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Aula 04

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Aula 04
Noções de Direito Administrativo p/ ANS - Técnico em Regulação
Professor: Daniel Mesquita
Direito Administrativo p/ ANS ʹ Técnico em 
Regulação. 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 
 
 
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Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
AULA 04: Responsabilidade Civil do Estado 
 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA 04 2 
2) DISCIPLINA CONSTITUCIONAL E OS ELEMENTOS QUE COMPÕEM 
A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO BRASIL 2 
2.1. DANO 18 
2.2. ALTERIDADE DO DANO 18 
2.3. NEXO CAUSAL 24 
2.4. ATO ESTATAL 27 
2.5. EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE 27 
2.6. ELEMENTO SUBJETIVO 29 
3) APLICAÇÃO DA TEORIA DA CULPA DO SERVIÇO NO BRASIL 36 
4) O RISCO INTEGRAL NO BRASIL 45 
5) REPARAÇÃO DO DANO 45 
5.1. SUJEITO PASSIVO 46 
5.2. FORMA DE REPARAÇÃO DO DANO 46 
6) RESPONSABILIDADE EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS 56 
A. RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS E JURISDICIONAIS 56 
B. DANOS DECORRENTES DE OBRA PÚBLICA 58 
C. RESPONSABILIDADE POR ATOS DE MULTIDÃO 58 
D. POLICIAL DE FATO MORTO EM HORÁRIO QUE PRESTAVA SERVIÇO 59 
E. ATO DELITUOSO PRATICADO POR FORAGIDO DA PRISÃO 59 
F. ATO PRATICADO DENTRO DE ESTABELECIMENTO PRISIONAL OU ESCOLAS E 
HOSPITAIS PÚBLICOS 60 
G. POLICIAL COMETE CRIME COM ARMA DE FOGO DA CORPORAÇÃO EM DIA DE 
FOLGA 61 
H. RESPONSABILIDADE DO ESTADO POR INTERVENÇÃO INDEVIDA NO DOMÍNIO 
ECONÔMICO 61 
I. ATO DO ESTADO CONTRA O SERVIDOR PÚBLICO 62 
7) PRESCRIÇÃO 65 
00007941048
Direito Administrativo p/ ANS ʹ Técnico em 
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8) RESUMO 66 
9) QUESTÕES 69 
10) REFERÊNCIAS 98 
 
 
1) Introdução à aula 04 
 
Bem vindos à nossa aula 04 de Direito Administrativo, do curso 
preparatório para o concurso da ANS para Técnico em Regulação. 
Abordaremos a matéria ³Responsabilidade civil do Estado.´. 
Abordaremos os principais entendimentos jurisprudenciais do STJ e 
do STF sobre responsabilidade civil do Estado, uma vez que não há uma 
lei que discipline expressamente esse tema do direito administrativo. 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
2) Disciplina constitucional e os elementos 
que compõem a responsabilidade civil do Estado 
no Brasil 
 
Você já ouviu falar em responsabilidade civil. Se você está dirigindo 
falando ao celular, sem prestar a devida atenção no trânsito, e bate o 
seu carro no carro de outra pessoa, você deve reparar o dano causado 
no outro veículo, pois a culpa pelo acidente foi sua. 
00007941048
Direito Administrativo p/ ANS ʹ Técnico em 
Regulação. 
Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 
 
 
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No caso, aplica-se o instituto da responsabilidade civil. Esse 
instituto impõe que aquele que, por ação ou omissão, causar dano a 
outrem é obrigado a repará-lo. 
No caso do acidente de trânsito entre particulares, deve-se verificar 
se essa ação ou omissão foi praticada com culpa, ou seja, com 
imprudência, imperícia ou negligência. No exemplo, você foi imprudente 
ao dirigir falando ao celular. 
Nesse caso, entre particulares, como a análise da culpa é 
relevante, diz-se que a responsabilidade é subjetiva (deve ser 
analisado o aspecto subjetivo, ou o ânimo da conduta, daquele que 
praticou o ato danoso). 
Quando é o Estado quem causa o dano, não se investiga se ele 
agiu com culpa (imprudência, imperícia ou negligência). Há o consenso 
de que, nesse caso, a responsabilidade é objetiva, ou seja, se existir 
o ato do Estado, seja ele lícito ou ilícito, se houver o dano e se foi esse 
ato que praticou o dano, há o dever do Estado de repará-lo. 
 
Responsabilidade civil entre 
particulares (regra) 
 
 
 
 
Subjetiva 
Responsabilidade civil do 
Estado (regra) 
 
 
 
 
Objetiva 
 
Detalharemos todos esses elementos da responsabilidade civil 
objetiva ao longo desta aula. 
Mas, por enquanto, você deve se atentar para a seguinte pergunta: 
Por que há consenso acerca da aplicação da teoria da responsabilidade 
objetiva do Estado como regra geral no Brasil? 
00007941048
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Esse entendimento decorre do art. 37, § 6º, da Constituição. 
DECORE ESSE DISPOSITIVO: 
 
 
 
 
 
Aprofundaremos nesse tema mais abaixo, mas, desde já, você 
deve saber que o Brasil adota a teoria do risco administrativo 
quando o assunto é responsabilidade civil. 
Houve um período em que os Estados se constituíram segundo o 
modelo absolutista. O Estado, como ente soberano, era imposto aos 
indivíduos e sua autoridade não podia ser contestada, pois o seu poder 
era divino. Nesse período, a ideia era a da irresponsabilidade estatal, 
XPD�YH]�TXH�R�UHL�QmR�HUUDYD��³WKH�NLQJ�FDQ�GR�QR�ZURQJ´�� 
Isso, contudo, já foi superado, hoje adotamos a teoria do risco 
administrativo. 
Por essa teoria, o Estado assume o risco pelas atividades que 
desenvolve e, por isso, quando ocorre o dano, não se busca verificar se 
o Estado agiu com dolo ou com culpa. 
IMPORTANTE: como veremos abaixo, por essa teoria poderá haver 
excludentes da responsabilidade quando, por exemplo, a culpa for 
exclusiva da vítima (Ex: a vítima se joga na frente de um caminhão de 
lixo da prefeitura) ou quando houver caso fortuito ou força maior (Ex: 
um furacão joga um carro da prefeitura em cima de uma casa). 
Essa teoria se diferencia da teoria do risco integral, pois nesta 
última não há qualquer excludente de responsabilidade do Estado. 
Também se diferencia da teoria da culpa, pois nesta o Estado só 
vai indenizar se comprovado que o ato que gerou o dano foi praticado 
com dolo ou culpa (se comprovado, por exemplo, que o Estado foi 
negligente). 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
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Assim, sabendo que o Brasil, em regra, adota a teoria do risco 
administrativo e partindo da interpretação do art. 37, § 6º, da CF, o 
STF consagrou o entendimento de que são os seguintes requisitos 
que compõem a responsabilidade civil no Brasil: 
(a) dano; 
(b) alteridade do dano; 
(c) nexo causal; 
(d) ato estatal; 
(e) ausência de causa excludente da responsabilidade 
estatal. 
Veja que a culpa ou o dolo não está entre os requisitos, pois o 
Brasil não adota a teoria da culpa. Observe, também, que a letra (e) 
indica que o Brasil não adota a teoria do risco integral. 
 
 
 
1) (FUNCAB± 2015 ± MPOG - Atividade Técnica - Direito, 
Administração, Ciências Contábeis e Economia) A responsabilidade civil 
do Estado estará caracterizada mesmo que inexista: 
 a) dano. 
 b) dever originário. 
 c) nexo causal. 
 d) culpa. 
 e) conduta. 
A resposta encontra-VH� QR� DUW�� $UW�� ��� †� �ž� TXH� GLVS}H�� ³$V�
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso 
contra o responsável nos casos de dolo ou FXOSD´� 
Gabarito ± Letra D. 
 
Questão de 
concurso 
 
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2) (FUNCAB ± 2015 - CRC-RO - Assistente Administrativo) 
Responde subjetivamente por danos causados a terceiros: 
 a) a permissionária prestadora de serviço público. 
 b) a autarquia. 
 c) a concessionária prestadora de serviço público. 
 d) o ente da administração direta. 
 e) o servidor público. 
 
Mais uma questão para ser respondida pelo art. 37 § 6º da CF. ³$V�
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiros , assegurando o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de GROR�RX�FXOSD´� 
Gabarito ± Letra E. 
3) (AOCP ± 2010 - Caixa/RS - Agência de Fomento ± Advogado) 
Quanto à responsabilidade civil do Estado, analise as assertivas e, em 
seguida, assinale a alternativa que apresenta a(s) correta(s). 
I. A teoria do risco administrativo foi a adotada como regra pela 
CF/88, admitindo excludentes de responsabilização como, por exemplo, 
a culpa exclusiva da vítima. 
II. A teoria do risco integral foi a adotada como regra no Brasil, por 
ser mais vantajosa para a vítima e não admitir excludentes. 
III. Em casos de danos por omissão a responsabilidade civil do 
Estado somente se configurará se estiverem presentes os elementos 
que caracterizam a culpa. 
IV. A responsabilidade do Estado será primária quando o dano tiver 
sido causado por um de seus agentes e solidária quando pessoa jurídica 
a ele vinculada for a provocadora do dano. 
(A) I, II, III e IV. 
(B) Apenas I e IV. 
(C) Apenas II e IV. 
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(D) Apenas IV. 
(E) Apenas I e III. 
Meus caros! A redação do art. 37, § 6º, da Constituição, que prevê 
a adoção da teoria do risco administrativo: 
 
 
 
 
Logo o item I está correto. Sendo assim, podemos eliminar as 
alternativas B, C e D. 
Vamos analisar agora o item III: o Estado assume o risco pelas 
atividades que desenvolve e, por isso, quando ocorre o dano, não se 
busca verificar se o Estado agiu com dolo ou com culpa. Logo a 
alternativa está correta. 
Gabarito ± Letra E. 
 
 
Gabarito ± Letra E. 
4) (2014/ FCC/TRT - 16ª REGIÃO (MA)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Francisco é servidor de sociedade de economia mista, 
prestadora de serviço público. Em determinada data, Francisco, no 
exercício de sua função, intencionalmente, causou danos a particulares. 
Nesse caso, a responsabilidade da sociedade de economia mista pelos 
danos ocasionados é: 
a) objetiva. 
b) subjetiva. 
c) subsidiária. 
d) inexistente. 
e) disjuntiva. 
RESPOSTA: 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
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 O STF decidiu que a responsabilidade civil das pessoas jurídicas 
de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva 
relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço. Essa 
decisão tem como princípio o art. 37, § 6º, da Constituição, que prevê a 
adoção da teoria do risco administrativo: 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
 Quanto ao ato estatal, não se pode perder de vista que a 
responsabilidade objetiva alFDQoD� ³DV� SHVVRDV� MXUtGLFDV� GH� GLUHLWR�
S~EOLFR�H�DV�GH�GLUHLWR�SULYDGR�SUHVWDGRUDV�GH�VHUYLoRV�S~EOLFRV´��'HVVH�
PRGR�� DV� HQWLGDGHV� GR� WHUFHLUR� VHWRU� �VLVWHPD� ³6´��� RV� FDUWyULRV�
extrajudiciais e as empresas públicas e sociedades de economia mista 
prestadora. 
 Gabarito: A 
 
5) (2015-FCC-SEFAZ/PI ± Auditor Fiscal da Fazenda Estadual) 
Determinado servidor da Secretaria da Fazenda inseriu informações 
falsas sobre cidadão, seu desafeto, no cadastro de contribuintes do 
Estado, fazendo com que o referido cidadão passasse a figurar no 
cadastro de inadimplentes. Diante dessa situação, o cidadão, que é um 
pequeno empresário, sofreu diversos prejuízos morais e patrimoniais, 
especialmente em decorrência de restrições de crédito. A 
responsabilidade do Estado pelos danos sofridos pelo cidadão é: 
 a) subjetiva, dependendo, pois, da prévia responsabilização 
do agente público em processo disciplinar ou administrativo. 
 b) objetiva, dependendo, para efeito do dever de indenizar o 
cidadão, da comprovação do nexo de causalidade entre a conduta do 
servidor e os danos sofridos. 
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 c) afastada, se comprovada culpa exclusiva do agente 
público, o qual responde civilmente perante o cidadão prejudicado e 
administrativamente por falta disciplinar. 
 d) condicionada à comprovação de dolo do servidor, 
circunstância que, se presente, obriga o Estado a indenizar os danos 
patrimoniais e morais sofridos pelo cidadão. 
 e) decorrente da prestação do serviço público, não estando 
presente na situação narrada em face da conduta dolosa do agente 
público. 
Como vimos no estudo até aqui, temos que identificar o 
agente, nesse caso foi o servidor da Secretaria de Fazenda, que no uso 
do seu cargo causou dano a particular com a intensão de prejudicá-lo. 
Assim, temos elementos suficientes para verificar que houve a 
responsabilidade objetiva do Estado. 
Gabarito letra B. 
 
6) (FCC-2015-TRT/6º REGIÃO ± Juiz do Trabalho Substituto) Em 
face de greve de serventuários da Justiça alguns candidatos à vagas 
abertas por uma prestigiada empresa de tecnologia não puderam se 
submeter ao correspondente processo seletivo, por não terem logrado 
obter certidões necessárias para comprovar a inexistência de 
antecedentes criminais. A responsabilidade civil do Estado, perantereferidos cidadãos, 
 a) somente se configura em face de condutas comissivas, sendo 
afastada, dada a sua natureza objetiva, quando não identificado o 
agente causador do dano. 
 b) independe de comprovação de dolo ou culpa do agente, 
elementos esses que, somente, são requeridos para fins do direito de 
regresso do Estado perante o agente. 
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 c) depende da comprovação de dolo ou culpa dos serventuários, 
não bastando a comprovação do dano e do nexo de causalidade com 
ação ou omissão de agente público. 
 d) é de natureza subjetiva, ensejando o direito de regresso em 
face dos servidores responsabilizados em processo administrativo. 
 e) é de natureza objetiva e independe, portanto, da comprovação 
do dano, bastando a identificação do nexo de causalidade. 
 
Com as explicações anteriores, já temos condições de acertar essa 
questão. 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
Gabarito: b 
 
7) (FCC-2014-SEFAZ/PE ± Auditor Fiscal do Tesouro Estadual) 
Considere o trecho do acórdão do Superior Tribunal de Justiça e as 
assertivas a seguir: 
 
³4XDQWR� DR� PpULWR�� QRV� WHUPRV� GD� MXULVSUXGrQFLD� GR� 67-�� D�
responsabilidade civil do Estado para condutas omissivas é subjetiva, 
sendo necessário, dessa forma, comprovar negligência na atuação 
estatal, o dano e o nexo causal entre ambos. 
(...) 
Com se vê, da análise das razões do acórdão recorrido, observa-se 
que este delineou a controvérsia dentro do universo fático-probatório. 
Caso em que não há como aferir eventual inexistência de nexo de 
FDXVDOLGDGH� VHP� TXH� VH� DEUDP� DV� SURYDV� DR� UHH[DPH�´�0LQ�� 5HO��
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Humberto Martins; AgR no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL no 501.507 
- RJ; j. 27.05.2014) 
 
I. Embora a Constituição Federal tenha estabelecido a modalidade 
objetiva de responsabilidade para o Estado tanto para atos omissivos, 
quanto para atos comissivos, a jurisprudência mitigou esse rigor, 
passando-a a subjetiva em ambas as hipóteses. 
II. O Superior Tribunal de Justiça admite a modalidade subjetiva de 
responsabilidade para o Estado nos casos de omissão, o que não afasta 
a necessidade de demonstração do nexo de causalidade. 
III. Para a comprovação da responsabilidade objetiva não é 
necessária a demonstração de nexo de causalidade e de culpa do 
agente público, enquanto que na responsabilidade subjetiva, esses 
requisitos são indispensáveis. 
 
De acordo com o exposto, está correto o que se afirma em: 
a) III, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I, II e III. 
d) II, apenas. 
e) I e III, apenas. 
 
A questão pede que responda de acordo com o texto exposto. 
Assim podemos concluir com a afirmação da primeira parte do texto, 
apenas a assertiva II está correta. 
Gabarito: D 
 
8) (FCC-2014-DPE/RS ± Defensor Público) Acerca da 
responsabilidade civil do Estado, é correto afirmar: 
00007941048
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a) Na liquidação dos danos sofridos pelo particular por ato da 
administração ou de seus agentes, não serão aplicáveis as regras do 
Código Civil. 
b) O Estado é solidariamente responsável pelos danos causados a 
particulares por pessoas jurídicas de sua administração indireta quando 
prestadoras de serviço público, ou por concessionários e 
permissionários de serviços públicos. 
c) Não há responsabilidade civil do Estado pelos danos causados 
por atos legislativos ou leis declaradas inconstitucionais. 
 d) A responsabilidade civil do Estado pelos danos causados a 
particular por seus agentes no exercício de suas funções ou a pretexto 
de exercê-las. 
e) Os danos causados pelo poder público somente podem ser 
reparados através da via judicial, sendo defeso acordo administrativo 
com o lesado. 
 
(VVD�WDPEpP�p�WUDQTXLOD�GH�DFHUWDU��$�OHWUD�³D´�HVWi�HUUDGD��SRLV�DV�
regras do Código Civil são aplicadas. $� OHWUD� ³E´� HVWi� HUUDGD�� QmR� Ki�
responsabilidade do Estado. /HWUD� ³F´� HUUDGD�� RV� Dtos legislativos são 
atos do Estado, geram responsabilidade civil, quando comprovado o 
QH[R� GH� FDXVDOLGDGH�� � /HWUD� ³G´� FRUUHWD�� /HWUD� ³H´� R� DFRUGR�
administrativo não é proibido, pode ser feito. 
Gabarito letra D. 
 
9) (FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho) De 
acordo com a Constituição Federal, a responsabilização civil do Estado 
por danos causados a terceiros pressupõe 
a) que o dano seja causado por agente público que atue nessa 
qualidade, sendo considerados agentes públicos, para tal finalidade, 
apenas aqueles com vínculo laboral com a Administração, celetista ou 
estatutário, e os detentores de mandato eletivo. 
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b) a comprovação da responsabilidade objetiva, caracterizada 
como a falha na prestação do serviço público aliada à conduta dolosa ou 
culposa do agente público. 
c) a comprovação do nexo de causalidade entre a ação do agente 
público e o dano e independe da comprovação de dolo ou culpa do 
agente. 
d) a comprovação de dolo ou culpa do agente, o qual responde 
pelos danos causados perante os terceiros, podendo exercer direito de 
regresso em face da Administração na hipótese de causas excludentes 
da ilicitude da sua conduta. 
e) a comprovação da responsabilidade subjetiva do agente, 
caracterizadora de culpa in vigilando ou in elegendo do Estado, salvo se 
comprovada culpa concorrente da vítima ou outras causas excludentes 
de ilicitude. 
A responsabilidade civil do Estado refere-se às pessoas jurídicas de 
direito público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios, as 
Autarquias e as fundações públicas de natureza autárquica) e as 
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. 
$OWHUQDWLYD�³D´�HUUDGD� 
Pela teoria do risco administrativo adotada pelo Brasil, o Estado 
assume o risco pelas atividades que desenvolve e, por isso, quando 
ocorre o dano, não se busca verificar se o Estado agiu com dolo ou com 
culpa. /HWUD� ³E´ HUUDGD� H� SHOR� PHVPR� PRWLYR� D� DOWHUQDWLYD� ³F´� HVWi�
certa. 
A comprovação do dolo e culpa do agente será verificada para a 
ação de regresso que estudaremos logo a seguir. Não confunda! 
$OWHUQDWLYDV�³G´�H�³H´�HUUDGDV� 
*DEDULWR��OHWUD�³F´� 
 
 
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10) (2014/FCC/TCE-PI/Assessor Jurídico) A responsabilidade civil do 
Estado e dos agentes públicos é estudada no Brasil há tempos, encontrando 
fundamento inclusive na Constituição de 1824. A propósito da evolução 
doutrinária acerca da responsabilidade dos entes públicos, bem como o que 
consta da Constituição Federal, é correto afirmar: 
a) o histórico da responsabilidade civil do Estado trilhou caminho 
desde a irresponsabilidade total, antes do Estado de Direito, sofrendo 
paulatino abrandamento verificado com a adoção das teorias civilistas, até se 
alcançar as teorias que consolidaram a responsabilidade objetiva do Estado. 
b) a responsabilidade civil do Estado iniciou-se à semelhança do 
direito civil, baseada na culpa do agente público, afastando-se do regime 
comum com o passar do tempo, em face da identificação da necessidade de 
estabelecimento de regras próprias, consolidando-se a responsabilidade 
subjetiva que vige até os tempos atuais. 
c) a responsabilidade civil do Estado foi cunhada com base no direito 
comum, razão pela qual continua a depender, essencialmente, da existência da 
culpa do agente público. 
d) o histórico da responsabilidade civil do Estado no ordenamento 
brasileiro demonstra que a responsabilidade objetiva já se encontrava 
presente desde a primeira constituição, ainda que não se falasse em teoria do 
risco. 
e) o histórico da responsabilidade civil do Estado indica que o 
ordenamento jurídico brasileiro sempre a consagrou, em variados graus e 
medidas, prevalecendo atualmente a modalidade de responsabilidade 
subjetiva para atos comissivos e a de responsabilidade objetiva para atos 
omissivos. 
RESPOSTA: 
 a) CORRETA. Houve um período em que os Estados se constituíram 
segundo o modelo absolutista. O Estado, como ente soberano, era imposto aos 
indivíduos e sua autoridade não podia ser contestada, pois o seu poder era 
divino. Nesse período, a ideia era a da irresponsabilidade estatal, uma vez que 
R�UHL�QmR�HUUDYD��³WKH�NLQJ�FDQ�GR�QR�ZURQJ´�� 
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Isso, contudo, já foi superado, hoje adotamos a teoria do risco 
administrativo. 
Por essa teoria, o Estado assume o risco pelas atividades que 
desenvolve e, por isso, quando ocorre o dano, não se busca verificar se 
o Estado agiu com dolo ou com culpa. 
b) ERRADA. Como vimos acima, inicialmente a ideia era da 
irresponsabilidade estatal. Além disso, consolidou-se a ideia de 
responsabilidade objetiva, com o passar do tempo. 
Mas cuidado! Apesar de divergência doutrinária, para concursos 
públicos prevalece o entendimento de que é aplicável a teoria da culpa 
do serviço no Brasil quando o assunto é prestação de serviços públicos 
pelo Estado. 
c)ERRADA. Quando é o Estado quem causa o dano, não se 
investiga se ele agiu com culpa (imprudência, imperícia ou negligência). 
Há o consenso de que, nesse caso, a responsabilidade é objetiva, ou 
seja, se existir o ato do Estado, seja ele lícito ou ilícito, se houver o 
dano e se foi esse ato que praticou o dano, há o dever do Estado de 
repará-lo. 
d)ERRADA. A primeira Constituição Brasileira a tratar do assunto 
Responsabilidade do Estado adotou uma teoria baseada na culpa, e 
ainda não se falava em teoria do risco. 
e) A responsabilidade civil do Estado vem sendo tratada pela 
legislação brasileira desde 1016, e não foi sempre contemplada nas 
Constituições. Como já falamos, entre particulares, diz-se que a 
responsabilidade é subjetiva (deve ser analisado o aspecto subjetivo, ou 
o ânimo da conduta, daquele que praticou o ato danoso).Quando é o 
Estado, há o consenso de que, nesse caso, a responsabilidade é 
objetiva, independentemente do ato ser comissivo ou omissivo. 
Gabarito: A 
 
 
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11) (2014/FCC/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO, ao tratar de 
determinada modalidade de responsabilidade civil do Estado, ensina que 
o fundamento da responsabilidade estatal é garantir uma equânime 
repartição dos ônus provenientes de atos ou efeitos lesivos, evitando 
que alguns suportem prejuízos ocorridos por ocasião ou por causa de 
atividades desempenhadas no interesse de todos. De conseguinte, seu 
fundamento é o princípio da igualdade, noção básica do Estado de 
Direito. (Curso de Direito Administrativo. São Paulo, Malheiros, 27a ed., 
2010. p. 1007). 
As lições trazidas são pertinentes à modalidade de responsabilidade 
civil. 
a) objetiva, em decorrência de atos comissivos lícitos, que 
prescindem da demonstração de culpa do agente estatal. 
b) subjetiva, que demanda a demonstração de culpa do agente 
causador do dano. 
c) subjetiva imprópria, que prescinde da demonstração de 
culpa do agente causador do dano. 
d) objetiva, em decorrência de atos comissivos ilícitos,que 
prescindem de demonstração de culpa do agente causador do dano. 
e) objetiva, em decorrência de atos omissivos ilícitos ou lícitos, 
que podem ou não demandar a demonstração de culpa do agente 
causador do dano. 
 
RESPOSTA: 
A responsabilidade do Estado, em regra, é objetiva, fundamentada 
pela teoria do risco administrativo. Além disso, não é necessário o 
elemento de culpa para que seja considerado objetiva. Sendo assim, 
HVWmR�LQFRUUHWDV�DV�DOWHUQDWLYDV�³E´�H�³F´��-i�D� OHWUD�³H´�HVWi�LQFRUUHWD��
pois segundo o entendimento da doutrina majoritária, e do STF, nos 
casos de atos omissivos, a responsabilidade é subjetiva. Por fim, a letra 
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IDOD� HP� DWRV� FRPLVVLYRV� ³LOtFLWRV´�� H� SRU� VH� WUDWDU� GH� ³atividades 
GHVHPSHQKDGDV�QR�LQWHUHVVH�GH�WRGRV´��elas tem caráter lícito. 
Gabarito: A 
 
12) (2014/FCC/Prefeitura de Recife ± PE/Procurador) Um motorista 
de ônibus de uma empresa privada de transporte coletivo municipal, ao 
fazer uma curva mais acentuada em determinado ponto de seu 
itinerário, colidiu com veículo estacionado na via pública em local e 
horário permitidos, ocasionando perda total neste veículo. No presente 
caso, consoante o mais recente posicionamento do STF, 
a) não responderão objetivamente o Município, nem a empresa 
privada, pois se trata de exercício de atividade econômica 
lucrativa, situação não albergada pelo tratamento especial da 
responsabilidade civil do Estado. 
b) responderá o município primária e objetivamente pelos danos 
causados no veículo estacionado, em razão do serviço público 
prestado ser de titularidade do Município. 
c) responderá a empresa privada, direta e objetivamente, seja por 
se tratar de concessionária de serviço público, seja em razão do 
risco inerente à sua atividade. 
d) responderá a empresa privada objetivamente, com direito de 
regresso contra o Município, titular do serviço públicoprestado. 
e) não responderão objetivamente o Município, nem a empresa 
privada, pois o proprietário do veículo estacionado não é usuário 
direto do serviço público prestado 
 RESPOSTA: 
 
 Como já visto, o STF decidiu que a responsabilidade civil das 
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é 
objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço. 
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Essa decisão tem como princípio o art. 37, § 6º, da Constituição, que 
prevê a adoção da teoria do risco administrativo: 
 
 
 
 
 Gabarito: C 
 
 
2.1. Dano 
Para que se caracterize o dano, conforme lição de Bandeira de 
Mello (2010, p. 1010-1012), deve o ato estatal atingir um direito da 
vítima, seja ele material ou imaterial (inclusive moral!), deve o bem 
jurídico lesado ser certo e provocar um transtorno anormal. 
 
2.2. Alteridade do dano 
O ato estatal deve causar danos a terceiros para que a 
responsabilidade extracontratual se caracterize. Nesse ponto, 
apresentamos a nossa primeira questão jurisprudencial que tem 
GRANDES CHANCES DE CAIR NA SUA PROVA: 
O STF, no julgamento do RE 591.874, que teve sua repercussão 
JHUDO� UHFRQKHFLGD�� FRQFOXLX� TXH� ³D� UHVSRQVDELOLGDGH� FLYLO� GDV� SHVVoas 
jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva 
relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, 
VHJXQGR�GHFRUUH�GR�DUW������†��ž��GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO´�� 
Para o STF, a responsabilidade objetiva decorre da natureza da 
atividade administrativa, a qual não é modificada pela mera 
transferência da prestação dos serviços públicos a empresas 
particulares concessionárias do serviço. Assim, a existência do nexo de 
causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
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usuário do serviço público é condição suficiente para estabelecer a 
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. 
Isso também cai em concurso, meus amigos ± OLHO ABERTO! 
 
 
 
 
 
13) (FCC-2014-TCE/PI-Auditor Fiscal de Controle Externo) Quanto à 
responsabilidade extracontratual do Estado, é correto afirmar: 
a) O Estado só se responsabiliza por atos praticados no exercício 
da função administrativa, respondendo os demais Poderes, em nome 
próprio, por atos praticados no exercício das respectivas funções. 
 b) A responsabilidade patrimonial do Estado, ao contrário do 
direito privado, decorre de atos ilícitos praticados por agentes 
administrativos, não incidindo nas hipóteses de atos lícitos, mesmo que 
causadores de danos excessivos a terceiros. 
 c) Restringe-se às hipóteses de atos comissivos, lícitos ou ilícitos, 
causadores de dados a terceiros. 
d) A existência de nexo de causalidade entre o dano 
experimentado pelo particular e o comportamento da Administração é 
seu fundamento. 
 e) Não prescinde da prova de culpa ou dolo do agente 
administrativo que deve ser comprovada pelo terceiro prejudicado. 
 
A existência do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o 
dano causado ao terceiro não usuário do serviço público é condição 
suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa 
jurídica de direito privado. ,VVR�WRUQD�D�TXHVWmR�³G´�FRUUHWD� 
Gabarito: D 
 
14) (ESAF - 2010 - SMF-RJ - Fiscal de Rendas) No tocante à 
Responsabilidade Civil do Estado, assinale a opção correta, conforme o 
Questões de 
concurso 
 
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entendimento mais recente do Supremo Tribunal Federal sobre a 
matéria. 
a) Os atos jurisdicionais típicos podem ensejar responsabilidade 
civil objetiva do Estado, sem maiores distinções em relação aos atos 
administrativos comuns. 
b) É viável ajuizar ação de responsabilidade diretamente em face 
do agente público causador do dano, ao invés de ser proposta contra a 
pessoa jurídica de direito público. 
c) O Estado não é passível de responsabilização civil objetiva por 
atos praticados por notários. 
d) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado 
prestadoras de serviço público é objetiva em relação aos usuários, bem 
como em relação a terceiros não usuários do serviço público. 
e) Só haverá responsabilidade objetiva do Estado se o ato causador 
do dano for ilícito. 
'LIHUHQWHPHQWH�GR�TXH�DILUPD�D�OHWUD�³D´��H[LVWH�GLVWLQomR�HQWUH�RV�
atos em relação ao particular (atos administrativos comuns). Como já 
falamos, entre particulares, diz-se que a responsabilidade é 
subjetiva (deve ser analisado o aspecto subjetivo, ou o ânimo da 
conduta, daquele que praticou o ato danoso).Quando é o Estado há o 
consenso de que, nesse caso, a responsabilidade é objetiva. Letra 
³D´�HUUDGD�� 
Pessoal à relação é entre o Estado e o indivíduo lesado e entre o 
Estado e o agente estatal que causou o dano. Lembre-se são duas 
UHODo}HV� GLVWLQWDV�� /HWUD� ³E´� HUUDGD�� 1mR� HQWHQGL� SURIHVVRU�� 7HQKD�
paciência que já chegaremos a esse ponto da aula. Como as questões 
VmR� GH� P~OWLSOD� HVFROKD� p� HYLGHQWH� TXH� H[LVWD� XP� ³PL[´� GH� WRGD� D�
matéria. 
Pessoal quando é o Estado quem causa o dano, a 
responsabilidade é objetiva. E não existe essa excludente dos atos 
praticados por notários. Você sabe quem são os notários? São aqueles 
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profissionais do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado o 
exercício da atividade notarial e de registro. Ex.: Tabelião e oficial de 
UHJLVWUR��/HWUD�³F´�HUUDGD�� 
(UD�QD� OHWUD� ³G´�TXH�HX�TXHULD� FKHJDU�� /HPEUD�do julgamento do 
STF que eu falei que poderia cair? Pois é, o RE 591.874 já foi objeto de 
cobrança da ESAF. Lembre-se que, na oportunidade, o STF concluiu que 
³D� UHVSRQVDELOLGDGH� FLYLO� GDV� SHVVRDV� MXUtGLFDV� GH� GLUHLWR� SULYDGR�
prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros 
usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 
6º, da &RQVWLWXLomR�)HGHUDO´�� 
(LV�D�QRVVD�UHVSRVWD�FRUUHWD��/HWUD�³G´ 
Se existir o ato do Estado, seja ele lícito ou ilícito, se houver o dano 
e se foi esse ato que praticou o dano, há o dever do Estado de repará-
OR�����/HWUD�³H´�HUUDGD�� 
*DEDULWR��/HWUD�³G´� 
 
15) (FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador) O regime de 
responsabilidade previsto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal 
brasileira 
a) adota a teoria do risco integral, em que não seadmitem causas 
excludentes ou mitigadoras da responsabilidade estatal. 
b) alcança os atos praticados por particulares prestadores de 
serviços públicos, em relação a usuários e também a não-usuários, 
desde que existente nexo causal entre o evento causador do dano e a 
atividade objeto de delegação estatal. 
c) alcança os atos praticados por pessoa de direito público ou de 
direito privado prestadora de serviços públicos e atividades econômicas 
de relevante interesse coletivo. 
d) não se aplica aos particulares, mesmo aos que prestam serviços 
públicos, visto que esses têm sua responsabilidade regulada pelo 
Código Civil. 
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e) exclui os atos praticados no exercício da função legislativa e 
jurisdicional. 
Mais de uma vez caiu a questão da responsabilidade objetiva com 
relação ao não usuário! 
Você verá abaixo em que consiste a teoria do risco integral. Ela, 
em regra, não é adotada no Brasil, pois há fatos que excluem ou 
reduzem a responsabilidade do Estado, como, por exemplo, a culpa 
exclusiva da vítima, que rompe o nexo de causalidade e afasta o dever 
GR�(VWDGR�GH�LQGHQL]DU��3RU�LVVR��D�OHWUD�³D´�HVWi�HUUDGD��&RPR�YLPRV��R 
regime de responsabilidade previsto no art. 37, § 6º, da Constituição 
Federal, alcança os atos praticados por particulares prestadores de 
serviços públicos, em relação a usuários e também a não-usuários, 
desde que existente nexo causal entre o evento causador do dano e a 
DWLYLGDGH�REMHWR�GH�GHOHJDomR�HVWDWDO��*DEDULWR��/HWUD�³E´� 
1mR�VH�HVTXHoD��D�OHWUD�³F´�HVWi�HUUDGD��SRLV�DV�HPSUHVDV�HVWDWDLV�
que exercem atividade econômica não respondem objetivamente. 
 
16) (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) José, preso 
provisório, atualmente detido em uma Cadeia Pública na cidade de 
Recife mata a golpes de arma branca um de seus oito companheiros de 
cela. Neste caso, o Estado de Pernambuco, em ação civil indenizatória 
movida pela viúva do falecido detento, 
a) será responsabilizado com fundamento na responsabilidade 
subjetiva do Estado. 
b) será responsabilizado apenas se houver comprovação da 
omissão dolosa dos agentes carcerários. 
c) não será responsabilizado, uma vez que o dano foi causado por 
pessoa física que não faz parte dos quadros funcionais do Estado. 
d) não será responsabilizado, na medida em que inexiste prova do 
nexo de causalidade entre a ação estatal e o evento danoso. 
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e) será responsabilizado, independentemente da comprovação de 
sua culpa, com base na responsabilidade objetiva do Estado. 
Para responder a essa questão você deve ter em mente que o 
indivíduo preso está sob a custódia e a responsabilidade do Estado. O 
Estado deve velar por sua proteção, pois foi ele quem tirou a liberdade 
do sujeito e o colocou em cárcere. Assim, os danos sofridos pelos 
presidiários devem ser reparados pelo Estado. Como esse dever de 
cuidado pelos presidiários é um dever básico do Estado, não se verifica 
se este agiu com culpa no ato, a responsabilidade é objetiva. Portanto a 
OHWUD�³H´�p�D�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD� 
 
 
17) (FCC-2010-TCE-AP-Procurador) Nos termos do que dispõe o 
artigo 37, parágrafo 6o da Constituição Federal, no que concerne à 
responsabilidade civil do Estado, este responde sob a modalidade 
a) objetiva, quando se tratar de atos comissivos lícitos ou ilícitos. 
b) objetiva pelos atos comissivos ilícitos e sob a modalidade 
subjetiva pelos atos comissivos lícitos. 
c) subjetiva, quando envolver a imputação de danos morais. 
d) subjetiva, quando envolver imputação de responsabilidade 
subsidiária. 
e) subjetiva, quando envolver a prática de atos omissivos lícitos 
praticados por delegação. 
Sabemos que a responsabilidade civil do Estado é a obrigação do 
Estado de indenizar (reparar) dano (prejuízo) causado a terceiro em 
razão de conduta, comissiva (ação) ou omissiva, lícita ou ilícita, de seus 
agentes atuando nessa condição. Anotado tal observação, lembre-se de 
que quando a responsabilidade do Estado for objetiva este responderá 
pelos danos causados por seus agentes independentemente de culpa. 
5HVSRVWD�FRUUHWD�OHWUD�³D´� 
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18) (FCC - 2014 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 
Prova 1) Em matéria de responsabilidade civil das pessoas jurídicas de 
direito privado prestadoras de serviço público, nos termos do art. 37, § 
6º , da Constituição Federal, a jurisprudência mais recente do Supremo 
Tribunal Federal alterou entendimento anterior, de modo a considerar 
que se trate de responsabilidade 
a) objetiva relativamente a terceiros usuários e a terceiros não 
usuários do serviço. 
b) subjetiva relativamente a terceiros usuários e a terceiros não 
usuários do serviço. 
c) objetiva relativamente a terceiros usuários, e subjetiva em 
relação a terceiros não usuários do serviço. 
d) subjetiva relativamente a terceiros usuários, e objetiva em 
relação a terceiros não usuários do serviço. 
e) subjetiva, porém decorrente de contrato, relativamente a 
terceiros usuários, e objetiva em relação a terceiros não usuários do 
serviço. 
O Supremo Tribunal Federal definiu que há responsabilidade civil 
objetiva do Estado, ou seja, dever de indenizar os danos causados 
independente da culpa, das empresas que realizam serviço público, 
mesmo quando se tratando de terceiros, aqueles que não são usuários 
do serviço. 
*DEDULWR��/HWUD�³D´� 
 
2.3. Nexo causal 
Nexo causal ou causalidade material é o elo que existe entre o 
dano e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do 
agente público ou da entidade de direito privado prestadora de serviços 
públicos. Ele responde à seguinte pergunta: O ato praticado pelo Estado 
gerou o dano? 
Novamente, trazemos outra questão jurisprudencial relevante! 
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O STJ (Resp 858.511) e o STF (AI 239.107) já sedimentaram o 
entendimento no sentido de que o dever do Estado de assegurar a 
segurança pública não significa que ele seja responsável por reparar 
todos aqueles que foram vítimas de crimes ocorridos em locais públicos. 
O Estado não é um segurador universal. 
(P�LQWHUHVVDQWH�FDVR��R�67-�FRQVLJQRX�TXH�³QmR�Ki�FRPR�DILUPDU�
que a deficiência do serviço do Estado (que propiciou a evasão de 
menor submetido a regime de semi-liberdade) tenha sido a causa direta 
e imediata do tiroteio entre o foragido e um seu desafeto, ocorrido oito 
GLDV�GHSRLV��GXUDQWH�R�TXDO�IRL�GLVSDUDGD�D�µEDOD�SHUGLGD¶�TXH�DWLQJLX�D�
vítima, nem que esse tiroteio tenha sido efeito necessário da referida 
deficiênFLD³� �5(VS� ����������$IDVWRX-se, nesse caso, o nexo causal 
entre o evento danoso e a ação ou omissão do Estado. 
 
 
 
 
 
 
19) (2014/FCC/SABESP/Advogado) Analise a seguinte assertiva: 
Desastres ocasionados por chuvas, tais como, enchentes, inundações e 
destruições, excluem a responsabilidade estatal. 
 
A assertiva em questão; 
a) não está correta, pois inexiste excludente da responsabilidade 
estatal, sendo hipótese de responsabilidade subjetiva. 
b) está correta, não comportando exceção. 
c) não está correta, pois, em regra, o Estado responde diante de 
fatos decorrentes da natureza. 
d) está correta, mas se for comprovado que o Estado omitiu-se no 
dever de realizar certos serviços, ele responderá pelos danos. 
Questões de 
concurso 
 
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e) não está correta, pois o Estado sempre responde objetivamente. 
 RESPOSTA: 
 A responsabilidade civil da Administração decorre da existência de 
uma falta do serviço ou omissão administrativa na realização de obras 
necessárias que poderiam prevenir, evitar ou atenuar os efeitos 
danosos das enchentes ou transbordamentos de rios, córregos, 
represas ou de galerias de águas pluviais, ainda quando verificado seu 
volume e constância. Assim, no caso em questão, há responsabilidade 
civil da Administração em razão da omissão dos serviços que poderiam 
ter evitado o dano. 
 Gabarito: D 
 
20) (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área 
Judiciária / Direito Administrativo / Responsabilidade civil do estado; ) 
O motorista de um automóvel de passeio trafegava na contra-mão 
de direção de uma avenida quando colidiu com uma ambulância 
estadual que transitava na mão regular da via, em alta velocidade 
porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do 
acidente deve ser imputada 
a) ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contra- mão, dando 
causa ao acidente, não havendo nexo de causalidade para ensejar a 
responsabilidade do Estado. 
b) ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) 
estava envolvido no acidente, o que enseja a responsabilidade objetiva. 
c) ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada 
a culpa do motorista da ambulância. 
d) tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade 
subjetiva, em razão de culpa concorrente. 
e) ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade 
objetiva no que concerne aos danos apurados na viatura estadual. 
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Como vimos anteriormente, o ato praticado pelo Estado gerou o 
dano? Na hipótese tratada, podemos afirmar que não. O particular que 
e invadiu a contra- mão deve ser responsabilizado, pois este que 
causou o acidente. 
Gabarito: Letra ³D´� 
2.4. Ato estatal 
Quanto ao ato estatal, não se pode perder de vista que a 
UHVSRQVDELOLGDGH� REMHWLYD� DOFDQoD� ³DV� SHVVRDV� MXUtGLFDV� GH� GLUHLWR�
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos´��
Desse modo, as entidades do terceiro setor (sisWHPD� ³6´��� RV�
cartórios extrajudiciais e as empresas públicas e sociedades de 
economia mista prestadoras de serviço público estão sujeitas à 
responsabilidade objetiva. 
Não se sujeitam à responsabilidade objetiva, por outro lado, as 
empresas estatais que executam atividade econômica. 
Além disso, não é demais lembrar, conforme lição de Gasparini 
(2008, p. 1044), que o agente público causador do dano deve estar no 
exercício de seu cargo, emprego ou função pública da mesma forma 
que o empregado da empresa prestadora de serviço público deve estar 
no desempenho de suas atribuições. 
 
2.5. Excludentes de responsabilidade 
A excludente de responsabilidade não é elemento da 
responsabilidade civil, pelo contrário, é elemento que retira do Estado a 
responsabilidade pelo dano. Bandeira de Mello (2010, p. 1023-1024) 
ensina que todas as excludentes rompem o nexo de causalidade. 
São elas: 
x culpa exclusiva da vítima ou de um terceiro (aplicação da 
teoria do risco administrativo); e 
x caso fortuito e a força maior. 
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IMPORTANTE: Se houver culpa da vítima e, ao mesmo tempo, ato 
estatal danoso, haverá uma redução do valor da indenização na 
proporção da participação da vítima pelo evento danoso (art. 945 do 
Código Civil). É o que se denomina culpa concorrente. 
Assim, temos: 
 
Culpa concorrente Reduz o valor da 
indenização 
 
IMPORTANTE: Di Pietro (2009, p. 649) observa que a culpa de 
terceiro não retira a responsabilidade daquele que presta serviço 
público de transporte, uma vez que o art. 735 do Código Civil prevê que 
a responsabilidade do transportador por acidente com passageiro não é 
elidida por culpa de terceiro. 
 
 
 
21) (FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) Diz-se, na linguagem comum, que o Poder Público 
responde civilmente com ou sem culpa. Quando se diz que a 
UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�GRV�HQWHV�S~EOLFRV�p�³VHP�FXOSD´��WHFQLFDPHQWH�VH�
está querendo explicar a modalidade de responsabilidade civil aplicável 
aos mesmos, ou seja, fazer referência à Responsabilidade 
a) objetiva, modalidade de responsabilidade civil que prescinde de 
comprovação de culpa do agente público, embora não afaste a 
necessidade de demonstração do nexo de causalidade entre o ato e os 
danos por este causados. 
b) objetiva, modalidade de responsabilidade civil que independe da 
comprovação de culpa e nexo de causalidade entre ação ou omissão de 
agente público e os danos causados em decorrência desses. 
Questões de 
concurso 
 
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c) subjetiva, modalidade de responsabilidade civil que depende de 
comprovação de culpa do agente ou do serviço público para 
configuração do nexo de causalidade, aplicável nos casos de ação e 
omissão. 
d) objetiva ou subjetiva, aplicável a primeira nos casos de omissão 
e a segunda nos casos de atos comissivos praticados por agentes 
públicos, cuja culpa deve obrigatoriamente ser demonstrada. 
e) objetiva pura, que independe da existência de culpa, da 
comprovação de nexo de causalidade e não admite qualquer excludente 
de responsabilidade. 
$�UHVSRQVDELOLGDGH�FLYLO�GRV�HQWHV�S~EOLFRV� ³VHP�FXOSD´�� FRQIRUPH�
exposto na questão, é a responsabilidade civil objetiva do Estado, na 
qual não é necessária a presença do elemento culpa, bastando tão 
somente o dano e o nexo causal. 
*DEDULWR��/HWUD�³D´� 
 
2.6. Elemento subjetivo 
O elemento subjetivo também não é um dos elementos da 
responsabilidade civil do Estado, uma vez que a regra no direitobrasileiro é a responsabilidade objetiva. 
MUITA ATENÇÃO!!!! 
É importante observar, contudo, que o art. 37, § 6º, da CF, 
menciona a culpa do agente causador do dano como elemento a 
ensejar a sua responsabilidade pessoal perante o Estado. 
CUIDADO: Essa culpa não tem qualquer relação com a vítima que 
sofreu o dano por ato do Estado. Essa culpa tem relevância apenas para 
o Estado, que vai poder ressarcir os cofres públicos, cobrando de seu 
servidor o valor da indenização paga à vítima, quando esse servidor 
praticou o dano com dolo ou culpa. 
Verifica-se, desse modo, se o agente estatal atuou com 
imprudência, imperícia e negligência. Essa comprovação deverá ocorrer 
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em processo administrativo ou judicial que assegure ao agente público 
a ampla defesa e o contraditório. Caso tenha havido culpa do agente, o 
Estado pode cobrar dele o valor ressarcido ao indivíduo que sofreu o 
dano. Essa cobrança se opera por meio de processo administrativo ou 
por meio de ação regressiva (=ação judicial do Estado contra o 
servidor que praticou o dano ao particular, onde se verifica se esse 
agente público agiu com dolo ou culpa no evento danoso. Verificado o 
elemento subjetivo, o agente público deve ressarcir ao Estado o valor 
que este desembolsou para indenizar o particular). 
NÃO CONFUNDA: AQUI FALAMOS DE DUAS RELAÇÕES JURÍDICAS: 
 
Estado indivíduo lesado 
 
Estado agente estatal que causou o dano 
 
Na primeira relação, o objetivo é reparar o dano sofrido pelo 
indivíduo lesado. Nessa relação, não se discute culpa. Na segunda, o 
objetivo é do Estado de recompor os cofres públicos em razão do valor 
gasto por ele, Estado, para ressarcir a vítima do dano. Nesta última, o 
Estado só vai conseguir cobrar de seu servidor (por meio de processo 
administrativo ou ação regressiva) se este praticou o ato danoso com 
dolo ou culpa. 
Assim, não se esqueça: Como o Estado vai promover essa 
cobrança perante o seu servidor? 
De duas maneiras, ou por meio de uma demanda judicial chamada 
³DomR�UHJUHVVLYD´�RX�SRU�PHLR�GH�XP�SURFHVVR�DGPLQLVWUDWLYR� 
 
 
 
22) (FUNCAB ± 2015 - CRC-RO ± Contador) Um acidente ocorreu 
quando um agente público dirigia um caminhão. O veículo, cuja 
Questão de 
concurso 
 
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propriedade é titularizada por um ente da administração direta, chocou-
se com outro automóvel. A causa do desastre foi a falta de manutenção 
dos freios do veículo público, que deveria ter sido feita por uma 
empresa contratada. Condenada a indenizar os prejuízos, a 
Administração Pública: 
 a) não poderá exercer o direito de regresso porque tal 
possibilidade é vedada na hipótese em que a Administração Pública é 
condenada. 
 b) poderá promover a denunciação da lide para obter a 
condenação de seu agente condutor, em razão da caracterização da 
responsabilidade subjetiva deste último. 
 c) poderá obter a condenação do agente público condutor em 
ação autônoma, exercendo o direito de regresso em face do funcionário 
já que a hipótese revela sua culpa. 
 d) poderá promover denunciação da lide para obter a condenação 
do agente condutor, em razão da caracterização da responsabilidade 
objetiva deste último. 
 e) não poderá promover ação regressiva em face de seu agente 
condutor em razão de sua responsabilização submeter-se ao modelo da 
responsabilidade subjetiva. 
Quando se trata de responsabilidade objetiva (se houve dolo ou 
culpa) a Administração deverá indenizar o particular e para que isso 
ocorra, basta a constatação do nexo de causalidade entre a atuação 
estatal e o dano. Todavia para que ocorra a responsabilidade subjetiva 
(Ex: Ação de regresso), é indispensável a comprovação de dolo ou 
culpa do agente, que não foi o caso em comento, uma vez que a culpa 
foi da empresa. 
Gabarito ± Letra E. 
 
 
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23) (FCC - 2010 - TRE-RS - Técnico Judiciário) É certo que, pelos 
danos que o agente público, nessa qualidade, causar a terceiros 
a) não cabe ação regressiva contra agente, mesmo que tenha 
agido com culpa ou dolo, se o Estado reparou os danos. 
b) o Estado somente responde pelos danos se o agente agiu com 
dolo ou culpa. 
c) a ação para reparação dos danos deve ser movida direta e 
unicamente contra o agente causador do dano. 
d) o Estado responde objetivamente, isto é, independentemente de 
culpa ou dolo do agente. 
e) não cabe indenização porque naquele momento o agente 
representa o Estado. 
$SyV�HVWXGDU�ILFD�IiFLO��QmR�ILFD"�9LPRV�TXH�D�OHWUD�³D´�HVWi�HUUDGD��
porque cabe ação regressiva do Estado contra o agente público 
FDXVDGRU�GR�GDQR�VH�HOH�DJLX�FRP�FXOSD�RX�GROR��$�OHWUD�³E´�HVWi�HUUDGD��
pois contraria a teoria do risco administrDWLYR��$�³F´�HVWi�HUUDGD��SRLV�a 
reparação dos danos deve ser promovida contra o Estado, pois é 
SHUDQWH�HOH�TXH�D�UHVSRQVDELOLGDGH�p�REMHWLYD��$� OHWUD�³H´�HVWi�HUUDGD��
pois ela fala que o Estado é irresponsável. Por fim, observamos que a 
FRUUHWD�p�D�OHWUD�³G´��SRLV�FRUUHVSRQGH�j�UHGDomR�GR�parágrafo 6º do art. 
37 da Constituição, que você deve ler novamente: 
 
 
 
 
 
24) (FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do 
Município) O Município foi condenado a indenizar particular por danos 
sofridos em razão da omissão de socorro em hospital da rede pública 
municipal. Poderá exercer direito de regresso em face do servidor 
envolvido no incidente 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
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a) com base na responsabilidade objetiva do mesmo, bastando a 
comprovação do nexo de causalidade entre a atuação do servidor e o 
dano. 
b) apenas se comprovar a inexistência de causas excludentes de 
responsabilidade, situação em que estará configurada a 
responsabilidade objetiva do servidor. 
c) independentemente da comprovação de dolo ou culpa, desde 
que constatado descumprimento de dever funcional. 
d) com base na responsabilidade subjetiva do servidor, 
condicionada à comprovação de dolo ou culpa. 
e) desde que comprove conduta omissiva ou comissiva dolosa, 
afastada a responsabilidade no caso de culpa decorrente do exercício de 
sua atividade profissional. 
Verifica-se que o agente agiu com dolo ou culpa no evento danoso, 
lembrado que se verifica o elemento subjetivo e não objetivo. 
$OWHUQDWLYD�³D´�HUUDGD� A responsabilidadeobjetiva é do Estado 
Não cabe direito de regresso quando comprovada a inexistência de 
responsabilidade, afinal, a excludente de responsabilidade não é 
elemento da responsabilidade civil, pelo contrário, é elemento que retira 
do Estado a responsabilidade pelo dano��/HWUD�³E´�HUUDGD� 
Na ação de regresso, necessariamente deve-se verificar se o 
agente agiu com dolo ou culpa. Letra ³F´�HUUDGD� 
$OWHUQDWLYD�³H´�FRPSOHWDPHQWH�VHP�OyJLFD� 
*DEDULWR��/HWUD�³G´� 
 
25) (FCC-2014-PGE/RN-Procurador do Estado de Terceira Classe) 
O Estado foi condenado judicialmente a indenizar cidadã por danos 
sofridos em razão da omissão de socorro em hospital da rede pública, 
eis que o hospital negou-se a realizar parto iminente alegando falta de 
leito disponível. Diante de tal condenação, entende-se que o Estado 
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poderá exercer direito de regresso em face do servidor que negou a 
internação: 
 a) desde que comprove conduta omissiva ou comissiva dolosa, 
afastada a responsabilidade no caso de culpa decorrente do exercício de 
sua atividade profissional. 
 b) com base na responsabilidade objetiva do mesmo, bastando a 
comprovação do nexo de causalidade entre a atuação do servidor e o 
dano. 
 c) com base na responsabilidade subjetiva do mesmo, que decorre 
automaticamente da condenação do Estado, salvo se comprovadas, pelo 
servidor, causas excludentes de responsabilidade. 
 d) independentemente da comprovação de dolo ou culpa, desde 
que constatado descumprimento de dever funcional. 
 e) com base na responsabilidade subjetiva do servidor, 
condicionada à comprovação de dolo ou culpa. 
 
A questão afirma que haverá o direito de regresso, então temos 
que ver em qual circunstância ele ocorre. Já estudamos que poderá ser 
com quando houver a responsabilidade subjetiva do servidor, 
condicionada à comprovação de dolo ou culpa. 
Gabarito: E 
 
26) (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo - Auditoria 
de Obras Públicas) O direito de regresso da Administração em face de 
agentes públicos que, nessa qualidade, causem danos a terceiros 
a) independe de comprovação de dolo ou culpa, dada a sua 
natureza objetiva. 
b) depende da comprovação de conduta dolosa ou de culpa grave, 
afastada quando configurada responsabilidade objetiva do Estado. 
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c) depende da comprovação de dolo ou culpa, que, quando 
inexistente, afasta também a responsabilidade da Administração 
perante o particular. 
d) depende da comprovação da responsabilidade subjetiva do 
agente, com a caracterização da conduta dolosa ou culposa. 
e) prescinde da comprovação do nexo de causalidade, bastando a 
configuração da falha na prestação do serviço. 
Meu caro, não há o que se discutir. A ação regressiva é ação 
judicial do Estado contra o servidor que praticou o dano ao particular, 
onde se verifica se esse agente público agiu com dolo ou culpa no 
evento danoso. Verificado o elemento subjetivo, o agente público deve 
ressarcir ao Estado o valor que este desembolsou para indenizar o 
particular. 
GabarLWR��/HWUD�³G´� 
 
27) (FCC - 2013 - TJ-PE ± Juiz) Considere este dispositivo 
constitucional: 
Art. 37, § 6o : As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo 
ou culpa. 
Analise a seguinte sentença que contém duas asserções: 
Caso um agente público, nessa qualidade, cause dolosamente dano 
a terceiro, o Estado responderá, mas o fundamento da responsabilidade 
civil do Estado não será o art. 37, § 6o , da Constituição Federal, 
PORQUE o art. 37, § 6o , da Constituição Federal, trata da 
responsabilidade objetiva do Estado. 
É correto afirmar que 
a) a primeira asserção está correta e a segunda está incorreta. 
b) a primeira asserção está incorreta e a segunda está correta. 
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c) as duas asserções estão incorretas. 
d) as duas asserções estão corretas e a segunda justifica a 
primeira. 
e) as duas asserções estão corretas e a segunda não justifica a 
primeira. 
De fato o dispositivo citado trata da Responsabilidade Objetiva do 
Estado, porém, a primeira assertiva está incorreta, visto que o Estado 
responderá pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem 
a terceiros, portanto o dispositivo é fundamento sim para a 
responsabilização do Estado mesmo que agente tenha agido com culpa 
ou dolo. 
 
*DEDULWR��/HWUD�³E´� 
 
3) Aplicação da teoria da culpa do serviço 
no Brasil 
 
MUITA ATENÇÃO! VAI CAIR COM CERTEZA NA SUA PROVA! 
Espere um pouco! Eu falei acima que o Brasil adota a 
responsabilidade objetiva. Mas, há hipóteses em que a teoria da culpa é 
adotada no Brasil? 
Há sim, meus amigos! 
Apesar de divergência doutrinária, para concursos públicos 
prevalece o entendimento de que é aplicável a teoria da culpa do 
serviço no Brasil quando o assunto é prestação de serviços públicos pelo 
Estado. 
Como vimos acima, essa teoria tem por fundamento a 
responsabilidade subjetiva do Estado, porém não se trata da culpa 
individual do agente estatal, mas sim do serviço prestado pelo Estado 
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quando ele não funciona, devendo funcionar, funciona mal ou funciona 
atrasado. 
Assim, ocorre a responsabilidade subjetiva do Estado 
quando o serviço público é prestado de maneira aquém do que 
se esperava e essa deficiência causou danos, ou seja, quando o 
Estado se omitiu na prestação de um serviço público. 
O Estado, nesse caso, pode comprovar que não agiu de forma 
negligente e se eximir da responsabilidade. 
O STF já teve a oportunidade de se manifestar no seguinte sentido: 
³Tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil 
por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, esta numa de suas 
três vertentes, a negligência, a imperícia ou a imprudência, não sendo, 
entretanto, necessário individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao 
VHUYLoR�S~EOLFR��GH�IRUPD�JHQpULFD��D�IDOWD�GR�VHUYLoR´��5(����������� 
O STJ, analisando a responsabilidade civil do Estado por não ter 
removido entulho acumulado à beira de uma estrada, para evitar que 
ele atingisse uma casa próxima e causasse o dano, concluiu que se 
tratava de responsabilidade civil subjetiva e que não era devida a 
indenização, pois a autora não comprovou a culpa do Estado (REsp 
721.439). 
Assim, vale a regra: aplica-se a teoria da culpa nas hipóteses de 
omissãona prestação de serviços públicos pelo Estado. 
Entretanto, a jurisprudência já verificou, em casos excepcionais, 
que, mesmo nas hipóteses de omissão na prestação de serviços 
públicos, será aplicada a teoria do risco administrativo (não se verifica 
se houve culpa: responsabilidade objetiva). MUITO IMPORTANTE!!! 
CONSTITUI EXCEÇÃO À REGRA!!! 
Somente em casos extremos é que a jurisprudência adota a 
teoria da responsabilidade objetiva (teoria do risco administrativo) nos 
casos de omissão estatal. Recentemente, o STF reconheceu a obrigação 
do Estado de Pernambuco de custear as despesas necessárias à 
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realização de cirurgia de implante de marcapasso em cidadão que ficou 
tetraplégico em decorrência de assalto ocorrido em via pública. No caso, 
constatou-se a grave omissão, permanente e reiterada, por parte do 
Estado em prestar o adequado serviço de policiamento ostensivo, nos 
locais notoriamente passíveis de práticas criminosas violentas. A 
responsabilidade objetiva foi reconhecida para fazer prevalecer o direito 
à vida, à autonomia existencial e à busca da felicidade, uma vez que a 
cirurgia devolveria ao lesado a condição de respirar sem a dependência 
do respirador mecânico (STA 223). 
 
 
 
28) (2015-FCC-SEFAZ/PI-Analista do Tesouro Estadual) 
Autoridades policiais efetuaram a prisão de determinado cidadão, sob a 
acusação de prática de ilícito penal qualificado. Durante a tramitação da 
ação penal, o réu persistia alegando sua inocência, afirmando que 
jamais estivera no local dos fatos. Dois anos após o início da ação 
penal, em atendimento de urgência, as autoridades policiais locais 
efetuaram a prisão em flagrante de outro cidadão pela prática de crime 
da mesma natureza daquele que motivou a condenação acima 
mencionada, ocasião em que se constatou homonímia em relação às 
duas pessoas. Checados os documentos de identificação, restou 
apurado que coincidiam, não só o nome dos homônimos, mas também 
de suas genitoras. O primeiro cidadão mencionado terminou por ser 
absolvido e posto em liberdade. Em relação a este, considerando o 
período em que foi injustamente privado de sua liberdade: 
 a) responde civilmente o Estado, sob a modalidade subjetiva, na 
medida em que os atos de determinar e efetuar a prisão são de 
natureza comissiva e, como tal, prescindem da demonstração de culpa 
dos agentes públicos. 
Questão de 
concurso 
 
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b) responde civilmente o Estado em razão da ação ou omissão das 
autoridades policiais, não se podendo imputar responsabilidade baseada 
na atuação do magistrado da ação penal, tendo em vista que não pode 
ser considerado servidor público e, portanto, agente público para fins de 
responsabilização. 
c) não responde civilmente o Estado, em razão dos agentes 
públicos terem agido em estrito cumprimento do dever legal, o que 
exclui a responsabilidade ainda que seja identificado nexo de 
causalidade entre a ação estatal e os danos causados. 
 d) responde civilmente o Estado no caso de ser demonstrada ação 
ou omissão dos agentes públicos ou mesmo do serviço, incluído o 
magistrado que atuou na ação penal, que forme nexo de causalidade 
com os danos experimentados pelo cidadão que ficou preso 
indevidamente. 
 e) não responde civilmente, salvo se ficar comprovada culpa do 
magistrado, ou seja, que tinha como identificar a homonímia, não se 
estendendo a responsabilização à atuação dos agentes policiais, em 
razão do ato ser escopo de sua atuação. 
 
Em todas as questões de responsabilidade civil, temos que analisar 
cada detalhe do caso concreto contado pela banca. Então identificamos 
que há a presença do Estado e um particular que sofreu um dano em 
sua vida por ter sido preso equivocadamente. Ficou constatado que o 
houve um erro dos agentes do Estado na apuração do crime, vindo a 
restringir a liberdade de um cidadão inocente. Apenas libertando o 
cidadão tá tudo certo?! Claro que não. Terá que ser verificado se houve 
ação ou omissão dos agentes policiais no serviço, e todos os demais 
agentes do Estado envolvidos na prisão do cidadão inocente, incluindo o 
magistrado que decretou a prisão. Assim, o estado responderá 
civilmente no caso da demonstração da ação ou omissão de seus 
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agentes, e que formam o nexo de causalidade com os danos que o 
cidadão sofreu. 
Logo, nosso gabarito será letra D. 
 
29) (ESAF - 2004 - MRE - Assistente de Chancelaria) Acerca de 
responsabilidade civil do Estado, marque a opção correta. 
a) O Estado não responde civilmente pelos danos causados por 
seus servidores, a não ser quando demonstrada a culpa desses no 
evento danoso. 
b) O Estado não pode cobrar do seu servidor a indenização que 
pagou a particular, a título de responsabilidade civil, mesmo que prove 
a culpa do servidor no evento. 
c) Segundo as regras da responsabilidade civil do Estado entre nós, 
mesmo que o particular também seja culpado pelo dano causado, o 
Estado sempre responderá inteiramente pelo prejuízo suportado pelo 
cidadão. 
d) Em se tratando de atividade lícita do Estado, levada a cabo de 
acordo com o direito, eventuais danos sofridos por particulares não 
serão ressarcidos a título de responsabilidade civil do Estado. 
e) O Estado também é responsável civilmente por omissão de seus 
agentes, que cause dano a particulares. 
Meu caro, ATENÇÃO: A regra no Brasil, como vimos, é a adoção da 
teoria do risco administrativo (responsabilidade objetiva do Estado). A 
teoria da culpa só é adotada em caso de omissão do Estado ao não 
prestar (ou mal prestar) um serviço que deveria prestar. Assim, letra 
³D´�HUUDGD� 
Caso ocorra culpa do agente, o Estado pode cobrar dele o valor 
ressarcido ao indivíduo que sofreu o dano (em ação regressiva ou 
processo administrativo). /HWUD�³E´�HUUDGD�� 
Se houver culpa da vítima e, ao mesmo tempo, ato estatal danoso, 
KDYHUi�FXOSD�FRQFRUUHQWH��/HWUD�³F´�HUUDGD�� 
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A responsabilidade é objetiva, ou seja, se existir o ato do Estado, 
seja ele lícito ou ilícito, se houver o dano e se foi esse ato que 
praticou o dano, há o dever do Estado de repará-lo. 0HPRUL]H��/HWUD�³G´�
errada. 
2�JDEDULWR�FRUUHWR�p�D�OHWUD�³H´��SRLV�R�DWR�HVWDWDO�TXH�JHUD�R�GHYHU�
de indenizar pode ser uma ação ou uma omissão do agente público. 
 
 
30) (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área 
Judiciária ) Numa ocorrência de acidente de trânsito envolvendo uma 
viatura oficial da polícia militar e um carro particular, os agentes 
públicos

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