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Aula 05 Noções de Direito Administrativo p/ ANS - Técnico em Regulação Professor: Daniel Mesquita Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita AULA 05: Agentes Públicos. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO À AULA 05 2 2. BASE CONSTITUCIONAL E LEGAL 2 3. CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS 13 A. AGENTES POLÍTICOS 14 B. SERVIDORES PÚBLICOS 20 C. MILITARES 24 D. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO 24 4. FUNÇÕES, CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS 28 A. CRIAÇÃO DE CARGOS 36 B. ACESSIBILIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS 38 C. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO 42 D. CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA 77 E. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO 92 F. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO SINDICAL E DIREITO DE GREVE 98 G. REMUNERAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 105 H. SERVIDORES EM EXERCÍCIO DE MANDATOS ELETIVOS 129 5. RESUMO DA AULA 138 6. QUESTÕES 147 7. REFERÊNCIAS 185 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 1. Introdução à aula 05 Nesta aula 05��DERUGDUHPRV�D�PDWpULD�³Agentes públicos. Espécies e classificação. Cargo, emprego e função públicos.´� Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera da prova! Chega de papo, vamos a luta! 2. Base constitucional e legal O art. 37 da Constituição Federal contém algumas das mais importantes disposições constitucionais aplicáveis à administração pública em geral, em todas as esferas de governo. No art. 38, CF, estão previstas regras aplicáveis ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional que esteja no exercício de mandato eletivo. O art. 39, CF, traz regras especificamente aplicáveis aos servidores públicos estatutários. No art. 40, CF, está disciplinado o regime previdenciário desses servidores públicos (Regime Próprio de Previdência Social ± RPPS). Por fim, o art. 42, CF, trata dos militares. Vamos falar rapidamente por alguns desses dispositivos constitucionais, que são bastante cobrados em provas de concursos, antes de entrarmos nos detalhes relativos aos agentes públicos. O art. 37, inciso I, da CF, estabelece que, para o preenchimento dos cargos, funções e empregos públicos no Brasil, aplica-se o princípio da ampla acessibilidade, garantindo essa possibilidade a todos os brasileiros, natos ou naturalizados, que preencherem os requisitos e aos estrangeiros, de acordo com a previsão legal. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Isso quer dizer que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. Em relação às pessoas portadoras de necessidades especiais, a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos e definirá os critérios de sua admissão. O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. Quanto à função de confiança e ao cargo em comissão, são destinados apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. A função de confiança é exercida exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo enquanto o cargo em comissão é exercido por qualquer pessoa, desde que cumpridos os requisitos legais e obedecidos os percentuais mínimos previstos em lei para servidores de carreira. Em seu art. 37, inciso IX, a Constituição Federal prevê a possibilidade de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, cujos casos serão estabelecidos em lei. É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical e o direito de greve. No tocante à remuneração ou subsídio dos servidores públicos, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. Além disso, a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, deverão limitar-se ao teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI, da CF. Essa regra também se aplica às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. Não serão computadas, para efeito do teto remuneratório, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Além disso, em regra, o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis. A retribuição por subsídio foi fixada na CF para os seguintes cargos públicos: chefes do Poder Executivo de todas as ordens políticas; auxiliares imediatos do Poder Executivo; membros do Poder Legislativo; magistrados federais e estaduais; membros do MP; ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas; membros da AGU; procuradores federais e estaduais; defensores públicos; servidores policiais; demais servidores organizados em carreira, desde que a lei que disciplina sua remuneração opte pelo subsídio. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Quanto à acumulação remunerada de cargos públicos, a regra é sua vedação. Entretanto, o texto constitucional, em seu art. 37, inciso XVI, traz exceções, desde que haja compatibilidade de horários e seja respeitadoo referido teto remuneratório: 1. Dois cargos de PROFESSOR; 2. Um cargo de PROFESSOR com outro, TÉCNICO OU CIENTÍFICO; 3. Dois cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE, com profissões regulamentadas. Lembre-se que a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. No caso de servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes regras: 1) Mandato eletivo federal, estadual ou distrital: afastamento do cargo, emprego ou função; 2) Mandato de Prefeito: afastamento do cargo, emprego ou função, com possibilidade de escolher sua remuneração; 3) Mandato de Vereador: há duas possibilidades ĺ a) compatibilidade de horários: vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b) sem compatibilidade de horários: aplicação da regra do mandato de prefeito; 4) No caso de afastamento do cargo, emprego ou função, o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. Além disso, para 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita efeito de benefício previdenciário, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Com base no art. 39 da Constituição Federal, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime de servidor público para determinada ordem política, ou seja, uma lei que regule todos os servidores públicos de cargos efetivos de cada ente político (União, Estados, DF e municípios). Apesar de a EC nº 19/98 ter alterado a redação do supracitado dispositivo para afastar a obrigatoriedade do regime jurídico único dos servidores, o STF, no dia 2 de agosto de 2007, concedeu medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até decisão final da ação, a eficácia da nova redação do dispositivo para manter a redação original da Constituição. Ou seja, o STF afastou a EC 19/98 e fez prevalecer a necessidade de regime jurídico único até os dias atuais. O art. 40 da Constituição Federal trata do regime de previdência social aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do DF e dos municípios, incluídas as respectivas autarquias e fundações (RPPS), ou seja: regime próprio de previdência social dos servidores públicos efetivos. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Esse regime é diferente do regime geral (RGPS), disciplinado no art. 201, CF, a que estão sujeitos os demais trabalhadores, não só os da iniciativa privada regidos pela CLT, autônomos e outros, mas também os servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, cargo temporário e emprego público. OBS: o regime geral de previdência aplica-se subsidiariamente aos servidores públicos submetidos ao regime próprio. O regime tem caráter contributivo e solidário. Dessa forma, não importa apenas o tempo de serviço do servidor; para fazer jus à aposentadoria, só será computado o tempo de efetiva contribuição do beneficiário. É vedado ao legislador estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40, § 10, da Constituição). A instituição desse regime foi mantida em caráter facultativo para Estados e Municípios. Devem contribuir para o sistema o ente público, os servidores ativos e inativos e os pensionistas. As contribuições devem observar critérios que preserve o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema (art. 40, caput, da CF). No art. 40, §1º, a Constituição Federal prevê 3 modalidades de aposentadoria: 1. INVALIDEZ PERMANENTE: com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, em todos os casos, exceto quando a invalidez decorrer de acidente de serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 2. COMPULSÓRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade, independente de ser homem ou mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. OBS: somente dará direito a proventos integrais se o funcionário já tiver completado o tempo de contribuição exigido para a aposentadoria voluntária, ou seja, 35 anos, para homem, e 30 para a mulher. 3. VOLUNTÁRIA: pode se dar com proventos integrais ou proporcionais. São 4 requisitos para aposentadoria voluntária com proventos integrais: ł�WHPSR�GH�HIHWLYR�VHUYLoR�S~EOLFR�����DQRV� ł� WHPSR� GH� VHUYLoR� QR� FDUJR� HIHWLYR� HP� TXH� VH� GDUi� D� aposentadoria: 5 anos; ł�LGDGH�PtQLPD�����DQRV��SDUD�R�KRPHP��H�����SDUD�D�PXOKHU� ł�WHPSR�GH�FRQWULEXLomR�����DQRV�SDUD�R�KRPHP�H����SDUD�D� mulher. Já para a aposentadoria voluntária com proventos proporcionais são apenas 3 requisitos: ł�WHPSR�GH�HIHWLYR�VHUYLoR�S~EOLFR�����DQRV� ł� WHPSR� GH� VHUYLoR� QR� FDUJR� HIHWLYR� HP� TXH� VH� GDUi� D� aposentadoria: 5 anos; ł�LGDGH�PtQLPD�����DQRV��SDUD�R�KRPHP��H�����SDUD�D mulher. ATENÇÃO, PARA PROVENTOS PROPORCIONAIS não se exige um tempo mínimo de contribuição, porém os proventos serão proporcionais ao tempo de contribuição. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 4. ESPECIAL: cabível para o professor, para o deficiente físico, para os que exerçam atividades de risco e para aqueles cuja atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, não sendo admitido qualquer outro tratamento especial (art. 40, §§ 4º e 5º, da CF). A aposentadoria especial do professor é a única que tem seus requisitos expressos já no texto constitucional. No caso de professor ou professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e ensino fundamental e médio, o tempo de contribuição e o limite de idade dão reduzidos em 5 anos para a concessão de aposentadoria voluntária com proventos integrais. Perceba que os professores universitários estão excluídos desse tratamento diferenciado. Ademais, não inclui aaposentadoria voluntária com proventos proporcionais. As demais hipóteses de aposentadoria especial possuem sua concretização condicionada à definição por lei complementar. Na contagem do prazo para aquisição do direito à aposentadoria, o servidor pode considerar o tempo de contribuição tanto federal, quanto estadual ou municipal (art. 40, §9º, CF). Além disso, aplica-se o princípio da reciprocidade, que admite o aproveitamento do tempo de contribuição por serviço prestado à atividade privada (art. 40, §3º, CF). Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do RPPS. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita O art. 40, §3º, da Constituição Federal, é a regra constitucional responsável pelo fim da aposentadoria com proventos integrais do servidor público. Os proventos não corresponderão, como antes era possível, ao valor da última remuneração do servidor. Seu valor será uma média calculada, nos termos da lei, com base nas remunerações sobre as quais o servidor contribuiu ao longo de sua vida profissional. O art. 40, §8º, da CF, prevê a revisão dos proventos, assegurando o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. Assim, fica instituído o princípio da preservação do valor real, que é o grande sonho de qualquer trabalhador, já que significa a manutenção do poder aquisitivo do servidor, do seu poder de compra. Com o fim da aposentadoria integral, levada a cabo pela EC41/2003, veio também a obrigatoriedade de instituição do regime de previdência complementar. O ente político que pretenda estabelecer como teto dos proventos por ela pagos o limite de benefícios do RGPS deverá instituir esse regime complementar, por meio de lei ordinária de iniciativa do chefe do Poder Executivo (Presidente da República, governador do estado ou do DF ou prefeito), com a finalidade de permitir que o servidor contribua mais e com isso conquiste o direito de adquirir proventos superiores ao teto. Esse regime complementar será organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social e ao regime de previdência próprio do servidor público. Ficará a cargo de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. O servidor que tenha ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita previdência complementar a ele estará sujeito somente se prévia e expressamente formalizar opção nesse sentido. $�PHVPD�(&�������LQVHULX�RXWUR�GLVSRVLWLYR�³LQRFHQWH´�QR�DUW����� da Constituição Federal, trata-se do § 18, que instituiu a obrigatoriedade da contribuição do inativo. A contribuição incide sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime próprio de previdência dos servidores civis que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência (atualmente R$ 3.416,54), com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos (atualmente 11%). OBS: no caso de portador de doença incapacitante, essa contribuição incidirá apenas sobre as parcelas que superem o dobro do teto do RGPS. Outro dispositivo inserido pela EC 41/03 foi o §19 do art. 40 da Constituição Federal, que trouxe uma nova natureza para a figura do ³DERQR�GH�SHUPDQrQFLD´, que continua servindo para evitar a saída dos servidores e risco de comprometimento dos serviços, garantindo o funcionamento da Administração Pública. E em que consiste esse instituto? Ele equivale à dispensa do pagamento da contribuição previdenciária para o servidor que permaneça em atividade após ter completado os requisitos para requerer a aposentadoria voluntária não proporcional (60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem; 55 anos de idade e 30 de contribuição, se mulher; 10 anos de efetivo exercício no serviço público; 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria). O servidor fará jus ao abono enquanto permanecer na ativa, até o limite de 70 anos, idade em que é alcançado pela aposentadoria compulsória. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita O art. 41 da Constituição Federal trata da estabilidade do servidor público, que consiste em uma garantia constitucional de permanência no serviço público, e não no cargo, vinculado à atividade de mesma natureza de quando ingressou. Agora vamos falar de algumas importantes alterações promovidas pela Emenda Constitucional nº 19/1998 na Constituição no que diz respeito ao servidor público. Com a EC 19/98, a estabilidade passou a ser conferida somente após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos apenas. Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além da prévia aprovação em concurso público. A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes para aquisição de estabilidade: 1. concurso público; 2. cargo público de provimento específico; 3. três anos de efetivo exercício; 4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica- se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 1. sentença judicial transitada em julgado; 2. processo administrativo, desde que assegurados o contraditório e a ampla defesa; 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação periódica, na forma de lei complementar, assegurados também o contraditório e a ampla defesa; 4. excesso de despesa com pessoal. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Quanto aos militares, o art. 42 da CF preceitua queos membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores. Por fim, em obediência à redação original do art. 39 da CF (determina que as pessoas da Administração Direta e Indireta uniformizem o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime para determinada ordem política), a Lei nº 8.112/90 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Essas são as principais regras trazidas pela Constituição no que diz respeito aos servidores públicos (arts. 37 a 40). 3. Classificação de agentes públicos 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Agora destacaremos a principal classificação de agentes públicos adotada. Trata-se da apresentada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Para ela, os agentes públicos dividem-se em 4 categorias: 1. agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do País; 2. servidores públicos: em sentido amplo, englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo de dependência com o poder público (estatutário ou celetista), de natureza profissional, de caráter não eventual e mediante remuneração paga pelos cofres públicos; 3. Militares: prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio; e 4. particulares em colaboração com o Poder Público: as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em caráter ocasional ou temporário, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. a. Agentes políticos 3DUD� &HOVR� $QW{QLR� %DQGHLUD� GH� 0HOOR�� ³DJHQWHV� SROtWLFRV� VmR� RV� titulares dos cargos estruturais à organização política do País, ou seja, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder��6XD�IXQomR�p�D�GH�IRUPDGRUHV�GD�YRQWDGH�VXSHULRU�GR�(VWDGR�´� (Curso de Direito Administrativo, 2008). 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Podemos dizer que o agente político é aquele possuidor de cargo eletivo, eleito por mandatos transitórios. Exemplos: Os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo disciplinar. O regime jurídico desses agentes, os direitos e deveres aplicáveis a eles, estão previstos em lei ou, em alguns casos, na própria Constituição Federal, afastando, assim, a natureza contratual da relação. Assim, como bem salienta Fernanda Marinela, o vínculo jurídico desses agentes é, em regra, de natureza política. Podem ser nomeados, mas, em sua maioria, são escolhidos por eleição popular e o que os qualifica não é a aptidão técnica e sim a qualidade de cidadão com a capacidade de conduzir a sociedade. Suas principais características são: 1. Competência prevista na própria Constituição Federal; 2. Não sujeição às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos em geral; 3. Normalmente, a investidura em seus cargos é por meio de eleição, nomeação ou designação; 4. Não são hierarquizados, salvo os auxiliares imediatos dos Chefes dos Executivos, sujeitando-se somente às regras constitucionais. Um parecer da AGU merece um destaque especial: Parecer-AGU nº GQ-35, vinculante: ³��� $� /HL� Q� ������� GH� ������ FRPLQD� D� 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita aplicação de penalidade a quem incorre em ilícito administrativo, na condição de servidor público, assim entendido a pessoa legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão, nos termos dos arts. 2º e 3º. Essa responsabilidade de que provém a apenação do servidor não alcança os titulares de cargos de natureza especial, providos em caráter precário e transitório, eis que falta a previsão legal da punição. Os titulares dos cargos de Ministro de Estado (cargo de natureza especial) se excluem da viabilidade legal de responsabilização administrativa, pois não os submete a positividade do regime jurídico dos servidores públicos federais aos deveres funcionais, FXMD�LQREVHUYkQFLD�DFDUUHWD�D�SHQDOLGDGH�DGPLQLVWUDWLYD�´ De acordo com esse parecer, os que possuem cargos eletivos, eleitos por mandatos transitórios, como os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação, não se sujeitam ao processo administrativo disciplinar. Para você que vai fazer esse concurso, é IMPORTANTE saber que atualmente há uma tendência a considerar os membros da Magistratura (juízes e desembargadores) e do Ministério Público (promotores e procuradores de justiça) como agentes políticos. 1) ³2V�PDJLVWUDGRV�HQTXadram-se na espécie de agente político, investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação HVSHFtILFD´� �5(� ��������63�� 67)� ± Segunda Turma, Rel. Min. Néri da Silveira, julg: 05.03.2002, DJ: 12.04.2002). 2) Segundo o STF, a função dos agentes diplomáticos é eminentemente política (Ext 1082, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, julg: 19.06.2008, DJe: 07.08.2008). 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 1) (FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho) São considerados agentes públicos a) apenas aqueles que exercem atividades típicas de governo, detentores de mandato eletivo e seus auxiliares diretos. b) apenas aqueles ligados ao Poder Público por vínculo de natureza estatutária, investidos mediante nomeação para cargo público. c) os servidores públicos, os agentes políticos, os militares e os particulares em colaboração com o Poder Público. d) os servidores públicos, desde que detentores de vínculo estatutário, bem como os agentes políticos, excluídos os militares. e) exclusivamente os servidores públicos, detentores de vínculo estatutário ou celetista, excluídos os agentes políticos. Como acabei de afirmar, os agentes públicos dividem-se em 4 categorias:1. agentes políticos; 2. servidores públicos; 3. militares; e 4. particulares em colaboração com o Poder Público. *DEDULWR��/HWUD�³F´� 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 2) (FCC-2015- TRT - 6ª Região (PE)- Juiz do Trabalho Substituto) O conceito de agente público NÃO é coincidente com o de agente político, cabendo destacar que a) os particulares que atuam em colaboração com a Administração, embora no exercício de função estatal, não são considerados agentes públicos. b) todos aqueles que exercem função estatal em caráter transitório, sem vínculo com a Administração, não são considerados agentes públicos e sim agentes políticos. c) apenas os ocupantes de cargos, empregos e funções na Administração pública podem ser considerados agentes públicos. d) são exemplos de agentes políticos os Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos, assim entendidos Ministros e Secretários de Estado. e) os detentores de mandato eletivo são os únicos que se caracterizam como agentes políticos. Resposta: Como já estudamos, o agente político é aquele titular de cargo estrutural à organização política do País, ou seja, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Exemplos: Os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação. *DEDULWR��/HWUD�³G´ 3) (FCC - 2007 - MPU ± Analista) No âmbito da estrutura administrativa brasileira, 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita a) os agentes políticos exercem funções governamentais, judiciais e quase-judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com independência nos assuntos de sua competência. b) os Poderes de Estado compreendem o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público, e a cada um deles correspondendo funções reciprocamente delegáveis, sendo vinculados e harmônicos entre si. c) as entidades estatais são unicamente a União, os Estados- membros, os Municípios, os Territórios e o Distrito Federal. d) os cargos são os encargos administrativos atribuídos e delimitados por lei às funções lotadas nos órgãos públicos. As funções são providas por agentes públicos ou políticos, de forma efetiva e apenas mediante concurso de provas e títulos. e) a investidura do agente público comissionado para cargos ou funções de confiança, dada a precariedade de sua nomeação, goza da presunção de definitividade, tornando o agente estável após o estágio probatório. Letra (A). Reproduz o conceito de agente político trazido por Hely Lopes Meirelles. Logo, está CORRETA. Letra (B). Os Poderes da União (Legislativo, Executivo e Judiciário) são independentes e harmônicos entre si e as suas funções são reciprocamente indelegáveis. Logo, está INCORRETA. Letra (C). As entidades estatais são unicamente a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal, não incluindo os territórios. Logo, está INCORRETA. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Letra (D). Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Aquele que ocupa o cargo público é chamado de funcionário público. A função pública é o conjunto de atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego (conceito residual). Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores contratados temporariamente, para a qual não se exige, necessariamente, concurso público, e função de natureza permanente, correspondentes a chefia, direção, assessoramento (função de confiança, de livre provimento e exoneração). Logo, está INCORRETA. Letra (E). Não se adquire, em nenhuma hipótese, estabilidade em decorrência do exercício de cargo comissionado, não importa durante quanto tempo o servidor o exerça. Logo, está INCORRETA. *DEDULWR��/HWUD�³D´� b. Servidores públicos Em sentido amplo, englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, sejam pessoas jurídicas de direito público ou privado, com vínculo empregatício (ou seja, natureza profissional, de caráter não eventual e sob vínculo de dependência) e mediante remuneração paga pelos cofres públicos. Subdividem-se em: 1. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS: sujeitos ao regime estatutário (= regime disposto em lei especial para disciplinar 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita os servidores de determinado ente público) e ocupantes de cargos públicos (aqui se incluem os ocupantes de funções de confiança e cargos em comissão). No regime estatutário, ressalvadas as pertinentes disposições constitucionais impeditivas, o Estado deterá o poder de alterar legislativamente o regime jurídico de seus servidores, inexistindo a garantia de que continuarão sempre disciplinados pelas disposições vigentes quando de seu ingresso, já que não há direito adquirido quanto à manutenção do regime. 2. EMPREGADOS PÚBLICOS: contratados sob o regime da legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego público, tendo como vínculo jurídico um contrato de trabalho (regime contratual). Para o regime celetista ou contratual, os direitos e obrigações constituídos na ocasião da avença são unilateralmente imutáveis, gerando para o servidor direito adquirido. 3. SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Exercem função, sem estarem vinculados a cargo ou emprego público. A Constituição exige a adoção, por parte de cada ente da Federação, de um só regime jurídico (regime jurídico único) aplicável a todos os servidores integrantes de sua administração direta, autarquias e fundações públicas. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita CUIDADO!Os servidores das empresas públicas, sociedadesde economia mista e fundações privadas regem-se pela legislação trabalhista. No caso dos empregados públicos, não podem Estados e Municípios derrogar outras normas da legislação trabalhista, já que não têm competência para legislar sobre Direito do Trabalho, reservada privativamente à União (art. 22, I, CF). Aos servidores temporários aplica-se regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da federação. 4) (FCC ± 2013 ± TRT 5ª Região (BA) ± Técnico Judiciário ± Área Administrativa) Considerando o tipo de vínculo que une o particular ao Estado, pode-se afirmar corretamente que são servidores públicos os a) ocupantes de cargos públicos criados por lei e admitidos sob o regime estatutário, não integrando essa categoria os empregados públicos, porque admitidos sob o regime da legislação trabalhista. b) ocupantes de emprego público que têm vínculo contratual sob a regência da CLT e os ocupantes de cargos públicos criados por lei e admitidos sob o regime estatutário. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita c) que ingressam no serviço público mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os que ocupam cargos de livre provimento e exoneração. d) que ingressam no serviço público mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, não integrando referida categoria os contratados temporariamente com supedâneo no artigo 37, IX, da Constituição Federal. e) investidos em cargos públicos efetivos criados por lei e admitidos sob o regime estatutário, não integrando essa categoria os empregados públicos, porque admitidos sob o regime da legislação trabalhista e os investidos em cargo em comissão. Para responder esta questão, vamos considerar a doutrina de Maria Sylvia Zanella Di Pietro no tocante à classificação dos agentes públicos, estudada no tópico da aula. Letra (A). Como acabamos de analisar, os empregados públicos também integram o conceito de servidores públicos. Portanto, está INCORRETA. Letra (B). Tanto os ocupantes de cargos públicos como os ocupantes de empregos públicos estão dentro do conceito de servidores públicos. Portanto, está CERTA. Letra (C). Os ocupantes de cargo público, seja efetivo ou em comissão (livre provimento e exoneração), integram o conceito de servidores públicos. Portanto, está ERRADA. Letra (D). Os contratados temporariamente também são conceituados como servidores públicos. Logo, está INCORRETA. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Letra (E). Os empregados públicos e os investidos em cargo em comissão integram sim o conceito de servidores públicos. Portanto, está ERRADA. Gabarito: B c. Militares Abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante remuneração paga pelos cofres públicos. Eram considerados servidores públicos até a EC nº 18/98, sendo excluídos da categoria, só lhes aplicando as normas referentes aos servidores públicos quando houver previsão expressa nesse sentido. d. Particulares em colaboração com o Poder Público Englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em caráter ocasional ou temporário, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. Dividem-se em: 1. DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço. Exemplos: os que exercem serviços notariais e de registro, os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Importante ressaltar que os oficiais dos serviços notariais, apesar da exigência de concurso público, não perdem a qualidade de particular, não devendo ser incluídos na categoria de servidores públicos, como alguns acabam confundindo. Como bem salienta o STF, os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público, não sendo, assim, servidores públicos (ADI 2602/MG, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa e Min. Eros Grau, julg: 24.11.2005, DJ: 31.03.2006). 2. REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS RELEVANTES: não têm vínculo empregatício e, em geral, não recebem remuneração. São agentes convocados para exercer função pública, tendo assim a obrigação de participar sob pena de sanção. Exemplos: jurados, convocados para prestação de serviço militar ou eleitoral, comissários de menores, integrantes de comissões, grupos de trabalho, etc. 3. GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, espontaneamente, determinada função pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio, enchente, etc. Para sistematizar, apresentamos o esquema da classificação de Di Pietro. ABRA O OLHO, e tenha esse quadro sempre em mente! 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Agentes políticos Titulares dos cargos estruturais à organização política do País (Ex.: Presidente, Senadores, Governadores, Deputados etc). Servidores públicos Servidores ESTATUTÁRIOS: regime estatutário e ocupantes de cargos públicos (Ex.: você ao passar neste concurso) EMPREGADOS PÚBLICOS: regime trabalhista e ocupantes de emprego público (Ex.: carteiro dos Correios); SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público (Ex.: enfermeiro contratado para fazer frente a um surto de dengue). Militares Prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com vínculo estatutário e regime jurídico próprio (Ex.: soldado do Exército e da PM). 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Particulares em colaboração com o Poder PúblicoDELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público (Ex.: donos de cartórios). REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS RELEVANTES: não têm vínculo empregatício e, em geral, não recebem remuneração (Ex.: jurado do Tribunal do Júri). GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, espontaneamente, determinada função pública em momento de emergência (Ex.: cidadão que se prontifica a catalogar donativos para vítimas de enchentes). 5) (FCC ± 2012 ± TJ/RJ ± Analista Judiciário ± Execução de Mandados) As pessoas que exercem atos por delegação do Poder Público, tais como os serviços notariais e de registro podem ser consideradas a) servidores públicos estatutários, caso tenham prestado concurso público. b) empregados públicos, desde que tenham prestado concurso público. c) particulares em colaboração com o Poder Público, sem vínculo empregatício. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita d) funcionários públicos lato sensu, na medida em que se submetem à fiscalização do Poder Público. e) agentes públicos estatutários, desde que recebam remuneração do Poder Público. Os particulares em colaboração do Poder Público são pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, ainda que em caráter ocasional ou temporário, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. Abrangem os delegados do poder público, que exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço. Exemplos: os que exercem serviços notariais e de registro, os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos. Assim, a resposta correta é a letra C. Gabarito: C 4. Funções, cargos e empregos públicos Qual seria a distinção entre cargo, emprego e função pública? x CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. Segundo Marinela, cargo público é a mais simples e indivisível unidade de competência a ser expressa por um agente público para o 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita exercício de uma função pública, representando um lugar dentro da organização funcional da Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Possui regime jurídico definido em lei, denominado assim regime legal ou estatutário, de índole institucional e não contratual. $VVLP��SDUD� OHPEUDU�R�TXH�p� FDUJR�S~EOLFR� �FRPR�XP�³OXJDU´� dentro da estrutura da Administração), tenha em mente a seguinte imagem + vínculo estatutário: Fonte: www.moveisparaescritorio.ind.br + VÍNCULO ESTATUTÁRIO O cargo público é acessível a todos os brasileiros. Em regra, é criado por lei, que definirá um número determinado, uma denominação própria e correspondente vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Essa lei é de iniciativa de cada Poder. EXCEÇÃO: no caso dos serviços auxiliares do Poder Legislativo, a criação do cargo público será feita por resolução de cada uma das Casas do Congresso Nacional, não dependendo de lei, lembrando, entretanto, que a fixação de sua remuneração depende de lei. Por paralelismo de formas, sua extinção também só poderá ocorrer por meio de lei, ressalvado o caso de cargos públicos vagos, que poderão ser extintos por decreto do Presidente da República. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Aquele que ocupa o cargo público é chamado de funcionário público. Em relação ao cargo público, Marinela ainda destaca outros conceitos relacionados: a) Carreira: é um conjunto de cargos organizados em uma estrutura escalonada, hierarquizada; b) Classe: é o agrupamento de cargos da mesma profissão e com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos, consistindo nos degraus de acesso dentro da carreira; c) Quadro: é o conjunto de carreiras e cargos isolados que compõe a estrutura de um órgão ou Poder, podendo ser permanente ou provisório. Por fim, Marinela traz duas formas de classificar os cargos públicos: 1) De acordo com a sua posição estatal no quadro funcional da Administração, em: a) Cargos de carreira: aqueles organizados em uma série de classes, que consiste nos agrupamentos de cargos da mesma profissão, com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos, estando essas classes escalonadas em função do grau de hierarquia existente no serviço, que decorre do nível de responsabilidade e complexidade de suas atribuições. Nesse caso, é garantido aos servidores a possibilidade de ascensão funcional, o que ocorre, normalmente, por meio de promoção. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita b) Cargos isolados: apesar de estarem no quadro funcional da Administração, não estão escalonados; são estanques, não contando os seus ocupantes com a possibilidade de progressão, de ascensão funcional. 2) Conforme a sua vocação para retenção de seus ocupantes, considerando se o servidor tem maior ou menor garantia de permanência, em: a) Cargo em comissão: consiste em um lugar no quadro funcional da Administração que conta com um conjunto de atribuições e responsabilidades de direção, chefia e assessoramento. É ocupado em caráter transitório e pode ser preenchido por qualquer pessoa. É de livre nomeação e livre exoneração, não dependendo de qualquer justificativa ou motivação. Assim, não há qualquer garantia de permanência. b) Cargo efetivo: depende de prévia aprovação em concurso público, sendo que a nomeação é feita em caráter definitivo e seu ocupante tem a possibilidade de, preenchidos os requisitos constitucionais (art. 41, CF), adquirir a estabilidade. Nesse caso, a retirada do servidor não ocorre de forma livre, dependendo de motivação com prévio processo administrativo, ou seja, conta com maior garantia de permanência. c) Cargo vitalício: é o mais seguro, o que oferece ao servidor a maior garantia de permanência, pelo fato de o desligamento só poder ocorrer via processo judicial. Em regra, esse cargo depende de prévia aprovação em concurso público, como na Magistratura (art. 95, I, CF) e no Ministério Público (art. �������� ,�� ³D´��&)��� VDOYR�DV�H[FHo}HV�SUHYLVWDV�QR�WH[WR�00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita constitucional, tais como os Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas (art. 73, §3º, CF). Essa garantia se justifica pela independência necessária à atuação desses agentes. x EMPREGO PÚBLICO: é um núcleo de encargo de trabalho permanente a ser preenchido por agente contratado para desempenhá- lo, ou seja, também é uma unidade de atribuições e responsabilidades, distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao Estado. O ocupante de emprego público tem um vínculo contratual e submete-se ao regime trabalhista (CLT), com a aplicação de algumas normas do regime público. Fonte: www.moveisparaescritorio.ind.br + VÍNCULO TRABALHISTA Para o âmbito federal, a União, com o objetivo de definir as regras aplicáveis aos empregados públicos, editou a Lei nº 9.962/00. O diploma estabelece, dentre outras regras, que a escolha desses empregados deve ser por meio de concurso público (art. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 2º), trata-se de um contrato com prazo indeterminado e a sua resilição não pode ser unilateral (art. 3º). Assim fica afastada a dispensa desses empregados de forma imotivada, só sendo possível quando ocorrer: falta grave (art. 482, CLT); acumulação ilegal de cargos, empregos e funções públicas; necessidade de redução de quadros por excesso de despesa (art. 169, CF) e insuficiência de desempenho apurada em processo administrativo. A criação e a extinção desses empregos públicos também devem ser feitos por meio de lei. x FUNÇÃO PÚBLICA: é o conjunto de atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego (conceito residual), não contando, assim, com um lugar no quadro funcional da Administração. Segundo Marinela, consiste no conjunto de atribuições e responsabilidades assinaladas a um servidor; é a atividade em si mesma, ou seja, corresponde às inúmeras tarefas que devem ser desenvolvidas por um servidor. A criação e a extinção dessa função também deve ser feita por meio de lei. Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores contratados temporariamente, para a qual não se exige, necessariamente, concurso público, e função de natureza permanente, correspondentes a chefia, direção, assessoramento (função de confiança, de livre provimento e exoneração). PARA AS OBSERVAÇÕES: OBS1) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. OBS2) No art. 37, II, da Constituição Federal, o constituinte só exigiu concurso público para a investidura em cargo ou emprego. Nos casos de função, essa exigência não existe. Confira os seguintes dispositivos constitucionais: 37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento IMPORTANTE OBSERVAR que os tribunais brasileiros já sedimentaram o entendimento de que não existe direito adquirido à manutenção do regime jurídico do servidor público; o regime jurídico pode ser alterado unilateralmente pelo poder público, com a simples alteração da lei de regência. 6) (FCC/2009/TCE-GO/Analista Externo) A pessoa legalmente investida em cargo, de provimento efetivo ou em comissão, com 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita denominação, função e vencimento próprios, número certo e remunerado pelos cofres públicos." Esta é a definição de a) agente público. b) particular em colaboração com a Administração. c) servidor público em sentido amplo. d) empregado público. e) funcionário público. Letra (A). Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, agente público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta. Trata-se de um conceito amplo. Logo, está INCORRETA. Letra (B). Particulares em colaboração com a Administração englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem vínculo empregatício, com ou sem remuneração. Logo, está INCORRETA. Letra (C). Servidor público em sentido amplo engloba as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos. Logo, está INCORRETA. Letra (D). Empregados públicos são os servidores públicos contratados sob o regime da legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego público. Logo, está INCORRETA. Letra (E). Funcionários públicos são sujeitos ao regime estatutário (= regime disposto em lei especial para disciplinar os servidores de 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita determinado ente público) e ocupantes de cargos públicos. Logo, está CORRETA. Gabarito: /HWUD�³H´� a. Criação de cargos E como se dá a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas? No âmbito federal, isso ocorre por meio de lei, da competência do Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na administração federal direta e autárquica. De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados- membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. No caso específico de cargo ou função pública que estejam vagos,a extinção pode ser feita mediante decreto do próprio Chefe do Executivo (não precisa edição de lei pelo Legislativo). A extinção de função ou cargo público preenchido somente poderá ser efetivada mediante lei; caso o cargo esteja vago, a competência para sua extinção é privativa do Chefe do Poder Executivo, mediante decreto autônomo. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 7) (FCC ± 2014 ± TRT 2ª Região (SP) ± Técnico Judiciário ± Área Administrativa) Diante de real demanda de pessoal na Administração direta e indireta, o Chefe do Executivo de determinado ente federado editou decreto criando número bastante relevante de cargos os quais deveriam ser preenchidos por meio de concurso público, regra expressa da Constituição Federal. A conduta adotada pelo Governador a) é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade orçamentária para esse incremento de despesas. b) não é compatível com a norma constitucional, que exige lei para criação de cargos, por meio da qual são definidas as atribuições e padrões de remuneração dessas unidades de poderes e deveres estatais. c) é regular e válida desde que tenham sido especificadas as atribuições e padrões de remuneração para cada natureza de função a ser desenvolvida. d) não é compatível com a norma constitucional, que exige convalidação por medida provisória que demonstre a disponibilidade de recursos e o interesse público na conduta. e) é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de criação de cargos depende de autorização legislativa ou de autorização judicial, mediante provocação do Chefe do Executivo. Como visto na aula, no âmbito federal, a criação de cargos, empregos e funções públicas ocorre por meio de lei, da competência 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita do Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na administração federal direta e autárquica. De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados- membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. Portanto, no caso da questão, a criação dos cargos depende de lei e não de decreto, não sendo a conduta do Governador compatível com a CF. Assim, a resposta correta é a letra B. Gabarito: B b. Acessibilidade a brasileiros e estrangeiros Marinela conceitua acessibilidade como o conjunto de regras e princípios que regulam o ingresso de pessoas nos quadros da Administração Pública. De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. Trata-se do princípio da ampla acessibilidade. Os referidos requisitos estabelecidos em lei devem, obrigatoriamente, mostrar-se necessários ao adequado desempenho da função pública correspondente. Além disso, é vedado o estabelecimento de exigências ou condições pelos editais de concursos públicos que não possuam amparo legal. OBS: a EC nº 45/2004 estabeleceu duas hipóteses novas de requisitos constitucionais especificamente para o acesso aos cargos de juiz e de membro 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita do Ministério Público, tanto estaduais quanto federais. A referida emenda passou a exigir do bacharel em direito, em ambos os casos, no mínimo 3 anos de atividade jurídica, além da aprovação em concurso público de provas e títulos. No caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o atendimento aos requisitos da lei para que se tenha a possibilidade de acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Já para os estrangeiros, é necessária a edição de lei que estabeleça as condições de ingresso; por exemplo, o art. 5º, §3º, da Lei nº 8.112/90 prevê que as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros. Segundo Fernanda Marinela, esse conjunto de normas que define os requisitos e parâmetros para o acesso ao serviço público deve ser respeitado rigorosamente pelos Administradores, gerando, assim, no que tange aos parâmetros exigidos, um direito subjetivo para os candidatos a essas vagas, sendo vedada qualquer possibilidade de discriminação abusiva, o que gera flagrante desrespeito ao princípio da isonomia. Quanto aos brasileiros, é importante ressaltar a exceção do art. 12, §3º, da CF, que listou alguns cargos que só podem ser preenchidos por brasileiros natos, em razão da segurança nacional. Art. 12.§3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) Além disso, exige-se a qualidade de brasileiro nato aos cidadãos que vão ocupar as seis vagas no Conselho da República (art. 89, VII). Esse tópico não pode ser encerrado sem a seguinte transcrição da Lei nº 8.112/90, que trata da contratação de professores estrangeiros: Art. 5º (...) § 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 8) (FCC/2010/TRT-8ªReg/Técnico Judiciário) Sobre cargo público é correto afirmar: a) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas. b) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei. c) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente. d) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um cargo. e) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo. Letra (A). Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita cometidas a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Já o emprego público é uma unidade de atribuições, distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o servidor ao Estado. O ocupante de emprego público tem um vínculo contratual. Portanto, não são expressões sinônimas. Logo, está INCORRETA. Letra (B). Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, inciso I, CF). Logo, está CORRETA. Letra (C). Os cargos em comissão são livres de nomeação e exoneração, portanto não podem ser permanentes. Logo, está INCORRETA. Letra (D). Não existe cargo sem função, uma vez que todo cargo encerra um conjunto de atribuições. Além disso, nem toda função corresponde a um cargo, são os casos por exemplo, das funções ocupadas por aqueles contratados temporariamente e das funções de livre provimento. Logo, está INCORRETA. Letra (E). O cargo público somente pode ser criado por lei, o chefe do executivo poderá apenas extinguir os cargos quando vagos, mas nunca criá-los. Logo, está INCORRETA. *DEDULWR��/HWUD�³E´� 9) (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) É requisito básico para investidura nos cargos públicos em geral: a) nacionalidade brasileira ou estrangeira. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita b) nível de escolaridade mínimo igual ou equivalente a ensino universitário. c) idade mínima de vinte e um anos. d) aptidão física e mental. e) aprovação em concurso público de provas e títulos. Os requisitos básicos para investidura em cargo público estão elencados no art. 5º, da Lei 8.112/90, tais quais: a nacionalidade brasileira, o gozo dos direitos políticos, a quitação com as obrigações militares e eleitorais, o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo, a idade mínima de dezoito anos e aptidão física e mental. *DEDULWR��/HWUD�³G´� c. Exigência de concurso público A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Esse dispositivo é aplicável à administração direta e indireta, inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração indireta. Ao falar em concurso público, a Constituição Federal está exigindo procedimento aberto a todos os interessados, ficando vedados os chamados concursos internos, só abertos a quem já pertence ao quadro de pessoal da Administração Pública. Além disso, deve-se propiciar igual 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita oportunidade de acesso a cargos e empregos públicos a todos os que atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em lei. Marinela entende que o concurso público é um procedimento administrativo colocado à disposição da Administração Pública para a escolha de seus futuros servidores. Representa a efetivação de princípios como a impessoalidade, a isonomia, a moralidade administrativa, permitindo que qualquer um que preencha os requisitos, sendo aprovado em razão de seu mérito, possa ser servidor público, ficando afastados os favoritismos e perseguições pessoais, bem como o nepotismo. Como bem lembrado por Marinela, para evitar os abusos, os Tribunais Superiores vem realizando um papel fundamental para aplicação dessa exigência, reconhecendo, por exemplo: 1) a impossibilidade de provimento ou deslocamento de um servidor para cargos de carreiras diversas, antigamente denominadas transposição ou ascensão funcional (Súmula nº 685 do STF); 2) a impossibilidade de transformação de cargos ou a transferência de servidores celetistas não submetidos a concurso público para servidores estatutários, o que pressupõe a ocupação de cargos efetivos (ADI 248/RJ, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJ: 08.04.1994; RMS 13604/RO, STJ ± Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Medina, julg: 03.03.2005, DJ: 18.04.2005); 3) a proibição para criação de novas carreiras com inúmeros cargos para serem preenchidos com antigos servidores de 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita carreiras diversas, independentemente de serem eles celetistas ou estatutários. Nova carreira exige novo concurso público; 4) ser vedado o aproveitamento de servidores de um ente político em cargos ou empregos de outros entes públicos. A exigência de concurso público se refere à investidura em cargo ou emprego público de carreira de cada pessoa jurídica de direito público, não autorizando o provimento inicial de cargo ou emprego de entidade política diversa (ADI 402, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Moreira Alves, DJ: 20.04.2001); 5) ser proibido o aproveitamento de servidores de cargos extintos em outros cargos em que não haja plena identidade substancial entre eles, compatibilidade funcional e remuneratória e equivalência dos requisitos exigidos em concurso (ADI 3.051/MG, STF ± Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Britto, DJ: 28.10.2005; EREsp 279.920/PE, Rel. Min. Paulo Medina, DJ: 06.02.2006). CUIDADO COM AS EXCEÇÕES, MEUS CAROS!!! Para os cargos em comissão e para a contratação por tempo determinado (contratos temporários) para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, dispensa-se o concurso público. Também a nomeação dos membros dos Tribunais não necessita ser precedida de concurso público. Outras exceções são: cargos de mandato eletivo e ex-combatentes que tenham efetivamente participado das operações bélicas da Segunda Guerra Mundial. 00007941048 Direito Administrativo p/ Técnico em Regulação ʹANS. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 187 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Segundo o art. 11 da Lei nº 8.112/90, o concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor
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