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CRIMINOLOGIA 01

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DELEGADO DA POLICIA CIVIL 
Criminologia 
Rogério Sanches 
1 
 
 
RESUMO: O direito penal estabelece as 
normas de conduta e comina sanções para a 
prevenção e reprovação das infrações penais 
(crimes e contravenções). Assim, o legislador 
ao criar o tipo penal tem em mente a proteção 
de um bem jurídico relevante, cuja lesão 
possa vir a causar uma desarmonia social. 
 
E a criminologia? 
 
Criminologia: Conceito 
 
Ciência empírica e interdisciplinar, que se 
ocupa do estudo do crime, da pessoa do 
infrator, da vítima e do controle social do 
comportamento delitivo, e que trata de 
subministrar uma informação válida, 
contrastada, sobre a gênese, dinâmica e 
variáveis principais do crime – contemplado 
este como problema individual e como 
problema social – , assim como sobre os 
programas de prevenção eficaz do mesmo e 
técnicas de intervenção positiva no homem 
delinquente e nos diversos modelos ou 
sistemas de resposta ao delito. 
 
A criminologia é considerada ciência, pois 
apresenta função, método, e objeto próprios. 
Reúne informações válidas e confiáveis sobre 
a criminalidade baseadas na observação do 
mundo concreto, real. 
 
Qual seu método? 
 
ATENÇÃO: não se trata de uma ciência exata 
que traz informações absolutas, de certeza 
insofismável, mas sim de uma ciência do ser, 
de natureza eminentemente humana, 
apresentando informações parciais, 
fragmentadas, e provisórias, mas compatíveis 
com a realidade. 
Obs: 
 
Criminologia: História 
 
A história da criminologia costuma a ser 
estruturada por meio de períodos ou fases 
distintas. Partindo-se desta premissa, o 
período da antiguidade é marcado pelos 
grandes pensadores que opinavam e 
forneciam diversos conceitos sobre assuntos 
relacionados ao estudo criminológico, como 
os delitos, e as respectivas sanções. 
 
Protágoras (485-415 a.C) compreendia a 
pena como meio de evitar a prática de novas 
infrações pelo exemplo que deveria dar a 
todos os membros de um corpo social. 
 
Sócrates (470-399 a.C) destaca a importância 
da ressocialização, na medida em que 
pregava a necessidade de ensinar os 
delinquentes a não reiterar a conduta delitiva. 
 
 Platão (427-347 a.C) sustentava que a 
ganância, a cobiça ou cupidez geravam a 
criminalidade. 
 
Aristóteles (388-322 a.C) seguia a mesma 
linha de pensamento de Platão. 
 
Conclusão: 
 
No período da Idade Média vigorava na 
Europa o sistema feudal, e o cristianismo era 
a ideologia religiosa dominante da época. 
Nesta fase, a doutrina cita São Tomás de 
Aquino (1226 - 1274), precursor da Justiça 
Distributiva, isto é, de se dar a cada um o que 
é seu segundo certa igualdade. 
 
Outra personalidade marcante, tida como 
pensador medieval, é Santo Agostinho (354 a 
430 d.C). 
 
A maioria dos manuais, no entanto, estuda a 
evolução da criminolgia a partir das escolas 
clássica e positiva (ou positivista) : 
 
a) escola clássica (séc. XVIII); 
 
b) escola positiva (séc XIX); 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLICIA CIVIL 
Criminologia 
Rogério Sanches 
2 
A Escola Clássica procurou construir os 
limites do poder punitivo do Estado em face 
da liberdade individual. 
 
a) 
 
b) 
 
c) 
 
d) 
 
e) o fundamento da responsabilidade penal 
encontra-se no livre arbítrio e na 
imputabilidade moral. 
 
f) a pena é uma resposta objetiva a prática do 
delito revelando seu cunho retribucionista. 
 
O principal nome dessa escola é Beccaria (o 
Marquês de Beccaria) 
 
1) Fez surgir o chamado 
movimento humanitário em relação ao Direito 
de punir estatal. 
 
2) Inspirando-se na filosofia estrangeira 
sobretudo em Montesquieu, Hume e 
Rosseau, Beccaria baseou seu pensamento 
nos princípios do contrato social, do direito 
natural e do utilitarismo. 
 
3) Beccaria foi um contratualista, igualitário, 
liberal e individualista. 
 
O livro do Marquês de Beccaria, Dei delitti e 
delle pene (1764), será a mola propulsora 
para uma nova forma de pensar o sistema 
punitivo. 
 
Apesar da sua abordagem nitidamente 
filosófica, a obra se volta contra os excessos 
punitivos, marca dos regimes absolutistas, 
pretendendo humanizar a resposta do Estado 
à infração penal. 
 
Principais ideias defendidas por Beccaria: 
 
“(…)para que cada pena não seja uma 
violência de um ou de muitos contra um 
cidadão privado, deve ser essencialmente 
pública, rápida, necessária, a mínima possível 
nas circunstâncias dadas, proporcional aos 
delitos e ditadas pelas leis”. 
 
“Entre as penalidades e no modo de aplicá-
las proporcionalmente aos delitos, é 
necessário, portanto, escolher os meios que 
devem provocar no espírito público a 
impressão mais eficaz e mais durável e, 
igualmente, menos cruel no corpo do 
culpado”. 
 
“Se a intenção fosse punida, seria necessário 
ter não apenas um Código particular para 
cada cidadão, mas uma nova lei penal para 
cada crime”. 
 
“Ponde o texto sagrado das leis nas mãos do 
povo e, quantos mais homens o lerem, menos 
delitos haverá; pois não é possível duvidar 
que, no espírito do que pensa cometer um 
crime, o conhecimento e a certeza das penas 
coloquem um freio à eloquência das paixões”. 
 
O réu não deve ser julgado por um tribunal 
parcial 
 
Deve preponderar a publicidade do processo 
 
Contra acusações secretas 
 
Cabia o juiz aplicar as leis e não interpretá-
las. 
 
A Escola Positiva tem como os seus 
principais autores e obras Cesare Lombroso 
que marcou a fase antropológica da 
criminologia (O homem delinquente), e na 
fase jurídica Rafael Garofalo (Criminologia), e 
Enrico Ferri (Sociologia Criminale). Por essa 
linha de pensamento: 
 
a) 
 
b) 
 
c) 
 
d) 
 
e) 
 
O maior expoente do positivismo foi Cesare 
Lombroso. Médico italiano, é responsável por 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLICIA CIVIL 
Criminologia 
Rogério Sanches 
3 
estudos do homem sob uma perspectiva 
morfológica 
Obs: 
 
O marco científico da Criminologia se dá com 
a publicação da obra “L’Uomo Delinquente”, 
de Lombroso, no final do século XIX. 
Obs: 
 
A DEMOLOGIA, por exemplo, procurou 
explicar o mal (conduta criminosa) por meio 
do estudo dos demônios e tal foi o 
desenvolvimento desta que se chegou a um 
número de 7 milhões diabos. 
 
Resumo: 
 
Temos, ainda, a FISIONOMIA, pseudociência 
que mais se aproxima do positivismo 
criminológico de Lombroso. Como o próprio 
nome enuncia, esta ciência oculta foca suas 
pesquisas na aparência do indivíduo como 
ponto de conexão entre o externo e o interno, 
entre o físico e o psíquico. 
 
Resumo: 
 
Cita-se, também, a FRENOLOGIA, ciência 
que tem por objetivo identificar a localização 
física de cada função anímica do cérebro 
(teoria da localização). 
 
Resumo: 
 
Essas pseudociências foram importantes para 
o nascimento do movimento científico da 
criminologia nos fins do século XIX. 
 
Essa importância está evidente nas obras de 
Lombroso, nome mais destacado da Escola 
Positiva. 
 
Lombroso, na sua construção teórica, 
promove um resumo de todo o pensamento à 
sua volta, especialmente os fisionomistas e 
frenólogos. 
 
Lombroso incorpora o método experimental 
em todos os seus trabalhos, derivando da 
aplicação desta orientação a figura do 
criminoso nato (expressão criada por Ferri). 
Resumo: 
 
As conclusões de Lombroso repercutem 
especialmente no modelo de política-criminal 
a ser adotado para o combate à 
criminalidade: contra o criminoso nato, 
incorrigível, não caberiam aplicações de 
sanções morais, mas sim preventivas, 
devendo a sociedade se proteger com 
aplicação da pena de prisão perpétua ou de 
morte. 
 
A principal contribuição de Lombroso para a 
Criminologia não reside tanto em sua famosa 
tipologia (ondedestaca a categoria do 
"delinqüente nato") ou em sua teoria 
criminológica, senão no método que utilizou 
em suas investigações: 
 
Enrico Ferri (1856-1929) e seu determinismo 
social também contribuíram para a evolução 
da criminologia. Autor da obra Sociologia 
Criminal publicada em 1914, apontava os 
fatores antropológicos, sociais e físicos como 
as causas do delito. 
 
ATENÇÃO: Ferri também foi o idealizador da 
Lei da Saturação Criminal que realizava a 
seguinte associação: 
 
O jurista e ministro da Corte de Apelação de 
Nápoles, Raphael Garofalo, criador do 
TERMO criminologia, a compreendia como a 
ciência da criminalidade, do delito e da pena. 
 
Garofalo sustentava que se havia o criminoso 
nato também haveria de existir o delito desta 
mesma natureza. Portanto, Garofalo 
acreditava na existência de duas espécies de 
delitos: delitos legais e delitos naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DELEGADO DA POLICIA CIVIL 
Criminologia 
Rogério Sanches 
4 
Afinal, quando nasceu a criminologia? 
 
Criminologia: Finalidade 
 
Os autores modernos, de forma copiosa, 
escrevem que função linear da criminologia é 
informar a sociedade e os poderes públicos 
sobre o crime, o criminoso, a vítima e o 
controle social, reunindo um núcleo de 
conhecimentos seguros que permita 
compreender cientificamente o problema 
criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de 
modo positivo no homem criminoso. 
 
ATENÇÃO:

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