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O Sistema Límbico e as 
Emoções
EMOÇÕES
Conceitos Históricos
 Paul Pierre Broca cunhou o
termo "límbico" para descrever
uma região do cérebro (1878).
“le grand lobe limbique”
Conceitos Históricos
 James Papez descreveu o sistema límbico
como um conjunto de estruturas envolvidas
nas emoções (1937).
 Estruturas envolvidas: hipocampo, corpo
mamilar, tálamo, giro cingulado.
Conceitos Históricos
 Em 1948, Yakovlev propôs o
Circuito de Yakovlev no controle
da emoção envolvendo o córtex
dos lobos orbitofrontal, insular e
temporal anterior, a amígdala e o
núcleo dorsomedial do tálamo.
Conceitos Históricos
 Em 1952, Paul D. MacLean cunhou o termo
sistema límbico para descrever o Lobo
Límbico de Broca e os núcleos subcorticais
relacionados como o substrato neural
coletivo para a emoção.
 Cérebro triuno
O complexo R (complexo reptiliano)
O sistema límbico
O neocórtex
Anatomia do Sistema Límbico
Estruturas Que Compõem O Sistema Límbico E Suas 
Funções
 O sistema límbico é uma rede complexa de estruturas 
cerebrais, incluindo o córtex límbico, hipocampo, 
amígdala e hipotálamo.
 Suas funções incluem a regulação de emoções, 
motivação, memória e respostas automáticas do corpo.
 Algumas dessas estruturas estão ligadas ao sistema 
olfativo, importante para a sobrevivência.
 O sistema límbico age como uma ponte entre o 
pensamento consciente e as respostas emocionais 
automáticas.
Sistema límbico.
Estruturas Que Compõem O Sistema Límbico E Suas 
Funções
Lobo límbico
 O lobo límbico é uma parte do cérebro localizada na face 
inferomedial dos hemisférios cerebrais.
 Ele consiste em dois giros concêntricos: o giro límbico (externo 
e maior) e o giro intralímbico (interno e menor).
 O giro cingulado, dorsal ao corpo caloso, é fortemente 
interconectado com áreas de associação do córtex cerebral.
 O giro parahipocampal no lobo temporal medial é importante, 
contendo o córtex entorrinal que canaliza informações para a 
formação do hipocampo.
Estrutura do lobo límbico.
Estruturas Que Compõem O Sistema Límbico E Suas 
Funções
Hipocampo
 O hipocampo, situado nos lobos temporais do cérebro, é 
crucial para a memória e faz parte do sistema límbico.
 Possui quatro campos principais (CA1, CA2, CA3 e CA4) e o 
giro dentado, cada um desempenhando funções específicas 
na memória e no processamento de informações.
 A formação hipocampal inclui o giro dentado, o hipocampo 
propriamente dito e o subículo.
 Embriologicamente, o hipocampo é uma extensão da borda 
medial do lobo temporal, com cerca de 5 cm de 
comprimento.Semelhança de formato entre o cavalo 
marinho e o hipocampo.
Estruturas Que Compõem O Sistema Límbico E Suas 
Funções
Hipocampo
Estruturas Que Compõem O Sistema Límbico E Suas 
Funções
Hipocampo
 O giro denteado faz parte do hipocampo e possui três 
camadas distintas.
 O complexo subicular atua como uma zona de transição 
entre o córtex entorrinal e o hipocampo.
 A amígdala é uma estrutura em forma de amêndoa no 
lobo temporal com diversos núcleos interconectados, 
envolvida no processamento emocional.
 O hipotálamo, central no sistema límbico, regula funções 
autonômicas, endócrinas e respostas emocionais para 
manter a homeostase do organismo.
COMPONENTES DO SISTEMA LÍMBICO
CORTICAIS
Giro do cíngulo
Giro para-hipocampal
Hipocampo
SUBCORTICAIS
Corpo amigdalóide
Área Septal
Núcleos mamíferos
Núcleos anteriores do tálamo
Núcleos habenulares
Função Principal Do Sistema Límbico
 Coordenar atividades sociais e controlar comportamento emocional.
 Regular apetite e comportamentos alimentares.
 Processar informações sensoriais, especialmente através do olfato.
 Controlar respostas emocionais, como medo e raiva, com foco na amígdala.
 Participar na formação e recuperação de memórias emocionais, envolvendo 
o hipocampo e o córtex pré-frontal.
 Influenciar sono e sonhos, especialmente durante o sono REM.
 Contribuir para o circuito de recompensa e comportamentos motivados, 
com a amígdala e o núcleo accumbens desempenhando papéis-chave.
Regulação dos Processos Emocionais e Motivacionais
Síndrome de Kluver-Bucy
Domesticação completa dos animais agressivos, 
agnosia visual (incapacidade de reconhecer 
objetos), oralidade (levar à boca todos os objetos) 
e hipersexualidade.
Estudos em macacos com ablação bilateral da 
parte anterior dos lobos temporais com lesão do 
hipocampo, giro para-hipocampal e corpo 
amigdalóide.
Funções do Sistema Límbico
Corpo amigdalóide
• Estímulo
Alterações no comportamento 
alimentar
Atividade visceral
Fuga/defesa
Agressividade
• Lesões
Domesticação
Hipersexualidade
Redução da excitabilidade emocional
Funções do Sistema Límbico
Área Septal
• Estímulo
Alterações na pressão arterial
Alterações no ritmo respiratório
Auto estimulação - prazer
• Lesões - Raiva septal
Hiperatividade emocional
Ferocidade
Raiva
Aumento da sede
Regulação de atividades viscerais
Funções do Sistema Límbico
Giro do Cíngulo
• Ablações
Domesticação
Melhora quadros graves de 
depressão e ansiedade
Funções do Sistema Límbico
Hipocampo
• Lesões
Aumento da reatividade emocional – vírus da 
raiva
Aumento da agressividade
Perda da memória recente (Amnesia 
retrógada)
Analogia 
do 
Sistema 
Límbico
Correlações Anatomoclínicas
Epilepsia
 Epilepsia: O sistema límbico está ligado à epilepsia do lobo temporal, 
principalmente por esclerose hipocampal.
 Outras Condições: Disfunções do sistema límbico ligadas a várias 
condições clínicas.
 História Médica: Reconhecimento da epilepsia como doença cerebral 
no século XIX.
 Pesquisa em Modelos Animais: Estudos com animais cruciais para 
entender condições do sistema límbico.
Correlações Anatomoclínicas
Encefalite límbica
A encefalite límbica é uma síndrome paraneoplásica que foi relatada com carcinoma do pulmão, mama e 
alguns outros primários.
Início subagudo de 
perda de memória Demência
Movimentos 
involuntários
Ataxia
Correlações Anatomoclínicas
Demência
 Mudanças no sistema límbico estão relacionadas 
a doenças neurodegenerativas, como a doença 
de Alzheimer, com atrofia no hipocampo e na 
amígdala.
 A demência frontotemporal envolve degeneração 
nos lobos frontais e temporais e pode ser 
confundida com a doença de Alzheimer.
Correlações Anatomoclínicas
Transtornos de ansiedade
 Transtornos de ansiedade podem surgir devido a problemas 
no circuito de regulação envolvendo o cíngulo anterior e o 
hipocampo.
 Um circuito de medo regula a ansiedade, envolvendo a 
amígdala e o cíngulo pré-frontal.
Correlações Anatomoclínicas
Esquizofrenia
 Síndrome psiquiátrica com início geralmente na adolescência ou 
início da idade adulta, caracterizada por sintomas psicóticos 
como alucinações, delírios e desorganização do pensamento.
 Suicídios, acidentes e patologias associadas são principais 
causas de morte na esquizofrenia.
 Fatores de risco incluem uso de drogas, baixa adesão ao 
tratamento, estresse e isolamento social.
Correlações Anatomoclínicas
Transtornos afetivos
Transtornos afetivos envolvem alterações nos lobos frontais, 
gânglios da base, amígdala e hipocampo, afetando a atenção e 
emoções.
Correlações Anatomoclínicas
Autismo
Transtorno do espectro autista que afeta a cognição social, 
envolvendo o giro cingulado e a amígdala, com impacto nos 
processamentos cognitivo e afetivo relacionados à interação 
social.
FIM!
Sistema Nervoso 
Periférico
Estrutura Dos Nervos Espinhais
 Os nervos espinhais são cordões esbranquiçados 
compostos por feixes de fibras nervosas.
 Eles conduzem impulsos nervosos aferentes 
(sensitivos) e eferentes (motores) do Sistema Nervoso 
Central para estruturas periféricas.
 Os nervos espinhais são compostos por três bainhas 
conjuntivas: epineuro, perineuro e endoneuro, que 
conferem resistência.
 Existem 31 pares de nervos espinhais que inervam o 
tronco, os membros e partes da cabeça, cada um 
formado pela união da raiz dorsal (sensitiva) e raiz 
ventral(motora).
Estrutura Dos Nervos Espinhais
 A raiz dorsal do nervo espinhal contém o gânglio 
espinhal, onde estão localizados os corpos dos 
neurônios sensitivos.
 A raiz ventral é formada por axônios originados a 
partir dos neurônios motores localizados na 
medula espinhal, não possuindo gânglios.
 Os nervos espinhais têm componentes funcionais, 
incluindo fibras aferentes (sensitivas) e eferentes 
(motoras).
Secção transversal da medula espinhal.
Trajeto Dos Nervos Espinhais
 Nervos espinhais têm raízes dorsal e ventral, originando-
se do canal vertebral pelos forames intervertebrais.
 Plexos são formados por raízes nervosas, sendo 
plurissegmentares, enquanto nervos intercostais são 
unissegmentares.
 Dermátomos são áreas cutâneas inervadas por uma única 
raiz dorsal, e miótomos se referem a territórios inervados 
por uma única raiz ventral.
 O conhecimento dos dermátomos e miótomos ajuda na 
identificação de lesões e níveis no sistema nervoso 
periférico ou medula espinhal.
Trajeto Dos Nervos Espinhais
Plexos Nervosos
 Existem cinco plexos nervosos que se formam 
a partir da união das raízes nervosas da 
medula espinhal.
 O plexo cervical inerva cabeça, pescoço, 
cintura escapular e diafragma.
 O plexo braquial controla membros 
superiores.
 O plexo lombar e sacral inervam tronco 
inferior, pernas e pés.
O plexo cervical.
Plexos Nervosos
 O plexo braquial é formado por raízes C5 a T1 e inerva 
músculos e a pele da cintura escapular e do membro 
superior.
 Ele se divide em troncos, divisões, fascículos e nervos 
terminais.
 Os nervos periféricos originados do plexo braquial têm 
diferentes funções motoras e inervam áreas específicas do 
membro superior.
 Compreender o território de inervação cutânea e as 
dificuldades após lesões nos nervos do plexo braquial é 
essencial para diagnóstico e tratamento clínico.
Plexos Nervosos
 O plexo lombossacro inerva abdome, pelve e 
pernas.
 Principais nervos do plexo lombossacro
incluem femoral, obturatório e ciático.
 Compreender inervação cutânea e 
dificuldades pós-lesão é importante 
clinicamente.
 Existem três tipos de lesões nervosas: 
neuropraxia (leve), axonotmese (moderada) e 
neurotmese (grave).
Aspectos Gerais
 Existem 12 pares de nervos encefálicos 
numerados de I a XII.
 Os nervos encefálicos têm funções sensoriais, 
motoras e autonômicas.
 Eles surgem do encéfalo e são responsáveis 
pela inervação de estruturas da cabeça, 
pescoço e vísceras torácicas e abdominais.
 Os nervos encefálicos têm núcleos distintos no 
tronco encefálico e estruturas corticais, 
diferindo das raízes nervosas espinhais.
Aspectos Gerais
Nervos Encefálicos
 O nervo olfatório transmite impulsos olfativos do nariz para o cérebro e é exclusivamente 
sensitivo.
 O nervo óptico transmite impulsos visuais da retina para o cérebro e também é 
exclusivamente sensitivo.
 Os nervo oculomotor, nervo troclear e nervo abducente inervam os músculos extrínsecos 
dos olhos e são nervos motores, entrando na órbita pela fissura orbital superior. 
 O nervo oculomotor é responsável pela inervação pré-ganglionar da musculatura intrínseca 
do bulbo ocular.
Nervos Encefálicos
 Transmite impulsos olfativos do nariz para o cérebro.
 É exclusivamente sensitivo.
 Pode causar anosmia (perda do olfato) pós-traumática quando fraturado.
I Nervo Olfatório:
 Transmite impulsos visuais da retina para o cérebro.
 É exclusivamente sensitivo.
 A secção de um nervo óptico causa amaurose (cegueira) em um dos olhos.
II Nervo Óptico:
 Inervam os músculos extrínsecos dos olhos.
 São nervos motores.
 Entram na órbita pela fissura orbital superior.
 O nervo oculomotor também inerva a musculatura intrínseca do bulbo ocular.
III Nervo Oculomotor, IV Nervo Troclear e VI Nervo Abducente:
Nervos Encefálicos
Nervos Encefálicos
(VI)
Nervos Encefálicos
 É um nervo misto, com uma raiz sensitiva e outra motora.
 Responsável pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça.
 Pode causar nevralgia intensa.
V Nervo Trigêmeo:
 Inerva os músculos mímicos da face, músculo estilo-hióideo e ventre posterior do músculo 
digástrico.
 Possui fibras eferentes viscerais gerais para glândulas lacrimal, submandibular e sublingual.
 Fibras aferentes viscerais especiais recebem impulsos gustativos dos 2/3 anteriores da língua.
VII Nervo Facial:
 É exclusivamente sensitivo.
 Parte vestibular relacionada com equilíbrio e parte coclear relacionada com audição.
 Lesões podem causar perda da audição e vertigem.
VIII Nervo Vestíbulo-coclear:
Nervos Encefálicos
Nervos Encefálicos
Nervos Encefálicos
 Misto, com fibras eferentes parassimpáticas para glândulas e fibras aferentes que incluem 
Sensibilidade da língua, faringe, úvula, tonsila e seio carotídeo.
 Pode causar nevralgia na faringe e na língua.
IX Nervo Glossofaríngeo:
 Maior nervo encefálico, com função mista exclusivamente visceral.
 Inerva laringe, faringe e faz parte dos plexos viscerais do sistema autônomo.
 Lesões podem afetar a fonação e inervação de vísceras torácicas e abdominais.
X Nervo Vago:
 Possui raiz craniana e espinhal.
 Inerva músculos da laringe e vísceras torácicas.
 Importante para a fonação.
XI Nervo Acessório:
Nervos Encefálicos
Nervos Encefálicos
Nervos Encefálicos
 Puramente motor.
 Inerva músculos intrínsecos e 
extrínsecos da língua.
XI Nervo Hipoglosso:
Conceitos Gerais Sobre O Sistema Nervoso Autônomo
 O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) controla funções 
corporais involuntárias, como respiração e digestão.
 Ele possui duas divisões principais: o sistema 
simpático (resposta de luta ou fuga) e o sistema 
parassimpático (descanso e digestão).
 O SNA utiliza um mecanismo de dois neurônios em 
sua via periférica.
 O funcionamento do SNA é influenciado por áreas do 
cérebro, como o hipotálamo, e pode ser afetado por 
emoções e estresse.
Divisões Do Sistema Nervoso Autônomo
 O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) possui duas divisões principais: simpático e 
parassimpático, com diferenças anatômicas e funcionais.
 Ambos os sistemas inervam órgãos viscerais, mas frequentemente têm ações opostas, 
ativando e inibindo respostas, respectivamente.
 O sistema simpático geralmente age de maneira difusa e está associado a respostas de 
"luta ou fuga".
 O sistema parassimpático tende a ter ações mais localizadas e está relacionado ao 
repouso e à digestão.
O Sistema Simpático
 Origina-se na medula torácica e segmentos 
lombares da coluna vertebral.
 Os axônios pré-ganglionares viajam até os gânglios 
vertebrais no tronco simpático.
 Existem três tipos principais de gânglios: 
vertebrais, pré-vertebrais e pós-ganglionares.
 Os nervos espinhais contêm fibras simpáticas pós-
ganglionares para inervar várias estruturas.
O Sistema Parassimpático
 Possui corpos celulares de neurônios pré-
ganglionares no tronco cerebral (III, VII, IX, X) e na 
medula espinhal sacral (S2, S3, S4).
 Os neurônios pré-ganglionares estabelecem 
sinapses em gânglios próximos às glândulas e 
órgãos.
 As fibras pós-ganglionares inervam glândulas, 
músculo liso e cardíaco em várias partes do corpo.
 A porção craniana inerva estruturas como a pupila, 
glândulas salivares, glândula lacrimal e órgãos 
torácicos e abdominais.
 A porção sacral controla órgãos como cólon, bexiga 
e genitais.
Neuroanatomofisiologia Sistema Nervoso Central
Aula prática
Profa. Dra. Letícia de A. Morais
Sistema Nervoso Central
Medula 
Espinhal
Medula Espinhal
Medula Espinhal
Medula Espinhal
Medula Espinhal
Hemisférios 
Cerebrais
Diencéfalo
Tronco Cerebral
Núcleos 
da base
Cerebelo
Introdução Ao Estudo Da 
Neuroanatomofisiologia
O Sistema Nervoso 
 O Sistema Nervoso compreende o Sistema 
Nervoso Central e o Sistema Nervoso Periférico.
 Neurônios são as unidades básicas do Sistema 
Nervoso, com cerca de 100 bilhões no cérebro 
humano.
 Neurônios têm corpo celular, núcleo,axônios e 
dendritos para a comunicação.
 Nervos são feixes de axônios que permitem a 
transmissão de sinais entre neurônios.
O Sistema Nervoso 
É importante ressaltar que são diferentes tipos de neurônios que controlam ou realizam atividades.
Neurônios motores
Transmitem mensagens do cérebro 
para os músculos a fim de gerar 
movimento.
Neurônios sensoriais
Detectam luz, som, odor, sabor, 
pressão e calor, e enviam as 
mensagens ao cérebro.
O Sistema Nervoso 
 Sistema nervoso controla processos involuntários.
 Neurônios comunicam por sinais elétricos e químicos.
 Glia mantém neurônios e regula neurotransmissores.
 Redes de neurônios coordenam funções do corpo e pensamento.
Conceitos fundamentais da neuroanatomofisiologia
 Tecido nervoso é encontrado no Sistema Nervoso Central e 
Periférico, composto por neurônios e células de suporte 
chamadas neuroglia.
 Neurônios são células especializadas para gerar e conduzir 
impulsos nervosos, com dendritos, corpo celular e axônio.
 Neuroglia inclui astrócitos, células microgliais, células 
ependimárias e oligodendrócitos no SNC, e células satélites 
e células de Schwann no SNP.
Conceitos fundamentais da neuroanatomofisiologia
 Neurônios são classificados em sensoriais (percepção), motores 
(movimento) e interneurônios (comunicação interna).
 Membrana plasmática do neurônio possui bicamada lipídica com 
proteínas reguladoras de íons.
 Sinapses químicas envolvem neurotransmissores para excitação 
ou inibição do neurônio pós-sináptico.
 Sinapses elétricas permitem apenas excitação, ocorrem em 
junções de gap e são mais rápidas que as sinapses químicas, mas 
menos eficazes na transmissão.
Organização Morfofuncional
O sistema nervoso tem três 
funções principais: entrada 
sensorial, processamento de 
informações e saída motora.
A entrada sensorial envolve 
receptores que detectam 
estímulos no ambiente e 
informam o Sistema Nervoso 
Central.
O processamento de 
informações ocorre no SNC, 
que interpreta os sinais e 
decide ações a serem 
tomadas.
A saída motora envolve 
neurônios motores do SNP 
que executam respostas 
motoras. As células da glia 
fornecem suporte estrutural 
e metabólico.
Divisão Morfofisiológica Do Sistema Nervoso
O sistema nervoso se divide em Sistema Nervoso Central (cérebro e 
medula) e Sistema Nervoso Periférico (nervos).
O Sistema Nervoso Central processa informações.
O Sistema Nervoso Periférico conecta o corpo ao cérebro e se divide em 
Sistema Nervoso Autônomo e Sistema Nervoso Somático.
O Sistema Nervoso Autônomo tem duas partes: Parassimpático 
(calmante) e Simpático (reativo).
Neuroanatomofisiologia
Gânglios
 Núcleo é uma estrutura cerebral que consiste em neurônios agrupados.
 No Sistema Nervoso Periférico, esses agrupamentos são chamados de 
gânglios.
 Os gânglios são importantes na comunicação entre o Sistema Nervoso 
Periférico e o Sistema Nervoso Central.
 Células gliais satélites (CGSs) circundam os neurônios nos gânglios, 
desempenhando várias funções de suporte e proteção.
Neuroanatomofisiologia
Neurônios
 Neurônios têm axônios para transmitir impulsos nervosos.
 No SNC, axônios são chamados de tratos; no SNP, são 
nervos.
 Nervos têm camadas de tecido conjuntivo: epineuro, 
perineuro e endoneuro.
Neuroanatomofisiologia
Neurônios
 O endoneuro envolve os axônios e contém fluido endoneural.
 Axônios variam em comprimento e diâmetro, com alguns tão 
longos quanto o nervo ciático.
 Neurônios no SNC frequentemente têm axônios ramificados.
Neuroanatomofisiologia
Bainha de mielina
 Mielina é uma camada isolante crucial nos axônios.
 A mielinização permite condução rápida de impulsos 
nervosos.
 Desmielinização está ligada à esclerose múltipla.
 Nervos são classificados como cranianos ou 
espinhais, com 12 pares de cranianos e 31 pares de 
espinhais.
Neuroanatomofisiologia
Princípios de eletricidade (bioeletrogênese)
 Neurônios transmitem mensagens por sinais elétricos e 
químicos.
 Íons como sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca++) e 
cloreto (Cl-) desempenham papéis cruciais.
 O potencial de membrana em repouso é cerca de -70mV.
 Um potencial de ação ocorre quando um neurônio atinge 
o limiar de -55mV, desencadeando um sinal elétrico.
Organização Do Sistema Nervoso
 O sistema nervoso é composto pelo Sistema Nervoso Central 
(cérebro e medula espinhal) e pelo Sistema Nervoso Periférico 
(nervos).
 O cérebro está no crânio, e a medula espinhal está na coluna 
vertebral.
 O Sistema Nervoso Periférico inclui os nervos que se estendem do 
cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo.
Divisões Funcionais Do Sistema Nervoso
O sistema nervoso realiza funções de sensação, integração e resposta.
A sensação envolve a 
recepção de informações do 
ambiente.
A resposta é a ação do 
sistema nervoso em órgãos 
efetores.
Divisões anatômicas incluem 
Sistema Nervoso Central e 
Periférico, enquanto as 
funções são divididas em 
sensação, integração e 
resposta, com subdivisões 
somáticas e autonômicas.
Divisões Funcionais Do Sistema Nervoso
Divisão do sistema nervoso.
Controlando O Corpo
 O Sistema Nervoso Somático controla as respostas motoras voluntárias 
e algumas reflexas.
 O Sistema Nervoso Autônomo regula funções involuntárias do corpo, 
como a homeostase, e é composto pelas divisões simpática e 
parassimpática.
 O Sistema Nervoso Entérico controla o sistema digestivo e é uma parte 
do Sistema Nervoso Periférico.
 A divisão simpática do Sistema Nervoso Autônomo está associada à 
resposta de luta ou fuga, enquanto a divisão parassimpática está 
relacionada ao repouso e digestão.
Fisiologia Do Sistema Nervoso Simpático (Sns)
 O Sistema Nervoso Simpático (SNS) faz parte do 
Sistema Nervoso Autônomo, controlando respostas 
involuntárias.
 O SNS desencadeia a resposta de luta ou fuga, 
preparando o corpo para situações de estresse.
 Isso inclui aumentar a frequência cardíaca, dilatar as 
vias respiratórias e realizar outras mudanças 
fisiológicas.
 Homens e mulheres muitas vezes respondem de 
maneira diferente ao estresse, com homens tendendo 
à agressão e mulheres buscando ajuda ou apoio 
social.
Fisiologia Do Sistema Nervoso Simpático (Sns)
Respostas parassimpáticas
 O Sistema Nervoso Parassimpático (SNP) regula órgãos e 
glândulas durante o repouso, complementando o Sistema 
Nervoso Simpático.
 As funções do SNP incluem estimular atividades de 
repouso e digestão.
 O SNP utiliza principalmente a acetilcolina como 
neurotransmissor e atua em dois tipos de receptores: 
muscarínicos e nicotínicos.
 As divisões simpática e parassimpática geralmente 
funcionam em complemento, não em antagonismo, e 
ajudam a manter a homeostase no corpo.
Embriologia Do Sistema Nervoso
 O desenvolvimento do sistema nervoso é um dos primeiros 
e mais complexos no embrião.
 Começa com uma placa neural que se dobra para formar um 
tubo neural.
 Falhas na fechagem do tubo neural podem levar a defeitos 
do tubo neural.
Embriologia Do Sistema Nervoso
Ectoderma
Epiderme
Nervos Periféricos
Cérebro
Medula Espinhal
Mesoderma
Derme
Ossos
Músculos
Estruturas urogenitais
Sistema circulatório
Endoderma
Sistema respiratório
Órgãos do sistema digestivo
O sistema nervoso central envolve três camadas germinativas:
Embriologia Do Sistema Nervoso
Embriogênese: semanas 2 a 8
 A embriogênese do sistema nervoso ocorre nas semanas 2 a 
8 do desenvolvimento embrionário.
 O notocórdio desempenha um papel crucial na formação do 
tubo neural, que dará origem ao sistema nervoso central 
(SNC).
 O sistema nervoso periférico (SNP) é formado por células 
neuroepiteliais que se diferenciam em células de suporte, 
neurônios e glioblastos.
 A mielinização dos axônios periféricos envolve as células de 
Schwann, enquanto no SNC, é realizada pelos 
oligodendrócitos. 
Embriologia Do Sistema Nervoso
Embriogênese: semanas 2 a 8
Três camadas membranosas cobrem todo o SNC:
Dura-mater
derivada domesênquima 
circundante, resistente e 
durável.
Aracnoide
derivada da crista neural; 
forma-se como uma única 
camada com pia-mater.
Pia-mater
derivada da crista neural; 
cobre intimamente o SNC.
Embriologia Do Sistema Nervoso
Embriogênese: semanas 2 a 8
Neurulação em anfíbios e amniotas. A epiderme externa (em 
azul), o tubo neural (em roxo) interno e no meio forma as 
cristas neurais (em verde).
Embriologia Do Sistema Nervoso
Embriogênese: semanas 2 a 8
 O cérebro se forma a partir de vesículas cerebrais primárias que se diferenciam em cinco 
vesículas secundárias.
 Essas vesículas dão origem a diferentes partes do cérebro, como os hemisférios cerebrais e 
o cerebelo.
 Problemas durante a embriogênese podem causar condições como a espinha bífida.
 Evitar teratógenos e suplementar ácido fólico durante a gravidez é crucial para prevenir 
problemas no desenvolvimento embrionário.
Embriologia Do Sistema Nervoso
Embriogênese: semanas 2 a 8
Desenvolvimento das vesículas cefálicas.
Sistema Nervoso 
Central
Introdução
 Medula espinhal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso no canal 
vertebral.
 Topo conectado ao bulbo; base em adultos estende-se até vértebras 
lombares.
 Lesões ocorrem entre L4-L5 ou L5-S1 e em traumas nas vértebras 
lombares/sacro.
 Medula afunila-se na base, formando cone medular e filamento 
terminal.
Forma E Estrutura Geral
 Medula espinhal tem forma cilíndrica com dilatações cervical e 
lombar.
 Substância cinzenta central contém corpos celulares, enquanto a 
substância branca periférica consiste em fibras mielinizadas.
 Substância cinzenta possui colunas anterior, posterior e lateral; 
substância branca é dividida em funículos anterior, lateral e 
posterior.
Medula espinhal.
Forma E Estrutura Geral
 Sulcos longitudinais incluem sulco mediano
posterior, fissura mediana anterior, sulco
lateral anterior, sulco lateral posterior e
sulco intermédio posterior.
Conexões Com Os Nervos Espinhais
 Filamentos radiculares conectam-se à medula espinhal nos sulcos 
lateral anterior e posterior.
 Formam raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais, que se unem 
para criar nervos espinhais.
 Existem 31 pares de nervos espinhais: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 
lombares, 5 sacrais e geralmente 1 coccígeo.
 A medula não ocupa todo o canal vertebral, terminando 
geralmente ao nível da segunda vértebra lombar, abaixo da qual 
existe a cauda equina. 
Conexões Com Os Nervos Espinhais
Estruturas Microscópicas
 Na substância cinzenta da medula espinhal, encontram-se 
neurônios de axônio longo, que incluem neurônios 
radiculares (ALFA e GAMA) e cordonais.
 Os neurônios radiculares ALFA são grandes, com axônio de 
grosso calibre, inervando fibras musculares efetivas.
 Neurônios radiculares GAMA são menores e inervam 
fibras intrafusais.
 Existem neurônios de axônio curto, chamados 
internunciais, que modificam conexões entre neurônios 
motores e sensitivos em reflexos medulares.
Unidade motora.
Estruturas Microscópicas
 Substância branca na medula espinhal é composta 
por tratos de axônios mielinizados.
 Vias descendentes controlam funções motoras 
voluntárias, com as vias piramidais cruzando em 
diferentes pontos.
 Vias extrapiramidais são responsáveis pelo 
equilíbrio e postura, atuando em músculos axiais e 
proximais.
 Vias ascendentes transmitem informações 
sensitivas de diversas partes do corpo, como 
propriocepção, tato, dor e temperatura.
Estruturas Microscópicas
Tronco Encefálico
 O tronco encefálico é uma estrutura entre a medula e o diencéfalo, 
contendo núcleos e fibras nervosas.
 Ele inclui o mesencéfalo, a ponte e o bulbo, cada um com funções 
específicas.
 A formação reticular na região regula o nível de consciência, a 
percepção da dor e os sistemas cardiovascular e respiratório.
 A substância negra no mesencéfalo contém neurônios produtores de 
dopamina, relacionados à doença de Parkinson.
O tronco encefálico.
Tronco Encefálico
Corte transversal do mesencéfalo.
Cerebelo
 O cerebelo é conhecido como o "pequeno cérebro" e 
está localizado na fossa cerebelar do osso occipital.
 Suas funções incluem manutenção do equilíbrio, 
postura, controle do tônus muscular e coordenação 
motora.
 O cerebelo é dividido em vérmis, hemisférios 
cerebelares e três lobos: flóculo-nodular, anterior e 
posterior.
 Ele evoluiu filogeneticamente em três partes: 
arquicerebelo (função vestibular), paleocerebelo
(função proprioceptiva) e neocerebelo (função de 
planejamento e coordenação motora).
Diencéfalo
 O diencéfalo, junto com o telencéfalo, compõe o 
cérebro e ocupa cerca de 80% da cavidade 
craniana.
 O diencéfalo é dividido em quatro partes: 
epitálamo, tálamo, subtálamo e hipotálamo.
 O tálamo é composto por vários núcleos que 
desempenham funções diversas, incluindo 
sensibilidade, motricidade, comportamento 
emocional e ativação do córtex.
 O hipotálamo é crucial para o controle da atividade 
visceral, regulando temperatura corporal, 
emoções, sono, ingestão de alimentos e água, 
diurese, sistema endócrino e ritmos circadianos.
Tálamo, em azul.
Diencéfalo
Diencéfalo
Hipotálamo. Glândula pineal no epitálamo.
Núcleos Da Base
 Núcleos da base são grupos de substância cinzenta 
profundamente localizados nos hemisférios cerebrais.
 Incluem estruturas como núcleo caudado, putâmen, globo 
pálido e outros relacionados ao controle motor, planejamento 
e funções executivas.
 Degeneração dos neurônios da substância negra no 
mesencéfalo, produtores de dopamina, está ligada à doença 
de Parkinson.
 Funções dos núcleos da base envolvem controle motor, 
automatização de rotinas, regulação do tônus, motivação, 
atenção e afeto.
Núcleos da base dispostos na substância branca.
Telencéfalo  O telencéfalo é composto pelos dois hemisférios cerebrais, direito 
e esquerdo.
 Os sulcos na superfície dos hemisférios cerebrais delimitam os 
giros cerebrais e incluem o sulco lateral, que separa o lobo 
temporal dos lobos frontal e parietal, e o sulco central, que separa 
os lobos frontal e parietal.
 Cada lobo cerebral recebe seu nome de acordo com a região do 
crânio à qual se relaciona: frontal, parietal, temporal, occipital e 
ínsula.
Vista lateral do cérebro humano.
Telencéfalo
 O cérebro humano é dividido em dois hemisférios, direito e 
esquerdo, separados pelo corpo caloso.
 Cada hemisfério possui sulcos que delimitam os giros cerebrais, 
sendo os mais importantes o sulco lateral e o sulco central.
 Os sulcos cerebrais ajudam a dividir o cérebro em lobos, que 
recebem nomes de acordo com os ossos do crânio aos quais 
estão relacionados, incluindo o frontal, parietal, temporal, 
occipital e ínsula.
Lobos cerebrais.
Telencéfalo
Lobo frontal
Controle motor, 
planejamento de 
movimentos e 
expressão da 
linguagem.
Lobo parietal:
Sensações como 
temperatura, dor, 
pressão, tato e 
interpretação 
sensorial.
Lobo temporal
Compreensão da 
linguagem, audição, 
aprendizado e 
memória.
Lobo temporal
Compreensão da 
linguagem, audição, 
aprendizado e 
memória.
Meninges E Líquor
 O Sistema Nervoso Central é envolvido e protegido pelas 
meninges, que incluem a dura-máter, aracnoide e pia-máter.
 As meninges formam espaços ou cavidades entre elas, 
incluindo o espaço epidural, espaço subdural e espaço 
subaracnóideo.
 A dura-máter é a camada mais externa e resistente das 
meninges, e a aracnoide é uma membrana fina com 
trabéculas que se assemelham a teias de aranha.
 A pia-máter é a camada mais interna e está em contato 
direto com o tecido nervoso.
Meninges a nível do crânio.
Meninges E Líquor
Aracnoide e suas trabéculas.
Meninges E Líquor
O líquor, também conhecido como líquido cefalorraquidiano, é produzido nos ventrículos do cérebro e 
circula pelo espaço subaracnóideo, desempenhando funções de proteção mecânica e biológica para o 
Sistema Nervoso Central.
Vascularização do sistema nervoso central
 O cérebro necessita de um fornecimentoconstante de glicose e oxigênio para funcionar 
adequadamente, dependendo do metabolismo aeróbico.
 A interrupção da circulação cerebral por mais de 7 segundos pode levar à perda de 
consciência e lesões irreversíveis após cerca de 5 minutos.
 Distúrbios vasculares, como tromboses e hemorragias, podem causar lesões nos tecidos 
nervosos do Sistema Nervoso Central.
Vascularização do sistema nervoso central
 O fluxo sanguíneo cerebral é regulado por fatores como pressão intracraniana, condições 
dos vasos sanguíneos e viscosidade do sangue.
 A vascularização arterial do cérebro é fornecida pelas artérias carótidas internas e 
vertebrais, que formam o Polígono de Willis na base do crânio.
 A obstrução das artérias cerebrais pode causar síndromes específicas, dependendo da área 
afetada.
 As veias do cérebro drenam o sangue para os seios da dura-máter e, em seguida, para as 
veias jugulares internas.
Vascularização do sistema nervoso central
Polígono de Willis.
Vascularização do sistema nervoso central
A medula espinhal é irrigada por ramos das artérias subclávia, 
aorta e ilíaca interna, e seu sistema vascular inclui artérias 
vertebrais, espinhais anteriores e espinhais posteriores, bem 
como plexos venosos.
	Slide 1: Neuroanatomofisiologia
	Slide 2: Sistema Nervoso Central
	Slide 3: Medula Espinhal
	Slide 4: Medula Espinhal
	Slide 5: Medula Espinhal
	Slide 6: Medula Espinhal
	Slide 7: Medula Espinhal
	Slide 8: Hemisférios Cerebrais
	Slide 9: Diencéfalo
	Slide 10: Tronco Cerebral
	Slide 11: Núcleos da base
	Slide 12: Cerebelo
	Slide 13

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