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COLOCAÇÃO DO PROBLEMA TIPOS DE ATERROS E LEGISLAÇÃO VIGENTE GNE 147 PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Prof. DSc. André G. C. Ribeiro Processo de urbanização Aumento populacional Industrialização Periculosidade dos novos resíduos Estilo da produção descartável INTRODUÇÃO RESÍDUOS SÓLIDOS = PROBLEMA MUNDIAL GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 2 Categoria Característica Classe I (perigosos) Apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, caracterizando-se por possuir uma ou mais das seguintes propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Ex.: Metais pesados e solventes. Classe II-A (não-inertes) Podem ter propriedades como: combustibilidade, biodegrabilidade ou solubilidade, porém, não se enquadram como resíduo I ou II-B. Ex.: Matéria orgânica, produtos celulósicos, madeira, etc. Classe II-B (inertes) Não têm constituinte algum solubilizado em concentração superior ao padrão de potabilidade de águas. Ex.: Rochas, tijolos, vidros, etc. Aterros sanitários só recebem resíduos Classe II. Não são preparados para resíduos Classe I. Classificação dos Resíduos Sólidos (NBR 10004) GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 3 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 4 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 4 No Brasil existem basicamente três tipos de disposição final dos resíduos: Lixão Aterros 5 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Disposição Final 5 6 Quantidade de Municípios por tipo de Disposição Adotada – 2011) Fontes: Pesquisas ABRELPE 2011 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 6 Lançamento de resíduos no solo, sem medidas de proteção ambiental ou à saúde pública; Facilita a proliferação de vetores (moscas, baratas, ratos, etc); Não evita a geração de odores indesejáveis; Não evita a poluição do solo, águas superficiais e subterrâneas pelo lixiviado; Não há controle dos tipos de resíduos encaminhados ao local. Disposição Final Lixões 7 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO “LIXÃO” OU VAZEDOURO A CÉU ABERTO 8 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 8 Aterros Tratamentos do lixo urbano gera rejeitos Aterro Racionalizar o uso dos aterros para aumentar a sua vida útil Minimizar, reciclar e reaproveitar Resíduos tóxicos e rejeitos sem valor econômico Disposição Final 9 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO CONTROLADO 10 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 10 11 ATERRO SANITÁRIO GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 11 Classificação dos aterros Técnica de operação Forma de disposição aterros de rejeitos aterro controlado aterro energético aterro sanitário aterros em depressão aterros de superfície de rampa de área de trincheira Disposição Final 12 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Aterro de rejeito: Enterramento simples .Recebe rejeito e materiais inertes de um processo prévio de tratamento. Aterro controlado: Disposição do lixo bruto no solo com recobrimento diário no término de todo trabalho. Forma de Disposição 13 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Aterro energético : construído dentro dos princípios do aterro sanitário, porém com modificações que permitam maior geração de gás e seu aproveitamento como fonte de energia. Forma de Disposição 14 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Técnica de Operação Os aterros são diferenciados basicamente pelas formas construtivas e operacionais adotadas. 1 – Acima na cota natural do terreno: Este método consiste na formação de camadas de resíduos compactados, que são sobrepostas acima do nível original do terreno. 15 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO CONFIGURAÇÕES TÍPICAS DE "ESCADA“ OU DE "TRONCO DE PIRÂMIDE" 15 Técnica de Operação 1 – Acima na cota natural do terreno: Método da Rampa : Quando o terreno onde será implantado o aterro apresenta topografia acidentada; 16 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 16 Técnica de Operação 17 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO EM RAMPA Os resíduos são descarregados junto à base de um desnível já existente, sendo em seguida compactados por um trator de esteiras. 17 18 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO EM RAMPA 18 Técnica de Operação 1 – Acima na cota natural do terreno: Método da Área : Empregado geralmente em locais de topografia plana e lençol freático raso. 19 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 19 Técnica de Operação 20 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO EM ÁREA os resíduos são amontoados e compactados, formando uma elevação do formato de um tronco de pirâmide, que posteriormente, é coberta com solo. 20 21 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO EM ÁREA 21 Técnica de Operação 2 – Abaixo do Nível Original do Terreno: Os aterros sanitários podem também ser construídos abaixo do nível original do terreno, aproveitando escavações já existentes ou preenchendo valas especialmente escavadas para o recebimento de resíduos. 22 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Pode-se optar pela escavação de valas especialmente projetadas para o aterramento de resíduos – “VALAS OU TRINCHEIRAS” 22 Técnica de Operação 2 – Abaixo do Nível Original do Terreno: Método de Vala ou Trincheiras : Empregado para terrenos que sejam planos ou poucos inclinados, e onde o lençol freático esteja situado a uma profundidade maior em relação à superfície. 23 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 23 Técnica de Operação 24 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO EM VALAS Os resíduos são dispostos e compactados em valas ou trincheiras, na qual o material escavado serve para cobertura dos resíduos. Somente deve ser utilizado nas seguintes situações: Quando há interesse na formação de um excedente de solo; Quando não se deseja alterar a topografia original do terreno; Quando se pretende construir outras camadas de resíduos acima das valas já aterradas, permitindo um melhor aproveitamento da área; Quando se deseja aterrar resíduos especiais, seja pelo seu estado físico, seja pela sua composição química ou biológica, que pode torná- los perigosos à saúde pública e ao meio ambiente. 24 ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS 25 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 25 ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS As dimensões da trincheira depende da quantidade de resíduos a ser aterrada e da vida útil desejada. Por sua vez, as dimensões da trincheira definirão os métodos construtivos, a forma de operação e os equipamentos a serem utilizados, além, obviamente, dos custos da obra. TRINCHEIRAS DE GRANDES DIMENSÕES TRINCHEIRAS DE PEQUENAS DIMENSÕES 26 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 26 ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS TRINCHEIRAS DE GRANDES DIMENSÕES Após a compactação, os resíduos são cobertos com uma fina camada de solo, como nos aterros anteriormente descritos. Para a cobertura dos resíduos, geralmente, é utilizado o material resultante da escavação da própria trincheira, que permanece estocado nas mediações. Com a sobreposição de camadas, tem-se o preenchimento total da trincheira, que deve devolver ao terreno a sua topografia inicial. 27 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 27 ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS TRINCHEIRAS DE GRANDES DIMENSÕES 28 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 28 ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS TRINCHEIRAS DE PEQUENAS DIMENSÕES Problema dos municípios de pequeno porte. 29 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Escassos recursos financeiros para a construção de aterros sanitários; Disponibilidade de equipamento para a sua operação. Muito utilizado como técnica de operação para aterros de rejeitos (aterros sanitários de pequeno porte). 29 ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS TRINCHEIRAS DE PEQUENAS DIMENSÕES 30 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 30 ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS TRINCHEIRAS DE PEQUENAS DIMENSÕES 31 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 31 32 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO EM VALAS OU TRINCHEIRAS 32 33 Aterro Sanitário segundo a definição (NBR 8419): Técnica de disposição de resíduos sólidos no solo; Sem danos à saúde pública; Minimiza impactos ambientais; Utiliza princípios de engenharia; Confina resíduos à menor área com menor volume possível; Cobertura de terra ao final da jornada ou a intervalos menores. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO ATERRO SANITÁRIO Além de respeitar os aspectos locacionais definidos pela DN 118, este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos os elementos de proteção ambiental: sistema de impermeabilização de base e laterais; sistema de recobrimento diário e cobertura final; sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; sistema de coleta e tratamentos dos gases; sistema de drenagem superficial; sistema de tratamento de líquidos percolados; sistema de monitoramento. 34 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 34 35 ATERRO SANITÁRIO GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 35 36 Licenciamentos Os trâmites para licenciamento do aterro devem obedecer os seguintes passos: • Estudo de três áreas possíveis para implantação do futuro aterro; • Seleção e indicação de uma das três áreas estudadas; • Elaboração do EIA e acompanhamento pelo órgão estadual; • Elaboração do RIMA; • Audiência Pública; • Obtenção da Licença Prévia (Aterro); • Elaboração do projeto executivo de engenharia; • Análise e aprovação pelo órgão estadual competente; • Obtenção da Licença de Instalação (LI); • Implantação do aterro; • Obtenção da Licença de Operação (LO). A Licença de Operação deverá ser renovada anualmente. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Poderá ser RCA 37 Aterro Sanitário NBR 1264 - Armazenamento de resíduos Classe II-A e Classe II-B NBR 13896 - Aterro de Resíduos não Perigosos: Critérios para projeto, implantação e operação. NBR 10157 - Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação. NBR 8418 - Apresentação de Projetos de Aterros de Resíduos industriais perigosos NBR 8419 - Apresentação de Projetos para Aterros Sanitários de RSU NBR 8849 - Apresentação de Projetos para Aterros Controlados de RSU NBR 15849 - Aterros sanitários de pequeno porte DN 118 – Estabelece novas diretrizes para adequação da disposição final de resíduos sólidos urbanos no Estado de MG. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 38 PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO NBR 8419 GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO Licenciamento Ambiental RCA ou EIA/RIMA - Memorial Descritivo - Memorial Técnico - Cronograma de Execução - Estimativa de Custos - Desenhos - Anexos (opcional) 39 Memorial Descritivo Informações cadastrais: • qualificação da entidade responsável pelo aterro; • qualificação da entidade ou profissional responsável pelo projeto e sua situação perante ao CREA. Informações sobre os resíduos a serem dispostos no aterro: • origem, qualidade e quantidade diária e mensal, frequência e horário de recebimento; • características dos equipamentos de transporte; • massa específica dos resíduos; Caracterização do local destinado ao aterro: • critérios básicos para a seleção; • localização e caracterização topográfica; • caracterização geológica e geotécnica; • caracterização climatológica; • caracterização e uso de água e solo. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 40 Memorial Descritivo Concepção e justificativa de projeto. Descrição e especificações dos elementos de projeto: • drenagem superficial; • drenagem e remoção do percolado; • tratamento do percolado; • impermeabilização inferior e/ou superior; • drenagem de gases. Operação do aterro: • acessos e isolamento da área; • preparo do local de disposição; • transporte e disposição dos resíduos; • empréstimo do material de cobertura; • controle tecnológico; • plano de encerramento do aterro e cuidados posteriores; • uso futuro da área do aterro. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 41 Memorial Técnico O cálculo dos elementos do projeto: • dados e parâmetros; • critérios, fórmulas e hipóteses de cálculo; • justificativas; • resultados. Vida útil do aterro – prazo de operação: • quantidade de resíduos sólidos a ser disposta (diária, mensal e anual); • peso específico adotado; • capacidade prevista para a área; • prazo de operação do aterro estimado em função da quantidade de resíduos a serem dispostos e capacidade da área. Sistema de drenagem superficial: • intensidade da chuva; • tempo de recorrência; • duração; • coeficiente de escoamento superficial. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 42 Memorial Técnico Sistema de drenagem e remoção do percolado. • Cálculo do volume de lixiviado; Sistema de drenagem de gases. • Cálculo do volume de biogás; Sistema de tratamento de percolado. • Dimensionamento das lagoas; Cálculo de estabilidade dos taludes (consultar NBR 11.682). • Determinação dos parâmetros de resistência dos resíduos; Estimativa de custo. GNE 147 – PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO
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