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MAGNA CARTA
Magna Carta (significa "Grande Carta" em latim).
é um documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, especialmente o do Rei João, que o assinou, impedindo assim o exercício do poder absoluto.
Resultou de desentendimentos entre João, o Papa e os barões ingleses acerca das prerrogativas do soberano. 
Segundo os termos da Magna Carta, João deveria renunciar a certos direitos e respeitar determinados procedimentos legais, bem como reconhecer que a vontade do rei estaria sujeita à lei. 
Considera-se a Magna Carta o primeiro capítulo de um longo processo histórico que levaria ao surgimento do constitucionalismo.
A Magna Carta foi redigida em latim.
O documento garantia certas liberdades políticas inglesas e continha disposições que tornavam a Igreja livre da ingerência da monarquia, reformavam o direito e a justiça e regulavam o comportamento dos funcionários reais.
Uma das cláusulas que maior importância teve ao longo do tempo é o artigo 39 (tradução livre a partir de uma versão em inglês):
"Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou exilado, ou de maneira alguma destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra." 
Significa que o rei devia julgar os indivíduos conforme a lei, seguindo o devido processo legal, e não segundo a sua vontade, até então absoluta.
O artigo 40 dispõe:
"A ninguém venderemos, a ninguém recusaremos ou atrasaremos, direito ou justiça."
Tais cláusulas representavam um freio ao poder do rei.
CESARE BECCARIA
Cesare Bonesana, marquês de Beccaria (Milão, 15 de março de 1738 — Milão, 24 de novembro de 1794) foi um jurista, filósofo, economista e literato italiano.
Considerado um clássico do Direito Penal, Beccaria foi a primeira voz a levantar-se contra a tradição jurídica e a legislação penal de seu tempo, 
denunciando os julgamentos secretos, as torturas empregadas como meio de se obter a prova do crime, a prática de confiscar bens do condenado. 
Uma de suas teses é a igualdade perante a lei dos criminosos que cometem o mesmo delito.
Suas idéias se difundiram rapidamente, sendo aplaudidas por Voltaire, Diderot e Hume, entre outros, e sua obra exerceu influência decisiva na reformulação da legislação vigente da época, estabelecendo os conceitos que se sucederam.
A obra Dos Delitos e das Penas é um dos clássicos e sua leitura é considerada basilar para a compreensão da História do Direito.
Penalidades
Só as leis podem decretar as penas dos delitos, e esta autoridade só pode residir no legislador, que representa toda a sociedade unida por um contrato social. 
Proporcionalidade das penas
Devem ser fortes os obstáculos que afastam os homens dos delitos.
Deve haver uma proporção entre os delitos e as penas.
Quanto pior o delito, maior deve ser a pena, para que seja rara a ocorrência de tal delito.
Influência nas legislações.
Beccaria exerceu influência decisiva na reformulação da legislação vigente à época e estabeleceu os conceitos fundamentais das legislações que se sucederam, inclusive na atual Lei 9.455/97 (Lei da Tortura).
Art. 1º Constitui crime de tortura:
        I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
        a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
        b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
        c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
       
 II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
        Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Exemplo – proporção delito x pena
Homicídio simples 
CP: Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Furto 
CP: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Declaração dos direitos do homem e do cidadão
1789
é um documento culminante da Revolução Francesa, que define os direitos individuais e coletivos dos homens (tomada a palavra na acepção de "seres humanos") como universais.
Contexto social
A Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que ocorreram entre 1789 e 1799 que alteraram toda a situação política da França.
A camada mais baixa da população estava revoltada com a falta de participação e a alta intervenção do Estado (Rei), dando privilégios para os Nobres e o Alto Clero.
Em 1789, houve a tomada da Bastilha, prisão onde ficavam os opositores do Rei.
O Terceiro Estado, formado por esta camada mais baixa, busca tomar o poder declarando-se Assembleia Nacional.
O Rei pressionado chama as tropas para tentar manter o povo sob controle.
No entanto, a força armada começa a insurgir-se contra o Rei e a favor do Terceiro Estado.
O Rei da época, Luis XVI, se vê constrangido a aceitar as imposições em favor de uma nova constituição e convoca uma nova assembleia de todas as ordens (Nobres, Alto Clero e Terceiro Estado), que se transforma numa Assembleia Constituinte.
Mas, antes da elaboracão da nova constituição francesa, o Terceiro Estado, em 26 de agosto de 1789, proclama a Declaração dos Direitos do Homem. 
A Assembleia Nacional Constituinte da França votou definitivamente a 2 de outubro a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, sintetizado em dezessete artigos e um preâmbulo dos ideais libertários e liberais da primeira fase da Revolução Francesa (1789-1799). 
Pela primeira vez são proclamados as liberdades e os direitos fundamentais do homem de forma ecumênica, visando abarcar toda a humanidade. 
Ela foi reformulada no contexto do processo revolucionário numa segunda versão, de 1793. 
Também foi a base da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pelas Nações Unidas 
Princípios básicos
todos os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos;
 a lei é igual para todos, seja protegendo ou punindo; 
todo homem é tido como inocente até o momento em que seja declarado culpado.
O Iluminismo e sua influência
O Iluminismo ou Esclarecimento foi um movimento cultural da elite intelectual européia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado.
Principais pensadores:
John Locke (1632 - 1704), filósofo inglês. Ele negava a ideia de que Deus determinava o destino dos homens e afirmava que era a sociedade que os moldava para o bem ou para o mal. Escritos mais importantes: Ensaio sobre o entendimento humano (1689); Dois tratados sobre governo (1689). 
Montesquieu (Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu) (1689-1755), filósofo francês. Defendia a ideia de que o governo deveria ser exercido por três poderes independentes (Legislativo, Executivo e Judiciario), a qual exerceu importante influência sobre diversos textos constitucionais modernos e contemporâneos. Escrito mais importante: Do Espírito das Leis (1748).
Voltaire (pseudónimo de François-Marie Arouet) (1694-1778), defendia a existência de um monarca absoluto, desde que cultuasse a ciência e estivesse aberto às reformas propostas pelos filósofos iluministas. Filósofo francês, era anticlericalista (acreditava que para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão). Notabilizou-se pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual. Escritos mais importantes: Ensaio sobre os costumes (1756); Dicionário Filosófico (1764) e Cartas Inglesas (1734).
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo suiço. Era favorável à participação do povo na vida pública, por meio daeleição de seus representantes políticos. Defendia a necessidade de reformas sociais, e criticava a nobreza e a burguesia. Escrito mais importante: Do Contrato Social.
Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral. Escreveu “À Paz Perpétua” e “Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita”
Adam Smith (1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito mais famoso é A Riqueza das Nações em que ele propunha o fim dos monopólios e da política mercantilista.9 
Grande teórico do liberalismo econômico.
“laissez faire, laissez aller, laissez passer", que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar"
O liberalismo
A partir da Revolução Francesa surge o primeiro Estado de Direito, o Estado Liberal, baseado no paradigma de que a liberdade do indivíduo deveria ser realizada contra o Estado, e este seria o grande empecilho para a realização dessa liberdade plena. 
Estado de Direito: é aquele no qual os mandatários políticos (na democracia: os eleitos) são submissos às leis promulgadas.
A noção de liberdade foi uma verdadeira evolução, uma vez que anteriormente a grande maioria da população não tinha essa condição.
Estado Liberal
O Estado tem um papel reduzido, apresentando-se como Estado Mínimo, assegurando, assim, a liberdade de atuação dos indivíduos.  
O liberalismo teve sua relevância por impedir que o Estado viesse a frear a liberdade do indivíduo, representando, desse modo, a garantia dos direitos dos cidadãos.
Artigos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789:
Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As destinações sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização. 
Código de Napoleão
O Código Napoleônico (no original, em francês, Code Civil des Français, mas comumente referido como Code Civil ou Code Napoléon) é o código civil francês outorgado por Napoleão Bonaparte e que entrou em vigor a 21 de março de 1804. 
Aprovado legalmente três dias depois, o livro reúne as leis ligadas ao direito civil, penal e processual a serem observadas pelo povo francês.
A criação deste código tinha por objetivo reformar o sistema legal francês, seguindo os princípios da Revolução de 1789. 
Antes do Código outorgado por Napoleão, a França não tinha um único conjunto de leis, estas eram baseadas em costumes locais, havendo frequentes isenções e privilégios dados por reis ou senhores feudais. 
O novo código eliminou os privilégios dos nobres, garantiu a todos os cidadãos masculinos a igualdade perante a lei,
 separou Igreja e Estado, 
legalizou o divórcio, 
além de dividir o direito civil em duas categorias: o da propriedade e o da família, 
e de codificar diversos ramos do direito ainda organizados em documentos esparsos.
Até o século XVIII, outras compilações de códigos legais já haviam surgido tanto no ocidente quanto no oriente. 
Cabe ao Código Napoleônico, porém, a primazia de organizar as leis e distribuí-las em um sistema metódico e de apresentação bastante prática. 
Sua composição é inspirada nas leis romanas e francesas, além do Corpus Juris Civilis (Corpo de Leis Civis), criado em 534 pelo imperador bizantino Justiniano I. 
OS PRINCIPAIS SISTEMAS JURIDICOS CONTEMPORÂNEOS
Conceito
Sistema jurídico é o conjunto de normas jurídicas interdependentes, reunidas segundo um princípio unificador, ou seja, a unidade lógica das regras, conceitos princípios jurídicos que regem a aplicação do Ordenamento Jurídico de um país.
Canotilho ensina que o sistema jurídico deve ser visto como um sistema normativo aberto de regras e princípios:
a) - É um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de normas;
b) - É um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica {Caliess} traduzida na disponibilidade e ‘capacidade de aprendizagem’ das normas constitucionais para captarem a mudança da realidade e estarem abertas às concepções cambiantes da ‘verdade’ e da ‘justiça’;
c) - É um sistema normativo, porque a estruturação das expectativas referentes a valores, programas, funções e pessoas, é feita através de normas;
d) - É um sistema de regras e de princípios, pois as normas do sistema tanto podem revelar-se sob a forma de princípios como sob a sua forma de regras. 
É possível separar os maiores sistemas jurídicos, que abrangem a maioria dos países do mundo, em dois grandes grupos:
Sistema Romano-Germânico ou Continental (Civil Law) 
e o Sistema Anglo-Saxônico ou Common Law
Sistema Romano-Germânico ou Continental 
(Civil Law):
 	O sistema romano-germânico é o sistema jurídico mais disseminado no mundo, baseado no direito romano, tal como interpretado pelos glosadores a partir do século XI e sistematizado pelo fenômeno da codificação do direito, a partir do século XVIII. 
Diferencia-se dos outros direitos em seu respeito pelo valor individual, e característica psicológica baseada num sentimento de independência pessoal unida ao culto de valentia e a força. 
O direito germânico reflete o caráter dos povos manifestando as mais fracas tendências individualistas e subjetivas. 
Consideravam o direito sobretudo como um poder pertencente ao individuo, à família , à tribo.
Notabiliza-se o sistema germânico pela observância da lei, extraindo-se dela definições e princípios gerais de maior ou menor abstração que subsidiam a interpretação a ser dada para o caso concreto. O juiz também pode se valer da analogia.
O costume é fonte legal, porém acessória de aplicação do direito, na Alemanha. 
A doutrina não é propriamenteconsiderada uma fonte de direito, mas é muito respeitada e suas teses são objetos de discussão em processos judiciais.
A jurisprudência só possui a mesma força que uma norma legal quando oriunda do Tribunal Constitucional Federal. 
Predominância do direito escrito.
Em diversos países de tradição romano-germânica, o direito é organizado em códigos, cujos exemplos principais são os códigos civis francês e alemão (Code Civil e Bürgerliches Gesetzbuch, respectivamente). É portanto típico deste sistema o caráter escrito do direito.
Pertencem à família romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de toda a Europa continental, de quase toda a Ásia (exceto partes do Oriente Médio) e de cerca de metade da África.
Os direitos de Portugal e Brasil integram a família romano-germânica.
Sistema Anglo-Saxônico, Common Law ou Sistema Anglo-Americano.
O Common Law é o sistema jurídico elaborado na Inglaterra a partir do Século XII, em que o Direito se desenvolveu por meio das decisões dos tribunais, e não mediante atos legislativos ou executivos como no Sistema Romano-Germânico.
O Common Law é o Direito criado ou aperfeiçoado pelos juízes: uma decisão a ser tomada num caso depende das decisões adotadas para casos anteriores e afeta o direito a ser aplicado a casos futuros.
Nesse sistema, quando não existe um precedente, os juízes possuem a autoridade para criar o direito, estabelecendo um precedente. O conjunto de precedentes é chamado de common law e vincula todas as decisões futuras.
O precedente judicial (sentença-padrão), fundado no princípio de dever haver julgamento similar quando análogos forem os casos (ride ofprecedeni), é a fonte principal do Direito em que a lei (statute law) desempenha papel secundário. 
Um precedente e vinculará os tribunais futuros com base no princípio do stare decisis. Esse é o cerne de todos os sistemas de common law.
O sistema de common law foi adotado por diversos países do mundo, especialmente aqueles que herdaram da Inglaterra o seu sistema jurídico, como o Reino Unido, a maior parte dos Estados Unidos e do Canadá e as ex-colônias do Império Britânico.
Jurisprudência – 1ª Vara cível
Comarca de Santo Ângelo:
 Em consonância com tais preceitos, a jurisprudência vem assim decidindo, conforme a seguinte ementa:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. CONSTITUCIONAL. FORNECIMENTO DE REMÉDIOS A NECESSITADO PELO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. O direito à saúde é assegurado a todos, devendo os necessitados receberem do ente público os medicamentos necessários. 
Aplicação do artigo 196 da Constituição Federal. Precedentes do TJRGS e STJ. Apelação com seguimento negado. (Apelação Cível Nº 70023318330, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Eduardo Zietlow Duro, Julgado em 14/03/2008). 
PELO EXPOSTO: 1) DEFIRO a antecipação da tutela para determinar que o requerido forneça à parte autora os medicamentos [...]
DIREITO BRASILEIRO
Brasil- colônia
Bula Intercoetera – 1493
Expedida pelo Papa Alexandre VI
Assegurava ao Rei da Espanha direitos sobre a América.
Tratado de Tordesilhas: 1494
Celebrado entre Espanha e Portugal
Divisão das terras entre os dois países.
Forte influência da Igreja
Antes de anunciado o descobrimento do Brasil, ele já pertencia a Portugal.
Inicialmente, Portugal preocupou-se com as especiarias do Oriente do que com o Brasil
Nos primórdios do descobrimento do Brasil, havia tímidas iniciativas da presença lusitana no litoral brasileiro, mediante precário sistema de feitorias sem qualquer aspecto legal de organização.
Na época destacam-se as cartas régias, dando amplos e excepcionais poderes para o capitão-mor Martim Afonso de Souza organizar e regular a administração colonial no Brasil.
Brasil-Reino
Transferência da Corte portuguesa para o Brasil.
Destaca-se a Carta régia de 1808 = abertura dos portos às nações amigas
“Carta de alforria econômica”
D. João, ao regressar para Portugal, em 25/04/1821, deixou seu filho D. Pedro.
Com espírito rebelde e impulsivo, o Príncipe-Regente logo daria mostrar de que não se submeteria às imposições de Lisboa.
Um de seus primeiros atos foi decretar que toda e qualquer lei de lá procedente só vigoraria no Brasil mediante o seu “Cumpra-se”.
Brasil Independente
Proclamada a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822.
Dificuldades para a estruturacão jurídica
Convocada a Assembleia Constituinte para a elaboração da primeira constituição brasileira.
AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
1)Constituição de 1824
Outorgada (tornada pública) pelo imperador D. Pedro I.
Fortaleceu o poder pessoal do imperador com a criação do quarto poder (moderador), que permitia ao soberano intervir, com funções fiscalizadoras, em assuntos próprios dos poderes Legislativo e Judiciário.
Províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador.
Estabeleceu eleições indiretas e censitárias (homens livres, proprietários e condicionados ao seu nível de renda).
Ocorreu após a independência do Brasil, em 1822.
A Carta outorgada em 1824 foi influenciada pelas Constituições francesa de 1791 e espanhola de 1812.
Era um "belo documento de liberalismo do tipo francês",com um sistema representativo baseado na teoria da soberania nacional.
A forma de governo era a monárquica, hereditária, constitucional e representativa, sendo o país dividido formalmente em províncias e o poder político estava dividido em quatro, conforme a filosofia liberal das teorias da separação dos poderes.
Artigos relevantes:
Art. 1. O Império do Brasil é a associação política de todos os brasileiros. Eles formam uma nação livre e independente, que não admite com qualquer outro laço algum de união e federação que se oponha à sua independência. 
Art. 3. O seu governo é monárquico, hereditário, constitucional e representativo. 
Art. 5. A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo. 
Art. 11. Os representantes da Nação brasileira são o Imperador e a Assembleia Geral. 
Art. 14. A Assembleia Geral compõe-se de duas câmaras: Câmara de Deputados e Câmara de Senadores ou Senado. 
Art. 35. A Câmara dos Deputados é eletiva e temporária. 
Art. 40. O Senado é composto de membros vitalícios e será organizado por eleição provincial. 
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política e é delegada privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais Poderes políticos. 
Art. 102. O Imperador é o Chefe do Poder Executivo e o exercita pelos seus ministros de Estado. 
Art. 137. Haverá um Conselho de Estado, composto de conselheiros vitalícios, nomeados pelo Imperador. 
2) Constituição de 1891
Promulgada pelo Congresso Constitucional , elegeu indiretamente para a Presidência da República o marechal Deodoro da Fonseca.
Instituiu o presidencialismo, eleições diretas para a Câmara e o Senado e mandato presidencial de quatro anos.
Estabeleceu o voto universal, não-obrigatório e não-secreto; ficavam excluídos das eleições os menores de 21 anos, as mulheres, os analfabetos, os soldados e os religiosos.
Iniciou com a proclamação da República em 1889.
A constituição de 1891 foi fortemente inspirada na constituição dos Estados Unidos da América, fortemente descentralizadora dos poderes, dando grande autonomia aos municípios e às antigas províncias, que passaram a ser denominadas "estados", cujos dirigentes passaram a ser denominados "presidentes de estado". 
Foi inspirada no modelo federalista estadunidense, permitindo que se organizassem de acordo com seus peculiares interesses, desde que nãocontradissessem a Constituição. 
Exemplo: a constituição do estado do Rio Grande do Sul permitia a reeleição do presidente do estado.
Principais pontos:
Abolição das instituições monárquicas; 
Os senadores deixaram de ter cargo vitalício; 
Sistema de governo presidencialista; 
O presidente da República passou a ser o chefe do Poder Executivo; 
As eleições passaram a ser pelo voto direto, mas continuou a ser a descoberto (não-secreto); 
Os mandatos tinham duração de quatro anos para o presidente, nove anos para senadores e três anos para deputados federais; 
Não haveria reeleição de Presidente e vice para o mandato imediatamente seguinte, não havendo impedimentos para um posterior a esse; 
Os candidatos a voto efetivo seriam escolhidos por homens maiores de 21 anos, à exceção de analfabetos, mendigos, soldados, mulheres e religiosos sujeitos ao voto de obediência; 
Ao Congresso Nacional cabia o Poder Legislativo, composto pelo Senado e pela Câmara de Deputados; 
As províncias passaram a ser denominadas estados, com maior autonomia dentro da Federação; 
Os estados da Federação passaram a ter suas constituições hierarquicamente organizadas em relação à constituição federal; 
Os presidentes das províncias passaram a ser presidentes dos Estados, eleitos pelo voto direto à semelhança do presidente da República; 
A Igreja Católica foi desmembrada do Estado Brasileiro, deixando de ser a religião oficial do país. 
Além disso, consagrava-se a liberdade de associação e de reunião sem armas, 
assegurava-se aos acusados o mais amplo direito de defesa, 
aboliam-se as penas de galés, 
banimento judicial e de morte, 
instituía-se o habeas-corpus e as garantias de magistratura aos juízes federais (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade dos vencimentos).
Consagrado artigo especial (Art. 3°) passando para a União a propriedade de uma área de 144.000 m² destinada à futura a transferência da capital do Brasil para o planalto central
(somente foi inaugurada em 1960 – Juscelino Kubitschek)
3)Constituição de 1934
Promulgada pela Assembléia Constituinte no primeiro governo de Getúlio Vargas.
Instituiu a obrigatoriedade do voto e tornou-o secreto; ampliou o direito de voto para mulheres e cidadãos de no mínimo 18 anos de idade. Continuaram fora do jogo democrático os analfabetos, os soldados e os religiosos. 
Para dar maior confiabilidade aos pleitos, foi criada a Justiça Eleitoral.
Instituiu o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal e as férias anuais remunerados e a indenização por dispensa sem justa causa.
 Sindicatos e associações profissionais passaram a ser reconhecidos, com o direito de funcionar autonomamente.
Após a Revolução de 30, o Brasil ficou quatro anos em "governo provisório". 
O provisório acabou durando por mais tempo que o constitucional. A República Velha foi extinta, assim como a constituição de 1891, e, em seu lugar, tenentes e opositores das oligarquias cafeeiras tentavam construir uma nova república.
 O presidente eleito do Brasil, em 1930, o paulista Júlio Prestes foi impedido de tomar posse, e, em seu lugar, assumiu, em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas.
Uma das primeiras medidas do "governo provisório", chefiado desde novembro de 1930, por Getúlio Vargas (proprietário de terras gaúcho), foi nomear interventores "de confiança" para vários estados, principalmente aqueles onde a oposição era forte.
O estado de São Paulo foi um deles e, em 1932, rebelou-se exigindo de Getúlio Vargas a convocação de uma assembleia nacional constituinte.
Tal assembleia foi eleita em maio de 1933 e aberta em novembro do mesmo ano, com a tarefa de dar ao País uma constituição que se adequasse aos "novos tempos" e conferisse maior poder de participação às camadas mais baixas da sociedade — mas não tão baixas, quer dizer: só a classe média, pois o pobre continuaria excluído do poder —, antes sufocadas pelo regime oligárquico-aristocrata.
O governo de Getúlio Vargas, que no período de 1930 a 1934 tinha tomado medidas de emergência para combater a crise internacional (como comprar e queimar sacas de café e organizar os sindicatos para que eles fossem subordinados ao governo e, com isso, conter as tensões sociais, prática conhecida como populismo), precisava agora de uma base legal que o sustentasse e confirmasse no poder. Essa base seria a Constituição de 1934.
Principais disposições
instituiu o voto secreto; 
estabeleceu o voto obrigatório para maiores de 18 anos; 
propiciou o voto feminino, direito há muito reivindicado, que já havia sido instituído em 1932 pelo Código Eleitoral do mesmo ano; 
previu a criação da Justiça do Trabalho; 
previu a criação da Justiça Eleitoral; 
nacionalizou as riquezas do subsolo e quedas d'água no país; 
Com a Constituição de 1934, a questão social passou a assumir grande destaque no país: direitos democráticos foram conquistados, a participação popular no processo político aumentou, as oligarquias sentiram-se ameaçadas - juntamente com a burguesia - pela crescente organização do operariado brasileiro e de suas reivindicações. 
Nessa conjuntura registrou-se a primeira grande campanha nacional em que a Imprensa esteve envolvida: o debate a respeito do apelo nacionalista apregoado pelo Integralismo, movimento antiliberal, anti-socialista, autoritário, assemelhado ao Fascismo italiano.
4)Constituição de 1937
Outorgada (concedida) no governo Getúlio Vargas.
Instituiu o regime ditatorial do Estado Novo: a pena de morte, a suspensão de imunidades parlamentares, a prisão e o exílio de opositores.
Suprimiu a liberdade partidária e extinguiu a independência dos poderes e a autonomia federativa. 
Governadores e prefeitos passaram a ser nomeados pelo presidente, cuja eleição também seria indireta.
Vargas, porém, permaneceu no poder, sem aprovação de sua continuidade, até 1945.
É também conhecida como Polaca por ter sido baseada na Constituição autoritária da Polônia.
Mas ela foi ao extremo com a ditadura de 1937-1945, o Estado Novo — nome copiado da ditadura fascista de António Salazar em Portugal. 
Com ela, Getúlio implantou um regime autoritário de inspiração fascista que durou até o fim da II Grande Guerra. 
E consolidou o seu governo, que começara, "provisoriamente", em 1930.
Em 1934, o Congresso permitira a anistia aos antigos perseguidos políticos, entre eles Luís Carlos Prestes, tenentista, líder da Coluna Prestes, que estava filiando-se ao Partido Comunista do Brasil (PCB). 
Sob a orientação da Internacional Comunista, de agentes comunistas estrangeiros e da direção nacional do PCB, foi fundada a ANL (Aliança Nacional Libertadora), tendo Prestes como presidente de honra, com o objetivo de organizar a revolta armada contra o governo de Vargas e formar um governo popular.
A campanha alarmista da ameaça comunista chegou ao seu auge em 30 de setembro de 1937, quando foi divulgado o chamado "Plano Cohen". 
Esse plano seria uma estratégia comunista orientada pela URSS para a tomada do poder e inauguração de uma espécie de "república soviética brasileira". O Plano era na verdade uma farsa redigida pelo militar integralista Olímpio Mourão Filho, que mais tarde desencadearia o Movimento cívico-militar de 31 de março de 1964.
Foi divulgado no rádio e em jornais governistas, fazendo o ministro da Guerra (futuro presidente Eurico Gaspar Dutra) e o chefe das Forças Armadas, General Góis Monteiro, encaminharem ao Congresso a decretação de "estado de guerra" no território nacional, aprovada por quase três quartos dos parlamentares.
O Estado Novo não teve elementos típicos do totalitarismo fascista europeu: nem partido único, nem mobilização das massas e nem projetos expansionistas — o Estado Novo foi mais um regime paternalista autoritário como, aliás, convinha ao caráter brasileiro.
O regime do EstadoNovo, instaurado pela Constituição de 1937 em pleno clima de contestação da liberal-democracia na Europa, trouxe para a vida política e administrativa brasileira as marcas da centralização e da supressão dos direitos políticos. 
Foram fechados o Congresso Nacional, as assembleias legislativas e as câmaras municipais. 
Os governadores que concordaram com golpe do Estado Novo permaneceram, mas os que se opuseram foram substituídos por interventores diretamente nomeados por Vargas.
Foram criados vários órgãos para dar maior efetividade ao governo, tais como:
Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Anos mais tarde, a preocupação com a formação de pessoal para atuar na administração daria origem à Fundação Getúlio Vargas (FGV);
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), destinado a formar mão-de-obra para a indústria,
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), destinado a promover a difusão e o aperfeiçoamento do ensino comercial no país.
Foi o desejo de dispor de informações estatísticas confiáveis que levou à valorização do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A tendência à intervenção na atividade econômica, expressa no aparecimento das primeiras companhias estatais, fez com que, a partir de 1937, ficasse difícil separar o binômio Estado e economia.
Principais disposições:
Concentra os poderes executivo e legislativo nas mãos do Presidente da República; 
Estabelece eleições indiretas para presidente, que terá mandato de seis anos; 
Acaba com o liberalismo; 
Admite a pena de morte; 
Retira do trabalhador o direito de greve; 
Permite ao governo expurgar funcionários que se opusessem ao regime; 
Prevê a realização de um plebiscito para referendá-la, o que nunca ocorreu. 
Emendas e modificações
A emenda de 2 de dezembro do mesmo ano em que a Constituição foi outorgada (1937) extinguiu todos os partidos políticos.
Os dois únicos partidos de projeção nacional em 1937 eram o PCB (Partido Comunista do Brasil) e a AIB (Ação Integralista Brasileira), sendo que o primeiro estava na clandestinidade praticamente desde sua fundação.
No novo estado também podemos dizer que houve o fim das leis políticas e civis : fim de greves, não poderia aprender língua estrangeira nas escolas, controle da dos sindicatos, sem eleições para o legislativo e executivo
Governos de Vargas:
De 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório". 
De 1934 a 1937, Getúlio comandou o país como presidente da república, do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; 
De 1937 a 1945, enquanto durou o Estado Novo implantado após um golpe de estado. 
No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se matou.
Getúlio era chamado pelos seus simpatizantes de "o pai dos pobres", frase bíblica (livro de Jó-29:16)e título criado pelo seu Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, enfatizando o fato de Getúlio ter criado muitas das leis sociais e trabalhistas brasileiras.
5)Constituição de 1946
Promulgada no governo de Eurico Gaspar Dutra, após o período do Estado Novo, restabeleceu os direitos individuais e extinguiu a censura e a pena de morte.
Instituiu eleições diretas para presidente da República, com mandato de cinco anos.
Restabeleceu o direito de greve e o direito à estabilidade de emprego após 10 anos de serviço.
Retomou a independência dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e a autonomia dos estados e municípios.
Retomou o direito de voto obrigatório e universal, sendo excluídos os menores de 18 anos, os analfabetos, os soldados e os religiosos.
Consagrou as liberdades expressas na Constituição de 1934, que haviam sido retiradas em 1937.
Foram dispositivos básicos regulados pela carta:
A igualdade de todos perante a lei; 
A liberdade de manifestação de pensamento, sem censura, a não ser em espetáculos e diversões públicas; 
A inviolabilidade do sigilo de correspondência; 
A liberdade de consciência, de crença e de exercício de cultos religiosos; 
A liberdade de associação para fins lícitos; 
A inviolabilidade da casa como asilo do indivíduo; 
A prisão só em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente e a garantia ampla de defesa do acusado; 
Extinção da pena de morte; 
Separação dos três poderes. 
A Constituição Brasileira de 1946, bastante avançada para a época, foi notadamente um avanço da democracia e das liberdades individuais do cidadão. 
A Carta seguinte significou um retrocesso nos direitos civis e políticos.
Durante a vigência da Constituição de 1946, ocorreu o Golpe militar de 1964, quando governava o presidente João Goulart. 
A partir de então, a carta-magna passou a receber uma série de emendas, que a descaracterizaram.
 Foi suspensa por seis meses pelo Ato Institucional Número Um e finalmente substituída pela Constituição de 1967, proposta oficialmente pelo Ato Institucional Número Quatro.
Governo de João Goulart – 1961 - 1964
Após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram vetar a chegada do vice-presidente João Goulart ao posto presidencial. 
Tendo sérias desconfianças sobre a trajetória política de Jango, alguns membros das Forças Armadas alegavam que a passagem do cargo colocava em risco a segurança nacional. 
De fato, vários grupos políticos conservadores associavam o então vice-presidente à ameaçadora hipótese de instalação do comunismo no Brasil.
Reformas constitucionais
1961
Adoção do parlamentarismo.
A instalação do parlamentarismo fez com que João Goulart não tivesse meios para aprovar suas propostas políticas. 
Mesmo assim, elaborou um plano de governo voltado para três pontos fundamentais: o desenvolvimento econômico, o combate à inflação e a diminuição do déficit público. 
No entanto, o regime parlamentarista impedia que as questões nacionais fossem resolvidas por meio de uma consistente coalizão política.
1963
Volta ao presidencialismo.
O insucesso do parlamentarismo acabou forçando a antecipação do plebiscito que decidiria qual sistema político seria adotado no país. 
Em 1963, a população brasileira apoiou o retorno do sistema presidencialista, o que acabou dando maiores poderes para João Goulart. 
Com a volta do antigo sistema, João Goulart defendeu a realização de reformas que poderiam promover a distribuição de renda por meio das chamadas Reformas de Base.
1964
O conjunto de ações oferecidas por João Goulart desprestigiava claramente os interesses dos grandes proprietários, o grande empresariado e as classes médias.
 Com isso, membros das Forças Armadas, com o apoio das elites nacionais e o apoio estratégico norte-americano, começaram a arquitetar o golpe contra João Goulart. 
Ao mesmo tempo, os grupos conservadores realizaram um grande protesto público com a realização da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.
A tensão política causada por manifestações de caráter tão antagônico foi seguida pela rebelião de militares que apoiavam o golpe imediato. 
Sob a liderança do general Olympio de Mourão Filho, tropas de Juiz de Fora (MG) marcharam para o Rio de Janeiro com claro objetivo de realizar a deposição de Jango.
 Logo em seguida, outras unidades militares e os principais governadores estaduais do Brasil endossaram o golpe militar.
Dessa maneira, o presidente voltou para o Rio Grande do Sul tentando mobilizar forças políticas que poderiam deter a ameaça golpista. 
Entretanto, a eficácia do plano engendrado pelos militares acabou aniquilando qualquer possibilidade de reação por parte de João Goulart. 
No dia 4 de abril de 1964, o Senado Federal anunciou a vacância do posto presidencial e a posse provisória de Rainieri Mazzillicomo presidente da República. 
Foram dados os primeiros passos para a ditadura militar no Brasil.
1964-1967
Com o golpe de Estado e até 1967, são decretados quatro atos institucionais que permitem ao governo legislar sobre qualquer assunto.
6) Constituição de 1967
Uma Carta constitucional institucionaliza o regime militar de 1964.
Mantêm-se os atos institucionais promulgados entre 1964 e 1967.
Fica restringida a autonomia dos estados.
O presidente da República pode expedir decretos-leis sobre segurança nacional e assuntos financeiros sem submetê-los previamente à apreciação do Congresso.
As eleições presidenciais permanecem indiretas, com voto descoberto.
1968
Ato Institucional nº.5
Suspensão da Constituição.
Poderes absolutos do presidente: fechar o Congresso, legislar sem impedimento, reabrir cassações, demissões e demais punições sumários, sem possibilidade de apreciação judicial.
1969
Nova emenda constitucional, que passou a ser chamada de Constituição de 1969. 
Foi outorgada pelo general Emílio Garrastazu Médici (escolhido para presidente da República por oficiais de altas patentes das três Armas e com ratificação pelo Congresso Nacional, convocado somente para aceitar as decisões do Alto Comando militar).
Incorporou o Ato Institucional nº. 5.
Mandava punir a todos que ofendessem a Lei de Segurança Nacional.
Extinguiu a inviolabilidade dos mandatos dos parlamentares e instituiu a censura aos seus pronunciamentos.
Suspendeu a eleição direta para governadores, marcada para o ano seguinte
Reforma de 1979
Reforma da Constituição de 1969, em que é revogado o AI-5 e outros atos que conflitavam com o texto constitucional.
Quanto às medidas de emergência, o presidente poderia determiná-las, dependendo apenas da consulta a um conselho constitucional, composto pelo presidente da República, pelo vice-presidente, pelos presidentes do Senado e da Câmara, pelo ministro da Justiça e por um ministro representando as Forças Armadas.
O estado de sítio só poderia ser decretado com a aprovação do Congresso.
João Baptista Figueiredo assume a Presidência em 15 de março de 1979 e governa até 15 de março de 1985. 
O crescimento das oposições nas eleições de 1978 acelera o processo de abertura política. Em 28 de agosto de 1979 é aprovada a lei da anistia. 
No mesmo ano, em 22 de novembro, é aprovada a Lei Orgânica dos Partidos, que extingue a Arena e o MDB e restabelece o pluripartidarismo no país. 
Cresce também a mobilização popular por eleições diretas para os cargos executivos. 
Em 13 de novembro de 1980 é aprovada uma emenda constitucional que restabelece as eleições diretas para governadores e acaba com os senadores biônicos, respeitando os mandatos em curso.
7) Constituição de 1988
Retomada do pleno estado de direito democrático após o período militar.
Ampliação e fortalecimento das garantias dos direitos individuais e das liberdades públicas.
Retomada do regime representativo, presidencialista e federativo.
Destaque para a defesa do meio ambiente e do patrimônio cultural da nação.
Garantia do direito de voto aos analfabetos e aos maiores de 16 anos (opcional) em eleições livres e diretas, para todos os níveis, com voto universal, secreto e obrigatório. 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, [...]
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948.
Esboçada principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo - Estados Unidos, França, China, Líbano entre outros, delineia os direitos humanos básicos.
Abalados pela barbárie recente e ensejosos de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Ucrânia, em 1945, 
as bases de uma futura "paz" definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma Organização multilateral que promova negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.
Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal, o Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais.
 Especialistas em direito internacional discutem com freqüência quais de seus artigos representam o direito internacional usual.
Preâmbulo:
A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Segundo o Guinness Book of World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento traduzido no maior número de línguas (337 em 2008). 
Em Maio de 2009, o site oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos dava conta da existência de 360 traduções disponíveis.
HISTÓRIA
As ideias e valores dos direitos humanos são traçadas através da história antiga e das crenças religiosas e culturais ao redor do mundo. 
Filósofos europeus da época do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoção de documentos como a Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 da França e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos.
Carta das Nações Unidas
A Carta das Nações Unidas, ou Carta de São Francisco é o acordo que forma e estabelece a organização internacional alcunhada Nações Unidas, documento que, logo após a Segunda Guerra Mundial, criou a Organização das Nações Unidas em substituição à Liga das Nações como entidade máxima da discussão do Direito internacional e fórum de relações e entendimentos supra-nacionais. 
Foi assinada em São Francisco a 26 de junho de 1945 pelos cinquenta e um Estados membros originais.
Como Carta, trata-se de um acordo constitutivo, e todos os membros estão sujeitos aos seus artigos. 
Ademais, a Carta postula que as obrigações às Nações Unidas prevalecem sobre quaisquer outras estabelecidas em tratados diversos. Grande parte dos países ratificaram-na.
A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos das pessoas e convocoua todos seus estados-membros a promover respeito universal e observância do direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.
Quando as atrocidades cometidas pela Alemanha nazista tornaram-se conhecidas depois da Segunda Guerra, o consenso entre a comunidade mundial era de que a Carta das Nações Unidas não tinha definido suficientemente os direitos a que se referia.
Uma declaração universal que especificasse os direitos individuais era necessária para dar efeito aos direitos humanos.
O canadense John Peters Humphrey foi chamado pelo secretário-geral da Nações Unidas para trabalhar no projeto da declaração. 
Naquela época, Humphrey havia sido recém-indicado como diretor da divisão de direitos humanos dentro do secretariado das Nações Unidas.
A comissão dos direitos humanos, um braço das Nações Unidas, foi constituída para empreender o trabalho de preparar o que era inicialmente concebido como Carta de Direitos. 
Membros de vários países foram designados para representar a comunidade global: Austrália, Bélgica, República Socialista Soviética da Bielorrússia, Chile, China, Cuba, Egito, França, India, Irã, Líbano, Panamá, Filipinas, Reino Unido, Estados Unidos, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Uruguai e Iugoslávia.
Membros conhecidos incluíam Eleanor Roosevelt dos Estados Unidos (esposa do ex-presidente Franklin Delano Roosevelt), Jacques Maritain e René Cassin da França, Charles Malik do Líbano e P. C. Chang da China, entre outros. 
Humphrey forneceu o esboço inicial que tornou-se o texto de trabalho da comissão.
A Declaração Universal foi adotada pela Assembleia Geral no dia 10 de dezembro de 1948 com 48 votos a favor, nenhum contra e oito abstenções (a maior parte do bloco soviético, como Bielorússia, Tchecoslováquia, Polônia, Ucrânia, URSS e Iugoslávia, além da África do Sul e Arábia Saudita).
Significado e Efeitos Legais:
Significado
Em seu preâmbulo, governos se comprometem, juntamente com seus povos, a tomarem medidas contínuas para garantir o reconhecimento e efetivo cumprimento dos direitos humanos, anunciados na Declaração. 
Eleanor Roosevelt apoiou a adoção da DUDH como declaração, no lugar de tratado, porque acreditava que teria a mesma influência na comunidade internacional que teve a Declaração de Independência dos EUA para o povo americano. 
Nisto, ela se provou correta. Mesmo não obrigando os governos legalmente, a DUDH foi adotada ou influenciou muitas constituições nacionais desde 1948. 
Tem se prestado também como fundamento para um crescente número de tratados internacionais e leis nacionais, bem como para organizações internacionais, regionais, nacionais e locais na promoção e proteção dos direitos humanos
Efeitos legais
Embora não formulada como tratado, a DUDH foi expressamente elaborada para definir o significado das expressões “liberdades fundamentais” e “direitos humanos”, constantes na “Carta da ONU” [estatuto da ONU], mandatória para todos estados membros. 
Por este motivo, a DUDH é documento constitutivo das Nações Unidas. Também, muitos advogados internacionais tomam a DUDH como parte da norma consuetudinária internacional, constituindo-se numa poderosa ferramenta de pressão diplomática e moral sobre governos que violam qualquer de seus artigos.
A Conferência Internacional de Direitos Humanos da ONU de 1968 anunciou que a DUDH “constitui obrigação para os membros da comunidade internacional” em relação a todas as pessoas. 
A DUDH prestou-se a fundamento para dois pactos internacionais mandatórios, o Pacto Internacional de Direitos Humanos e Civis e o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e seus princípios estão detalhados em tratados internacionais tais como:
Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, 
Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, 
Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, 
Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e muitos outros. 
A DUDH é amplamente citada por governantes, acadêmicos, advogados e cortes constitucionais bem como por indivíduos que apelam a seus princípios para proteger seus direitos humanos.

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