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- -1 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO I OS PRIMEIROS ASSENTAMENTOS URBANOS E A ORIGEM DAS ARQUITETURAS GREGA E ROMANA Paula Scherer - -2 Olá! Você está na unidade Os primeiros assentamentos urbanos e a origem das arquiteturas grega e romana. Conheça aqui as primeiras civilizações urbanas e sua organização, além dos avanços construtivos dos povos gregos e romanos. Vamos explorar as características do urbanismo e da arquitetura grega arcaica, clássica e helenística, além do surgimento da polis grega, que exerceu influência sobre o urbanismo atual, inclusive, será retratado na unidade. A civilização romana também merece destaque, tendo absorvido conhecimentos de vários povos, realizou arquitetura e urbanismo memoráveis. Bons estudos! - -3 1 Surgimento das cidades: os primeiros assentamentos urbanos A transição da pré-história para a história foi marcada pela . Além disso, outrosdescoberta da escrita acontecimentos relevantes foram o desenvolvimento da agricultura, surgimento das primeiras cidades e organização da sociedade em classes. Essas transformações são acontecimentos importantes da revolução urbana (OLIVEIRA, 2016). Conforme Benevolo (2012), o cultivo de cereais e frutos em terrenos úmidos proporcionava grandes colheitas, que poderiam ser melhoradas com a irrigação de terrenos cada vez maiores. Parte dos viveres seria usada em trocas comerciais e grandes trabalhos coletivos. Assim, se iniciava uma nova economia: produção agrícola, concentração de excedentes nas cidades e aumento da população e produtos obtidos pelo domínio da cidade sobre o campo. A planície aluvial banhada pelos Rios Tigre e Eufrates, chamada Mesopotâmia, era organizada de forma que o excedente ficava com os governantes das cidades, que eram representantes do . Além disso, elesdeus local recebiam parte dos rendimentos de terras comuns e despojos de guerras, administrando as provisões alimentares para a população (BENEVOLO, 2012). No terreno se estabeleciam sinais dessa administração, conforme Benevolo (2012): canais para distribuir água nas terras e transportar produtos e matérias primas; muros ao redor da cidade para proteção; armazéns com tabuinhas escritas em caracteres cuneiformes; templos dos deuses e pirâmides em degraus em tijolos e argila. - -4 1.1 Ur – Mesopotâmia A cidade sumeriana de Ur, no início do II milênio a.C., já media cerca de 100 hectares e abrigava dezenas de milhares de habitantes. Assim como outras cidades sumerianas, era circundada por muro e fosso para defesa. Além disso, . Na cidade, os templos se diferenciamo muro excluía o ambiente natural do ambiente da cidade das casas comuns por terem massa maior e mais elevada: compreendiam santuário, torre observatório (zigurate), laboratórios, armazéns e lojas (BENEVOLO, 2012). A torre observatório pode ser vista na figura “Grande zigurate de Ur”. Figura 1 - Grande zigurate de Ur Fonte: Peter Sobolev, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: A imagem mostra o Grande zigurate de Ur, um dos mais bem preservados da Mesopotâmia. Está situado em uma paisagem aberta, perto da base aérea de Ali, no Iraque. Escavações arqueológicas mostram que a cidade de Ur possuía habitações com e áreas deplanta ortogonal estar ao redor de pátios centrais. Isso permitia ventilação para a casa. Ademais, o terreno da cidade era dividido em propriedades individuais, enquanto que o campo era gerido por divindades (OLIVEIRA, 2016). - -5 1.2 Nínive – Mesopotâmia Nínive, outra cidade da Mesopotâmia (hojeIraque), está situada no seio de uma fértil região no coração da Assíria. Ademais, fica no mais frequente ponto para a travessia do Tigre. Atualmente, Nínive corresponde à cidade de Mossul. Entretanto, a cidade atual fica de um lado do Rio Tigre (no oeste), em contrapartida da cidade antiga. Não existem estudos detalhados da superfície da cidade de Nínive. O que se sabe tem por base principal a sondagem profunda do templo de Ishtar. Os níveis mais antigos são representados por cerâmica pintada calcolítica, seguida por camadas repletas de selos cilíndricos e massas de “tigelas de rebordo biselado”, além de outros artefatos (THOMPSON; HAMILTON, 1932; MALLOWAN, 1933; apud LEICK, 2001). No apogeu do império neo-assírio, a história da cidade é bastante ligada aos reis existentes. As constantes campanhas militares e movimentos de tropas e povos tornaram esse período caracterizado por rápidas . As cidades tornaram-se sedes simbólicas de um período multinacional. Ao mesmo tempo, aindamudanças portavam santuários e uma elite aristocrática conservadora (LEICK, 2001). Senaqueribe (705 a.C. a 681 a.C.) foi um rei nessa época. Quando ele mudou para Nínive todo seu aparato administrativo, concebeu também um novo palácio, chamado “palácio sem rival”, cujas dimensões eram o dobro da de seu antecessor, Sargão. Todos os seus empreendimentos mostravam pragmatismo combinado com senso de deveres representativos e simbólicos da realeza. Ademais, buscava realizar uma para acapital sustentável grande população, revelando incontestável conhecimento de planejamento urbano (LEICK, 2001). Senaqueribe desenvolveu obras de engenharia hidráulica na cidade, que ampliaram o solo arável. Ele também restaurou templos de Nínive e construiu as famosas (LEICK, 2001).muralhas da cidade A cidade, entretanto, foi incendiada em 612 a.C., poucos anos após a morte do rei Assurbanipal. Foi atacada por povos medos, apoiados por caldeus e sussianos. O próprio tamanho da cidade colaborou contra sua defesa, sendo que existia um número excessivo de portões, facilitando ataques concomitantes (LEICK, 2001). - -6 1.3 Mohenjo Daro – Vale do Indo O Vale do Indo, hoje Paquistão, recebeu seus primeiros habitantes por volta de 6000 a.C., das montanhas a oeste. Há pistas de uma contínua até seu apogeu, tendo desaparecido por volta de 2000 a.C. a 1500 a.evolução cultural C. com invasão dos árias (TINOCO, 1992). No Vale do Indo se localizava a cidade de Mohenjo Daro e, conforme Goitia (1977), foi construída por volta de 3000 a.C. Ela possui três ruas principais na direção norte-sul e outra perpendicular a elas que cortavam um que faziam parte de um núcleo primitivo. As escavações revelaram que a complexo de pequenas ruelas cidade , com casas construídas de ladrilho e adobe, e ruas pavimentadas, existindo sistema paraera bem-sucedida escoamentos de águas e balneários públicos. A cidade englobava duas zonas características. Essas zonas, a alta e a baixa, possuíam traçado consideravelmente regular quando comparadas às cidades primitivas, como pode ser visto na imagem “Sítio arqueológico de Mohenjo Daro”. Figura 2 - Sítio arqueológico de Mohenjo Daro, localizado na Província de Sinde, no Paquistão Fonte: suronin, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer a imagem mostra as ruínas de construções em tijolos, em Mohenjo Daro.: O traçado da cidade era muito menos irregular do que as cidades que cresceram perto do mar Egeu antes das . Uma explicação é que tais cidades ficavam em terrenos muito mais acidentados, sendoinvasões dóricas necessário limitar-se à topografia existente (GOITIA, 1977). - -7 1.4 Ilhaun – Egito No Egito, cujos registros arqueológicos revelam uma civilização formada a partir do IV milênio a.C., os documentos encontrados nas primeiras tumbas reais evidenciam que, diferente do que acontece na Mesopotâmia, o soberano no poder era considerado um deus, e não seu representante. Ele era quem garantia fecundidade da terra. Assim, o faraó tinha domínio do país inteiro e recebia .grandes excedentes de produtos Para tanto, com os recursos, constrói obras públicas, cidades, templos e, sobretudo, sua tumba monumental. A tumba simbolizava sua sobrevivência além da morte e garantia que seu corpo seja conservado (BENEVOLO, 2012). Cidade divina No Egito é evidente o contraste entre duas realidades. Os monumentos são dispostos como uma cidade independente, divina e eterna. foi construída com pedra, paraA cidade divina permanecerimutável. Ela é povoada por prismas, pirâmides, obeliscos, ou estátuas gigantescas, como a grande esfinge. É habitada pelos mortos, que estão cercados de todos os bens necessários para a vida eterna (BENEVOLO, 2012). Cidade dos vivos A cidade dos vivos foi feita com tijolos, o que inclui os palácios dos faraós no poder. Entretanto, os operários empregados na construção das pirâmides e templos ficavam com suas famílias em acampamentos temporários junto aos monumentos (BENEVOLO, 2012). Organização A cidade de Illahun (atual Kahun), no Egito, é um dos exemplos mais antigos de organização residencial que conhecemos. Tinha características bastante regulares, com um traçado geométrico, que reunia moradias em organizações retangulares separadas por ruas estreitas. O objetivo dessas ruas era facilitar o acesso para as pequenas casas e conduzir águas pluviais e sujas (GOITIA, 1977). As casas eram habitações em redor de um pátio fechado, quase sempre muito pequenas. Mas podiam ser de tamanhos variados, conforme a . A cidade, de forma geral, era organizada por umhierarquia dos ocupantes retângulo fechado entre muros e protegido por um fosso. A vida, para tanto, se desenvolvia em pequenos pátios e terraços, pelos quais se subia por escadas de localização facilmente identificável (GOITIA, 1977). As edificações residenciais eram construídas de forma simplória: com adobe (tijolo de terra crua), possuindo terraços feitos de madeira e cana amassadas com barro (GOITIA, 1977). - -8 Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /398829bc90c2e26a360f97ba9b8b2579 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/398829bc90c2e26a360f97ba9b8b2579 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/398829bc90c2e26a360f97ba9b8b2579 - -9 2 A arquitetura grega: períodos arcaico, clássico e helenístico Nos períodos arcaico, clássico e helenístico, as primeiras cidades da Grécia se organizavam e, com elas, foi . A Grécia antiga era formada por uma mistura de povos, e foi no período arcaicodesenvolvida a arquitetura que a Grécia começa a conectar suas cidades e desenvolver construções mais sofisticadas. - -10 2.1 Períodos arcaico e clássico O período arcaico da Grécia antiga abrange de VIII a.C. a VI a.C. O período clássico se iniciou por volta de V a.C. e se estendeu até IV a.C. A fase arcaica teve início com os crescimentos dos genos e uma organização social, política e cultural melhor elaborada. Foram os genos que deram origem às polis, que eram cidades-estados independentes (OLIVEIRA, 2016). A origem da polis grega ocorreu em uma colina onde se refugiavam habitantes do campo. Mais tarde, houve a extensão do povoado, sendo fortificado por um cinturão de muros. Dessa forma houve uma evidente diferenciação entre a , que era onde ficavam os templos dos deuses, servindo tambémcidade alta ou acrópole como refúgio de moradores; e a , onde ficavam os comércios e relações civis. Entretanto, acidade baixa ou astu comunidade citadina funcionava sob um regime único (BENEVOLO, 2012). Os templos gregos do período eram construídos em cima de uma plataforma elevada, em que o degrau mais alto foi nomeado estilóbato(a). O santuário era contornado por uma sequência de colunas chamadas peristilo ou colunas perípteras, e a área central era constituída de: vestíbulo ou pronaos, cella ou naos e o alpendre traseiro nomeado opistódomo (OLIVEIRA, 2016), como pode der visto na figura “Planta básica do templo grego”. Figura 3 - Planta básica do templo grego Fonte: Elaborado pela autora, 2020. #PraCegoVer: a imagem mostra a planta baixa de um templo grego com opistódomo, naos/cella e pronaos. Também é possível observar a presença de estilóbato e colunas laterais/pteron. - -11 Com o tempo, os templos se devolveram, entretanto, alguns elementos permaneceram, como é o caso do peristilo, pronaos, naos e opistódomo. Ademais, conforme Benevolo (2012), os templos aparecem com perfil , afastados de outros edifícios. Eles eram construídos com muros e colunas de pedra, quedominante na cidade sustentam as arquitraves e traves de cobertura. Conforme Norbeg-Schulz (2001), os templos deveriam ser edificados em estilos diferentes, como defende Vitrúvio. Dessa forma, , com força e beleza. Já a coluna dórica expressava a proporção do corpo do homem a , sendo seu capitel com ornamentos de volutas que expressamcoluna jônica representava a esbeltez feminina os cabelos graciosos. A parte externa do templo é estruturada em três elementos: cobertura, entablamento e coluna. A cobertura abrange telhado e frontão. O entablamento é representado por tudo o que se apoia na coluna, sendo formado por três elementos horizontais: arquitrave, friso e cornija. A coluna, por sua vez, é formada de fuste e capitel (e, por vezes, base). O capitel apoia os blocos de pedra da arquitrave (OLIVEIRA, 2016). A ordem dórica, como mostra a figura “Templo com ordem dórica”, foi criada primeiro, e era mais robusta. Além disso, seu friso poderia ser constituído de tríglifos e métopas. Figura 4 - Templo com ordem dórica Fonte: Linguist, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: a imagerm retrata o Templo de Hefesto, com robustas colunas dóricas que sustentam o entablamento e a cobertura do edifício. A fotografia foi tirada de baixo para cima, em direção à parte superior do templo. Já , como mostra a figura “Ruínas de templo grego em ordem jônica”, representava, de formaa ordem jônica geral, , além de portar uma base para a coluna e um fuste com maior quantidade de caneluras.maior delicadeza - -12 Figura 5 - Ruínas de templo grego em ordem jônica Fonte: EnricoAliberti ItalyPhoto, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: a imagem retrata uma imagem frontal das ruínas do Erechteion, templo da Acrópole de Atenas. São evidentes seis colunas de ordem dórica, que sustentam ruínas de um entablamento. - -13 2.2 Período helenístico O auge da arquitetura clássica em Atenas, com as magníficas construções da Acrópole, terminou com a Guerra de Peloponeso (431 a.C. até 404 a.C.). A guerra trouxe por consequência o enfraquecimento econômico e político da Grécia. A união só voltou a ser instaurada no reinado de Alexandre, período marcado por grande intercâmbio de valores e tradições (OLIVEIRA, 2016). Diferente da arquitetura grega clássica, a helenística da época assumiu uma escala correspondente às . Portanto, se afastava do caráter tradicional e de simplicidade, tornando-se monumentaldimensões do império e associada às proporções matemáticas. É exuberante e pomposa. Para tanto, a maior quantidade de ornamentação conferia um , sendo que nos templos clássicos nenhuma das fachadas seperfil encenado destacava em relação às outras (OLIVEIRA, 2016). No templo de Apolo de Bassae (450 a.C. a 425 a.C.) encontra-se a coluna de ordem coríntia, a mais antiga que existe. A ordem coríntia teve origem no período helenístico. Nesse templo, conforme Gympel (2001, p.10): [...] as naves laterais despareceram totalmente, fazendo recuar as colunas até junto das paredes, estando ligadas a estas por meio de espigões de pequenas dimensões. Estes últimos serviam para apoiar as paredes da cella, para as quais tinha sido transferida a função de suporte. As colunas passaram a ter função meramente decorativa e, na realidade, já nem eram colunas verdadeiras, apenas um revestimento dos topos dos espigões. A decoração veio a sobrepor-se ao realce dos elementos construtivos. Para Norbeg-Schulz (2001), , como propõe Vitrúvio, representava a imagem sutil de umaa ordem coríntia adolescente, possuindo , que pode ser vista na figura “Coluna de ordem coríntia”.ornamentação mais graciosa - -14 Figura 6 - Coluna de ordem coríntia Fonte: Aliaksei Zykau, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer a imagem mostra uma coluna de ordem coríntia, com ampliação de seu capitel, à direita. É: possível observar, no capitel, a graciosidade dos detalhes dasfolhas de acanto. Segundo estudiosos como Summerson (2006, apud Henning, 2010), a ordem coríntia é uma variação da ordem jônica. Além disso, traz um capitel elaborado e de forma cônica, esculpido para reproduzir folhagens de acanto. Costuma, ademais, estar associada a cornijas elaboradas com relevos e . Segundo oelementos escultóricos autor, Serlio defendia que é adequada para igrejas mais femininas, como as dedicadas à Virgem Maria. Na fase helenística também houve alterações na arquitetura do teatro. Na Grécia clássica, ele era composto de: orquestra, arquibancada e palco. Havia uma construção de um andar chamada proscênio, onde eram colocados os cenários. A ação acontecia somente na orquestra. No século II a.C., os atores passaram a ganhar mais destaque e se apresentavam separados do coro. O telhado do proscênio, então, se transformava em um piso para a atuação. Os cenários passaram a ficar atrás do proscênio, em um andar mais elevado (HENNING, 2010). O é um exemplo de teatro grego, sendo construído por volta de 350 a.C. – 330 a.C. Foi umTeatro de Epidauro dos mais amplos da época, media 112 m de diâmetro, podendo portar 14.000 telespectadores em 55 degraus que ficavam encostados em uma colina. Sua acústica era muito eficiente, sendo que o teatro ainda é utilizado (HENNING, 2010). Algumas das principais características da arquitetura helenística são: - -15 inspiração na arquitetura clássica; ornamentação pomposa; escala monumental; religiosidade passa a ser menos importante; aparecimento do arco e abóbada; criação da ordem coríntia. O período helenístico na Grécia teve seu declínio com o domínio do Império Macedônico pelo Império Romano. O Império Macedônico era muito extenso, graças à expansão desenvolvida por Alexandre o Grande. Entretanto, a divisão política instaurada após a morte de Alexandre permitiu a conquista do império pelos romanos, entre os séculos I e II a.C. - -16 3. O urbanismo clássico As cidades do período clássico da Grécia, como Atenas, são caracterizadas pela existência de uma cidade baixa, dedicada ao centro cívico e comercial da cidade, e de uma cidade alta, onde ficavam os templos e monumentos. Além disso, a era mais importante do que a obtenção de uma grande quantidadequalidade das cidades populacional. Assim, quando havia muitos habitantes, parte da população deveria se mudar para outro local, pois se buscava uma cidade ideal. - -17 3.1 A organização da polis grega Como já foi citado anteriormente, conforme Benevolo (2012), a polis grega se distinguia em cidade baixa ( ) eastu cidade alta ( ). Na ficavam o centro cívico e o comercial da cidade, com área pública paraacrópole cidade baixa debates, comércio e teatro. Na eram implantados o centro administrativo e o religioso, com temploscidade alta e monumentos. Ademais, de acordo com o autor, os órgãos fundamentais para o funcionamento dessa cidade são três. Lar comum Era dedicado ao deus protetor da cidade. Possuía um altar com fosso cheio de brasas, além de cozinha e uma ou mais salas para refeição. Ali, também, se recebiam os hóspedes estrangeiros. Conselho (bulé) Era direcionado para nobres ou funcionários que representavam a assembleia dos cidadãos. Assembleia dos cidadãos (Ágora) Se reunia para ouvir decisões de chefes ou para deliberar. A reunião era realizada na praça do mercado ou em um local ao ar livre destinado para tal. Em Atenas, por exemplo, esse local era a colina de Pnice. No urbanismo da polis grega a população é reduzida, principalmente por uma opção política. Quando há muitos habitantes, organiza-se uma expedição para criar uma . Egina, que era uma cidade rica ecolônia distante formosa, tinha apenas 2.000 moradores (BENEVOLO, 2012). Hipódamo de Mileto desenvolveu a teoria de uma cidade ideal para 15.000 habitantes. Deveria ser dividida em três classes: artesãos, agricultores e militares. Também deveria ser separada em três partes: sagrada, pública e . Planejou, inclusive, moradias unifamiliares com os principais ambientes voltados para a orientação sul.privada Hipódamo, a partir dessa concepção, projetou as cidades de Mileto e Rodes, portadoras de traçado geométrico (OLIVEIRA, 2016). Quanto ao organismo da cidade, o era identificado em quatro fatos, comonovo caráter de convivência civil explica Benevolo (2012): A , sem zonas fechadas. Podia ser circundada por muros, mas não subdividida em cidade era um todo único recintos secundários, como as cidades orientais. As moradias possuíam a mesma arquitetura e eram distribuídas livremente pela cidade, sem formarem bairros reservados; - -18 O espaço da : áreas privadas, onde ficavam moradias; áreas sagradas, para os temploscidade possuía três zonas de deuses; e áreas públicas, para reuniões políticas, comércio, teatro e jogos esportivos, por exemplo. No panorama da cidade os templos se destacavam, entretanto, mais pela qualidade arquitetônica do que pela dimensão; A cidade formava um inserido na natureza e ligado a ela de forma sutil. A cidade respeitavaorganismo artificial as linhas gerais da paisagem natural, interpretava a natureza e integrava-a com a arquitetura. A regularidade do templo, por exemplo, quase sempre compensava a irregularidade e desordem dos arranjos naturais ao seu redor; O organismo da cidade se desenvolveu, mas alcançava uma , que era preferível nãodisposição estável desordenar com mudanças parciais. O crescimento populacional gerava um novo organismo. A cidade velha é nomeada paleópole e a nova neópole. - -19 3.2 Características das cidades clássicas - Atenas No período clássico, as ruas da Grécia obedeciam a um padrão de cerca de quatro metros de largura, assim, mantinham uma relação próxima com as moradias. Entretanto, com o maior número de circulação, as ruas passaram a ter entre seis e sete metros (OLIVEIRA, 2016). Atenas foi uma cidade grega que alcançou seu auge no período clássico. A grande Atenas se formou quando habitantes de centros menores da Ática foram persuadidos por Teseu a se concentrarem em torno da acrópole, como diz a lenda. O centro da nova aglomeração era a depressão ao norte da Acrópole e do Areópago, onde se formava a . O tribunal se estabeleceu na colina do Aerópago. Alguns dos santuários, como o de Dionísio, seÁgora estabeleceram na vertente sul. Para tanto, desenvolveu-se um organismo diferenciado, onde cada elemento era utilizado para uma função específica. A cidade, porém, serviu para unir os serviços, era o centro político, comercial e religioso (BENEVOLO, 2012). A cidade foi destruída em 475 a.C., em virtude da invasão persa. Já no governo de Péricles, a Acrópole foi praticamente refeita. Os edifícios destruídos ou antigos de Atenas foram conservados e/ou conviviam com os novos. Natureza e história eram mantidas presentes e serviam de base para o desenvolvimento da cidade. A presença humana na natureza se sobressaía pela sua qualidade e não quantidade, e o cenário urbano na medida do homem (BENEVOLO, 2012).permaneceu edificado Entretanto, no fim da idade clássica, Atenas ficou em ruínas, sendo povoada apenas em uma pequena parte central, em torno da Acrópole e da Ágora romana (BENEVOLO, 2012). Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /9802ec7c3877eac4637358beacde8fad https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/9802ec7c3877eac4637358beacde8fad https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/9802ec7c3877eac4637358beacde8fad - -20 4 A arquitetura romana A arquitetura romana foi expressiva tanto em prédios públicos, como templos e anfiteatros, quanto em moradias, como é o caso das e Os romanos adquiriram conhecimentos de arquitetura edomus insulae. engenharia de povos como os gregos e os etruscos, o que fez com que Roma desenvolvesse construções que eram pioneiras no uso de várias tecnologias da época. 4.1 Residências romanas Conforme Benevolo (2012), nacidade de Roma, até o século III d.C., viveram de 700.000 a 1.000.000 de habitantes. Os Catálogos Regionais identificaram que, no fim do século III, havia 1.790 domus e 44.300 insulae. De acordo com o autor, as eram as moradias individuais de um ou dois andares, fechadas na partedomus externa e abertas para ambientes internos. Compreendiam ambientes agrupados ao redor de um atrium e do peristilum, com área de cerca de 800 a 1000 metros quadrados. Já as são construções de vários andares e coletivas, com área de 300 a 400 metros quadrados. Possueminsulae muitos cômodos iguais, e os andares térreos são destinados a lojas ( ) ou a habitações nobres, tambémtabernae chamadas de domus. Os andares superiores, portanto, compõem apartamentos ( ) que podem possuircernácula diferentes tamanhos e são destinados a classes médias ou baixas (BENEVOLO, 2012). No século IV a.C. foram, pois, criadas as insulae. O imperador Augusto determinou para as mesmas um limite de 21 metros de altura, ou seja, de 5 a 6 andares. Posteriormente, o imperador Trajano define 18 metros como a altura máxima (5 a 6 andares). Além disso, a água corrente só chega até o andar térreo, e os nãocernáculas possuem privada. Nesses apartamentos também inexistem aquecimento e chaminés. Por isso, para cozinhar ou se proteger do frio, os moradores utilizam braseiros portáteis, aumentando os riscos de incêndio (BENEVOLO, 2012). - -21 4.2 A evolução da arquitetura romana Segundo Oliveira (2016), a arquitetura de Roma acompanhava seu sistema político. Roma foi fundada cerca de VIII a.C., sendo uma república governada por um senado. Entretanto, em virtude de um período de crise, pelo fato do senado não defender os interesses da aristocracia, houve a ascensão do imperador Augusto, em 27 a.C., originando o Império Romano. A arquitetura romana pode ser diferenciada entre o período pré-imperial, ou republicano, e o período imperial. O na Roma, por exemplo, mesclou influências gregas e etruscas, sendo que a repúblicaperíodo republicano estava em constante expansão territorial. Alguns exemplos de arquitetura romana são: o Circo Máximo (IV a.C.), o Templo de Vesta (I a.C.), e Templo de Fortuna Virílis (I a.C.) (OLIVEIRA, 2016). As edificações do período de Augusto conservavam a tradição republicana, com influências etruscas na planta e gregas nas fachadas (OLIVEIRA, 2016). Cabe destacar que Marcus Vitrúvio Pollio escreveu e publicou o . A obra, composta deTratado de Architectura 10 livros, foi dedicada ao imperador Augusto. Os seus padrões e prioridades: utilitas, venustas e firmitas, ou seja, utilidade, beleza e função, fundamentaram a arquitetura clássica greco-romana. O tratado abrange desde a função do arquiteto até temas como ordens para capiteis e colunas e influência do clima na arquitetura (MENUCCI; PRISZKULNIK, 2002). A arquitetura romana, a partir de sua evolução, possuía dois âmbitos de destaque, que são obras públicas e particulares. As obras particulares, como palácios urbanos e vilas de veraneio da classe patrícia, eram situados em regiões privilegiadas da cidade e ao seu redor. A plebe habitava a insulae, cujos tetos de telha e barro cozido ainda sobrevivem. As obras públicas abrangiam, por exemplo, templos, anfiteatros, termas e edifícios administrativos (MENUCCI; PRISZKULNIK, 2002), além de aquedutos, estradas e pontes, como indica Benevolo (2012). Ademais, conforme pontua Oliveira (2016) a pode ser caracterizada por:arquitetura romana uso de arcos e abóbadas; maior valorização da funcionalidade em relação aos valores estéticos. Assim, ocorre a dedicação considerável em construções como estradas e aquedutos; construções maciças com a ajuda de materiais como cimento pozolânico. O era o elemento principal da arquitetura romana. A partir dele, os romanos desenvolveram a construçãoarco de cúpulas e abóbadas. - -22 Como explica Pevsner (1982, apud OLIVEIRA, 2016), os grandes arcos e abóbadas foram relevantes realizações romanas, maiores do que qualquer invenção grega. Os romanos criaram a , que permitiu aabóbada de arestas abertura de vãos e eliminação de paredes, exceto nos cantos. A construção da abóbada necessitava a contenção do empuxo através de paredes grossas, o que tornava necessário extinguir as janelas. O templo romano do Panteão é uma das estruturas arquitetônicas mais impressionantes do império. Construído em 128 a.C., sob o império de Adriano, possui uma cúpula de 43,2 metros de diâmetro feita de concreto. O gigantesco templo, por sua vez, foi implantado no coração de Roma (GLANCEY, 2001). Em sua arquitetura, os romanos mesclaram principalmente elementos gregos e etruscos. Dentre os principais elementos gregos introduzidos em tal arquitetura estão: • planta regular; • monumentalidade; • ordens dórica, jônica e coríntia. Dentre as características etruscas presentes nas construções de Roma, identificam-se: • pontes; • aquedutos; • arcos; • abóbadas; • fortificações; • emprego do cimento pozolânico. Fique de olho Como explica Oliveira (2016), Roma também desenvolveu ordens arquitetônicas: a toscana e a compósita, sendo que Vitrúvio identificou as ordens dórica, jônica, coríntia e toscana. A toscana só foi considerada como a quinta ordem clássica com a ajuda de Leon Battista Alberti. Antes, era conhecida como evolução da coríntia. • • • • • • • • • - -23 5. O urbanismo romano O urbanismo romano possuía uma concepção particular, baseada no e no , que são as viascardus decumanus principais das cidades. No fórum era onde acontecia o centro da vida pública do Império. Além disso, o foi determinado por um sistema de infraestrutura marcado por aquedutos, pontes eurbanismo romano estradas pavimentadas para atender a uma civilização em constante expansão. - -24 5.1 O traçado e a organização do urbanismo romano Diferente do que acontecia na cidade grega, a cidade romana começava a ser desenvolvida com a muralha. O era a forma adquirida pela cidade, estabelecendo um modelo padrão para o acampamento deretângulo dormida que, posteriormente, o legionário romano cavava para si. Com essa concepção religiosa, a cidade foi formada. Mas além do traçado sagrado, a cidade romana buscava se harmonizar com o cosmo. • Traçado urbano O traçado urbano romano, nas ruas principais, era o baseado no Cardo eracardo e decumanus. orientado de norte para sul, sendo o decumannus, de leste para oeste (MUMFORD, 2004). • Ângulo reto As duas ruas principais se cruzavam próximo ao centro em ângulo reto, definindo uma cidade do tipo axial. No cruzamento dessas ruas ficava um alicerce com relíquias sagradas, sendo o lugar usual para o fórum. • Orientação da cidade O , entretanto, era constantemente modificado pela topografia. Noprincípio de orientação da cidade tempo de Vitrúvio, a preocupação com a higiene modificou ainda mais o traçado da cidade, tanto é que ele sugeria que ruas pequenas fossem orientadas para conter ventos frios e “infecciosos” ventos quentes (MUMFORD, 2004). • Fórum Romano No Fórum Romano havia a formação de um centro religioso, comercial, social e político, e equivalia à ágora grega. Nele ficavam os templos mais significativos (OLIVEIRA, 2016). Porém, o fórum não era apenas uma praça aberta, era antes de tudo um recinto de traçado complexo, onde eram implantados santuários, prédios da justiça, casas do conselho e espaços abertos circundados por majestosas colunatas (MUMFORD, 2004). Nos séculos III a.C. e II a.C., Roma deixou seus princípios em várias novas colônias destinadas a emigrantes romanos e regionais. O Estado romano no império de Augusto havia semeado cerca de 350 cidades na Itália • • • • - -25 peninsular e outras 80 na Itália setentrional. Essas cidades obedeciam a um modelo simplório no traçado. O arquiteto romano Hígeno propunha que a cidade ideal deveria ter 730 por 490 metros, sendo que extensões maiores poderiam colocar o local em perigo (MUMFORD, 2004). Mesmo assim, as áreas das cidades vareavam uma em relaçãoà outra. Embora Vitrúvio fosse a favor de uma para a melhor defesa, a prescrição de Hígeno era muito oposta ao hábito existente. Ademais,muralha circular estipula-se que as novas cidades tenham sido elaboradas para uma população de cerca de 50.000 habitantes (MUMFORD, 2004). - -26 5.2 Equipamentos da estrutura urbana romana Quanto às estruturas urbanas, como indica Oliveira (2016), aquedutos, esgotos subterrâneos e estradas . Os aquedutos, utilizados para o transporte depavimentadas foram grandes obras da engenharia romana água de fontes distantes, estavam associados à construção de arcos sobrepostos. O percurso da água se iniciava em rios e lagos em áreas elevadas e era direcionado a um tanque na cidade. Depois, a água era distribuída para termas, palácios e fontes, onde a população poderia pagar para retirar água. Entretanto, conforme Mumford (2004), a Cloaca Máxima foi o mais antigo monumento construído da engenharia romana. Tratava-se de uma fossa de dimensões gigantescas datada do século VI a.C. Ela antecipou o de águas de fontes distantes, isso porque talvez o suprimento local de água fosse inadequado atéencanamento a construção do aqueduto de Trajano, 109 d.C. Mesmo que grande parte da população podia, durante o dia, frequentar as instalações públicas, depositava seus dejetos domésticos em buracos cobertos ao pé das escalas de suas habitações, de onde eram removidos pelos estercoreiros e rapinantes. Ademais, os banhos privados eram recursos de luxo apenas para ricos. As cidades provincianas menores costumavam ser mais bem administrada no setor da , justamente porquehigiene urbana não ultrapassavam a medida humana (Mumford, 2004). As estradas e pontes também foram significativas na infraestrutura urbana. Conforme Benevolo (2012), a estrada romana abrange um com pedras batidas ( ), coberto por saibro e revestidocalçamento artificial rudus por pedras chatas poligonais ( ). Diferenciava-se das outras, portanto, em função da pavimentaçãogremium empregada. A largura das estradas ficava entre quatro e seis metros, mas o perfil longitudinal era elaborado de forma a tornar o transito mais rápido. Quando não existia interferência natural, os , etraçados eram retilíneos onde existia relevo muito acidentado, as rochas eram cortadas para manter a rua plana e reta. Os romanos não foram os primeiros a abrir estradas. Entretanto, as estradas romanas se destacavam pela sua pavimentação e extensa malha viária, o que ajudava a efetuar um bom controle do Império. Elas também auxiliavam no estabelecimento de uma boa relação entre as cidades romanas (OLIVEIRA, 2016). Em relação às pontes, Benevolo (2012) explica que eram construídas com pedra ou madeira. Algumas ainda funcionam, como a Ponte Mílvio, Ponte Hélio, Ponte Sisto, e a Ponte de Pedra em Verona. A largura máxima fica quase sempre entre sete a oito metros. Em casos raros, de , como a ponte de Méridacomprimento considerável na Espanha, com 60 arcadas, a largura chega a quase 800 metros. Enfim, o urbanismo e a política de Roma continuam sendo uma lição significativa. Quando se reúnem multidões sufocantes, se deterioram condições habitacionais e se prevalece a exploração unilateral de territórios distantes, há uma remoção do anseio de alcançar equilíbrio e harmonia. Além disso, o gasto exagerado com rodovias largas - -27 e pavimentadas e a grande multiplicação de banheiros revelam também o engrandecimento de poder desmoralizado e diminuições da vida, que são os sinais do fim (MUMFORD, 2004). Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /dcfefba0b899ac3136743e25609910ba é isso Aí! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • conhecer como se deu a origem das cidades; • entender as características e evoluções das primeiras cidades; • evidenciar os atributos principais da arquitetura grega antiga; • compreender a organização de cidades do período clássico, como Atenas; • conhecer os avanços arquitetônicos e urbanísticos da Roma Antiga. Referências BENEVOLO, L. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2012. História da cidade. GLANCEY, J. São Paulo: Loyola, 2001.História da Arquitetura. GOITIA, F. C. Madrid: Alianza, 1977.Breve Historia Del Urbanismo. GYMPEL, J. São Paulo: Könemann, 2001.A história da arquitetura. HENNING, P. arquitetura clássica - civilações grega e romana. São Paulo. 2010.Unidade: LEICK, G. . Rio de Janeiro: Imago, 2001.Mesopotâmia: a invenção da cidade MENNUCCI, M. M.; PRISZKULNIK, S. O concreto na arquitetura romana. : Congresso Brasileiro do Concreto, 44.,In 2002, São Paulo. Belo Horizonte: Ibracon, 2002. p. 1 - 16.Anais do 44º Congresso Brasileiro do Concreto. MUMFORD, L. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.A cidade na história. NORBERG-SCHULZ, C. . Meaning in western architecture New York: Rizzoli, 1983. OLIVEIRA, M. R. S. História e teoria da arquitetura, urbanismo e paisagismo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2016. PEVSNER, N. . 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O urbanismo clássico 3.1 A organização da polis grega 3.2 Características das cidades clássicas - Atenas Assista aí 4 A arquitetura romana 4.1 Residências romanas 4.2 A evolução da arquitetura romana 5. O urbanismo romano 5.1 O traçado e a organização do urbanismo romano Traçado urbano Ângulo reto Orientação da cidade Fórum Romano 5.2 Equipamentos da estrutura urbana romana Assista aí é isso Aí! Referências