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resumo tributario I segunda parte

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DIREITO TRIBUTÁRIO
1. Legislação tributária
	A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
	O CTN trata como todas as normas gerais e abstratas reitoras de tributo, desde CF, LC, LO, decretos, resoluções e atos do Poder Público, não se tratando, portanto, de normas só em sentido formal (aprovada pelo processo legislativo), mas também em sentido material (geral e abstrata). OBS: decreto, resolução -> norma em sentido material
O ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. Não pertence à legislação tributária, pois não é norma formal e nem material, é concreta.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 96. Uma Constituição deve abranger em seu conteúdo direitos e garantias fundamentais e a regulamentação dos Poderes.
A nossa CF utiliza os princípios para assegurar os direitos e garantias fundamentais e as imunidades para tratar dos Poderes. Além disso, faz a repartição de competências, definindo quem tem o recurso. Trata também da repartição da Receita tributária (não é quem tem mais condições de arrecadar que vai ficar com tudo arrecadado, devendo ser entregue parte ou todo às demais entidades), configurado no pacto federativo cooperativo.
A primeira e, quiçá, mais clara dessas manifestações encontra-se inserta no artigo 24, caput, inciso I e parágrafo 1o, da Lei Maior, que versa sobre a designada competência legislativa concorrente, ao estabelecer que compete à União, aos Estados-membros e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário. O §1º do referido dispositivo magno, entretanto, giza que “No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais” (§1º). Na hipótese de inércia da União quanto à elaboração das normas gerais, poderão os Estados e o Distrito Federal exercer a competência legislativa plena (art. 24, caput, c/c o art. 32, §1º, CF/88).
A Lei Maior confere às pessoas políticas competência tributária para instituir e cobrar, privativamente, mediante lei, seus próprios tributos. Porém, como indiscutivelmente houve maior concentração de poder de tributar nas mãos da União, menor poder nas mãos dos Estados-membros e do Distrito Federal, e menor ainda nas dos Municípios, a solução encontrada pelo constituinte para promover maior equilíbrio no pacto federativo foi adotar o mecanismo de repartição de receitas tributárias (art. 156 a 162, CF).
Segundo esse mecanismo, por exemplo, da arrecadação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados, a União entregará 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (art. 159, I, “a”, CF/88); o percentual de 23,5% ao Fundo de Participação dos Municípios (art. 159, I, “b” e “d”, CF/88); e também 3% para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (art. 159, I, “c”, CF/88). Por outro lado, dentre outras receitas, pertencem aos Municípios 50% do produto da arrecadação do imposto estadual sobre a propriedade dos veículos automotores (IPVA) licenciados em seus territórios.
Trata-se de uma nítida manifestação do federalismo cooperativo porque a outorga de competência tributária privativa aos entes políticos não impediu que os Estados-membros e o Distrito Federal, por ordem magna, participassem da arrecadação tributária federal, nem que os Municípios fossem contemplados com parcela da arrecadação tributária estadual.
- EMENDA CONSTITUCIONAL
	É uma norma com estatura de norma constitucional, que tem o poder de alterar a Constituição por obra do Poder Constituinte Derivado.
	Tem limitações à sua criação, presentes não só no art. 60, §4º, mas em outros artigos que estão identificados com os elencados com este (ex: art. 150, III, que trata do princípio da irretroatividade). A cláusula pétrea não inibe tratar sobre o tema, apenas a alterá-lo.
	São cláusulas pétreas tributárias o pacto federativo, as imunidades e a repartição de competência e de receita. Não inibe tratar do tema, porém não se pode alterar ou abolir.
	
- LEI COMPLEMENTAR
	 É uma lei que tem como propósito complementar, explicar, adicionar algo à constituição (complementa algum princípio constitucional). Ela tem uma função específica, que deve vir expressamente no texto constitucional que estabeleça a reserva de matéria complementar.
	A matéria que seja regrada por ela tem que ser mais rígida, por quórum qualificado.
	O art. 146 da CF traz a reserva de matéria complementar tributária, definindo o conflito de competência, regulamentando as limitações constitucionais ao poder de tributar no art. 150 (princípios) e normas gerais de direito tributário introduzida desde 69 (competência concorrente, art, 24 CF).
	O art. 1º do CTN tem como fundamento constitucional o art. 146, III CF.
O Código Tributário Nacional, na época de sua publicação ainda não denominado como tal, foi promulgado como lei ordinária, Lei 5.172/66, sob a égide da Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 18/9/46, visto que não existia, perante este Diploma Constitucional, a figura da lei complementar.
Quando da promulgação da Carta Constitucional de 1967, foi criada a figura da lei complementar e reservada a esta, pelo artigo 18, § 1º, abaixo transcrito, a competência para estabelecer normas gerais de direito tributário.
Como a Lei 5.172/66 já disciplinava normas gerais em matéria tributária, foi esta recepcionada pela Constituição de 1967 como lei complementar e, como se não bastasse a automática aplicabilidade do Princípio da Recepção, foi promulgado o Ato Complementar 36, em 13/3/1967, que, em seu artigo 7º, denominou esta lei de Código Tributário Nacional, conferindo-lhe status de lei complementar.
A Constituição Federal de 1969 manteve inalterado o § 1º do artigo 18 da Constituição Federal de 1967. Por conseguinte, tendo sido o Código Tributário Nacional recepcionado como lei complementar pela Carta Constitucional de 1967, e como a matéria por este tratada continuou, pelas Constituições posteriores, a de 1969 e a de 1988, reservada à lei complementar, manteve-se e mantém-se até hoje este código como lei complementar.” 
Compete à lei complementar instituir empréstimos compulsórios e impostos residuais.
OBS: Competência tributária da União - está prevista nos Arts.153 e 154 da CF. Os tributos que podem ser instituídos por ela são: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, Imposto extraordinário (em caso de guerra), Empréstimo compulsório, Impostos residuais, Contribuições especiais, Contribuição para o custeio do regime previdenciário de seus servidores públicos, Taxas e Contribuições de melhoria.
No tocante aos impostos de competência da União, além desses poderá a lei instituir outros, lembrando-se que esse evento se dá através de lei ordinária, excetuando-se o IGF, empréstimos compulsórios, impostos e contribuições residuais, que ocorrem mediante Lei Complementar.
Competência tributária dos Estados e Distrito Federal - está prevista no Art. 155 da CF. Os tributos que podem ser instituídos por eles são: ICMS, ITCMD, IPVA, Contribuição para o custeio do regime previdenciário de seus servidores públicos, Taxas e Contribuições de melhoria. 
Competência tributária dos Municípios e do Distrito Federal - está prevista no Art. 156 da CF. Os tributos que podem ser instituídos por eles são: IPTU, ISS, ITBI, Contribuição para o custeio do regime previdenciário de seus servidores públicos, Contribuição para o Serviço de Iluminação Pública, Taxas e Contribuições de melhoria.
- LEI ORDINÁRIA
É a norma natural com que as entidades federativas exercem a competência tributária instituindo otributo. Deve tratar de todos os elementos do tributo (fato gerador, base de cálculo, alíquota e sujeitos), para estar de acordo com o princípio da legalidade (art. 150, I).
Exceções ao princípio da legalidade: somente para alguns tributos, o Poder Executivo pode alterar (reduzir, majorar ou restabelecer) as alíquotas sem lei, podendo ser por decreto do Presidente da República ou portaria do Ministro da Fazenda, mas sempre respeitando os patamares estabelecidos pela lei. Para alterar estes patamares há a necessidade da lei, porque são tributos extrafiscais (poderoso instrumento financeiro empregado pelo Estado a fim de estimular ou inibir condutas, tendo em vista a consecução de finalidades não meramente arrecadatórias), isto é, que visam à regulação do mercado. São eles: II, IE, IPI, IOF (extrafiscais), CIDE-Combustível (177, §4º, I, b) e ICMS-Combustível (155, §4º, IV). Artigos: 153, §1º; c;.
A majoração, em si, da alíquota da CIDE-Combustível e do ICMS-Combustível deve avocar a presença da lei, passando ao largo da ressalva ora estudada.
Não existe, sob o ponto de vista constitucional, hierarquia entre uma lei complementar e uma lei ordinária. O que, de fato, existe é uma reserva de competência para cada uma delas. Porém, considerando que o quórum de aprovação de uma lei complementar sempre conterá o quórum de aprovação de uma lei ordinária, aquela poderá tratar de matéria de lei ordinária. Mas nesta hipótese terá apenas estatura de lei ordinária, podendo ser revogada por ela livremente. O parâmetro de controle é sempre a constituição.
- MEDIDA PROVISÓRIA
Após tramitar durante seis anos no Congresso Nacional, a PEC n. 472, pondo fim a intensos debates, resultou na Emenda Constitucional n. 32/2001. Esta, consoante o comando inserto no art. 62, § 2º, CF, permite a utilização de medida provisória (MP) em matéria tributária, no tocante à instituição ou aumento de tributo. A medida provisória se traduz em ato normativo de vida efêmera e de utilização excepcional, no trato de certos assuntos, cujos pressupostos materiais atrelam-se a elementos de relevância e urgência. Resumidamente, é “ato político, normativo, discricionário, excepcional, cautelar, precário e com força de lei”.
Com a EC n. 32/2001, o prazo de validade de uma MP passou a ser de 60 dias, admitida uma única prorrogação por mais 60 dias (art. 62, § 7°, CF). Não havendo a conversão em lei, no prazo supracitado, a medida provisória perderá eficácia desde a origem, devendo os produzidos efeitos serem regulados por decreto legislativo do Congresso Nacional (art. 62, § 3°, CF). Aliás, é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo (art. 62, § 10, CF). Por fim, não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas (art. 62, § 11, CF).
A medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada, ressalvadas as exceções constantes do art. 62, § 2°, CF.
É defeso à MP tratar de matéria reservada à lei complementar, consoante o art. 62, § 1°, III, da CF, assim, só tratará de matéria de lei ordinária. Trata-se de restrição material (por via indireta) à edição de MP na seara do Direito Tributário. Assim, os tributos adstritos à ação normativa da lei complementar não poderão ser instituídos ou majorados por medida provisória.
	Tributos federais que avocam a lei complementar: Impostos sobre Grandes Fortunas, Empréstimos Compulsórios, Impostos Residuais e Contribuições Social-previdenciárias Residuais.
	Recomenda-se a observação atenta de alguns dispositivos, afetos à lei complementar:
** Quanto às matérias discriminadas no art. 146 e 146-A CF
** Quanto ao ICMS art. 155, § 2º, XII, e alíneas, da CF
** Quanto ao ITCMD art. 155, § 1º, III, CF
** Quanto ao ISS art. 156, III e § 3º, CF
** Quanto à Contribuição Social art. 195, § 11, CF
	É possível a MP instituir tributo, pois os requisitos de relevância e urgência são de apreciação discricionária do Presidente, não cabendo ao Judiciário o controle externo dessa decisão e porque é possível que a escolha da MP seja para justamente respeitar o principio da anterioridade sem que tenha que se valer do ato do Legislativo.
- TRATADOS INTERNACIONAIS
	É um acordo internacional celebrados entre sujeitos de direito internacional e destinado a produzir efeitos jurídicos.
	Os tratados-contratos instituem direitos e obrigações e, geralmente, regulam relações de comércio. Não passam pelo Legislativo. Se for oneroso, deve ter referendo do Legislativo.
	Os tratados-lei tem por objetivo estabelecer normas gerais. São as que aprovam as Convenções Internacionais que editam lei que deverão vigorar nos países signatários.
	Em regra, a assinatura de um tratado é sempre manifestada ad referendum dos órgãos internos (parlamento) do Estado competentes para autorizar a ratificação do tratado.
	O Brasil segue o dualismo, que admite a existência de duas ordens distintas: a interna e a externa, onde cada uma não se comunica com a outra. O Direito Interno é elaborado pela vontade soberana do Estado, enquanto que o Direito Internacional assenta-se na acomodação destas vontades e, via de conseqüência, admite que a norma internacional somente poderá ser aplicada à vida interna por incorporação ao Direito Nacional.
	No ordenamento jurídico brasileiro o Presidente da República tem competência para celebrar o tratado (art. 84, VIII CF) e, posteriormente, o Congresso Nacional irá aprová-los, mediante decreto legislativo. 
Após a aprovação pelo Congresso Nacional, o tratado volta para o Poder Executivo para que seja ratificado. Com a ratificação do Presidente da República o tratado internacional deverá ser promulgado internamente através de um decreto de execução presidencial.
Os atos jurídicos, depois de verificada a sua validade, estarão aptos a produzir os seus efeitos específicos ingressando assim, no plano da eficácia. Com o decreto presidencial, o tratado já poderá entrar em vigor. 
Os tratados, em geral, quando recepcionados pelo ordenamento jurídico brasileiro adquirem o status de normas infraconstitucionais (ordinária se tratar de matéria ordinária, e complementar se tratar de matéria complementar). Nesses termos, tais tratados, quando promulgados, revogam todas as normas anteriores contrárias ao seu conteúdo e, por outro lado, são revogados por leis posteriores quando da existência de um conflito.
Ele pode criar e isentar tributo se ele for de competência da lei ordinária. Pode também isentar se for de competência da União Federal, assim como por Estados e Municípios. Em relação a estes dois últimos, não rompe com o pacto federativo, pois o art. 151, III da CF não se aplica aos tratados, já que quem os celebra é a República Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito público externo e distinta da União, pessoa jurídica de direito público interno.
Historicamente, as isenções foram divididas em isenções autônomas e heterônomas. "As primeiras são autolimitações - do ponto de vista legislativo - do poder de tributar. As segundas são heterolimitações e ocorrem quanto a Constituição declina regra de competência a uma ordem de governo para isentar tributos de outra". O Supremo Tribunal Federal, contudo, se inclinou no sentido de que a isenção somente poderia ser concedida pelo ente competente para a instituição do tributo.
A Constituição de 1988, por sua vez, impôs radical limitação à possibilidade das isenções heterônomas em seu art. 151, III, vedando à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Assim, a partir do novo texto constitucional, surgiu a vedaçãopara a instituição de isenção de tributos estaduais e municipais por parte da União Federal. Muito embora a restrição do art. 151, III, seja, em uma interpretação literal, aplicável somente à União com relação aos demais entes federados, convém referir que a mesma proibição vige nas relações entre os Estados-membros e os Municípios. Desse modo, mesmo não havendo comando constitucional expresso, a concessão da isenção de um tributo municipal pelo Estado-membro cria uma situação de inconstitucionalidade.
A restrição imposta pelo art. 151, III, da Constituição encontra exceção em seus arts. 155, XII, "e", e 156, § 3º, II. Assim, pode ainda a União conceder, mediante lei complementar, isenções do ICMS sobre as exportações para o exterior de serviços de transporte e de comunicação e de mercadorias que não forem produtos industrializados e do ISS incidente sobre a exportação de serviços ao exterior.
	Outro ponto a ser abordado sobre os tratados é que, mesmo tendo força de lei ordinária, o art. 98 do CTN concedeu uma “vantagem” aos tratados, sendo superiores às leis ordinárias que versem sobre matéria tributária. Como o CTN tem força de lei complementar, e não pode condicionar o legislador do futuro, os tratados poderão ser livremente revogados por lei complementar futura, mas não por lei ordinária.
- DECRETOS E REGULAMENTOS
	São todas as normas infralegais expedidas pela Administração Pública para dar fiel execução às leis. Não pode ter estatura de lei.
	CTN veda expressamente o decreto autônomo no Direito Tributário, com exceção para alterar alíquotas do II, IE, IPI, IOF (impostos extrafiscais regulatórios de mercado) e CIDE-Combustível.
2. A vigência da norma tributária
	A vigência, como a aptidão formal da lei para produzir efeitos, adquire-se após o decurso do espaço de tempo intitulado vacatio legis, com previsão específica no CTN (art. 101 a art. 104), para a legislação tributária, e, na Lei de Introdução ao Código Civil (art. 1°), para as normas em geral.
	Porém, nota-se que o artigo 101 do CTN, que estabelece esta regra geral, admite a possibilidade de especificidades ao fazer ressalvas. Tais ressalvas são explicitadas nos artigos seguintes, tendo estabelecido que os atos normativos, por exemplo, entram em vigor na data da publicação; as decisões com eficácia normativa, 30 dias após a data de sua publicação; e os convênios, na data prevista pelo mesmo (art. 103 CTN). Tem-se, também, expresso no art. 104 hipóteses em que a lei entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte, são hipóteses de impostos que incidem sobre o patrimônio ou a renda. Tal dispositivo enseja questionamento, uma vez que a lei que institui ou majora um tributo tem a possibilidade de, se publicada no último dia de um exercício, produzir efeitos no dia seguinte (pois caracterizará um novo exercício), desrespeitando assim o princípio da anterioridade. O STF apreciou esta questão na ADI 3694 e concluiu que o prazo nonagesimal, em se tratando de taxa, é indispensável para que a lei se torne eficaz. 
Existem leis que expressam o período de sua vigência, ou seja, possuem um prazo determinado de duração. Essas são as chamadas leis temporárias e não se tratando desta modalidade, a lei vigorará até que seja revogada por outra, seja de forma expressa ou tácita (quando a nova lei é incompatível com a anterior ou regule a mesma matéria).
	Em casos de conflitos entre duas leis vigentes (antinomia), são três os critérios de resolução aceitos: o hierárquico, o de especialidade e o cronológico. Dentre eles o critério que prevalece é o hierárquico seguido do critério de especialidade. 
Por força do art. 102 do CTN, a vigência da legislação tributária não se restringe ao território do ente federado competente para instituir a lei, assim sendo, as leis municipais e a estaduais não se restringem apenas ao território do município e estado. Para tanto é necessário o reconhecimento ou em convênio ou em leis de normas gerais expedidas pela União. O mesmo ocorre para que as leis federais vigorarem fora do território Brasileiro, sendo, neste caso, necessário o reconhecimento por algum tratado internacional.
4. Aplicação da legislação tributária
	A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos termos do art.116 (art.105 do CTN).
Fato gerador futuro é o que ainda não se verificou, mas, quando acontecer, sob a égide da legislação tributária vigente, receberá seu impacto, ficando ela submetido quanto à disciplina de seus efeitos jurídicos. E fato gerador pendente é o que, a despeito de não ter-se completado, iniciou seu ciclo, estando em curso de formação. Vindo a concretizar-se, será alcançado pela legislação tributária, da mesma maneira que os futuros.
Fato gerador é aquele que reúne as condições necessárias e suficientes para determinar os efeitos que lhe são próprios.
O CTN discorre sobre o assunto, ao cristalizar, no art.106 e seus incisos, as hipóteses em que a lei se aplica a ato ou fato pretérito.
A regra geral (primeira regra do caderno) de aplicação da legislação tributaria, é que a legislação nova não alcança os fatos já concluídos antes do inicio da sua vigência. Ou seja, a incidência tributária vai se recortar sempre a data de ocorrência do fato gerador. Para cobrar tributo, deve-se respeitar o princípio da irretroatividade. Muita atenção com a neutralidade tributária, o princípio da irretroatividade é contra ou favor.
Inciso I – Leis interpretativas (quarta regra do caderno): Uma lei interpretativa, teoricamente, não modifica nada no ordenamento jurídico. Ela possui os chamados efeitos declaratórios (não constitutivos). A lei expressamente interpretativa tem sua aplicação desde a data de inicio da vigência da lei interpretada (se for para “corrigir” o erro do Fisco; não retroagirá se a interpretação for entre duas hipóteses possíveis de ser interpretada).
Imaginemos o seguinte exemplo. Foi publicada a lei nº 1, dizendo: “na hipótese X, incide o tributo Y a alíquota de 15%”. Imaginemos que exista uma duvida geral quando ao enquadramento, ou não, de uma situação A na hipótese X. Imaginemos, ainda, que, se a situação A não estiver enquadrada, a alíquota aplicável será de 10%.
Alguns meses depois de publicada a lei nº 1, o Congresso Nacional, publica uma lei nº 2, expressamente interpretativa, esclarecendo apenas que a situação A enquadra-se na hipótese X.
Como ela é expressamente interpretativa, aplica-se desde o inicio da vigência da lei nº 1. Assim, todos os contribuintes que vinham entendendo que a situação A não se enquadrava na hipótese X, terão que pagar a diferença de tributo desde o inicio da vigência da lei nº 1.
Pagarão, entretanto, só a diferença de tributo, mas não estarão sujeitos a nenhuma penalidade (multas). Isso porque a parte final do art. 106, inciso, I, do CTN, determina, cabalmente, que fica “excluída a aplicação de penalidade a infração dos dispositivos interpretados”.
Conclui-se, portanto, que em qualquer caso, assumindo expressamente esse caráter, podem ser aplicadas a atos ou fatos pretéritos, mas excluindo-se a aplicação de penalidades à infração dos dispositivos interpretativos. Despem-se da natureza inovadora que acompanha a atividade legislativa, retraindo ao início da vigência da lei interpretada, explicando com fórmulas elucidativas sua mensagem antes obscura.
Inciso II – Ato não definitivamente julgado:
a) Quando deixa de defini-lo como infração;
b) Quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) Quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.
(terceira regra do caderno) as possibilidades de retroação que o art.106 consagra acabam por beneficiar o contribuinte, preservando a segurança das relações entre a Administraçãoe administrados, bem como o legítimo direito que os súditos têm de não verem agravada a situação jurídica anterior configurada. É a chamada retroatividade benigna em matéria de infrações (direito tributário-penal).
A lei nova que tenha reduzido a alíquota de certo tributo, só se aplica para o futuro, sendo vedado aplicá-la ao passado, exceto se houver expressa previsão legal no corpo da mesma.
Portanto, só se aplica retroativamente a lei mais benéfica que trate de infrações ou penalidades. Não existe nenhuma regra geral prevendo aplicação retroativa de lei que reduza ou extinga o tributo.
Mesmo no caso de lei mais benéfica, só haverá aplicação retroativa para os atos não definitivamente julgados. Entendemos não definitivamente julgado, enquanto existir possibilidade de questionamento acerca da validade dele, na via administrativa ou judicial.
	Quanto à regra que falta ser analisada (a segunda do caderno), é possível perceber sua “explicação” no art. 144 do CTN. Para se determinar qual será a legislação aplicável ao lançamento que pretende constituir o crédito tributário que seja proveniente da prática do fato gerador de tributo, importa-nos analisar o art. 144, do CTN: “O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.”
Percebe-se, então, que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada, salvo as exceções em que se aplica ao lançamento a legislação posterior à ocorrência do fato gerador e vigente à época da prática do procedimento administrativo em questão.
Conclui-se que quanto aos aspectos procedimentais (formalidades pertinentes à construção do crédito tributário), a regra se aplica imediatamente. Esses procedimentos estão relacionados à apuração do fato gerador pelo Fisco.
5. Interpretação e integração da legislação tributária (art. 107 ao 112 CTN)
	A interpretação é o instrumento por meio do qual. Falamos em “interpretação” quando existe um dispositivo normativo especifico aplicável a uma situação concreta, e o aplicador da lei busca o entendimento e a compreensão do sentido alcançado pela norma.
Na integração o operador do direito se vale de argumento de ordem lógica, como a analogia o argumento a contrário, bem como os previstos no art. 108 do CTN, sob uma perspectiva que está fora da possibilidade expressiva do texto da norma. Ou seja, referimo-nos a “integração” quando não existe norma especifica aplicável ao caso concreto. A denominada integração é utilizada quando há uma omissão, quando há um vazio jurídico acerca de um caso determinado. Tecnicamente, diz-se que o aplicador do Direito constata a existência de uma lacuna.
Em resumo, na interpretação existe a norma especifica aplicável ao caso concreto e o interprete apenas define o sentido e o alcance da norma, para saber como se dá a sua incidência e quais são os seus efeitos. Na integração o aplicador do Direito vê-se diante de uma lacuna e soluciona o caso concreto mediante a utilização de métodos que suprem a omissão normativa. Isso quando a lacuna é acidental, porque o legislador se equivocou. Não pode fazer incidir tributo onde o silêncio é eloqüente.
Quanto às soluções para suprir as lacunas, tem-se a analogia, princípios gerais do direito (art. 108, II, III, CTN) e a equidade. A analogia ocorre quando se aplica uma norma cujo campo de incidência não tutela aquele fato, mas guarda uma semelhança substancial com aquele que outra tutela (art. 108, I, CTN). A equidade é uma forma justa da aplicação do Direito, em que é adaptada a regra a uma situação existente, onde são observados os critérios de igualdade e de justiça (art. 108, IV, CTN).
Existe uma classificação de quatro métodos de interpretação (modo pelo qual se exerce a atividade). Ressalva-se que nenhum deles é suficiente isoladamente, sendo necessária a utilização de todos simultaneamente.
O método literal é aquele que define os limites dos demais métodos. É a interpretação da norma mediante a verificação do sentido literal das palavras e frases. Devem se analisar as palavras tanto individualmente como na sua sintaxe.
O método sistemático é o método pelo qual se interpreta a norma inserindo-a no sistema jurídico, pois os dispositivos legais não têm existência isolada.
Os dispositivos legais objetos de interpretação para serem entendidas devem ser examinadas em suas relações com as demais normas que compõem o ordenamento jurídico e à luz dos princípios gerais que o informam.
O método histórico é aquele em que há uma análise das normas que regulavam a matéria antes da vigência da atual. Devem ser estudados os textos anteriores da atual lei, bem como os textos do anteprojeto e do projeto de lei. 
Por fim, o método teleológico, que tem como essência a idéia de que o interprete deve sempre procurar discernir o motivos da edição da norma e os fins a que ela se destina. Deve-se interpretar a norma considerando o seu fundamento e sua finalidade.
Há outra classificação quantos aos tipos de interpretação. A interpretação restritiva ocorre quando o legislador extrapola aquilo que se tinha a intenção de dizer, e o sentido contido no texto normativo pode ser restringido. Portanto, tem um alcance inferior ao que aparenta ter.
A interpretação extensiva, por sua vez, é aquela na qual o texto da lei tem sua compreensão estendida até o limite máximo de sua expressão. Isso ocorrerá quando o intérprete perceber que a lei, na verdade, expressa menos do que foi intencionado. O intérprete chega à conclusão de que a lei disse menos do que pretendia dizer. Ocorre quando a lei interpretada tem uma redação restritiva, embora seu real sentido seja mais amplo do que a sua literalidade. A lei é de alcance maior do que aparenta ser.
A interpretação declaratória é aquela que demonstra que a lei significa exatamente o que está escrita, nada havendo que altere o sentido literal e gramatical da norma. 
Espécies tributárias
Analisa sob 3 prismas.
1ª corrente – teoria bipartida: ela não tem fundamento na constituição para o STF. Só pode tributar de origem: iniciativa privada ou atividade do Estado prestando em face do contribuinte => possibilidade de dois fatos geradores: atividade ou uma situação do contribuinte que revele capacidade contributiva (imposto) // atividade estatal prestada em face do contribuinte (taxas). São espécies tributárias tantos quantos são os fatos geradores.
2ª corrente – teoria tripartida: são dois fatos geradores: impostos e taxas. Uma espécie tributária cujo fato gerador é limítrofe (Contribuição de Melhoria, cobrada em razão de obra pública + valorização imobiliária do contribuinte). É uma atividade estatal e do contribuinte, sendo um duplo elemento, não permitindo sua inclusão numa das espécies já ditas, tornando-se autônoma. Os doutrinadores fundamentam-se no art. 145 CF.
3ª corrente – quinpartida: teoria lançada pelo STF. Art 145 + 149 + 154 + 195. 
154-I: pode instituir tributos novos, não pode ter o mesmo fato gerador de tributo que já existe (bitributação é vedada), sem invasão de competência e por lei complementar. O Poder Público instituiu a Contribuição Social e Empréstimo Compulsório. 
A receita da Contribuição de Lucro Líquido na Contribuição Social é vinculada a uma despesa específica, queé a seguridade social. Seria a Contribuição Social pra o STF uma espécie distinta de tributo, pelo fato de ter orçamento próprio e receita vinculada (critério orçamentário). Pode ter o mesmo fato gerador, porque a bitributação só se aplica aos impostos. O CLL, embora, tivesse fato gerador típico de imposto, ela não se amolda nesta espécie porque possui um elemento que a distingue das demais, qual seja, a VINCULAÇÃO DA SUA RECEITA A UMA DETERMINADA DESPESA P/ COM A SEGURIDADE SOCIAL. Com isso, essa espécie se desvincula do regime jurídico dos impostos, passando a ter um regime próprio no art. 195 da CF. O STF fez isso com o objetivo de evitar a declaração de inconstitucionalidade por bitributação com o IR, nos moldes da vedação do art. 154, I da CF.
O emp. Compulsório, incidiu sobre a comercialização dos combustíveis. Mesmo fato gerador do ICMS-Combustível. É considerado um tributo, e consiste na tomada compulsória de certa quantidade em dinheiro do contribuinte a título de "empréstimo", para que este o resgate em certo prazo, conforme as determinações estabelecidas por lei. A diferença é entre as espécies tributárias e ele é a restituição, entendendo o Supremo ser outra espécie tributária por isso. Sabe-se que a sua receita após incorporada ao erário, deverá ser devolvida ao contribuinte num prazo previamente estabelecido. A necessidade de devolução foi o elemento destacado pelo STF para considerar os emp. Compulsórios como a quinta espécie tributária. Feito isso, seu regime jurídico o dos impostos (154, I), mas sim o art. 148.
*** COLINHA
1 - IMPOSTOS FEDERAIS
Impostos de competência da União, que estão contidos no Art. 153 da Constituição Federal de 1988.
A Constituição Federal de 1988 é que regulamenta a matéria e define os tipos de tributos e a sua competência, da União, dos Estado e do Distrito Federal e dos municípios, neste contexto, discorremos sobre os impostos de competência da União, que estão contidos no Art. 153 da Constituição Federal de 1988, que são:
Imposto de importação de produtos estrangeiros;
Imposto de exportação de produtos nacionais ou nacionalizados;
Imposto de renda e proventos de qualquer natureza;
Imposto sobre produtos industrializados;
Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
Imposto sobre propriedade territorial rural;
Imposto sobre grandes fortunas. 
1.1 - Imposto sobre a  Importação
a) Fato gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. (CTN, art. 19)
A rigor, para incidência do gravame, a condição necessária e suficiente é a de que, cumulativamente, implementem-se os seguintes requisitos:
entrada no território nacional;
de produto estrangeiro;
para permanência definitiva. 
b) Sujeito ativo: União
c) Sujeito passivo: Contribuinte
d) Contribuinte:
O contribuinte do imposto de importação é o importador ou a quem a ele a lei equiparar, e o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados (CTN, art. 22). Geralmente, o importador é uma pessoa jurídica, regularmente estabelecida, mas, para os fins do imposto, é considerado importador qualquer pessoa, seja natural ou jurídica, regularmente estabelecida ou não, que realize a introdução da mercadoria no território nacional.
1.2 - Imposto Sobre Exportação       
a) Fato gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes no território nacional (CTN, art. 23).
Considera-se ocorrido o fato gerador no momento da expedição da guia de exportação ou documento equivalente, porém a condição necessária para incidência do tributo é a de, cumulativamente, implementarem-se os seguintes requisitos:
saída do território nacional;
de produto nacional ou nacionalizado;
para consumo ou uso no exterior.
b) Sujeito ativo: União
c) Sujeito passivo: Contribuinte
d) Contribuinte:
Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar (CTN, art. 27).
A Constituição Federal não vinculou o imposto de exportação a um sujeito passivo específico, nem atribuiu à lei complementar essa definição de sorte que o legislador ordinário pode livremente escolher o contribuinte desse imposto. È claro, porém, que esse sujeito passivo, para assumir a condição de contribuinte, há de ter relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo, por força do que estabelece o art. 121, parágrafo único, do CTN. A lei não pode, portanto, equiparar ao exportador pessoa sem qualquer relação com a exportação.
1.3 - Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza               
a) Fato Gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
1°. A incidência do imposto depende da denominação da receita ou do rendimento da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
2°. Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.(CTN, art. 43). 
b) Sujeito ativo: União
c) Sujeito passivo: Contribuinte
d) Contribuinte: Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o art.43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. (CTN, art 45)     
1.4 - Imposto Sobre Produtos Industrializados       
a) Fato Gerador:
O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:
o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do art. 51;
a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único - Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.(CTN, art. 46)
b) Sujeito ativo: União
c) Sujeito passivo: Contribuinte
d) Contribuinte:
Contribuinte do imposto é:
o importador ou quem a lei a ele equiparar;
o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no inciso anterior;
o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Parágrafo único - Para os efeitos deste imposto, considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante ou arrematante (CTN, art. 51).
1.5 - Imposto Sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros e Sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários.
a) Fato Gerador:
O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgatedestes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único - A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito (CTN, art 63).
b) Sujeito ativo: União
c) Sujeito passivo: Contribuinte
d) Contribuinte: Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. (CTN, art 66)
São contribuintes do imposto:
os tomadores de crédito, os compradores de moeda estrangeira para pagamento de importação de bens e serviços;
os segurados e os adquirentes de títulos e valores mobiliários;
os primeiros tomadores – pessoas físicas ou jurídicas – dos créditos concedidos pelos agentes do Sistema Financeiro da Habitação. 
1.6 - Imposto Sobre Propriedade Territorial Rural
a) Fato gerador:
O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domicílio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Município.(CTN, art. 29)
b) Sujeito ativo: União
c) Sujeito passivo: Contribuinte
d) Contribuinte: Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (CTN, art. 31)
1.7 - Imposto Sobre Grandes Fortunas
A Constituição Federal de 1988 atribui à União competência para instituir imposto sobre grandes fortunas, nos termos da lei complementar (art. 153, inc. VII). Não obstante, até agora esse imposto não foi instituído, nem editada a lei complementar para definir o que se deve entender como grande fortuna.
2 - IMPOSTOS ESTADUAIS E DF
2.1 - ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação Serviços
O ICMS vem genericamente previsto no art.155, II, da Constituição Federal, que estatui: “Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: operações relativas à circulação de mercadorias sobre prestações de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior”.
É importante salientar que o ICMS é um imposto de competência estadual e distrital, no entanto, a União também está credenciada a criar o imposto, por força do que estabelecem os arts.147 e 154,II ambos da Constituição Federal. De fato, é esta pessoa política que poderá fazer nascer, “in abstracto” (no plano legislativo), o ICMS, seja nos Territórios (se voltarem a ser criados, já que, no momento, inexistem), seja em todo o território nacional, “na iminência ou no caso de guerra externa”. São duas hipóteses excepcionalíssimas.
Considera-se mercadoria (Art.1º do RICMS):
Qualquer bem móvel, novo ou usado, inclusive semovente;
A energia elétrica;
O bem importado, destinado a consumo ou ativo fixo;
a) Fato Gerador do ICMS:
A saída de mercadoria de estabelecimento do contribuinte;
O desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas;
O início da execução do serviço de transporte intermunicipal e interestadual;
A entrada no estabelecimento de mercadorias ou serviços, oriundos de outras UF que não estejam vinculadas à operação subseqüente.(Para cálculo do diferencial de alíquota). 
b) Sujeito Ativo: Estados e Distrito Federal
c) Sujeito Passivo: Qualquer pessoa, física ou jurídica que realize operações de circulação de mercadorias ou prestação de serviços.
2.2 - ITCM – Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação      
Este imposto surgiu de desmembramento do extinto ITBI — Impos​to sobre Transmissão de Bens Imóveis — previsto na Constituição de 1969 e atribuído à competência tributária dos Estados.
O extinto ITBI incidia sobre a transmissão de bens imóveis, a qualquer título, ou seja, por ato oneroso ou gratuito. As transmissões causa mortis de bens ou valores mobiliários não estavam, no regime da Constituição de 1969, sujeitas ao alcance do ITBI e desta circunstância decorria vazio incidental que comprometia seriamente o princípio da capacidade contributiva.
A atual Constituição reformulou inteiramente esta espécie imposi​tiva, bipartindo-a, para atribuir aos Estados o imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ou seja, as trans​missões a título gratuito), e aos Municípios, o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis por ato oneroso (art. 155 c/c art. 156).
Tratando-se da transmissão causa mortis ou doação de bens imó​veis aplica-se à espécie o princípio da territorialidade que outorga esta receita tributária ao Estado da situação do bem. Nas transmissões a título gratuito de bens ou valore mobiliários, o imposto pertence ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento ou, ainda, onde tiver domicílio o doador (CF. art. 155)
Por último, nos termos do inc. IV do art. 155, as alíquotas máximas do ITCM serão fixadas pelo Senado Federal, naturalmente mediante Resolução daquela Casa do Congresso.
a)  Fato Gerado do ITCM:
O fato gerador é a transmissão “causa mortis” e doação, ressaltando que a transmissão “inter-vivos” está incluída na competência dos municípios.
b) Sujeito Ativo: Estados e Distrito Federal 
c) Sujeito Passivo: São os beneficiários dos bens ou direitos recebidos e os doadores.  
2.3 - IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
O imposto sobre a propriedade de veículos automotores substitui, em nosso sistema tributário, a extinta Taxa Rodoviária Única TRU cujo fato gerador era um ato expressivo do poder de polícia de alçada federal: o registro e licenciamento de veículos em todo território nacional (cf. DL n0 999, de 21.10.1966).
Essa taxa de polícia foi extinta pelo art. 2º da Emenda Constitucio​nal nº 27, de 28 de novembro de 1985. que outorgou aos Estados competência para instituir imposto) sobre a propriedade de veículos automotores, vedada a cobrança de impostos ou taxas incidentes sobre a utilização de veículos’’.
Destarte o que fora simples taxa federal — decorrência de ato expressivo do poder de polícia — desaparece do cenário impositivo para ceder lugar a um tributo sui generis: o IPVA incidente sobre a titulari​dade de qualquer veículo automotor.
A atual Constituição manteve o novo modelo impositivo sem alterar o respectivo critério de competência tributária.
Compete aos Estados e ao Distrito Federal institui impostos sobre a propriedade de veículos automotores. (CF, art 155 inc. III)
a) Fato Gerador:
Incide sobre a propriedade de veículos automotores, estendido como qualquer veículo com propulsão por meio de motor, com a fabricação e circulação autorizada e destinada ao transporte de mercadorias, pessoas ou bens.
b) Sujeito Ativo: Estados e Distrito Federal
c) Sujeito Passivo: Os proprietários de veículos automotores sujeitos a licenciamento em órgão federal, estadual ou municipal.
3 - IMPOSTOS MUNICIPAIS
3.1 - IPTU – Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
a) Fato Gerador:
O IPTU, de competência dos municípios, incide sobre a propriedade predial e territorial urbana e tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do município.
A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora da zona considerada urbana.
O IPTU poderá, segundo a lei estadual, ser progressivo, de forma a assegurar a função social da propriedade.
Conforme a Constituição Federal compete aos Municípios instituir impostos sobre propriedade predial e territorial urbana (CF, art. 156, I).
b) Sujeito Ativo: Os municípios 
c) Sujeito Passivo: Contribuinte
d) Contribuinte: Contribuinte do IPTU é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título.
3.2 - ITBI – Imposto Sobre a Transmissão "inter vivos" de Bens Imóveis e de Direitos Reais Sobre Imóveisa) Fato Gerador:
Conforme a Constituição Federal, compete aos Municípios instituir impostos sobre, transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (CF, art. 156, II).
O ITBI, que aproveita a sigla do antigo imposto estadual, não incide sobre a incorporação de bens imóveis ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre as transmissões de bens ou direitos decorrentes de fusão, cisão, incorporação ou extinção de pessoa jurídica.
Haverá incidência, porém, se a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, locação ou arrendamento mercantil. 
b) Sujeito Ativo: Os municípios 
c) Sujeito Passivo: Contribuinte
d) Contribuinte: Contribuinte do imposto é qualquer das partes envolvidas na operação, conforme dispuser a  lei estadual. No Brasil, as leis dos Estados têm nomeado o comprador como contribuinte do ITBI.
3.3 - ISS – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
Conforme a Constituição Federal, compete aos Municípios instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155 II, definidos em lei complementar (CF, art. 156, III).
São imunes os serviços prestados pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por templos de qualquer culto, por partidos políticos e pelas instituições de educação ou de assistência social, desde que cumpram o estabelecido no art. 14 do CTN.
A isenção em relação ao ISS é concedida através de lei ordinária emanada da Câmara dos Vereadores.
Gozam de isenção os profissionais ambulantes e jornaleiros, bem como os profissionais localizados em feiras livres, os sindicatos que prestam serviço aos empregados de determinadas empresas, quando prestados gratuitamente, as promoções de concertos, recitais, exposições e outros eventos similares, cujas receitas sejam destinadas a fins assistenciais, os serviços típicos das empresas, da indústria cinematográfica, dos laboratórios e dos estúdios, inclusive, dos distribuidores exclusivos a filmes brasileiros, naturais ou de enredo, com vigência até 31.12.2000, assim como os serviços de exibição de filmes cinematográficos em salas ocupadas por entidades brasileiras sem fins lucrativos.
O local da prestação do serviço é do estabelecimento ou domicílio do prestador ou, no caso de construção civil, o lugar onde se efetuar a prestação.
a) Fato Gerador:
O imposto tem como fato gerador a prestação por empresas ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços incluídos na lista estabelecida na Lei Complementar n.º 53/87.
Os serviços enumerados na referida lista ficam sujeitos apenas ao ISS, ainda que a prestação envolva fornecimento de mercadorias. Tal fornecimento, com prestação de serviços não especificados na lista, fica sujeito ao ICMS.
b) Sujeito Ativo: Os municípios 
c) Sujeito Passivo: Contribuinte
d) Contribuinte: Contribuinte do ISS é o prestador do serviço, não se compreendendo como tal aquele que presta serviços em relação de emprego, o trabalhador avulso, os diretores e membros do conselho consultivo ou fiscal de sociedade.
São contribuintes do ISS os autônomos, assim como a empresa entendida como toda e qualquer pessoa jurídica, inclusive a sociedade civil ou de fato, que exercer atividade prestadora de serviços, a pessoa física que admitir, para o exercício da sua atividade profissional, mais do que dois empregados ou um ou mais profissionais na mesma habilitação do empregador, o empreendimento instituído para prestar serviços com interesse econômico, bem como o condomínio que prestar serviços a terceiros.

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