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DIREITO CONSTITUCIONAL
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
VAMOS RELEMBRAR A ÚLTIMA AULA:
As assertivas abaixo estão CORRETAS OU INCORRETAS:
A técnica da “interpretação conforme” tem lugar ainda que a literalidade da disposição constitucional não conviva com polissemias ou com pluralidade de sentidos que faça surgir controvérsia constitucional relevante.
O princípio da justeza, ou da conformidade funcional, exige do intérprete a busca da maior efetividade social possível na aplicação da norma constitucional.
O princípio da concordância prática, ou da harmonização, pressupõe a ideia de unidade da Constituição e de inexistência hierárquica entre as normas nela consagradas, de modo a evitar-se o sacrifício de valores constitucionais igualmente relevantes.
Dentro do juízo de proporcionalidade, o subprincípio da adequação julga se as medidas de intervenção no direito fundamental são razoáveis e aptas para se alcançar o fim almejado.
Caso uma norma comporte várias interpretações e o STF afirme que somente uma delas atende aos comandos constitucionais, diz-se que houve interpretação conforme.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
VAMOS RELEMBRAR A ÚLTIMA AULA:
As assertivas abaixo estão CORRETAS OU INCORRETAS:
ERRADO – Interpretação conforme exige polissemia
ERRADO – Justeza trata de separação de poderes
CERTO – Principio da Harmonização evita sacrifício das normas
CERTO – Adequação julga se a medida é apta ao fim
CERTO – STF pode escolher o sentido conforme a CF
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Agora entraremos especificamente nos métodos de interpretação em si. Importante ressaltar que esses métodos são complementares. Ou seja, a adoção de um não exclui a aplicação dos demais, pois o objetivo dos métodos é atribuir maior eficácia à Constituição, permitindo maior salvaguarda de direitos possível. 
Método jurídico (hermenêutico clássico): Defende que a Constituição é uma lei como qualquer outra. Dessa forma, não há necessidade de métodos específicos para a Interpretação da Constituição, utilizando para isso os métodos tradicionais de interpretação.
De acordo com esse entendimento, os elementos de interpretação são:
a)elemento literal (gramatical, filológico, textual ou semântico) – a análise é puramente literal, textual;
b)elemento sistemático – busca o estudo da Constituição como um todo;
c)elemento lógico – analisa a Constituição de forma a harmonizar suas normas;
d)elemento genético – investiga as origens dos conceitos utilizados no texto constitucional;
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Método jurídico (hermenêutico clássico) - CONTINUAÇÃO: 
e)elemento histórico – analisa o momento em que ocorreu o procedimento constituinte, o contexto que levou os constituintes a positivarem o texto daquela forma;
f)elemento teleológico (sociológico) – estuda a finalidade da norma;
Dentre outros elementos estudados, por exemplo, em Introdução ao Estudo do Direito
Método tópico-problemático:
Ao mesmo tempo em que a Constituição deve possuir caráter prático, constata-se que a CF não abrange todas as situações constantes na realidade social.
Diante desse dilema, este método busca conceder à Constituição um caráter aberto de interpretação, buscando adaptar o texto constitucional ao problema concreto. Assim, parte-se do problema concreto para adaptar a norma constitucional que melhor se ajuste.
Esse método parte do pressuposto de que não é possível interpretar a lei constitucional in abstrato, somente no caso concreto.
CRÍTICA:  insegurança gerada, uma vez que permite que o intérprete aja de acordo com seus próprios interesses. 
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Método hermenêutico-concretizador
Este método parte da norma Constitucional para o problema. A cada nova releitura – dada por cada intérprete - o texto constitucional deve ser analisado diante da realidade social, para que, assim, se alcance a melhor solução para o problema. 
Este “movimento de ir e vir” mediante frequentes leituras do mesmo texto é o que se chama de círculo hermenêutico ou espiral hermenêutica.
Círculo hermenêutico – É o movimento de releitura do mesmo texto até que o intérprete chegue a uma compreensão da norma e possa aplicá-la ao fato concreto.
OBS: considera-se que o intérprete tenha preconcepções e, por isso, é preciso partir da Constituição para o caso concreto, limitando a liberdade do intérprete a partir da norma. A norma serve de parâmetro para que o intérprete possa escolher a opção mais adequada.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Método normativo-estruturante:
Este método parte da ideia de não haver identidade entre a norma jurídica e o texto normativo.
Explica-se: a norma fria, literal (criada pelo legislador constituinte), de nada adianta se não for estudada com vias de aplicá-la à realidade social, e isso só será possível pela atividade judicial (Poder Judiciário de regra) e administrativa (Poder Executivo de regra).
OU SEJA,  o teor literal de qualquer prescrição de direito positivo é apenas a "ponta do iceberg normativo";  todo o resto, talvez a parte mais significativa, que o intérprete-aplicador deve levar em conta para realizar o direito, é constituído pela situação a ser analisada.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Método científico-espiritual: 
As normas constitucionais devem ser interpretadas de acordo com a realidade social. Desta feita, se a sociedade é mutante e dinâmica, as normas constitucionais também devem ser, renovando-se a interpretação sempre, para adequar-se aos anseios sociais.
Assim, o hermeneuta deve realizar a “captação espiritual” da realidade social. Isto é, deve considerar a análise dos fatores extra-constitucionais, como a realidade social, o contexto político, etc. 
Basicamente, o intérprete deve levar em consideração o CONTEXTO CIENTÍFICO E ESPIRITUAL VIVENCIADO PELA SOCIEDADE NO MOMENTO DA INTERPRETAÇÃO. Assim, a interpretação não deve ser fria, mas sempre considerar o contexto.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL:
Método de comparação constitucional (interpretação comparativa):
Busca realizar estudo comparado da Constituição brasileira atual com diversas outras Constituições, o que permite analisar a evolução das normas e dos institutos jurídicos, possibilitando, assim, elucidar o significado de determinado enunciado linguístico utilizado na elaboração das normas constitucionais.
ISTO É, refere-se à comparação entre ordenamentos jurídicos constitucionais de países diferentes, que também pode ser utilizada como método de interpretação constitucional.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
PARA FIXAR:
“(…) arranca da ideia de que a leitura de um texto normativo se inicia pela pré-compreensão do seu sentido através do intérprete. A interpretação da constituição também não foge a esse processo: é uma compreensão de sentido, um preenchimento de sentido juridicamente criador, em que o intérprete efectua uma atividade prático normativa, concretizando a norma a partir de uma situação histórica concreta. No fundo esse método vem realçar e iluminar vários pressupostos da atividade interpretativa: (1) os pressupostos subjetivos, dado que o intérprete desempenha um papel criador (pré-compreensão) na tarefa de obtenção de sentido do texto constitucional: (2) os pressupostos objectivos, isto é, o contexto, actuando o intérprete como operador de mediações entre o texto e a situação a que se aplica: (3) relação entre o texto e o contexto com a mediação criadora do intérprete, transformando a interpretação em ‘movimento de ir e vir’ (círculo hermenêutico). (…) se orienta não por um pensamento axiomático mas para um pensamento problematicamente orientado.”
Da leitura do texto do constitucionalista J.J. Gomes Canotilho, conclui-se que o autor se refere a que método de interpretação constitucional?
a)Método tópico-problemático-concretizador.
b)Método científico-espiritual.
c)Método tópico-problemático.d)Método hermenêutico-concretizador.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
PARA FIXAR:
GABARITO: LETRA D
OBRIGADO! BONS ESTUDOS E 
ATÉ A PRÓXIMA AULA!
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