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Capítulo 49 Concretos de última geração e para fins especiais Wellington Longuini Repette •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia I t d ã • Concretos de última geração são materiais com Introdução Concretos de última geração são materiais com características especiais, obtidos pela mistura de componentes convencionais e outroscomponentes convencionais e outros desenvolvidos sob a ótica da Ciência e Engenharia de Materiais de Construção Civil, como osde Materiais de Construção Civil, como os modernos aditivos químicos. • Satisfazem exigências técnicas e ambientais cada• Satisfazem exigências técnicas e ambientais cada vez mais restritivas ao uso do concreto convencionalconvencional. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t b d d t ít lConcretos abordados neste capítulo • Concreto de baixa retração: de retração reduzida, comç ç , cura interna, de retração compensada; • Concreto condutivo;; • Concreto pesado para contenção de radiações; • Concreto fotocatalítico: despoluente e autolimpante;• Concreto fotocatalítico: despoluente e autolimpante; • Concreto autocicatrizante; • Concreto translúcido; • Concreto para isolamento térmico e acústico; • Concreto subaquático antilavagem; • Concreto drenante e concreto refratário. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Co c eto d e a te e co c eto e atá o C t d b i t ã O uso dos concretos de pequena retração pode evitar a Concretos de baixa retração p q ç p fissuração, o empenamento e o encurtamento dos elementos produzidos com concreto. Principais tipos de concretos de baixa retração:p p ç • Concreto de retração reduzida • Concreto com Cura Interna• Concreto com Cura Interna • Concreto com Retração Compensada •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t d t ã d id O concreto de retração reduzida – CRR (Shrinkage Reducing Concreto de retração reduzida ç ( g g Concrete - SRC) contém aditivo redutor de retração em sua composição. O aditivo diminui a tensão superficial da f d d t t tfase aquosa do poro do concreto; consequentemente, ocorre a redução proporcional da tensão capilar e, portanto da retração por secagem e da parcela daportanto, da retração por secagem e da parcela da retração autógena causada pela autodessecação. Os aditivos redutores de retração - AAR (ShrinkageOs aditivos redutores de retração - AAR (Shrinkage Reducing Admixtures – SRA) são produtos à base de éter de glicol (éter de polialquila), que promovem a diminuiçãog ( p q ), q p ç da tensão superficial da água nos poros, resultando na redução da tensão capilar no interior do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t d t ã d id Dosagem e mistura Concreto de retração reduzida g • Teores de 1 a 2% são comumente indicados para o combate da retração por secagem em concretoç p g convencionais. • A redução da retração é proporcionalmente maior paraç ç p p p concretos de menor relação água/cimento. • O efeito do tipo de cimento e das adições parece serp ç p significativo e merece ser estudado caso a caso. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t d t ã d id Características do concreto fresco Concreto de retração reduzida • Apresenta pequeno retardo de pega em relação ao concreto sem ARR • Parece não haver efeito significativo do uso do ARR no abatimento e em sua manutenção no CRR.ç • O maior efeito, como mencionado, é o da redução do teor de ar incorporado no concreto.p Características do concreto fresco • O ARR provoca queda na resistência à compressão do• O ARR provoca queda na resistência à compressão do concreto. A resistência aos 28 dias sob cura úmida pode cair em até 15% quando se emprega ARR em dosagens •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia q p g g de 1,5 a 2%. C t d t ã d id Redução da retração Concreto de retração reduzida ç ç 0,09 0,1 % ) Reference Mix 2% SRA 1% SRA 0,09 0,1 % ) Reference Mix 2% SRA 1% SRA 0,06 0,07 0,08 e c a g e m ( 0,06 0,07 0,08 e c a g e m ( 0,03 0,04 0,05 a ç ã o d e s 0,03 0,04 0,05 a ç ã o d e s 0 0,01 0,02 R e t r a 0 0,01 0,02 R e t r a Figura 1 Efeito do teor de ARR no comportamento do CRR (FUJIWARA TOMITA & 0 50 100 150 200 250 Dias após moldagem 0 50 100 150 200 250 Dias após moldagem •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 1 - Efeito do teor de ARR no comportamento do CRR (FUJIWARA, TOMITA & SHIMOYAMA, 1994) C t C I t Cura interna pode ser entendida como o processo no qual Concreto com Cura Interna p p q quantidade adicional de água de cura (não é água de hidratação) é fornecida por materiais que são i d tincorporados ao concreto. O Concreto com Cura Interna (CCI) tem em sua composição “ t i l i d d á ” (MIA) “ tó i d“material incorporador de água” (MIA) ou “reservatório de água” que, geralmente, são partículas de pequeno tamanho que armazenam grande quantidade de águatamanho que armazenam grande quantidade de água, com capacidade de liberá-la durante a hidratação do cimento. Dentre os materiais incorporadores de água, estão alguns sólidos inorgânicos porosos, frequentemente, agregados •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g p , q , g g leves e partículas de polímeros superabsorventes. C t C I t A cura interna é mais indicada para concretos com relação Concreto com Cura Interna p ç água/cimento menor do que 0,40, pois para estes a permeabilidade à água, mesmo nas idades iniciais, é b i ú id t ã é fi i t itbaixa e a cura úmida externa não é eficiente para evitar a retração e proporcionar um maior grau de hidratação do cimentocimento. Com a cura interna, a água de cura é distribuída por todo o concreto ficando perto do local onde é necessária paraconcreto, ficando perto do local onde é necessária para combater a retração e proporcionar maior hidratação do cimento. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t C I t A cura interna é mais indicada para concretos com relação Concreto com Cura Interna p ç água/cimento menor do que 0,40, pois para estes a permeabilidade à água, mesmo nas idades iniciais, é b i ú id t ã é fi i t itbaixa e a cura úmida externa não é eficiente para evitar a retração e proporcionar um maior grau de hidratação do cimentocimento. Com a cura interna, a água de cura é distribuída por todo o concreto ficando perto do local onde é necessária paraconcreto, ficando perto do local onde é necessária para combater a retração e proporcionar maior hidratação do cimento. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t C I t Materiais incorporadores de água Concreto com Cura Interna p g ( ) (b) Figura 2 - (a) Microestrutura do pumice, mostrando a porosidade elevada e (b) visualização da capacidade de absorção de água de um PSA utilizado para cura interna em concreto •(a) (b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t C I t Dosagem e mistura Concreto com Cura Interna g • São consideradas a capacidade de absorção e a forma com que o agregado leve libera a água absorvidaq g g g (desorção). • Em uma primeira aproximação, pode-se estimar ap p ç , p demanda de água necessária para se evitar a retração autógena como sendo o resultado de 0,09 x [a/c / 0,36] g/g d ide cimento. • É importante a definição do volume ideal de agregados, i d i lpois excessos podem, potencialmente, comprometeras propriedades mecânicas do CCI. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t C I t Dosagem e mistura Concreto com Cura Interna g • Quando utilizado agregado leve, deve-se umedecê-lo previamente, de preferência, até a saturação. Nesse caso, o preparo do concreto é o mesmo que o do concreto convencional. Não é aumentado o teor de água na mistura, uma vez que o agregado leve usado no CCI não absorverá auma vez que o agregado leve usado no CCI não absorverá a água do concreto. • O PSA, por sua vez, é normalmente adicionado à mistura no, p , estado seco. Dessa forma, ele absorverá água e inchará dentro da betoneira, durante a mistura do concreto. Daí ser este um aspecto muito relevante pois será necessário aumentar o teoraspecto muito relevante, pois será necessário aumentar o teor de água no concreto no valor necessário para reduzir a retração, mas sem que haja sobra da água não absorvida pelo •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ç q j g p PSA. C t C I t Propriedades nos estados fresco e endurecido Concreto com Cura Interna p • Os agregados leves e os PSAs podem alterar as propriedades do concreto no estado fresco. Ensaiosp p devem ser realizados para cada caso, podendo ser necessárias correções no proporcionamento dos materiais f d i te na forma de mistura • Trata-se de uma alternativa eficaz para a redução da ã i lretração, particularmente para os casos em que a cura úmida não pode ser realizada ou tem pouco efeito, como ocorre nos concretos de alto desempenho com relaçõesocorre nos concretos de alto desempenho com relações água/aglomerante menores que 0,40. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t R t ã C d No Concreto de Retração Compensada – CRC Concreto com Retração Compensada ç p (Compensated Shrinkage Concrete – CSC), compostos adicionados ao cimento promovem expansão do concreto t õ à t ã O t tque se contrapõe à sua retração. O quanto o concreto expande e quando ele se expande são parâmetros que definem seu desempenho em combater a fissuraçãodefinem seu desempenho em combater a fissuração. O CRC é dosado para que sofra expansão depois da pega e durante os primeiros dias no estado endurecidodurante os primeiros dias no estado endurecido. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t R t ã C d Quando apropriadamente restringida pela armadura ou Concreto com Retração Compensada p p g p através de outros meios, a expansão irá promover tração na armadura e compressão no concreto. Durante a secagem subsequente, a retração, ao invés de provocar tensão de tração que poderia resultar em fi ã t d li i d f õ dfissuração, somente reduz ou alivia as deformações de expansão causadas pela expansão inicial do Concreto com Retração Compensadacom Retração Compensada. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t R t ã C d Quando apropriadamente restringida pela armadura ou Concreto com Retração Compensada p p g p através de outros meios, a expansão irá promover tração na armadura e compressão no concreto. Durante a secagem subsequente, a retração, ao invés de provocar tensão de tração que poderia resultar em fi ã t d li i d f õ dfissuração, somente reduz ou alivia as deformações de expansão causadas pela expansão inicial do Concreto com Retração Compensadacom Retração Compensada. Sem restrição, a expansão do CRC pode ser superior a 0 1%0,1%. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t R t ã C d Aditivos compensadores de retração Concreto com Retração Compensada p ç • Aditivos que causam expansão somente durante o estado fresco não são adequados para o combate das retraçõesq p ç autógena e por secagem, nem são considerados compensadores de retração como, por exemplo, os f d d á à b d l í i é i iformadores de gás à base de alumínio, magnésio e zinco metálico (liberam hidrogênio). D di i d d ã d lh• Dos aditivos compensadores de retração, os de melhor desempenho são os à base de sulfoaluminato de cálcio – SAC Esses produtos promovem a formação controlada deSAC. Esses produtos promovem a formação controlada de etringita (trisulfoaluminato de cálcio), resultando em expansão suficiente para compensar a diminuição •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p p p ç volumétrica causada pela retração. C t R t ã C d Dosagem, preparo e aplicação Concreto com Retração Compensada g , p p p ç • Deve haver água suficiente na mistura para que ocorra a expansão do CRC.p • Aditivos à base de SAC podem não gerar expansão se a relação água/cimento+aditivo (a/c+a) for menor que 0,50 eç g ( ) q , que, para concretos com a/c+a menor que 0,35, a presença do aditivo pode, inclusive, promover maior ãretração. • um procedimento frequentemente adotado que i b l d i i lproporciona bons resultados consiste em simplesmente substituir parte do cimento de um traço convencional pelo aditivo compensador de retração •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia aditivo compensador de retração. C t R t ã C d Dosagem, preparo e aplicação Concreto com Retração Compensada g , p p p ç • O aditivo compensador de retração deve estar muito bem distribuído para promover a expansão de toda a massa dop p p concreto. • O CRC deve ser curado com água por, no mínimo, seteg p , , dias. A água da cura pode auxiliar na formação de etringita em maior quantidade, com maior expansão do concreto. • A temperatura de cura afeta a taxa de expansão, sendo di f i i di CRCmenor para dias frios e maior para dias quentes. CRC submetido à cura térmica deve ser dosado para essa condição •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia condição. C t R t ã C d Características no estado Concreto com Retração Compensada • O aditivo compensador de retração deve estar muito bem distribuído para promover a expansão de toda a massa dop p p concreto. • O CRC deve ser curado com água por, no mínimo, seteg p , , dias. A água da cura pode auxiliar na formação de etringita em maior quantidade, com maior expansão do concreto. • A temperatura de cura afeta a taxa de expansão, sendo di f i i di CRCmenor para dias frios e maior para dias quentes. CRC submetido à cura térmica deve ser dosado para essa condição •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia condição. C t C d ti O concreto condutivo é produzido pela adição de partículas Concreto Condutivo p p ç p ou fibras condutivas de corrente elétrica com o objetivo de reduzir a resistividade elétrica em relação aos concretos i iconvencionais. Enquanto a resistividade elétrica de um concreto i l tá d d 5 20 kΩ tconvencional está na ordem de 5 a 20 kΩ.cm, no concreto condutivo, a resistividade pode ser 100 vezes menor que estes valoresestes valores. São utilizados, dentre outras aplicações, na composição de capas de degelo de rodovias lajes de aterramentocapas de degelo de rodovias, lajes de aterramento elétrico, material de reparo ou de sistemas de proteção catódica de estruturas de concreto armado e barreiras •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia protetoras de ondas eletromagnéticas. C t C d ti Inicialmente, concretos condutivos foram produzidos pela Concreto Condutivo , p p incorporação de elevados teores de fibras e raspas metálicas, geralmente de aço. A redução da resistividade lét i t f i li it d i l delétrica nesses concretos foi limitada, pois a elevada resistividade elétrica da matriz de cimento atenuava fortemente a passagem de corrente elétrica pelo concretofortemente a passagem de corrente elétrica pelo concreto. O concreto condutivo obtido pela adição de produtos de carbononeste caso um resíduo da fabricação do coquecarbono, neste caso um resíduo da fabricação do coque (coke breeze) finamente moído, tem resistividade elétrica tão pequena quanto 2 cm e resistência à compressão dep q q p 30 MPa, ambas aos 28 dias. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t C d ti Inicialmente, concretos condutivos foram produzidos pela Concreto Condutivo , p p incorporação de elevados teores de fibras e raspas metálicas, geralmente de aço. A redução da resistividade lét i t f i li it d i l delétrica nesses concretos foi limitada, pois a elevada resistividade elétrica da matriz de cimento atenuava fortemente a passagem de corrente elétrica pelo concretofortemente a passagem de corrente elétrica pelo concreto. O concreto condutivo obtido pela adição de produtos de carbono neste caso um resíduo da fabricação do coquecarbono, neste caso um resíduo da fabricação do coque (coke breeze) finamente moído, tem resistividade elétrica tão pequena quanto 2 cm e resistência à compressão dep q q p 30 MPa, ambas aos 28 dias. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t C d ti Quando o concreto condutivo é aplicado sobre pisos externos, Concreto Condutivo basta fazer passar uma corrente elétrica pelo material, que logo ele se aquece e derrete a neve nele depositada. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 3 - Laje teste de concreto de 3.60x1,20m de concreto condutivo durante ensaio em inverno (a); aspecto após a aplicação da energia elétrica externa (YEHIA & TUAN, 2002) Concreto pesado para blindagem de di ã A eficiência das blindagens contra radiação é definida por radiação g ç p dois parâmetros: a espessura das paredes e o coeficiente de atenuação linear proporcionado pelo material ou t i i õ bli dmateriais que compõem a blindagem. No dimensionamento das barreiras consideram-se também o ti i t id d d di õ f it d l té itipo e intensidade das radiações e os efeitos deletérios, principalmente de origem térmica, que as radiações podem causar aos materiaispodem causar aos materiais.. Quando há necessidade de serem feitas barreiras com menor espessura ou contra radiações de diferentes tiposmenor espessura ou contra radiações de diferentes tipos, empregam-se concretos com composições especiais e de alta densidade, conhecidos como concretos pesados para •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia , p p blindagem de radiação. Concreto pesado para blindagem de di ã Para a contenção de raios-X e radiações-Gama, o concreto radiação ç ç , pesado deve conter grande quantidade de constituintes com massa atômica igual ou maior do que o ferro (número tô i 26 tô i 55 85)atômico 26 e massa atômica 55,85). Com o uso de agregados pesados são produzidos concretos d id d d h i d 6000 k / 3com densidade que pode chegar a mais de 6000 kg/m3, com excelente desempenho para a construção de barreiras contra a radiaçãobarreiras contra a radiação. Alguns minerais que podem ser utilizados como agregados na produção de concretos pesados para blindagem dena produção de concretos pesados para blindagem de radiação são: magnetita (5,17g/cm3), barita (4,48g/cm3), ilmenita (4,70g/cm3) e hematita (5,10g/cm3). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ( , g ) ( , g ) Concreto pesado para blindagem de di ã •São desejáveis valores de abatimento não superiores a 80 mm Características, preparo e aplicação radiação , p p p ç • As resistências à compressão e tração são governadas pela relação água/aglomerante. Diferentemente, o módulop ç g g , de elasticidade é sensivelmente maior para o concreto de alta densidade, quando comparado ao concreto i lconvencional. • As formas de lançamento convencionais devem ser li d l d ãrealizadas com cautela, atentando-se para que não ocorra pressão excessiva nas fôrmas. D l j d d “ ”• Deve-se planejar adequadamente a “concretagem” para que não existam juntas frias ou heterogeneidade na distribuição dos agregados •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia distribuição dos agregados Concretos fotocatalíticos – despoluente e t li t O concreto fotocatalítico, que tem a função de contribuir com autolimpante , q ç a despoluição atmosférica, é chamado de concreto despoluente. Do concreto fotocatalítico autolimpante requer-se que, ao longo do tempo, não ocorra acúmulo de sujeira sobre sua fí isuperfície. São, portanto, concretos com requisitos de desempenho di i d i il id ddistintos, mas apresentam grande similaridade em suas composições por incorporarem partículas de elementos supercondutores capazes de promoverem fotocatálisesupercondutores capazes de promoverem fotocatálise. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t f t t líti d l t Tintas, vernizes, cerâmicas, argamassas e concretos estão Concreto fotocatalítico despoluente , , , g sendo desenvolvidos e utilizados com a finalidade de, através da fotocatálise, transformarem o NOx e VOC em t ã i à icompostos não agressivos às pessoas e ao meio ambiente. P l f t d i di í i i ti àPelo fato de serem mais disponíveis e por resistirem à exposição ambiental, os semicondutores com maior potencial de serem incorporados aos materiais depotencial de serem incorporados aos materiais de construção, como tintas, argamassas, cerâmicas e concretos, são o dióxido de titânio (TiO2), o óxido de zinco, ( 2), (ZnO) e o dióxido de silício (SiO2). Destes, o dióxido de titânio tem sido o mais empregado pelas maiores di ibilid d fi iê i f t t líti •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia disponibilidade e eficiência fotocatalítica. C t f t t líti d l t Fotocatálise Concreto fotocatalítico despoluente •Figura 4 - Ilustração da formação de óxidos devido à fotocatálise do TiO2. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t f t t líti d l t Composição e fatores intervenientes no desempenho do Concreto fotocatalítico despoluente p ç p concreto fotocatalítico despoluente O TiO2 pode ser empregado nos concretos fotocatalíticos2 p p g tanto na forma cristalina de rutino, como na de anatase. A anatase apresenta maior atividade fotocatalítica por i b d d d ã i l t tipossuir banda de condução mais eletronegativa. Uma vez que a fotocatálise é um fenômeno de superfície, o h id d d í l d TiO ãtamanho e a quantidade das partículas de TiO2 são aspectos fundamentais para o desempenho do concreto fotocatalíticofotocatalítico. Quanto maior a superfície de TiO2 presente na superfície do concreto maior sua capacidade fotocatalítica •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia concreto, maior sua capacidade fotocatalítica. C t f t t líti d l t Composição e fatores intervenientes no desempenho do Concreto fotocatalítico despoluente p ç p concreto fotocatalítico despoluente Quando utilizado na forma de partículas nanométricas,p , geralmente na faixa de 10 nm a 40 nm, tanto o rutilo como a anatase mostram desempenho fotocatalítico adequado O preparo e a aplicação do concreto fotocatalítico não se diferenciam do concreto convencional. No entanto, que o uso de desmoldantes e agentes de cura podem comprometer a capacidade fotocatalítica, sendo á i li f i d i d id d dnecessário avaliar o efeito do tipo e da quantidade desses materiais antes do uso. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t f t t líti d l t O uso do concreto fotocatalítico com efeito despoluente tem Concreto fotocatalítico despoluente p sido mais difundido nos ambientes externos, principalmente em pavimentações.• •Figura 5 - Aplicações de concreto fotocatalítico em pavimentos (a) no Japãoe (b) na Bélgica •(a) (b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 5 Aplicações de concreto fotocatalítico em pavimentos (a) no Japão e (b) na Bélgica C t f t t líti t li t O concreto autolimpante tem a capacidade de reduzir a Concreto fotocatalítico autolimpante p p proliferação e a adesão de sujeiras em sua superfície, possibilitando que o vento e a chuva promovam sua “auto” li • limpeza Na composição do concreto autolimpante, emprega-se o dió id d titâ i (TiO )dióxido de titânio (TiO2). A propriedade autolimpante é conferida pelos efeitos: • Fotocatalítico • Antiestático que dificulta a adesão das sujeiras, por ser, facilitando a limpeza da superfície ea limpeza da superfície, e • Hidrófilo (somente observada para o TiO2 do tipo anatase), resultando grande contato da água com a superfície, facilitando a ã d j i d fí i d t •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia remoção da sujeira da superfície do concreto. C t f t t líti t li t O concreto autolimpante tem sido utilizado principalmente na Concreto fotocatalítico autolimpante p p p cor clara, produzido com cimento portland branco, em obras de grande impacto visual• •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 6 - Igreja do Jubileu, em Roma C t t i ti t A autocicatrização natural inerente ao cimento portland é Concreto autocicratizante ç p condicionada por diferentes fatores que limitam sua eficácia. • Desenvolvimentos recentes estão em curso para aumentar a capacidade cicatrizante dos concretos, tornando-os uma l d t i iclasse de concretos especiais. A cicatrização natural ocorre fundamentalmente pelo hi d d fi d dpreenchimento dos espaços das fissuras com produtos da hidratação das porções anidras de cimento portland remanescentes no concretoremanescentes no concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t t i ti t Contudo, a cicatrização é quase exclusivamente atribuída à Concreto autocicratizante , ç q formação do CaCO3. Nos concretos em geral, a autocicratização natural ocorre de•g , ç forma limitada, corrigindo, por colmatação, fissuras com aberturas de até 0,2 mm e desde que haja condições d d f ã d d t dadequadas para a formação dos produtos de preenchimento. N i i i i dNos concretos especiais autocicatrizantes, o aumento da capacidade de autocicatrização se dá, basicamente, pela inclusão de fibras que limitam a abertura de fissuras peloinclusão de fibras que limitam a abertura de fissuras, pelo uso de agentes retentores de água, que conferem maior umidade ao concreto nas proximidades das fissuras e pelo •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p p uso de agentes cicatrizantes poliméricos ou biológicos. C t t i t i t fib Fibras de acetato de polivinila - PVA, carbono, metálicas e Concreto autocicatrizante com fibras p , , mesmo vegetais podem ser incorporadas ao concreto para aumentar sua capacidade autocicatrizante. As fibras li it b t d f t f ilit t i t i ã • limitam a abertura da fratura e facilitam a autocicatrização. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 7 - Fibras de PVA como agente cicantrizante (ROOJI at al., 2009) Concreto autocicatrizante com agentes i t i t l d Agentes cicatrizantes poliméricos ou minerais podem ser cicatrizantes encapsulados g p p disponibilizados ao longo das fissuras através da quebra de cápsulas que os contêm.• •Figura 8 - Ruptura de cápsula de polímeros para liberação do agente cicatrizante (LIU et al •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 8 Ruptura de cápsula de polímeros para liberação do agente cicatrizante (LIU et al., 2009) C t t i t i t b té i Alguns tipos de bactéria metabolizam nutrientes resultando Concreto autocicatrizante com bactéria g p na produção de carbonato de cálcio. Pelotas de argila expandida adicionadas ao concreto são•g p casulos para a preservação de esporos de bactérias do gênero Bacillus e para o armazenamento de nutrientes Com a ruptura do concreto a água acessa o interior da argila expandida e “acorda’ a bactéria, que ao se alimentar dos i d d id d d b dnutrientes produz grande quantidade de carbonato de cálcio, o agente cicatrizante. Este concreto é conhecido como bio-crete foi desenvolvido na Universidade de Delftcomo bio-crete foi desenvolvido na Universidade de Delft, Holanda. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t t i t i t b té iConcreto autocicatrizante com bactéria • • ( ) (b) •Figura 9 - (a) Esporos das bactérias e (b) aspecto do concreto auto cicatrizante Bio-Crete, desenvolvido na TUDelft (JONKERS & SCHLANGER, 2009) •(a) (b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t t i t i t b té iConcreto autocicatrizante com bactéria • • • •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 10 - Fissura cicatrizada por meio de ação bacteriana (JONKERS & SCHLANGER, 2009) C t t lú id Em 2001, um jovem arquiteto e artista plástico búlgaro, Aron Concreto translúcido , j q p g , Losonczi, inovou os conceitos ao incorporar fibra ótica em uma matriz de cimento, mantendo a resistência à ã tí i d t t t l • compressão típica do concreto estrutural. As potenciais utilizações para esse material são inúmeras, t té i i d ino aspecto técnico, como a economia de energia, e no aspecto arquitetônico. Nossos edifícios ficarão mais iluminados e belosiluminados e belos •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t t lú idConcreto translúcido • • • •Figura 11 - Concreto translúcido •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t i l t té i ú tiConcreto para isolamento térmico e acústico •De forma geral, quanto menor a densidade do concreto, • • g , q , maior o seu desempenho como material de isolamento térmico e acústico. Concretos para isolamento térmico e acústico são classificados como concretos leves. Os concretos mais comuns são o celular e os produzidos com agregados leves como, por exemplo, argila did íli l á i d li iexpandida, sílico-calcários aerados, poliestireno expandido (isopor), perlita e vermiculita. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t i l t té i ú tiConcreto para isolamento térmico e acústico • • • (a) (b) (c) •Figura 12 - Concretos isolantes térmico e acústico produzidos com (a) agregado de poliestireno, •(b) concreto celular (aerado) e (c) com agregado leve de argila expandida. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t b áti tilConcreto subaquático antilavagem •Quando o concreto convencional é aplicado em locais onde • • p a água apresenta movimento, ocorre a extração da pasta de cimento da sua composição, processo normalmente d i d “l ”denominado como “lavagem”. Para essas condições mais inóspitas de aplicação, possíveis d t f d d ide ocorrer em concretagens em fundos de rio ou mar, o concreto antilavagem é o mais indicado. Sem proteção por fôrmas o concreto não deve ser aplicado quando afôrmas, o concreto não deve ser aplicado quando a corrente da água exceder a velocidade de 3 m/s. O concreto antilavagem é obtido pela incorporação deO concreto antilavagem é obtido pela incorporação de aditivos superplastificantes e promotores de viscosidade (também chamado de modificador de viscosidade), sendo •Livro Concreto: Ciênciae Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ( ), os de base celulose (polisacarídicos) os mais utilizados. C t b áti tilConcreto subaquático antilavagem • • • Figura 13 Utilização de concreto submerso em reparo de estruturas •Figura 13 - Utilização de concreto submerso em reparo de estruturas. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t d t ( á l)Concreto drenante (permeável) •O concreto drenante é também conhecido como concreto • •sem finos, concreto poroso e concreto permeável. Trata-se de um concreto com pouco ou nenhum agregadop g g miúdo (areia) e com o mínimo teor de pasta, suficiente para unir os agregados graúdos sem, no entanto, h t t d Cpreencher os espaços entre estes agregados. Como resultado, tem-se um material de menor densidade e com vazios (poros) interconectados que permite a fácilvazios (poros) interconectados, que permite a fácil percolação da água. Empregado em sistemas de drenagem em grandes centrosEmpregado em sistemas de drenagem em grandes centros urbanos e em lajes das “coberturas verdes” em edificações. Em pavimentos, a capacidade drenante pode •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ç p , p p chegar a 900 litros por minuto por metro quadrado. C t d t ( á l)Concreto drenante (permeável) • • • •Figura 14 - Concreto drenante e emprego em pavimentação (Fonte: http://www.cement.ca/en/Parking-Lots/Pervious-Concrete.html). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t f tá iConcreto refratário •O concreto refratário tem larga aplicação nas indústrias • • g p ç siderúrgicas, de alumínio, petroquímica, de cimento portland, dentre outras. Fornos, chaminés, recipientes industriais (por exemplo, as panelas para aço) produzidos em metal são geralmente tid t f tá irevestidos com concreto refratário. Concretos convencionais produzidos com cimento portland f d d ã d i ê i â i dsofrem grande redução de resistência mecânica quando expostos a temperaturas superiores a 600oC. Apesar desta temperatura ser aparentemente elevada em muitasdesta temperatura ser aparentemente elevada, em muitas aplicações industriais os materiais são submetidos a temperaturas muito maiores, chegando a 1700oC em •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia p , g alguns casos. C t f tá iConcreto refratário •O concreto refratário mais convencional é produzido com • • p cimento aluminoso (de alta alumina), que apresenta elevado teor de aluminato de cálcio. Como agregados, empregam-se os compostos por óxidos de alumínio e óxidos de silício, sendo a escória de alto-forno, b it l i d li l i d l d ia bauxita calcinada e o caulim calcinado alguns dos mais comuns. O d i l i d ãO teor de cimento aluminoso pode ser tão pequeno quanto 3% da massa total em composições mais aprimoradas. O teor de água também deve ser mantido baixo evitando-seteor de água também deve ser mantido baixo, evitando-se o enfraquecimento do concreto. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P tiPerspectivas •Caminha-se a passos largos para a era do concreto “sob • • p g p encomenda”, um concreto que satisfaça demandas específicas, um concreto especializado. Os resultados ã i i d h d b f itserão maior economia e desempenho das obras feitas com concreto. O ê f t ó i é i dO que se vê para o futuro próximo é mais um grande momento para o concreto. Os novos materiais nanoestruturais prometem causar uma revoluçãonanoestruturais prometem causar uma revolução. O concreto é um material fascinante que se renova e avança de modo desafiadorde modo desafiador. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia
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