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Capitulo 41 Pisos Industriais de Concreto Públio Penna Firme Rodrigues – LPE Engenharia e Consultoriag •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia I t d ã Vi ã Si tê iIntrodução – Visão Sistêmica • O piso (ou pavimento) industrial é um sistema formado porp ( p ) p várias camadas e seu desempenho final irá depender de cada uma delas e das suas interações. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •(Rodrigues, 2010) I t d ã Vi ã Si tê iIntrodução – Visão Sistêmica • Constituintes do piso:p • Subleito – formado pelo terreno de fundação • Sub-base – camada de reforço (eventual) • Base • Camada granular: brita graduada, solo brita, etc • Cimentada: CCR – concreto compactado com rolo BGRC – britaCimentada: CCR concreto compactado com rolo, BGRC brita graduada tratada com cimento, etc • Filme plástico – redução do coeficiente de atrito / barreira de vapor • Pl d t• Placa de concreto • Revestimento (eventual) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia J tJuntas • Função: acomodar as ç tensões de tração originadas pelas i t õ d imovimentações de origem térmica e pela retração do concretoconcreto. • O espaçamento das juntas é função do tipo de reforço estrutural adotado (telas soldadas, fibras, protendido, concreto p , simples, etc). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Tecnologia do Concreto Aplicada aos Pi I d t i iPisos Industriais • O concreto para pisos apresenta características distintas dos concretos convencionais. • Muitas vezes o reforço (fibras) é adicionado no próprio concreto, interferindo principalmente nas suas características no concreto frescofresco. • Em pisos a dosagem do concreto deve ser feita em função dos equipamentos que serão usados na execução: • Réguas vibratórias • Acabadoras de superfície • Deve ser levado em conta também a utilização final do piso: centroDeve ser levado em conta também a utilização final do piso: centro de distribuição, supermercado, estacionamento, industria, etc. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P i d d d C t FPropriedades do Concreto Fresco • Trabalhabilidade • É o conjunto de propriedades que o concreto fresco devej p p q apresentar para que possa ser misturado, lançado, adensado e acabado de modo apropriado. • Como não existe um ensaio para medir a trabalhabilidade lança• Como não existe um ensaio para medir a trabalhabilidade, lança- se mão de ensaios indiretos: • Teor de argamassa • Fluidez • Coesão (exsudação) • Ar incorporadoAr incorporado •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades do Concreto Fresco – T dTeor de argamassa • Definiçãoç • É definido pela razão entre os materiais passantes na peneira 0,075mm (cimento + areia) pela soma total dos materiais secos (areia + cimento + agregados graúdos):(areia + cimento + agregados graúdos): • Como regra geral: 49 % ≤ AR ≤ 52 % • Finalidade • Garantir que a o acabamento do piso tenha textura apropriada, tipo desempenado lisodesempenado liso •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades do Concreto Fresco: T dTeor de argamassa • Patologias Associadas ao teor de argamassag g • Quando ele é baixo – argamassa insuficiente: aparecimento de agregados ou suas manchas na superfície do piso •(Foto do Autor) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades do Concreto Fresco: T dTeor de argamassa • Quando ele é alto – excesso de argamassa na superfície: problemas de delaminação. • A delaminação ocorre porque a maior quantidade de argamassa na superfície é menos permeável e a água exsudada para sob ela,p p g p , criando uma zona de separação. • Pode ser causada também por operações prematuras de acabamento fino (desempenamento liso).( p ) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •(Arquivo LPE) Propriedades do Concreto Fresco: Fl id A i dFluidez e Ar incorporado • Fluidez: Ensaio de abatimento – valores recomendados • Abatimento mínimo: 80 mm • Valores menores tornam difícil o acabamento superficial prejudicando os índices de planicidade e nivelamentoos índices de planicidade e nivelamento. • Abatimento máximo: 120 mm • Valores mais elevados desestabilizam a mistura fresca, ocorrendo a segregação do concreto. • Caso seja necessário misturas mais fluidas, é necessário o emprego de aditivos que promovam a coesão do concreto. • Ar incorporado • O teor de ar incorporado deve ser inferior a 3%. • Valores mais elevados podem causar a delaminação •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades do Concreto Fresco: E d ãExsudação • Definiçãoç • É o fluxo de água no concreto recém lançado causado pelo assentamento das partículas mais pesadas. • Mi t it fl id ã t d d i• Misturas muito fluidas, sem coesão, tendem a exsudar mais. • Ocorrência • Sua ocorrência está limitada ao período plástico do concreto• Sua ocorrência está limitada ao período plástico do concreto, cessando após o fim de pega. • Concretos com adições menos ativas – como a escória de alto forno – e aditivos retardadores de pega incrementam a exsudação. • Valor recomendado • D li i d 3 %• Deve ser limitado a 3 %. • Concretos sem exsudação não permitem o uso de aspersões. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades do Concreto Fresco: Fi d R t ã lá tiFissuras de Retração plástica • Ocorrência • Ocorrem no estado plástico do concreto quando exsudação é inferior à taxa evaporação do concreto. • A bi t b i id d l ti d i idê i d l• Ambientes com baixa umidade relativa do ar, incidência de sol e ventos bem como misturas ricas em cimento tendem a apresentar maior incidência dessa patologia. • Mecanismo • São causadas pela sucção de água nos poros – poro pressão negativa gerada pela secagem dos vaziosnegativa – gerada pela secagem dos vazios. • São influenciadas pelo processo de hidratação devido ao aumento de rigidez do sistema. • Mitigação • Controle das condições ambientais •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • Emprego de microfibras poliméricas Início e Fim de Pega d C tdo Concreto • Importânciap • As operações de acabamento do piso industrial são feitas no intervalo imediatamente antes e até o fim de pega. • Início de pega • Preferencialmente inferior a 3 ou 4 horas. • Fim de pega • Preferencialmente inferior a 8 horas. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas do C tConcreto • Resistência à compressãop • E importante para pisos estruturalmente armados. • Constitui-se também em uma referência importante para outras i d d d t bilid d d tpropriedades do concreto, como permeabilidade, desgaste resistência à trção na flexão, etc. • É influenciada de modo marcante pela relação a/c.p ç • Não é recomendado o emprego de concretos com resistência à compressão inferior a 30 MPa. • E b ã h j li it i é dá l li itá l• Embora não haja um limite superior, é recomendável limitá-la a 40 MPa •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas do C tConcreto • Resistência à tração na flexãoç • É importante nos pisos de concreto simples ou naqueles reforçados com fibras. • E b l ã / t h i fl i i d d há• Embora a relação a/c tenha influencia nessa propriedade, há outros fatores importantes que podem alterá-la: • Textura e forma dos agregados, principalmente do graúdo • Volume relativo do agregado graúdo • Natureza mineralógica dos agregados C• Correlação com a resistência à compressão • Varia de 10 a 15 % da resistência à compressão • Para agregados graníticose areia de quartzo pode se empregar:• Para agregados graníticos e areia de quartzo pode-se empregar: •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas do C tConcreto • Resistência à Abrasão • Importância • O piso de concreto recebe diretamente a ação abrasiva de equipamentos como empilhadeiras veículos comerciais arraste deequipamentos como empilhadeiras, veículos comerciais, arraste de cargas e mesmo o caminhar de pessoas. • Fatores que afetam a propriedade • Resistência à compressão ou mais propriamente a relação a/c. • Acabamento superficial. • Teor de cimento: deve ser superior a 325 kg/m³.Teor de cimento: deve ser superior a 325 kg/m . • Aspersão de agregados minerais ou metálicos. • Líquidos endurecedores de superfície. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas do C tConcreto •Resistência à Abrasão ClasseClasse UtilizaçãoUtilização Tipo de concretoTipo de concreto Desgaste MáximoDesgaste Máximo •Quadro 1 – Classes de resistência à abrasão de acordo a BS 8204 Especial Severo Misturas especiais e resinas 0,05 mm AR 1 Desgaste muito elevado Revestimento de Alto Desempenho 0,1 mm AR2 Desgaste elevado Concreto desempenado liso 0,2 mm AR3 Desgaste moderado Concreto desempenado liso 0,4 mm (A i LPE) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •(Arquivo LPE) Propriedades Mecânicas do C tConcreto •Resistência à Abrasão •Quadro 2 – Fatores que afetam o desgaste do concreto •Resistência à Abrasão Ação Efeito Acabamento desempenado O acabamento desempenado, principalmente o liso, é um fator significativo no aumento da resistência à abrasão, mas repetições excessivas podem não levar a incrementosdesempenado p psucessivos. Cura Cura inicial eficiente é essencial para manter as condições de hidratação superficial e manter a superfície com baixa porosidade e é decisiva para o incremento da propriedade. Consumo de cimento Deve ser superior a 325 g/m³. Consumos superiores a 360 kg/m³ não são efetivos no aumento da resistência à abrasão. Agregados Os graúdos pouco influem na propriedade exceto em pisos com ambiente agressivo.Os agregados graúdos e miúdos, principalmente, não devem conter partículas friáveis. Aspersões (dry shakes) As classes Especial e AR1 (tabela 4.1) devem ser obtidas com aspersões de alto desempenho, enquanto que a AR-2 pode ser conseguida com o concreto bem controlado. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas do C tConcreto • Módulo de Elasticidade • Importância • Não afeta de modo expressivo o dimensionamento • Alt t õ d i d d t ã i õ té i• Altera as tensões de oriundas da retração e variações térmicas e nesses casos, a valores mais baixos levam a menores tensões. • Fluência: viscoelasticidade do concretoFluência: viscoelasticidade do concreto • Definição • Deformação lenta que o concreto sofre devido a um carregamento, após a ocorrência da deformação elástica. • Esta associada aos produtos de hidratação do cimento (C-S-H), mas o mecanismo é pouco conhecido.p • Para pavimentos, ela é benéfica pois permite que ocorra a dissipação das tensões de origem termo-higrométricas, ocasionadas devido a restrições de movimentação da placa •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ocasionadas devido a restrições de movimentação da placa. Propriedades Mecânicas do C tConcreto • Tenacidade • Definição • É a capacidade do concreto de deformar-se antes de romper, isto é, a capacidade do material em absorver energiacapacidade do material em absorver energia. • Importância • Permite o dimensionamento do piso pelo processo plástico no momento positivo. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Variações Volumétricas do C tConcreto • Retração por secagem do concretoç p g • Definição • É a retração do concreto devido à sua secagem, com perda de massa relativa à água evaporadamassa relativa à água evaporada. • Pode ser dividida em inicial, que ocorre nas primeiras 24 h e na complementar. • Como é relativa à perda de água não combinada, é fortemente afetada pelo consumo de água do concreto. • Toda ação que levar ao incremento da quantidade de água, comoç q q g , emprego de adições, cimentos muito finos, etc, irá afetar a retração do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Variações Volumétricas do C tConcreto (PCA 2003) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •(PCA, 2003) Variações Volumétricas do Concreto – I fl ê i d E d PiInfluência da Espessura do Piso •(Suprenant, 2002) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ( p , ) Variações Volumétricas do C tConcreto • Coeficiente Variação Térmicaç • O coeficiente da pasta pode variar dentro de uma ampla faixa, de 10 a 22 x 10-6 /°C • N t é f ã d fi i t d t d• No concreto o é função dos coeficientes da pasta e dos agregados. • Como estão em maior volume, são fortemente afetados pelas, p propriedades térmicas do agregado. • São variáveis com a idade do concreto, sendo mais elevados nos primeiros meses de vida do concreto podendo diminuir até 30 %primeiros meses de vida do concreto, podendo diminuir até 30 % nas idades mais avançadas. • Varia também com a umidade do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Variações Volumétricas do C tConcreto •Variação do Coeficiente de Dilatação Térmico da pasta com o •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia teor de umidade (Emanuel & Hulsey, 1977) E ãExecução •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia
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