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SENESCÊNCIA 
▪ ALTERAÇÕES ANATÔMICAS 
o Composição e forma do corpo 
▪ Água 
• ↓ água corpórea 
• 50% 
• ↓ capacidade de sentir sede 
▪ Estatura 
• ↓ 1 cm por década a cada 40 anos 
▪ Cartilagem 
• ↑ nariz e pavilhão 
▪ Massa 
• ↑ gordura e ↓ massa magra 
▪ Diâmetro 
• ↑ abdome e tórax em anteroposterior 
▪ Perda ponderal 
• Fígado, rins, músculos 
o Pele e fâneros 
▪ ↓ espessura, elasticidade, atividade glandular (sudorípara e sebácea) 
▪ ↑ antiagregantes plaquetários = equimose 
o Sistema ósseo 
▪ ↓ espessura do osso compacto, lâmina ósseas no osso esponjoso e osteócitos 
o Sistema articular 
▪ Afetado na osteoartrite 
▪ Calota craniana fica de fibrosa para óssea (suturas) 
▪ Condrócitos, água e proteoglicanos ↓ cartilagem articular 
▪ Discos intervertebrais ↓ espessura = cifose 
▪ ↓ condrócitos nas cartilagens costais = ↓ expansibilidade = tórax rígido 
o Sistema muscular 
▪ ↓ fibras tipo 2. Após 5º anos há perda de 1% de massa muscular por ano 
o Sistema nervoso 
▪ ↓ neurônios cerebrais, neurotransmissores 
▪ ↓ receptores cutâneos, sensibilidade tátil, variação de temperatura 
▪ ↓ sensibilidade barorreceptores 
▪ ↓ olfato e gustação 
▪ Lentidão psicomotora 
▪ Presbiopia, presbiacusia 
▪ ↓ balanço braços e pernas 
▪ Teste de Romberg 
▪ ↓ reflexo Aquiles tendão 
▪ ↑ base de apoio e permeabilidade da BHE 
o Sistema vascular 
▪ ↓ fibras e diâmetro da carótida, coronária e arteríolas renais 
▪ ↑ exposição de cálcio na elastina da aorta 
▪ ↑ colágeno 
o Sistema cardíaco 
▪ Número de fibras musculares cardíacas se mantém, mas com atrofia. 
▪ Nodo sinoatrial – deposição de gordura e colágeno. 
▪ Mitral e aórtica – espessamento, calcificação, fibrosa. 
▪ Redução do número de células especificas para condução nervosa. 
▪ Redução da função sistólica do VE ao exercício e ao stress, devido ao 
aumento da pós-carga. 
▪ Coração – peso aumenta com a idade, aumento da espessura do VE, aumento 
do AE. 
▪ A função sistólica em repouso não é comprometida. 
▪ Diminuição da complacência do VE. 
▪ Função diastólica diminui 50% dos 20 aos 80 anos. 
▪ Maior participação da contração atrial com a idade. 
o Sistema respiratório 
▪ ↓ elasticidade, da expansibilidade torácica, do reflexo da tosse, da atividade 
mucociliar, da imunidade, da resposta ventilatória as variações de pO2 e pCO2, 
da relação V/P e da PaO2 (94-955) 
o Sistema gastrointestinal 
▪ Hipocloridria 
▪ ↓ motilidade esofágica (causa refluxo) 
▪ ↓ esvaziamento gástrico 
▪ ↓ células produtoras de gastrina e parietais 
▪ ↓ neurônios sensoriais 
▪ ↓ lactase em jejuno 
▪ ↓ absorção de vitamina D e cálcio 
▪ ↓ microvilosidades intestinais 
▪ ↓ pressão esfíncter anal 
▪ ↓ hepatócitos 
▪ ↓ refluxo sanguíneo hepático (↓ metabolização) 
o Sistema urinário 
▪ ↓ tamanho renal, glomérulo, TFG (1% por ano após 50 anos), do fluxo sanguíneo 
renal, da produção RAA, da absorção sódio 
▪ ↑ tecido fibroso renal com leve IR 
▪ ↑ volume da próstata em 75% dos casos 
o Sistema Reprodutor 
▪ ↓ comprometimento e largura vaginal = menos úmida, ↓ elasticidade, 
enfraquecimento dos ligamentos uterinos, vesicais e do reto 
▪ ↓ pelos e tecido adiposo 
▪ ↓ texto e libido 
▪ ↓ espermatozoides 
▪ ↑ tecido fibroso mamário 
o Sistema endócrino 
▪ ↑ GH, estrogênio, T3, T4L 
▪ ↑ adenoma hipófise, nódulo em tireoide e suprarrenais 
▪ ↑ resposta do ADH 
▪ ↑ TSH 
o Outros 
▪ ↓ tempo de sono, Hb, Hct e números de células, capacidade febril, da albumina, 
acetilcolina, dopamina 
▪ ↑ fatores 5,7,8,9 e D dímero 
 
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE (CCL) 
DEMÊNCIA 
Requisitos para diagnóstico: 
• 1: Interferência nas atividades de vida 
diária ou habituais. 
• 2: Declínio em relação a níveis prévios de 
funcionamento. 
• 3: Não explicado por delirium ou doença 
psiquiátrica. 
• 4: Detectado por anamnese pelo paciente 
ou informante. 
• 5: Comprometimentos afetem pelo menos 
dois dentre memória ou função executiva, 
habilidades visuoespaciais, linguagem e 
personalidade ou comportamento. 
• Conceitos 
o NÃO preenche critérios de DMS-V ou CID 10 para demência 
• Alterações 
o Atividades de vida diária preservadas (AVD) 
o Atividade instrumentais de vida diária (AIVD) intactas ou levemente alteradas 
o Não se restringe a alteração de memória na parte cognitivo 
• Critérios diagnósticos 
o 1. Queixa de déficit de memória 
o 2. Diminuição de algum domínio avaliado em testes cognitivos 
▪ Memória, Afasia, Apraxia, Agnosia, Função visuoespacial, Linguagem, Função 
executiva e alteração do julgamento 
o 3. Habilidade preservada para AVD ou comprometimento mínimo da AIVD 
o 4. Funcionalismo cognitivo global preservado 
o 5. Ausência de demência 
• Tipos de CCL 
o COM alteração de memória/ CCL Amnéstico 
▪ 1 domínio alterado 
▪ Múltiplos domínios alterados 
o SEM alteração de memória/ CCL não amnéstico 
▪ 1 domínio alterado 
▪ Múltiplos domínios alterados 
• Fatores de risco na evolução para demência 
o Idade 
o Gravidade dos déficits cognitivos 
o Subtipo de CCL (amnéstico de múltiplos domínios) 
o Comprometimento em AIVD 
o Biomarcadores em liquor (Aβ42 – β-amiloide, T-tau e P-tau) 
o Sintomas neuropsiquiátricos 
• Medicamentos que podem afetar função cognitiva 
o Opioides, tricíclicos, antipsicóticos, benzodiazepínicos, indutores do sono não 
benzodiazepínicos, anti-histamínicos, relaxantes musculares e antiepilépticos 
• Teste Cognitivo 
o Melhor acurácia: MOCA test 
• Causas potencialmente reversíveis de CCL: 
o 1: Hipo/Hipermagnesemia. 
o 2: Hipo/Hiperglicemia. 
o 3: Hipo/Hipercalcemia. 
o 4: Hipo/Hipertireoidismo. 
o 5: Insuficiência renal ou hepática. 
o 6: Deficiência de vitaminas. 
o 7: Infecções. 
• Tratamento 
o Atividades físicas, dieta do medieraneo, neuropsicologia, exercícios cognitivos e controle 
dos fatores de risco modificáveis 
o Donezepila: pequena melhora cognitiva, mas com muitos efeitos colaterais -> ineficaz 
 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
• Epidemiologia: mulheres 
• Fatores de riscos não modificáveis 
o Envelhecimento 
o Presença do Alelo Apoe 4 
o Sd. de Down 
o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). 
• Fatores de riscos modificáveis 
o Tabagismo, obesidade, depressão e DM 
• Etiologia: 
o Depósitos de peptídeos β-amiloides e emaranhados de proteína TAU hiperfosforilada 
▪ Clivada de maneira anormal pelas enzimas β secretases e γ secretases 
• Fisiopatogenia 
o Atrofias em lobos frontais, temporais e parietais, afetando comportamento e cognição 
o Hipocampo e córtex entorrinal 
o ↓ acetilcolina e sertralina ↑glutamato 
• Quadro Clínico 
o Sintomas neuropsiquiátricos 
▪ Síndrome do Sol Poente: alterações do cortisol 
▪ Síndrome de Othelo: traição 
▪ Síndrome de Godot: troca de pessoa por outra 
▪ Delírio de roubo 
▪ Sinal do espelho 
▪ Hospedes fantasmas 
▪ Síndrome de Diogenes: descuido extremo com a própria higiene, 
• Diagnóstico 
o Testes de avaliação: 10-CS, MEEM, teste do relógio, lista de palavras, figuras, fluência 
verbal e MOCA teste. 
o Dosagem da proteína β-amiloide e TAU em líquor 
o Imagem: TC, RM, Spect e PET 
• Clínica 
o Apresenta inicialmente declínio de memória recente, agnosia, apraxia, desorientação 
no tempo e espaço 
• Exames laboratoriais 
o VDRL, cálcio, B12, Folato, transaminases, hemograma, glicemia 
• Tratamento 
o Anticolinesterásicos 
▪ Rivastigmina 1,5 e 6,0mg 
• Inibe enzima acetilcolinesterase 
• Metabolização renal 
▪ Galantamina 8, 16 e 24mg 
• Inibe acetilcolinesterase e funciona como agonista para o receptor nicotínico. 
• Metabolização renal e hepática 
▪ Donezepila 
• Inibe acetilcolinesterase. 
• Metabolização hepática. 
o Memantina 
▪ Fase moderada-grave 
▪ Nunca aplicada em monoterapia 
▪ Metabolização renal 
o Antidepressivos: Em fase inicial 
o Neurolépticos: Quetiapina, risperidona, clozapina e olanzapina. 
o Estabilizadores do humor: Valproato de sódio e carbonato de lítio. 
▪ Indicados para pacientes agitados. 
o Trazodona:Inibe a recaptação de serotonina, provocando sonolência. 
▪ Indicada para insônia e demais sintomas noturnos. 
 
 
 
 
 
 
DEMÊNCIA VASCULAR 
Demência Vascular e Comprometimento Cognitivo Vascular 
1. Definição e Epidemiologia 
• É a demência resultante de eventos cerebrovasculares que causam lesões isquêmicas e hemorrágicas 
desencadeando a morte neuronal e perda de conexões nervosas. 
• Demência Vascular (DV) é a segunda causa mais comum de demência após a doença de Alzheimer. Prevalência 
da demência vascular de 3-6% nos idosos, pode representar de 10-50% de todos os casos de demência. 
• A prevalência de DV aumenta com a idade, sendo mais comum em indivíduos com fatores de risco cardiovascular, 
como hipertensão, diabetes e doença arterial coronariana. 
2. Comprometimento Cognitivo Vascular (CCVa) X Demência Vascular (DVa) 
• Comprometimento Cognitivo Vascular (CCVa): 
o Refere-se a um espectro de distúrbios cognitivos causados por doença cerebrovascular que ainda não 
comprometem significativamente as atividades diárias. Pode ser um precursor da DVa. 
o Pacientes com CCVa podem apresentar dificuldade em tarefas cognitivas mais complexas, especialmente 
aquelas que exigem funções executivas. 
• Demência Vascular (DVa): 
o A DVa é o estágio avançado do CCVa, onde o comprometimento cognitivo é grave o suficiente para 
interferir nas atividades da vida diária. 
o A DVa pode ser abrupta ou progressiva, dependendo da natureza dos eventos vasculares subjacentes. 
3. Fisiopatologia e Patogênese 
• A DVa é causada por múltiplos mecanismos, incluindo infartos grandes (AVE) e pequenos (lacunares), lesões da 
substância branca (leucoaraiose), e micro-hemorragias. 
• A doença arterial de pequenos vasos (leucoaraiose) poderia ser a causa ou fator sinérgico 
• Teoria de que esses processos levem à disfunção dos circuitos neurais – principalmente no córtex frontal, 
interrompendo a ligação entre os dois lobos frontais – maior disfunção executiva 
• Teoria da desconexão – perda da conexão córtico-subocortical 
• Os eventos vasculares que causam DVa podem ser devidos a trombose, embolia – artérias de maior calibre -, ou 
danos nas artérias de pequeno calibre, resultando em lesões hipóxicas e isquêmicas no tecido cerebral. 
• No envelhecimento fisiológico ocorre a deposição de placas senis e emaranhados neurofibrilares e também lesões 
vasculares pequenas, silenciosas – que podem levar a redução da reserva cognitiva? 
• Causas de lesões vasculares: 
o Infartos múltiplos em vasos de grande calibre | lacunares múltiplos | único em localização estratégica 
o Hipodensidades subcorticais e demência do tipo Biswanger (Subcortical pode ter evolução, incluindo 
evolução motora (Parkinson)). 
o CORTICAL → Evolução em forma de “escada ou degraus” 
o Hemorragias cerebrais hipertensivas 
o Sequelas de hemorragia subaracnóidea e de hematomas subdurais 
o Angiopatia cerebral congófila (amiloide) 
o Vasculites inflamatórias | Infecciosas | tóxicas 
o Sd. dos anticorpos anticardiolipinas 
o Hipoperfusão global grave (AGUDO – ENCEFALOPATIA E CRÔNICO ICC OU HIPOTENSÃO 
POSTURAL) 
o Angiopatias hereditárias 
4. Quadro Clínico 
• Sintomas Cognitivos: 
o Comprometimento das funções executivas (planejamento, julgamento, atenção, emoção) 
o A clínica pode variar a depender do local da lesão/etiologia 
▪ Infartos de grandes vasos corticais – afasia, apraxia, amnésia 
▪ Infartos subcorticais – déficits mais sutis e progressivos 
▪ Maior sintomatologia na parte executiva (velocidade de processamento + planejamento, 
atenção e monitoramento) 
▪ MOCA avalia bem – nomear, bater na mesa, desenhar o cubo 
▪ Memória pode estar prejudicada, mas consegue se utilizar de pistas para responder as 
perguntas 
▪ Sintomas comportamentais e psicológicos presentes 
o A lentificação psicomotora é outro sintoma frequente, assim como dificuldades de linguagem e a praxia. 
SÍNDROME PSEUDOBULBAR → DISFAGIA, DISARTRIA E LABILIDADE EMOCIONAL EXTREMA (tratar labilidade com 
CITALOPRAM). 
• Sintomas Motores: 
o Os pacientes frequentemente apresentam marcha instável, quedas frequentes, síndrome pseudobulbar, e 
parkinsonismo vascular. Síndromes piramidal (mov voluntário) e extrapiramidal (mov involuntário). 
• Sintomas Emocionais e Comportamentais: 
o Depressão, apatia, ansiedade e labilidade emocional são comuns, muitas vezes coexistindo com sintomas 
cognitivos e motores. 
5. Achados Radiológicos 
5.1. Infartos Lacunares 
• Pequenos infartos localizados em áreas subcorticais, particularmente nos núcleos da base, tálamo e cápsula 
interna, detectados por RM. 
5.2. Leucoaraiose 
• Áreas de hipersinal na substância branca, visualizadas em sequências T2 e FLAIR, indicativas de doença de 
pequenos vasos. 
5.3. Infartos Estratégicos 
• Infartos em áreas-chave do cérebro, como o tálamo, giro cingulado e córtex parietal, levando a déficits 
cognitivos focais e outros sintomas neurológicos. 
5.4. Micro-hemorragias Cerebrais 
• Pequenos focos de sangramento visíveis em sequências específicas de RM (SWI), associados à angiopatia 
amiloide cerebral – deposição de hemossiderina. 
5.5. Atrofia Cerebral 
• Redução do volume cerebral, geralmente mais pronunciada em áreas afetadas por infartos ou lesões da 
substância branca. 
6. Diagnóstico: Escalas e Critérios 
6.1. DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - 5ª Edição) 
• Critérios: 
o Declínio cognitivo significativo em um ou mais domínios, como memória e funções executivas. 
o Evidência de doença cerebrovascular estabelecida por história clínica ou exames de imagem. 
o O início dos déficits cognitivos deve estar temporalmente relacionado a eventos vasculares. 
6.2. NINDS-AIREN (National Institute of Neurological Disorders and Stroke and the Association Internationale 
pour la Recherche et l’Enseignement en Neurosciences) 
• Critérios: 
o Diagnóstico de demência baseado em testes neuropsicológicos e avaliação funcional. 
o Evidências de doença cerebrovascular, incluindo infartos em áreas estratégicas, lesões de substância 
branca, ou infartos múltiplos. 
o Associação temporal entre o AVC e o início ou agravamento dos sintomas cognitivos. 
o Exclusão de outras causas de demência, como Alzheimer. 
6.3. Escala de Hachinski – importante 
• Critérios: 
o Diferencia entre DV e Alzheimer, pontuando aspectos como início súbito dos sintomas, presença de 
hipertensão, progressão em etapas, e história de AVC. 
o Pontuação > 7 sugere demência de origem vascular, enquanto pontuaçãorigoroso de fatores de risco 
cardiovascular são estratégias fundamentais para reduzir o risco de desenvolvimento e progressão da DV. 
• Prevenção Secundária: 
o Uso de AAS (pode ser primária – antes da merda acontecer) ou Clopidogrel ou DOACs, controle agressivo 
de hipertensão e tratamento de dislipidemias são cruciais para prevenir novos eventos vasculares, além 
dos outros fatores de risco para doenças vasculares. 
9. Prognóstico 
• A DV tem um curso progressivo e geralmente desfavorável, com alta taxa de mortalidade e morbidade associada. 
A prevenção de novos eventos vasculares e o manejo adequado dos fatores de risco são as principais estratégias 
para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
DEMÊNCIA POR CORPOS DE LEWY (DCL) 
• Epidemiologia 
o Homens 50-80 anos 
o É caracterizada por um quadro 
• Patogenia 
o Presença de corpúsculos de lewy no córtex cerebral, núcleos da base e lobos temporais 
o Intrusões compostas pela proteína α sinucleína = morte neural 
o Pode ter origem esporádica como herança autossômica dominante 
o ↓ acetilcolina e dopamina 
• Diagnostico 
o Criterios 
▪ Centrais: 
• Flutuação 
• Alucinação precoce (imagens coloridas, tridimensionais, animais, objetos), 
• Parkinsonismo precoce (geralmente com rigidez e bradicinesia sendo o 
tremor menos frequente). 
▪ Sugestivos: 
• Alteração do sono REM, 
• Hipersensibilidade a neurolépticos, 
• Baixa captação dopaminérgica no spect ou pet. 
▪ DCL provável: 2C ou 1C + 1S 
▪ DCL possível: 1C ou ≥1S 
• Quadro Clínico 
o Disfunção executiva, visuoespacial e de atenção 
▪ Memória e linguagem é menos frequente 
o Parkinsonismo espontâneo 
o Alucinações visuais 
o Flutuações cognitiva 
o Outras: quedas repetidas, sincopes... 
• Exames Complementares 
o TC e RM: Atrofia cortical generalizada é típica 
o SPECT: A baixa captação do transportador de dopamina dos gânglios da base é um 
elemento sugestivo da DCL 
o PET: Hipometabolismo occipital 
• Doença de Parkinson rígido acinética 
o Sem tremor 
• Tratamento 
o Alterações psicóticas: Quetiapina e olanzapina 
o Parkinsonismo: Levodopa 
o Depressão: ISRS ou ISRN 
o Cognição: Inibidores da anticolinesterase (rivastigmina, donepezila e galantamina). 
o Fases tardias: Memantina. 
o Distúrbios do sono REM: Melatonina e clonazepam. 
▪ Pode estar presente antes da disfunção cognitiva 
o Flutuações: Rasagilina e Pramipexole 
 
 
 
 
 
DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL (DFT) 
• Conceitos 
o Afeta população idosa mais jovem e homem 
o 2ª principal demência em idososde parkinsonismo atípico ou secundário. 
o Dx diferencial 
▪ Parkinsonismo atípico ou plus 
• Início agudo 
• Ocorre em doenças rapidamente progressivas causando comprometimento 
cognitivo tardiamente 
• É representado pela Paralisia Supranuclear Progressiva, atrofia de múltiplos 
sistemas e demência por Corpos de Lewy. 
• NÃO responde a levodopa 
▪ Parkinsonismo secundário 
• Medicamentos: Cinarizina, flunarizina, haloperidol, lítio, fluoxetina, metildopa, 
clorpromazina, levomepromazina e metoclopramida. 
• Infeccioso: Em encefalite. 
• Vascular: Após múltiplos infartos. 
• TCE: Encefalopatia pugilística (microlesões). 
• Outros: Hidrocefalia, intoxicação exógena (manganês) e metabólica. 
▪ Tratamento 
o Levodopa: Medicamento com a maior eficácia para o Parkinson. 
▪ Deve ser ingerido longe das refeições 
▪ Podem ser utilizados inibidores periféricos da dopadescarboxilase, minimizando 
efeitos colaterais 
▪ Maneira ideal: deve ter seu uso poupado quando em pacientes com menos de 70 
anos. 
▪ Efeitos colaterais 
• Discinesias 
o Pico de dose 
▪ Movimento coreiformes no pico do efeito da levodopa 
o Discinesias continuas 
▪ Movimento coreiformes 
▪ Manifesta-se durante todo o tempo do efeito da levedopa 
▪ Associar amantadina ou pramipexole 
• Período off 
o Movimentos distonicos 
o Predomínio extremidades – nos pés, principalmente 
o Aparecem no final do efeito da levedopa 
• Flutuações motoras 
o Wearing off: Fenômeno de deterioração do fim de dose. 
o On-off: Fenômeno de efeito em ioiô, fases avançadas 
o Anticolinergicos 
▪ Biperideno e Triexifenidil 
▪ Não utilizado em idosos por muitos efeitos colaterais 
▪ Maiores efeitos colaterais – constipação intestinal, delirium, boca seca, retenção 
urinária ou turvação visual. 
▪ Ação razoável sobre o tremor e rigidez. 
o Inibidores da MAO-B 
▪ Selegilina e rasagilina. 
▪ Indicados para flutuações motoras e discinesias 
▪ Pode causar confusão mental em idosos, devendo ser utilizados em pacientes com 
menos de 70 anos 
o Amantadina 
▪ Causa livedo reticular, edema em MMII e confusão mental. 
▪ Perde sua ação com o tempo. 
o Agonistas dopaminérgicos: 
▪ Pramipexole e rotigotina (em adesivo). 
• Boa indicação em adultos jovens e idosos com menos de 70 anos. 
• Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, hipotensão ortostática, sonolência, 
alucinações e edema de MMII. 
• Menor perda neuronal. 
o Inibidores da COMT: 
▪ Entacapone 
▪ Usado em conjunto com a levodopa, para diminuir o seu uso. 
▪ Melhora as discinesias e flutuações motoras. 
▪ Fase inicial como avançadas. 
▪ Problemas hepáticos. 
o Cirurgia: 
▪ Indicada para pacientes mais jovens 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR 
▪ Classificação 
o Início tardio: 
▪ Maior grau de apatia, disfunção cognitiva e anormalidades em lobo temporal 
o Início precoce 
▪ Início geralmente aos 25 anos, com maior probabilidade de haver história família do 
transtorno 
o Vascular 
▪ Presença de lesões subcorticais, em núcleos de base e lobos frontais 
▪ Processo aterosclerótico 
▪ Leucoaraiose ou Microangioplastia isquêmica: levam a demência vascular e 
refratariedade do tratamento 
o Depressão refratária 
▪ Maior relação com atrofia cerebral e alterações em substância branca e cinzenta, 
subcortical e maior atrofia cerebral 
▪ Não há resposta a pelo menos dois antidepressivos de grupos diferentes, com dose 
▪ e tempo adequados. 
o Distimia 
▪ Quadro depressivo leve e prolongado, de pacientes que conseguem viver 
normalmente. 
o Depressão subsindromica 
▪ Não fecha diagnostico de DSM V 
▪ Possui cansaço, fadigas, mass não sentem tristeza, não fala de morte 
▪ Diagnostico 
o DSM-V 
▪ 5 sintomas por pelo menos 2 semanas na maioria dos dias 
• 1. Um sintoma deve ser obrigatoriamente: 
o Humor depressivo 
o Diminuição AIVD 
• 2. Outros 
o Emagrecimento, ganho de peso 
o Hipersonia ou insônia 
o Agitação ou depressão psicomotora 
o Fadiga ou sensação de perda de energia 
o Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada 
o Indecisão ou dificuldade para se concentrar ou raciocinar 
o Pensamentos de mortes recorrentes ou ideação suicida 
▪ Teste de rastreio 
o Escala de Yesavage 
▪ 5 ≥ SUSPEITA de depressão 
▪ Tratamento 
o FARMACOLOGICOS 
▪ ABORDAGEM INICIAL: Início com um ISRS, onde na falta de resposta ou resposta 
parcial é aumentada a dose do ISRS ou é feita a troca por outro ISRS. Ainda sem 
resposta pode ser feita a troca para ISRSN ou associação com bupropiona, lítio, 
Lamotrigina, oxcarbamazepina e quetiapina. Quando é realizada a troca para 
ISRSN, na ausência de resposta pode ser aumentada a dose ou associado outro 
ISRSN, ou ainda bupropiona, Lamotrigina, oxcarbamazepina e quetiapina. 
▪ Tricíclicos 
• Nortriptilina, Amitriptilina 
• Muitos efeitos colaterais 
o Constipação 
▪ ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina) 
• Fluoxetina, Paroxetina, Fluvoxamina, Escitalopram, Paroxetina, Sertralina 
• Hiponatremia e alterações do intervalo QT podem ser efeitos colaterais 
▪ ISRSN (Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina) 
• Venlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina 
▪ ISRDN (inibidores seletivos de norepinefrina e dopamina) 
• Bupropiona 
▪ Dupla ação serotoninérgica e noradrenérgica por meio do agonista alfa 2 
• Mirtazapina 
▪ Antagonista de dupla ação em receptores serotoninericos e inibidores da 
receptação de serotonina 
• Tradozona e Metadozona 
▪ Agonistas de receptores melatoninergicos e antagonistas dos receptores 
seratoninergicos 
▪ Vortioxetina 
o Eletroconsulsoterapia 
▪ Resistência ao tratamento farmacológico 
▪ Efeitos colaterais: delirum e déficits de memória 
▪ Cardiopatas, hipertensos graves que tenham insuficiência cardíaca ou muitos 
idosos não podem fazer 
o Estimulação magnética transcraniana 
▪ Estimula o lobo frontal 
▪ Bons em depressões mais refratarias 
▪ Depressão resistente 
o Mudar antidepressivo 
o Associar antidepressivo: 
▪ Venlafaxina + mirtazapia associar tricíclicos + bupropiona 
o Associar antipsicóticos 
▪ Aripiprazol, quetiapina, olanzapina, brexpiprazol, risperidona 
o Associar 
▪ Lamotrigina (humor), Litio 
o Cetamina 
 
OSTEOARTRITE/OSTEOARTROSE 
▪ Definição 
o Desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas 
o Insuficiência qualitativa e quantitativa da cartilagem articular associada a alterações típicas 
do osso subcondral, com aparecimento de osteófitos (bico de papagaio) 
▪ Epidemiologia 
o > 40 anos 
▪ Homem: quadril 
▪ Mulher: IFD e IFP, primeiro metacarpo e joelho 
▪ Característica da doença 
o Quando origem genética envolve principalmente as formas nodais de mãos e de algumas 
formas generalizadas 
o Na obesidade é um fator para joelho 
▪ Quadro clínico: 
o Início insidioso, progressivo, ao longo de vários anos, principalmente nas articulações de 
carga (quadril e joelhos, com edema), coluna (dor irradiada) e mãos. 
o Características da dor: Inicialmente protocinética, aparecendo ao início do movimento e 
desaparecendo ao repouso 
▪ Caráter difusa, não localizada, se diferenciando de bursites, lesões ligamentares ou 
meniscais, tendinites 
▪ Pode ser agravada pelas mudanças de tempo e por atividade crescente. A rigidez é 
curta, durando cerca de 30 minutos. 
• >30min: artrite reumatoide 
▪ Crepitações e estalidos durante a movimentação podem ocorrer. 
o OA coxofemoral: Muito incapacitante, causando muita dor para levantar e andar. 
o OA de joelhos: É a articulação mais acometida, principalmente em mulheres. Joelho em 
varo ou valgo 
o OA de mãos: Os pacientes sofrem com perda da habilidade manual e da força de 
preensão, afetando articulações carpometacarpal e trapezioescafóide. 
▪ IFP e IFD 
• Proximal: Bouchard 
• Distal: Heberden 
o OA de ombros: A articulação acromioclavicular é a mais acometida 
o OA de pés (joanete): Mais em metatarsofalangeana, em 44% após os 80 anos. 
o OA de coluna vertebral:Principalmente cervical e lombar. 
▪ Tratamento 
o Farmacológicos 
▪ Analgésicos 
▪ AINEs 
▪ Hidroxicloroquina/cloroquina 
▪ AINES tópicos 
▪ Capsaicina 
▪ Opiáceos 
▪ Duloxetina 
▪ Pregabalina e Gabapentina 
o Drogas de ação lenta 
▪ Diacereína 
▪ Sulfato de Glicosamina e Sulfato de Condroitina 
▪ Extratos não saponificados de soja e abacate 
▪ Cúrcuma longa 
▪ Harpagophytum procumbens 
▪ Boswellia serrata 
▪ Colágeno não hidrolisado e hidrolisado 
o Intra-articulares 
▪ Corticoides 
▪ Plasma rico em plaquetas 
▪ Ácido Hialurônico 
o Cirúrgico 
 
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA) 
▪ SOBRE AGA 
o Instrumento de avaliação multidimensional e interdisciplinar para realizar diagnostico 
global 
o Investigar síndromes genéticas com manifestações atípicas ou ocultas 
o Prevenir problemas e melhorar qualidade de vida 
o Avalia funcionalidade e qualidade de vida 
o É uma avaliação que complementa a anamnese tradicional, trazendo informações que 
muitas vezes não são aparentes ou não são queixas relatadas pelo paciente ou família. 
▪ FUNÇÃO MOTORA 
o Equilíbrio, quedas frequentes, lentificação dos movimentos, sarcopenia 
o Teste de Equilíbrio, mobilidade e riscos de queda 
▪ GET UP AND GO 
• Levantar e andar 
• 5 graus 
o Normal, Alteração leve, Média, Moderada ou GRAVE 
• Impreciso pela avaliação subjetiva 
▪ TIME TO GET UP AND GO TESTE 
• Levantar e andar cronometrado 
• 20s: dependentes em muitas atividades diárias 
o ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA MARCHA DE TINETTI 
▪ Avaliar globalmente a função, tanto do equilíbrio quanto da mobilidade 
▪ Se escorrega ao sentar, se usa o braço pra levantar, equilíbrio em pé com olhos 
fechados 
o SARCOPENIA 
▪ 3 critérios (1 ponto: sarcopenia provável; 3 pontos: sarcopenia grave) 
• Baixa força muscular 
• Baixa quantidade ou qualidade muscular 
• Baixo desempenho físico 
▪ SARC-F (≥4 preditivo de sarcopenia) 
• Qual a dificuldade para levantar 4 kg 
• Qual a dificuldade para atravessar um quarto 
• Dificuldade em subir 10 degraus de escada 
• Quantidade de quedas no último ano 
o DESEMPENHO E MASSA MUSCULAR 
▪ TESTE DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR 
• Teste positivo: 
o Homens 11 
ANOS 
29 
o MONTREAL COGNITIVE ASSESSMENT (MoCA) 
▪ Para pacientes que tem uma reserva cognitiva maior, que terminaram o ensino médio 
e tem altas habilidades 
▪ Quando o MEEM é normal e o MoCA alterado, podemos suspeitar de um 
declínio/comprometimento cognitivo leve 
▪ 18–25 pontos: Comprometimento cognitivo leve 
▪ 10–17 pontos: Comprometimento cognitivo moderado 
▪ 5 pontos confirma dx 
▪ DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS 
o Visão, audição 
o Paciente que não escuta bem tem cerca de 6% dos casos de demência que acontece 
o Pacientes que perdem o olfato muito precocemente, nos 40/50 anos de idade, às vezes vão 
desenvolver Parkinson daqui a 20/30 anos 
▪ CAPACIDADE FUNCIONAL E CAPACIDADE INTRÍNSECA 
o Capacidade intrínseca é a soma de todas as capacidades físicas e mentais de uma pessoa 
em um dado momento 
o Capacidade funcional diz respeito a interação do individuo com seu ambiente – 
funcionalidade é determinada através da sua autonomia e independência 
o Instrumentos para avaliação da funcionalidade (comer, banhar, vestir, ir banheiro, andar com 
ou sem ajuda, transferir-se da cama para a cadeira e vice-versa, mover-se na cama, urinar 
e defecar 
▪ ABVDs: Índice de Barthel, Katz, Escala ABVD 
• Respondida pelo paciente 
▪ AIVDs: Lawton, Pfeffer, Escala AIVD 
• Respondida pelo acompanhante 
▪ ESTADO E RISCO NUTRICIONAL 
o Fatores que alteram a relação nutricional do próprio paciente 
o Restrições funcionais, como morar sozinho, dificuldade para se locomover 
o Medicações, metformina e omeprazol que inibem a absorção de vitaminas e nutrientes 
o MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN) 
▪ Diminuição da quantidade de alimentos que engole? 
▪ Estresse? 
▪ Perda de peso? 
▪ Problemas neurológicos? 
▪ Mobilidade? 
o MAN REDUZIDA (MAN-SF) 
▪ CONDIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS 
o Tem família presente? Suporte social? Suporte financeiro? Necessidade de adaptação do 
ambiente? Avaliar cuidador; 
▪ POLIFARMÁCIA E MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS 
o Critério de Bers 
▪ >5 medicações 
o CRITERIO STOPP/START 
▪ Identifica as medicações que estão fazendo mal 
▪ Mostra medicações que trazem benefício 
o TESTE DA SACOLA DE REMÉDIOS 
▪ COMORBIDADE E MULTIMORBIDADE 
o Multimorbidade: é quando temos presença de 2 ou mais doenças 
o Índice de Charlson Comorbidity Index: é mais para estudo e analisa a quantidade de 
doenças e como pode afetar a saúde 
▪ QUEM SERÁ MANDADO PARA AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA? 
o G8: neoplasias hematológicas 
o aCGA - Abbreviate Comprehensive Geriatric Assessment: “uma pergunta de cada questão” 
o VES-13 - Vulnerable Elders Survey: Rastreio de idosos vulneráveis na comunidade 
▪ Mais utilizada 
 
USO SEGURO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS 
▪ ↓HCl ↑pH gastrico Parede intestinal atrofiada 
o Não utilizar inibidores da bomba de prótons sem indicação adequada 
▪ ↓ vascularização hepática ↓ absorção de vitaminas lipossolúveis 
▪ Perda de massa muscular 
▪ ↑ gordura corporal ↑ meia vida dos fármacos lipossolúveis 
o Propofol, BZD 
▪ ↑ meia vida hidrossolúveis ↓ água corporal ↑ concentração medicações 
o Espirolactona, digoxina griseofulvina, atenolol 
▪ ↓ produção albumina ↑ frações livres de fármacos que se ligam ↑ riscos de intoxicações 
o Amiodarona, ceftriaxona, furosemida e fenitoina 
▪ ↓ capacidade das células hepáticas de depurar essas medicações 
o Varfarina e fenitoina 
o AAS, codeína e nortriptilina 
o Propanolol, morfina, verapamil 
▪ AAS contraindicado como prevenção primaria 
o AVC infarto, obstrução da coronária periférica 
o Fragilidade capilar na pele, TGI 
▪ Nortriptilina 
o Antidepressivo tricíclico 
o Metabolicacao de excreção hepática 
▪ Recomendado usar 30-40% a menos da dose 
o Não usar em hepatopata/cirróticos 
▪ Excreção renal 
o ↓ TFG em média 6,3ml/min/1,73 m2 por década de vida 
o Creatinina, clearence 
▪ A creatinina não é uma medida confiável para avaliação da função renal no 
idoso pois o idoso tem menos massa magra 
▪ Cerebro idosos 
o ↓ acetilcolina (Alzheimer, DCL) -> disfunção cognitiva 
▪ Tratada com anticolinesterasicos 
▪ Delirium 
o Condição neurológica, flutuante, reversível, geralmente associada a uma condição 
orgânica de base 
▪ Fatores predisponentes (↓ acetilcolina) 
▪ Antiespasmódicos (bexiga hiperativa, incontinência urinaria de emergência), remitec (oxibutinina), 
tricíclicos (naptriptilina, amitriptilina) = ↓ acetilcolina 
▪ Quedas -> medicações sedação, medicamentos que causam hipotensão 
o BZD, tricíclicos, anticonvulsionantes, anti-hipertensivo, relaxantes musculares de ação 
central (ciclobenzaprina), anti-histamínicos 
▪ Polifarmácia 
o >=5 medicamentos 
o Uso de pelo menos uma medicação potencialmente inadequada 
o Uso de mais medicações do que precisa 
▪ MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INAPROPRIADOS PARA MAIORIA DOS IDOSOS 
o Anticolinesterasicos 
▪ Náuseas, vômitos, inapetência, sudorese, agitação, fadiga 
o Anti histamínicos 
▪ 1ª geração 
• Clemastina, Hidroxizina (Efeitos anticolinérgicos, riscode confusão, 
xerostomia, obstipação) 
▪ efeito anticolinérgico, constipação, sedativos 
▪ Muito anticolinérgicos, risco de confusão, boca seca, constipação intestinal, 
clearence reduzido a idade 
o Antidepressivos tricíclicos 
▪ Amitriptilina, clomipramina, imipramina, doxepina > 6mg/dia 
▪ Anticolinérgicos, sedativos, hipotensão ortostática 
o Antipsicóticos típicos e atípicos 
▪ ↑ risco de AVE, ↑ mortalidade cardiovascular, pode desencadear delirium 
▪ Evitar (exceto se esquizofrenia ou doença bipolar ou uso por curtos períodos 
como antiemético na quimioterapia) Risco aumentado de AVC, défice cognitivo e 
mortalidade em doentes com demência. 
o BZD 
▪ ↑ risco declínio cognitivo, queda, fratura 
▪ Aumento da sensibilidade para as benzodiazepinas, risco de défice cognitivo, 
delirium, queda, fraturas e acidentes de viação. Zolpidem tem efeito semelhante 
às benzodiazepinas nos idosos. 
o Hipnóticos não BZD 
▪ Drogas z -> Zolpidem, zopiclona 
o Testosterona 
▪ ↑ risco cardiovascular 
▪ Relação com a função hepática 
▪ Evitar (exceto se hipogonadismo sintomático confirmado) Potencial para 
problemas cardíacos; contraindicado em homens com cancro da próstata 
o Óleo mineral 
▪ Proscrita 
▪ Inibe bomba de prótons 
▪ ↑ fratura e osteopenia pois ↓ absorção de Ca e ↑ infecção clostridium 
▪ Broncoaspiração 
o AINE 
▪ ↑ PA, risco de sangramento, úlcera péptica, lesão renal 
▪ Risco aumentado de hemorragia gastrointestinal ou doença ulcerosa péptica em 
grupos de alto risco 
o Relaxante muscular 
▪ Risco de hemorragia gastrointestinal ou doença ulcerosa péptica e lesão renal 
aguda. Indometacina pode ter efeitos a nível do sistema nervoso central. 
▪ Muito anticolinérgicos, sedação, risco de fraturas 
o IBP 
▪ Risco de infeção por clostridium dificcile, osteopenia e fraturas 
▪ Evitar > 8 semanas 
 
 
DELIRIUM 
▪ Definição 
o Síndrome cerebral, orgânica, de início agudo e curso flutuante que 
o Não tem uma causa específica, ou, na maior parte das vezes que é causada por mais 
de um problema 
o Cursa com perturbações de consciência, atenção, percepção, pensamento, memória, 
comportamento psicomotor, emoções e o ritmo do ciclo sono-vigília. 
o Pode ser agudo (horas a dias), que é a maioria, ou crônico. 
▪ Delírio Crônico/Persistente será diagnostico de exclusão 
▪ Epidemiologia 
o 2% idosos da comunidade 
o 33% das internações clínica com > 70 anos 
o 85% em unidades de cuidados paliativos 
o 15% dos pacientes em unidades de urgência 
o 75% dos pacientes em UTI 
o 50% dos pacientes com fratura de fêmur 
▪ Fisiopatologia 
o Envelhecimento neuronal 
▪ Perda de neurônios 
▪ Redução neurotransmissores 
▪ Menor reserva funcional 
o Hipótese neuroquímica 
▪ Redução acetilcolina 
• Aqui relembrar dos medicamentos anticolinérgicos que não devem ser 
prescritos 
▪ Redução histamina 
▪ Variação de GABA 
o Hipótese neuro inflamatória 
▪ Decorrente de doenças crônicas que se acumulam no envelhecimento = ambiente 
inflamatório crônico 
▪ Ambiente inflamatório na periferia gerando ambiente inflamatório no SNC 
o Desregulação do ritmo circadiano 
▪ Distúrbio na secreção de melatonina e ciclo sono-vigília 
▪ Fatores predisponentes e precipitantes 
o Delirium = desequilíbrio entre fatores predisponentes e precipitantes 
o Predisponentes (fatores que são do paciente) 
▪ > 65 anos 
• Diminuição acetilcolina e outros neurotransmissores 
• Inflamação crônica 
• Diminui número de neurônios 
▪ Delirium prévio 
▪ Polifarmácia 
• Maior chance de as medicações interagirem entre si 
▪ Fragilidade 
▪ Alcoolismo 
▪ Doença hepática 
▪ Depressão 
▪ Déficit cognitivo 
• Demência 
▪ Déficit sensorial 
• Não enxerga, não escuta 
▪ Doença grave 
▪ Uremia 
▪ Albumina 4: sugestivo de delirium 
o Seguir avaliação e validação dos critérios diagnósticos do CID 10 ou DSM5 
o NÃO se deve confiar em uma única avaliação durante a internação hospitalar 
o Pode ocorrer mesmo se resultado negativo 
▪ Diagnostico diferencial 
o Delirium geralmente tem uma causa 
o SEMPRE colher uma boa anamnese, exame físico e colher informações dos familiares 
o Pensar em: infecção, desidratação, dor, constipação, medicamentos, hipoxemia, 
hipoglicemia ... 
▪ Quando solicitar exames de imagem? 
o Hemograma, Glicemia, PCR, urina, ausculta pulmão e caso suspeita pede raiox de tórax 
o Delirium + (pedir exames de imagem se) 
▪ 1. Sinal focal novo 
• paciente ficou hemiplégico do lado esquerdo 
▪ 2. Redução do nível de consciência duradouro 
▪ 3. História de queda ou TCE 
▪ 4. Uso de coagulantes 
o ECG deve ser considerado na suspeita de status epilético não convulsivo 
▪ Delirium crônico 
o Punção lombar não desse ser realizado de forma rotineira 
▪ Prevenção 
o Realizar orientação dos pacientes e garantir que estejam usando óculos e aparelhos 
auditivos 
o Preservar qualidade de sono 
o Mobilização precoce 
o Controle da dor 
o Prevenção, identificação e tratamento precoce de complicações pós-operatórias 
o Manter hidratação e nutrição otimizados 
o Regular função vesical e intestinal 
o Oferecer O2 suplementar se necessário 
o Evitar uso de dispositivosinvasivos 
▪ Prevenção farmacológica 
o Evitar medicações que precipitem delirium 
▪ Benzodiazepínicos 
• Aumentam risco de queda 
• Em caso de abstinência alcoólica pode evitar delirium 
▪ Opioides 
• Dolantina/Meperidina 
• Constipação (precisa associar a laxantes) 
▪ Antipsicóticos 
• Não evitam delirium 
▪ Dexmedetomidina 
• Sedativo de curta duração 
• Diminui a incidência de delirium (pode-se substituir o midazolam/bzd) 
▪ Melatonina e Ramelteona 
• Pode diminuir a incidência de delirium por regular o ciclo sono vigília e 
não possui efeitos colaterais 
▪ Tratamento 
o Não farmacológico 
▪ Tratamento das causas 
▪ Comunicação efetiva com o paciente e família 
▪ Cuidados com o ambiente 
o Farmacológico 
▪ Trata a causa base e sintoma 
▪ Delirium hiperativo vs Delirium hipoativo 
▪ Para agitação psicomotora moderada a grave que coloca a equipe ou ele mesmo 
em risco 
▪ ANTIPSICÓTICOS 
• Todos tem efeitos anticolinérgicos (Prometazina tem efeito muito forte) 
• Haldol (VO menos efeitos colaterais) 
o 0,5 a 1mg 
• Quepiapina, Risperidona (0,25 – 1mg em 24h), Olanzapina (menos 
sintomas extrapiramidais) 
• Evitar em associação com outras drogas que aumentem QT 
▪ DEXMEDETOMIDINA 
• Terapia intensiva 
• Em comparação com o uso de benzodiazepínicos, vai diminuir a incidência 
de delirium e vai diminuir o tempo de permanência dessa paciente na UTI. 
▪ ANTICOLINESTERASICOS 
• Não há evidência que justifique o uso da medicação. 
▪ BENZODIAZEPÍNICOS 
• Se abstinência alcoólica 
▪ Seguimento 
o Pacientes que desenvolvem delirium podem apresentar comprometimento cognitivo leve 
ou mesmo demência ainda não diagnosticada 
o Delirium está associado a um aumento da velocidade de declínio cognitivo após cada 
episodio 
o Delirium está associado a um risco aumentado de depressão nos 12 meses seguintes 
 
DISTÚRBIO DO SONO 
▪ Conceito 
o Mais comum em mulheres ou comorbidades psiquiátricas (depressão, ansiedade) 
▪ Arquitetura do sono 
o Não Rem (NREM) 
▪ Sincronizado com o córtex, aumento do tônus parassimpático 
• Bradicardia, hipotermia – não patologicas 
▪ Mais presentes na primeira metade da noite 
▪ N1, N2 e SWS (sono de ondas lentas – N3 e N4) 
• N1 mais leve 
• N2 e SWS – sono de ondas lentas é dividido entre 
o N3 e N4 – sono mais profundo 
▪ Não é sono REM 
o Sono REM 
▪ Movimentos rápidos dos olhos, desconexão com o córtex 
▪ Redução do tônus muscular 
▪ Sonhos, fixação do aprendizado 
o ↑ idade, ↓NREM e REM, ↑ despertares = WASO 
o Quando pedir polissonograma? quando suspeitar de parassonias 
▪ Fundamentos diagnósticos 
o Distúrbio geriátrico multifatorial 
▪ Medicação errada, distúrbio psiquiátrico, dormindo com dor (pacientes 
reumatológicos) 
▪ Queixas 
o Insônia de manutenção: dorme e acorda 
o Insônia inicial: latência no tempo de dormir aumenta 
o Sonolência diurna: dorme, mas durante o dia fica sonolento 
o Sono não reparador: dorme, mas não se sente descansado = problema no sono 
profundo 
▪ Critérios diagnósticos 
o CID 11 
o DSM 5 
▪ Medicações/substâncias que interferem no sono 
o Álcool, anticolinesterasicos, betabloqueadores, antigripais, levodopa, corticoide, 
diurético, nicotina, fenitoína, antidepressivos da serotonina 
▪ Ferramentas auxiliares no diagnostico de distúrbios do sono 
o Diario do sono-vigília 
o Insomnia Severity Index | Pittsburgh Sleep Quality index 
o Actigrafia 
o Polissonografia (PSG) 
▪ Diagnóstico de insônia é clínico – não necessita da PSG para isso 
▪ Alterações do sono no idoso 
o Aumento do numero de acordares noturnos 
o Tempo de latência maior 
o Ausência de estágios mais profundos na fase NREM do sono 
o INSÔNIA 
▪ Mulheres, baixa escolaridade, problemas financeiros, depressão, ansiedade, dor 
crônica, câncer, DPOC, problemas vasculares 
▪ Maior prevalência da insônia de manutenção 
▪ Tratamento 
• Não farmacológico: higiene do sono 
• Farmacológico: Todas possuem efeitos colaterais (exceto orexina) 
o Benzodiasepínicos 
▪ Doxepina 
o Mirtazapina 
o Tradozona 
o Quetiapina 
o Antagonistas dos receptores de hiprocretina 
▪ Orexina 
o Anticonvulsionantes 
▪ Pregabalina 
• síndrome das pernas inquietas e tremor essencial. 
▪ Gabapentina 
o Melatonina 
o Ramelteona 
o SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS 
▪ > 65 anos, mulheres 
▪ Associação com alfa sinucleidopatias (Parkinson, Corpos de Lewy, DM, Artrite 
reumatoide, gestação, tabagismo, álcool, cafeína, medicações) 
▪ Importante investigar anemia ferropriva, deficiência b12, insuficiência renal, 
doença metabólica 
▪ Diagnóstico 
• Clínico 
• Polissonografia 
• Sintomas pioram no repouso e melhoram com o movimento 
▪ Técnicas não farmacológicas 
• Terapia cognitiva comportamental 
• Relaxamento 
• Atividade física 
▪ Farmacológico 
• 1ª linha: Pramipexol 
• 2ª Linha: Ropirinol, Levodopa, Gabapentina ou Pregabalina 
o MOVIMENTOS PERIÓDICOS DOS MEMBROS 
▪ Brancos, prevalência maior com a idade 
▪ Definição: estereotipados, involuntários e recorrentes MMSS ou MMII com 
duração de 0,5/10 segundos que ocorrem mais na primeira metade da noite 
▪ Ocorre quando não há o sono REM, devido a não conexão com o córtex 
▪ Diagnostico 
• De exclusão, necessário polissonografia para descartar 
o PSG: mensuração da atividade do músculo tibial; normal: 60 
▪ Associado a doenças neuroedegenerativas 
• Alfa sinucleidopatias (Parkinson e Lewy) 
• Não alfa sinucleidopatias 
o Paralisia supranuclear progressiva, demência Fronto temporal, 
esclerose lateral amiotrófica, Alzheimer, doença de Huntington 
▪ Sintomas 
• Queixas comumente trazida pelo companheiro 
• Movimentos complexos, vocalização, pode formar frases, não recorda o 
que fez 
▪ Medicamentos 
• Clonazepam - em pacientes sem comprometimento cognitivo sem SAOS 
• Melatonina 
• Outras opções: pramipexol, levodopa, carbamazepina, clozapina e 
quetiapina 
o SÍNDROME DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS) 
▪ Episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas, flacidez de base de língua, 
obesidade 
▪ Homens 
▪ Questionário 
• STOP BANG 
o S: Snoring (ronco): você ronca alto? (pedir para o companheiro) 
o T: Tired (cansaço): se você sente cansaço, fadiga durante o dia. 
o O: Observated (observação): se alguém já viu que o paciente 
não está respirando, ou se ele para de respirar por algum 
momento. 
o P: Pressure (pressão): se ele tem pressão alta 
o B: BMI (índice de massa corporal): se ele tem o IMC maior que 
35. 
o A: Age (idade): se ele tem mais do que 50 anos. 
o N: Neck (pescoço): se a circunferência do pescoço é maior que 
40. 
o G: Gender (gênero): se é homem. 
• 3 ou mais fatores positivos: ALTO risco para SAOS -> PSG 
• Fatores de risco 
o Pressão alta 
o IMC maior que 35 
o Mais de 50 anos 
o Homem 
o Circunferência do pescoço > 40cm 
• Classificação da gravidade 
o Índice de apneia e hipopneia 
▪ Normal → até 5 eventos por hora 
▪ Leve → 6 a 15 eventos por hora 
▪ Moderado → 16 a 30 eventos por hora 
▪ Grave → 30+ eventos por hora 
▪ Tratamento 
• Decúbito lateral, Atividade física, cessar tabagismo, alcoolismo, 
sedativos, perda ponderal 
• CPAP 
o Índice de apneia grave (>30) → uso obrigatório 
o Índice de apneia leve → pode usar, mas não é obrigatório 
o SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO DE CAUSA CENTRAL 
▪ Tem a apneia, mas não tem nenhuma obstrução das vias aéreas 
▪ NÃO ronca, só para de respirar 
▪ Mais comum em pacientes com AVC, ICC cheyne stokes 
▪ Tratamento da causa bse 
• BiPAP (Bilevel) 
o RONCO 
▪ Homens, principalmente em maior idade 
▪ causado por flacidez e perda do tônus dos músculos da vias respiratórias 
superiores 
o SONOLÊNCIA EXCESSIVA 
▪ Causas 
• Privação do sono 
• Uso de medicações e substâncias – cafeína, álcool, tabaco 
• Transtornospsiquiátricos e doenças neurológicas 
• Síndrome da apneia obstrutiva 
• Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) e Movimentos periódicos dos 
membros (MPM) 
▪ Diagnostico 
• Escala de Epworth 
o Avaliação da probabilidade de o paciente dormir realizando 
atividades 
▪ Tratamento 
• Modafilina

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