula, iremos aprender o que é preciso para elaborar um planejamento dentro da rede de atenção à saúde. Ineficaz: Não eficaz, inútil. Ineficiente: Sem eficiência. Eficiência: Ação ou virtude que produz efeito. Implantando: Palavra derivada do verbo implantar que significa: introduzir, estabelecer, inserir uma coisa em outra. Implementando: Vem do verbo Implementar = Prover de implemento(s), pôr em prática, dar execução a (plano programa ou projeto). Factíveis: Adjetivo de dois gêneros. Que pode ser feito Exequível: Adjetivo de dois gêneros. Que se pode executar, possível de executar. Discrepante: Diferença, desigualdade. Dentro do sistema de saúde, classificamos Urgência como uma situação grave, mas que não coloca em risco a vida do paciente, e a Emergência também como uma situa grave que pode levar a pessoa a perder a vida. Ex.: quando uma pessoa sofre um acidente automobilístico e fratura a perna necessitando de uma cirurgia para implante de uma placa, isso é uma urgência, mas se no mesmo acidente uma pessoa teve hemorragia interna com parada respiratória, isso é uma emergência, pois compromete a manutenção da vida da pessoa. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde18 Resumo Além dos conceitos apresentados – e que serão aplicados no decor- rer dos estudos de nossa disciplina – pudemos perceber que, por mais que não nos interessemos pela política de saúde de nosso município ou Estado, somos atores passíveis de necessitar de um sistema que é de todos e para to- dos. Portanto, se hoje não somos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), amanhã podemos vir a precisar da rede de saúde que está se desenhando em nosso Estado. Assim, se tivermos a oportunidade de avaliarmos essa rede e propor melhorias para ela, devemos fazer não somente pelos outros mas por nós e por nossa família. Atividades de aprendizagem 1) Cite duas situações vividas por você ou por alguém que você conheça que necessitaram de um serviço de saúde e que tiveram dificuldade ou facilida- de de acesso à rede de assistência à saúde (consultas, exames, internações, atendimentos de urgência ou emergência, etc.) em seu município, microrre- gião ou macrorregião. 2) Utilizando a questão acima, informe como você corrigiria os problemas ou dificuldades detectadas por você. Cite apenas dois itens considerados os mais críticos e importantes a serem resolvidos. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntroduçãoà Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 19 Aula 2 – Conhecendo melhor a rede de atenção à saúde Objetivo Quando falamos em informação como instrumento de planejamen- to e falamos de gerenciamento de uma rede de atenção à saúde, necessita- mos conhecer o que temos disponível em nossa rede em todos os seus níveis de atenção, tendo como base a Atenção Primária à Saúde. 2.1 Visão do sistema de saúde atualmente De acordo com o Dr. Eugênio Vilassa Mendes, consultor da Secreta- ria Estadual da Saúde de Minas Gerais, temos um sistema de saúde fragmen- tado e que necessita ser avaliado desde a sua base, que hoje chamamos de atenção primária à saúde, até o nível mais alto e resolutivo, que é o nível terciário da saúde. 2.2 Conceitos importantes que serão trabalha- dos no decorrer da aula 2.2.1 Atenção Primária à Saúde (APS) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS, 2004) define: "[... ] a Atenção Primária é um conjunto de intervenções de saúde no âmbito individual e coletivo que envolve: promoção, prevenção, diag- nóstico, tratamento e reabilitação. É desenvolvida por meio de exercício de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios (território-proces- so) bem delimitados, das quais assumem responsabilidade." 2.2.2 De acordo com o Plano Diretor de Regionaliza- ção (PDR) do Estado de Minas Gerais 2.2.2.1 Microrregião de Saúde Base territorial de planejamento da atenção básica à saúde com capacidade de oferta de serviços ambulatoriais e hospitalares de média com- plexidade e alguns serviços de alta complexidade, constituída por um ou mais módulos assistenciais. Apresenta um nível tecnológico de complexidade III-2 e abrangência intermunicipal (média complexidade). Fragmentado: Fazer em fragmentos, quebrado. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde20 2.2.2.2 Polo Microrregional Município que pelo seu nível de resolubilidade, capacidade de ofer- ta de serviços, acessibilidade e situação geográfica, polariza os municípios da microrregião. Apresenta um nível tecnológico de complexidade III-2 e abrangência intermunicipal. 2.2.2.3 Macrorregião Base territorial de planejamento da atenção à saúde no Estado de Minas Gerais que engloba regiões e microrregiões de saúde em função da possibilidade de oferta e acesso a serviços de saúde de maior complexidade. Apresenta um nível tecnológico de complexidade V e abrangência macror- regional. 2.2.2.4 Polo Macrorregional Município da macrorregião que oferece os serviços de saúde de maior nível de complexidade e polariza regiões e ou microrregiões de saúde. Apresenta um nível tecnológico de complexidade V e abrangência macror- regional. 2.3 As relações entre os territórios sanitários e os níveis de atenção à saúde, segundo Eugenio Vilaça Mendes (2001) – Consultor da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais 2.3.1 Macrorregional A autossuficiência em atenção terciária (alta Complexidade). 2.3.2 Microrregional A autossuficiência em atenção secundária à saúde (média comple- xidade). 2.3.3 O território da atenção primária à saúde A área de abrangência da atenção primária à saúde. 2.3.4 O território da microárea A área de abrangência de agentes comunitários de saúde. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 21 2.4 Definições do Conselho Nacional de Secre- tário de Saúde (CONASS) 2.4.1 Média complexidade A média complexidade ambulatorial é composta por ações e ser- viços que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos tec- nológicos para o apoio diagnóstico e tratamento. 2.4.2 Alta complexidade Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolvem alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade). 2.5 Popularizando os conceitos Popularmente, dizemos que a atenção primária à saúde são proce- dimentos (atendimentos) realizados pelas nossas equipes de saúde da família que são responsáveis pela atenção básica (promoção e prevenção) à saúde. A atenção primária não necessita de grandes recursos tecnológicos em saú- de, nem de médicos especialistas e de acordo com estudos realizados, a APS pode resolver em torno de 70 a 80% dos problemas de saúde que ocorrem dentro do município, isso se suas equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF - antigo PSF) estiverem devidamente implantadas e implementadas dentro do município. O recurso financeiro é repassado pelo Governo Federal mensalmente, através da apresentação do Boletim de Produção Ambulatorial (BPA) que é digitado no Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SIA/ SUS) que pode ser Produção Ambulatorial Básica (PAB), Fração Assistencial Especializada (FAE ou FAEC), que é um recurso extra teto (complementar). Além deste recurso financeiro Federal, o Estado de Minas Gerais repassa re- cursos de incentivo financeiro de programas chamados estruturadores como complemento para o atendimento dos munícipes (Saúde em Casa, Farmácia de Minas, etc). Quanto à média complexidade, é realizada somente nos pólos das microrregiões, pois necessitam de uma tecnologia mais avançada, de profis- sionais e serviços especializados. O seu financiamento é pela Programação Pactuada Integrada (PPI) que, na verdade, é um acordo que é feito entre os municípios quanto ao atendimento de seus munícipes. Mas para que os muni- cípios pólo possam receber o recurso financeiro pactuado na PPI, necessita- -se credenciar o serviço ou prestador de serviço junto ao Ministério da Saúde e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde22 ou Secretaria de Estado da Saúde. Há, também, a contrapartida financeira do Estado de Minas Gerais, através dos repasses financeiros para os progra- mas estruturadores, como o Centro Viva Vida (cuida da saúde da mulher, da criança, do adolescente e do homem), Centro Mais Vida (Atenção ao Idoso), Hiperdia (cuida dos diabéticos e hipertensos), Pro-Hosp (Programa de Forta- lecimento dos Hospitais), Urgência e Emergência, além dos apoios logísticos Sistema Estadual de Transporte em Saúde (SETS), Assistência Farmacêutica (AF) entre outros. A alta complexidade – como a hemodiálise, por exemplo – pode ser realizada em pólos dos municípios, facilitando o acesso do usuário ao serviço de saúde, mas normalmente, em sua grande maioria, é realizada no pólo da ma- crorregião onde se dispõe de tecnologias caras e serviços mais especializados. A microrregião são territórios sanitários criados para facilitar o acesso dos usuários ao sistema (rede de atenção à saúde) e que têm o seu financiamento voltado para o atendimento da média complexidade. Quan- to à macrorregião, podemos dizer que é um território sanitário que tem a sua população de atendimento ampliada, e agrupa várias microrregiões que recebem recursos financeiros, através da PPI, de todos os municípios que compõem a sua área de abrangência. Uma macrorregião geralmente é com- posta por municípios de mais de uma Gerencia Regional de Saúde, no caso da Macro Norte de Minas Gerais, temos as Gerências de Montes Claros, Pirapora e Januária que, juntas, representam 09 microrregiões e 86 municípios, tendo o seu pólo macro localizado na cidade de Montes Claros-MG. Também neces- sita de um transporte, seja ele municipal ou SETS, que possibilite ou facilite a chegada do usuário ao serviço. 2.6 Como elaborar um planejamento para a saúde Primeiramente, nós devemos saber como está estruturadoo nosso serviço na atenção primária à saúde. Quantas equipes de ESF temos im- plantadas em nosso município? Qual a população coberta por essa equipe? Se temos população descoberta pela ESF, qual a quantidade de habitantes e qual o seu percentual em relação à população geral? Quais os serviços que temos disponíveis em nossa microrregião para atender a nossa população, onde e como devo enviar a minha população para atendimento? Quais os serviços que temos disponíveis em nossa macrorregião para atender a nossa população, para onde e como devo enviar a minha população? Como es- tão definidos esses fluxos de encaminhamento e atendimento da população? Quais os programas e sistemas que tenho disponíveis em minha rede de saú- de municipal? Depois de respondidas as perguntas acima, devo procurar saber quais são as pactuações que o município tem com o Estado e a União e se o município tem um plano municipal de saúde para que possamos saber quais as metas que foram colocadas neste plano. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 23 Somente depois de termos em mãos todos esses dados é que pode- mos fazer o nosso plano de ação e elaborar o nosso planejamento, criando instrumentos de monitoramento e avaliação. Neste momento, poderemos saber se a equipe disponível é suficiente ou se precisaremos de mais pessoas para auxiliar na organização do serviço com o objetivo de otimizar os recur- sos e poder orientar melhor o nosso gestor na gerência da rede de saúde do município. Programas: Têm diretrizes a serem seguidas e são responsáveis pelo levantamento de dados de sua área de abrangência que serão utilizados nos sistemas de informação para a correta análise. Sistemas: Geralmente são sistemas informatizados, utilizados para lançamento dos dados coletados pela equipe de colaboradores nos diversos pontos de atenção à saúde que auxiliarão na análise. Exemplo: Programa de Saúde da Família (PSF), que hoje é uma Es- tratégia de Saúde da Família (ESF), possui diretrizes e ações a serem reali- zadas em sua área de abrangência (micro áreas) e o Sistema de Informação de Atenção Básica Municipal (SIABMUN) é um sistema que consolida todas as ações realizadas por todas as equipes de ESF e nos oferece relatórios geren- ciais por microárea, equipe e uma visão geral dos atendimentos realizados dentro do município. 2.7 Como fazer essa análise para realizar um planejamento eficiente? Primeiramente, devemos ter com referência a nossa atenção pri- mária à saúde, como é apresentado no fluxograma abaixo. Figura 8: Novo Modelo da Atenção Primária a Saúde (APS) em Minas Gerais. Fonte: MENDES (2001), Eugênio Vilaça – Consultor da SES\MG. Otimizar: Aproveitar, utilizar ou utilizar melhor, ou de forma mais produtiva. Aperfeiçoar (um programa) a fim de que realize sua função no menor tempo ou no menor número de pessoas possíveis. Pactuações: Combinar, ajustar, contratar. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde24 Na próxima aula, iremos aprender como podemos ter acessos aos dados processados dentro do município e enviados para o Ministério da Saúde. Resumo Neste módulo, podemos verificar que para definirmos uma estraté- gia de monitoramento e acompanhamento de algum indicador ou programa dentro do nosso sistema de saúde, temos que ter uma visão bem ampliada da situação atual de nosso sistema de saúde, ou seja, um planejamento define onde queremos chegar e, para isso, devemos saber onde estamos e o que temos disponível para trabalhar, isto é, um diagnóstico situacional. Exemplo prático do resumo: Quando fazemos um plano de saúde particular, temos como refe- rência a sede de nosso convênio, ou seja, suponhamos que temos um con- vênio com a UNIMED; quando necessitamos de uma consulta, ligamos para a UNIMED para sabermos quais são os profissionais que estão autorizados para atender a minha família, pegamos o telefone, ligamos e agendamos uma consulta ou um exame. Quando for necessário um atendimento mais espe- cializado, levamos o formulário de autorização para a sede da UNIMED e eles autorizam a realização de nosso exame ou procedimento de média ou alta complexidade, indicando para nós onde devemos realizar o procedimento. Assim é o nosso sistema de saúde, só que devemos procurar a Secretaria Municipal de Saúde para que os procedimentos sejam encaminhados dentro da rede de assistência à saúde. Atividades de aprendizagem 1) Você conhece como funciona o sistema de saúde de seu município, micror- região e macrorregião? Por quê? 2) O seu município tem um plano municipal de saúde? 3) Você tem conhecimento do recurso financeiro disponibilizado para o seu município? 4) Você conhece a PPI de seu município? e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 25 Aula 3 – Aprendendo a trabalhar com o TABNET Objetivo O objetivo desta aula é orientar os alunos na navegação pelo site oficial do DATASUS, onde teremos vários dados quantitativos importantes para trabalharmos em nosso planejamento e criar instrumentos para moni- toramento de ações e indicadores. 3.1 Tabulando dados Muitas vezes, não conseguimos saber com precisão todas as infor- mações de que necessitamos, como por exemplo, é importante ressaltar que nem todas as informações solicitadas na aula 2 em atividade de aprendizado foram fáceis de adquirir. Essa dificuldade é real mesmo para as pessoas que trabalham dentro do sistema de saúde, pois a rotatividade de pessoas den- tro deste contexto é muito grande. Contudo, deve-se considerar que todas as informações processadas pelo município são enviadas para o Ministério da Saúde e são disponibilizadas na internet, e isso facilita o acesso a todas àquelas geradas dentro do município. Utilizando um recurso disponibilizado pelo DATASUS, chamado TABNET (tabulação pela internet), vamos, então, aprender o passo a passo para acessarmos uma informação importante para o nosso planejamento, lembrando que o mesmo processo poderá ser utiliza- do para tabularmos outras informações disponibilizadas no site. 3.1.1 Iremos trabalhar com as informações demográfi- cas (população IBGE) Esta informação foi escolhida por ser uma das mais importantes para um planejamento e monitoramento de indicadores pactuados. Em se- guida, criaremos um instrumento para coleta de dados para, daí, fazermos uma previsão de exames especializados necessários a serem oferecidos para a população e indicadores pactuados para atendimento à saúde da mulher. 3.1.2 Passo a passo 1. Para iniciar, devemos acessar o site: www.datasus.gov.br e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde26 2. Tela inicial: Figura 9: Acervo particular. Fonte: < http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em 10/12/2010.. • Selecionar informações de saúde; • Demográficas e socioeconômicos; • População residente = Censos; • Selecione o estado. 3. Tela para tabulação: Figura 10: Acervo particular. Fonte: < http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em 10/ 12/2010.. Esta ferramenta nos oferece opções diversas de tabulação dos da- dos, basta que você escolha o que deseja que se apresente na configuração da linha e da coluna; permite, também, em alguns casos, que você selecione o conteúdo desejado, como se fosse um filtro a mais da informação, mas em nosso caso selecionaremos o seguinte: e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 27 • Linha = Sexo • Coluna= Faixa etária detalhada • Período disponibilizado = 2009 • Município = município em que você reside Figura 11: Acervo particular. Fonte: < http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em 10/12/2010.. Em seguida, você deve clicar na barra de rolagem da tela que fica no lado esquerdo do monitor (tela do computador) indo até o final, eem seguida clicar na opção “mostrar”. Figura 12: Acervo particular. Fonte: < http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em 10/12/2010. Clicando na opção, copie como CSV, o Tabnet irá gerar um arquivo no Excel, apresentando a seguinte tela: e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde28 Figura 13: Acervo particular. Fonte: < http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em 10/ 12/2010. Clicando na opção “abrir” na janela de download de arquivo para o formato Excel, o sistema automaticamente irá gerar para você uma planilha no Excel. Veja a figura seguinte: Figura 14: Acervo particular. Fonte: < http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em 10/12/2010. Neste momento, basta configurar a planilha dentro dos padrões que permitam a sua leitura correta. 3.2 Instrumento para auxiliar no monitoramen- to, metas e pactuações Um dos dados mais importantes para lançarmos mão no momento de um planejamento e principalmente no acompanhamento de um indicador pac- tuado ou importante para o município é a população detalhada por sexo e faixa etária; portanto, um dos instrumentos básicos para nosso planejamento é a identificação (estratificação) dessa população. Assim, propomos a tabela que será apresentada e que mais tarde será transformada em planilha gerencial. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 29 Lembramos ainda que quanto maior o nível de detalhamento da tabe- la, mais eficiente será o nosso planejamento e monitoramento, ou seja, se te- mos em nosso município quatro equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e se pudermos aplicar essa tabela em cada equipe e, dentro dessa equipe em cada microárea, seria o ideal, pois, teríamos uma visão de cada microárea, equi- pe e do município quando consolidarmos as planilhas em planilhas eletrônicas. Município: ____________________________ Ano: ___________ ESF: ____________________________ Nº da Micro-área: _____ Responsável pela ESF: __________________________________ Responsável pela Micro-Área: ______________________________ Contato: Telefone: ____________________________________ E-mail do responsável pela ESF:___________________________ POPULAÇÃO GERAL FAIXA ETÁRIA - ANOS FEMININO MASCULINO TOTAL % CRIANÇA < 1 mês 1 a 11 meses 1 a 4 anos 5 a 9 anos Subtotal crianças ADOLES- CENTE 10 a 14 anos 15 a 19 anos Subtotal adolescentes ADULTO 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos Subtotal adultos IDOSO 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos ≥ 80 anos Subtotal idosos TOTAL e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde30 Na próxima aula começaremos a construir a nossa planilha, utilizan- do todas as informações e conhecimentos adquiridos nas aulas anteriores. Trabalharemos, neste momento, exclusivamente com a saúde da mulher, mais especificamente com os exames de prevenção do câncer do colo do útero. Resumo Nesta aula, aprendemos que os dados gerados pelo nosso municí- pio, referentes a dados produzidos por diversos programas ou sistemas isola- dos de processamento, são disponibilizados pelo Ministério da Saúde através do site do DATASUS. Aprendemos, também, a buscar esses dados e a utilizar o tabulador disponível na internet para tabularmos os dados e analisarmos o nosso sistema de saúde com um olhar mais cuidadoso. Sugerimos também um modelo de tabela para mapeamento de nos- sa população que necessita de um atendimento na rede de saúde disponível. Exemplo do resumo: Existe uma pactuação entre o município e a Secretaria de Estado da Saúde, que se refere ao número de exames citopatológico – colo do útero, mais conhecido como exame de prevenção do câncer de colo uterino – em que o município se propõe a oferecer o exame a todas as mulheres na idade de 25 a 59 anos, a encaminhar as pacientes que tiverem os seus resultados alterados e a realizar o seguimento (acompanhamento) dos casos mais sim- ples em seu próprio município. Então, para que esse nosso indicador pré- -definido seja monitorado, precisamos saber quantas mulheres há e onde essas mulheres estão dentro do nosso município. Daí a importância da tabela sugerida nessa aula. Também, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), sabemos que: “Inicialmente, um exame deve ser feito a cada ano e, caso dois exames seguidos (em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado normal, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.” Portanto, pre- cisamos saber a quantidade de mulheres que devemos atender no decorrer do ano para planejarmos a inclusão dessas mulheres na rede de assistência à saúde da mulher. Isso também acontece com a assistência à criança, ao homem, ao adolescente, às gestantes, aos idosos, etc. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 31 Atividades de aprendizagem 1) Levantar, junto à Secretaria Municipal de Saúde de seu município ou pelo site do DATASUS, a quantidade de equipes de ESF que existe em seu mu- nicípio, a população coberta por essas equipes e a população total de seu município, utilizando a tabela sugerida. 2) Identificar se os exames citopatológicos colhidos nas Unidade de Saúde são encaminhados para um laboratório credenciado do próprio município, micro ou macrorregião. 3) Informe-se quanto ao fluxo de encaminhamento das mulheres que tem os seus exames alterados. Elas repetem os exames, conforme preconiza- do? Para onde são encaminhadas quando necessitam de acompanhamento e como isso é feito? e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 33 Aula 4 – Construindo planilha com extra- to populacional, importante para a ela- boração de todo o nosso planejamento Objetivo O objetivo desta aula é construirmos duas planilhas simples e, em seguida, interligar essas planilhas, gerando ao final um gráfico de monitora- mento. 4.1 Conhecendo outros sistemas e programas disponíveis para o Município Dentro de nosso município temos sistemas de banco de dados que têm a sua função específica e a somatória deles nos dá uma visão melhor da saúde em nossa localidade. Temos, também, programas específicos e instrumentos utilizados dentro dos diversos sistemas e programas. Não trabalharemos todos esses sistemas, mas é importante saber que para um diagnóstico mais preciso e uma definição de um perfil epide- miológico dentro de nosso município, esses são programas e sistemas impres- cindíveis na avaliação e análise. Tabela 1 - Sistemas disponibilizados em todos os municípios SIGLA SIGNIFICADO SIM Sistema de Informação de Mortalidade SINASC Sistema de informação de Nascidos Vivos SIABMUN Sistema de Informação Ambulatorial Básico Municipal SIA Sistema de Informação Ambulatorial SISCOLO Sistema de Informação do Colo do Útero SINAN Sistema de Informação de Notificação de Agravos SISPRENATAL Sistema de Informação do Pré-Natal API Avaliação do Programa de Imunização SIAIH Sistema de Informação de Autorização de Internação Hospitalar CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde Fonte: NETO, Alfredo Prates. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde34 Tabela 2 - Programas disponibilizados em todos os municípios SIGLA SIGNIFICADO PCFAD Programa de Controle da Febre Amarela e Dengue PCE Programa de Controle da Esquistossomose PCL Programa de Controle da Leishmaniose PCP Programa de Controle da Peste (em alguns municípios) Fonte: NETO, Alfredo Prates. Tabela 3 – Instrumentos importantes disponibilizados em todos os municípios que são utilizados por programas ou sistemas SIGLA SIGNIFICADO DN Declaração de Nascidos Vivos DO Declaração de Óbito CNS Cartão Nacionalde Saúde FPO Ficha de Programação Orçamentária BPA Boletim de Produção Ambulatorial PPI Programa cão Pactuada Integrada Fonte: NETO, Alfredo Prates. Existem, ainda, muitos outros programas, como: Hiperdia, Assistên- cia Farmacêutica, Saúde Bucal, Comitês de Mortalidade Materna e Infantil, Comitê de Defesa da Vida, Saúde Mental, Oftalmologia, entre outros. Lembrando que cada um dos programas ou sistemas tem os seus instrumentos de coleta de dados que serão lançados nos sistemas, ou con- solidados manualmente ou através de planilhas, oferecendo, com isso, um panorama mais ampliado da situação de saúde dentro do município e a assis- tência dentro da rede de atenção à saúde. 4.2 Construindo a nossa planilha Primeiramente, vamos relembrar algumas coisas importantíssimas para a utilização do nosso Excel. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 35 Figura 15: Acervo particular. Fonte: Printscn da tela do Excel da Microsoft Office 2007. Acesso em 12/12/2010. Existe uma barreira muito grande quando falamos em Excel, que é pensarmos que é muito difícil programarmos uma planilha, quando, na ver- dade, precisamos somente saber o que queremos programar e, se preciso, fazer a fórmula matemática normal e, em seguida, substituir os elementos da fórmula por células. Vejamos a seguir: Figura 16: Acervo particular. Fonte: Printscn da tela do Excel da Microsoft Office 2007. Acesso em 12/12/2010. O que é célula para o Excel? A célula é o encontro de uma coluna com uma linha. Exemplo: Célula C4 = significa coluna C e linha 4 O que é cursor no Excel? É a indicação da célula indicada e aparece com suas bordas mais escuras. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde36 Na figura 16, podemos ver quão simples é trabalhar com planilhas eletrônicas, pois, são operações que são transformadas em uma linguagem que a máquina e o aplicativo podem entender. Exemplo: Resultado da célula E7 = queremos que nessa célula nos seja apre- sentado o resultado da soma de duas outras células C7 e D7, ou seja, que sejam somados os valores contidos nessas células. 4.3 Relembrando alguns sinais do Excel Lembramos que toda fórmula ou operação que se deseja realizar em qualquer célula do Excel deve ser precedida com o sinal de igualdade, informando que o resultado apresentado naquela célula deve ser igual ao resultado que desejamos. * Multiplicação / Divisão - Subtração + Soma : Indica um intervalo Em nossa próxima aula iremos criar uma nova planilha e aprendere- mos a interligar as planilhas para que tenhamos um resultado que possamos utilizar em nosso planejamento. Resumo Nesta aula, nós conhecemos os diversos sistemas e programas dis- poníveis dentro do município e aprendemos a construir uma planilha simples com formulas básicas. Exemplo do resumo: Quando desejamos transformar uma simples planilha em um ins- trumento de gerenciamento simples, prático e de fácil compreensão, temos que entender que, primeiramente, devemos também planejar essa planilha, sabendo o que queremos ter nela, os campos que devemos nela inserir, a forma de coleta de dados para sua alimentação, fórmulas a serem utilizadas e em quais células devem apresentar esse resultados. Vamos planejar uma planilha simples, seguindo um passo a passo bem simplificado. 1. Título da planilha – deve-se responder a três perguntas básicas: O que essa planilha representa? Qual é o nome do município (local)? Qual é o período da informação? 2. Cabeçalho da planilha – Identificação clara das colunas que serão apresentadas, facilitando, assim, a leitura de qualquer pessoa que necessitar ler a planilha que criamos, não gerando dúvidas quanto à interpretação dos dados. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 37 Vamos utilizar a figura 16 – resultado da célula E7. Matematicamente, temos uma regra de 3 simples, que seria expres- sa da seguinte forma: 130 100 % 45 X % Montagem da fórmula: X = 45 x 100 / 130 Basta, agora, substituirmos, dentro da fórmula, os valores pelas células correspondentes. Digitar dentro da célula F7 = 45 x 100 / 130 Observar a figura 16 45 =célula E7 e 130 = célula E11 Então, a nossa fórmula ficará da seguinte forma = E7 x 100 / E11 Observação: o Valor 100 faz parte da regra de três simples Atividades de aprendizagem 1) Criar uma planilha contendo todas as informações do instrumento pro- posto na aula 3 (igual), tentar, junto à Secretaria Municipal de Saúde de seu município, informação sobre a população dentro da faixa etária ou pesquisar no site do DATASUS, conforme orientado na aula 3. Programar as células que necessitarem de fórmula, conforme orientado na aula 4. Configurar a plani- lha, lembrando que o percentual, totais e subtotais devem ser apresentados em negrito e centralizados. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada AULA 1 Alfabetização Digital 39 Aula 5 – Construindo planilha para ge- renciamento de sistema voltado para a saúde da mulher Objetivo Nesta nossa aula, iremos elaborar uma planilha específica para identificarmos a quantidade de atendimentos que devemos oferecer à mu- lher dentro do sistema de saúde. 5.1 Parâmetros a serem utilizados na planilha Avaliação de necessidade de procedimentos para atendimento a mulheres na rede de atenção à saúde da mulher Município: ___________________________________________ Ano: ___________________ INDICADOR PARÂMETRO P 1. CÂNCER DA MULHER - COLO DE ÚTERO Quantitativo de mulheres que realizam coleta de papanicolau a cada 3 anos 33% das mulheres da faixa etária de 25 a 59 anos devem realizar coleta de papanicolau, no ano 33,0 Quantitativo de mulheres com exame papanicolau com altera- ção ou suspeita 1,5% das mulheres podem ter o exame de papanicolau com alteração no ano 1,5 Quantitativo de mulheres que realizam colposcopia 100% das mulheres com exame de papanicolau com alteração ou sus- peita realizam colposcopia 100,0 Quantitativo de mulheres que realizam biópsia 100% das mulheres que realizam col- poscopia realizam também biópsia 100,0 Quantitativo de mulheres com biópsia positiva 66% das mulheres que realizam bióp- sia têm biópsia com alteração 0,66 Quantitativo de mulheres que realizam eletrocauterização 70% das mulheres com biópsia positi- va fazem eletrocauterização 0,7 Quantitativo de mulheres que realizam cirurgia de alta frequ- ência 30% das mulheres com biópsia positi- va fazem CAF 0,3 Quantitativo de mulheres com câncer de colo de útero que necessitam de tratamento na alta complexidade 20% das mulheres com biópsia positi- va podem necessitar de tratamento na alta complexidade 0,2 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde40 2. CÂNCER DA MULHER - MAMA Quantitativo de mulheres que realizam rastreamento atra- vés de exame clínico de mama anualmente 100% das mulheres da faixa etária de 40 a 49 anos devem realizar exa- me clínico de mama, no ano 100,0 Quantitativo de mulheres com exame clínico de mama alterado 17% das mulheres podem ter o exa- me clínico de mama alterado 17,0 Quantitativo de mulheres que realizam mamografia 100% das mulheres com exame clíni- co de mama alterado devem realizar mamografia imediatamente após a suspeição clínica 100,0 100% das mulheres da faixa etária de 50 a 69 anos devem realizar ma- mografia, de dois em dois anos 50,0 Quantitativo de mulheres com mamografia alterada 7,0% das mulheres que realizaram mamografia podem ter alteração no resultado 7,0 Quantitativo de mulheres que realizam ultrassonografia ma- mária 66% das mulheres com mamografia alterada podem necessitarde ultras- sonografia mamária 0,66 Quantitativo de mulheres que realizam biópsia excisional 34% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de bióp- sia excisional 0,34 3. PRÉ-NATAL Quantitativo de gestantes / município / ano Último nº de nascidos vivos disponí- vel no SINASC + 10% 1,75 Quantitativo de gestantes de risco habitual 85% do total das gestantes podem ser de risco habitual 85,0 Quantitativo de gestantes de alto risco 15% do total das gestantes podem ser de alto risco 15,0 Quantitativo de exames para gestantes de risco habitual 100% das gestantes de risco habitual fazem 15 exames durante o pré- -natal 100,0 Quantitativo de exames para gestantes de alto risco 100% das gestantes de alto risco fa- zem NO MÍNIMO 15 exames durante o pré-natal 100,0 Quantitativo de ultrassonogra- fias para gestantes de alto risco 100% das gestantes de alto risco fazem 3 ultrassonografias durante o pré-natal 100,0 Quantitativo de cardiotocogra- fias para gestantes de alto risco 100% das gestantes de alto risco fazem 2 cardiotocografias durante o pré-natal 100,0 e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 41 4. PARTO Quantitativo de partos normais 75% do total de partos podem ser normais 75,0 Quantitativo de partos cesáreas 25% do total de partos podem ser cesáreas 25,0 Tempo médio de internamento de parto normal e cesariana Média de 3 dias 3,0 Quantitativo de necessidade de leitos gerais 2,5 a 3 leitos para cada 1.000 habi- tantes 2,5 Quantitativo de necessidade de leitos para pré-parto no mínimo 2 leitos por sala de Parto. 2,0 Quantitativo de salas de parto Até 350 partos: 1 normal e 1 reversí- vel (normal ou cirúrgico) Mais de 350: 2 para parto normal e 1 para cirúrgico 2,5 Quantitativo de necessidade de leitos em Unidade Recuperação (pós-cirúrgico) 2 a 3 leitos por Sala Cirúrgica 2,5 Quantitativo de leitos em Aloja- mento Conjunto nº de partos / 97* ( 97 = 365 dias do ano X 80% de taxa de ocupação / 3 dias de média de permanência) Quantitativo de leitos em Unidade Neonatal de Cuidados Progressivos 3 leitos para cada 1.000 nascidos vivos Quantitativo de necessidade de leitos UTI neonatal 1,5 leitos para cada 1.000 nascidos vivos 0,15 Quantitativo de necessidade de leitos UTI adulto 7% do nº de leitos 5. PUERPÉRIO Quantitativo de puérperas 100% do total das puérperas re- alizam consulta de puerpério na atenção primária 100,0 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde42 5.2 Construção das planilhas para auxiliar no gerenciamento no atendimento das mulheres Criar um arquivo no Excel, dentro de uma pasta que você desejar, com o nome que seja de fácil localização mas que tenha quatro abas identi- ficadas, conforme apresentado na figura abaixo (figura 17): Figura 17: Planilha de extrato populacional criado pela SES\MG, voltado para a APS. Fonte: Secretária de Estado da Saúde de Minas Gerais. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 43 Planilha de população POPULAÇÃO GERAL FAIXA ETÁRIA - ANOS FEMININO MASCULINO TO- TAL % CRIANÇA < 1 mês 0 #DIV/0! 1 a 11 meses 0 #DIV/0! 1 a 4 anos 0 #DIV/0! 5 a 9 anos 0 #DIV/0! Subtotal crianças 0 0 0 #DIV/0! ADOLES- CENTE 10 a 14 anos 0 #DIV/0! 15 a 19 anos 0 #DIV/0! Subtotal adolescentes 0 0 0 #DIV/0! ADULTO 20 a 24 anos 0 #DIV/0! 25 a 29 anos 0 #DIV/0! 30 a 34 anos 0 #DIV/0! 35 a 39 anos 0 #DIV/0! 40 a 44 anos 0 #DIV/0! 45 a 49 anos 0 #DIV/0! 50 a 54 anos 0 #DIV/0! 55 a 59 anos 0 #DIV/0! Subtotal adultos 0 0 0 #DIV/0! IDOSO 60 a 64 anos 0 #DIV/0! 65 a 69 anos 0 #DIV/0! 70 a 74 anos 0 #DIV/0! 75 a 79 anos 0 #DIV/0! ≥ 80 anos 0 #DIV/0! Subtotal idosos 0 0 0 #DIV/0! TOTAL 0 0 0 #DIV/0! Apresentarei somente as fórmulas de uma das linhas e as demais seguirão a mesma estrutura, alterando somente o endereço as células. Total = SOMA(E4:F4) Percentual = G4*100/G$27 Subtotal = SOMA(F4:F7) Total geral = SOMA(F26;F20;F11;F8) e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde44 Para que as fórmulas deem certo, você deve construir a sua plani- lha iniciando pela célula B2, com o título (população geral) e finalizando na célula H27, com o percentual total. Planilha de parâmetro PARÂMETROS PARA O DIMENSIONAMENTO INDICADOR PARÂMETRO P 1. CÂNCER DA MULHER - COLO DE ÚTERO Quantitativo de mulheres que realizam coleta de papanico- lau a cada 3 anos 33% das mulheres da faixa etária de 25 a 59 anos devem realizar coleta de papanicolau, no ano 33,0 Quantitativo de mulheres com exame papanicolau com alte- ração ou suspeita 1,5% das mulheres podem ter o exame de papanicolau com alteração no ano 1,5 Quantitativo de mulheres que realizam colposcopia 100% das mulheres com exame de papanicolau com alteração ou suspeita realizam colposcopia 100,0 Quantitativo de mulheres que realizam biópsia 100% das mulheres que realizam col- poscopia realizam também biópsia 100,0 Quantitativo de mulheres com biópsia positiva 66% das mulheres que realizam biópsia têm biópsia com alteração 0,66 Quantitativo de mulheres que realizam eletrocauterização 70% das mulheres com biópsia positiva fazem eletrocauterização 0,7 Quantitativo de mulheres que realizam cirurgia de alta frequência 30% das mulheres com biópsia positiva fazem CAF 0,3 Quantitativo de mulheres com câncer de colo de útero que necessitam de tratamento na alta complexidade 20% das mulheres com biópsia positiva podem necessitar de tratamento na alta complexidade 0,2 2. CÂNCER DA MULHER - MAMA Quantitativo de mulheres que realizam rastreamento através de exame clínico de mama anualmente 100% das mulheres da faixa etária de 40 a 49 anos devem realizar exame clínico de mama, no ano 100,0 Quantitativo de mulheres com exame clínico de mama alterado 17% das mulheres podem ter o exame clínico de mama alterado 17,0 Quantitativo de mulheres que realizam mamografia 100% das mulheres com exame clínico de mama alterado devem realizar mamografia imediatamente após a suspeição clínica 100,0 100% das mulheres da faixa etária de 50 a 69 anos devem realizar mamogra- fia, de dois em dois anos 50,0 e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 45 Quantitativo de mulheres com mamografia alterada 7,0% das mulheres que realizaram mamografia podem ter alteração no resultado 7,0 Quantitativo de mulheres que realizam ultrassonografia mamária 66% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de ultrasso- nografia mamária 0,66 Quantitativo de mulheres que realizam biópsia excisional 34% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de biópsia excisional 0,34 3. PRÉ-NATAL Quantitativo de gestantes / município / ano Último nº de nascidos vivos disponível no SINASC + 10% 1,75 Quantitativo de gestantes de risco habitual 85% do total das gestantes podem ser de risco habitual 85,0 Quantitativo de gestantes de alto risco 15% do total das gestantes podem ser de alto risco 15,0 Quantitativo de exames para gestantes de risco habitual 100% das gestantes de risco habitual fazem 15 exames durante o pré-natal 100,0 Quantitativo de exames para gestantes de alto risco 100% das gestantes de alto risco fazem NO MÍNIMO 15 exames durante o pré- -natal 100,0 Quantitativo de ultrassono- grafias para gestantes de alto risco 100% das gestantes de alto risco fazem 3 ultrassonografias durante o pré-natal 100,0 Quantitativo de cardiotoco- grafias para gestantesde alto risco 100% das gestantes de alto risco fazem 2 cardiotocografias durante o pré-natal 100,0 4. PARTO Quantitativo de partos nor- mais 75% do total de partos podem ser normais 75,0 Quantitativo de partos cesá- reas 25% do total de partos podem ser cesáreas 25,0 Tempo médio de internamen- to de parto normal e cesariana Média de 3 dias 3,0 Quantitativo de necessidade de leitos gerais 2,5 a 3 leitos para cada 1.000 habitan- tes 2,5 Quantitativo de necessidade de leitos para pré-parto No mínimo 2 leitos por sala de Parto. 2,0 Quantitativo de salas de parto Até 350 partos: 1 normal e 1 reversível (normal ou cirúrgico) Mais de 350: 2 para parto normal e 1 para cirúrgico 2,5 Quantitativo de necessidade de leitos em Unidade Recupe- ração (pós-cirúrgico) 2 a 3 leitos por Sala Cirúrgica 2,5 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde46 Quantitativo de leitos em Alojamento Conjunto Nº de partos / 97* ( 97 = 365 dias do ano X 80% de taxa de ocupação / 3 dias de média de permanência) Quantitativo de leitos em Unidade Neonatal de Cuidados Progressivos 3 leitos para cada 1.000 nascidos vivos Quantitativo de necessidade de leitos UTI neonatal 1,5 leitos para cada 1.000 nascidos vivos 0,15 Quantitativo de necessidade de leitos UTI adulto 7% do nº de leitos 5. PUERPÉRIO Quantitativo de puérperas 100% do total das puérperas realizam consulta de puerpério na atenção primária 100,0 Observações: • Nesta planilha, não temos fórmulas. • Iniciar na célula B2 e finalizar na célula D42. Planilha Mulher PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO MULHER TERRITÓ- RIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDA- DE/ ANO CÂNCER DA MULHER - CÓLO DE ÚTERO ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Realizar papanicolau nas mulheres entre 25 e 59 anos, de três em três anos, após dois resultados conse- cutivos sem alteração 100% das mulheres rea- lizando papanicolau nas Unidades Básicas, de três em três anos 0 mulhe- res CENTRO VIVA VIDA Realizar colposcopia nas mulheres com papanicolau com resultado alterado 100% das mulheres com papanicolau alterado realizando colposcopia no Centro Viva Vida 0 colpos- copias Realizar biópsia nas mu- lheres com papanicolau com resultado alterado 100% das mulheres com papanicolau alterado rea- lizando biópsia no Centro Viva Vida 0 Bióp- sias Realizar eletrocauteri- zação nas mulheres com biópsia alterada 70% das mulheres com biópsia alterada realizan- do eletrocauterização no Centro Viva Vida 0 Eletro- cau- teriza- ções Realizar cirurgia de alta frequência nas mulheres com biópsia alterada 30% das mulheres com bi- ópsia alterada realizando CAF no Centro Viva Vida 0 CAFs ATENÇÃO TERCI- ÁRIA À SAÚDE Realizar tratamento nas mulheres com biópsia al- terada que necessitam de acesso a serviços de maior complexidade tecnológica 20% das mulheres com biópsia alterada referen- ciadas para a atenção terciária 0 mulhe- res e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 47 CÂNCER DA MULHER - MAMA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE Realizar rastreamento, através de exame clínico de mamas, nas mulheres entre 40 e 49 anos 100% das mulheres entre 40 e 49 anos realizando exame clínico anual na atenção primária 0 exames clínicos CENTRO VIVA VIDA Realizar rastreamento, através de mamografias, nas mulheres entre 50 e 69 anos; de dois em dois anos 100% das mulheres entre 50 e 69 anos realizando mamografia de rastrea- mento, de dois em dois anos 0 mamo- grafias Realizar mamografia de confirmação de diagnóstico nas mulheres com exame clínico alterado 100% das mulheres entre 40 e 49 anos com alte- ração no exame clínico realizando mamografia de confirmação 0 mamo- grafias Realizar ultrassonografia mamária nas mulheres que necessitarem 66% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de ul- trassonografia mamária 0 ultras- sono- grafias Realizar biópsia excisional nas mulheres que necessi- tarem 34% das mulheres com mamografia alterada po- dem necessitar de biópsia excisional 0 bióp- sias exci- sionais Inicia a planilha na célula A1 e finaliza na célula E15. Fórmulas a serem utilizadas - Câncer da Mulher – Colo do Útero Sequência Fórmula 1ª =(População!E13+População!E14+População!E15+População!E16+Po pulação!E17+População!E18+População!E19)/3 2ª =D4*Parâmetro!D6% 3ª =D5 4ª =((D6/3)*2)*Parâmetro!D10 5ª =((D6/3)*2)*Parâmetro!D11 6ª =D5*Parâmetro!D12 Fórmulas a serem utilizadas - Câncer da Mulher – Mama Sequência Fórmula 1ª =População!E16+População!E17 2ª =(População!E18+População!E19)*Parâmetro!D17% 3ª =D11*Parâmetro!D15% 4ª =(D13+D12)*Parâmetro!D18%*Parâmetro!D19 5ª =(D12+D13)*Parâmetro!D20*Parâmetro!D18% e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde48 Resumo Nesta aula, nós aprendemos a programar planilhas utilizando fór- mulas simples e ligação entre planilhas, o que nos possibilita uma visão da necessidade de procedimentos para atender a rede de assistência à saúde da mulher dentro do município de acordo com a quantidade de mulheres a serem encaminhadas para atendimento nos níveis secundário e terciário. Atividades de aprendizagem 1) Criar um arquivo no Excel com as planilhas acima apresentadas e inserir todas as fórmulas. Em seguida, preencher a planilha de população para que todos os resultados sejam calculados automaticamente. e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução à Informática Aplicada 49 Referências BUARQUE, Aurélio H. F.. Mini Aurélio – O DICIONÁRIO DA LINGUA PORTIGUE- SA. 7ª Edição – Editora Positivo – Novembro de 2008 CONASS – Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS – Volume 9 MENDES, Eugênio Vilaça (2001) – Novo modelo proposto para a Atenção Pri- mária á Saúde no Estado de Minas Gerais – Apresentação em uma oficina de redes de atenção (2002) SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS (SES/MG) - Plano Diretor de Regionalização do Estado de Minas Gerais - 2001/2004 – Regionalização com hierarquização Sites Instituto Nacional do Câncer (INCA) <http://www.inca.gov.br/conteudo_view. asp?id=326> DATASUS <http://www.datasus.gov.br> Viva Mulher <http://vivamulher.saude.mg.gov.br> e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde50 Currículo do professor conteudista Alfredo Prates Neto 1996 - Bacharel em Ciências Contábeis – Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES 1997 - Pós–Graduado “Latu-Sensu” em Contabilidade – Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES 2000 – Curso de Epidemiologia, Bioestatística e Computação Aplicada ao Ser- viço de Saúde – Universidade Federal de Minas Gerais – Faculdade de Medi- cina 2002 –Curso Básico de Vigilância Epidemiológica – Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – SES/MG 2004 – Curso de Elaboração e Gestão de Projetos de Pesquisa em Saúde – Fundação Ezequiel Dias e Escola de Saúde Pública de Minas Gerais 2008 – Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos em Gestão da Qualidade em Saúde – Escola de Saúde Pública de Minas Gerais – ESP/MG 2008 – Curso de Gerenciamento de Risco para Gestão da Qualidade – IQG 2008 – Curso de Planejamento Estratégico para Gestão da Qualidade – IQG 2008 – Curso de Gerenciamento de Processos para Gestão da Qualidade – IQG 2008 – Curso de Gerenciamento de Risco para Gestão da Qualidade – IQG 2008 – Curso Formação para Auditores do Sistema Gestão da Qualidade – IQG 2009 - Pós–Graduado “Latu-Sensu” em Gestão Hospitalar – Universidade Es- tadual de Montes Claros – UNIMONTES 2009 - Oficina de Instrumentos de Planejamento em Saúde – PLANEJASUS – Secretaria Estadual deSaúde de Minas Gerais – SES/MG Informações Profissionais Professor da Escola Técnica de Saúde da UNIMONTES. Auxiliar Administrativo e técnico de processamento do Centro de Processa- mento de Dados da Diretoria Regional de Saúde de Montes Claros. Coordenador do Núcleo de Informações da Gerência Regional de Saúde de Montes Claros. Coordenador do Núcleo de Atenção a Saúde da Gerencia Regional de Saúde de Montes Claros. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Gerência em Saúde52 e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil Palavra do professor conteudista Projeto instrucional Aula 1 - Conhecendo melhor a nossa disciplina 1.1 Introdução à Informática Aplicada Resumo Atividades de aprendizagem Aula 2 – Conhecendo melhor a rede de atenção à saúde 2.1 Visão do sistema de saúde atualmente 2.2 Conceitos importantes que serão trabalhados no decorrer da aula 2.3 As relações entre os territórios sanitários e os níveis de atenção à saúde, segundo Eugenio Vilaça Mendes (2001) – Consultor da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais 2.4 Definições do Conselho Nacional de Secretário de Saúde (CONASS) 2.5 Popularizando os conceitos 2.6 Como elaborar um planejamento para a saúde 2.7 Como fazer essa análise para realizar um planejamento eficiente? Resumo Atividades de aprendizagem Aula 3 – Aprendendo a trabalhar com o TABNET 3.1 Tabulando dados 3.2 Instrumento para auxiliar no monitoramento, metas e pactuações Resumo Atividades de aprendizagem Aula 4 – Construindo planilha com extrato populacional, importante para a elaboração de todo o nosso planejamento 4.1 Conhecendo outros sistemas e programas disponíveis para o Município 4.2 Construindo a nossa planilha 4.3 Relembrando alguns sinais do Excel Resumo Atividades de aprendizagem Aula 5 – Construindo planilha para gerenciamento de sistema voltado para a saúde da mulher 5.1 Parâmetros a serem utilizados na planilha 5.2 Construção das planilhas para auxiliar no gerenciamento no atendimento das mulheres Resumo Atividades de aprendizagem Referências Currículo do professor conteudista
Compartilhar