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Fitormônios: Controle do Desenvolvimento Vegetal

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FITORMÔNIOSFITORMÔNIOS
Prof. Leandro Paiola Albrecht, D.Sc., M.Sc., Eng. Agr.
Profa. Patrícia da Costa Zonetti, D.Sc. M.Sc., Bióloga
UFPR – Campus Palotina
TÓPICOS DA AULA DE HOJE!!!!!
 Controle do desenvolvimento e os hormônios
 Conceitos
 Hormônios X biorreguladores
 Modo de ação
 Principais efeitos fisiológicos e balanço hormonal
 Principais grupos hormonais
 Biorreguladores
 Considerações ecofisiológicas
 Considerações agronômicas
 Questões para reflexão/Estudo dirigido
 Avaliação continuada de aprendizado/Questão do dia!!!
Albrecht (2012)
Curva do crescimento de plantas: curva sigmóide
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
CONTROLE DO 
DESENVOLVIMENTO
 A) Controle genético;
 B) Controle ambiental;
 C) Controle hormonal;
 D) Interdependência dos fatores;
“Decisivo”:
Fenótipo = genótipo + ambiente + (G x A)
Albrecht (2012)
Interdependência dos fatores nas transformações 
metabólicas/fisiológicas nas plantas cultivadas.
Ambiente
Hormônios
Genes
Proteínas
Transformacões
Fonte: Floss, 2006.
EXTRA-CELULAR
INTER-CELULAR
INTRA-CELULAR
ASPECTOS 
FISIOLÓGICOS E 
ECOFISIOLÓGICOS
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Hormônios vegetais
 Os principais grupos de Hormônios vegetais
são:
 Auxinas;
 Giberelinas;
 Citocininas;
 Etileno;
 Ácido abscísico;
 Brassinosteróides;
 Ácido salicílico;
 Poliaminas;
 Jasmonatos.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Conceito
 Hormônios Vegetais?
 São mensageiros químicos produzidos em uma célula 
ou em um tecido, que modulam os processos 
celulares em outras células, interagindo com proteínas 
específicas denominadas receptores;
 Regulam o desenvolvimento vegetal;
 Outras moléculas sinalizadoras participam de 
processos de comunicação, resistência e de defesa: 
Reguladores Vegetais (ou biorreguladores).
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
Hormônios Vegetais
• Hormônios Vegetais:
 Endógenos;
 Participam durante todo o ciclo vegetal;
 Atuam em baixas concentrações;
 Modificam quantitativamente e qualitativamente o 
desenvolvimento vegetal;
 Podem atuar no mesmo órgão de síntese ou em 
qualquer região da planta;
 Auxinas, Giberelinas, Citocininas, Etileno, Ácido 
abscísico, Brassinoesteróides.
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
 Auxinas (Ax) – Crescimento vegetal;
 Giberelinas (GA) – Florescimento e crescimento;
 Citocininas (CK) – Juventude e divisão celular;
 Etileno (ET) – Hormônio do amadurecimento;
 Ácido Abscísico (ABA) - Anti-estresse;
 Brassinoesteróides (BR) – Esteróide: divisão e 
alongamento celular.
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
Modo de ação hormonal
 Hormônios não esteróides: Ax, GA, CK, Et, ABA
 Se ligam a receptores de membrana
 Mensageiro intra-celular  Efeito fisiológico
OBS: Existem evidências de que os hormônios não-
esteróides podem se ligar a receptores localizados no 
citoplasma celular
 Hormônios esteróides: BR
 Se ligam a receptores localizados no citoplasma ou no 
núcleo  Efeito fisiológico
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
Inativação Hormonal
Biossíntese
[Hormônio]
Transporte
Biodegradação
(Inativação permanente) 
Conjugação
(Inativação temporária)
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
Efeitos Fisiológicos – Balanço Hormonal
1) Alongamento celular (Ax, GA, CK, BR, ABA);
2) Dominância apical (Ax, CK, ABA);
3) Expressão sexual (Ax, GA, ET);
4) Crescimento de frutos (Ax, GA);
5) Frutos partenocárpicos (Ax, GA);
6) Abscisão de órgãos (Ax, ET, ABA);
7) Efeito herbicida (Ax);
8) Iniciação de raízes (Ax, ET, ABA);
9) Divisão celular (Ax, CK);
10) Germinação e dormência de sementes (GA, CK, 
ET, ABA);
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
Efeitos Fisiológicos – Balanço Hormonal
11) Tropismos (Ax);
12) Florescimento (GA, ET);
13) Crescimento de plantas anãs (GA);
14) Senescência (Ax, CK, ET);
15) Dormência das gemas (GA, ABA);
16) Crescimento e pegamento de frutos (GA, Ax, CK);
17) Diferenciação celular nas culturas de tecido (CK, 
AX);
18) Amadurecimento de frutos (ET);
19) Movimento estomático (CK, ABA).
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
Auxinas:
 Efeito fisiológico (HOPKINS,1995; CASTRO et all 
2002; TAIZ & ZEIGER, 2004; FLOSS, 2006):
 Crescimento celular;
 Crescimento do caule;
 Crescimento foliar;
 Crescimento radicular;
 Produção de raízes adventícias;
 Reativação da atividade cambial.
 Dominância apical;
 Desenvolvimento floral;
 Desenvolvimento do ovário em fruto;
 Partenocarpia;
 Abscisão de folhas, flores e frutos.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
 Local: regiões em divisão celular:
 Meristema apical caulinar;
 Folhas jovens;
 Frutos jovens;
 Sementes.
 Vias de síntese:
 Via dependente do triptofano;
 Via independente do triptofano;
Obs: Regulação da síntese e da rota preferencial depende: 
da espécie, do estímulo e do estádio de 
desenvolvimento.
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
Efeitos fisiológicos
1) Auxinas promovem o alongamento celular em caules e coleóptiles
porém, inibem na raiz (considerando a mesma concentração para os 
diferentes órgaos) 
Atenção!! 
concentração ótima
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Auxinas
Hipótese do crescimento ácido: baseada na extrusão de 
prótons induzida por auxina, através de H+- ATPases da 
membrana. Acidificam o apoplasto ativando enzimas que 
distendem a parede celular.
expansinas
proteínas da parede celular 
que alteram a extensibilidade 
da parede em resposta a pH 
ácidos
extensibilidade da parede celular 
Papel chave na morfogênese
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012) TAIZ & ZEIGER (2009)
TAIZ & ZEIGER (2009)
2) Participação em respostas trópicas:
•fototropismo (resposta a luz unilateral)
Luz
ATENÇÃO!! 
distribuição desigual de 
AIA, resulta em 
crescimento diferenciado
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
TAIZ & ZEIGER (2009)
3) Regulação da dominância apical
4) Efeito promotor na formação de raízes laterais e adventícias
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
5) Desenvolvimento de frutos - partenocarpia
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
6) Indução de diferenciação de tecidos vasculares
XILEMA
FLOEMA
Alta [AIA] – induz diferenciação 
de xilema e floema
Baixa [AIA] – induz diferenciação 
apenas do floema
No caule - Alta [AIA] –
diferenciação do xilema 
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
TAIZ & ZEIGER (2009)
7) A auxina retarda o início da abscisão foliar:
 Maioria dos vegetais – abscisão foliar é precedida pela diferenciação 
de uma camada de células, a camada de abscisão.
 Durante a senescência – paredes das células da camada de 
abscisão são digeridas, tornando-as maleáveis e fracas.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
8) Formação do gancho plumular
Importante durante a 
germinação de algumas 
sementes – protege o 
meristema apical
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
A razão auxina/citocinina regula a morfogênese 
de tecidos em cultura (in vitro)
Auxina
Produz
Raiz
Citocinina
Produz
Parte
Aérea.
Calos não-diferenciados
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012) Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Citocininas- morfogenêse (cultivo in vitro)
Meio de cultivo com AIA 
(formação raízes) 
Meio de Cultivo com maior 
concentração citocinina que AIA
(formação parte aérea)
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Citocininas:
 Efeito fisiológico (HOPKINS,1995; CASTRO et all 
2002; TAIZ & ZEIGER, 2004; FLOSS, 2006):
 Divisão celular;
 Alongamento celular;
 Diferenciação celular;
 Retardamento da senescência em tecidos; 
 Quebra da dominância apical; 
 Quebra da dormência de sementes;
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
• Locais de síntese: meristema da raiz (principal), embrião de 
sementes em desenvolvimento e folhas e frutos jovens;
• O transporte de citocininas, sob a forma de ribosídeo da 
zeatina, ocorre principalmente pelo xilema, mas se dá também 
pelo floema.
LOCAIS DE SÍNTESE E TRANSPORTE:
Citocininas: reguladores da divisão celular
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)Citocinina super-expressa forma 
tumores genéticos.
As citocininas retardam a 
senescência foliar.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Giberelinas:
 Efeito fisiológico (HOPKINS,1995; CASTRO et all 
2002; TAIZ & ZEIGER, 2004; FLOSS, 2006):
 Indução a floração;
 Expressão sexual;
 Partenocarpia
 Senescência e Abscisão;
 Quebra da dormência de sementes;
 Quebra da dormência de gemas;
 Alongamento de caule de plantas anãs.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Fihormônio não essencial;
Envolvido em muitos aspectos do desenvolvimento e 
ciclo de vida de vegetais superiores;
Presente em vegetais, fungos e algumas bactérias;
Poucas formas Bioativas, muitas formas inativas;
Giberelinas ≠ Auxinas por produzir grande efeito em 
plantas intactas e muito pouco em segmentos.
GIBERELINAS: reguladores da altura das 
plantas e da germinação de sementes
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Local de Síntese: 
 Plastídeos, 
 Embriões 
 Tecidos Meristemáticos 
 Raízes, gemas jovens, entrenós imaturos, frutos e sementes
Transporte:
 Xilema e Floema
 Célula-a-célula: evidências recentes
Precursor: Isoprenóide (Via do Ác. Mevalônico)
 Metabolismo secundário
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012) Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Giberelina= estimula a enzima XET que facilita a 
entrada das expansinas na parede celular.
Auxina + Giberelina= efeitos aditivos sobre o 
alongamento celular
Auxina= torna o pH da parede ácido de forma que a enzima expansina
tenha atividade
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Entrenós e pecíolos
curtos (“Roseta”) Entrenós e pecíolos 
longos
Bioensaio baseado na 
extensão do caule
GA3: 0 0,1 1 mg
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Controle
+ Gib
Giberelina promove o florescimento, 
principalmente em plantas de dia longo: 
pode substituir a necessidade de dia longo
Ex: Cenoura, Repolho, Espinafre
Em plantas dióicas, 
contendo flores unissexuais:
Ex: milho: pendão e espiga
Mutante de milho com alto
teor de giberelina na espiga:
flores femininas que originam 
espigas são agora hemafroditas
(contém estames)
Estames na
espiga
+ 
Frio
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Giberelinas substituem a necessidade da luz para a 
germinação de sementes fotoblásticas positivas (Ex: 
alface, alfavaca, eucalipto, tabaco).
+ GIB- GIB
Giberelinas podem estimular a 
brotação de tubérculos de batata
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Giberelina promove a germinação por estimular a mobilização de 
reservas.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Giberelina
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2011)
Etileno: fitohormônio gasoso
 O etileno é um gás insaturado (H2C = CH2), inflamável, que sofre 
oxidação rapidamente. 
 Aparentemente é o único hormônio vegetal gasoso.
 Locais: É sintetizado em quase todas as partes dos vegetais 
superiores (produção depende do tipo de tecido e do estágio de 
desenvolvimento). Regiões meristemáticas e nos nós são mais 
ativas a síntese. 
 A produção de etileno é aumentada durante:
 abscisão foliar; 
 senescência da flor; 
 amadurecimento dos frutos;
 Lesão ou estresse fisiológico.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
1. INIBE OU RETARDA A DIVISÃO CELULAR
Etileno promove a reorganização das microfibrilas de celulose da 
parede celular, de uma posição normalmente transversal para outra 
longitudinal, resultando, em uma redução acentuada do alongamento 
longitudinal e incremento na expansão lateral das células (caule curto e 
espesso).
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Aumenta expressão gênica de enzimas do
amadurecimento:
– Clorofilase
– Celulase
– Poligalacturonase (PG)
– Pectinametilesterase (PME)
– Fenilalanina amônio-liase (PAL)
– ACC sintase
– Piruvato dehidrogenase
2. PROMOVE O AMADURECIMENTO DOS FRUTOS
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Nem todo fruto responde diretamente ao etileno. 
OS FRUTOS QUE RESPONDEM AO ETILENO SÃO 
CHAMADOS CLIMATÉRICOS
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
 FRUTOS NÃO CLIMATÉRICOS= 
Depois que são colhidos, diminuem a sua respiração de maneira 
contínua até à sua morte. 
NÃO AMADURECEM PÓS-COLHEITA
 FRUTOS CLIMATÉRICOS=
Tem uma pequena respiração após a colheita. Chega um momento, 
entretanto, que esta respiração começa a aumentar bruscamente 
até atingir um pico. Logo depois vem uma queda drástica da 
atividade respiratória, e então a senescência e a morte.
AMADURECEM PÓS-COLHEITA
↑respiração e ↑ etileno
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2011)
4. ESTIMULA A SENESCÊNCIA
Senescência - conjunto de mudanças que provocam a 
deterioração e a morte da célula vegetal.
pode ocorrer:
aproximadamente ao mesmo tempo em toda a planta, no caso de plantas 
anuais (milho, soja) e algumas plantas perenes (agave, bambu), que 
florescem uma vez e morrem logo depois.
somente na parte aérea das plantas bianuais e herbáceas perenes, nas 
quais as partes subterrâneas se mantêm vivas e servem como reservas 
para o crescimento do ano seguinte.
somente nas folhas e frutos de plantas lenhosas perenes.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
5. ESTIMULA A ABSCISÃO FOLIAR
Ocorre na camada de abscisão.
Etileno diminui atividade da auxina (reduz síntese e transporte e 
aumenta a destruição).
Menor quantidade de 
auxina, maior resposta 
das células alvo do 
etileno.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Citocinina retarda senescência. Etileno induz senescência
Auxina retarda abscisão. Etileno induz abscisão
EFEITOS ANTAGÔNICOS COM 
HORMÔNIOS DE CRESCIMENTO
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
Algumas das implicações positivas do etileno são: 
 amadurecimento de frutos de macieira e tomateiro;
 redução da cor verde da casca de citrus;
 estabelecimento de frutos em abacaxizeiro;
 raleio de frutos ou queda de frutos em algodoeiro, cerejeira e 
nogueira;
 promove a expressão do sexo feminino em pepino;
Exemplos de efeitos negativos induzidos pelo etileno : 
Aparecimento de manchas acastanhadas na alface 
Amarelecimento de brócolis, couve-flor e espinafres 
Aumento da fibrosidade do Aspargo. 
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
ÁÁcido cido 
AbscAbscíísicosico::
sinal para maturação da 
semente e anti-estresse
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
 Sintetizado em quase todas as células que possuem cloroplastos 
ou amiloplastos.
 Tem sido detectado na maioria dos órgãos ou tecidos vivos 
“Desta a coifa até a gema apical”
• Quando o estresse hídrico inicia, uma parte do ABA sintetizado nas 
raízes é carregado pela corrente xilemática;
• Esse transporte ocorre antes que a redução do potencial hídrico 
possa causar danos a condições de água na folha.
Sinal:
Fechamento Estomático
Redução da taxa de transpiração 
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
 Juntamente com GA atua no desenvolvimento 
de semente;
 Promove a dormência de sementes de algumas 
espécies;
 Promove o fechamento estomático em 
situações de déficit hídrico;
 Induz Senescência de folhas de algumas 
espécies;
 Induz dormência de gemas.
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
1ª fase: Divisão celular e diferenciação dos tecidos, o 
zigoto sofre embriogênese e o tecido do endosperma 
se prolifera (nível do ABA muito baixo).
2ª fase: Divisões celulares cessam e compostos de 
armazenamento são acumulados (nível do ABA 
alto).
3ª fase: O embrião torna-se tolerante a dessecação e 
a semente desidrata perdendo até 90%. Entram em 
um estádio quiescente. (Diminuição gradativa 
do nível de ABA até a semente atingir a 
maturidade).
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
 Sobre a semente o ABA promove:
 tolerância à dessecação do embrião.
 acúmulo de substância de reserva nas sementes (afeta tanto a 
translocação como a síntese).
 pode manter o embrião maduro em estado de dormência. A 
dormência é controlada pela razão ABA/GA.
 Inibe a germinação precoce e inibe a viviparidade
Adaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
BIORREGULADORES
 Biorreguladores bioestimulantes; Herbicidas;
 Retardadores;
 Maturadores;
 Quebra de dormência.
 Análogos ou não dos hormônios.
 Inibidores ou promotores de síntese de 
hormônios.
Albrecht (2012)
Biorreguladores Vegetais
 Reguladores Vegetais:
 Podem ser endógenos ou sintéticos;
 Atuam em “altas concentrações” (> hormônios);
 Modificam quantitativamente e qualitativamente o 
desenvolvimento vegetal.
 Endógenos
 Poliaminas, compostos fenólicos
 Sintéticos
 2,4-D e 2,4,5-T (“agente laranja”) - auxinas sintéticas
 ProGib® (GA3)
 Promalim® (Bioestimulante: combinação de - GA4+7 +CK)
 Stimulate® (Bioestimulante: Ax + GA + CK)
Adaptado por Albrecht & Zucareli (2012)
FITORREGULADORES 
COMO BIOESTIMULANTES 
– um exemplo
20
25
30
35
40
45
50
55
0 125 250 375 500
Doses de Biorregulador (mL ha-1)
N
úm
er
o 
de
 V
ag
en
s 
(V
ag
en
s 
Pl
an
ta
-1
) 
 ● Ŷ = 43,396429 + 0,047957X - 0,000082X2 R2 = 0,77 
Vagens - C.V.(%) = 11,79 
* P < 0,05 pelo teste t 
M.F.= 50,41
P.M.= 295,42 mL
2007 - 2008
Albrecht (2012)
3000
3250
3500
3750
4000
4250
0 125 250 375 500
Doses de Biorregulador (mL ha-1)
Pr
od
ut
iv
id
ad
e 
(K
g 
ha
-1
) 
 ● Ŷ = 3588,742857 + 3,016364X - 0,00444X
2 
 R2 = 0,97 
Produtividade - C.V.(%) = 10,38 * P < 0,05 pelo teste t 
4101,04 kg
339,68 mL
2007 - 2008
Albrecht (2012)
2500
2750
3000
3250
3500
3750
4000
4250
0 125 250 375 500
Doses de Biorregulador (mL ha-1)
Pr
od
ut
iv
id
ad
e 
(k
g 
ha
-1
) 
 ● V5 Ŷ = 2760,32857 + 2,12174X - 0,003706X
2 R2 = 0,94 
 ■ R3 Ŷ = = 2744,95
Produtividade - C.V.(%) = 7,61 * P < 0,05 pelo teste t 

M.F.= 3064,01 kg
P.M.= 286,25 mL
2008 - 2009
Albrecht (2012)
OUTROS USOS DE 
BIORREGULADORES –
alguns exemplos
HERBICIDAS
 Mimetizadores de auxinas;
 2,4-D; 2,4,5-T - “agente laranja”;
 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético);
 VIEIRA JR., 1999; OLIVEIRA JR., 2001; EMBRAPA, 
2005; 2006.
Albrecht (2012)
RETARDADORES E INIBIDORES 
DO CRESCIMENTO
 Ornamentais, trigo, cana-de-açúcar, algodão, 
...;
 Cloreto de mepiquat (PIX®), cloreto de 
chlormequat (TUVAL®) e o cloreto de 
clorocolina (CYCOCEL®).
 CATHEY; MEREDITH JUNIOR, 1988; BANCI, 1992; 
CARVALHO et al., 1994; LAMAS, 1997; TERUEL; SMIDERLE, 
1999 STEWART et al., 2001; LAMAS, 2001; Castro 2006).
Albrecht (2012)
RELACIONADOS A DORMÊNCIA
 Óleo mineral, cálcio cianamida (CaCN2), nitrato 
de potássio (KNO3), cianamida hidrogenada
(H2CN2 - DORMEX®) e paclobutrazol;
 Fruticultura temperada;
 CASTRO, 1974; AMBERGER, 1984; GEORGE; NISSEN, 1988; 
1993; CAMELATTO, 1992; GEORGE et al., 1992; MANN et al., 
1994; CASTRO, 2006.
Albrecht (2012)
MATURADORES
 Ethephon (CEPA®, Ethrel®);
 Abacaxi, banana, citros, maçã, mamão 
(frutíferas), cana-de-açúcar, mandioca 
(lavouras), pinus, seringueira (florestais), 
rosa e gerânio (ornamentais);
Albrecht (2012)
MATURADORES
 Algodão: desfolhante e maturadores;
 WARNER; LEOPOLD, 1969; FELIPPE, 1985; ZAIDAN et al., 
1996; MOREIRA; KLUGE, 1999; LAMAS, 2001; TAIZ; ZEIGER, 
2004 
Albrecht (2012)
CONSIDERAÇÕES ECOFISIOLÓGICAS
PRODUTIVIDADEAdaptado por Albrecht & Zonetti (2012)
FISIOLOGIA DA PRODUÇÃO E 
ECOFISIOLOGIA
 FL = FB – (RS + FR)
 FP = FL + Yg + (F x D)
 EFP = FP + AMBIENTE (exigência X estresse)
 FL – fotossíntese líquida; Yg – conversão do 
substrato no produto; FxD – relação fonte 
dreno (incremento de biomassa em órgão de 
interesse); FP – fisiologia da produção; EFP 
– ecofisiologia da produção.
Albrecht (2012)
CONSIDERAÇÕES AGRONÔMICAS
 Por meio dos reguladores de crescimento, pode-se interferir 
em diversos processos, tais como: germinação, 
enraizamento, crescimento, floração, frutificação, 
maturação, senescência e acúmulo de matéria seca.
 Os reguladores, como bioestimulantes, são substâncias que 
podem incrementar o crescimento e desenvolvimento 
vegetal e consequentemente a produtividade das culturas, 
além de teores de óleo, proteína e outros compostos, como 
os secundários.
 Os reguladores de crescimento possuem vasta 
aplicabilidade agrotecnológica, cita-se o uso como 
herbicidas, retardadores de crescimento, na quebra de 
dormência e maturação.
 Entretanto, o uso agronômico dos biorreguladores, carece 
de informações referentes a bioquímica, a fisiologia, a 
ecofisiologia e a fitotecnia, plenamente elucidativas.
Albrecht (2012)
Estudo Dirigido
1) No contexto da temática da aula de hoje, relacione hormônios com o 
crescimento e desenvolvimento vegetal. Exemplifique.
2) Discorra, com exemplos, a interdependência dos fatores de controle do 
desenvolvimento.
3) Quais os principais grupos hormonais e os efeitos fisiológicos que mais 
o caracterizam?
4) Existe diferença entre fitormônio e biorregulador? Se existe, qual seria a 
diferença?
5) Qual o modo de ação hormonal e como podem ser inativados?
6) O que é balanço hormonal? Exemplifique.
7) Explica a ação fisiológica das auxinas e giberelinas no crescimento de 
um tecido.
8) Qual é a aplicação prática do estudo dos hormônios vegetais na cultura 
de tecidos em bioecnologia?
9) Discuta a relação entre etileno e o amadurecimento de frutos.
10) Porque o ABA pode ser considerado um fitormônio anti-estresse?
11) Dê exemplos de fitorreguladores.
12) Relacione fisiologia do desenvolvimento, biorreguladores e 
produtividade vegetal. Exemplifique.
Albrecht (2012)
Questão do Dia!!!!
Considerando a interdependência de fatores 
no controle do desenvolvimento, como 
pode-se entender a efetiva participação do 
balanço hormonal na fisiologia das plantas 
superiores? Exemplifique por meio de 
efeitos fisiológicos típicos dos hormônios e 
dê uma aplicação prática com o uso de 
biorregulador.
Albrecht (2012)
Obrigado!
lpalbrecht@yahoo.com.br

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