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Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Maria Heloisa Barros de Oliveira Frascá – IPT Rocha como material de construção Capítulo 15 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Rocha: corpo sólido natural, resultante de um processo geológico determinado, formado por agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as condições de temperatura e pressão existentes durante sua formação • Mineral: substância sólida natural, inorgânica e homogênea, que possui composição química definida e estrutura cristalina característica Rochas e Minerais - Conceitos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • De acordo com seu modo de formação, as rochas compõem três grandes grupos, cada qual contemplando uma imensa variedade de tipos passíveis de uso na construção civil • Ígneas: • Sedimentares: • Metamórficas: • Tal variedade muitas vezes traz dificuldades ao leigo e aos profissionais de engenharia e arquitetura, na escolha e especificação do material pétreo para determinada obra ou aplicação Rochas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Rocha ígneas ou magmáticas: resultam da solidificação de material rochoso parcial a totalmente fundido (denominado de magma), gerado no interior da crosta terrestre (Quadro 1). Distingüem-se dois tipos: • plutônicas ou intrusivas: resultam de lentos processos de resfriamento e solidificação do magma, em profundidade. • Material cristalino geralmente de granulação grossa • Exemplos: granitos, gabros, sienitos, dioritos e outros • vulcânicas ou extrusivas: formadas na superfície terrestre pelo extravasamento de lava por orifícios vulcânicos • rápido resfriamento não permitem os minerais se formarem, resulta em material vítreo ou cristalino de granulação fina • Exemplos: riólitos, basaltos e outros Rochas Ígneas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Rochas Ígneas - Exemplos Rocha Estrutura Cor Minerais Essenciais Exemplos de Rochas Comerciais Granito(p) Maciça Cinza a rosa- avermelhado qz, pl, Kf, (bi, hb) Vermelho Capão Bonito, Branco Ceará, Cinza Andorinha, Cinza Corumbá Riólito(v) Maciça / vesículo- amigdaloidal Cinza, rosada, azulada qz, pl, Kf, (bi, hb) Azul Sucuru, Azul Paramirim Diorito(p) Maciça Cinza-escuro pl, bi, hb, (qz, Kf) Preto Piracaia, Preto Bragança, Preto São Gabriel Sienito(p) Maciça / fluxionar Rosa, marrom, azul Kf, bi, nf, sd, ag, (bi, hb) Café Brasil, Café Imperial, Azul Bahia Gabro(p) Maciça Cinza-escuro a preto pl, au, op Preto Absoluto, Preto Café de Minas Charnockito(p) Maciça Verde-escuro qz, pl, Kf, hy (bi, hb) Verde Labrador, Verde Pavão Pegmatito Heterogênea Branco, bege qz, pl, Kf, micas Delicatus, Golden Himalaya •Abreviações: qz = quartzo, pl = plagioclásio, Kf = feldspato potássico, bi = biotita, hb = hornblenda, •ne = nefelina, sd = sodalita, ag = augita, op = minerais opacos (oxidos e/ou sulfetos), hy = hiperstênio. •(p) = plutônica; (v) = vulcânica •Quadro 1 – Exemplos de rochas ígneas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Rochas sedimentares: formadas por meio da erosão, transporte (fluvial, marítimo ou eólico) e deposição de sedimentos (clastos ou detritos) derivados da desagregação e decomposição de rochas na superfície terrestre, da precipitação química ou, ainda, do acúmulo de fragmentos orgânicos (Quadro 2) • Rochas metamórficas: derivadas de outras preexistentes que, no decorrer dos processos geológicos, exibem mudanças mineralógicas, químicas e estruturais, no estado sólido, em resposta a alterações nas condições físicas e químicas impostas em profundidades (Quadro 3) Rochas Sedimentares e Metamórficas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Rochas Sedimentares - Exemplos •Abreviações: qz = quartzo, felds = feldspatos, si = sílica, cc = calcita; arg = argilominerais. Rocha Estrutura Cor Minerais Essenciais Exemplos de Rochas Comerciais Arenito Isótropa / laminada Branca, bege, avermelhada, rosa qz, felds. cimento: si, cc, am Pink Brasil, Rosa Bahia. Calcário laminada Bege, alaranjada, amarronzada, preta cc + fósseis. Pedra Cariri, Crema Marfil (Espanha); Travertino Laminada / vacuolar / brechóide Bege amarronzado cc fósseis Bege Bahia, Travertino Romano (Itália). •Quadro 2 – Exemplos de rochas sedimentares Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Rochas Metamórficas - Exemplos Abreviações: qz = quartzo, pl = plagioclásio, Kf = feldspato potássico, bi = biotita, hb = hornblenda, ne = nefelina, sd = sodalita, ag = augita, op = minerais opacos (oxidos e/ou sulfetos), hy = hiperstênio; mi = micas, felds = feldspatos, cc = calcita, do = dolomita, du = dumortierita, cl = clorita Rocha Estrutura Cor Minerais Essenciais Exemplos de Rochas Comerciais Gnaisse Gnáissica Branca, tons de cinza, amarelo, vermelho e rosa felds, qz, bi / hb Azul Fantástico, Amarelo Santa Cecília, Branco Itaúnas. Migmatito Migmatítica Tons de cinza, vermelho e rosa felds, qz, bi / hb Kashmir Bahia, Kinawa Bahia, Champagne Trançado. Milonito Milonítica Tons de cinza, amarelo, rosa mi, felds, qz Pedra Paduana ou Miracema, Pedra Madeira. Maciça Branca, azul qz, mi, du (em quartzitos azuis). Azul Macaúbas, Azul Imperial. Quartzito Foliada Branca, tons de amarelo, verde, rosa qz, mi, Pedra São Tome, Pedra Luminárias, Pedra Goiás Mármore Maciça Cinza a branca, com tons verdes ou rosa cc / do Branco Paraná, Branco Espírito Santo, Branco Italva. Ardósia Clivagem ardosiana Tons de cinza ou marrom mi, cl, qz Ardósia Cinza, Ardósia Vinho, Ardósia Grafite •Quadro 3 – Exemplos de rochas metamórficas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades de Engenharia • Rochas • elementos nos quais são construídas obras de engenharia, como túneis e barragens, as fundações dos vários tipos de edificações, ou, • materiais usados na sua construção: agregados (tratados no Capítulo 16) e rochas ornamentais e para revestimento (objeto deste capítulo) • Cada rocha tem suas características intrínsecas, exclusivas e inerentes à natureza geológica do corpo rochoso • que condicionam suas propriedades, designadas de engenharia, por orientarem seu uso na construção civil Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Relevantes • Composição mineralógica: reflete a composição química e as condições de formação e de alteração de cada mineral constituinte da rocha. Tem influência decisiva nas propriedades e na durabilidade • Estrutura: compreende a orientação e as posições de massas rochosas em uma determinada área, bem como as feições resultantes dos diversos processos geologicos • rochas ígneas: usualmente, são maciças (Figura 1) características físicas e mecânicas homogêneas (isotropia) • rochas metamórficas e sedimentares: podem exibir estruturas e isorientação mineral (Figura 2) anisotropia (variação espacial das propriedades mecânicas, conforme o plano de orientação dos minerais). As maiores resistências mecânicas, em geral, estão no plano ortogonal à estruturação geral da rocha Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Relevantes(cont.) Figura 1 - Exemplo de rocha granítica, com estrutura maciça – Rosa Itupeva (SP) Figura 2 - Exemplo de rocha gnáissica, com estrutura orientada – Amarelo Santa Cecília (ES) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Relevantes (cont.) • Granulação: refere-se ao tamanho dos grãos diferencia, macroscopicamente, rochas ígneas vulcânicas (mais finas: afaníticas) e plutônicas (mais grossas: faneríticas) e responde pela maior resistência mecânica das primeiras, devido ao maior imbricamento e coesão dos minerais • Textura: é o arranjo espacial microscópico dos minerais, muitas vezes exclusivos para alguns tipos de rochas, e está intimamente relacionada à mineralogia e às condições físicas vigentes durante a formação. A porosidade/permeabilidade e as resistências mecânicas, em parte, dependem da textura, que também reflete o grau de coesão da rocha Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Caracterização Tecnológica • Realizada em laboratórios especializados, de acordo com ensaios e análises normalizados • Compreendem a obtenção de parâmetros petrográficos, físicos e mecânicos que permitam a caracterização tecnológica da rocha para uso na construção civil ou no revestimento de edificações • Procuram representar as diversas solicitações às quais a rocha é submetida, desde a extração, esquadrejamento, serragem dos blocos em chapas, polimento das placas, recorte em ladrilhos, etc., até seu emprego final, incluindo- se as variadas formas de aplicação de cargas que poderá vir a suportar no uso especificado Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades petrográficas • O estudo petrográfico estabelece a classificação da rocha • Compreende a descrição macroscópica (estruturação, cor) e microscópica (mineralogia, textura, granulação), • Para a engenharia enfatiza as características (alteração, deformação, padrão de microfissuramento e outros) que possam influenciar o comportamento mecânico e a durabilidade sob as condições de uso a que será submetida. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Análise Petrográfica • Consiste na observação de seções delgadas da rocha (com espessura de 30 m) em microscópio óptico de luz transmitida, conforme (Figura 3) Figura 3 – Seção delgada de rocha granítica, exibindo grãos de quartzo (mais límpidos) e de feldspatos, em arranjo granular (isótropo) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Físicas – Dureza Técnicas disponíveis • Microdureza Knoop (HK ou HKN): objetiva a dureza das rochas. É realizada ao microscópio e consiste em pressionar a superfície polida da rocha com uma força conhecida, com uma ponta de diamante. • Desgaste abrasivo por atrito, simulando o tráfego de pessoas ou veículos: adota-se o tribômetro Amsler, que consiste na medição da redução de espessura (mm) que placas de rocha apresentam após um percurso abrasivo de 1.000 m, com o uso de areia essencialmente quartzosa como abrasivo. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Físicas – Densidade, Absorção e Porosidade • Densidade: importante parâmetro para o cálculo de cargas em construções, o dimensionamento de embalagens, os custos e meios de transporte, entre outras aplicações. • Absorção de água: considerada, em rochas para revestimento, como o valor numérico que reflete a capacidade de incorporação de água • Porosidade: relativamente baixa nas rochas ígneas e metamórficas, quando comparada à de rochas sedimentares. Os “poros”, naquelas, não são representados por “vazios”, como nas sedimentares, mas sim pelas microfissuras, alterações em minerais, contatos entre grãos, etc. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Físicas – Densidade, Absorção e Porosidade (cont.) • calculadas a partir dos pesos de corpos-de-prova nas condições seca, saturada com água e submersa em água densidade aparente (kg/m3) )(secsec subsata mmm porosidade aparente (%) 100)()( sec xmmmm subsatasat absorção d’água aparente (%) 100)()( secsec xmmm aasat Fonte: NBR 12766/92 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Físicas – Dilatação Térmica • As rochas, como vários materiais de construção, dilatam- se quando se aquecem e contraem-se ao esfriarem, implicando variações nas dimensões e no volume. • Para a determinação do coeficiente de dilatação térmica linear (10-3 mm/m.oC) a rocha é submetida a variações de temperatura em um intervalo entre 0oC e 50oC • Finalidade: dimensionamento do espaçamento das juntas em revestimentos, destacadamente, de exteriores (pisos, paredes e fachadas) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas – Compressão • Importante indicativo da integridade física da rocha • A presença de descontinuidades (fissuras, fraturas), alteração ou outros aspectos que interfiram na coesão dos minerais em valores menores do que aqueles característicos para o tipo rochoso em questão • Finalidade: fornecer parâmetros para o dimensionamento do material rochoso utilizado como elemento estrutural, ou seja, com a finalidade de suportar cargas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas – Compressão • Resistência à compressão (MPa): tensão que provoca a ruptura da rocha, quando submetida a esforços compressivos (Figura 4) • É determinada nas condições seca e saturada, concordante e paralelamente à estruturação da rocha (no caso de gnaisses, migmatitos etc.) A P c c = resistência à compressão (MPa) P = carga total de ruptura (N) A = área de aplicação da carga (mm2) •Fonte: C170/90(1999) Figura 4 – Determinação da resistência à compressão, perpendicular (esquerda) e paralelamente (direita) à estruturação. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Mecânicas – Flexão • Flexão (módulo de ruptura): solicitações de flexão em rochas empregadas em edificações - telhas (ardósias), pisos elevados, degraus de escadas, tampos de pias e balcões. Nesses casos, também são produzidos esforços de tração em certas partes da rocha (Figura 5) • Flexão (ou flexão por carregamento em quatro pontos): esforços flexores em placas de rocha, simulando o esforço do vento em placas de rocha fixadas em fachadas com ancoragens metálicas (Figura 6) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Tração na Flexão tf = resistência à tração na flexão (MPa) P = carga total de ruptura (N) L = vão (cm) b = largura (cm) d = espessura (cm) 22 3 db LP tf Fonte: C 99/87(2000) Figura 5 – Ilustração esquemática da determinação da resistência à tração na flexão Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Flexão f = resistência à flexão (MPa) P = W = carga máxima (N) L = distância entre os cutelos inferiores (mm) (L = 10d) b = largura do corpo-de-prova (mm) (10 cm) d = espessura do corpo-de- prova (mm) 24 3 bd WL f Fonte: ASTM, 2005 - C 880/98 Figura 6 – Ilustração esquemática da determinação da resistência à flexão Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Velocidade de Propagação de Ondas Ultra-sônicas Longitudinais • Finalidade: avaliar, indiretamente, o grau de alteração e de coesão das rochas • Importante:por se tratar de um dos poucos ensaios não destrutivos disponíveis para verificação de propriedades rochosas • Muito empregado na avaliação da degradação de rochas, especialmente nos estudos sobre o estado de conservação de monumentos históricos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Especificações e Requisitos • Especificações (comuns em normas americanas – ASTM): constituem-se na proposição de valores limites, máximos e mínimos, para as propriedades determinadas nos diferentes materiais rochosos, com o objetivo de auxiliar na avaliação da qualidade tecnológica das rochas, independentemente, em princípio, do tipo de utilização futura dos produtos beneficiados. • Requisitos (comuns nas normas européias – CEN): são basicamente parâmetros estatísticos de tolerância para valores dimensionais, visando o controle de qualidade de materiais fornecidos em dimensões específicas, nas obras,para incrementar a beleza e a uniformidade do trabalho final. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Rochas Ornamentais e para Revestimentos - conceitos - •Fontes: BSI, 2002; ABNT, 2003 ; ASTM, 2005 ASTM CEN ABNT Rocha Ornamental Monumental stone: rocha de qualidade adequada para ser minerada e cortada como rocha dimensionada, tal qual existe na natureza e usada pela indústria de monumentos e memorial. -- Material rochoso natural, submetido a diferentes graus ou tipos de beneficiamento, utilizado para exercer uma função estética. Rocha para Revestimento Building stone: rocha natural, com qualidades necessárias para ser minerada e cortada como rocha dimensionada, tal qual existe na natureza e é usada na construção civil. Building stone: rocha natural usada em construções e em monumentos Rocha natural que, submetida a processos diversos de beneficiamento. É utilizada no acabamento de superfícies, especialmente pisos, paredes e fachadas, em obras de construção civil. Rocha Dimensionada Dimension stone: rocha natural que foi selecionada e cortada em tamanho e formas específicos. = bloco bruto (rough block). -- Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • rochas ornamentais: todos os materiais rochosos aproveitados pela sua aparência estética e utilizados como elemento decorativo, em trabalhos artísticos e como materiais para construção • rochas para revestimento: constituem uma aplicação específica das rochas ornamentais, compreendendo os produtos do desmonte de materiais rochosos em blocos, de seu subseqüente desdobramento em chapas, processamento e corte em placas, ladrilhos e tampos para uso na construção civil • rochas decorativas: rochas cujas propriedades físicas e mecânicas não permitem sua utilização extensiva na construção civil, mas que pela sua apreciada aparência estética, são usadas em ambientes internos, como peças especiais, ou em acabamentos personalizados Rochas Ornamentais e para Revestimentos - conceitos empregados neste capítulo - Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Tradicionalmente, duas grandes categorias: • “granitos”, na qual se incluem as rochas silicáticas (ígneas e metamórficas), • “mármores”, entendidos como qualquer rocha carbonática, tanto de origem sedimentar (calcários) ou metamórfica, passível de polimento • Atualmente também englobam: • “quartzitos”, “arenitos”, “calcários”, “travertinos” e “ardósias”, cada qual objeto de normalização e especificação próprias Rochas Ornamentais e para Revestimentos - classificação comercial - Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Características Diferenciais dos Principais Tipos Comerciais Rocha Características Granitos homogeneidade textural e estrutural; maior uniformidade das propriedades físicas e mecânicas; maior variedade de usos; maior facilidade de controle de qualidade e recepção de material. Gnaisses / Migmatitos quantidade, dimensões, variedades e disposição tridimensional dos minerais respondem pela heterogeneidade textural e estrutural e pela abundância de padrões estéticos; propriedades diferem de acordo com os planos de orientação da rocha. Calcários / Mármores cores claras com tonalidades pastéis utilizados em interiores; menor resistência relativa ao desgaste abrasivo; nem todos os tipos são adequados para usos em exteriores. Travertinos diferenciam-se dos calcários pela estrutura vacuolar (presença de cavidades); em geral, são submetidos a tratamentos com produtos químicos (resinagem); mais adequados para interiores. Quartzitos quartzitos foliados naturalmente exibem superfície rugosa e não são submetidos a processos de processamento onerosos; acabamento naturalmente rústico das placas + baixo desgaste abrasivo adequados para pisos e pavimentos de exteriores, de alto tráfego e áreas molhadas (bordas de piscinas, por exemplo). Ardósias usadas principalmente como telhas, na Europa, por resistir à flexão suficiente para suportar o peso da neve, e por proporcionar isolamento térmico; no Brasil, são usadas principalmente no revestimento de pisos e pavimentos, aliando seu padrão natural e baixo custo de extração e produção. Arenitos mais porosos e menos resistentes que as outras rochas; necessitam de cuidadoso dimensionamento, especialmente da espessura. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Rocha Peso (Densidade) Absorção de água Resistência à Abrasão Resistências Mecânicas(*) Granitos Pretos > = ou < < = ou > Granitos Amarelos = ou < > < < ou << (a) Gnaisses e Migmatitos = = = = ou < (a) Mármores e Calcários = < << < a << Travertinos < >> a >>> < a << < Quartzitos < = a > < = a > Arenitos < a <<< > a >>> < << Ardósias < = < > (b) •Nota: São considerados, para comparação, granitos “verdadeiros”, homogêneos e inalterados. •(*) Resistências à compressão e flexão. •(a) Propriedades determinadas segundo o plano de gnaissificação da rocha (de menor resistência mecânica). •(b) Considera-se somente a resistência à flexão Comparação Simplificada de Propriedades de Diferentes Tipos Rochosos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Principal aplicação: em revestimento, como placas ou ladrilhos, em pisos e escadas de interiores e exteriores (também denominados revestimentos horizontais), fachadas e paredes de interiores e exteriores (ou revestimentos verticais). Também são consumidas na forma de peças acabadas e semi-acabadas, como tampos de mesas e de bancadas de cozinhas ou de lavatórios e arte funerária • Pavimentação: empregadas em calçadas, ruas, sarjetas etc., geralmente em estado natural, sem processamento, na forma de paralelepípedos e lajotas • Alvenaria: • elementos estruturais em edificações, compondo principalmente paredes. Além das funções estéticas, desempenham importante função de sustentação (ou loading-bearing), suportando cargas compressivas • empregada na forma natural na construção de muros, comum em várias regiões do Brasil, executados por artífices que empregam técnicas artesanais, cujos métodos praticamente não foram objetos de registro Usos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Usos Figura 7 - Exemplo de uso da pedra como alvenaria (A), pavimento (P) e revestimento de parede (R) Figura 8 - Exemplo de uso da pedra no revestimento de piso Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia padrão estético(definido natureza da rocha, tipologia do jazimento, composição mineralógica, intensidade e tipo de alteração, presença de tensões confinadas, heterogeneidade estrutural e textural, entre outros) + propriedades físicas e mecânicas + alterabilidade = usos mais adequados e a durabilidade do material no revestimento de edificações = melhor relação custo-benefício Escolha e Seleção Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Critérios para Escolha e Seleção Fonte: Frascá (2004), modificado Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Principais Solicitações de Uso x Ambiente (exterior / interior) Fonte: Frascá (2004), modificado Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Propriedades Relevantes x Usos Função do Revestimento Pisos Paredes Propriedade Ext (a) Int. Ext. Int. Fachadas Tampos (b) Tipo de rocha Absorção de água Desgaste abrasivo (dureza) -- -- -- -- Flexão Compressão -- Dilatação térmica -- Acabamento superficial Resistência a agentes químicos Sanidade da rocha Nota: = obrigatória; = muito importante; = importante; - = desnecessária. ((a) especialmente pias de cozinha. ((b) tráfego de pedestres e de veículos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • O tipo de acabamento é determinante, conforme o uso • acabamento rústico ou com rugosidade é obrigatório no revestimento de pisos em exteriores ou áreas freqüentemente molhadas • Alguns tipos de acabamentos: • Polido: plano, liso, lustroso e altamente refletivo produzido por abrasão mecânica e polimento. • Levigado: plano e não refletivo; produzido por abrasão mecânica, em diferentes graus. • Térmico (ou Flameado): realizado por meio de uma rápida exposição do material a uma chama em alta temperatura (maçarico), resultando na esfoliação da superfície da rocha, tornando-a rugosa. Acabamento Superficial da Rocha Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Alteração das rochas é um fenômeno natural, que ocorre ao serem expostas na superfície terrestre, em resposta às novas condições e pela atuação do intemperismo • Principais agentes intempéricos (principalmente em rochas para revestimento: • umidade, independente da origem (chuva, névoa, umidade relativa do ar, solo) • temperatura do ar, que pode acelerar as reações químicas • insolação e resfriamento noturno, responsáveis pelos movimentos térmicos • vento e energia cinética, que promovem ação abrasiva sobre as paredes • constituintes do ar e poluentes atmosféricos (gasosos e aerossóis), que condicionam as taxas de ataque químico Alteração de Rochas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • As rochas, ao serem utilizadas na construção civil, serão novamente expostas a diferentes condições ambientais, intempéricas e de uso. • Alterabilidade (Aires-Barros, 1991) é a aptidão da rocha em se alterar em função de: • características intrínsecas: dependentes do tipo e natureza da rocha, do grau de alteração e de fissuramento, da porosidade e da configuração do sistema poroso, etc. Nas rochas ornamentais, também há a influência dos “defeitos” – como microfissuras – gerados no processamento • fatores extrínsecos: relacionados às características ambientais em que ocorre a alteração (temperatura, pH, Eh, umidade, forças bióticas) e do correto dimensionamento, colocação e manutenção. Leva-se a intensidade e o caráter cíclico das variações externas; • tempo • Durabilidade (ASTM, 2005) é a capacidade da rocha em manter a aparência e as características essenciais e distintivas de estabilidade e resistência à degradação ao longo do tempo. Esse tempo dependerá do meio ambiente, do uso e da finalidade da rocha em questão (por exemplo, em exteriores ou interiores). Está fundamentalmente relacionada à conservação. Alterabilidade e Durabilidade de Rochas Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Deterioração, numa definição simples, é o conjunto de mudanças nas propriedades dos materiais de construção no decorrer do tempo, quando em contato com o ambiente natural. Implica a degradação e o declínio na resistência e aparência estética, nesse período (Viles, 1997). • Relativamente às rochas • alteração é considerada qualquer modificação do material, mas não implica necessariamente o empobrecimento de suas características • degradação ou deterioração, por sua vez, é uma modificação do material rochoso que supõe sempre uma degeneração, sob a óptica da conservação • Patologia, em rochas para revestimento, são as degradações que ocorrem durante ou após uma obra, como resultado de procedimentos inadequados de colocação, de limpeza e de manutenção, muitas vezes em decorrência da adoção de critérios incorretos na escolha e dimensionamento da rocha. • Envelhecimento são as que modificações (acomodações naturais) que ocorrem ao longo do tempo, sob condições adequadas de uso e manutenção Deteriorações x Patologias Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • O conhecimento dos mecanismos e da taxa de atuação dos agentes degradadores é muito útil para o estabelecimento de medidas preventivas e de proteção do material rochoso para aumento da vida útil • Com esse intuito, são realizados ensaios de alteração acelerada, em laboratório, que simulam situações potencialmente degradadoras, por meio da exposição da rocha a agentes intempéricos e poluentes atmosféricos (Tabela 1) • Visam conhecer as respostas das características intrínsecas a essas solicitações, bem como determinar mecanismos de degradação Ensaios de Alteração Acelerada Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Ensaios de Alteração Acelerada (cont.) ENSAIO OBJETIVO Intempéries Congelamento e degelo (EN 12371:2001 / ABNT NBR 12.769:1992) Verificação da eventual queda de resistência da rocha (por ensaios mecânicos) após 25 ciclos de congelamento e de degelo. Choque térmico (EN 14066:2003) Verificação da eventual queda de resistência da rocha (por ensaios mecânicos) após simulação de variações térmicas bruscas que propiciem dilatação e contração constantes. Exposição a atmosferas salinas (EN 14147:2004) Simulação, em câmaras climáticas, de ambientes marítimos ricos em sais e potencialmente degradadores e verificação visual das modificações decorrentes. Saturação e secagem Não há norma específica Simulação de intemperismo, realizada pela verificação da eventual queda de resistência mecânica da rocha, após ciclos de umedecimento em água e a secagem em estufa. Intemperismo artificial. Não há norma específica Simulação da exposição ao intemperismo, por ciclos de umedecimento e secagem em câmaras de condensação e radiação de luz ultravioleta. Especialmente indicado para verificação de possível fotodegradação de resinas aplicadas em rochas, a serem usadas em exteriores. •Tabela 1 – Exemplos de ensaios de alteração acelerada (Fonte: Frascá (2004), modificado) (continua no próximo slide) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Ensaios de Alteração Acelerada (cont.) ENSAIO OBJETIVO Ação de Poluentes Exposição a atmosferas de dióxido de enxofre (Frascá 2003) Simulação, em câmaras climáticas, de ambientes urbanos poluídos (umidade e H2SO4), potencialmente degradadores de materiais rochosos,e verificação visual das modificações decorrentes. Cristalização de Sais Ação da cristalização de sais (EN 13919:2002) (Frascá 2003) Imersão parcial de corpos-de-prova em soluções de natureza ácida (ácido sulfúrico) para simulação da cristalização de sais (eflorescências e subeflorescências) na face polida dos ladrilhos. Ação da cristalização de sais (EN 12370:1999) Consiste em número determinado de ciclos de imersão de corpos- de-prova em solução salina e secagem em estufa. Rochas porosas (arenitos, por exemplo) podem se desintegrar antes do final do ensaio. Pouco apropriado para granitos. Limpeza Resistência ao ataque químico (ABNT NBR 13.819/87, Anexo H, modificado) Consiste na exposição, por tempos predeterminados, da superfície polida da rocha a alguns reagentes comumente utilizados em produtos de limpeza, para verificar-se a susceptibilidade da rocha ao seu uso. Manchamento Resistência ao manchamento (ABNT NBR 13.819/87, Anexo G, modificado) Verificação da ação deletéria de agentes manchantes selecionados, de uso cotidiano doméstico e/ou comercial, quando acidentalmente em contato com a rocha. Objetiva à orientação do uso da rocha como tampos de pias de cozinha ou de mesas residenciais ou de escritórios. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • Conservação se refere a qualquer ação para prevenir a degradação de materiais (Feilden, 1994) • A regra principal da conservação é a da mínima intervenção, e a prevenção é a ação mais indicada, devendo ser efetivada por meio de procedimentos adequados de manutenção e limpeza • A preservação enfoca a manutenção do estado já existente, de modo a evitar a continuidade de deterioração porventura instalada. Conservação, Manutenção e Limpeza Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia • A característica comum a todos os exemplos de degradação e patologias mencionados anteriormente é a irreversibilidade, ressaltando, mais uma vez, a importância da prevenção • Parte dela já está contemplada na correta e criteriosa escolha da rocha e na elaboração de projetos arquitetônicos, subsidiados pelas propriedades tecnológicas da rocha especificada e pelos ensaios de alteração adequados ao uso em foco • Como, em muitos casos, a negligência ou a irregularidade na manutenção é a principal causa das deteriorações, é mister o projeto também estabelecer um plano de conservação, contendo os futuros cronogramas de limpeza e manutenção e os custos envolvidos. Conservação, Manutenção e Limpeza (cont.) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.012/03: Rochas para revestimento de edificações: terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. AIRES-BARROS, L. Alteração e alterabilidade de rochas. 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Isaia ABNT Fonte: http://www.abnt.org.br/, consulta em 12/06/2007 NBR 15012/03 - Rochas para revestimento de edificações: terminologia NBR 12042/92 - Materiais inorgânicos - determinação do desgaste por abrasão NBR 12763/92 - Rochas para revestimento: determinação da resistência à flexão NBR 12764/92 - Rochas para revestimento: determinação da resistência ao impacto de corpo duro NBR 12765/92 - Rochas para revestimento: determinação de coeficiente de dilatação térmica linear NBR 12766/92 - Rochas para revestimento: determinação da massa específica aparente, porosidade aparente e absorção d’água aparente NBR 12767/92 - Rochas para revestimento: determinação da resistência à compressão uniaxial NBR 12768/92 - Rochas para revestimento: análise petrográfica NBR 12769/92 - Rochas para revestimento: ensaio de congelamento e degelo conjugado à verificação de resistência à compressão NBR 13707/96 - Projeto de revestimento de paredes e estruturas com placas de rocha NBR 13708/96 - Execução e fiscalização de revestimento de paredes e estruturas com placas de rochas NBR 13818/97 - Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaio Normas Vigentes Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia ASTM (métodos de ensaio) Fonte: http://www.astm.org, consulta em 12/06/2007 C119/06 - Standard terminology relating to dimension stone C97/02 - Standard test methods for absorption and bulk specific gravity of dimension stone C99/87(2000) - Standard test method for modulus of rupture of dimension stone C170/06 - Standard test method for compressive strength of dimension stone D2845/95 – Standard method for laboratory determination of pulse velocities and ultrasonic elastic constants of rocks C1352/96(2002) - Standard test method for flexural modulus of elasticity of dimension stone C1354/96(2004) - Standard test method for strength of individual stone anchorages in dimension stone C 880/06 - Standard test method for flexural strength of dimension stone C241/90(2005) - Standard test method for abrasion resistance of stone subjected to foot traffic C120/06e1 - Standard test methods of flexure testing of slate (modulus of rupture, modulus of elasticity) C121/06 - Standard test method for water absorption of slate C217/94(2004) - Weather resistance of slate Normas Vigentes Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia ASTM (guias e especificações) C1242/05 - Standard guide for selection, design, and installation of dimension stone anchoring systems C1496/01 - Standard guide for assessment and maintenance of exterior dimension stone masonry walls and facades C1515/01 - Standard guide for cleaning of exterior dimension stone, vertical and horizontal surfaces, new or existing C1528/02 - Standard guide for selection of dimension stone for exterior use C406/06e1 - Standard specification for roofing slate C 503/05 - Standard specification for marble dimension stone (exterior) C 568/03 - Standard specification for limestone dimension stone C 615/03 - Standard specification for granite dimension stone C 616/03 - Standard specification for quartz-based dimension stone C 629/03 - Standard specification for slate dimension stone C1526/03 - Standard specification for serpentinite dimension stone C1527/03 - Standard specification for travertine dimension stone Normas Vigentes Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia CEN (métodos de ensaio) Fonte: http://www.cen.eu/cenorm/standards_drafts/index.asp, consulta em 01/03/2007 EN 12440:2001- Natural stone. Denomination criteria EN 12670:2002 - Natural stone. Terminology EN 1925:1999 - Natural stone test methods. Determination of water absorption coefficient by capillarity EN 1926:2006 - Natural stone test methods. Determination of uniaxial compressive strength EN 1936:2006 - Natural stone test methods. Determination of real density and apparent density, and of total and open porosity EN 12372:2006 - Natural stone test methods. Determination of flexural strength under concentrated load EN 12407:2000 - Natural stone test methods. Petrographic examination EN 13161:2001 - Natural stone test methods. Determination of flexural strength under constant moment EN 13364:2002 - Natural stone test methods. Determination of the breaking load at dowel hole EN 13755:2002 - Natural stone. Test methods. Determination of water absorption at atmospheric pressure EN 14146:2004 - Natural stone test methods. Determination of the dynamic elastic modulus of elasticity (by measuring the fundamental resonance frequency) Normas Vigentes Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia CEN (métodos de ensaio - cont.) EN 14158:2004 - Natural stone test methods. Determination of rupture energy EN 14205:2003 - Natural stone test methods. Determination of Knoop hardness EN 14231:2003 - Natural stone test methods. Determination of the slip resistance by means of the pendulum tester EN 14579:2004 - Natural stone test methods. Determination of sound speed propagation EN 14580:2005 - Natural stone test methods. Determination of static elastic modulus EN 14581:2004 - Natural stone test methods. Determination of linear thermal expansion coefficient EN 14157:2004 - Natural stones. Determination of abrasion resistance EN 12370:1999 - Natural stone test methods. Determination of resistance to salt crystallization EN 12371:2001 - Natural stone test methods. Determination of frost resistance EN 13919:2002 - Natural stone test methods. Determination of resistance to ageing by SO action in the presence of humidity. EN 14066:2003 - Natural stone test methods. Determination of resistance to ageing by thermal shock EN 14147:2003 - Natural stone test methods. Determination of resistance to ageing by salt mist Normas Vigentes Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia CEN (requisitos) EN 12057:2004 - Natural stone products. Modular tiles. Requirements EN 12058:2004 - Natural stone products. Slabs for floors and stairs. Requirements EN 13373:2003 - Natural stone test methods. Determination of geometric characteristics on units EN 1341:2001 - Slabs of natural stone for external paving. Requirements and test methods EN 1342:2001 - Setts of natural stone for external paving. Requirements and test methods EN 1343:2001 - Kerbs of natural stone for external paving. Requirements and test methods EN 1467:2003 - Natural stone. Rough blocks. Requirements EN 1468:2003 - Natural stone test methods. Rough slabs. Requirements EN 1469:2004 - Natural stone products. Slabs for cladding. Requirements EN 12326-1:2004 - Slate and stone products for discontinuous roofing and cladding. Product specification EN 12326-2:2000 - Slate and stone products for discontinuous roofing and cladding. Methods of test Normas Vigentes
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