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Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia João Luiz Calmon Dr. Ing.,Departamento de Engenharia Civil Centro Tecnológico Universidade Federal do Espírito Santo 51 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS E AGRÍCOLAS Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Desde a sociedade primitiva, os seres humanos e os animais utilizaram os recursos da terra para a sobrevivência e para o descarte dos resíduos. Nos primórdios, a coleta dos resíduos não era um problema significativo já que a população era muito pequena, as áreas disponíveis quase inesgotáveis e a vida das sociedades existentes muito simples. Não obstante, cabe destacar-se os problemas de saúde pública que teve a Europa no século XIV, quando metade da sua população morreu devido à peste negra, uma grande epidemia devido à falta de gestão dos resíduos. Somente no século XIX, as medidas de controle e gestão de resíduos domésticos e urbanos passaram a ser consideradas de vital importância Introdução Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Introdução No transcorrer dos séculos, a sociedade se tornou complexa com um crescimento populacional significativo – hoje, cerca de 6,8 bilhões de habitantes A sociedade do século XXI tem sistemas complexos de produção industrial e agrícola, o que gera resíduos sólidos, líquidos e gasosos, os quais impactam o sistema físico-ecológico que nos circunda, comprometendo o equilíbrio do planeta. Busca-se um modelo fechado de produção, onde o resíduo gerado num processo de fabricação possa voltar ao mesmo, diminuindo, desta forma, o impacto gerado pela industrialização A indústria de construção civil não foge dessa responsabilidade e incorpora em seus materiais, além de seus próprios resíduos, rejeitos de outras indústrias, contribuindo fortemente com a diminuição de resíduos lançados no ambiente Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Desenvolvimento da pesquisa em utilização de resíduos Desde os primórdios o homem vem incorporando resíduos nos materiais de construção, como aconteceu em sociedades antigas, como a Grécia (cinzas vulcânicas da Ilha de Santorini) e Roma (cinzas do monte Vesúvio); porém de forma empírica Os estudos científicos sobre a utilização dos resíduos iniciou- se em 1974, quando a RILEM lançou um questionário piloto em 13 países, de maneira a explorar a intensidade da pesquisa e extensão da aplicação desses materiais Já em 1975, a RILEM organizou um Simpósio com o intuito de avaliar se o uso de resíduos e subprodutos na indústria da construção poderia contribuir para conservar os recursos naturais utilizados na indústria. Como resultado desse Simpósio, chegou-se à conclusão de que o sucesso na utilização de tais materiais dependeria da capacidade de competir-se economicamente com os materiais naturais Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Desenvolvimento da pesquisa em utilização de resíduos A partir de então, vários outros organismos internacionais se mobilizaram a fim de estudar as propriedades desse “novo material” que surgia e suas propriedades. OECD (1976): enumeração dos tipos de resíduos e subprodutos passíveis de serem utilizados na técnica de construção de estradas, identificação daqueles resíduos mais importantes e a análise da utilização ótima dos resíduos. ASTE (1977): propriedades geotécnicas, aplicação dos resíduos em diques, terraplenagem e aterros, problemas ambientais do uso dos resíduos, estabilizações, entre outros aspectos. ISCOWA (desde 1991): utilização de resíduos e subprodutos industriais no diferentes setores da construção civil, além de questões relacionadas a políticas ambientais e padronização de ensaios específicos. ACI/ CANMET (desde 1983): Congressos realizados a cada 3 anos, aponta para a consolidação do uso de resíduos na construção e mostra o desenvolvimento desse assunto ao longo do tempo Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Desenvolvimento da pesquisa em utilização de resíduos No Brasil, esses estudos foram intensificados a partir da década de 90 em diante. Recomenda-se procurar anais de congressos como: ENTAC, ELECS (ANTAC), CBC (IBRACON), Jornadas Sul-americanas de Engenharia Estrutural, Simpósio EPUSP de Estruturas de Concreto, dentre outros As publicações no nosso país têm caminhado de acordo com os seguintes tópicos: resíduos de vidro e couro, resíduos de borracha EVA, resíduos de borracha de pneu, resíduos de mármore e granito, rejeitos virgens das indústrias cerâmicas, resíduos de polimento de porcelanato, fibras vegetais, cinza de casca de arroz e da castanha-do-pará, resíduos de aditivos químicos, resíduos de escória de ferro-cromo, escórias de aciaria, escórias de cobre, resíduos da indústria de construção e demolição, cinzas pesadas provenientes da queima de carvão, cinzas de estação de tratamento de esgoto. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Conceito e classificação de resíduos sólidos Segundo a NBR 10004 (ABNT, 2004): Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição lodos provenientes do tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face de melhor tecnologia disponível. Há basicamente duas formas de classificar os resíduos: Quanto ao risco à saúde pública e ao meio ambiente (CONAMA) Classe I – perigosos; Classe II A – não perigosos e não inertes e Classe II B – não perigosos e inertes. Quanto à origem do resíduo (OECD) resíduos e subprodutos de mineração; resíduos e subprodutos metalúrgicos; resíduos e subprodutos industriais; resíduos municipais; resíduos e subprodutos agrícolas e florestais. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Conceito e classificação de resíduos sólidos É oportuno apresentar-se uma visão dos macrocomplexos da economia e a sua comunicação com grandes cadeias da construção civil e seus principais produtos. Essa visão pode ser dada por meio da figura a seguir, na qual pode ser vista a geração de resíduos por vários setores e, no final, a busca de um modelo fechado no sentido de retornar os resíduos ao máximo possível para produtos utilizados na construção civil, que é uma grande absorvedora de resíduos. Nessa figura, o leitor pode ainda enxergar para onde caminha a linha de pesquisa de utilização de resíduos e subprodutos industriais. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Mapa dos resíduos segundo a origem: Resíduos e subprodutos de mineração Existem outros resíduos provenientes de mineração e extração não explorados neste quadro, tais como: minério de ferro, taconita, fluorapatita, chumbo-zinco, cobre, ouro, sal de potássio, xisto betuminoso, rejeitos de minas de carvão, outros tipos de lama, etc. (Ver CINCOTTO, 1988; ISCOWA, 1991, 1994, 1997, 2000, 2003, 2006). Outros resíduos de mineração e extração COResíduos originados da flotação resultante dos processos de mineração de ouro. Resíduos de processo de mineração do ouro. Calcário dolomítico AR- Argamassas / TS - Tijolos de Solo Cimento / BP- Blocos de concreto para pavimentação/ BE- Blocos de concreto estruturais e não estruturais / CO- Concretos / CR- Concreto refratário / CAA- Concreto auto- adensável / CA- Concreto asfáltico / AG- Agregados/ IC- Indústria cerâmica / MC- Materiais cerâmicos / CI- Cimentos / PO- Pozolanas. Proveniente da indústria de produção de alumina. Provenientes do beneficiamento de caulim. Provenientes da exploração e beneficiamento de rochas como mármore e granito ORIGEM NO PROCESSO AR, CO AR, CO, CR, AG, IC, MC, PO AR, TS, BP, BE, CO, CAA, CA, AG, MC, CI PESQUISA/UTILIZ. Lama Vermelha Resíduos de caulim Resíduos de rochas ornamentais RESÍDUO Existem outros resíduos provenientes de mineração e extração não explorados neste quadro, tais como: minério de ferro, taconita, fluorapatita, chumbo-zinco, cobre, ouro, sal de potássio, xisto betuminoso, rejeitos de minas de carvão, outros tipos de lama, etc. (Ver CINCOTTO, 1988; ISCOWA, 1991, 1994, 1997, 2000, 2003, 2006). Outros resíduos de mineração e extração COResíduos originados da flotação resultante dos processos de mineração de ouro. Resíduos de processo de mineração do ouro. Calcário dolomítico AR- Argamassas / TS - Tijolos de Solo Cimento / BP- Blocos de concreto para pavimentação / BE- Blocos de concreto estruturais e não estruturais / CO- Concretos / CR- Concreto refratário / CAA- Concreto auto- adensável / CA- Concreto asfáltico / AG- Agregados/ IC- Indústria cerâmica / MC- Materiais cerâmicos / CI- Cimentos / PO- Pozolanas. Proveniente da indústria de produção de alumina. Provenientes do beneficiamento de caulim. Provenientes da exploração e beneficiamento de rochas como mármore e granito ORIGEM NO PROCESSO AR, CO AR, CO, CR, AG, IC, MC, PO AR, TS, BP, BE, CO, CAA, CA, AG, MC, CI PESQUISA/UTILIZ. Lama Vermelha Resíduos de caulim Resíduos de rochas ornamentais RESÍDUO Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Mapa dos resíduos segundo a origem: Resíduos e subprodutos metalúrgicos/ siderúrgicos RESÍDUO ORIGEM NO PROCESSO PESQUISA/UTILIZAÇÃO Escória de alto forno Obtenção de ferro gusa em alto forno a coque Resfr. ao ar: IS, TE, AG, BR, CA Expandida: BE, CO, RO, AL Granulada: BE, BP, CI, AG, BR, PI Escória de Aciaria Nas aciarias, obtidas no processo de fabricação do aço em forno arco elétrico ou sistema LD CS, MA, MC, PI, RA, SD, TE, AG, BR, CL, LF, CI Escória Fe-cromo Em siderúrgicas no forno elétrico de redução. BR, AG, PI, RA, CR Escória de Cobre Processos metalúrgicos IC, IS, TE, AG, AR, BR, CO, FV Escória Manganês Processos metalúrgicos CI Escória Níquel Processos metalúrgicos BR, IC, MC, PO, TE Escória Zinco/chumbo Processos metalúrgicos TE, IC, MC, PG, AG Areia de fundição Obtido em areias aglomeradas utilizadas em moldes de metalúrgica e siderúrgica CO, TE, AG, AR, BT, CI AR- Argamassas IS- Materiais isolantes LM- Lã mineral FV- Fibra de vidro TE- Terraplanagem PG- Pigmentos AG- Agregados AL- Agregados leves CI- Cimentos CO- Concretos CA- Concreto asfáltico CR- Concreto refratário PI- Pisos industriais RO- Rodovias BR- Bases e sub-bases de rodovias e ferrovias RA- Revestimentos asfálticos BE- Blocos de concreto estruturais ou não BP- Blocos de concreto - pavimentação CS- Correção de solos SD- Sistemas de drenagem BT- Bases de Tubulações MA- Manilhas IC- Indústria cerâmica MC- Materiais cerâmicos CL- Cimentos aluminosos CF- Cimentos de alto-forno PO- Pozolanas N ã o F e rr o s o s F e rr o s o s Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Mapa dos resíduos segundo a origem: Resíduos de outros setores industriais RESÍDUO ORIGEM NO PROCESSO UTILIZAÇÃO Cinzas de carvão mineral: Cinzas Volantes Provenientes de centrais termoelétricas a carvão mineral. MV, AD, AR, CP, CC, MC Resíduos de indústrias silico-metálicas Obtida da produção das ligas de ferro-silício em fornos elétricos de redução. PI, AD, AE, CI, AR, CD, CO Resíduos da indústria calçadista – E.V.A Obtido principalmente da produção de chapas usadas na produção de solados, entresolas e palmilhas na indústria de calçados. BE, CL, AL Resíduos de demolição e da construção Resíduos provenientes das atividades da construção civil, ex: Cimento, gesso, argamassas, cal, concreto, cerâmicas, tintas, madeira, aço,plástico, vidro,etc TS, AG, AR, BE, BP, CO, BR Resíduos da ind. coureira Provenientes de diferentes fases do processo de fabricação do couro. AD, MC, PV Resíduos da Indústria de celulose e papel Provenientes do processo de fabricação de celulose Kraft. MC, AR, BE Resíduos da indústria de petróleo Resíduos ou lamas oleosas provenientes dos processos de extração de petróleo. IC Resíduo de fosfogesso Origina-se do processo de fabricação de ácido fosfórico e fertilizantes fosfatados CI, AS, CS, PV, RO, BE Lama da indústria têxtil Indústria têxtil MC, AR, CO MV- Materiais vitrocerâmicos AD- Adição em concretos AR- Argamassa AE- Argamassa para recuperação estrutural CP- Cimentos pozolânicos CO- Concretos CC- Concreto celular MC- Materiais cerâmicos PI- Pisos industriais BE- Blocos de concreto estruturais ou não CL- Concreto Leve AL- Agregados leves TS- Tijolos de Solo Cimento AG- Agregados BP- Blocos de concreto p/ pavimentação RO- Rodovias BR- Bases e sub-bases de rodovias e ferrovias PV- Painéis de vedação IC- Indústria cerâmica CI- Cimentos AS- Cobertura de aterro sanitários CS- Condicionador de solos Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Mapa dos resíduos segundo a origem: Resíduos agrícolas e florestais RESÍDUO ORIGEM NO PROCESSO UTILIZAÇÃO Cinzas de casca de arroz Provenientes da queima da biomassa da casca de arroz em termelétricas. MC, PV, FI, AR, CI, CR, CD, CN, CO, ES Resíduos de Fibras vegetais (côco, sisal, Piaçava, algodão, bambu, Celulose de eucalipto, banana cultivar nanicão, Rami etc). Provenientes das zonas agrícolas de várias regiões brasileiras e processos industriais PV, MC, FI Resíduos da indústria sulcro- alcooleira (vinhaça, bagaço de cana- de açúcar, cinzas da queima de biomassa de bagaço de cana) Provenientes de processos industriais das industriais sucro- alcooleiras. PV, AR, CP, CO, FI, PV Resíduos da indústria de transformação da madeira Provenientes do desdobro e do beneficiamento da madeira. FI, PV CP- Cimentos pozolânicos CI- Cimentos CR- Cimento refratário CO- Concretos CD- Concreto de alto desempenho CN- Concretos pré-fabricados AR- Argamassas MC- Materiais cerâmicos TS- Tijolos de Solo Cimento PV- Painéis de vedação ES- Estabilização físico-química dos solos FI- Fibrocimento. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Mapa dos resíduos segundo a origem: Resíduos urbanos RESÍDUO ORIGEM NO PROCESSO UTILIZAÇÃO Resíduos de vidro Originado nos processos de coleta urbanos PO, SD, AG, FV, BR Resíduos de plástico Provenientes de processos industriais da indústria de plásticos e de resíduos urbanos. AG, CA Resíduos de borracha de pneu Originado nos processos de coleta urbanos seletivos e da disposição inadequada dos resíduos. CM, CE, CN, ED, IS, BR, BE, AG Lodos de estação de tratamento de água Proveniente do processo de tratamento da água em estações e do beneficiamento para utilização. AG Lodos de estação de tratamento de esgoto Proveniente do processo de tratamento de esgoto. MC, PV, BR, PO, AL, CO, AD Cinzas de resíduos orgânicos incinerados Provenientes da incineração de resíduos. Coletados de incineradores CO, MC, TE, AA Cinzas de resíduos de hospitalares Provenientes de processo de incineraçãoAA TE- Terraplanagem SD- Sistemas de drenagem ED- Envelopamento de dutos IS- Materiais Isolantes FV- Fibra de vidro CO- Concretos CA- Concreto asfáltico CM- Concreto de alta resistência ao impacto CE- Concreto de alta resistência à deformação CN- Concreto pré-fabricado AG- Agregados AL- Agregados leves AA- Agregados p/ asfalto CI- Cimentos PO- Pozolanas BR- Bases e sub-bases de rodovias e ferrovias PV- Painéis de vedação BE- Blocos de concreto estruturais ou não MC- Materiais cerâmicos. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Uma abordagem mais completa dos resíduos Após identificados os diversos tipos de resíduos utilizados na construção civil, cabe aqui abordar de forma mais detalhada os seguintes resíduos: Resíduos de rochas ornamentais (indústria de mármore e granito) Dregs, grits e cinzas (indústria de papel e celulose) Escória de aciaria (indústria siderúrgica) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Resíduos de rochas ornamentais Mundialmente foram produzidos, só em 2003, cerca de 75 milhões de toneladas de mármore e granito Os resíduos são gerados durante o desdobramento e o beneficiamento da rocha bruta. Só no Brasil estima-se que sejam gerados 1,6 milhões de toneladas de resíduo por ano. Figura 2 – Operações realizadas no processo de industrialização de rochas ornamentais. (adaptada de SILVA, 1998). RERO – Resíduos de exploração de rochas ornamentais; RDRO – Resíduos de desdobramento de rochas ornamentais; neste texto RSRO utilizado unicamente para a lama abrasiva; RPRO – Resíduos do polimento de rochas ornamentais Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Quadro 6 – Caracterização física e química típica do resíduo da serragem de blocos de granito (Silva, 1998). Resíduos de rochas ornamentais O resíduo de granito é encontrado em forma de lama abrasiva, devendo ser seco e destorroado para poder ser utilizado em materiais de construção Figura 3 – Resíduo destorroado utilizado na produção de materiais de construção (Silva, 1998; Moura et al., 2006a,2006b). Componentes Químicos/ Álcalis (%) Propriedades Físicas Óx. de Magnésio (MgO) 1,99 Massa específica (kg/l) 2,67 Dióx. de Silício (SiO2) 58,86 Área específica (m²/kg) 1295 Óx. de Ferro (Fe2O3) 12,52 % Passando na # 75m 71,7 Óx. de Alumínio (Al2O3) 13,45 Módulo de finura 0,16 Óx. de Cálcio (CaO) 5,10 Diâmetro máximo (mm) 0,3 Óx. de Titânio (TiO2) 0,92 Diâmetro médio (m) 1,2-1,9 Óx. de Sódio (Na2O) 2,20 % Material metálico 39,65 Óx. de Potássio (K2O) 4,81 % Material não metálico 77,0 Equiv. Alcalino em Na2O 5,36 SiO2 + Fe2O3 + Al2O3 84,83 Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Resíduos de rochas ornamentais Mostra-se, nas Figuras 4a e 4b, a morfologia típica de uma amostra da serragem de bloco de granito. No processo de serragem, existem teares que possuem um processo de recuperação da granalha. Assim, pode-se visualizar na Figura 4b, que existe uma amostra que tem uma distribuição de grãos mais uniforme devido ao processo de recuperação. Figura 4a – Morfologia típica de uma amostra de resíduo de serragem de granito. Imagem obtida no microscópio eletrônico de varredura –MEV – ampliação 800 x. Sem recuperação de granalha (Silva, 1998). Figura 4b – Morfologia típica de uma amostra de resíduo de serragem de granito. Imagem obtida no microscópio eletrônico de varredura –MEV –ampliação 800 x. Com recuperação de granalha (Silva, 1998). Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Pesquisas, aplicações e aspectos relevantes sobre a utilização do resíduo de mármore e granito Têm sido apontadas grandes perspectivas de utilização do resíduo principalmente na cadeia produtiva da indústria da construção civil Argamassas e agregados Argamassas de assentamento e revestimento; tijolos de solo-cimento; ladrilhos hidráulicos; agregados de materiais de construção Concretos ladrilhos hidráulicos ou lajotas para piso; blocos estruturais e não- estruturais; blocos intertravados, adição em concretos convencionais, auto-adensáveis e asfálticos; Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Vantagens da utilização do resíduo de mármore e granito O resíduo pode funcionar como fíler ou como substituição de parte de cimento ou do agregado miúdo em blocos de vedação, blocos estruturais e blocos de pavimentação, melhorando a resistência à compressão e tração. Em argamassas, verifica-se diminuição no índice de vazios e absorção de água e aumento da massa específica em função do teor substituído. Os ensaios realizados de durabilidades até o momento apontam favoravelmente para a utilização do resíduo, porém ainda não foi bem estudada em nível microestrutural a questão da granalha contida no resíduo. Com relação às aplicações na cerâmica vermelha, a utilização como aditivo deve ser controlada, pois influi na resistência mecânica dos corpos cerâmicos, devido à formação de fases cristalinas e vítreas no processo de sinterização. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Resíduos da indústria de papel e celulose Os principais resíduos sólidos gerados no processo são as cinzas de biomassa (as leves são coletadas nos precipitadores, e as pesadas se depositam no fundo da caldeira), os dregs, os grits e a lama de cal. Com exceção das cinzas, esses resíduos são gerados nos processos de recuperação de produtos químicos para serem utilizados novamente no processo. Figura 6 – Fluxograma típico da produção de celulose e geração de resíduos (MARTINS, 2006) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Resíduos da indústria de papel e celulose Espécies químicas Cinzas de caldeira de biomassa* Dregs* Grits* Ca 0,27 32,39 34,16 O 15,61 17,94 26,04 Na - 1,15 6,35 Si 3,21 0,79 3,79 Al 0,92 0,38 1,7 S 0,07 0,97 1,6 Mg 0,13 1,39 0,91 Fe (total) 0,65 1,0 1,02 P nd 0,14 0,46 K 0,27 0,15 0,42 Mn - 0,85 0,35 Sr nd nd 0,31 Ti 0,07 - 0,21 Cl nd - 0,14 Perda ao fogo 78,81 42,4 22,55 Quadro 7 – Composição química dos principais resíduos sólidos gerados em uma indústria de celulose – teores expressos em % (massa/massa) (adaptado de Martins, 2006). Figura 7 – Fotografias de resíduos sólidos de uma indústria de celulose. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Resíduos da indústria de papel e celulose Figura 8 – Difratogramas de raios-X de alguns resíduos da indústria de celulose (Martins, 2006). Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Resíduos da indústria de papel e celulose Pesquisas e aplicações na construção civil Traços de argamassas foram experimentados com diferentes teores de adição de cinzas e outros traços com adição de cinzas, dregs e grits (Bandeira, 1996). Incorporação de até 30% de cinzas → desempenho semelhante ao traço de referência na resistência à compressão. O melhor desempenho quanto à resistência à tração por compressão diametral foi o traço com adição de 30% de cinzas e 5% de dregs. Trabalhos realizados por pesquisadores na Suíça avaliaram a aplicação das cinzas leves como substituição à cal na produção de concreto celular. Grits utilizados na estabilização de solos em camadas de pavimentos rodoviários. Outras pesquisas vão desde a fabricação de clínquer e cimentos compostos até a fabricação de cerâmicas e blocos cerâmicos. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: GeraldoC. Isaia Resíduos da indústria de papel e celulose Aspectos relevantes Quando se refere às cinzas, a presença de teores altos de carbono faz com que seja realizado previamente um processo de peneiramento para sua eliminação. Cuidados devem ser tomados na introdução de matéria orgânica em matrizes cimentícias, devido à perda ao fogo ser alta. Quanto aos dregs e grits, a presença de óxidos de cálcio e magnésio podem trazer problemas quanto à durabilidade do concreto e sua estabilidade dimensional. A incorporação desses resíduos junto com materiais pozolânicos reduzirá esse efeito negativo, já que uma das propriedades pozolânicas é o consumo do hidróxido de cálcio gerando silicato de cálcio hidratado, melhorando a microestrutura da matriz Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas •Processo siderúrgico e a geração de escória (ferro-gusa) Figura 9 – Representação esquemática da produção do ferro- gusa e processos de produção do aço, com suas respectivas etapas de geração de escórias. (Masuero, 2001). Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas Figura 10a – Pote de escória (LEITE et al., 1999) Figura 10b – Vertido da escória no pátio de escória. (LEITE et al., 1999) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas Escória de aciaria No processo de beneficiamento da escória, ela é resfriada e, então, processada em uma planta de britagem apropriada. A fração metálica é separada e classificada em faixas granulométricas comerciais. Existem basicamente três métodos de resfriamento da escória: ao ar, controlado com água e brusco com água ou ar. O primeiro é mais utilizado para escórias de aciaria, e o último para escórias de alto forno. Ao ser resfriada, a escória sofre um choque térmico, uma fragmentação dos seus blocos, gerando um material denominado escória bruta de aciaria, cuja granulometria varia entre 0 e 500 mm (ver Figura 11a). As faixas granulométricas que se obtêm por meio de resfriamento variam com o processo utilizado. A Companhia Siderúrgica de Tubarão experimenta vários processos de resfriamento, tais como: resfriamento ultra-lento resfriamento lento, rápido e ultra-rápido. Figura 11a – Escória bruta de aciaria (LEITE et al., 1999) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas Escória de aciaria A escória bruta é processada na planta de beneficiamento, onde são separadas e classificadas a fração metálica e a escória. Uma vista da planta de beneficiamento é apresentada na Figura 11b. Assim, a escória é classificada granulometricamente em frações de 0 a 12, 5 mm; 12,5 mm a 25 mm; 25 mm a 62,5 mm e de 62,5 mm a 200 mm, respectivamente escória 1, 2, 3 e 4. Na Figura 12, apresenta-se da esquerda para direita a escória 1, 2 e 3 Figura 11b – Planta de beneficiamento (LEITE et al., 1999) Figura 12 – Escória LD processada e classificada (LEITE et al., 1999) Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas Escória de aciaria As características químicas e mineralógicas das escórias dependem da matéria-prima usada; dos diferentes processos de produção, de resfriamento e de cura da escória Quadro 8 – Intervalo da composição química das escórias em diferentes processos Processo Tipo de Escória Fe total Fe2+ CaO total CaO livre SiO2 MgO MnO P2O5 Conversor a oxigênio (BOF ou LD) Oxidante 14,0 - 26,0 8,4 - 15,6 40,0 - 50,0 0,0 - 7,0 9,0 - 16,0 1,0 - 9,6 3,0 - 8,0 0,0 - 5,0 Forno Elétrico (EAF) Oxidante 15,0 - 17,0 9,8 - 15,7 28,0 - 40,0 1,4 12,0 - 26,0 6,4 - 18,0 3,0 - 9,3 - Redutora 0,0 - 5,0 ND 47,6 - 51,0 ND 19,7 - 27,0 1,0 - 2,0 - Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas Pesquisas e aplicações da escória de aciaria Existe uma ampla gama de estudos para aplicação desses resíduos, tais como: agregado para concreto, material vitro- cerâmico, reutilização em processos siderúrgicos, lastro ferroviário, estruturas de contenção, aterros, fertilizante e corretivo de solo, adição ao cimento, indústria de cimento, pavimentação, entre outros. Utilização na pavimentação O uso em pavimentação é a aplicação mais difundida em diferentes países. A escória de aciaria pode ser usada em todas as camadas do pavimento. Com os agregados de escória podem-se produzir bases e sub- bases de pavimento. Utilização de escórias como lastro ferroviário As escórias de aciaria têm melhores propriedades que agregados naturais comumente usados em vias férreas, pois possuem alta resistência à abrasão. (ver Machado, 2000; Masuero, 2001). Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas Pesquisas e aplicações da escória de aciaria Utilização em obras de contenção, obras hidráulicas e aterros A escória de aciaria pode ser utilizada em obras de contenção de terra, estabilização de encostas, proteção de taludes, drenagem, construções fluviais e aterros. Essa aplicação consome cerca de 15% da escória de aciaria gerada no Brasil. Porém, seu uso deve ser evitado nas proximidades de mananciais de água potável Incorporação na fabricação do cimento Apesar de existirem possibilidades e ser uma aplicação muito atrativa, a utilização da escória de aciaria com matéria-prima para o clínquer é limitada porque sua composição química não atende aos teores de CaO, MgO, Al2O3, Fe2O3 e SiO2 para tal finalidade. É uma aplicação que carece de pesquisa e tecnologia no Brasil para sua utilização como tal (ver Machado, 2000; Masuero, 2001). É um cimento com baixo custo energético, alta resistência à abrasão, baixo calor de hidratação e ganho de resistência ao longo do tempo (esse é o comportamento do cimento de alto forno). Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Escórias siderúrgicas Pesquisas e aplicações da escória de aciaria Utilização em concretos e argamassas Lima (1999) utilizou a escória proveniente de aciaria forno elétrico como agregado miúdo e graúdo. Avaliando a resistência à compressão e a resistência à tração na flexão, encontraram-se resultados superiores para os concretos que utilizaram a escória como agregado miúdo em relação ao concreto de referência. Nos concretos com a escória como agregado graúdo, verificou-se que esses concretos possuem resistência superior aos que utilizam a escória como agregado miúdo, dentro de determinada faixa de resistência. Masuero (2001) estudou a estabilização das escórias de aciaria a forno elétrico com vistas à sua utilização como substituição ao cimento. Nessa pesquisa, foram analisadas as influências do teor de substituição tanto no desempenho mecânico, como nos aspectos ligados à durabilidade das argamassas. As conclusões foram favoráveis do ponto de vista mecânico e, com relação à durabilidade, avaliaram-se as argamassas quanto à absorção de água, ataque por cloretos, carbonatação e ataque por sulfatos. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia A indústria cerâmica e sua capacidade de absorver resíduos de outros setores industriais e agrícolas Para concluir-se um tema de tamanha importância como o de resíduos sólidos industriais e agrícolas na indústria da construção civil, cabe destacar-se a capacidade de a indústria cerâmica, grande participante na cadeia produtiva da construção,absorver os resíduos. A indústria cerâmica tem um importante destaque quando se fala de reciclagem de resíduos industriais e urbanos, pois apresenta elevado volume de produção que possibilita o consumo de grandes quantidades de rejeitos. As características físico- químicas das matérias-primas cerâmicas e as particularidades do processamento cerâmico fazem a indústria cerâmica, inserida nas cadeias do macrocomplexos da construção civil, ser uma grande opção para reciclagem de resíduos sólidos. São vários os resíduos industriais que podem ser absorvidos pela indústria cerâmica e praticamente todos os resíduos urbanos podem ser incorporados nas formulações cerâmicas após um tratamento adequado. Segundo Menezes, Neves e Ferreira (2002), em função das características e influência sobre as propriedades das formulações cerâmicas, podem-se agrupar os resíduos sólidos, quando absorvidos pela indústria cerâmica, em redutores de plasticidade, fundentes, combustíveis, cinzas volantes, resíduos de incineração de rejeitos urbanos e resíduos radioativos. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Considerações finais Verifica-se que as pesquisas em desenvolvimento não deixam de estar buscando o tão sonhado modelo do ciclo fechado peça importantíssima do desenvolvimento sustentável. Mediante apreciação das pesquisas e dos estudos, percebe-se que o grande desafio seja, realmente, em todos os estudos, perseguir-se a idéia contida na metodologia de pesquisa e desenvolvimento para reciclagem de resíduo no sentido de transformar-se o que é resíduo hoje em produtos passíveis de serem comercializados e de novo inseridos no processo produtivo Não é possível esquecer-se que, se o meio técnico e científico não conseguir estabelecer normas técnicas para cada aplicação dos diferentes resíduos aplicados em produtos da construção civil, torna-se difícil a confiabilidade dos projetistas, construtores e consumidores no sentido de usarem efetivamente os produtos. Visualiza-se, atualmente, que a maioria dos estudos e das pesquisas está numa fase de pesquisa básica, aplicada e em desenvolvimento experimental (protótipos), mas não conseguiu, efetivamente, alcançar a categoria de produtos. Na mente dos pesquisadores, necessita-se incorporar uma maior consciência de que se deve saltar da pesquisa aplicada e/ou protótipo para o desenvolvimento do produto e processo, tarefa esta que vai necessitar de engenheiros de produção e outros profissionais. Livro: Materiais de Construção Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia Referências Bibliográficas AMERICAN SOCIETY OF CIVIL ENGINEERINGS (ASCE). Proceedings. Conference on Geotechnical Practice for Disposal of Solid Waste Materials. ASCE. Ann Arbor, Michigan, 1977. AÏTCIN, P-C. Cements of yesterday and today. Concrete of tomorrow. Cement and Concrete Research. v. 30, n. 9, p. 1349-1359, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos sólidos. Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ______. NBR 10005: Lixiviação de Resíduos – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ______. NBR 10006: Solubilização de Resíduos sólidos – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ______. 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