Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

- -1
TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E 
URBANISMO I
OS PRIMEIROS ASSENTAMENTOS URBANOS 
E A ORIGEM DAS ARQUITETURAS GREGA E 
ROMANA
Paula Scherer
- -2
Olá!
Você está na unidade Os primeiros assentamentos urbanos e a origem das arquiteturas grega e romana.
Conheça aqui as primeiras civilizações urbanas e sua organização, além dos avanços construtivos dos povos
gregos e romanos. Vamos explorar as características do urbanismo e da arquitetura grega arcaica, clássica e
helenística, além do surgimento da polis grega, que exerceu influência sobre o urbanismo atual, inclusive, será
retratado na unidade. A civilização romana também merece destaque, tendo absorvido conhecimentos de vários
povos, realizou arquitetura e urbanismo memoráveis.
Bons estudos!
- -3
1 Surgimento das cidades: os primeiros assentamentos 
urbanos
A transição da pré-história para a história foi marcada pela . Além disso, outrosdescoberta da escrita
acontecimentos relevantes foram o desenvolvimento da agricultura, surgimento das primeiras cidades e
organização da sociedade em classes. Essas transformações são acontecimentos importantes da revolução
urbana (OLIVEIRA, 2016).
Conforme Benevolo (2012), o cultivo de cereais e frutos em terrenos úmidos proporcionava grandes colheitas,
que poderiam ser melhoradas com a irrigação de terrenos cada vez maiores. Parte dos viveres seria usada em
trocas comerciais e grandes trabalhos coletivos. Assim, se iniciava uma nova economia: produção agrícola,
concentração de excedentes nas cidades e aumento da população e produtos obtidos pelo domínio da cidade
sobre o campo.
A planície aluvial banhada pelos Rios Tigre e Eufrates, chamada Mesopotâmia, era organizada de forma que o
excedente ficava com os governantes das cidades, que eram representantes do . Além disso, elesdeus local
recebiam parte dos rendimentos de terras comuns e despojos de guerras, administrando as provisões
alimentares para a população (BENEVOLO, 2012).
No terreno se estabeleciam sinais dessa administração, conforme Benevolo (2012):
canais para distribuir água nas terras e transportar produtos e matérias primas;
muros ao redor da cidade para proteção;
armazéns com tabuinhas escritas em caracteres cuneiformes;
templos dos deuses e pirâmides em degraus em tijolos e argila.
- -4
1.1 Ur – Mesopotâmia
A cidade sumeriana de Ur, no início do II milênio a.C., já media cerca de 100 hectares e abrigava dezenas de
milhares de habitantes. Assim como outras cidades sumerianas, era circundada por muro e fosso para defesa.
Além disso, . Na cidade, os templos se diferenciamo muro excluía o ambiente natural do ambiente da cidade
das casas comuns por terem massa maior e mais elevada: compreendiam santuário, torre observatório
(zigurate), laboratórios, armazéns e lojas (BENEVOLO, 2012). A torre observatório pode ser vista na figura
“Grande zigurate de Ur”.
Figura 1 - Grande zigurate de Ur
Fonte: Peter Sobolev, Shutterstock, 2020.
 #PraCegoVer: A imagem mostra o Grande zigurate de Ur, um dos mais bem preservados da Mesopotâmia. Está
situado em uma paisagem aberta, perto da base aérea de Ali, no Iraque.
Escavações arqueológicas mostram que a cidade de Ur possuía habitações com e áreas deplanta ortogonal 
estar ao redor de pátios centrais. Isso permitia ventilação para a casa. Ademais, o terreno da cidade era dividido
em propriedades individuais, enquanto que o campo era gerido por divindades (OLIVEIRA, 2016).
- -5
1.2 Nínive – Mesopotâmia
Nínive, outra cidade da Mesopotâmia (hojeIraque), está situada no seio de uma fértil região no coração da
Assíria. Ademais, fica no mais frequente ponto para a travessia do Tigre. Atualmente, Nínive corresponde à
cidade de Mossul. Entretanto, a cidade atual fica de um lado do Rio Tigre (no oeste), em contrapartida da cidade
antiga.
Não existem estudos detalhados da superfície da cidade de Nínive. O que se sabe tem por base principal a
sondagem profunda do templo de Ishtar. Os níveis mais antigos são representados por cerâmica pintada
calcolítica, seguida por camadas repletas de selos cilíndricos e massas de “tigelas de rebordo biselado”, além de
outros artefatos (THOMPSON; HAMILTON, 1932; MALLOWAN, 1933; apud LEICK, 2001).
No apogeu do império neo-assírio, a história da cidade é bastante ligada aos reis existentes. As constantes
campanhas militares e movimentos de tropas e povos tornaram esse período caracterizado por rápidas
. As cidades tornaram-se sedes simbólicas de um período multinacional. Ao mesmo tempo, aindamudanças
portavam santuários e uma elite aristocrática conservadora (LEICK, 2001).
Senaqueribe (705 a.C. a 681 a.C.) foi um rei nessa época. Quando ele mudou para Nínive todo seu aparato
administrativo, concebeu também um novo palácio, chamado “palácio sem rival”, cujas dimensões eram o dobro
da de seu antecessor, Sargão. Todos os seus empreendimentos mostravam pragmatismo combinado com senso
de deveres representativos e simbólicos da realeza. Ademais, buscava realizar uma para acapital sustentável
grande população, revelando incontestável conhecimento de planejamento urbano (LEICK, 2001).
Senaqueribe desenvolveu obras de engenharia hidráulica na cidade, que ampliaram o solo arável. Ele também
restaurou templos de Nínive e construiu as famosas (LEICK, 2001).muralhas da cidade
A cidade, entretanto, foi incendiada em 612 a.C., poucos anos após a morte do rei Assurbanipal. Foi atacada por
povos medos, apoiados por caldeus e sussianos. O próprio tamanho da cidade colaborou contra sua defesa,
sendo que existia um número excessivo de portões, facilitando ataques concomitantes (LEICK, 2001).
- -6
1.3 Mohenjo Daro – Vale do Indo
O Vale do Indo, hoje Paquistão, recebeu seus primeiros habitantes por volta de 6000 a.C., das montanhas a oeste.
Há pistas de uma contínua até seu apogeu, tendo desaparecido por volta de 2000 a.C. a 1500 a.evolução cultural
C. com invasão dos árias (TINOCO, 1992).
No Vale do Indo se localizava a cidade de Mohenjo Daro e, conforme Goitia (1977), foi construída por volta de
3000 a.C. Ela possui três ruas principais na direção norte-sul e outra perpendicular a elas que cortavam um 
que faziam parte de um núcleo primitivo. As escavações revelaram que a complexo de pequenas ruelas cidade
, com casas construídas de ladrilho e adobe, e ruas pavimentadas, existindo sistema paraera bem-sucedida
escoamentos de águas e balneários públicos.
A cidade englobava duas zonas características. Essas zonas, a alta e a baixa, possuíam traçado consideravelmente
regular quando comparadas às cidades primitivas, como pode ser visto na imagem “Sítio arqueológico de
Mohenjo Daro”.
Figura 2 - Sítio arqueológico de Mohenjo Daro, localizado na Província de Sinde, no Paquistão
Fonte: suronin, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer a imagem mostra as ruínas de construções em tijolos, em Mohenjo Daro.: 
O traçado da cidade era muito menos irregular do que as cidades que cresceram perto do mar Egeu antes das 
. Uma explicação é que tais cidades ficavam em terrenos muito mais acidentados, sendoinvasões dóricas
necessário limitar-se à topografia existente (GOITIA, 1977).
- -7
1.4 Ilhaun – Egito
No Egito, cujos registros arqueológicos revelam uma civilização formada a partir do IV milênio a.C., os
documentos encontrados nas primeiras tumbas reais evidenciam que, diferente do que acontece na
Mesopotâmia, o soberano no poder era considerado um deus, e não seu representante. Ele era quem garantia
fecundidade da terra. Assim, o faraó tinha domínio do país inteiro e recebia .grandes excedentes de produtos
Para tanto, com os recursos, constrói obras públicas, cidades, templos e, sobretudo, sua tumba monumental. A
tumba simbolizava sua sobrevivência além da morte e garantia que seu corpo seja conservado (BENEVOLO,
2012).
Cidade divina
No Egito é evidente o contraste entre duas realidades. Os monumentos são dispostos como
uma cidade independente, divina e eterna. foi construída com pedra, paraA cidade divina
permanecerimutável. Ela é povoada por prismas, pirâmides, obeliscos, ou estátuas
gigantescas, como a grande esfinge. É habitada pelos mortos, que estão cercados de todos
os bens necessários para a vida eterna (BENEVOLO, 2012).
Cidade dos
vivos
A cidade dos vivos foi feita com tijolos, o que inclui os palácios dos faraós no poder.
Entretanto, os operários empregados na construção das pirâmides e templos ficavam com
suas famílias em acampamentos temporários junto aos monumentos (BENEVOLO, 2012).
Organização
A cidade de Illahun (atual Kahun), no Egito, é um dos exemplos mais antigos de
organização residencial que conhecemos. Tinha características bastante regulares, com um
traçado geométrico, que reunia moradias em organizações retangulares separadas por
ruas estreitas. O objetivo dessas ruas era facilitar o acesso para as pequenas casas e
conduzir águas pluviais e sujas (GOITIA, 1977).
As casas eram habitações em redor de um pátio fechado, quase sempre muito pequenas. Mas podiam ser de
tamanhos variados, conforme a . A cidade, de forma geral, era organizada por umhierarquia dos ocupantes
retângulo fechado entre muros e protegido por um fosso. A vida, para tanto, se desenvolvia em pequenos pátios
e terraços, pelos quais se subia por escadas de localização facilmente identificável (GOITIA, 1977).
As edificações residenciais eram construídas de forma simplória: com adobe (tijolo de terra crua), possuindo
terraços feitos de madeira e cana amassadas com barro (GOITIA, 1977).
- -8
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/398829bc90c2e26a360f97ba9b8b2579
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/398829bc90c2e26a360f97ba9b8b2579
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/398829bc90c2e26a360f97ba9b8b2579
- -9
2 A arquitetura grega: períodos arcaico, clássico e 
helenístico
Nos períodos arcaico, clássico e helenístico, as primeiras cidades da Grécia se organizavam e, com elas, foi 
. A Grécia antiga era formada por uma mistura de povos, e foi no período arcaicodesenvolvida a arquitetura
que a Grécia começa a conectar suas cidades e desenvolver construções mais sofisticadas.
- -10
2.1 Períodos arcaico e clássico
O período arcaico da Grécia antiga abrange de VIII a.C. a VI a.C. O período clássico se iniciou por volta de V a.C. e
se estendeu até IV a.C.
A fase arcaica teve início com os crescimentos dos genos e uma organização social, política e cultural melhor
elaborada. Foram os genos que deram origem às polis, que eram cidades-estados independentes (OLIVEIRA,
2016).
A origem da polis grega ocorreu em uma colina onde se refugiavam habitantes do campo. Mais tarde, houve a
extensão do povoado, sendo fortificado por um cinturão de muros. Dessa forma houve uma evidente
diferenciação entre a , que era onde ficavam os templos dos deuses, servindo tambémcidade alta ou acrópole
como refúgio de moradores; e a , onde ficavam os comércios e relações civis. Entretanto, acidade baixa ou astu
comunidade citadina funcionava sob um regime único (BENEVOLO, 2012).
Os templos gregos do período eram construídos em cima de uma plataforma elevada, em que o degrau mais alto
foi nomeado estilóbato(a). O santuário era contornado por uma sequência de colunas chamadas peristilo ou
colunas perípteras, e a área central era constituída de: vestíbulo ou pronaos, cella ou naos e o alpendre traseiro
nomeado opistódomo (OLIVEIRA, 2016), como pode der visto na figura “Planta básica do templo grego”.
Figura 3 - Planta básica do templo grego
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra a planta baixa de um templo grego com opistódomo, naos/cella e pronaos.
Também é possível observar a presença de estilóbato e colunas laterais/pteron.
- -11
Com o tempo, os templos se devolveram, entretanto, alguns elementos permaneceram, como é o caso do
peristilo, pronaos, naos e opistódomo. Ademais, conforme Benevolo (2012), os templos aparecem com perfil
, afastados de outros edifícios. Eles eram construídos com muros e colunas de pedra, quedominante na cidade
sustentam as arquitraves e traves de cobertura.
Conforme Norbeg-Schulz (2001), os templos deveriam ser edificados em estilos diferentes, como defende
Vitrúvio. Dessa forma, , com força e beleza. Já a coluna dórica expressava a proporção do corpo do homem a
, sendo seu capitel com ornamentos de volutas que expressamcoluna jônica representava a esbeltez feminina
os cabelos graciosos.
A parte externa do templo é estruturada em três elementos: cobertura, entablamento e coluna. A cobertura
abrange telhado e frontão. O entablamento é representado por tudo o que se apoia na coluna, sendo formado por
três elementos horizontais: arquitrave, friso e cornija. A coluna, por sua vez, é formada de fuste e capitel (e, por
vezes, base). O capitel apoia os blocos de pedra da arquitrave (OLIVEIRA, 2016).
A ordem dórica, como mostra a figura “Templo com ordem dórica”, foi criada primeiro, e era mais robusta. Além
disso, seu friso poderia ser constituído de tríglifos e métopas.
Figura 4 - Templo com ordem dórica
Fonte: Linguist, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagerm retrata o Templo de Hefesto, com robustas colunas dóricas que sustentam o
entablamento e a cobertura do edifício. A fotografia foi tirada de baixo para cima, em direção à parte superior do
templo.
Já , como mostra a figura “Ruínas de templo grego em ordem jônica”, representava, de formaa ordem jônica
geral, , além de portar uma base para a coluna e um fuste com maior quantidade de caneluras.maior delicadeza
- -12
Figura 5 - Ruínas de templo grego em ordem jônica
Fonte: EnricoAliberti ItalyPhoto, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a imagem retrata uma imagem frontal das ruínas do Erechteion, templo da Acrópole de Atenas. 
São evidentes seis colunas de ordem dórica, que sustentam ruínas de um entablamento.
- -13
2.2 Período helenístico
O auge da arquitetura clássica em Atenas, com as magníficas construções da Acrópole, terminou com a Guerra de
Peloponeso (431 a.C. até 404 a.C.). A guerra trouxe por consequência o enfraquecimento econômico e político da
Grécia. A união só voltou a ser instaurada no reinado de Alexandre, período marcado por grande intercâmbio de
valores e tradições (OLIVEIRA, 2016).
Diferente da arquitetura grega clássica, a helenística da época assumiu uma escala correspondente às 
. Portanto, se afastava do caráter tradicional e de simplicidade, tornando-se monumentaldimensões do império
e associada às proporções matemáticas. É exuberante e pomposa. Para tanto, a maior quantidade de
ornamentação conferia um , sendo que nos templos clássicos nenhuma das fachadas seperfil encenado
destacava em relação às outras (OLIVEIRA, 2016).
No templo de Apolo de Bassae (450 a.C. a 425 a.C.) encontra-se a coluna de ordem coríntia, a mais antiga que
existe. A ordem coríntia teve origem no período helenístico. Nesse templo, conforme Gympel (2001, p.10):
[...] as naves laterais despareceram totalmente, fazendo recuar as colunas até junto das paredes,
estando ligadas a estas por meio de espigões de pequenas dimensões. Estes últimos serviam para
apoiar as paredes da cella, para as quais tinha sido transferida a função de suporte. As colunas
passaram a ter função meramente decorativa e, na realidade, já nem eram colunas verdadeiras,
apenas um revestimento dos topos dos espigões. A decoração veio a sobrepor-se ao realce dos
elementos construtivos.
Para Norbeg-Schulz (2001), , como propõe Vitrúvio, representava a imagem sutil de umaa ordem coríntia
adolescente, possuindo , que pode ser vista na figura “Coluna de ordem coríntia”.ornamentação mais graciosa
- -14
Figura 6 - Coluna de ordem coríntia
Fonte: Aliaksei Zykau, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer a imagem mostra uma coluna de ordem coríntia, com ampliação de seu capitel, à direita. É:
possível observar, no capitel, a graciosidade dos detalhes dasfolhas de acanto.
Segundo estudiosos como Summerson (2006, apud Henning, 2010), a ordem coríntia é uma variação da ordem
jônica. Além disso, traz um capitel elaborado e de forma cônica, esculpido para reproduzir folhagens de acanto.
Costuma, ademais, estar associada a cornijas elaboradas com relevos e . Segundo oelementos escultóricos
autor, Serlio defendia que é adequada para igrejas mais femininas, como as dedicadas à Virgem Maria.
Na fase helenística também houve alterações na arquitetura do teatro. Na Grécia clássica, ele era composto de:
orquestra, arquibancada e palco. Havia uma construção de um andar chamada proscênio, onde eram colocados
os cenários. A ação acontecia somente na orquestra. No século II a.C., os atores passaram a ganhar mais destaque
e se apresentavam separados do coro. O telhado do proscênio, então, se transformava em um piso para a
atuação. Os cenários passaram a ficar atrás do proscênio, em um andar mais elevado (HENNING, 2010).
O é um exemplo de teatro grego, sendo construído por volta de 350 a.C. – 330 a.C. Foi umTeatro de Epidauro
dos mais amplos da época, media 112 m de diâmetro, podendo portar 14.000 telespectadores em 55 degraus
que ficavam encostados em uma colina. Sua acústica era muito eficiente, sendo que o teatro ainda é utilizado
(HENNING, 2010).
Algumas das principais características da arquitetura helenística são:
- -15
inspiração na arquitetura clássica;
ornamentação pomposa;
escala monumental;
religiosidade passa a ser menos importante;
aparecimento do arco e abóbada;
criação da ordem coríntia.
O período helenístico na Grécia teve seu declínio com o domínio do Império Macedônico pelo Império Romano. O
Império Macedônico era muito extenso, graças à expansão desenvolvida por Alexandre o Grande. Entretanto, a
divisão política instaurada após a morte de Alexandre permitiu a conquista do império pelos romanos, entre os
séculos I e II a.C.
- -16
3. O urbanismo clássico
As cidades do período clássico da Grécia, como Atenas, são caracterizadas pela existência de uma cidade baixa,
dedicada ao centro cívico e comercial da cidade, e de uma cidade alta, onde ficavam os templos e monumentos.
Além disso, a era mais importante do que a obtenção de uma grande quantidadequalidade das cidades 
populacional. Assim, quando havia muitos habitantes, parte da população deveria se mudar para outro local, pois
se buscava uma cidade ideal.
- -17
3.1 A organização da polis grega
Como já foi citado anteriormente, conforme Benevolo (2012), a polis grega se distinguia em cidade baixa ( ) eastu
cidade alta ( ). Na ficavam o centro cívico e o comercial da cidade, com área pública paraacrópole cidade baixa 
debates, comércio e teatro. Na eram implantados o centro administrativo e o religioso, com temploscidade alta
e monumentos.
Ademais, de acordo com o autor, os órgãos fundamentais para o funcionamento dessa cidade são três.
Lar comum
Era dedicado ao deus protetor da cidade. Possuía um altar com fosso cheio de brasas, além de cozinha e uma ou
mais salas para refeição. Ali, também, se recebiam os hóspedes estrangeiros.
Conselho (bulé)
Era direcionado para nobres ou funcionários que representavam a assembleia dos cidadãos.
Assembleia dos cidadãos
(Ágora) Se reunia para ouvir decisões de chefes ou para deliberar. A reunião era realizada na praça do mercado
ou em um local ao ar livre destinado para tal. Em Atenas, por exemplo, esse local era a colina de Pnice.
No urbanismo da polis grega a população é reduzida, principalmente por uma opção política. Quando há muitos
habitantes, organiza-se uma expedição para criar uma . Egina, que era uma cidade rica ecolônia distante
formosa, tinha apenas 2.000 moradores (BENEVOLO, 2012).
Hipódamo de Mileto desenvolveu a teoria de uma cidade ideal para 15.000 habitantes. Deveria ser dividida em
três classes: artesãos, agricultores e militares. Também deveria ser separada em três partes: sagrada, pública e
. Planejou, inclusive, moradias unifamiliares com os principais ambientes voltados para a orientação sul.privada
Hipódamo, a partir dessa concepção, projetou as cidades de Mileto e Rodes, portadoras de traçado geométrico
(OLIVEIRA, 2016).
Quanto ao organismo da cidade, o era identificado em quatro fatos, comonovo caráter de convivência civil 
explica Benevolo (2012):
A , sem zonas fechadas. Podia ser circundada por muros, mas não subdividida em cidade era um todo único
recintos secundários, como as cidades orientais. As moradias possuíam a mesma arquitetura e eram distribuídas
livremente pela cidade, sem formarem bairros reservados;
- -18
O espaço da : áreas privadas, onde ficavam moradias; áreas sagradas, para os temploscidade possuía três zonas
de deuses; e áreas públicas, para reuniões políticas, comércio, teatro e jogos esportivos, por exemplo. No
panorama da cidade os templos se destacavam, entretanto, mais pela qualidade arquitetônica do que pela
dimensão;
A cidade formava um inserido na natureza e ligado a ela de forma sutil. A cidade respeitavaorganismo artificial
as linhas gerais da paisagem natural, interpretava a natureza e integrava-a com a arquitetura. A regularidade do
templo, por exemplo, quase sempre compensava a irregularidade e desordem dos arranjos naturais ao seu redor;
O organismo da cidade se desenvolveu, mas alcançava uma , que era preferível nãodisposição estável
desordenar com mudanças parciais. O crescimento populacional gerava um novo organismo. A cidade velha é
nomeada paleópole e a nova neópole.
- -19
3.2 Características das cidades clássicas - Atenas
No período clássico, as ruas da Grécia obedeciam a um padrão de cerca de quatro metros de largura, assim,
mantinham uma relação próxima com as moradias. Entretanto, com o maior número de circulação, as ruas
passaram a ter entre seis e sete metros (OLIVEIRA, 2016).
Atenas foi uma cidade grega que alcançou seu auge no período clássico. A grande Atenas se formou quando
habitantes de centros menores da Ática foram persuadidos por Teseu a se concentrarem em torno da acrópole,
como diz a lenda. O centro da nova aglomeração era a depressão ao norte da Acrópole e do Areópago, onde se
formava a . O tribunal se estabeleceu na colina do Aerópago. Alguns dos santuários, como o de Dionísio, seÁgora
estabeleceram na vertente sul. Para tanto, desenvolveu-se um organismo diferenciado, onde cada elemento era
utilizado para uma função específica. A cidade, porém, serviu para unir os serviços, era o centro político,
comercial e religioso (BENEVOLO, 2012).
A cidade foi destruída em 475 a.C., em virtude da invasão persa. Já no governo de Péricles, a Acrópole foi
praticamente refeita. Os edifícios destruídos ou antigos de Atenas foram conservados e/ou conviviam com os
novos. Natureza e história eram mantidas presentes e serviam de base para o desenvolvimento da cidade. A
presença humana na natureza se sobressaía pela sua qualidade e não quantidade, e o cenário urbano
 na medida do homem (BENEVOLO, 2012).permaneceu edificado
Entretanto, no fim da idade clássica, Atenas ficou em ruínas, sendo povoada apenas em uma pequena parte
central, em torno da Acrópole e da Ágora romana (BENEVOLO, 2012).
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/9802ec7c3877eac4637358beacde8fad
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/9802ec7c3877eac4637358beacde8fad
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/9802ec7c3877eac4637358beacde8fad
- -20
4 A arquitetura romana
A arquitetura romana foi expressiva tanto em prédios públicos, como templos e anfiteatros, quanto em
moradias, como é o caso das e Os romanos adquiriram conhecimentos de arquitetura edomus insulae.
engenharia de povos como os gregos e os etruscos, o que fez com que Roma desenvolvesse construções que
eram pioneiras no uso de várias tecnologias da época.
4.1 Residências romanas
Conforme Benevolo (2012), nacidade de Roma, até o século III d.C., viveram de 700.000 a 1.000.000 de
habitantes. Os Catálogos Regionais identificaram que, no fim do século III, havia 1.790 domus e 44.300 insulae.
De acordo com o autor, as eram as moradias individuais de um ou dois andares, fechadas na partedomus 
externa e abertas para ambientes internos. Compreendiam ambientes agrupados ao redor de um atrium e do
peristilum, com área de cerca de 800 a 1000 metros quadrados.
Já as são construções de vários andares e coletivas, com área de 300 a 400 metros quadrados. Possueminsulae 
muitos cômodos iguais, e os andares térreos são destinados a lojas ( ) ou a habitações nobres, tambémtabernae
chamadas de domus. Os andares superiores, portanto, compõem apartamentos ( ) que podem possuircernácula
diferentes tamanhos e são destinados a classes médias ou baixas (BENEVOLO, 2012).
No século IV a.C. foram, pois, criadas as insulae. O imperador Augusto determinou para as mesmas um limite de
21 metros de altura, ou seja, de 5 a 6 andares. Posteriormente, o imperador Trajano define 18 metros como a
altura máxima (5 a 6 andares). Além disso, a água corrente só chega até o andar térreo, e os nãocernáculas 
possuem privada. Nesses apartamentos também inexistem aquecimento e chaminés. Por isso, para cozinhar ou
se proteger do frio, os moradores utilizam braseiros portáteis, aumentando os riscos de incêndio (BENEVOLO,
2012).
- -21
4.2 A evolução da arquitetura romana
Segundo Oliveira (2016), a arquitetura de Roma acompanhava seu sistema político. Roma foi fundada cerca de
VIII a.C., sendo uma república governada por um senado. Entretanto, em virtude de um período de crise, pelo
fato do senado não defender os interesses da aristocracia, houve a ascensão do imperador Augusto, em 27 a.C.,
originando o Império Romano. A arquitetura romana pode ser diferenciada entre o período pré-imperial, ou
republicano, e o período imperial.
O na Roma, por exemplo, mesclou influências gregas e etruscas, sendo que a repúblicaperíodo republicano
estava em constante expansão territorial. Alguns exemplos de arquitetura romana são: o Circo Máximo (IV a.C.),
o Templo de Vesta (I a.C.), e Templo de Fortuna Virílis (I a.C.) (OLIVEIRA, 2016).
As edificações do período de Augusto conservavam a tradição republicana, com influências etruscas na planta e
gregas nas fachadas (OLIVEIRA, 2016).
Cabe destacar que Marcus Vitrúvio Pollio escreveu e publicou o . A obra, composta deTratado de Architectura
10 livros, foi dedicada ao imperador Augusto. Os seus padrões e prioridades: utilitas, venustas e firmitas, ou seja,
utilidade, beleza e função, fundamentaram a arquitetura clássica greco-romana. O tratado abrange desde a
função do arquiteto até temas como ordens para capiteis e colunas e influência do clima na arquitetura
(MENUCCI; PRISZKULNIK, 2002).
A arquitetura romana, a partir de sua evolução, possuía dois âmbitos de destaque, que são obras públicas e
particulares. As obras particulares, como palácios urbanos e vilas de veraneio da classe patrícia, eram situados
em regiões privilegiadas da cidade e ao seu redor. A plebe habitava a insulae, cujos tetos de telha e barro cozido
ainda sobrevivem. As obras públicas abrangiam, por exemplo, templos, anfiteatros, termas e edifícios
administrativos (MENUCCI; PRISZKULNIK, 2002), além de aquedutos, estradas e pontes, como indica Benevolo
(2012).
Ademais, conforme pontua Oliveira (2016) a pode ser caracterizada por:arquitetura romana
uso de arcos e abóbadas;
maior valorização da funcionalidade em relação aos valores estéticos. Assim, ocorre a dedicação considerável em
construções como estradas e aquedutos;
construções maciças com a ajuda de materiais como cimento pozolânico.
O era o elemento principal da arquitetura romana. A partir dele, os romanos desenvolveram a construçãoarco
de cúpulas e abóbadas.
- -22
Como explica Pevsner (1982, apud OLIVEIRA, 2016), os grandes arcos e abóbadas foram relevantes realizações
romanas, maiores do que qualquer invenção grega. Os romanos criaram a , que permitiu aabóbada de arestas
abertura de vãos e eliminação de paredes, exceto nos cantos. A construção da abóbada necessitava a contenção
do empuxo através de paredes grossas, o que tornava necessário extinguir as janelas.
O templo romano do Panteão é uma das estruturas arquitetônicas mais impressionantes do império. Construído
em 128 a.C., sob o império de Adriano, possui uma cúpula de 43,2 metros de diâmetro feita de concreto. O
gigantesco templo, por sua vez, foi implantado no coração de Roma (GLANCEY, 2001).
Em sua arquitetura, os romanos mesclaram principalmente elementos gregos e etruscos. Dentre os principais
elementos gregos introduzidos em tal arquitetura estão:
• planta regular;
• monumentalidade;
• ordens dórica, jônica e coríntia.
Dentre as características etruscas presentes nas construções de Roma, identificam-se:
• pontes;
• aquedutos;
• arcos;
• abóbadas;
• fortificações;
• emprego do cimento pozolânico.
Fique de olho
Como explica Oliveira (2016), Roma também desenvolveu ordens arquitetônicas: a toscana e a
compósita, sendo que Vitrúvio identificou as ordens dórica, jônica, coríntia e toscana. A
toscana só foi considerada como a quinta ordem clássica com a ajuda de Leon Battista Alberti.
Antes, era conhecida como evolução da coríntia.
•
•
•
•
•
•
•
•
•
- -23
5. O urbanismo romano
O urbanismo romano possuía uma concepção particular, baseada no e no , que são as viascardus decumanus
principais das cidades. No fórum era onde acontecia o centro da vida pública do Império. Além disso, o 
 foi determinado por um sistema de infraestrutura marcado por aquedutos, pontes eurbanismo romano
estradas pavimentadas para atender a uma civilização em constante expansão.
- -24
5.1 O traçado e a organização do urbanismo romano
Diferente do que acontecia na cidade grega, a cidade romana começava a ser desenvolvida com a muralha. O 
 era a forma adquirida pela cidade, estabelecendo um modelo padrão para o acampamento deretângulo
dormida que, posteriormente, o legionário romano cavava para si. Com essa concepção religiosa, a cidade foi
formada. Mas além do traçado sagrado, a cidade romana buscava se harmonizar com o cosmo.
• Traçado urbano
O traçado urbano romano, nas ruas principais, era o baseado no Cardo eracardo e decumanus.
orientado de norte para sul, sendo o decumannus, de leste para oeste (MUMFORD, 2004).
• Ângulo reto
As duas ruas principais se cruzavam próximo ao centro em ângulo reto, definindo uma cidade do tipo
axial. No cruzamento dessas ruas ficava um alicerce com relíquias sagradas, sendo o lugar usual para o
fórum. 
• Orientação da cidade
O , entretanto, era constantemente modificado pela topografia. Noprincípio de orientação da cidade
tempo de Vitrúvio, a preocupação com a higiene modificou ainda mais o traçado da cidade, tanto é que
ele sugeria que ruas pequenas fossem orientadas para conter ventos frios e “infecciosos” ventos quentes
(MUMFORD, 2004).
• Fórum Romano
No Fórum Romano havia a formação de um centro religioso, comercial, social e político, e equivalia à
ágora grega. Nele ficavam os templos mais significativos (OLIVEIRA, 2016).
Porém, o fórum não era apenas uma praça aberta, era antes de tudo um recinto de traçado complexo,
onde eram implantados santuários, prédios da justiça, casas do conselho e espaços abertos circundados
por majestosas colunatas (MUMFORD, 2004).
Nos séculos III a.C. e II a.C., Roma deixou seus princípios em várias novas colônias destinadas a emigrantes
romanos e regionais. O Estado romano no império de Augusto havia semeado cerca de 350 cidades na Itália
•
•
•
•
- -25
peninsular e outras 80 na Itália setentrional. Essas cidades obedeciam a um modelo simplório no traçado. O
arquiteto romano Hígeno propunha que a cidade ideal deveria ter 730 por 490 metros, sendo que extensões
maiores poderiam colocar o local em perigo (MUMFORD, 2004).
Mesmo assim, as áreas das cidades vareavam uma em relaçãoà outra. Embora Vitrúvio fosse a favor de uma 
para a melhor defesa, a prescrição de Hígeno era muito oposta ao hábito existente. Ademais,muralha circular 
estipula-se que as novas cidades tenham sido elaboradas para uma população de cerca de 50.000 habitantes
(MUMFORD, 2004).
- -26
5.2 Equipamentos da estrutura urbana romana
Quanto às estruturas urbanas, como indica Oliveira (2016), aquedutos, esgotos subterrâneos e estradas
. Os aquedutos, utilizados para o transporte depavimentadas foram grandes obras da engenharia romana
água de fontes distantes, estavam associados à construção de arcos sobrepostos. O percurso da água se iniciava
em rios e lagos em áreas elevadas e era direcionado a um tanque na cidade. Depois, a água era distribuída para
termas, palácios e fontes, onde a população poderia pagar para retirar água.
Entretanto, conforme Mumford (2004), a Cloaca Máxima foi o mais antigo monumento construído da engenharia
romana. Tratava-se de uma fossa de dimensões gigantescas datada do século VI a.C. Ela antecipou o
 de águas de fontes distantes, isso porque talvez o suprimento local de água fosse inadequado atéencanamento
a construção do aqueduto de Trajano, 109 d.C.
Mesmo que grande parte da população podia, durante o dia, frequentar as instalações públicas, depositava seus
dejetos domésticos em buracos cobertos ao pé das escalas de suas habitações, de onde eram removidos pelos
estercoreiros e rapinantes. Ademais, os banhos privados eram recursos de luxo apenas para ricos. As cidades
provincianas menores costumavam ser mais bem administrada no setor da , justamente porquehigiene urbana
não ultrapassavam a medida humana (Mumford, 2004).
As estradas e pontes também foram significativas na infraestrutura urbana. Conforme Benevolo (2012), a
estrada romana abrange um com pedras batidas ( ), coberto por saibro e revestidocalçamento artificial rudus
por pedras chatas poligonais ( ). Diferenciava-se das outras, portanto, em função da pavimentaçãogremium
empregada. A largura das estradas ficava entre quatro e seis metros, mas o perfil longitudinal era elaborado de
forma a tornar o transito mais rápido. Quando não existia interferência natural, os , etraçados eram retilíneos
onde existia relevo muito acidentado, as rochas eram cortadas para manter a rua plana e reta.
Os romanos não foram os primeiros a abrir estradas. Entretanto, as estradas romanas se destacavam pela sua
pavimentação e extensa malha viária, o que ajudava a efetuar um bom controle do Império. Elas também
auxiliavam no estabelecimento de uma boa relação entre as cidades romanas (OLIVEIRA, 2016).
Em relação às pontes, Benevolo (2012) explica que eram construídas com pedra ou madeira. Algumas ainda
funcionam, como a Ponte Mílvio, Ponte Hélio, Ponte Sisto, e a Ponte de Pedra em Verona. A largura máxima fica
quase sempre entre sete a oito metros. Em casos raros, de , como a ponte de Méridacomprimento considerável
na Espanha, com 60 arcadas, a largura chega a quase 800 metros.
Enfim, o urbanismo e a política de Roma continuam sendo uma lição significativa. Quando se reúnem multidões
sufocantes, se deterioram condições habitacionais e se prevalece a exploração unilateral de territórios distantes,
há uma remoção do anseio de alcançar equilíbrio e harmonia. Além disso, o gasto exagerado com rodovias largas
- -27
e pavimentadas e a grande multiplicação de banheiros revelam também o engrandecimento de poder
desmoralizado e diminuições da vida, que são os sinais do fim (MUMFORD, 2004).
Assista aí
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/dcfefba0b899ac3136743e25609910ba
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer como se deu a origem das cidades;
• entender as características e evoluções das primeiras cidades;
• evidenciar os atributos principais da arquitetura grega antiga;
• compreender a organização de cidades do período clássico, como Atenas;
• conhecer os avanços arquitetônicos e urbanísticos da Roma Antiga.
Referências
BENEVOLO, L. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2012. História da cidade. 
GLANCEY, J. São Paulo: Loyola, 2001.História da Arquitetura. 
GOITIA, F. C. Madrid: Alianza, 1977.Breve Historia Del Urbanismo. 
GYMPEL, J. São Paulo: Könemann, 2001.A história da arquitetura. 
HENNING, P. arquitetura clássica - civilações grega e romana. São Paulo. 2010.Unidade:
LEICK, G. . Rio de Janeiro: Imago, 2001.Mesopotâmia: a invenção da cidade
MENNUCCI, M. M.; PRISZKULNIK, S. O concreto na arquitetura romana. : Congresso Brasileiro do Concreto, 44.,In
2002, São Paulo. Belo Horizonte: Ibracon, 2002. p. 1 - 16.Anais do 44º Congresso Brasileiro do Concreto. 
MUMFORD, L. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.A cidade na história. 
NORBERG-SCHULZ, C. . Meaning in western architecture New York: Rizzoli, 1983.
OLIVEIRA, M. R. S. História e teoria da arquitetura, urbanismo e paisagismo I. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A, 2016.
PEVSNER, N. . São Paulo: Martins Fontes, 1982.Panorama da arquitetura ocidental
•
•
•
•
•
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/dcfefba0b899ac3136743e25609910ba
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/dcfefba0b899ac3136743e25609910ba
- -28
SUMMERSON, J. . 4 ed. A Linguagem Clássica da Arquitetura São Paulo: Martins Fontes, 2006.
THOMPSON, C.; HAMILTON, R. W. The British Museum Excavations on the Temple of Ishtar at Nineveh. Annals
Liverpool, p. 55-116.1932.Of Archaeology And Anthropology. 
TINOCO, C. A. . O pensamento védico São Paulo: Ibrasa, 1992.
	Olá!
	1 Surgimento das cidades: os primeiros assentamentos urbanos
	1.1 Ur – Mesopotâmia
	1.2 Nínive – Mesopotâmia
	1.3 Mohenjo Daro – Vale do Indo
	1.4 Ilhaun – Egito
	Assista aí
	2 A arquitetura grega: períodos arcaico, clássico e helenístico
	2.1 Períodos arcaico e clássico
	2.2 Período helenístico
	3. O urbanismo clássico
	3.1 A organização da polis grega
	3.2 Características das cidades clássicas - Atenas
	Assista aí
	4 A arquitetura romana
	4.1 Residências romanas
	4.2 A evolução da arquitetura romana
	5. O urbanismo romano
	5.1 O traçado e a organização do urbanismo romano
	Traçado urbano
	Ângulo reto
	Orientação da cidade
	Fórum Romano
	5.2 Equipamentos da estrutura urbana romana
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

Mais conteúdos dessa disciplina