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Lei de introdução às normas do direito brasileiro_parte 1

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df 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IUS RESUMOS 
 
 
 
 
Lei de introdução às normas 
do direito brasileiro- parte 1 
 
 
 
 
 
 
 Organizado por: Samille Lima Alves 
 
 
IUS RESUMOS 
 
 
 
I. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO .............................................. 3 
1. Aspectos Gerais da LINDB ................................................................................................................ 3 
1.1 Conceito ........................................................................................................................................... 4 
1.2 Funções da LINDB......................................................................................................................... 4 
2. Fontes do Direito ................................................................................................................................. 4 
3. Lei .............................................................................................................................................................. 6 
3.1 Conceito e características .......................................................................................................... 6 
3.2 Classificação das leis .................................................................................................................... 7 
4. Vigência das normas ....................................................................................................................... 11 
5. Revogação das normas .................................................................................................................. 13 
6. Obrigatoriedade das normas ....................................................................................................... 15 
7. Referências .......................................................................................................................................... 16 
 
SUMÁRIO 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – PARTE 1 
 
[3] 
 
 
Estudaremos adiante a primeira parte da Lei de introdução às normas do 
direito brasileiro (LINDB), tratada no Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. 
Até 2010 era chamada de Lei de Introdução ao Código Civil, porém, nunca esteve 
intrinsecamente ligada ao direito civil, mas tratava (e ainda trata) de matéria aplicada 
a todos os ramos jurídicos. 
Nessa primeira parte falaremos dos aspectos gerais da LINDB, conceito, 
características, sobre as fontes do direito, caracterizaremos a lei, sobre vigência, 
revogação e obrigatoriedade da lei. 
Bons estudos! 
Samille Lima Alves 
Equipe Ius Resumos 
--- ♠ --- 
 
I. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
1. Aspectos Gerais da LINDB 
São características da LINDB1: 
Promulgada juntamente com o Código 
Civil pelo Decreto-Lei n. 4.657 de 4-9-1942
Tem status de lei 
ordinária
Até a publicação da Lei nº 12.376/2010, era denominada de Lei de 
Introdução ao Código Civil Brasileiro
Aspectos gerais da LINDB
Criada sob Influência do 
direito francês
Estabelecer parâmetros gerais para a elaboração, a vigência e a 
eficácia das leis, além da interpretação, integração e aplicação das 
próprias normas legais, genericamente compreendidas
Visão
Origem e 
história
Natureza
Norma autônoma e independente - não 
faz parte do Código Civil
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – 
PARTE 1 
 
IUS RESUMOS 
 
Contém normas que regem 
os direitos público, privado e 
internacional
Aplica-se a todos os ramos do Direito, salvo naquilo 
que for regulado de forma diferente na legislação
Contém normas de sobredireito 
ou de apoio e tem a lei como 
tema principal
É um manual sobre como 
devem ser elaboradas as leis
Características
Composta por 19 
artigos
 
1.1 Conceito 
A LINDB por ser definida como2: 
Carlos Roberto Gonçalves:
É um conjunto de normas sobre as 
normas, visto que disciplina as próprias 
normas jurídicas, determinando o seu 
modo de aplicação e entendimento, no 
tempo e no espaço
Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona:
Trata-se de uma regra de superdireito, 
aplicável a todos os ramos do 
ordenamento jurídico brasileiro, seja 
público ou privado
Maria Helena Diniz:
É uma lex legum, ou seja, um conjunto 
de normas sobre normas, constituindo 
um direito sobre direito, um 
superdireito, ou melhor, um direito 
coordenador de direito
Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald:
Um conjunto de normas preliminares de 
aplicação universal, à totalidade do 
ordenamento jurídico
Conceito da LINDB
 
1.2 Funções da LINDB 
O legislador definiu as funções da LINDB nos seis primeiros artigos, que são: 
Regular a vigência e a 
eficácia das normas 
jurídicas
Estabelecer mecanismos de 
integração de normas
Garantir a segurança e 
a estabilidade do 
ordenamento 
Fornecer critérios de 
hermenêutica
Regulamentar o direito 
intertemporal e o direito 
internacional privado no 
Brasil
Determina o início da 
obrigatoriedade da lei
 
2. Fontes do Direito 
As fontes do direito são caracterizadas e classificadas da seguinte forma: 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – PARTE 1 
 
[5] 
Fontes do Direito
Refere-se a origem primária do direito, são os fatores determinam 
o surgimento da norma ou também o fundamento de validade da 
ordem jurídica. São, ainda, instâncias de manifestação normativa
Conceito
Fonte formal
Forma de manifestação 
ou exteriorização da 
norma jurídica – é o 
direito objetivo vigente
Fonte direta, primária ou imediata
A fonte primacial para composição da 
norma jurídica
Fonte indireta, secundária ou mediata
Contribuem de forma suplementar para 
a formação da norma
Fonte material
A matéria-prima para 
formação da norma, 
advinda da sociedade, 
da natureza
Fonte histórica
Documentos jurídicos 
produzidos no passado e 
que ainda influenciam as 
normas jurídicas da 
atualidade
Costume jurídico no direito 
consuetudinário e a lei em sentido 
amplo no sistema civil law
Analogia, princípios gerais do direito, 
jurisprudência, doutrina, equidade
Fatos sociais, históricos, 
políticos, ambientais, a 
religião, a moral
Direito romano, Código 
de Napoleão, Corpus Juris 
Civilis, Lei das XII Tábuas, 
Magna Carta Inglesa
Leis, jurisprudência, 
tratados internacionais, 
costume jurídico, a 
doutrina
 
As fontes formais subdividem-se ainda em fontes estatais e não estatais, que 
assim se caracterizam: 
Produzido nas 
instâncias do 
poder 
institucionalizado
Legislativa: leis, 
decretos, regulamentos
Jurisprudencial: 
sentenças, precedentes 
judiciais, súmulas
Convencional: tratados e convenções 
internacionais
Fonte 
estatal
Produzido pela sociedade, 
juristas, doutrinadores e 
estudiosos do direito
Costume 
jurídico
Doutrina
Negócios 
jurídicos
Fonte 
não 
estatal
Fonte formal
 
IUS RESUMOS 
 
Dentre as fontes formais, a fonte legislativa ganhou bastante importância no 
conteúdo da LINDB, e será tratada adiante. 
 
3. Lei 
3.1 Conceito e características 
A definição da lei leva em conta o sentindo amplo e o sentido restrito da 
palavra, podendo significar: 
Conceito de lei
Sentido amplo
Norma jurídica, que compreende toda regra geral de conduta, 
abrange normas escritas e costumeiras e atos de autoridade 
(leis propriamente ditas, decretos, regulamentos, entre outros
Norma jurídica elaborada adequadamente pelo Poder 
Legislativo. A lei é um ato do poder legislativo que estabelece 
normas de comportamento social. Para entrar em vigor, deve 
ser promulgada e publicada noDiário Oficial
Sentido estrito
 
Quanto às características, destacam-se3: 
Características da lei
Generalidade
A lei é um comando abstrato, que não se destina a uma pessoa 
em particular, mas a todos os cidadãos ou a uma determinada 
categoria de indivíduos
A lei é a imposição de um dever de conduta, uma ordem, um 
comando: quando exige uma ação, impõe, quando quer uma 
abstenção, proíbe
Imperatividade
A lei autoriza e legitima o uso da faculdade de coagir, logo, o 
lesado pela violação pode exigir a reparação pelo mal causado
Autorizamento
Abstração
A lei tem caráter prospectivo de geração de efeitos para o 
futuro, em função de hipóteses concebidas idealmente, não 
devendo, em regra, produzir efeitos pretéritos
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – PARTE 1 
 
[7] 
Permanência
Uma lei permanece vigente até que outra a revogue, ou, tendo 
prazo de vigência determinado em seu texto, perca sua 
validade. Os efeitos serão permanentes para as situações 
jurídicas ocorridas na vigência da norma
Emanação de 
autoridade 
competente
A lei é ato do Estado pelo seu Poder Legislativo, que deve 
observar os limites de sua competência
Obrigatoriedade
O cumprimento da lei é obrigatório, pois o reconhecimento da 
ausência de força na lei seria a sua própria desmoralização, seja 
perante o Estado, seja no meio social
Registro escrito
No sistema civil law, a lei deve ser escrita, devidamente 
produzida no processo legislativo, o que garante maior 
estabilidade das relações jurídicas, com a sua consequente 
divulgação através das publicações oficiais
 
A lei é o produto da legislação, e juntamente com a sentença, o 
costume e o contrato, constitui forma de expressão jurídica 
resultante do processo legislativo
Impor
tante!
 
3.2 Classificação das leis 
A lei pode ser classificada de acordo com os seguintes aspectos: 
Quanto à 
imperatividade
Quanto à 
intensidade da 
sanção ou 
autorizamento
Quanto à 
natureza
Cogente
Não cogente
Mais que 
perfeita Perfeita
Menos que 
perfeita Imperfeita
Substantiva ou 
material
Adjetiva ou 
processual
Quanto à 
competência 
ou extensão 
territorial
Lei Federal
Lei Estadual
Lei Municipal
Classificação da lei
 
IUS RESUMOS 
 
Quanto ao 
alcance
Geral Específica
Excepcional Singular
Permanente
Temporária
Quanto à 
duração
Quanto à 
hierarquia
Norma 
constitucional
Lei 
Complementar
Lei Ordinária
Medida 
Provisória
Lei Delegada
Decreto 
regulamentar Norma interna
 
Quanto à imperatividade, a lei pode ser cogente ou não cogente: 
Quanto à imperatividade
Cogente, impositiva, norma de ordem pública ou imperatividade absoluta
É mandamental, quando ordena ou determina uma 
ação, ou proibitiva, quando impõe uma abstenção
Não pode ser derrogada 
pela vontade dos 
interessados
Regula matéria de 
ordem pública e de 
bons costumes
Ordem pública é o conjunto de normas que regulam os 
interesses fundamentais do Estado ou que estabelecem, 
no direito privado, as bases jurídicas da ordem 
econômica ou social
Ex: normas de direito de família, sucessões, direitos reais, entre outros
 
Não cogente, dispositiva ou de imperatividade relativa
Não determina ou proíbe de modo 
absoluto determinada conduta
Permite uma ação ou abstenção, ou 
supre declaração de vontade não 
manifestada
Classifica-se 
em...
Permissiva
Supletiva
Os interessados podem dispor 
como lhes convier
Ex: art. 1.629, 
CC/02
Aplica-se na falta de manifestação 
de vontade das partes
Ex: art. 327, 
CC/02
 
Quanto ao autorizamento, a lei ser pode mais ou menos que perfeita, 
perfeita ou imperfeita: 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – PARTE 1 
 
[9] 
Quanto à intensidade da sanção ou autorizamento
Mais que perfeita Perfeita
Menos que perfeita Imperfeita
Estabelecem ou autorizam a aplicação 
de duas sanções ao violador
Ex: art. 19, Lei n° 5.478/1968
Impõem a nulidade do ato, sem cogitar 
pena ao violador
Ex: art. 166, I, 1647, I, CC/2002
Impõe somente uma sanção ao 
violador, sem acarretar a nulidade ou 
anulação do ato
Ex: arts. 667, 1.523, I, CC/2002
Não acarreta nenhuma consequência. 
São normas sui generis, não 
propriamente jurídicas.
Ex: arts. 814, 882, CC/2002
 
Quanto à natureza, a lei será substantiva ou adjetiva: 
Quanto à natureza
Essa classificação é tradicional, mas não muito utilizada atualmente, pois existem 
leis que tratam de direito material quanto de processual ao mesmo tempo, por 
exemplo, os arts. 17 e 101 do CDC e 3º e 467 do CP/1973
Substantiva 
ou material
Define direitos, estabelece os requisitos e formas de exercício - 
tratam do direito material
Adjetiva ou 
processual
Traça os meios de realização dos direitos e integram o direito 
adjetivo – dispõe sobre direito processual
 
Quanto à competência, a lei será federal, estadual ou municipal: 
Quanto à competência ou extensão territorial
Lei 
Federal
De competência da 
União Federal, votada 
no Congresso Nacional
Incide sobre todo o 
território nacional ou a 
parte dele
Ex: Constituição, 
Códigos Civil, 
Penal, Tributário
Lei 
Estadual
Aprovada pelas 
Assembleias 
Legislativas
Aplicação restrita à 
circunscrição do 
Estado-membro ou a 
parte dele
Ex: Lei de ICMS, 
Constituição 
estadual
 
IUS RESUMOS 
 
Lei 
Municipal
Editada pelas Câmaras 
Municipais
Aplicação restrita aos 
limites dos respectivos 
municípios
Ex: Lei Orgânica 
do Município, 
Lei do IPTU
 
Quanto à duração, será a lei permanente ou temporária: 
Quanto à duração
Permanente
Lei estabelecida sem prazo de 
vigência predeterminado 
É a regra no ordenamento 
jurídico brasileiro
Temporária
Lei estabelecida 
com prazo 
limitado de 
vigência
Os efeitos serão permanentes para as 
situações jurídicas consolidadas durante a sua 
aplicabilidade, salvo disposição legal posterior
 
A lei terá alcance geral, específico, excepcional ou singular: 
Geral
Específica
Aplica-se a todo um sistema de relações 
jurídicas
Destina-se a situações jurídicas específicas ou 
determinadas relações
Ex: Código Civil, 
Constituição
Ex: Relações de 
consumo, locação
Quanto ao alcance
Excepcional
Disciplina fatos e relações jurídicas genéricas, 
de modo diverso do regulado pela lei geral
Ex: atos 
institucionais da 
Revolução de 1964
Singular
Estabelecida para um único caso concreto, 
somente sendo considerada lei por uma 
questão de classificação didática
Ex: decreto 
legislativo de 
nomeação de 
servidor público
 
As leis obedecem a seguinte hierarquia: 
Quanto à hierarquia
Norma 
constitucional
É norma fundamental 
de um Estado e do 
sistema positivo
Em decorrência do princípio da 
supremacia da Constituição, todas as
demais normas devem amoldar-se às 
normas constitucionais
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – PARTE 1 
 
[11] 
Lei 
Complementar
Lei Ordinária Medida Provisória
Lei Delegada
Decreto 
regulamentar
Norma interna
Trata de matérias 
especiais, que não 
podem se deliberadas 
em leis ordinárias
Exige quorum 
especial para 
aprovação
Regulamenta textos 
constitucionais quando o 
direito não é 
autoexecutável
Trata de todas as matérias que não sejam 
de competência de leis complementares e 
cuja matéria não seja vedada pela 
Constituição
Não é lei propriamente, mas norma 
editada pelo Executivo, sobre 
determinadas matérias, em casos de 
relevância e urgência
Elaborada pelo Executivo com autorização expressa do Legislativo
Ato do PoderExecutivo que objetiva prover situações previstas na 
lei em sentido técnico, para explicitá-la e dar-lhe execução. Existem 
decretos legislativos e judiciários cuja eficácia ultrapassa a seara 
interna desses poderes
Não é lei em sentido estrito e visa disciplinar situações específicas, 
notadamente na Administração Pública
 
4. Vigência das normas 
Antes de falar sobre a vigência, é importante destacar as etapas de criação da 
lei: 
Elaboração Promulgação Publicação
A lei nasce com a promulgação, mas só começa a vigorar com sua 
publicação no Diário Oficial
 
Entende-se por vigência: 
IUS RESUMOS 
 
Vigência das normas
A vigência designa a existência específica das normas em determinada época, 
podendo ser invocada para produzir efeitos concretamente
O início da vigência depende da forma como foi publicada a lei: com ou sem período 
de vacância, com ou sem veto presidencial
Vacatio legis
É o período entre a data de promulgação e a 
entrada em vigor de uma norma
Duração da 
vigência
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue
Previsão no art. 
8º da LC 95/1998
45 dias após a publicação oficial Sem veto ou 
período de 
vacância 3 meses após a publicação oficial
Brasil
Exterior
salvo 
disposição 
contrária
Com período 
de vacância
A norma entrará em vigor no dia 
subsequente ao término da 
vacância
Na contagem inclui-se a data de 
publicação e o último dia do 
prazo
Com veto
A parte vetada é publicada posteriormente, se o veto presidencial for 
afastado pelos membros do legislativo
 As normas que dependem de 
complementação só entram em vigência 
com a publicação do complemento, 
permanecendo vigentes as normas 
anteriores
Supre-se a ausência da 
regulamentação através 
do Mandado de 
Injunção
Atenção
 
Caso o texto de lei já publicada seja alterado, a vigência se dará: 
Lei em 
vacatio legis
O prazo da obrigatoriedade será contado a partir da nova data de 
publicação e será aplicado apenas a parte que foi publicada novamente
Lei em 
vigência
As alterações realizadas serão publicadas em uma nova lei, que se 
tornarão obrigatórias de acordo com a forma de publicação
Se as alterações versarem apenas sobre correções de erros materiais ou 
ortográficos, não será necessário um novo diploma legal para modificar 
a lei em período de vacância
 
Ainda sobre vigência, é necessário distingui-la de vigor e eficácia: 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – PARTE 1 
 
[13] 
A lei estará em vigência até 
que outra a revogue, se não 
for destinada à vigência 
temporária
Vigência
É o tempo de duração de 
uma lei
Vigor
Relaciona-se com a força 
vinculante da norma
Casos julgados por normas 
já revogadas demonstram o 
vigor das normas revogadas 
- ultratividade das leis)
Eficácia
É a qualidade da 
norma que se 
refere à sua 
adequação em 
vista da produção 
concreta de efeitos
 
Ultratividade ou pós atividade é a possibilidade de produção de 
efeitos por uma lei já revogada
A ocorrência desse fenômeno 
não depende de expressa 
disposição contida na lei nova
Decorre da garantia de não 
retroatividade das normas - art. 
5º, XXXVI da CF/1988
Atenção
 
5. Revogação das normas 
A revogação da lei pode ser conceituada e caracterizada da seguinte 
maneira4: 
Revogação das normas
Revogação é a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia
Princípio da 
Continuidade
A lei tem caráter permanente, permanecendo em vigor até que 
outra a revogue
Das normas 
revogadoras
Uma lei só pode ser revogada por outra lei, de mesma 
hierarquia ou de hierarquia superior
A lei não pode ser extinta pelo costume ou pelo desuso, 
jurisprudência, decreto, portaria ou simples aviso
Repristinação
Uma norma revogada não retoma vigência quando a norma 
que a revogou perde a vigência, salvo em disposição contrária - 
art. 2º, § 3º da LINDB
Princípio da 
supremacia da lei 
sobre os costumes 
Inadmissibilidade do desuetudo espécie de costume negativo 
ou desuso) como forma revocatória das normas jurídicas
 
 
IUS RESUMOS 
 
No caso de declaração de inconstitucionalidade, por controle concentrado, da lei 
revogadora
O reconhecimento da inconstitucionalidade de uma norma jurídica revogadora, 
através de controle de constitucionalidade, implicará em efeitos repristinatórios da 
norma anteriormente revogada, restaurando os efeitos de uma norma jurídica 
incompatível com o sistema, já que a norma atacada passa a não mais existir, sendo 
excluída do ordenamento jurídico
Somente não serão restaurados os efeitos da lei revogada quando a Corte declarar 
efeitos não retroativos para a declaração de inconstitucionalidade, promovendo uma 
modulação da eficácia do controle de constitucionalidade
 
As leis temporárias não necessitam de norma revogadora, pois já têm 
determinado seu tempo de vigência
Atenção
 
As espécies de revogação dividem-se em dois grupos: quanto à extensão e 
quanto à forma de execução e são: 
Espécies de revogação
Quanto à extensão Quanto à forma de execução
Revogação 
total ou 
ab-rogação
Revogação 
parcial ou 
derrogação
Expressa
Tácita
Supressão de 
partes de uma 
norma
A nova lei declara em seu texto, de 
modo taxativo e inequívoco, que a lei 
anterior (ou parte dela) fica revogada
A nova lei não 
declara a supressão, 
mas se mostra 
incompatível com a 
lei anterior
A nova lei regula 
inteiramente a 
matéria tratada 
pela norma 
anterior
Supressão 
integral da 
norma anterior
 
A revogação deve ser expressa e o legislador não deve utilizar 
expressões genéricas de revogação - Art. 9º da LC 95/98 
Atenção
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO – PARTE 1 
 
[15] 
6. Obrigatoriedade das normas 
Princípio da 
Obrigatoriedade 
Da prova de 
existência da 
norma
Sendo a norma uma ordem dirigida à 
vontade geral, uma vez em vigor, 
torna-se obrigatória a todos
Não se faz necessário provar 
em juízo a existência da norma, 
pois parte-se do pressuposto 
que o juiz conhece o direito - 
iuria novit curia
Obrigatoriedade das normas
Art. 3º, 
LINDB
A obrigatoriedade é uma garantia de eficácia global da ordem jurídica
Tem por finalidade tornar a norma conhecida e, precipuamente, 
neutralizar a ignorância
Da Publicação da 
norma
É o conhecimento falso da lei, 
como causa de anulação de 
negócios jurídicos
Erro de Direito
Só pode ser invocado quando não 
houver o objetivo de furtar-se o 
agente ao cumprimento da lei
Exceção
Vedação 
ao erro de 
direito
Ao juiz não é obrigatório 
conhecer os direitos municipal, 
estadual, estrangeiro ou 
consuetudinário
Ex: art. 139, CC/02, art. 8º da Lei de Contravenções Penais, art. 21 e 
65, II, do Código Penal (erro de proibição), art. 1.561, CC/02 
(casamento putativo)
A obrigatoriedade é imposta de modo simultâneo em todo o 
território nacional, não havendo distinção entre as diferentes 
regiões brasileiras
Sistema da 
obrigatoriedade 
simultânea
 
Existem 3 (três) teoria sobre o preceito da obrigatoriedade das leis, e são: 
Presunção Legal
Uma vez publicada, presume-se que a lei torna-se conhecida de 
todos, por isso é obrigatória
Teorias sobre o preceito da obrigatoriedade
A teoria da necessidade social, de Clóvis Beviláqua, é a mais aceita
A obrigatoriedade da lei trata-se de uma hipótese de ficção, e 
não de presunção
Ficção Legal
A lei deve ser cumprida por todos devido as elevadas razões de 
interesse público, para que seja possível a convivência social
Necessidade 
Social
 
--- ♠ --- 
IUS RESUMOS 
 
 
7. Referências 
BRASIL. Decreto-leinº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de Introdução às 
normas do Direito Brasileiro. DOU de 9.9.1942, retificado em 8.10.1942 e retificado 
em 17.6.1943. 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral do direito 
civil. 29. ed. vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2012. 
FARIAS, Cristiano chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: 
parte geral e LINDB. 13. ed. rev. ampl e atual. vol. 1. São Paulo: Atlas S.A, 2015. 
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de 
direito civil: parte geral. vol. 1. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2014. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: parte geral. 11. ed. vol 
1. São Paulo: Saraiva, 2013. 
TARTUCE, FLÁVIO. Direito Civil: Lei de introdução e parte geral. vol 1. 11. ed. 
rev., atual. e ampl. São Paulo: Método, 2015. 
NOTAS: 
 
1 Gonçalves (2013), Farias e Rosenvald (2015, p. 77-78). 
2 Gonçalves (2013),Diniz (2012), Gagliano e Pamplona Filho (2014), Farias e Rosenvald (2015). 
3 Gonçalves (2013), Gagliano e Pamplona Filho (2014). 
4 Farias e Rosenvald (2015, p. 101-102).

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