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Ação penal

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Ação penal
1. Ação penal
1.1 - Introdução
O instituto da ação penal está mais relacionado ao processo penal, também é disciplinado nos arts. 100 a 106 do CP.
O direito de ação é um direito subjetivo processual, autônomo e distinto do direito material.
1. Ação penal
1.2 – Conceito
Ação penal é o direito de exigir do Estado a aplicação do direito penal objetivo em face do indivíduo envolvido em um fato tipificado em lei como infração penal.
1. Ação penal
1.3 – Características
Público – a atividade jurisdicional provocada é incumbência do Poder Público.
Subjetivo – o seu titular exige do Estado a prestação jurisdicional.
Autônomo – independe da efetiva existência do direito material.
Abstrato – independe do resultado final da postulação.
Instrumental – tem por fim a instauração de um processo, com a tutela jurisdicional, para a composição da lide.
1. Ação penal
1.4 – Classificação
Divisão com base na tutela jurisdicional invocada
De conhecimento – visa o reconhecimento do direito submetido à apreciação judicial.
 Ex. ação principal visando a condenação do agente
Cautelar – buscar resguardar o direito invocado na ação principal
 Ex. Provimentos cautelares (art. 125 a 132 CPP)
De execução – almeja a satisfação de um direito já reconhecido.
1. Ação penal
1.4 – Classificação
Divisão subjetiva
A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
Titular da ação penal pública – Ministério Público.
1. Ação penal
1.5 – Condições da ação penal
1.5.1 – Condições genéricas
a) Possibilidade jurídica do pedido
Para o possível exercício do direito de ação, o fato descrito na denúncia ou queixa-crime há de ser típico, ou seja, deve encontrar subsunção na lei penal incriminadora.
b) Legitimidade ad causam ou legitimidade para agir
É a pertinência subjetiva para a ação.
Legitimidade ativa (art. 129, I, CF e 29 do CPP) e passiva.
Deve ser analisada pelo juiz no momento do recebimento da denúncia ou queixa-crime (art.395, II, CPP).
1. Ação penal
1.5 – Condições da ação penal
1.5.1 – Condições genéricas
c) Interesse processual 
Está relacionado com a utilidade ou necessidade da providência jurisdicional, e com a adequação do meio utilizado para alcançar o fim almejado.
Necessidade – é pressuposto para aplicação da pena.
Utilidade – eficácia da decisão judicial para a satisfação do interesse pleiteado pelo titular da ação.
Adequação – compatibilidade entre o meio e sua pretensão.
1. Ação penal
1.5 – Condições da ação penal
1.5.1 – Condições genéricas
c) Justa causa
Para Afrânio Silva Jardim, além das três condições clássicas no processo civil deve ser acrescentada uma quarta: a justa causa, ou seja, um lastro mínimo de prova capaz de fornecer arrimo à pretensão acusatória.
Lastro probatório: inquérito policial ou pelas peças de informação, procedimentos investigatórios e informativos que devem acompanhar a inicial acusatória (arts. 12, 39, §5º, e 46, §1º).
1. Ação penal
1.5 – Condições da ação penal
1.5.2 – Condições específicas ou condições de procedibilidade
São aquelas estabelecidas em lei, cuja ausência impede o regular exercício do direito de ação.
 
 Ex.: a representação do ofendido ou de quem tiver a qualidade para representá-lo e a requisição do Ministro da Justiça na ação penal pública condicionada; a entrada do agente em território nacional em caso de crime praticado no exterior; trânsito em julgado da sentença que anula o casamento, no crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
É função institucional do Ministério Público promover, privativamente, a ação penal pública, na forma de lei (art. 129, I, CF).
A ação penal pública é iniciada por denúncia ajuizada pelo Ministério Público.
Pode ser condicionada ou incondicionada (art. 100, §1º CP e 24 do CPP).
 
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.1 - Princípios
a) Oficialidade ou autoritariedade
Os órgãos responsáveis pela persecução penal são públicos, oficiais.
b) Obrigatoriedade ou legalidade
Se estiverem presentes o elementos suficientes à propositura da ação penal, não há discricionariedade por parte do MP, que deverá, obrigatoriamente, oferecer denúncia
c) Indivisibilidade
A ação penal pública deve englobar todos os envolvidos (coautores e partícipes) na infração penal, regra que decorre do princípio da obrigatoriedade.
 
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.1 - Princípios
d) Indisponibilidade ou indesistibilidade
Instaurada a ação penal, o MP não poderá dela desistir (art. 42 CPP), bem como lhe é vedado desistir de eventual recurso interposto (art. 576 CPP).
e) Intranscendência
A ação penal somente pode ser ajuizada contra os supostos responsáveis pela prática da infração penal, não abrangendo seus sucessores ou eventuais responsáveis civis.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.1 – Princípios
f) Oficiosidade
Os órgãos encarregados pela persecução penal devem agir de ofício, independentemente de provocação.
g) Suficiência
A ação penal é capaz de solucionar a questão prejudicial não ligada ao estado civil das pessoas.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.2 – Ação Penal Pública Incondicionada
É a espécie de ação penal iniciada pelo MP, com o oferecimento de denúncia, que depende somente da existência de prova da materialidade e de indícios de autoria de um fato previsto em lei como infração penal
1.6.3 – Ação Penal Pública Condicionada
É condicionada a ação penal quando a lei expressamente exigir, como condição para o oferecimento da denúncia, a existência de representação do ofendido, ou de seu representante, ou ainda, de requisição do Ministro da Justiça
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.1 – Representação do ofendido e requisição do Ministro da Justiça: natureza jurídica
Não há consenso doutrinário sobre o assunto
Para Helio Tornaghi – condições objetivas de punibilidade.
Para Ada Pellegrini Grinover – parcela da possibilidade jurídica do pedido.
Para Fernando Capez e Fernando da Costa Tourinho Filho – são condições de procedibilidade.
Para Julio Fabrinni Mirabete – condições suspensivas de procedibilidade.
Para o STF – condições de procedibilidade.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
 1.6.3.1 – Conceito 
 Também chamada de delatio criminis postulatória, apresenta duplo aspecto: é, simultaneamente, autorização e pedido para que se possa iniciar a persecução penal nos casos exigidos em lei.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
 1.6.3.2 – Legitimados
 a) O ofendido, quando maior de 18 anos;
 b) Procurador com poderes especiais;
 c) Representante legal, se o ofendido for menor de 18 anos ou mentalmente infermo;
 d) O curados especial, quando não haver representante legal ou os interesses colidirem.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
 1.6.3.3 – Eficácia 
 Uma vez oferecida representação contra um dos responsáveis pela infração penal, o MP poderá oferecer denúncia contra qualquer dos envolvidos, em obediência ao princípio da indivisibilidade.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
 1.6.3.4 – Prazo 
 O direito de representação poderá ser exercido no prazo de seis meses, contado a partir do dia em que o ofendido ou seu representante legal tomou ciência da autoria da infração penal.
Decorrido o prazo verificar-se-á a extinção da punibilidade pela decadência (art. 107, IV, 2ª parte).
Morte do ofendido – o direito de representação será transmitido ao CADI (art. 24, §1º do CPP).
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
 1.6.3.5 – Representação na Lei nº 9.099/95 
Art.72 ss da lei 9.099/95.
1.6.3.6 – Retratação da representação
A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia.
Retratação antesdo oferecimento da denúncia:
1ª) posição – o juiz declara a extinção da punibilidade;
2ª) posição – os autos devem permanecer em cartório , uma vez que será possível a retratação da retratação.
Retratação tácita?
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
 1.6.3.7 – Forma 
A representação independe de forma especial.
1.6.3.8 – Requisição do Ministro da Justiça
Cuida-se condição de procedibilidade consistente em ato de natureza administrativa e política, revestido de discricionariedade – juízo de conveniência e oportunidade.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
1.6.3.8 – Requisição do Ministro da Justiça
Hipóteses:
a) Crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do território nacional (art. 7º, §3º, “b”);
b) Crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República e contra chefe de governo estrangeiro (art. 141, I, c/c o art. 145, parágrafo único);
c) Crimes contra a Segurança Nacional – art. 31, IV da lei 7.170/83. 
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
1.6.3.9 – Prazo
Não há prazo decadencial para o oferecimento da requisição do Ministro da Justiça – pode ser lançada a qualquer tempo.
1.6.3.10 – Retratação da requisição
A lei não prevê a retratação da requisição.
1ª) Posição – a requisição é ato administrativo e político de caráter discricionário.
2ª) Posição – não se admite, falta de previsão legal, seriedade de que deve revestir-se o ato.
1. Ação penal
1.6 – Ação penal pública
1.6.3.2 – Representação do ofendido
1.6.3.11 – Não vinculação da requisição
Com a requisição do Ministro da Justiça, estará o Ministério Público obrigado a oferecer denúncia?
1. Ação penal
1.7 – Ação penal privada
É aquela cuja legitimidade para a sua propositura pertence ao ofendido ou a quem legalmente o represente.
É iniciada com o oferecimento de queixa-crime com os mesmos elementos da denúncia (art.41 CPP).
1.7.1 – Prazo
A queixa-crime deve ser ajuizada no prazo de seis meses, contado a partir da data em que o ofendido ou seu representante legal tomar conhecimento da autoria da infração penal.
1. Ação penal
1.7 – Ação penal privada
1.7.2 – Princípios
a) Oportunidade ou conveniência – o ofendido tem liberdade para iniciar a ação penal.
b) Disponibilidade – possibilidade de desistir da ação penal ou recurso eventualmente interposto.
c) Indivisibilidade – a queixa-crime contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP zelará pela sua indivisibilidade.
1. Ação penal
1.7 – Ação penal privada
1.7.2 – Princípios
c) Indivisibilidade
Pode o MP aditar a queixa-crime incluindo eventuais coautores e partícipes?
1 – O MP não pode fazê-lo, invade a legitimação do ofendido.
 2 – É possível e expressamente previsto no art. 46, §2º do CPP.
 3 – O MP não pode aditar a queixa-crime e a inicial deve ser rejeitada.
d) Intranscendência – a ação penal privada somente pode ser proposta contra os autores ou partícipes da infração penal.
1. Ação penal
1.7 – Ação penal privada
1.7.3 – Espécies
a)Ação penal exclusivamente privada ou ação penal privada propriamente dita
A legitimidade para o ajuizamento da queixa-crime é do ofendido, se maior de 18 anos e capaz. Se for menor ou mentalmente enfermo, poderá ser proposta por seu representante legal (art. 30 CPP).
b) Ação penal privada personalíssima
A lei confere exclusivamente ao ofendido a titularidade do direito de queixa, intransmissível mesmo na hipótese do seu falecimento.
Único exemplo é o crime do art. 236 do CP.
1. Ação penal
1.7 – Ação penal privada
1.7.3 – Espécies
c) Ação penal privada subsidiária da pública
Art. 100, §3º do CP.
Prazo de 06 meses contados do termo final do prazo para oferecimento da denúncia.
Obs.: art. 29 CPP.
d) Ação penal privada concorrente
Súmula 714 do STF
1. Ação penal
1.7 – Ação penal privada
1.7.4 – Ação penal nos crimes complexos
Crimes complexos são aqueles que resultam da fusão de dois ou mais tipos penais .
Ex.: roubo (furto + lesão corporal ou ameaça), latrocínio (roubo + homicídio)
Qual tipo de ação deve ser promovida caso tenhamos um crime de ação pública + um crime de ação privada?
Art. 101 do CP.
1. Ação penal
1.7 – Ação penal privada
1.7.5 – Ação penal nos crimes contra a dignidade sexual
Art. 225 e parágrafo único do CP.
1.7.6 – Ação penal e crimes de lesão corporal praticado com violência doméstica e familiar contra a mulher.
Nos crimes de lesões corporais com violência doméstica e familiar contra a mulher, em todas as suas modalidades, a ação é pública incondicionada.

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