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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS
DO DIREITO BRASILEIRO
TERMINOLOGIA 
Decreto-Lei nº 4.657, de 04 de setembro de 
1942
Nasceu: Lei de Introdução ao Código 
Civil
Virou: Lei de Introdução às normas do 
Direito Brasileiro pela Lei nº 12.376, de 
30 de setembro de 2010.
Para que 
serve?
Para que serve?
Trata-se de uma norma que trata do processo 
de criação, aplicação e interpretação das 
normas!
 Trata-se, portanto, de um conjunto de normas sobre
normas, visto que disciplina as próprias normas
jurídicas, determinando seu modo de aplicação e
entendimento no tempo e no espaço.
 É um manual de como devem ser elaboradas as
leis, assim como, fixa os parâmetros quanto à
elaboração, vigência e eficácia das leis.
Finalidade 
Tem a função evitar o subjetivismo, bem como: 
 a) determinar o início da obrigatoriedade das leis (1º); 
 b) regular a vigência e eficácia das normas jurídicas (1º e 2º); 
 c) obrigatoriedade da lei (3º); 
 d) integração da norma legal (4º); 
 e) interpretação da lei (5º); 
 f) direito intertemporal (6º); 
 g) direito internacional (7º a 17).
Fontes do direito
O que 
significa 
“Fonte”?
Fontes do direito
 Vem de fons-tis,
significando
nascente de
água, aquilo que
se origina ou
produz.
 Para o direito,
trata-se de onde
este deriva.
Fontes materiais 
 Tratam-se, não só dos fatores sociais, que
abrangem os históricos, os religiosos, os
naturais, os demográficos, os higiênicos, os
políticos, os econômicos e os morais, assim
como, os valores de cada época – ordem,
segurança, paz social e justiça – dos quais fluem
as normas jurídico-positivas.
 Tratam-se dos elementos que emergem da
própria realidade social e dos valores que
inspiram o ordenamento jurídico
Fontes materiais 
 Lei nº 9.278, de 10 de maio de 1996, fixa:
Art. 1º É reconhecida como entidade familiar a convivência
duradoura, pública e contínua, de um homem e uma
mulher, estabelecida com objetivo de constituição de
família.
(...)
Art. 5° Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por
ambos os conviventes, na constância da união estável e a
título oneroso, são considerados fruto do trabalho e da
colaboração comum, passando a pertencer a ambos, em
condomínio e em partes iguais, salvo estipulação contrária
em contrato escrito.
Fontes materiais 
 Lei nº 11.804, de 05 de novembro de 2008, dita:
Art. 1o Esta Lei disciplina o direito de alimentos da mulher gestante e a
forma como será exercido.
(...)
Art. 2o Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores
suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e
que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as
referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica,
exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais
prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do
médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à
parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai,
considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela
mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos.
Fontes formais, diretas ou imediatas
Fontes materiais, tratam 
do fundamento. 
E as fontes formais, do 
que tratam?
Fontes formais, diretas ou imediatas
É o veículo pelo qual tais
vontades sociais se
expressam, isto é, os
modos de formação e de
revelação das normas
jurídicas.
Fontes formais, diretas ou imediatas
São constituídas:
pela lei
pela analogia
pelos costumes
pelos princípios gerais de direito
Fontes formais, diretas ou imediatas
Qual é a 
principal fonte 
formal?
Fontes formais, diretas ou imediatas
A Lei!
Por quê? 
Fontes formais, diretas ou imediatas
 É criada pelo Estado e a todos é imposta,
sob pena de determinada sanção, isto é,
assume forma imperativa!
 Basta ver o art. 5º, inc. II da CF/88:
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
Fontes não formais, indiretas ou mediatas
 Trata-se da doutrina e da jurisprudência,
que não geram por si só regra jurídica,
mas acabam contribuindo para a sua
elaboração.
 Tratam-se de fontes do direito na medida
em que, traduzem a todos que a utilizam
a convicção jurídica.
Fontes não formais, indiretas ou mediatas
 A título de exemplo, pode-se mencionar a
prova emprestada. A qual de tão utilizada,
não se percebe que não possui previsão legal.
 Do ponto de vista formal é uma prova atípica,
porque o juiz do processo adquire um
conhecimento que não lhe chegou pelas vias,
por assim dizer, habituais. Isto é, chegou-lhe
de segunda mão, pois ele o obtém
aproveitando algo que acontecera noutro
processo.
Vigência da lei 
Vigência da lei no tempo 
Vigência da lei no espaço 
Vigência da lei no tempo
 Ciclo de vida da Lei:
 Nasce
 Aplica-se
 Permanece em vigor até ser revogada
 Código Civil de 2002, Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro de 2002, em seu art. 2.045 firmou que:
 Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de
janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do
Código Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de
1850.
Vigência da lei no tempo
Processo de criação da lei 
 1ª Fase: Elaboração ou de iniciativa
CF/88, art. 61: A iniciativa das leis
complementares e ordinárias cabe a qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e
aos cidadãos, na forma e nos casos previstos
nesta Constituição.
Vigência da lei no tempo
Processo de criação da lei 
 2ª Fase: Discussão e aprovação
CF/88, art. 65: O projeto de lei aprovado por uma
Casa será revisto pela outra, em um só turno de
discussão e votação, e enviado à sanção ou
promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado,
voltará à Casa iniciadora.
Vigência da lei no tempo
Processo de criação da lei 
3ª Fase: Promulgação
A promulgação é a declaração oficial
de que a lei existe, é autentica e está
pronta para ser executada.
Vigência da lei no tempo
Processo de criação da lei 
 4ª Fase: Sanção
 Que é chancela (assinatura) do
Presidente da República de que concorda
com a Lei.
 Em caso de não concordar com os termos
da Lei, poderá vetar.
Vigência da lei no tempo
Processo de criação da lei 
 5ª Fase: Publicação
 A publicação constitui o meio em face do
qual se transmite a lei promulgada aos
seus destinatários. É o ato de
comunicação oficial. É condição para a lei
entrar em vigor e tornar-se eficaz
Uma vez publicada a 
lei, há de se cumprir 
ela ou não?
Vigência da lei no tempo
LINDB, art. 1º:
Salvo disposição contrária, a
lei começa a vigorar em todo
o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente
publicada.
Vigência da lei no tempo
Pode o prazo 
ser diferente 
de 45 dias?
Vigência da lei no tempo
A LINDB trata de prazo residual. Em
regra a própria lei deve assinalar o
prazo de sua vacatio legis.
De se ver o Código Civil de 2002, em
seu art. 2.044 que fixou:
Este Código entrará em vigor 1 (um)
ano após a sua publicação.
Vigência da lei no tempo
 O prazo da vacatio legis atualmente é
regulada pelo art. 8º da Lei Complementar nº
95, de 26.02.1998, que trata da vigência das
leis e,fixa que a vigência da lei será indicada
de forma expressa e de modo a contemplar
prazo razoável para que dela se tenha
amplo conhecimento, reservada a cláusula
‘entra em vigor na data de sua publicação’
para as leis de pequena repercussão.
Vigência da lei no tempo
 No que concerne à contagem do prazo, assinala
o § 1º de dito artigo que, a contagem do prazo
para entrada em vigor das leis que estabeleçam
período de vacância far-se-á com a inclusão da
data da publicação e do último dia do prazo,
entrando em vigor no dia subseqüente à
consumação integral.
 O § 2º: as leis que estabeleçam período de
vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra
em vigor após decorridos (o número de) dias de
sua publicação oficial.
Vigência da lei no tempo
 Assinala o § 3º do art. 1º que se antes de
entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação
de seu texto, destinada a correção, o prazo
deste artigo e dos parágrafos anteriores
começará a correr da nova publicação.
 Por sua vez, o § 4º do mesmo artigo, fixa que
as correções a texto de lei já em vigor
consideram-se lei nova.
Já sabemos quando a 
lei nasce, mas quando 
ela deixa de viger?
Revogação 
 Art. 2o Não se destinando à vigência temporária,
a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.
 § 1o A lei posterior revoga a anterior quando
expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei
anterior.
 § 2o A lei nova, que estabeleça disposições
gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior.
Revogação 
 A revogação nada mais é senão a
cessação da vigência de uma norma
legal, através do advento de uma nova lei.
 A revogação é gênero, sendo espécies:
ab-rogação, que trata da supressão total da
norma legal anterior por lei nova;
derrogação que ocorre quando a nova lei
torna sem efeito apenas parte do texto legal
anterior.
Revogação 
 Expressa: quando a lei nova expressamente
mencionar que a anterior está revogada
 Art. 2.045 do CC/02: revogam-se a Lei 3.071, de 1º
de janeiro de 1916 – Código Civil e a Primeira Parte
do Código Comercial, Lei 556, de 25 de junho de
1850.
 Tácita: Nova norma for incompatível com a
anterior, não havendo previsão quanto a sua
revogação.
 O CC/02 não revogou leis especiais, atualmente
incompatíveis com sua sistemática, como é o caso da
Lei de Condomínio e Incorporação (Lei nº 4.591/67).
Revogação 
 Normas só podem ser revogadas por norma
equivalente à revogada.
 Lei ordinária jamais poderá ab-rogar ou mesmo
derrogar o contido na norma constitucional.
 Aliás, a este respeito, importante fixar os
princípios gerais:
 Lex posteriore derrogat lex anteriore
 Lex superior derogat legi inferiori
 Lex specialis derrogat lex generale
Espécie de 
revogação
Quanto à sua 
extensão 
Total ou ab-
rogação
Parcial ou 
derrogação
Quanto à 
forma de sua 
execução 
Expressa
Tácita
Incompatibilidade das disposições 
novas com as já existentes: 
critério cronológico
(lex posterior derogat legi priori)
Incompatibilidade com a 
mudança havida na CF: critério 
hierárquico 
(lex superior derogat legi inferiori) 
Prevalência da lei especial sobre a 
geral: critério da especialidade
(lex specialis derogat legi
generali)
Repristinação das leis 
Se a Lei „A‟ é revogada pela 
Lei „B‟ e, em seguida, vem 
a Lei „C‟ e revoga a Lei „B‟, 
se restauram os efeitos da 
Lei „A‟?
Repristinação das leis 
O § 3º do art. 2º afirma que
salvo disposição em
contrário, a lei revogada
não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a
vigência.
Vigência da lei no espaço 
Via de princípio as normas possuem
seu campo de aplicação limitado no
espaço pelas fronteiras do Estado
que a promulgou.
Trata-se do princípio da
territorialidade da lei, segundo o
qual no Brasil somente se pode
aplicar a norma jurídica nacional.
Vigência da lei no espaço 
 Em vista da soberania estatal, a norma tem
aplicação dentro do território delimitado pelas
fronteiras do Estado. Esse princípio da
territorialidade, entretanto, não é absoluto. A cada
dia é mais acentuado o intercâmbio entre
indivíduos pertencentes a Estados diferentes.
 Para tanto, o Brasil adota o sistema da
territorialidade moderada, cuja aplicação será
melhor explicado abaixo, quando da eficácia das
leis no espaço.
4. Obrigatoriedade das normas 
É correto dizer: 
“não sabia que 
a lei dizia isso”?
4. Obrigatoriedade das normas 
Art. 3o: Ninguém se
escusa de cumprir a
lei, alegando que
não a conhece.
4. Obrigatoriedade das normas 
Art 1º Constitui crime: (...) b)
Produzir açúcar em fábrica
clandestina, na forma
estabelecida nos arts. 20, 22 e
30 do Decreto-lei nº 1.831, de
4.12.1939;
4. Obrigatoriedade das normas 
 CONSIDERANDO que a produção clandestina de açúcar e de álcool, seu
transporte e sua comercialização envolvem aspectos que dizem respeito à
segurança Nacional; ocasiona a desmoralização do comércio legítimo
provocando o aviltamento do mercado, gerando sérios problemas de
natureza social, inclusive em relação aos trabalhadores agrícolas e aos
produtores de cana;
 CONSIDERANDO que é de relevante e inadiável importância a
recuperação da economia da agro-indústria açucareira, o que sòmente se
conseguirá mediante a normalização do comércio açucareiro;
 CONSIDERANDO que as diversas medidas para corrigir as irregularidades
havidas nesse setor da economia não têm proporcionado resultados
eficazes que a conjuntura atual exige;
 CONSIDERANDO que é imperioso qualificar a produção clandestina de
açúcar e de álcool, seu transporte e sua comercialização dentro do ilícito
penal, resolve baixar o seguinte decreto-lei:
5. Eficácia das leis
5.1 Eficácia das leis no tempo
 A lei tem seu período de vida, nascendo,
vigendo e morrendo.
 A questão é: quando uma lei é revogada,
qual será o tratamento jurídico a ser
dispensado aos fenômenos fáticos que se
formaram no tempo de sua vigência e que
continuarão se desenvolvendo mesmo
depois do advento da nova lei?
5. Eficácia das leis
5.1 Eficácia das leis no tempo
Art. 6º: A Lei em vigor terá
efeito imediato e geral,
respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito
adquirido e a coisa
julgada.
5. Eficácia das leis
5.1 Eficácia das leis no tempo
O que é? 
Ato jurídico perfeito 
Direito adquirido 
Coisa julgada
Ato jurídico perfeito 
1º Reputa-se ato jurídico
perfeito o já
consumado segundo a
lei vigente ao tempo
em que se efetuou.
Direito adquirido 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim
os direitos que o seu titular, ou
alguém por êle, possa exercer, como
aquêles cujo comêço do exercício
tenha têrmo pré-fixo, ou condição
pré-estabelecida inalterável, a arbítrio
de outrem.
Coisa julgada
§ 3º Chama-se coisa
julgada ou caso julgado
a decisão judicial de
que já não caiba
recurso.
5. Eficácia das leis
5.1 Eficácia das leis no tempo
Cumpre advertir que a CF/88, em
seu art. 5º, inc. XXXVI, repetindo
o preceito da LINDB fez constar
que a lei não prejudicará o direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e
a coisa julgada.
5. Eficácia das leis
5.1 Eficácia das leis no tempo
Portanto, as 
leis tem 
retroatividade?
5. Eficácia das leis
5.1 Eficácia das leis no tempo
Há exceção?
5. Eficácia das leis
5.1 Eficácia das leis no tempo
 Admitir-se-á a aplicação da lei nova aos casos
passados (a retroatividade) quando:
i) houver expressa previsão na lei,
determinando sua aplicação a casos
pretéritos(ou seja, no silêncio da lei,
prevalece a irretroatividade);
ii) desde que essa retroatividade não
ofenda o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.
Retroatividade benigna
Neste sentido assinala o art. 5º,
inc. XL da CF/88 que a lei penal
não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu.
No direito tributário, é o art. 106
do Código Tributário Nacional
que trata do assunto.
5. Eficácia das leis
5.2 Eficácia das leis no espaço
As normas brasileiras 
valem no exterior? 
E o contrário, aplica-se? 
5. Eficácia das leis
5.2 Eficácia das leis no espaço
Regras da territorialidade:
LINDB, arts. 8º e 9º
Regras da extraterritorialidade
LINDB, arts. 7º, 10, 12 e 17
5. Eficácia das leis
5.2 Eficácia das leis no espaço
 Pela territorialidade, a norma jurídica
aplica-se ao território do Estado,
estendendo-se às embaixadas,
consulados, navios de guerra, onde quer
se encontrem, navios mercantes em
águas territoriais ou em alto-mar, navios
estrangeiros (menos os de guerra em
águas territoriais) e aeronaves no espaço
aéreo do Estado
5. Eficácia das leis
5.2 Eficácia das leis no espaço
 Pela extraterritorialidade, a norma é aplicada
em território de outro Estado, segundo os
princípios e convenções internacionais.
 É um privilégio pelo qual certas pessoas
escapam à jurisdição do Estado em cujo
território se achem, submetendo-se apenas à
jurisdição do seu país. A norma estrangeira
passa a integrar momentaneamente o direito
nacional, para solucionar determinado caso
submetido à apreciação.
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
 Para que a norma estrangeira seja
acolhida no território brasileiro é
necessário uma regra de conexão, isto é,
um elemento para definir as hipóteses em
que a legislação estrangeira poderá surtir
efeitos concretos no território nacional.
 A LINDB adota como regra de conexão o
chamado estatuto pessoal.
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
Art. 7o A lei do país em que
domiciliada a pessoa
determina as regras sobre o
começo e o fim da
personalidade, o nome, a
capacidade e os direitos de
família.
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
+
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
 Uma brasileira e um estrangeiro residente em seu
país pretenderem casar-se no Brasil, tendo
ambos vinte anos de idade, e a lei do país de
origem do noivo exigir o consentimento dos pais
para o casamento de menores de vinte e dois
anos, como acontece na Argentina, precisará ele
exigir tal autorização, por aplicar-se no Brasil a lei
de seu domicílio.
 No entanto, dispensável será tal autorização se o
noivo estrangeiro aqui tiver domicílio. Aplicar-se-á
a lei brasileira, porque o casamento realizar-se-á
no Brasil e o estrangeiro encontra-se aqui
domiciliado.
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
Art. 8o Para qualificar os
bens e regular as relações
a eles concernentes,
aplicar-se-á a lei do país
em que estiverem situados.
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
Art. 10 (...) § 2o A lei
do domicílio do
herdeiro ou legatário
regula a capacidade
para suceder.
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
Art. 11. As organizações
destinadas a fins de
interesse coletivo, como as
sociedades e as fundações,
obedecem à lei do Estado
em que se constituirem.
5.2.1 Estatuto pessoal e a lex domicilli
Art. 12. É competente a
autoridade judiciária
brasileira, quando for o réu
domiciliado no Brasil ou
aqui tiver de ser cumprida a
obrigação.
5.2.2 Casamento realizado no Brasil 
 Pelos termos do § 1º do art. 7º da LINDB
realizando-se o casamento no Brasil, será
aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades
da celebração.
 Assim, mesmo que estrangeiros, a lei
brasileira será aplicável, inclusive no tocante
aos impedimentos dirimentes, absolutos e
relativos.
5.2.2 Casamento realizado no Brasil 
 Art. 1.521: Não podem casar:
 I - os ascendentes com os descendentes, seja o
parentesco natural ou civil;
 II - os afins em linha reta;
 III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o
adotado com quem o foi do adotante;
 IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais
colaterais, até o terceiro grau inclusive;
 V - o adotado com o filho do adotante;
 VI - as pessoas casadas;
 VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu
consorte.
5.2.3 Casamento de estrangeiros
 Assinala o § 2º do art. 7º da LINDB que
o casamento de estrangeiros poderá
celebrar-se perante autoridades
diplomáticas ou consulares do país de
ambos os nubentes.
 Assim sendo, o casamento será
celebrado segundo a lei do país do
celebrante.
5.2.4 Regime de bens e divórcio 
 O regime de bens também será fixado pelo
domicílio.
 É o que dita o § 4º do art. 7º: O regime de
bens, legal ou convencional, obedece à lei
do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, a do
primeiro domicílio conjugal. Se os domicílios
forem diversos, aplica-se a regra do § 3º, isto
é, o do primeiro domicílio.
5.2.4 Regime de bens e divórcio 
 Art. 7º (...) § 6º O divórcio realizado no estrangeiro,
se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só
será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da
data da sentença, salvo se houver sido antecedida de
separação judicial por igual prazo, caso em que a
homologação produzirá efeito imediato, obedecidas
as condições estabelecidas para a eficácia das
sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal
de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá
reexaminar, a requerimento do interessado, decisões
já proferidas em pedidos de homologação de
sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a
fim de que passem a produzir todos os efeitos legais.
 SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA.
BIGAMIA. CASAMENTO CELEBRADO NO BRASIL E
ANULADO PELA JUSTIÇA JAPONESA.
HOMOLOGAÇÃO NEGADA. 1. A bigamia constitui
causa de nulidade do ato matrimonial, tanto pela
legislação japonesa, como pela brasileira, mas, uma
vez realizado o casamento no Brasil, não pode ele ser
desfeito por Tribunal de outro país, consoante dispõe
o § 1º do art. 7º da Lei de Introdução ao Código Civil.
2. Precedente do STF - SEC 2085. 3. Pedido de
homologação negado. (SEC 1.303/JP, Rel. Ministro
FERNANDO GONÇALVES, CORTE ESPECIAL,
julgado em 05/12/2007, DJ 11/02/2008, p. 51)
5.2.5 Sucessão causa mortis
Também se rege pelo domicílio a
sucessão causa mortis, conforme
assinala o art. 10 da LINDB.
Confira-se: A sucessão por morte ou
por ausência obedece à lei do país
em que domiciliado o defunto ou o
desaparecido, qualquer que seja a
natureza e a situação dos bens.
5.2.6 Competência da autoridade judiciária 
 Art. 12. É competente a autoridade judiciária
brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
 § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete
conhecer das ações relativas a imóveis situados
no Brasil.
 § 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá,
concedido o exequatur e segundo a forma
estabelecida pele lei brasileira, as diligências
deprecadas por autoridade estrangeira
competente, observando a lei desta, quanto ao
objeto das diligências.
Promessa de recompensa 
 PROCESSO CIVIL E INTERNACIONAL - RECURSO ORDINÁRIO
- COMPETÊNCIA DO STJ - ESTADO ESTRANGEIRO -
PROMESSA DE RECOMPENSA - CIDADÃO BRASILEIRO -
PARANORMALIDADE - AÇÃO ORDINÁRIA VISANDO AO
RECEBIMENTO DA GRATIFICAÇÃO - COMPETÊNCIA
CONCORRENTE DA JUSTIÇA BRASILEIRA - IMUNIDADES DE
JURISDIÇÃO E EXECUÇÃO - POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA -
CITAÇÃO/NOTIFICAÇÃO DO ESTADO RÉU -NECESSIDADE -
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO -
AFASTAMENTO - RECURSO PROVIDO. (...) (RO . 39/MG, Rel.
Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em
06/10/2005, DJ 06/03/2006, p. 387)
5.2.7 Execução no Brasil de sentença 
proferida no estrangeiro
 Art. 15. Será executada no Brasil a sentença
proferida no estrangeiro, que reuna os seguintes
requisitos:
 a) haver sido proferida por juiz competente;
 b) terem sido os partes citadas ou haver-se
legalmente verificado à revelia;
 c) ter passado em julgado e estar revestida das
formalidades necessárias para a execução no lugar
em que foi proferida;
 d) estar traduzida por intérprete autorizado;
 e) ter sido homologada STJ
Art. 12 (...) § 2o A autoridade
judiciária brasileira cumprirá,
concedido o exequatur e segundo a
forma estabelecida pele lei brasileira,
as diligências deprecadas por
autoridade estrangeira competente,
observando a lei desta, quanto ao
objeto das diligências.
Caso: Dívida de jogo 
Art. 105. Compete ao Superior
Tribunal de Justiça: (...) i) a
homologação de sentenças
estrangeiras e a concessão de
exequatur às cartas
rogatórias;
Observação obrigatória: 
Art. 17. As leis, atos e sentenças
de outro país, bem como
quaisquer declarações de
vontade, não terão eficácia no
Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem
pública e os bons costumes.
Fundamento 
Art. 814. As dívidas de jogo ou
de aposta não obrigam a
pagamento; mas não se pode
recobrar a quantia, que
voluntariamente se pagou, salvo
se foi ganha por dolo, ou se o
perdente é menor ou interdito.
Questão 
Eventual dívida de jogo, 
contraída nos EUA poderia 
receber do STJ o exequatur, 
isto é, a chancela de que 
pode-se cobrar o brasileiro 
devedor no Brasil? 
Quais são os três principais 
fundamentos utilizados pelo 
Ministro Marco Aurélio para 
justificar a cobrança de dívida 
de jogo no Brasil mediante 
sentença estrangeira?

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