cap2 - Qualidade e desempenho na construção civil

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Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Cláudio Vicente Mitidieri Filho
Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas do Estado de São 
Paulo
Qualidade e Desempenho na Construção Civil
Capítulo 2
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• A qualidade, atualmente vista de uma forma sistêmica,
associada a produtos, serviços e processos gerenciais,
insere-se em Sistemas de Gestão, mais modernamente
em Sistemas Integrados ou Sistemas de Gestão
Integrados, SGI, caracterizados pela integração dos
processos de Gestão da Qualidade propriamente dita,
Gestão da Segurança e Saúde, Gestão Ambiental,
Gestão da Produtividade e Gestão da Responsabilidade
Social.
Qualidade na Construção Civil
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Qualidade na Construção Civil
•Qualidade
•Segurança e 
Saúde
•Ambiental
•Produtividade
•Social
Figura 1 – Representação esquemática do Sistema de Gestão Integrado
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• A etapa de projeto pode ser considerada como uma das
mais importantes no processo da construção civil, por ser
uma etapa determinante na definição dos custos da obra,
apesar de representar um pequeno percentual do custo
global do empreendimento; não há como racionalizar ou
reduzir custos na fase de execução do empreendimento
de forma tão determinante quanto no seu projeto. E,
nesta etapa, são definidos os requisitos de qualidade de
todos os insumos necessários e o desempenho potencial
do empreendimento; a qualidade e os padrões de
qualidade dos materiais de construção são definidos neste
momento do processo.
Qualidade na etapa de projeto
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Qualidade na etapa de projeto
Figura 2: Sistema de gestão e coordenação de projetos
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• A execução da obra é a colocação em prática daquilo que
foi representado de forma virtual no projeto. Portanto, é de
se esperar que tanto melhor será a qualidade da execução
da obra quanto melhor for a qualidade do projeto. Se o
projeto é suficientemente detalhado, contendo as
especificações de forma clara e precisa, haverá sem
dúvida uma redução das dúvidas sobre o que fazer e,
conseqüentemente, uma redução nas improvisações
durante a execução da obra. Se o projeto é
suficientemente desenvolvido, até a etapa de
detalhamento dos processos executivos, ou seja, se a
documentação técnica inclui o “projeto de execução” dos
diversos elementos construtivos, haverá também redução
de dúvidas sobre o como fazer.
Qualidade na etapa de execução da obra
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• Nesta etapa é importante a adequada orientação ao
usuário, para que possa usufruir o empreendimento,
operar seus equipamentos e realizar a manutenção de
forma adequada. Nos empreendimentos residenciais é
necessário o fornecimento do Manual do Proprietário,
contendo informações de projeto, uso e manutenção de
áreas privativas, e do Manual do Síndico ou Manual de
áreas comuns, contendo as informações sobre operação,
conservação e manutenção de áreas comuns ou não
privativas. Tais manuais são essenciais em
empreendimentos comerciais e imprescindíveis em
empreendimentos industriais ou de infra-estrutura. No
caso de equipamentos públicos são fundamentais os
programas de manutenção, para que não haja
deterioração precoce do patrimônio e/ou riscos à
sociedade usuária destes bens.
Qualidade na etapa de uso, operação e 
manutenção
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• Os conceitos de “construção enxuta” ou “pensamento
enxuto” têm sua origem no Japão, mais especificamente
nas indústrias Toyota, e dizem respeito à organização e
racionalização dos processos, reduzindo atividades que
não agregam valor ao produto final, reduzindo estoques
de matérias primas e de produtos acabados, visando
reduzir custos de produtos com qualidade pré-definida e
melhor atender ao mercado.
Lean Construction e Lean Thinking aplicado 
à construção civil
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• A metodologia adotada na aplicação do conceito de
desempenho à avaliação do edifício, de seus materiais,
componentes e elementos pode ser assim resumida:
a) identificação das exigências do usuário a serem
satisfeitas;
b) identificação das condições de exposição a que está
submetido o edifício, seus elementos e componentes;
c) definição dos requisitos e critérios de desempenho a
serem atendidos pelo edifício, seus elementos e
componentes, expressos qualitativa e quantitativamente;
d) definição dos métodos de avaliação.
Metodologia de avaliação de desempenho 
de produtos inovadores
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Exigências do Usuário 
1. Exigências de segurança estrutural 
 Estabilidade e resistência mecânica 
2. Exigências de segurança ao fogo 
 Limitações do risco de início e propagação de um incêndio, segurança dos usuários 
3. Exigências de segurança à utilização 
 Segurança dos usuários e segurança a intrusões 
4. Exigências de estanqueidade 
 Estanqueidade aos gases, aos líquidos e aos sólidos 
5. Exigências de conforto higrotérmico 
 Temperatura e umidade do ar , condensação 
6. Exigências atmosféricas 
 Pureza do ar e limitação de odores 
7. Exigência de conforto visual 
 Aclaramento, aspecto dos espaços e das paredes, vista para o exterior 
8. Exigências de conforto acústico 
 Isolação acústica e níveis de ruído 
9. Exigências de conforto tátil 
 Eletricidade estática, rugosidade, umidade, temperatura da superfície 
10. Exigências de conforto antropodinâmico 
 Acelerações, vibrações e esforços de manobras 
11. Exigências de higiene 
 Cuidados corporais, abastecimento de água, eliminação de matérias usadas 
12. Exigências de adaptação à utilização 
 Número, dimensões, geometria e relações de espaços e de equipamentos necessários 
13. Exigências de durabilidade 
 Conservação do desempenho ao longo do tempo 
14. Exigências de economia 
 Custo inicial e custos de manutenção e reposição durante o uso 
 
Quadro 1 - Exigências do usuário
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Desempenho 
Figura 3 – Desempenho ao longo do tempo de um elemento, instalação ou sistema construtivo
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• Um sistema de avaliação técnica de novos produtos, de
âmbito nacional, deve ser concebido de forma bastante
clara e objetiva, com regras bem definidas e de consenso
entre o setor produtivo e o setor público promotor da
habitação, contando com as experiências já
desenvolvidas e que tiveram êxito no Brasil.
• O Documento de Avaliação Técnica é um documento que
tem um formato padronizado pela instituição que o
concede e expressa a opinião da instituição sobre o
desempenho potencial ou provável de um determinado
produto, nas condições de instalação, execução, uso,
operação, manutenção e exposição previstas ou
estabelecidas pelo produtor, e consideradas na ocasião
da avaliação técnica.
Sistema de avaliação técnica
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Proposta para implantação do Sistema 
Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT)
Figura 4 - Estrutura do SINAT
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• O SINAT (Sistema Nacional de Avaliações Técnicas)
está sendo concebido como um instrumento de validadenacional, a ser adotado pelos agentes promotores e
financeiros da construção civil, pelo setor produtivo e
instituições técnicas. Conterá as diretrizes para
concessão de DATec (Documentos de Avaliação
Técnica) por instituições independentes ou neutras,
definindo ainda um Comitê Técnico de apoio e uma
Comissão Nacional deliberativa.
Sistema de avaliação técnica
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Sistema de avaliação técnica
Figura 5 - Sistemática de concessão do Documento de Avaliação Técnica
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Sistema de avaliação técnica
Figura 6 - Vista do Laboratório de Componentes e Sistemas do IPT, no qual são realizados ensaios de 
desempenho em componentes e elementos construtivos, como paredes divisórias, janelas, portas, 
coberturas, etc. 
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Sistema de avaliação técnica
Figura 7 - Laboratório de Química dos Materiais do IPT, no qual são realizados ensaios de caracterização 
e avaliação de materiais como cal, cimento, agregados, concretos, argamassas e tintas. 
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• O objetivo da implantação do SINAT é dar maior
abertura à adoção de inovações na construção civil,
considerando uma avaliação técnica adequada e
homogêa de produtos, visando um desempenho
satisfatório de produtos inovadores ao longo da vida útil
das construções. É importante para o sucesso de um
sistema desta natureza, que os critérios de análise, a
metodologia de avaliação de produtos e a sistemática de
concessão de documenos de avaliação técnica sejam
transparentes e consensuados com o meio técnico e a
cadeia produtiva, e que os documentos de avaliação
sejam emitidos por instituições neutras, independentes,
com credibilidade junto ao meio e qualificadas no
Sistema.
Sistema de avaliação técnica