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Introduçao a fisiologia

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Fisiologia 01- Introdução a Fisiologia 
	O que estuda fisiologia?
	Estudo da função de um organismo vivo, incluindo as partes que compõe esse organismo vivo. Essa é uma definição bem genérica. Portanto fisiologia humana estuda como o corpo humano funciona assim como as partes que o compõe. E isso não pode ser separado de outros conhecimentos como anatomia, pois não há como dissociar a estrutura da função.
	Qual a menor unidade viva de um corpo humano?
	A célula. Onde existem átomos se juntando para formar moléculas, que vão se organizar de diversas maneiras para formar células (o que já é uma unidade viva) e essas, por sua vez, vão formar um tecido, que seu conjunto forma um órgão. Portanto, somos formados por um conjunto de células de vários tipos, que se multiplicam em uma velocidade muito grande, para, no fim das contas, formar o nosso corpo.
	O que a células precisa fazer para se manter viva?
	A célula, desde de seu surgimento, vivem em condições extracelulares que se alteram constantemente. Portanto, para se manter viva é necessário que ela mantenha seu meio interno constante. Existem uma série de parâmetros, como concentração de íons, ph, de proteínas, entre outros, que precisam ser mantidos constantes dentro da célula, apesar de haverem variações externas. Então, a partir dessas variações externas, a células irá responder a essa variação para que seu interior não mude, pois se o seu interior entrar em equilíbrio com o meio externo a célula morre. A habilidade de manter o meio interno constante permite que o indivíduo fosse independente das variações externas. Essa manutenção do meio interno constante se chama homeostasia.
	O que é o meio interno do corpo humano?
	O meio interno da célula é o líquido intracelular. Como o corpo humano é formado por várias células, o meio interno do corpo e que dever ser mantido constante é o líquido extracelular, que é formado pelo plasma e pelo líquido intersticial. É nesse meio que os nossos sistemas vão atuar quando houver alguma mudança, pois, essas células precisam estra banhadas em um ambiente adequado. A composição do plasma e do líquido intersticial são muito parecidas, fazendo com que qualquer mudança que ocorra em qualquer um desses meios irá afetar ambos. Mas em relação ao meio intracelular é bem diferente, e deve ser. Todos os sistemas do corpo humano estão contribuindo para a homeostase, de maneira direta ou indireta. Exemplo: sistema musculoesquelético contribui na homeostase através da sustentação. 
	Outro exemplo é o sistema nervoso, que tem por função controlar os outros sistemas do corpo, sua função mais direta, mas existem também outras funções mais indiretas como gerar comportamento. E esses comportamentos, mesmo que não seja de maneira tão evidente, estão contribuindo para manter a nossa homeostase interna (exemplo: sentir fome).
 	De uma maneira bem geral, o esquema a seguir ilustra como são as vias que vão controlar a homeostase.
 
 Imagine uma variável que se estiver dentro da faixa adequada, não é necessária uma intervenção do sistema. Mas se por algum motivo essa variável se altera, de modo que saia da faixa normal, alguma parte do seu corpo vai atuar como detector (pode ser uma célula ou um conjunto de células) e esse sensor (chamado de receptor), ao detectar essa variação irá criar um sinal para algum centro integrador (algumas vezes a mesma célula que detecta ela também integra), que vai pegar esse sinal e gerar uma resposta para uma outra unidade, chamada de efetor que irá gerar uma alteração. Portanto, existe alguma unidade detectando a variação, outra integrando (vendo que essa variação precisa ser compensada) e passando o sinal para um efetor para influenciar a variável. Isso tudo para que a variável se mantenha em níveis normais. De um modo geral, os sistemas de controle do nosso corpo funcionam assim. Esse sistema é chamado de alça de resposta. A influência do efetor em cima da variável é chamada de retroalimentação, ou feedback. Tem esse nome pois sistema detectou a variação, gerou uma resposta e a própria resposta influencia no sistema, ou seja, o efeito que o sistema está gerando influencia o próprio sistema. Existem dois tipos de retroalimentação: a negativa e a positiva.
	No feedback negativo o estímulo inicial gera uma resposta de algum sistema gerando uma diminuição do estimulo. O efeito da alça de resposta inibe a própria alça de resposta. Exemplo: a produção de um certo hormônio aumenta continuamente até que o próprio nível elevado do hormônio interrompe o sistema que o produz. E essa retroalimentação é fundamental para manter os parâmetros nos níveis normais, mas nunca constantes, sempre variando dentro de uma normalidade.
Já no feedback positivo, o efeito da alça estimula mais ainda a alça de resposta, ou seja, o estimulo inicial gera uma resposta que aumenta ainda mais o estimulo, que gera mais resposta que aumenta mais o estimulo gerando um ciclo vicioso que só vai ser interrompido se houver um evento externo. E é por esse motivo que a retroalimentação positiva não é homeostática, pois ela não permite que o seu sistema se mantenha em um ponto de ajuste. Exemplo: durante o trabalho de parto a cabeça no bebê ao passa pelo colo de útero faz com ele se estire, e esse estiramento estimula a produção do hormônio ocitocina que atua aumentando a contração do útero, empurrando o bebê mais ainda e assim estirando mais o colo do útero e produzindo mais ocitocina, iniciando mais uma vez o ciclo. Esse feedback positivo só termina quando o bebê nasce (evento externo).

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