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Giardiase

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1 
Giardíase 
 
Autor: Marcella Esch Zupo 
 
Introdução 
 As infecções intestinais causadas por protozoários estão entre as mais 
comuns a nível mundial, pois se distribuem em todas as regiões tropicais e 
temperadas do planeta. Os parasitas intestinais dos animais de estimação, além 
de serem responsáveis diretamente por danos à saúde de seus hospedeiros 
habituais podem, ocasionalmente, infectar o homem, sendo também neste, 
capazes de acarretar doença. A giardíase é a moléstia protozoal entérica 
clinicamente mais importante em cães e gatos. 
Giárdia – Aspectos gerais 
 Giardia sp é um protozoário entérico que afeta humanos, animais 
domésticos e silvestres. As espécies de giárdia isoladas de mamíferos 
apresentam aspectos morfológicos e propriedades antigênicas, genéticas e 
bioquímicas similares. Existem evidências de que Giardia lamblia não apresenta 
especificidade quanto ao hospedeiro e pode parasitar seres humanos, assim 
como uma variedade de outros animais, sendo considerada uma importante 
zoonose. 
Características do Parasito 
 O ciclo de vida consiste em dois estágios: trofozoítos e cistos viáveis. O 
cisto viável ingerido é a forma infectante sendo capaz de sobreviver em ambiente 
externo adequado por longos períodos. Os trofozoítos, formas que causam a 
doença, apenas aderem ao epitélio do enterócito, não apresentando capacidade 
invasora ou destrutiva direta. Os cistos podem ser ingeridos através da água e de 
alimentos contaminados, mas a transmissão direta pela via fecal-oral também é 
possível, especialmente em áreas em que os animais se encontram aglomerados 
como em canis e gatis. Mesmo o contato do homem com as fezes ou fômites 
(terra, alimentos, água) favorece a transmissão feco-oral. As amostras fecais de 
cães e gatos podem contribuir também para a contaminação da água. 
 
 2 
Transmissão 
 De cada cisto são produzidos dois trofozoítos filhos, os quais vivem nas 
vilosidades intestinais, interferindo na absorção normal dos nutrientes colonizando 
o duodeno e jejuno. Os trofozoítos fixam-se na mucosa, e em condições adversas 
se encistam novamente e são excretados pelas fezes. Estabelecem-se na parte 
inferior do intestino delgado no gato, e em todo o intestino delgado do cão. Os 
cistos tetranucleados são eliminados no meio ambiente pelas fezes e podem 
sobreviver durante longos períodos de tempo. 
Sinais clínicos 
 Em sua maioria, as infecções por giárdia em cães e gatos provavelmente 
não estão associadas a sinais clínicos, embora as infecções sintomáticas sejam 
comuns em animais jovens, e assintomáticos em animais adultos. 
Em animais jovens pode causar diarréia intermitente com comprometimento da 
digestão e absorção de alimentos, acarretando desidratação, perda de peso e 
morte em alguns casos. 
 O período de incubação da giardíase intestinal é de 1 a 3 semanas 
(Geralmente 9 a 15 dias após o paciente ingerir cistos de giárdia). A duração do 
período de incubação está relacionada com o tamanho do inóculo. A infecção 
pode iniciar após a ingestão de um só cisto. A fase aguda dura 3 ou 4 dias. 
 Os transtornos digestivos característicos são de início brusco semelhante a 
uma gastroenterite aguda com anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, 
diarréia aquosa e sem febre ou pode ser de começo progressivo, sendo esta a 
forma mais freqüente. A giardíase sintomática tem sido associada com grande 
número de bactérias aeróbicas e anaeróbicas no intestino delgado proximal. O 
sobrecrescimento bacteriano pode causar modificação da arquitetura mucosa 
semelhante a da giardíase. A infecção assintomática é a forma mais comum, 
principalmente nas áreas onde o parasita é endêmico. 
Técnicas de diagnóstico 
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 Em relação ao número de colheitas, quanto maior o seu número maior a 
chance de se obter amostras positivas. 
São preferíveis as amostras sem formol às formoladas e no caso dos exames 
seriados é necessário incluir pelo menos uma amostra a fresco. 
 Na literatura, o método do sulfato de zinco é considerado o mais viável, 
pela sensibilidade e baixo custo, para o diagnóstico mais eficaz para a giardíase. 
Outras técnicas laboratoriais para diagnóstico 
 Apesar de existir uma tendência nos últimos anos à aplicação de técnicas 
de imunodiagnóstico, como a detecção de antígenos em fezes por meio de um 
imunoensaio enzimático, estas são mais aplicáveis na investigação e não na 
prática diária de diagnóstico nos laboratórios clínicos, pois a relação custo-
benefício não justifica seu emprego. Além do mais, as técnicas de diagnóstico 
coproparasitológico são as mais utilizadas em programas de controle do 
parasitismo intestinal por seu baixo custo, simplicidade e sensibilidade. 
 É possível a detecção dos antígenos da Giardia lamblia em espécimes 
fecais, utilizando-se o ensaio imunoenzimático (ELISA). A detecção de anticorpos 
anti-giárdia no soro tem pouca contribuição para o diagnóstico. 
 Detecção de antígenos fecais por PCR em fezes também poderá ser 
realizado, mas é uma técnica de custo mais elevado, embora seu valor vem se 
tornando cada vez mais acessível. 
 4 
Tratamento 
 Metronidazol é o medicamento mais freqüentemente utilizado no tratamento 
de cães e gatos com giardíase, sendo relativamente seguro e efetivo, mas não 
deve ser utilizado em animais gestantes. Nenhum medicamento é 100% eficaz. A 
imediata remoção das fezes do ambiente de cães e gatos infectados e confinados 
em locais aglomerados, a limpeza com desinfetantes contendo Lysol ou água 
sanitária diluída, e a não utilização das áreas geralmente utilizadas pelos animais 
até que estejam completamente secas, são outras medidas que podem ser 
tomadas, para a inibição da transmissão dos cistos de giárdia. 
Conclusão 
 Giárdia é um dos parasitos intestinais mais comum em seres humanos e 
animais, especialmente prevalente em cães e gatos jovens ou que residem em 
locais com aglomeração. Estudos comprovam que não há prevalência entre 
machos ou fêmeas. Embora exista potencial zoonótico, estudos epidemiológicos 
não indicam que a posse de um animal de companhia seja fator de risco 
significativo para a giardíase em humanos. 
 A infecção poderá ser sintomática ou assintomática. A forma assintomática 
é a mais comum, principalmente nas áreas onde o parasita é endêmico. 
 Metronidazol é o medicamento mais freqüentementeutilizado no tratamento 
de cães e gatos com giardíase. 
 É importante conscientizar a população sobre medidas profiláticas para 
controle desta parasitose a fim de amenizarmos os índices de infecção que vêm 
crescendo a cada dia. Higiene pessoal e cuidados com o manuseio de alimentos 
e com a água, tratamento de animais parasitados, vermifugação periódica, 
acompanhamento de um médico veterinário com realização de exames 
parasitológicos regularmente são alguns dos fatores que contribuem para o 
controle desta doença. 
 O Vet Análises utiliza em sua rotina laboratorial o método de diagnóstico 
considerado mais eficaz para a giardíase, a técnica de centrífugo-flutuação em 
solução de sulfato de zinco a 33% (Faust), além do exame direto das fezes 
frescas, permitindo a fácil identificação deste parasito, o que favorece a alta 
incidência de resultados positivos.

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