Prévia do material em texto
SENESCÊNCIA ▪ ALTERAÇÕES ANATÔMICAS o Composição e forma do corpo ▪ Água • ↓ água corpórea • 50% • ↓ capacidade de sentir sede ▪ Estatura • ↓ 1 cm por década a cada 40 anos ▪ Cartilagem • ↑ nariz e pavilhão ▪ Massa • ↑ gordura e ↓ massa magra ▪ Diâmetro • ↑ abdome e tórax em anteroposterior ▪ Perda ponderal • Fígado, rins, músculos o Pele e fâneros ▪ ↓ espessura, elasticidade, atividade glandular (sudorípara e sebácea) ▪ ↑ antiagregantes plaquetários = equimose o Sistema ósseo ▪ ↓ espessura do osso compacto, lâmina ósseas no osso esponjoso e osteócitos o Sistema articular ▪ Afetado na osteoartrite ▪ Calota craniana fica de fibrosa para óssea (suturas) ▪ Condrócitos, água e proteoglicanos ↓ cartilagem articular ▪ Discos intervertebrais ↓ espessura = cifose ▪ ↓ condrócitos nas cartilagens costais = ↓ expansibilidade = tórax rígido o Sistema muscular ▪ ↓ fibras tipo 2. Após 5º anos há perda de 1% de massa muscular por ano o Sistema nervoso ▪ ↓ neurônios cerebrais, neurotransmissores ▪ ↓ receptores cutâneos, sensibilidade tátil, variação de temperatura ▪ ↓ sensibilidade barorreceptores ▪ ↓ olfato e gustação ▪ Lentidão psicomotora ▪ Presbiopia, presbiacusia ▪ ↓ balanço braços e pernas ▪ Teste de Romberg ▪ ↓ reflexo Aquiles tendão ▪ ↑ base de apoio e permeabilidade da BHE o Sistema vascular ▪ ↓ fibras e diâmetro da carótida, coronária e arteríolas renais ▪ ↑ exposição de cálcio na elastina da aorta ▪ ↑ colágeno o Sistema cardíaco ▪ Número de fibras musculares cardíacas se mantém, mas com atrofia. ▪ Nodo sinoatrial – deposição de gordura e colágeno. ▪ Mitral e aórtica – espessamento, calcificação, fibrosa. ▪ Redução do número de células especificas para condução nervosa. ▪ Redução da função sistólica do VE ao exercício e ao stress, devido ao aumento da pós-carga. ▪ Coração – peso aumenta com a idade, aumento da espessura do VE, aumento do AE. ▪ A função sistólica em repouso não é comprometida. ▪ Diminuição da complacência do VE. ▪ Função diastólica diminui 50% dos 20 aos 80 anos. ▪ Maior participação da contração atrial com a idade. o Sistema respiratório ▪ ↓ elasticidade, da expansibilidade torácica, do reflexo da tosse, da atividade mucociliar, da imunidade, da resposta ventilatória as variações de pO2 e pCO2, da relação V/P e da PaO2 (94-955) o Sistema gastrointestinal ▪ Hipocloridria ▪ ↓ motilidade esofágica (causa refluxo) ▪ ↓ esvaziamento gástrico ▪ ↓ células produtoras de gastrina e parietais ▪ ↓ neurônios sensoriais ▪ ↓ lactase em jejuno ▪ ↓ absorção de vitamina D e cálcio ▪ ↓ microvilosidades intestinais ▪ ↓ pressão esfíncter anal ▪ ↓ hepatócitos ▪ ↓ refluxo sanguíneo hepático (↓ metabolização) o Sistema urinário ▪ ↓ tamanho renal, glomérulo, TFG (1% por ano após 50 anos), do fluxo sanguíneo renal, da produção RAA, da absorção sódio ▪ ↑ tecido fibroso renal com leve IR ▪ ↑ volume da próstata em 75% dos casos o Sistema Reprodutor ▪ ↓ comprometimento e largura vaginal = menos úmida, ↓ elasticidade, enfraquecimento dos ligamentos uterinos, vesicais e do reto ▪ ↓ pelos e tecido adiposo ▪ ↓ texto e libido ▪ ↓ espermatozoides ▪ ↑ tecido fibroso mamário o Sistema endócrino ▪ ↑ GH, estrogênio, T3, T4L ▪ ↑ adenoma hipófise, nódulo em tireoide e suprarrenais ▪ ↑ resposta do ADH ▪ ↑ TSH o Outros ▪ ↓ tempo de sono, Hb, Hct e números de células, capacidade febril, da albumina, acetilcolina, dopamina ▪ ↑ fatores 5,7,8,9 e D dímero COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE (CCL) DEMÊNCIA Requisitos para diagnóstico: • 1: Interferência nas atividades de vida diária ou habituais. • 2: Declínio em relação a níveis prévios de funcionamento. • 3: Não explicado por delirium ou doença psiquiátrica. • 4: Detectado por anamnese pelo paciente ou informante. • 5: Comprometimentos afetem pelo menos dois dentre memória ou função executiva, habilidades visuoespaciais, linguagem e personalidade ou comportamento. • Conceitos o NÃO preenche critérios de DMS-V ou CID 10 para demência • Alterações o Atividades de vida diária preservadas (AVD) o Atividade instrumentais de vida diária (AIVD) intactas ou levemente alteradas o Não se restringe a alteração de memória na parte cognitivo • Critérios diagnósticos o 1. Queixa de déficit de memória o 2. Diminuição de algum domínio avaliado em testes cognitivos ▪ Memória, Afasia, Apraxia, Agnosia, Função visuoespacial, Linguagem, Função executiva e alteração do julgamento o 3. Habilidade preservada para AVD ou comprometimento mínimo da AIVD o 4. Funcionalismo cognitivo global preservado o 5. Ausência de demência • Tipos de CCL o COM alteração de memória/ CCL Amnéstico ▪ 1 domínio alterado ▪ Múltiplos domínios alterados o SEM alteração de memória/ CCL não amnéstico ▪ 1 domínio alterado ▪ Múltiplos domínios alterados • Fatores de risco na evolução para demência o Idade o Gravidade dos déficits cognitivos o Subtipo de CCL (amnéstico de múltiplos domínios) o Comprometimento em AIVD o Biomarcadores em liquor (Aβ42 – β-amiloide, T-tau e P-tau) o Sintomas neuropsiquiátricos • Medicamentos que podem afetar função cognitiva o Opioides, tricíclicos, antipsicóticos, benzodiazepínicos, indutores do sono não benzodiazepínicos, anti-histamínicos, relaxantes musculares e antiepilépticos • Teste Cognitivo o Melhor acurácia: MOCA test • Causas potencialmente reversíveis de CCL: o 1: Hipo/Hipermagnesemia. o 2: Hipo/Hiperglicemia. o 3: Hipo/Hipercalcemia. o 4: Hipo/Hipertireoidismo. o 5: Insuficiência renal ou hepática. o 6: Deficiência de vitaminas. o 7: Infecções. • Tratamento o Atividades físicas, dieta do medieraneo, neuropsicologia, exercícios cognitivos e controle dos fatores de risco modificáveis o Donezepila: pequena melhora cognitiva, mas com muitos efeitos colaterais -> ineficaz DOENÇA DE ALZHEIMER • Epidemiologia: mulheres • Fatores de riscos não modificáveis o Envelhecimento o Presença do Alelo Apoe 4 o Sd. de Down o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). • Fatores de riscos modificáveis o Tabagismo, obesidade, depressão e DM • Etiologia: o Depósitos de peptídeos β-amiloides e emaranhados de proteína TAU hiperfosforilada ▪ Clivada de maneira anormal pelas enzimas β secretases e γ secretases • Fisiopatogenia o Atrofias em lobos frontais, temporais e parietais, afetando comportamento e cognição o Hipocampo e córtex entorrinal o ↓ acetilcolina e sertralina ↑glutamato • Quadro Clínico o Sintomas neuropsiquiátricos ▪ Síndrome do Sol Poente: alterações do cortisol ▪ Síndrome de Othelo: traição ▪ Síndrome de Godot: troca de pessoa por outra ▪ Delírio de roubo ▪ Sinal do espelho ▪ Hospedes fantasmas ▪ Síndrome de Diogenes: descuido extremo com a própria higiene, • Diagnóstico o Testes de avaliação: 10-CS, MEEM, teste do relógio, lista de palavras, figuras, fluência verbal e MOCA teste. o Dosagem da proteína β-amiloide e TAU em líquor o Imagem: TC, RM, Spect e PET • Clínica o Apresenta inicialmente declínio de memória recente, agnosia, apraxia, desorientação no tempo e espaço • Exames laboratoriais o VDRL, cálcio, B12, Folato, transaminases, hemograma, glicemia • Tratamento o Anticolinesterásicos ▪ Rivastigmina 1,5 e 6,0mg • Inibe enzima acetilcolinesterase • Metabolização renal ▪ Galantamina 8, 16 e 24mg • Inibe acetilcolinesterase e funciona como agonista para o receptor nicotínico. • Metabolização renal e hepática ▪ Donezepila • Inibe acetilcolinesterase. • Metabolização hepática. o Memantina ▪ Fase moderada-grave ▪ Nunca aplicada em monoterapia ▪ Metabolização renal o Antidepressivos: Em fase inicial o Neurolépticos: Quetiapina, risperidona, clozapina e olanzapina. o Estabilizadores do humor: Valproato de sódio e carbonato de lítio. ▪ Indicados para pacientes agitados. o Trazodona:Inibe a recaptação de serotonina, provocando sonolência. ▪ Indicada para insônia e demais sintomas noturnos. DEMÊNCIA VASCULAR Demência Vascular e Comprometimento Cognitivo Vascular 1. Definição e Epidemiologia • É a demência resultante de eventos cerebrovasculares que causam lesões isquêmicas e hemorrágicas desencadeando a morte neuronal e perda de conexões nervosas. • Demência Vascular (DV) é a segunda causa mais comum de demência após a doença de Alzheimer. Prevalência da demência vascular de 3-6% nos idosos, pode representar de 10-50% de todos os casos de demência. • A prevalência de DV aumenta com a idade, sendo mais comum em indivíduos com fatores de risco cardiovascular, como hipertensão, diabetes e doença arterial coronariana. 2. Comprometimento Cognitivo Vascular (CCVa) X Demência Vascular (DVa) • Comprometimento Cognitivo Vascular (CCVa): o Refere-se a um espectro de distúrbios cognitivos causados por doença cerebrovascular que ainda não comprometem significativamente as atividades diárias. Pode ser um precursor da DVa. o Pacientes com CCVa podem apresentar dificuldade em tarefas cognitivas mais complexas, especialmente aquelas que exigem funções executivas. • Demência Vascular (DVa): o A DVa é o estágio avançado do CCVa, onde o comprometimento cognitivo é grave o suficiente para interferir nas atividades da vida diária. o A DVa pode ser abrupta ou progressiva, dependendo da natureza dos eventos vasculares subjacentes. 3. Fisiopatologia e Patogênese • A DVa é causada por múltiplos mecanismos, incluindo infartos grandes (AVE) e pequenos (lacunares), lesões da substância branca (leucoaraiose), e micro-hemorragias. • A doença arterial de pequenos vasos (leucoaraiose) poderia ser a causa ou fator sinérgico • Teoria de que esses processos levem à disfunção dos circuitos neurais – principalmente no córtex frontal, interrompendo a ligação entre os dois lobos frontais – maior disfunção executiva • Teoria da desconexão – perda da conexão córtico-subocortical • Os eventos vasculares que causam DVa podem ser devidos a trombose, embolia – artérias de maior calibre -, ou danos nas artérias de pequeno calibre, resultando em lesões hipóxicas e isquêmicas no tecido cerebral. • No envelhecimento fisiológico ocorre a deposição de placas senis e emaranhados neurofibrilares e também lesões vasculares pequenas, silenciosas – que podem levar a redução da reserva cognitiva? • Causas de lesões vasculares: o Infartos múltiplos em vasos de grande calibre | lacunares múltiplos | único em localização estratégica o Hipodensidades subcorticais e demência do tipo Biswanger (Subcortical pode ter evolução, incluindo evolução motora (Parkinson)). o CORTICAL → Evolução em forma de “escada ou degraus” o Hemorragias cerebrais hipertensivas o Sequelas de hemorragia subaracnóidea e de hematomas subdurais o Angiopatia cerebral congófila (amiloide) o Vasculites inflamatórias | Infecciosas | tóxicas o Sd. dos anticorpos anticardiolipinas o Hipoperfusão global grave (AGUDO – ENCEFALOPATIA E CRÔNICO ICC OU HIPOTENSÃO POSTURAL) o Angiopatias hereditárias 4. Quadro Clínico • Sintomas Cognitivos: o Comprometimento das funções executivas (planejamento, julgamento, atenção, emoção) o A clínica pode variar a depender do local da lesão/etiologia ▪ Infartos de grandes vasos corticais – afasia, apraxia, amnésia ▪ Infartos subcorticais – déficits mais sutis e progressivos ▪ Maior sintomatologia na parte executiva (velocidade de processamento + planejamento, atenção e monitoramento) ▪ MOCA avalia bem – nomear, bater na mesa, desenhar o cubo ▪ Memória pode estar prejudicada, mas consegue se utilizar de pistas para responder as perguntas ▪ Sintomas comportamentais e psicológicos presentes o A lentificação psicomotora é outro sintoma frequente, assim como dificuldades de linguagem e a praxia. SÍNDROME PSEUDOBULBAR → DISFAGIA, DISARTRIA E LABILIDADE EMOCIONAL EXTREMA (tratar labilidade com CITALOPRAM). • Sintomas Motores: o Os pacientes frequentemente apresentam marcha instável, quedas frequentes, síndrome pseudobulbar, e parkinsonismo vascular. Síndromes piramidal (mov voluntário) e extrapiramidal (mov involuntário). • Sintomas Emocionais e Comportamentais: o Depressão, apatia, ansiedade e labilidade emocional são comuns, muitas vezes coexistindo com sintomas cognitivos e motores. 5. Achados Radiológicos 5.1. Infartos Lacunares • Pequenos infartos localizados em áreas subcorticais, particularmente nos núcleos da base, tálamo e cápsula interna, detectados por RM. 5.2. Leucoaraiose • Áreas de hipersinal na substância branca, visualizadas em sequências T2 e FLAIR, indicativas de doença de pequenos vasos. 5.3. Infartos Estratégicos • Infartos em áreas-chave do cérebro, como o tálamo, giro cingulado e córtex parietal, levando a déficits cognitivos focais e outros sintomas neurológicos. 5.4. Micro-hemorragias Cerebrais • Pequenos focos de sangramento visíveis em sequências específicas de RM (SWI), associados à angiopatia amiloide cerebral – deposição de hemossiderina. 5.5. Atrofia Cerebral • Redução do volume cerebral, geralmente mais pronunciada em áreas afetadas por infartos ou lesões da substância branca. 6. Diagnóstico: Escalas e Critérios 6.1. DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - 5ª Edição) • Critérios: o Declínio cognitivo significativo em um ou mais domínios, como memória e funções executivas. o Evidência de doença cerebrovascular estabelecida por história clínica ou exames de imagem. o O início dos déficits cognitivos deve estar temporalmente relacionado a eventos vasculares. 6.2. NINDS-AIREN (National Institute of Neurological Disorders and Stroke and the Association Internationale pour la Recherche et l’Enseignement en Neurosciences) • Critérios: o Diagnóstico de demência baseado em testes neuropsicológicos e avaliação funcional. o Evidências de doença cerebrovascular, incluindo infartos em áreas estratégicas, lesões de substância branca, ou infartos múltiplos. o Associação temporal entre o AVC e o início ou agravamento dos sintomas cognitivos. o Exclusão de outras causas de demência, como Alzheimer. 6.3. Escala de Hachinski – importante • Critérios: o Diferencia entre DV e Alzheimer, pontuando aspectos como início súbito dos sintomas, presença de hipertensão, progressão em etapas, e história de AVC. o Pontuação > 7 sugere demência de origem vascular, enquanto pontuaçãorigoroso de fatores de risco cardiovascular são estratégias fundamentais para reduzir o risco de desenvolvimento e progressão da DV. • Prevenção Secundária: o Uso de AAS (pode ser primária – antes da merda acontecer) ou Clopidogrel ou DOACs, controle agressivo de hipertensão e tratamento de dislipidemias são cruciais para prevenir novos eventos vasculares, além dos outros fatores de risco para doenças vasculares. 9. Prognóstico • A DV tem um curso progressivo e geralmente desfavorável, com alta taxa de mortalidade e morbidade associada. A prevenção de novos eventos vasculares e o manejo adequado dos fatores de risco são as principais estratégias para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. DEMÊNCIA POR CORPOS DE LEWY (DCL) • Epidemiologia o Homens 50-80 anos o É caracterizada por um quadro • Patogenia o Presença de corpúsculos de lewy no córtex cerebral, núcleos da base e lobos temporais o Intrusões compostas pela proteína α sinucleína = morte neural o Pode ter origem esporádica como herança autossômica dominante o ↓ acetilcolina e dopamina • Diagnostico o Criterios ▪ Centrais: • Flutuação • Alucinação precoce (imagens coloridas, tridimensionais, animais, objetos), • Parkinsonismo precoce (geralmente com rigidez e bradicinesia sendo o tremor menos frequente). ▪ Sugestivos: • Alteração do sono REM, • Hipersensibilidade a neurolépticos, • Baixa captação dopaminérgica no spect ou pet. ▪ DCL provável: 2C ou 1C + 1S ▪ DCL possível: 1C ou ≥1S • Quadro Clínico o Disfunção executiva, visuoespacial e de atenção ▪ Memória e linguagem é menos frequente o Parkinsonismo espontâneo o Alucinações visuais o Flutuações cognitiva o Outras: quedas repetidas, sincopes... • Exames Complementares o TC e RM: Atrofia cortical generalizada é típica o SPECT: A baixa captação do transportador de dopamina dos gânglios da base é um elemento sugestivo da DCL o PET: Hipometabolismo occipital • Doença de Parkinson rígido acinética o Sem tremor • Tratamento o Alterações psicóticas: Quetiapina e olanzapina o Parkinsonismo: Levodopa o Depressão: ISRS ou ISRN o Cognição: Inibidores da anticolinesterase (rivastigmina, donepezila e galantamina). o Fases tardias: Memantina. o Distúrbios do sono REM: Melatonina e clonazepam. ▪ Pode estar presente antes da disfunção cognitiva o Flutuações: Rasagilina e Pramipexole DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL (DFT) • Conceitos o Afeta população idosa mais jovem e homem o 2ª principal demência em idososde parkinsonismo atípico ou secundário. o Dx diferencial ▪ Parkinsonismo atípico ou plus • Início agudo • Ocorre em doenças rapidamente progressivas causando comprometimento cognitivo tardiamente • É representado pela Paralisia Supranuclear Progressiva, atrofia de múltiplos sistemas e demência por Corpos de Lewy. • NÃO responde a levodopa ▪ Parkinsonismo secundário • Medicamentos: Cinarizina, flunarizina, haloperidol, lítio, fluoxetina, metildopa, clorpromazina, levomepromazina e metoclopramida. • Infeccioso: Em encefalite. • Vascular: Após múltiplos infartos. • TCE: Encefalopatia pugilística (microlesões). • Outros: Hidrocefalia, intoxicação exógena (manganês) e metabólica. ▪ Tratamento o Levodopa: Medicamento com a maior eficácia para o Parkinson. ▪ Deve ser ingerido longe das refeições ▪ Podem ser utilizados inibidores periféricos da dopadescarboxilase, minimizando efeitos colaterais ▪ Maneira ideal: deve ter seu uso poupado quando em pacientes com menos de 70 anos. ▪ Efeitos colaterais • Discinesias o Pico de dose ▪ Movimento coreiformes no pico do efeito da levodopa o Discinesias continuas ▪ Movimento coreiformes ▪ Manifesta-se durante todo o tempo do efeito da levedopa ▪ Associar amantadina ou pramipexole • Período off o Movimentos distonicos o Predomínio extremidades – nos pés, principalmente o Aparecem no final do efeito da levedopa • Flutuações motoras o Wearing off: Fenômeno de deterioração do fim de dose. o On-off: Fenômeno de efeito em ioiô, fases avançadas o Anticolinergicos ▪ Biperideno e Triexifenidil ▪ Não utilizado em idosos por muitos efeitos colaterais ▪ Maiores efeitos colaterais – constipação intestinal, delirium, boca seca, retenção urinária ou turvação visual. ▪ Ação razoável sobre o tremor e rigidez. o Inibidores da MAO-B ▪ Selegilina e rasagilina. ▪ Indicados para flutuações motoras e discinesias ▪ Pode causar confusão mental em idosos, devendo ser utilizados em pacientes com menos de 70 anos o Amantadina ▪ Causa livedo reticular, edema em MMII e confusão mental. ▪ Perde sua ação com o tempo. o Agonistas dopaminérgicos: ▪ Pramipexole e rotigotina (em adesivo). • Boa indicação em adultos jovens e idosos com menos de 70 anos. • Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, hipotensão ortostática, sonolência, alucinações e edema de MMII. • Menor perda neuronal. o Inibidores da COMT: ▪ Entacapone ▪ Usado em conjunto com a levodopa, para diminuir o seu uso. ▪ Melhora as discinesias e flutuações motoras. ▪ Fase inicial como avançadas. ▪ Problemas hepáticos. o Cirurgia: ▪ Indicada para pacientes mais jovens TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR ▪ Classificação o Início tardio: ▪ Maior grau de apatia, disfunção cognitiva e anormalidades em lobo temporal o Início precoce ▪ Início geralmente aos 25 anos, com maior probabilidade de haver história família do transtorno o Vascular ▪ Presença de lesões subcorticais, em núcleos de base e lobos frontais ▪ Processo aterosclerótico ▪ Leucoaraiose ou Microangioplastia isquêmica: levam a demência vascular e refratariedade do tratamento o Depressão refratária ▪ Maior relação com atrofia cerebral e alterações em substância branca e cinzenta, subcortical e maior atrofia cerebral ▪ Não há resposta a pelo menos dois antidepressivos de grupos diferentes, com dose ▪ e tempo adequados. o Distimia ▪ Quadro depressivo leve e prolongado, de pacientes que conseguem viver normalmente. o Depressão subsindromica ▪ Não fecha diagnostico de DSM V ▪ Possui cansaço, fadigas, mass não sentem tristeza, não fala de morte ▪ Diagnostico o DSM-V ▪ 5 sintomas por pelo menos 2 semanas na maioria dos dias • 1. Um sintoma deve ser obrigatoriamente: o Humor depressivo o Diminuição AIVD • 2. Outros o Emagrecimento, ganho de peso o Hipersonia ou insônia o Agitação ou depressão psicomotora o Fadiga ou sensação de perda de energia o Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada o Indecisão ou dificuldade para se concentrar ou raciocinar o Pensamentos de mortes recorrentes ou ideação suicida ▪ Teste de rastreio o Escala de Yesavage ▪ 5 ≥ SUSPEITA de depressão ▪ Tratamento o FARMACOLOGICOS ▪ ABORDAGEM INICIAL: Início com um ISRS, onde na falta de resposta ou resposta parcial é aumentada a dose do ISRS ou é feita a troca por outro ISRS. Ainda sem resposta pode ser feita a troca para ISRSN ou associação com bupropiona, lítio, Lamotrigina, oxcarbamazepina e quetiapina. Quando é realizada a troca para ISRSN, na ausência de resposta pode ser aumentada a dose ou associado outro ISRSN, ou ainda bupropiona, Lamotrigina, oxcarbamazepina e quetiapina. ▪ Tricíclicos • Nortriptilina, Amitriptilina • Muitos efeitos colaterais o Constipação ▪ ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina) • Fluoxetina, Paroxetina, Fluvoxamina, Escitalopram, Paroxetina, Sertralina • Hiponatremia e alterações do intervalo QT podem ser efeitos colaterais ▪ ISRSN (Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina) • Venlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina ▪ ISRDN (inibidores seletivos de norepinefrina e dopamina) • Bupropiona ▪ Dupla ação serotoninérgica e noradrenérgica por meio do agonista alfa 2 • Mirtazapina ▪ Antagonista de dupla ação em receptores serotoninericos e inibidores da receptação de serotonina • Tradozona e Metadozona ▪ Agonistas de receptores melatoninergicos e antagonistas dos receptores seratoninergicos ▪ Vortioxetina o Eletroconsulsoterapia ▪ Resistência ao tratamento farmacológico ▪ Efeitos colaterais: delirum e déficits de memória ▪ Cardiopatas, hipertensos graves que tenham insuficiência cardíaca ou muitos idosos não podem fazer o Estimulação magnética transcraniana ▪ Estimula o lobo frontal ▪ Bons em depressões mais refratarias ▪ Depressão resistente o Mudar antidepressivo o Associar antidepressivo: ▪ Venlafaxina + mirtazapia associar tricíclicos + bupropiona o Associar antipsicóticos ▪ Aripiprazol, quetiapina, olanzapina, brexpiprazol, risperidona o Associar ▪ Lamotrigina (humor), Litio o Cetamina OSTEOARTRITE/OSTEOARTROSE ▪ Definição o Desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas o Insuficiência qualitativa e quantitativa da cartilagem articular associada a alterações típicas do osso subcondral, com aparecimento de osteófitos (bico de papagaio) ▪ Epidemiologia o > 40 anos ▪ Homem: quadril ▪ Mulher: IFD e IFP, primeiro metacarpo e joelho ▪ Característica da doença o Quando origem genética envolve principalmente as formas nodais de mãos e de algumas formas generalizadas o Na obesidade é um fator para joelho ▪ Quadro clínico: o Início insidioso, progressivo, ao longo de vários anos, principalmente nas articulações de carga (quadril e joelhos, com edema), coluna (dor irradiada) e mãos. o Características da dor: Inicialmente protocinética, aparecendo ao início do movimento e desaparecendo ao repouso ▪ Caráter difusa, não localizada, se diferenciando de bursites, lesões ligamentares ou meniscais, tendinites ▪ Pode ser agravada pelas mudanças de tempo e por atividade crescente. A rigidez é curta, durando cerca de 30 minutos. • >30min: artrite reumatoide ▪ Crepitações e estalidos durante a movimentação podem ocorrer. o OA coxofemoral: Muito incapacitante, causando muita dor para levantar e andar. o OA de joelhos: É a articulação mais acometida, principalmente em mulheres. Joelho em varo ou valgo o OA de mãos: Os pacientes sofrem com perda da habilidade manual e da força de preensão, afetando articulações carpometacarpal e trapezioescafóide. ▪ IFP e IFD • Proximal: Bouchard • Distal: Heberden o OA de ombros: A articulação acromioclavicular é a mais acometida o OA de pés (joanete): Mais em metatarsofalangeana, em 44% após os 80 anos. o OA de coluna vertebral:Principalmente cervical e lombar. ▪ Tratamento o Farmacológicos ▪ Analgésicos ▪ AINEs ▪ Hidroxicloroquina/cloroquina ▪ AINES tópicos ▪ Capsaicina ▪ Opiáceos ▪ Duloxetina ▪ Pregabalina e Gabapentina o Drogas de ação lenta ▪ Diacereína ▪ Sulfato de Glicosamina e Sulfato de Condroitina ▪ Extratos não saponificados de soja e abacate ▪ Cúrcuma longa ▪ Harpagophytum procumbens ▪ Boswellia serrata ▪ Colágeno não hidrolisado e hidrolisado o Intra-articulares ▪ Corticoides ▪ Plasma rico em plaquetas ▪ Ácido Hialurônico o Cirúrgico AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) ▪ SOBRE AGA o Instrumento de avaliação multidimensional e interdisciplinar para realizar diagnostico global o Investigar síndromes genéticas com manifestações atípicas ou ocultas o Prevenir problemas e melhorar qualidade de vida o Avalia funcionalidade e qualidade de vida o É uma avaliação que complementa a anamnese tradicional, trazendo informações que muitas vezes não são aparentes ou não são queixas relatadas pelo paciente ou família. ▪ FUNÇÃO MOTORA o Equilíbrio, quedas frequentes, lentificação dos movimentos, sarcopenia o Teste de Equilíbrio, mobilidade e riscos de queda ▪ GET UP AND GO • Levantar e andar • 5 graus o Normal, Alteração leve, Média, Moderada ou GRAVE • Impreciso pela avaliação subjetiva ▪ TIME TO GET UP AND GO TESTE • Levantar e andar cronometrado • 20s: dependentes em muitas atividades diárias o ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA MARCHA DE TINETTI ▪ Avaliar globalmente a função, tanto do equilíbrio quanto da mobilidade ▪ Se escorrega ao sentar, se usa o braço pra levantar, equilíbrio em pé com olhos fechados o SARCOPENIA ▪ 3 critérios (1 ponto: sarcopenia provável; 3 pontos: sarcopenia grave) • Baixa força muscular • Baixa quantidade ou qualidade muscular • Baixo desempenho físico ▪ SARC-F (≥4 preditivo de sarcopenia) • Qual a dificuldade para levantar 4 kg • Qual a dificuldade para atravessar um quarto • Dificuldade em subir 10 degraus de escada • Quantidade de quedas no último ano o DESEMPENHO E MASSA MUSCULAR ▪ TESTE DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR • Teste positivo: o Homens 11 ANOS 29 o MONTREAL COGNITIVE ASSESSMENT (MoCA) ▪ Para pacientes que tem uma reserva cognitiva maior, que terminaram o ensino médio e tem altas habilidades ▪ Quando o MEEM é normal e o MoCA alterado, podemos suspeitar de um declínio/comprometimento cognitivo leve ▪ 18–25 pontos: Comprometimento cognitivo leve ▪ 10–17 pontos: Comprometimento cognitivo moderado ▪ 5 pontos confirma dx ▪ DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS o Visão, audição o Paciente que não escuta bem tem cerca de 6% dos casos de demência que acontece o Pacientes que perdem o olfato muito precocemente, nos 40/50 anos de idade, às vezes vão desenvolver Parkinson daqui a 20/30 anos ▪ CAPACIDADE FUNCIONAL E CAPACIDADE INTRÍNSECA o Capacidade intrínseca é a soma de todas as capacidades físicas e mentais de uma pessoa em um dado momento o Capacidade funcional diz respeito a interação do individuo com seu ambiente – funcionalidade é determinada através da sua autonomia e independência o Instrumentos para avaliação da funcionalidade (comer, banhar, vestir, ir banheiro, andar com ou sem ajuda, transferir-se da cama para a cadeira e vice-versa, mover-se na cama, urinar e defecar ▪ ABVDs: Índice de Barthel, Katz, Escala ABVD • Respondida pelo paciente ▪ AIVDs: Lawton, Pfeffer, Escala AIVD • Respondida pelo acompanhante ▪ ESTADO E RISCO NUTRICIONAL o Fatores que alteram a relação nutricional do próprio paciente o Restrições funcionais, como morar sozinho, dificuldade para se locomover o Medicações, metformina e omeprazol que inibem a absorção de vitaminas e nutrientes o MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN) ▪ Diminuição da quantidade de alimentos que engole? ▪ Estresse? ▪ Perda de peso? ▪ Problemas neurológicos? ▪ Mobilidade? o MAN REDUZIDA (MAN-SF) ▪ CONDIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS o Tem família presente? Suporte social? Suporte financeiro? Necessidade de adaptação do ambiente? Avaliar cuidador; ▪ POLIFARMÁCIA E MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS o Critério de Bers ▪ >5 medicações o CRITERIO STOPP/START ▪ Identifica as medicações que estão fazendo mal ▪ Mostra medicações que trazem benefício o TESTE DA SACOLA DE REMÉDIOS ▪ COMORBIDADE E MULTIMORBIDADE o Multimorbidade: é quando temos presença de 2 ou mais doenças o Índice de Charlson Comorbidity Index: é mais para estudo e analisa a quantidade de doenças e como pode afetar a saúde ▪ QUEM SERÁ MANDADO PARA AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA? o G8: neoplasias hematológicas o aCGA - Abbreviate Comprehensive Geriatric Assessment: “uma pergunta de cada questão” o VES-13 - Vulnerable Elders Survey: Rastreio de idosos vulneráveis na comunidade ▪ Mais utilizada USO SEGURO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS ▪ ↓HCl ↑pH gastrico Parede intestinal atrofiada o Não utilizar inibidores da bomba de prótons sem indicação adequada ▪ ↓ vascularização hepática ↓ absorção de vitaminas lipossolúveis ▪ Perda de massa muscular ▪ ↑ gordura corporal ↑ meia vida dos fármacos lipossolúveis o Propofol, BZD ▪ ↑ meia vida hidrossolúveis ↓ água corporal ↑ concentração medicações o Espirolactona, digoxina griseofulvina, atenolol ▪ ↓ produção albumina ↑ frações livres de fármacos que se ligam ↑ riscos de intoxicações o Amiodarona, ceftriaxona, furosemida e fenitoina ▪ ↓ capacidade das células hepáticas de depurar essas medicações o Varfarina e fenitoina o AAS, codeína e nortriptilina o Propanolol, morfina, verapamil ▪ AAS contraindicado como prevenção primaria o AVC infarto, obstrução da coronária periférica o Fragilidade capilar na pele, TGI ▪ Nortriptilina o Antidepressivo tricíclico o Metabolicacao de excreção hepática ▪ Recomendado usar 30-40% a menos da dose o Não usar em hepatopata/cirróticos ▪ Excreção renal o ↓ TFG em média 6,3ml/min/1,73 m2 por década de vida o Creatinina, clearence ▪ A creatinina não é uma medida confiável para avaliação da função renal no idoso pois o idoso tem menos massa magra ▪ Cerebro idosos o ↓ acetilcolina (Alzheimer, DCL) -> disfunção cognitiva ▪ Tratada com anticolinesterasicos ▪ Delirium o Condição neurológica, flutuante, reversível, geralmente associada a uma condição orgânica de base ▪ Fatores predisponentes (↓ acetilcolina) ▪ Antiespasmódicos (bexiga hiperativa, incontinência urinaria de emergência), remitec (oxibutinina), tricíclicos (naptriptilina, amitriptilina) = ↓ acetilcolina ▪ Quedas -> medicações sedação, medicamentos que causam hipotensão o BZD, tricíclicos, anticonvulsionantes, anti-hipertensivo, relaxantes musculares de ação central (ciclobenzaprina), anti-histamínicos ▪ Polifarmácia o >=5 medicamentos o Uso de pelo menos uma medicação potencialmente inadequada o Uso de mais medicações do que precisa ▪ MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INAPROPRIADOS PARA MAIORIA DOS IDOSOS o Anticolinesterasicos ▪ Náuseas, vômitos, inapetência, sudorese, agitação, fadiga o Anti histamínicos ▪ 1ª geração • Clemastina, Hidroxizina (Efeitos anticolinérgicos, riscode confusão, xerostomia, obstipação) ▪ efeito anticolinérgico, constipação, sedativos ▪ Muito anticolinérgicos, risco de confusão, boca seca, constipação intestinal, clearence reduzido a idade o Antidepressivos tricíclicos ▪ Amitriptilina, clomipramina, imipramina, doxepina > 6mg/dia ▪ Anticolinérgicos, sedativos, hipotensão ortostática o Antipsicóticos típicos e atípicos ▪ ↑ risco de AVE, ↑ mortalidade cardiovascular, pode desencadear delirium ▪ Evitar (exceto se esquizofrenia ou doença bipolar ou uso por curtos períodos como antiemético na quimioterapia) Risco aumentado de AVC, défice cognitivo e mortalidade em doentes com demência. o BZD ▪ ↑ risco declínio cognitivo, queda, fratura ▪ Aumento da sensibilidade para as benzodiazepinas, risco de défice cognitivo, delirium, queda, fraturas e acidentes de viação. Zolpidem tem efeito semelhante às benzodiazepinas nos idosos. o Hipnóticos não BZD ▪ Drogas z -> Zolpidem, zopiclona o Testosterona ▪ ↑ risco cardiovascular ▪ Relação com a função hepática ▪ Evitar (exceto se hipogonadismo sintomático confirmado) Potencial para problemas cardíacos; contraindicado em homens com cancro da próstata o Óleo mineral ▪ Proscrita ▪ Inibe bomba de prótons ▪ ↑ fratura e osteopenia pois ↓ absorção de Ca e ↑ infecção clostridium ▪ Broncoaspiração o AINE ▪ ↑ PA, risco de sangramento, úlcera péptica, lesão renal ▪ Risco aumentado de hemorragia gastrointestinal ou doença ulcerosa péptica em grupos de alto risco o Relaxante muscular ▪ Risco de hemorragia gastrointestinal ou doença ulcerosa péptica e lesão renal aguda. Indometacina pode ter efeitos a nível do sistema nervoso central. ▪ Muito anticolinérgicos, sedação, risco de fraturas o IBP ▪ Risco de infeção por clostridium dificcile, osteopenia e fraturas ▪ Evitar > 8 semanas DELIRIUM ▪ Definição o Síndrome cerebral, orgânica, de início agudo e curso flutuante que o Não tem uma causa específica, ou, na maior parte das vezes que é causada por mais de um problema o Cursa com perturbações de consciência, atenção, percepção, pensamento, memória, comportamento psicomotor, emoções e o ritmo do ciclo sono-vigília. o Pode ser agudo (horas a dias), que é a maioria, ou crônico. ▪ Delírio Crônico/Persistente será diagnostico de exclusão ▪ Epidemiologia o 2% idosos da comunidade o 33% das internações clínica com > 70 anos o 85% em unidades de cuidados paliativos o 15% dos pacientes em unidades de urgência o 75% dos pacientes em UTI o 50% dos pacientes com fratura de fêmur ▪ Fisiopatologia o Envelhecimento neuronal ▪ Perda de neurônios ▪ Redução neurotransmissores ▪ Menor reserva funcional o Hipótese neuroquímica ▪ Redução acetilcolina • Aqui relembrar dos medicamentos anticolinérgicos que não devem ser prescritos ▪ Redução histamina ▪ Variação de GABA o Hipótese neuro inflamatória ▪ Decorrente de doenças crônicas que se acumulam no envelhecimento = ambiente inflamatório crônico ▪ Ambiente inflamatório na periferia gerando ambiente inflamatório no SNC o Desregulação do ritmo circadiano ▪ Distúrbio na secreção de melatonina e ciclo sono-vigília ▪ Fatores predisponentes e precipitantes o Delirium = desequilíbrio entre fatores predisponentes e precipitantes o Predisponentes (fatores que são do paciente) ▪ > 65 anos • Diminuição acetilcolina e outros neurotransmissores • Inflamação crônica • Diminui número de neurônios ▪ Delirium prévio ▪ Polifarmácia • Maior chance de as medicações interagirem entre si ▪ Fragilidade ▪ Alcoolismo ▪ Doença hepática ▪ Depressão ▪ Déficit cognitivo • Demência ▪ Déficit sensorial • Não enxerga, não escuta ▪ Doença grave ▪ Uremia ▪ Albumina 4: sugestivo de delirium o Seguir avaliação e validação dos critérios diagnósticos do CID 10 ou DSM5 o NÃO se deve confiar em uma única avaliação durante a internação hospitalar o Pode ocorrer mesmo se resultado negativo ▪ Diagnostico diferencial o Delirium geralmente tem uma causa o SEMPRE colher uma boa anamnese, exame físico e colher informações dos familiares o Pensar em: infecção, desidratação, dor, constipação, medicamentos, hipoxemia, hipoglicemia ... ▪ Quando solicitar exames de imagem? o Hemograma, Glicemia, PCR, urina, ausculta pulmão e caso suspeita pede raiox de tórax o Delirium + (pedir exames de imagem se) ▪ 1. Sinal focal novo • paciente ficou hemiplégico do lado esquerdo ▪ 2. Redução do nível de consciência duradouro ▪ 3. História de queda ou TCE ▪ 4. Uso de coagulantes o ECG deve ser considerado na suspeita de status epilético não convulsivo ▪ Delirium crônico o Punção lombar não desse ser realizado de forma rotineira ▪ Prevenção o Realizar orientação dos pacientes e garantir que estejam usando óculos e aparelhos auditivos o Preservar qualidade de sono o Mobilização precoce o Controle da dor o Prevenção, identificação e tratamento precoce de complicações pós-operatórias o Manter hidratação e nutrição otimizados o Regular função vesical e intestinal o Oferecer O2 suplementar se necessário o Evitar uso de dispositivosinvasivos ▪ Prevenção farmacológica o Evitar medicações que precipitem delirium ▪ Benzodiazepínicos • Aumentam risco de queda • Em caso de abstinência alcoólica pode evitar delirium ▪ Opioides • Dolantina/Meperidina • Constipação (precisa associar a laxantes) ▪ Antipsicóticos • Não evitam delirium ▪ Dexmedetomidina • Sedativo de curta duração • Diminui a incidência de delirium (pode-se substituir o midazolam/bzd) ▪ Melatonina e Ramelteona • Pode diminuir a incidência de delirium por regular o ciclo sono vigília e não possui efeitos colaterais ▪ Tratamento o Não farmacológico ▪ Tratamento das causas ▪ Comunicação efetiva com o paciente e família ▪ Cuidados com o ambiente o Farmacológico ▪ Trata a causa base e sintoma ▪ Delirium hiperativo vs Delirium hipoativo ▪ Para agitação psicomotora moderada a grave que coloca a equipe ou ele mesmo em risco ▪ ANTIPSICÓTICOS • Todos tem efeitos anticolinérgicos (Prometazina tem efeito muito forte) • Haldol (VO menos efeitos colaterais) o 0,5 a 1mg • Quepiapina, Risperidona (0,25 – 1mg em 24h), Olanzapina (menos sintomas extrapiramidais) • Evitar em associação com outras drogas que aumentem QT ▪ DEXMEDETOMIDINA • Terapia intensiva • Em comparação com o uso de benzodiazepínicos, vai diminuir a incidência de delirium e vai diminuir o tempo de permanência dessa paciente na UTI. ▪ ANTICOLINESTERASICOS • Não há evidência que justifique o uso da medicação. ▪ BENZODIAZEPÍNICOS • Se abstinência alcoólica ▪ Seguimento o Pacientes que desenvolvem delirium podem apresentar comprometimento cognitivo leve ou mesmo demência ainda não diagnosticada o Delirium está associado a um aumento da velocidade de declínio cognitivo após cada episodio o Delirium está associado a um risco aumentado de depressão nos 12 meses seguintes DISTÚRBIO DO SONO ▪ Conceito o Mais comum em mulheres ou comorbidades psiquiátricas (depressão, ansiedade) ▪ Arquitetura do sono o Não Rem (NREM) ▪ Sincronizado com o córtex, aumento do tônus parassimpático • Bradicardia, hipotermia – não patologicas ▪ Mais presentes na primeira metade da noite ▪ N1, N2 e SWS (sono de ondas lentas – N3 e N4) • N1 mais leve • N2 e SWS – sono de ondas lentas é dividido entre o N3 e N4 – sono mais profundo ▪ Não é sono REM o Sono REM ▪ Movimentos rápidos dos olhos, desconexão com o córtex ▪ Redução do tônus muscular ▪ Sonhos, fixação do aprendizado o ↑ idade, ↓NREM e REM, ↑ despertares = WASO o Quando pedir polissonograma? quando suspeitar de parassonias ▪ Fundamentos diagnósticos o Distúrbio geriátrico multifatorial ▪ Medicação errada, distúrbio psiquiátrico, dormindo com dor (pacientes reumatológicos) ▪ Queixas o Insônia de manutenção: dorme e acorda o Insônia inicial: latência no tempo de dormir aumenta o Sonolência diurna: dorme, mas durante o dia fica sonolento o Sono não reparador: dorme, mas não se sente descansado = problema no sono profundo ▪ Critérios diagnósticos o CID 11 o DSM 5 ▪ Medicações/substâncias que interferem no sono o Álcool, anticolinesterasicos, betabloqueadores, antigripais, levodopa, corticoide, diurético, nicotina, fenitoína, antidepressivos da serotonina ▪ Ferramentas auxiliares no diagnostico de distúrbios do sono o Diario do sono-vigília o Insomnia Severity Index | Pittsburgh Sleep Quality index o Actigrafia o Polissonografia (PSG) ▪ Diagnóstico de insônia é clínico – não necessita da PSG para isso ▪ Alterações do sono no idoso o Aumento do numero de acordares noturnos o Tempo de latência maior o Ausência de estágios mais profundos na fase NREM do sono o INSÔNIA ▪ Mulheres, baixa escolaridade, problemas financeiros, depressão, ansiedade, dor crônica, câncer, DPOC, problemas vasculares ▪ Maior prevalência da insônia de manutenção ▪ Tratamento • Não farmacológico: higiene do sono • Farmacológico: Todas possuem efeitos colaterais (exceto orexina) o Benzodiasepínicos ▪ Doxepina o Mirtazapina o Tradozona o Quetiapina o Antagonistas dos receptores de hiprocretina ▪ Orexina o Anticonvulsionantes ▪ Pregabalina • síndrome das pernas inquietas e tremor essencial. ▪ Gabapentina o Melatonina o Ramelteona o SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS ▪ > 65 anos, mulheres ▪ Associação com alfa sinucleidopatias (Parkinson, Corpos de Lewy, DM, Artrite reumatoide, gestação, tabagismo, álcool, cafeína, medicações) ▪ Importante investigar anemia ferropriva, deficiência b12, insuficiência renal, doença metabólica ▪ Diagnóstico • Clínico • Polissonografia • Sintomas pioram no repouso e melhoram com o movimento ▪ Técnicas não farmacológicas • Terapia cognitiva comportamental • Relaxamento • Atividade física ▪ Farmacológico • 1ª linha: Pramipexol • 2ª Linha: Ropirinol, Levodopa, Gabapentina ou Pregabalina o MOVIMENTOS PERIÓDICOS DOS MEMBROS ▪ Brancos, prevalência maior com a idade ▪ Definição: estereotipados, involuntários e recorrentes MMSS ou MMII com duração de 0,5/10 segundos que ocorrem mais na primeira metade da noite ▪ Ocorre quando não há o sono REM, devido a não conexão com o córtex ▪ Diagnostico • De exclusão, necessário polissonografia para descartar o PSG: mensuração da atividade do músculo tibial; normal: 60 ▪ Associado a doenças neuroedegenerativas • Alfa sinucleidopatias (Parkinson e Lewy) • Não alfa sinucleidopatias o Paralisia supranuclear progressiva, demência Fronto temporal, esclerose lateral amiotrófica, Alzheimer, doença de Huntington ▪ Sintomas • Queixas comumente trazida pelo companheiro • Movimentos complexos, vocalização, pode formar frases, não recorda o que fez ▪ Medicamentos • Clonazepam - em pacientes sem comprometimento cognitivo sem SAOS • Melatonina • Outras opções: pramipexol, levodopa, carbamazepina, clozapina e quetiapina o SÍNDROME DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS) ▪ Episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas, flacidez de base de língua, obesidade ▪ Homens ▪ Questionário • STOP BANG o S: Snoring (ronco): você ronca alto? (pedir para o companheiro) o T: Tired (cansaço): se você sente cansaço, fadiga durante o dia. o O: Observated (observação): se alguém já viu que o paciente não está respirando, ou se ele para de respirar por algum momento. o P: Pressure (pressão): se ele tem pressão alta o B: BMI (índice de massa corporal): se ele tem o IMC maior que 35. o A: Age (idade): se ele tem mais do que 50 anos. o N: Neck (pescoço): se a circunferência do pescoço é maior que 40. o G: Gender (gênero): se é homem. • 3 ou mais fatores positivos: ALTO risco para SAOS -> PSG • Fatores de risco o Pressão alta o IMC maior que 35 o Mais de 50 anos o Homem o Circunferência do pescoço > 40cm • Classificação da gravidade o Índice de apneia e hipopneia ▪ Normal → até 5 eventos por hora ▪ Leve → 6 a 15 eventos por hora ▪ Moderado → 16 a 30 eventos por hora ▪ Grave → 30+ eventos por hora ▪ Tratamento • Decúbito lateral, Atividade física, cessar tabagismo, alcoolismo, sedativos, perda ponderal • CPAP o Índice de apneia grave (>30) → uso obrigatório o Índice de apneia leve → pode usar, mas não é obrigatório o SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO DE CAUSA CENTRAL ▪ Tem a apneia, mas não tem nenhuma obstrução das vias aéreas ▪ NÃO ronca, só para de respirar ▪ Mais comum em pacientes com AVC, ICC cheyne stokes ▪ Tratamento da causa bse • BiPAP (Bilevel) o RONCO ▪ Homens, principalmente em maior idade ▪ causado por flacidez e perda do tônus dos músculos da vias respiratórias superiores o SONOLÊNCIA EXCESSIVA ▪ Causas • Privação do sono • Uso de medicações e substâncias – cafeína, álcool, tabaco • Transtornospsiquiátricos e doenças neurológicas • Síndrome da apneia obstrutiva • Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) e Movimentos periódicos dos membros (MPM) ▪ Diagnostico • Escala de Epworth o Avaliação da probabilidade de o paciente dormir realizando atividades ▪ Tratamento • Modafilina