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Sistema Articular 
Ana Fonceca- 1º período medicina 
A união dos ossos formam o esqueleto, 
esta união não tem a finalidade exclusiva 
de colocar os ossos em contanto, mas 
também a de permitir mobilidade. O tipo 
de união varia a possibilidade de 
movimentação, maior ou menor. 
Articulação designa a conexão entre 
quaisquer partes rígidas do esqueleto, 
ossos ou cartilagens. 
Apesar de demonstrar consideráveis 
variações, elas possuem certos aspectos 
estruturais e funcionais. São 3 grandes 
grupos: fibrosas, cartilagíneas e 
sinoviais. 
• Articulações Fibrosas: 
Elementos que se interpõe às pesas que 
se articulam é o tecido conectivo fibroso 
são denominadas fibrosas, maioria 
localizada no crânio. Mobilidade 
reduzida. 
⎯ Sindesmoses: grande 
quantidade de tecido conectivo 
que pode formar ligamento 
interósseo ou membrana 
interóssea. Ex: tíbiofibular, entre 
as extremidades distais da fíbula 
e da tíbia. 
⎯ Suturas: menos tecido 
conectivo do que as sindesmose. 
Encontradas principalmente 
entre os ossos do crânio. Sutura 
plana: união linear retilínea ou 
aproximadamente. Sutura 
escamosa: união bisel. Sutura 
serrátil: união em linha 
“denteada”. Sutura esquindilese: 
articulação que se verifica entre 
uma superfície em forma de 
crista de um osso, se aloja em 
uma superfície em forma de uma 
fenda de outro osso. 
No crânio, articulação entre os 
ossos nasais é uma sutura plana, 
entre os parietais sutura serrátil, 
entre o parietal e o temporal 
escamosa. 
Crânio do feto ou recém-
nascido, quantidade de tecido 
conectivo fibroso interposto é 
muito maior. A separação entre 
os ossos é devida à presença de 
maior quantidade de tecido 
conectivo fibroso, pontos 
chamados fontículos 
(quantidade ainda maior; 
chamados “moleiras”). 
Na idade avançada, ocorre a 
ossificação do tecido interposto 
(sinostose). 
• Articulações Cartilagíneas: 
As articulações entre os ossos 
ocorrem pela interposição de uma 
camada de cartilagem. Cartilagem 
hialina: sincondroses. São raras, ex: 
sincondrose esfeno-occipital; 
quando revestidas por uma fina 
camada de cartilagem hialina se 
articulam pela interposição de uma 
fibrocartilagem espessa: sínfise. Ex: 
união, plano mediano, entre as 
porções púbicas dos ossos do 
quadril, constituindo a sínfise 
púbica; (em ambas a mobilidade é 
reduzida); Também considerada 
uma sínfise, as articulações entre os 
corpos das vértebras. 
• Articulações Sinoviais: 
Para que haja o grau desejável de 
movimento, em muitas articulações, o 
elemento que se interpõe às peças que se 
articulam é um líquido denominado 
sinóvia, ou líquido sinovial. Não se 
prendem nas superfícies de articulação, 
como ocorre na fibrosa e cartilagíneas; 
nas articulações sinoviais o principal 
meio de união é representado pela 
cápsula articular. 
Corte frontal de uma articulação sinovial 
mostra a presença de uma cavidade 
articular. É um espaço em forma de fenda 
onde se encontra a sinóvia; lubrificante 
natural. Cápsula articular, cavidade 
articular e a sinóvia: são características 
da articulação sinovial. 
⎯ Superfícies Articulares e seus 
revestimentos: Entram em 
contato numa determinada 
articulação sinovial. Estas 
superfícies são revestidas, em 
toda a sua extensão, por 
cartilagem hialina, que 
representa a porção do osso que 
não sofreu ossificação. Por isso, 
as superfícies articulares se 
apresentam lisas, polidas e de 
cor esbranquiçada. Movimento, 
portanto, suas funções estão 
condicionadas a esta 
característica: redução da 
mobilidade na articulação pode à 
fibrose da cartilagem articular, 
anquilose (perda da 
mobilidade). 
Avascular e não possui também 
inervação. Nutrição, principalmente nas 
áreas mais centrais, é precária; 
regeneração, em caso de lesão, mais 
difícil e lenta. 
⎯ Cápsula Articular: membrana 
conectiva que envolve a 
articulação sinovial como um 
manquito. Duas camadas: 
membrana fibrosa (externa) e a 
membrana sinovial (interna). 
1ª: mais resistente e pode estar 
reforçada, em alguns pontos, 
feixes, também fibrosos, que 
consistem nos ligamentos 
capsulares, aumentar a 
resistência. 
Muitas articulações sinoviais, 
todavia, existem ligamentos 
independentes da cápsula 
articular denomiados 
extracapsulares, em alguns 
como no joelho, aparece 
também ligamentos intra-
articulares. 
Ligamentos e cápsula articular 
têm por finalidade manter a 
união entre os ossos, impedem o 
movimento em planos 
indesejáveis e limitam a 
amplitude dos movimentos 
“normais”. 
Membrana sinovial é a mais 
interna das camadas da cápsula 
articular. Vascularizada e 
inervada, encarregada da 
produção da sinóvia. 
⎯ Discos e Meniscos: permitem 
uma melhor adaptação das 
superfícies que se articulam, 
tornando-as congruentes. 
Meniscos: forma de meia lua, 
são encontrados na articulação 
do joelho. 
Em determinadas articulações, 
como o ombro e o joelho, as 
superfícies em contato são 
incongruentes, mostram 
diferentes graus de curvatura. 
Papel dos meniscos e dos discos 
é ampliar essa área de contato, 
reduzindo a pressão aplicada e 
distribuindo melhor o estresse 
mecânico. 
⎯ Principais movimentos 
realizados pelos segmentos do 
corpo: eixos podem ser: ântero-
posterior, laterolateral e 
longitudinal. É feita 
obedecendo a regra, segundo a 
qual, a direção do eixo de 
movimento é sempre 
perpendicular ao plano no qual 
se realiza o movimento em 
questão. 
a. Movimentos de 
deslizamento: ocorre em 
articulações sinoviais em que as 
superfícies que entram em 
contato são planas ou 
ligeiramente curvas, como 
acontece com as articulações 
intercuneiformes, no pé. 
b. Movimentos angulares: há 
diminuição ou aumento do 
ângulo existente entre o 
segmento que se desloca e 
aquele que permanece fixo. 
Flexão: quando ocorre a 
diminuição do ângulo; 
Extensão: ocorre o aumento. 
Não usamos “extensão do pé”, 
os movimentos são definidos 
como flexão dorsal e flexão 
plantar do pé. 
Os movimentos angulares 
ocorrem em plano sagital, 
ântero-posterior, seguindo a 
regra, o eixo desses 
movimentos é laterolateral. 
Movimentos de abdução e 
adução desenvolvem-se em 
plano frontal e seu eixo de 
movimento é ântero-posterior. 
c. Rotação: segmento gira em 
torno de um eixo longitudinal 
(vertical). Rotação medial, nos 
membros, quando a face anterior 
do membro gira no sentido plano 
mediano do corpo. Rotação 
lateral, sentido oposto. 
d. Circundução: movimento 
combinatório que inclui a 
adução, extensão, abdução e 
flexão resulta na circundução. 
Extremidade distal do segmento 
descreve um círculo e o corpo do 
segmento, um cone. 
⎯ Classificação funcional das 
articulações sinoviais: quando 
uma articulação realiza 
movimentos apenas em torno de 
um eixo, monoaxial; quando 
realiza em torno de dois eixos, 
biaxial; em torno de 3 eixos, 
triaxial. As articulações que só 
permitem flexão e extensão, 
como no cotovelo, são 
monoaxiais; aquelas que 
realizam extensão, flexão, 
adução e abdução, como 
radiocarpal, são biaxiais; além 
da flexão, extensão, adução, 
abdução, permitem também a 
rotação, são triaxiais, como as 
articulações do ombro e do 
quadril. 
⎯ Classificação morfológica das 
articulações sinoviais: critério 
para a classificação morfológica 
é a forma das superfícies 
articulares. A morfologia das 
superfícies que entram em 
contato. 
a. Plana: superfícies articulares 
são planas ou ligeiramente 
curvas, permitindo deslizamento 
de uma superfícies sobre a outra 
em qualquer direção. Ex: 
articulação sacroilíaca. 
Deslizamento discreto, fazendo 
com que a amplitude do 
movimento já reduzida. 
Pequenos deslizamentos entre 
vários ossos articulares 
permitem apreciável variedade e 
amplitude de movimento. Ex: 
articulações entre os ossos 
curtos do carpo, do tarso e entre 
as vértebras.b. Gínglimo: também 
denominada “dobradiça”; refere 
mais ao movimento que ela faz: 
extensão e flexão (movimento 
angulares). Ex: articulação do 
cotovelo, simples observação 
como a superfície articular do 
úmero, que entra em contato 
com a ulna, apresenta-se em 
forma de carretel. Entre falanges 
também são do tipo gínglimo, 
mas não se assemelham com 
carretel. 
c. Trocóidea: são segmentos de 
cilindro; permitem rotação e seu 
eixo de movimento, único, é 
vertical: monoaxiais. Ex: 
radiulnar (entre o rádio e a ulna), 
movimento de pronação e 
supinação do antebraço. 
d. Elipsóidea: uma côncava e 
outra convexa, com raios de 
curvatura desiguais. Contorno 
da articulação assemelha-se a 
uma elipse. Permitem flexão, 
extensão, adução e abdução. 
Dois eixos de movimento, 
biaxiais. Ex: articulação 
radiocarpal (entre o rádio e o 
carpo). 
e. Selar: uma peça esquelética 
tem forma de sela. Apresenta 
concavidade num sentido e 
convexidade em outro. Ex: 
articulação carpometacarpal 
(entre o osso trapézio do carpo e 
o 1º osso do metacarpo). 
Permitem flexão, extensão, 
abdução, adução e rotação, mas 
é classificada como biaxial. 
f. Esferóide: superfícies 
articulares que são segmentos de 
esferas e se encaixam em 
receptáculos ocos. Permite 
movimentos em torno de três 
eixos, sendo, assim, triaxial. Ex: 
articulação do ombro (entre 
úmero e a escápula) e a do 
quadril (entre o osso do quadril e 
o fêmur). Movimentos de flexão, 
extensão, adução, abdução, 
rotação e circundução. 
⎯ Articulações sinoviais simples 
e composta: dois ossos entram 
em contato numa juntura 
sinovial, simples (ex: 
articulação do ombro); quando 
três ou mais ossos participam da 
articulação ele é denominada, 
composta (ex: articulação do 
cotovelo, úmero, rádio e ulna); 
quando a articulação sinovial 
cuja cavidade está parcial ou 
totalmente dividida por um 
menisco ou por disco, 
complexa.

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