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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil PROJETO DE ATERRO DE REJEITOS PARA O MUNICÍPIO DE RODEIRO – PARTE 3 Alexia Aona - 78153 Andresa Braga -78159 Bianca Barros - 78139 Carolina Fernandes - 78158 Viçosa, Dezembro de 2017 Sumário 1. OBJETIVO ............................................................................................................................ 3 2. MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................................ 3 2.1. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO .................................................................... 3 2.1.1. IMPERMEABILIZAÇÃO DE BASE ................................................................... 3 2.1.2. IMPERMEABILIZAÇÃO SUPERIOR ................................................................ 4 2.2. DRENAGEM PLUVIAL NO PERÍMETRO DO ATERRO ........................................ 4 2.3. DRENAGEM DE PERCOLADO ................................................................................. 5 2.4. DRENAGEM DE BIOGÁS .......................................................................................... 5 2.5. SISTEMA DE TRATAMENTO DO LÍQUIDO LIXIVIADO ..................................... 5 2.6. OPERAÇÃO DO ATERRO .......................................................................................... 6 2.6.1. RECEPÇÃO E PESAGEM DOS REJEITOS ....................................................... 6 2.6.2. ISOLAMENTO ..................................................................................................... 6 2.6.3. DESCARGA E COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS ......................................... 7 2.6.4. COBRIMENTO DOS RESÍDUOS ....................................................................... 7 2.6.5. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO........................................................................... 7 2.7. MONITORAMENTO ................................................................................................... 8 2.7.1. MONITORAMENTO DO LIXIVIADO ............................................................... 8 2.7.2. MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS .... 9 2.7.3. MONITORAMENTO GEOTÉCNICO ................................................................. 9 2.8. EQUIPAMENTOS E MÃO DE OBRA MÍNIMA PARA A EXECUÇÃO DO ATERRO ................................................................................................................................... 9 2.8.1. EQUIPAMENTOS ................................................................................................ 9 2.8.2. MÃO DE OBRA ................................................................................................... 9 3. MEMORIAL DE CÁLCULO ............................................................................................. 10 3.1. ÁREA DO ATERRO .................................................................................................. 10 3.2. ESTIMATIVA DA QUANTIDADE DE PERCOLADO GERADO ......................... 12 3.3. SISTEMA DE DRENAGEM DO PERCOLADO ...................................................... 12 3.4. SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ........................................... 14 3.4.1. ESTIMATIVA DA VAZÃO A SER DRENADA .............................................. 14 3.4.2. DIMENSIONAMENTO DA CANALETA DE DRENAGEM .......................... 15 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 15 ANEXOS..................................................................................................................................... 15 1. OBJETIVO O trabalho tem como objetivo apresentar as principais etapas do projeto de aterro sanitário, como alternantiva de disposição final dos rejeitos sólidos gerados nos processo de triagem e compostagem do municipio de Piranga-MG. Dessa forma, será desenvolvido um projeto seguindo as orientações da NBR 15849 (ABNT, 2010), onde serão dimensionados todos os sistemas de drenagem (gases, líquido percolado, água pluviométrica), assim como serão definidas as camadas de base e de cobertura do aterro, além dos aspectos operacionais e de monitoramento. 2. MEMORIAL DESCRITIVO 2.1. SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO Os sistemas de impesrmeabilização são divididos em dois, a impermiabilisação da base e a impermiabilização superior. A primeira tem como objetivo impedir que os líquidos gerados pela decomposição dos rejeitos infiltre nos aquiferos e subsolo. A impermiabilização superios objetiva impedir a infiltração das águas da chuva na massa do aterro e, assim, garantir o confinamento que a geração de liviados não seja influenciada pela água da chuva. 2.1.1. IMPERMEABILIZAÇÃO DE BASE Segundo a FEAM, em seu manual de Orientações Básicas para Operação de Aterro Sanitário, de 2006, o aterro dever possuir uma camada de impermeabilização de materiais, sendo esta composta por solo argiloso de baixa permeabilidade ou podendo ser adotada uma geomembrana sintética nas espessuras adequadas. Em nosso trabalho, adotaremos o revestimento duplo (sintético+mineral) de impermeabilização da base do aterro. Será utilizada uma camada de 60 cm de solos argilosos de baixa permeabilidade (inferior a 10-7 cm/s), que deverá passar por um processo de compactação para atingir20cm de espessura. Sobre a camada de argila, deverá ser aplicada, em toda a base e taludes, um material geosintético, uma manta/geomembrana PEAD (polietileno de alta densidade) de 2,0mm de espessura. Para a istalação, deverá ser aberta uma valeta, na parte superior do aterro, para que seja ancorada a geomembrana. Deve-se moldar a geomembrana em todos os cantos e superficies do aterro considernado-se, também, uma folga técnica. Sobre a geomembrana, deverá ser colocada uma camada de 30cm de qualquer tipo de solo. Esta camada terá a função de proteger a geomembrana de possiveis danos causados pelos resíduos sólidos ou pela instalação dos sistemas de grenadem. 2.1.2. IMPERMEABILIZAÇÃO SUPERIOR O sistema de cobertura superior é feito a partir do recobrimento dos resíduos sólidos, ele é feito diariamente, ao fim da jornada de trabalho, e após esgotada a vida útil do aterro. A cobertura diária tem como finalidade impedir que os materiais dispostos no aterro sejam arrastados pela ação do vento, evitar a liberação de odores desagradáveis, a proliferação de vetores (moscas, ratos, baratas e aves). Assim, deverá ser colocada uma camada de 15 a 20cm de qualquer tipo de solo ao final da jornada de trabalho de cada dia. No dia seguinte, deverá ser feita ums raspagem desse material, para que seja dada continuidade da operação. Este solo raspado deverá ser aproveitado nas camadas operacionais posteriores. Após esgotada a capacidade de disposição do aterro e/ou atingida a idade de projeto, o aterro deverá ser recoberto por uma camada de solo argiloso compactado com 60 cm de espessura e permeabilidade inferior a 1 x 10-5 cm/s. Em seguida, deverá colocada uma camada de solo orgânico para permitir o desenvolvimento da camada vegetal, favorecerá o escoamento superficial e protegerá contra erosão, para isso, sugerem-se o plantio de gramíneas. Esta camada permitirá uma menor infiltração de água para o interior do aterro, e consequentemente, reduz o volume de líquidos gerados; minimiza a fulga de gases gerados na decomposição dos resíduos para a atmosfera e permite uma melhor recuperação ambiental. 2.2. DRENAGEM PLUVIAL NO PERÍMETRO DO ATERRO O sistema de drenagem pluvial tem a finalidade de captar e encaminhar as águas pluviais para fora da área do aterro, e assim, ele evita que a água percole através dos reíduos sólidos, durante e após a sua operação e, consequentemente, diminui aformação de lixiviado. Para compor a rede de drenagem pluvial, adotou-se canais de concreto de meia calha com 90cm de diâmetro, que deverão ser construídos ao redor do aterro. 2.3. DRENAGEM DE PERCOLADO Em geral, o percolado (comumente chamado de lixiviado ou chorume) apresenta alta carga orgânica, fontes de nitrogênio, metais pesados e grupos microbianos. Essa caracterização pode variar em função da idade do aterro, tipo de resíduo sólido, condições meteorológicas, geológicas e hidrológicas do local de projeto. Assim, se faz necessário a drenagem e o tratamento do percolado, para que ele não impacte negativamente o meio ambiente. Pensando nisto, o percolado deverá ser conduzido até o sistema de tratamento através de tubos perfurados de PEAD (polietileno de alta densidade) 5,5cm de diâmetro em cavas de 15cm por 15cm preenchidas por brita do tipo n°2. A declividade de projeto adotada para os drenos será de 2%.O sistema de drenos serão do formato de “espinha de peixe”, onde os drenos secundários serão ligados ao dreno principal a cada 20 metro e com abertura de 45°. 2.4. DRENAGEM DE BIOGÁS A decomposição anaeróbia dos resíduos sólidos da origem a gases que ficam confinados nos aterros, entre eles o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4). Estes deverão ser captados através de drenos verticais integrados ao sistema de drenos de lixiviado. O sistema de drenagem de biogás será formado por tubos de concreto ponta e bolsa perfurados e com diâmetros de 30 cm. O drenos serão encamisados por brita no 4, mantido junto ao tubo por uma tela de aço. A altura de cada dreno será 0,5 m, em relação a cota prevista para o fim de operação do aterro. Para evitar que o metano(CH4) seja lançado diretamente na atmosfera, ele será convertido em dióxido de carbono (CO2), que é menos poluente, através da implantação de queimadores do tipo “flaire”. 2.5. SISTEMA DE TRATAMENTO DO LÍQUIDO LIXIVIADO A vazão média anual foi estimada em 0,3L/s de liquido percolado a ser tratado.Dessa forma, recomenda-se o uso de um sistema de tratamento biológico constituído das seguintes unidades: • Gradeamento; • Medidor de vazão; • Lago anaeróbia; • Lagoa facultativa. Por ser um sistema de alta simplicidade de operação e construção, o sistema de tratamento por lagoas de estabilização foi escolhido como a forma mais economicamente viável, além da grande disponibilidade de área do terreno. Este ainda será precedido de uma lagoa anaeróbia. Após tratado, o efluente poderá ser dispensado em corpo hídrico recepitor, após devido licenciamento do órgão ambiental responsável. Outra alternativa é o uso desse efluente para a fertilização, pois este possui tipo de efluente, ainda possui concentrações consideráveis de nutrientes e matéria orgânica. 2.6. OPERAÇÃO DO ATERRO A etapa de operação do aterro sanitário engloba a recepção e pesagem dos rejeitos, o isolamento da área, a descarga e compactação dos resíduos assim como o seu cobrimento diário, e, por fim, a inspeção e manutenção. 2.6.1. RECEPÇÃO E PESAGEM DOS REJEITOS A recepção dos rejeitos deve ser realizada de maneira sistemática para que seja vedada a entrada de qualquer material que não seja adequado. Além disso, o aterro deve possuir um sistema de pesagem para que se conheça a quantidade de resíduos que estão sendo destinados para então, ter um melhor controle de manutenção, controle e operação dos mesmos. 2.6.2. ISOLAMENTO É necessário que haja o isolamento da área destinada ao aterro uma vez que esse procedimento impede a entrada de animais e/ou pessoas sem autorização. Outra finalidade de se colocar cercas de arames farpados ou telas nesta área é minimizar a ação dos ventos, impedindo que os resíduos mais leves sejam dispersos. 2.6.3. DESCARGA E COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS Se faz usos de caminhões para a descarga dos resíduos que são dispostos e espalhados no talude que deve ter inclinação 1:3 (V:H). A primeira camada de resíduos deve ter uma espessura de cerca de 50 cm, logo em seguida é realizada a compactação destes que é executada através de cinco passadas do trator de esteira. Essa compactação deverá produzir um peso específico aparente dos resíduos próximo a 0,70 t/m³. 2.6.4. COBRIMENTO DOS RESÍDUOS O cobrimentos dos resíduos deve ser feito diariamente com o objetivo de minimizar o acúmulo e infiltração de águas pluviais. Este cobrimento deve ser realizado com o próprio solo proveniente da escavação do próprio aterro formando uma camada de aproximadamente 20 cm. 2.6.5. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO A inspeção e manutenção do aterro é de relevante importância, uma vez que a má operação do aterro pode acarretar diversos problemas ambientais. Essa inspeção deve ser realizada por profissional treinado com conhecimento para aplicação de medidas corretivas necessárias. A inspeção e manutenção deverá ser aplicada em toda a vida útil do aterro e após o encerramento. As frequências de inspeção e ações corretivas para alguns casos do que pode ocorrer em um aterro sanitário estão especificadas na tabela abaixo. Tabela 1. Frequência de inspeções e medidas corretivas. Danos/Falhas Frequência de Inspeção Medidas Corretivas Cercas/telas de proteção Rompimento ou danos 1x por mês Manutenção, reparos ou substituição Cobertura operacional interna Formação de poças d’água e erosão 1x por semana Reparos para drenagem superficial e pluvial, acerto do perfil do terreno Poços de monitoramento Quebra da proteção, entupimento e falta de água 1x por mês Manutenção, lavagem interna, substituição do poço Drenos de gás Danos 1x por dia Substituição 2.7. MONITORAMENTO O monitoramento do aterro sanitário consiste em uma série de ações a serem realizadas em campo e laboratório afim de se avaliar o desempenho ambiental durante a fase de operação do aterro e deve-se prolongar por mais 10 anos, no mínimo, após o término de sua vida útil. É importante que o plano de monitoramento contenha propostas de medidas corretivas para serem implementadas e evitar o agravamento dos impactos ambientais, e garantir a a salubridade da população do entorno. 2.7.1. MONITORAMENTO DO LIXIVIADO Este monitoramento consiste na avaliação em termos qualitativos (análise físico- química) e quantitativos (medição de vazão), e então atender aos padrões de lançamento em corpos d’água. Durante a vida útil do aterro, o monitoramento deve ser mensal, e após seu fechamento, a cada 6 meses por um período de 10 anos. Além disso, amostras deverão ser coletas nos pontos de captação do lixiviado e após o seu tratamento. 2.7.2. MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS Com o objetivo de verificação das condições sanitárias e ambientais dos corpos d’água que estão na área de influência de aterros sanitários, o monitoramento do corpo hídrico deve ser feito a montante e a jusante do aterro. Este monitoramento consiste na execução bimestral de análises fisicoquímicas dos seguintes parâmetros: nível d’água, pH, CE, Ca2+, Cl- , Fe total, DQO, DBO, NH4 +, Zn2+, Na+, K+. Para o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas é necessário a instalação de poços de monitoramento, localizados a montante (um poço) e a jusante (três poços) do empreendimento considerando o fluxo das águas subterrâneas, seguindo norma NBR 15495-1/2007. As análises deverão ser feitas uma vez a cada seis meses e continuar por um período de 10 anos após o fechamento do aterro. Os parâmetros analisados são: : nível d’água, pH, CE, Ca2+, Cl- , Fe total, DQO, DBO, NH4+, Zn2+, Na+, K+. 2.7.3. MONITORAMENTO GEOTÉCNICO Para se avaliar a possível movimentação dos maciços, são feitas leituras através de instrumentos geotécnicos (piezômetros, marcos superficiais, pluviômetro e medidores de vazão). 2.8. EQUIPAMENTOS E MÃO DE OBRA MÍNIMA PARA A EXECUÇÃO DO ATERRO 2.8.1. EQUIPAMENTOS • Balança• Trator sobre esteira equipado com lâmina angulável. • Retroescavadeira 2.8.2. MÃO DE OBRA • 1 operador de trator • 1 operador para retroescavadeira • 1 técnico responsável • 1 vigia em tempo integral • 1 operador de balança 3. MEMORIAL DE CÁLCULO 3.1. ÁREA DO ATERRO Para estimar o volume total, ano a ano, do que será disposto no aterro, assim como o volume útil total do aterro sanitário para receber os resíduos durante a vida útil desejada para o mesmo, foi utilizado a seguinte planilha de cálculo apresentada na Tabela 2. A área total do aterro será de 2 hectares. É enviado para o aterro o rejeto da mesa de triagem e do sistema de compostagem. Tabela 2 – Planilha de cálculos para obtenção da área do aterro Ano Pop (hab) Per capita (Kg/hab/dia) Quantidade de RS Volume de resíduos acumulados Volume do aterro Área requerida Diária (kg/d) Rejeito Parcial (15%) Anual Acumulado MDA (m³) MC (m³) Anual (m³/ano) MC (m³/ano) (RS+MC) Anual (m³) Acumulado (m³) Aterro (m²) Área total (m²) 2017 17811,43 0,454 8086,39 2830 1033036 2951531 11,55 2,310 1476 295,15 1771 1771 590 767 2018 17865,45 0,463 8273,13 2896 1056893 4008424 11,82 2,364 1510 301,97 1812 3583 1194 1553 2019 17919,48 0,472 8464,11 2962 1081290 5089714 12,09 2,418 1545 308,94 1854 5436 1812 2356 2020 17973,50 0,482 8659,42 3031 1106241 6195956 12,37 2,474 1580 316,07 1896 7333 2444 3178 2021 18027,53 0,491 8859,16 3101 1131758 7327714 12,66 2,531 1617 323,36 1940 9273 3091 4018 2022 18081,55 0,501 9063,43 3172 1157853 8485566 12,95 2,590 1654 330,81 1985 11258 3753 4878 2023 18135,58 0,511 9272,32 2318 846099 9331665 13,25 2,649 1209 241,74 1450 12708 4236 5507 2024 18189,60 0,522 9485,94 2371 865592 10197257 13,55 2,710 1237 247,31 1484 14192 4731 6150 2025 18243,63 0,532 9704,39 2426 885526 11082783 13,86 2,773 1265 253,01 1518 15710 5237 6808 2026 18297,65 0,543 9927,79 2482 905911 11988694 14,18 2,837 1294 258,83 1553 17263 5754 7481 2027 18351,68 0,553 10156,25 2539 926758 12915451 14,51 2,902 1324 264,79 1589 18852 6284 8169 2028 18405,70 0,564 10389,87 2597 948076 13863527 14,84 2,969 1354 270,88 1625 20477 6826 8873 2029 18459,73 0,576 10628,77 2657 969876 14833403 15,18 3,037 1386 277,11 1663 22140 7380 9594 2030 18513,75 0,587 10873,08 2718 992168 15825571 15,53 3,107 1417 283,47 1701 23841 7947 10331 2031 18567,78 0,599 11122,90 2781 1014965 16840536 15,89 3,178 1450 289,99 1740 25581 8527 11085 2032 18621,80 0,611 11378,37 2845 1038276 17878812 16,25 3,251 1483 296,65 1780 27361 9120 11856 2033 18675,83 0,623 11639,61 2910 1062114 18940926 16,63 3,326 1517 303,46 1821 29181 9727 12645 2034 18729,85 0,636 11906,75 2977 1086491 20027417 17,01 3,402 1552 310,42 1863 31044 10348 13452 2035 18783,88 0,648 12179,91 3045 1111417 21138834 17,40 3,480 1588 317,54 1905 32949 10983 14278 2036 18837,90 0,661 12459,24 3115 1136906 22275740 17,80 3,560 1624 324,83 1949 34898 11633 15123 2037 18891,93 0,675 12744,87 1912 697782 22973521 18,21 3,641 997 199,36 1196 36094 12031 15641 Nota: MDA = Média diária anual MC = material de cobertura col(05) = col(02) x col(03)x col(04) col(07) = col(05) x col(06) col(08) = col(07) x 365 col (09) = col (07):700kg/m3 col (10) = 20% da col (09) = 0,2 x col (7) col (11) = col (08):700kg/m3 col (12) = 0,2 col (11) 3.2. ESTIMATIVA DA QUANTIDADE DE PERCOLADO GERADO Primeiramente, para a determinação do sistema de coleta do percolado, será estimada a vazão de percolado gerado. Para isso, utilizou-se o método suíço. 𝑄 = 1 𝑡 ∗ 𝑃 ∗ 𝐴 ∗ 𝐾 em que: Q – vazão média de lixiviado (L/s); P – precipitação média anual (mm) adotada: 1366 (Viçosa – MG); A – área do aterro (m²); t – número de segundos em um ano (s); k – coeficiente que depende do grau de compactação dos resíduos (k=0,3) Assim, 𝑄 = 1 31536000 ∗ 1,366 ∗ 20000 ∗ 0,3 = 0,3 𝐿/𝑠 3.3. SISTEMA DE DRENAGEM DO PERCOLADO Determinado o volume de percolado gerado pelo aterro sanitário que será considerado no projeto, deve-se ser dimensionamento dos dispositivos de drenagem, os drenos principais e secundários. Para o dimensionamento dos drenos de percolado foi utilida a equação de Manning, expressa abaixo: 𝐷 = 1 𝑘 ( 𝑛. 𝑄 √𝐼 ) 3 8 Onde: D (m) é o diâmetro do dreno; n é o coeficiente do material do conduto; Q (m³/s) é a vazão de lixiviado; I (m/m) é a inclinação do terreno K é o coeficiente que da altura da lamina d’agua em relação ao volume (y/D). A vazão de projeto de lixiviado é de 3.10-4 m³/s; a tubulação de drenagem é de polietileno de alta densidade perfurada, com coeficiente de rugosidade igual à n = 0,011; e a é de declividade I = 2 % e coeficiente será 0,350. Assim, temos: 𝐷 = 1 0,350 ( 0,011. 3. 10−4 √0,02 ) 3 8 = 0,052𝑚 𝑜𝑢 52,0𝑚𝑚 Dessa forma, foi, considerando uma folga, será adota um diâmetro de 55mm para os drenos de lixiviado. Para determinar o espaçamento necessário entre os dutos secundários foi considerado a seguinte equação: 𝐿 = 2 ∗ ℎ ∗ √ 𝐾 𝑃 Onde: L (m) é o espaçamento entre os drenos secundários; h (m) altura do percolado acumulado acima da camada de impermeabilização; K coeficiente de permeabilidade dos resíduos (mm/ano) P (mm/ano) infiltração do lixiviado; Assim, foi adotada 0,6m como a altura do percolado acumulado acima da camada de impermeabilização , K = 10−3 cm/s ou 10−5m/s , R= 1366mm/ ano ou 1,01.10−8m/s como é previsto pela norma. L = 2 ∗ 0,6 ∗ √ 10−5m/s 4,33. 10−8m/s L = 18,23 m Portanto, admitiu-se um espaçamento entre os drenos secundários L = 20 m. 3.4. SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS O sistema de drenagem para recebimentos das águas da bacia de contribuição busca desviar essas águas da área do aterro. 3.4.1. ESTIMATIVA DA VAZÃO A SER DRENADA Para estimar a vazão de contribuição da bacia a ser drenada utilizou-se o Método Racional, para pequenas bacias de contribuição (< 50 ha), tem-se que a vazão a ser drenada em uma área considerada (Q) é dada por: 𝑄 = 𝐶 ∗ 𝑖 ∗ 𝐴 = 0,86 m³/s onde: Q = vazão a ser drenada na área considerada (m3/s), C = coeficiente de escoamento superficial (C= 0,2), A = área da bacia contribuinte (m2), i = intensidade da chuva crítica (m/s) A intensidade da precipitação foi obtida a partir da equação de regressão não- linear de Gauss-Newton, cujos parâmetros regionais foram obtidos pelo software Plúvio 2.1 (2006, ©GPRH, UFV). 𝑖 = 𝑘∗𝑇𝑎 (𝑡+𝑏)𝑐 = 1031,255∗200,172 (5+13,92)0,745 = 193,12 mm/h onde: T = tempo de recorrência (anos); t = duração da chuva (min.); k, a, b, c = parâmetros determinados para cada região. 3.4.2. DIMENSIONAMENTO DA CANALETA DE DRENAGEM Por questões construtivas será adotada valetas de mesma espessura ao redor do aterro. Para seu dimensionamento será utilizada a Fórmula de Manning: 𝐷 = 3,0966 (𝑛 ∗ 𝑄 𝐼0,5 ) 3/8 = 680 mm onde: n = coeficiente de rugosidade das paredes do canal = 0,013; i = declividade do canal = 0,05m/m; REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 1985. Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos: NBR-8419. Rio de Janeiro: ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 1992. Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos: NBR-8419. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 1997. Aterros de resíduos não perigosos – critérios de projeto, implantação e operação – Procedimento: NBR- 13896. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 2004. Resíduos sólidos – classificação: NBR-10004. Rio de Janeiro: ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 2007. Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares - Parte 1: Projeto econstrução: NBR-15495-1. Rio de Janeiro. URBANOS: ATERRO SUSTENTÁVEL PARA MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE. Castilhos Jr., A.B. (Coordenador). Rio de Janeiro: ABES, RiMA, 2003. Lange, L.C.; Simões, G.F.; Ferreira C.A.F. 2003. Aterro Sustentável: Um Estudo para a Cidade de Catas Altas, MG. In: RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: ATERRO SUSTENTÁVEL PARA MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE. Castilhos Jr., A.B. (Coordenador). Rio de Janeiro: ABES, RiMA, 2003. ANEXOS
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