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Noções de Direito Administrativo para ANS - Técnico em Regulação

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Aula 06
Noções de Direito Administrativo p/ ANS - Técnico em Regulação
Professor: Daniel Mesquita
Direito administrativo p/ ANS- Técnico em 
regulação. Teoria e exercícios comentados. 
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AULA 06: RJU ± Lei n. 8.112/90: Provimento, vacância e estágio 
probatório. 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 06 2 
2. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 2 
2.1. ESTABILIDADE, ESTÁGIO PROBATÓRIO E PERDA DO CARGO 4 
2.2. ESTÁGIO PROBATÓRIO 9 
2.3. FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS 18 
2.4. VACÂNCIA 70 
2.5. REMOÇÃO 77 
2.6. REDISTRIBUIÇÃO 80 
2.7. SUBSTITUIÇÃO 93 
3. RESUMO DA AULA 95 
4. QUESTÕES 108 
5. REFERÊNCIAS 138 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Introdução à aula 06 
 
Bem vindos à nossa aula 06 de Direito Administrativo para o ANS ±
Técnico em Regulação. 
Nesta aula DERUGDUHPRV� D� PDWpULD� ³Lei nº 8.112/1990 e suas 
alterações (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das 
Autarquias e das Fundações Federais). Parte I: provimento´ 
Essa aula foi inteiramente atualizada e bombada de informações 
relevantes para a sua prova! 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera 
da prova! 
Chega de papo, vamos a luta! 
 
2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão 
instituir, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e 
planos de carreira para os servidores da Administração Pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. Veja o art. 39 da 
CF: 
 
 
 
Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as 
pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o 
regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime para 
determinada ordem política. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no 
âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para 
os servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas. 
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Esse dispositivo foi alterado pela EC 19/98, para afirmar que não 
era obrigatório o regime jurídico único, passando a admitir diversos 
regimes jurídicos distintos para os servidores de um mesmo ente 
público (União, Estados e Municípios). Com isso, a definição do regime 
dependia da previsão da lei de criação de cada um dos cargos. 
Importante ressaltar que essa escolha de regime só era permitida 
às pessoas jurídicas de direito público, devendo os servidores das 
pessoas jurídicas de direito privado submeter-se ao regime da CLT 
necessariamente. 
Contudo, o Supremo Tribunal Federal, no dia 2 de agosto de 
2007, concedeu medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até 
decisão final da ação, a eficácia da nova redação do dispositivo para 
manter a redação original da Constituição, conforme transcrito acima. 
Assim, atualmente, a possibilidade de regime múltiplo, de escolha de 
regime jurídico distinto para cargos na mesma pessoa jurídica, também 
já não é mais possível, ao menos por enquanto. 
Os atos praticados com fundamento em leis 
eventualmente editadas no período compreendido entre a promulgação 
da EC 19/98 e a declaração de inconstitucionalidade pelo STF devem ser 
considerados válidos, até o julgamento definitivo da ADIN, pois o 
Supremo Tribunal decidiu com efeitos ex nunc, ou seja, a decisão de 
inconstitucionalidade proferida pelo STF não anula os atos embasados 
por leis editadas anteriormente com fundamento na redação do art. 39, 
dada pela EC 19/98. 
O regime jurídico único e geral dos servidores civis no âmbito 
federal é regulado pela Lei n. 8.112/90�� GHQRPLQDGD� ³(VWDWXWR� GRV�
Servidores Públicos Civis da União´. 
Vamos entrar, a partir de agora, fundo na Lei n. 8.112/90. 
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LEMBRETE IMPORTANTE!!! Em relação ao regime 
estatutário, não se esqueça que o STF já reconheceu não existir direito 
adquirido à manutenção do regime jurídico, ou seja, ressalvadas as 
pertinentes disposições constitucionais impeditivas, o Estado pode 
alterar, por edição de uma lei, o regime jurídico de seus servidores, 
inclusive suprimindo benefícios e vantagens. 
Para deixar mais claro, vamos exemplificar: um servidor federal 
submetido à Lei nº 8.112/90 foi investido em cargo público no ano de 
1995, época em que a referida lei lhe garantia um adicional por tempo 
de serviço; posteriormente, em 2001, a citada vantagem é revogada; 
nesse caso, o servidor deixa de receber o adicional em questão nos 
anos posteriores à alteração legal, reconhecendo-se seu direito apenas 
em relação ao já incorporados à sua remuneração até a data de 
revogação do benefício. 
 
2.1. Estabilidade, estágio probatório e perda do cargo 
 
A estabilidade tem como finalidade principal assegurar aos 
ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo uma expectativa 
de permanência no serviço público, desde que adequadamente 
cumpridas suas atribuições. Consiste em uma garantia constitucional de 
permanência no serviço público (e não no cargo). 
 
Efetividade x Estabilidade x Vitaliciedade: 
Como orienta a própria jurisprudência do STF, não há que se confundir 
efetividade com estabilidade. Aquela é atributo do cargo e não do 
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servidor público, referindo-se à forma de provimento dependente de 
concurso público; trata-se de uma das condições para que o servidor 
adquira a estabilidade. Já a estabilidade (atributo do servidor) é 
aderência, integração no serviço público, depois de preenchidas 
determinadas condições fixadas em lei, e adquirida pelo decurso de 
tempo. O servidor estável pode ser desligado do cargo por meio de 
processo administrativo em que assegurado o contraditório, por decisão 
judicial, por avaliação periódica de desempenho ou por excesso de 
despesa com pessoal (RE 167.635, STF ± Segunda Turma, Rel. Min. 
Maurício Corrêa, DJ: 07.02.97). 
 Ainda, a vitaliciedade não se confunde com os institutos 
mencionados, sendo uma garantia de permanência no serviço público 
mais segura do que a estabilidade, já que o agente público só pode ser 
desinvestido por processo judicial transitado em julgado. É 
assegurada a alguns agentes públicos selecionados em razão da 
natureza o cargo que ocupam, como, por exemplo, os Magistrados, 
Membros do MP, Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas. 
 
1) Segundo entendimentosedimentado na Súmula nº 11 do STF, a 
vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando o 
funcionário em disponibilidade, com todos os vencimentos. 
2) Além disso, a Súmula nº 36 do STF estabelece que o servidor 
vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da 
idade. 
3) 6~PXOD�Qž����GR�67)��³'HVPHPEUDPHQWR�GH�VHUYHQWLD�GH�MXVWLoD�
QmR�YLROD�R�SULQFtSLR�GH�YLWDOLFLHGDGH�GR�VHUYHQWXiULR�´ 
Você sabia que existem duas modalidades de estabilidade no 
serviço público? Não!? Então preste atenção nelas: 
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a) a prevista no art. 41 da CF, cuja condição primordial para sua 
aquisição é a nomeação em caráter efetivo por meio de concurso 
público; 
b) a prevista no art. 19 do ADCT, que é um favor concedido àquele 
servidor titular de cargo ou emprego admitido sem concurso 
público há pelo menos cinco anos continuados antes da 
promulgação da Constituição, não se admitindo o cômputo do 
tempo prestado em entes diferentes (OBS: não se aplica aos 
ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em 
comissão). (VVH�p�R�IDPRVR�³WUHP�GD�DOHJULD´���� 
Porém, vamos ater nossos estudos na primeira modalidade, já 
que a segunda é uma situação anômala. 
 A redação original do art. 41 da Constituição Federal previa 
que eram estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores 
nomeados em virtude de concurso público. Assim, abrangia os 
servidores da Administração Pública direta, autárquica e fundacional, 
pessoas jurídicas de direito público, independentemente de serem eles 
titulares de cargo público ou emprego público. Porém, não abrangia os 
empregados de entes governamentais de direito privado. 
Isso não vale mais!!! Por isso risquei as expressões acima! 
Com o advento da EC nº 19, de 04.06.1998, o referido dispositivo 
foi alterado e passou a abranger somente os servidores titulares de 
cargo público, ou seja, dessa data em diante, os empregados 
públicos, mesmo que admitidos por meio de concurso, não têm mais 
direito à estabilidade. 
 Portanto, Somente os servidores titulares de 
cargos de provimento efetivo nomeados em virtude de concurso 
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público podem adquirir estabilidade. O exercício de cargos em 
comissão não gera direito a estabilidade. 
 Além disso, a partir da EC nº 19/1998, a estabilidade passou a ser 
conferida somente após três anos de efetivo exercício e não mais dois 
anos apenas. 
E como ficou a situação de quem tinha dois anos completos na 
data da promulgação da EC 19/98 ou os que tinham emprego público e 
não cargo, professor? 
O art. 28 da EC nº 19/98 assegurou aos servidores, nesse caso, 
titulares de cargo e emprego públicos, em estágio probatório na data de 
sua edição, o direito de adquirir a estabilidade com somente dois anos 
de exercício, conforme garantia a redação original do art. 41 da CF. 
Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além 
da prévia aprovação em concurso público. 
 A partir da EC nº 19/1998, passou a ser condição para a aquisição 
da estabilidade a aprovação do servidor em uma avaliação especial 
de desempenho feita por comissão instituída para esse fim (art. 42, 
§4º, CF). 
OBS: o STJ já teve oportunidade de decidir que é pressuposto 
dessa avaliação especial de desempenho o efetivo exercício do cargo, 
não se computando períodos de afastamento. 
 Essa avaliação tem como objetivo exaltar a eficiência dos 
servidores públicos, devendo observar as regras previstas na lei de cada 
carreira. Importante lembrar também que, conforme orientação do STJ, 
a falta de norma regulamentadora não pode impedir o servidor de 
adquirir o seu direito. 
 A partir do acréscimo desse §4º ao art. 41, CF, 
pela EC nº 19/98, podemos afirmar que não existe mais no 
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Brasil a possibilidade de aquisição de estabilidade por mero 
decurso de prazo, como anteriormente era a regra. 
 A partir da EC nº 19/98, passaram a ser 
requisitos concomitantes para aquisição de estabilidade: 
1. concurso público; 
2. cargo público de provimento efetivo; 
3. três anos de efetivo exercício; 
4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-
se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do 
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto 
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 
1. sentença judicial transitada em julgado; 
2. processo administrativo, desde que assegurados o 
contraditório e a ampla defesa; 
3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação 
periódica, na forma de lei complementar, assegurados também 
o contraditório e a ampla defesa; 
4. excesso de despesa com pessoal. 
A dispensa por excesso de despesa com pessoal pode ser 
feita indiscriminadamente? 
Não! Somente se as medidas de redução, em pelo menos 20%, 
das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e de 
exoneração dos servidores não estáveis não forem suficientes para 
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assegurar a adequação das despesas aos limites fixados na lei 
complementar poderá, então, o servidor estável perder o cargo, desde 
que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a 
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da 
redução de pessoal. 
Nesse caso, conceder-se-á ao servidor exonerado uma 
indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de 
serviço e torna-se obrigatória a extinção do cargo por ele ocupado, 
vedando-se a criação de cargo, emprego ou função com atribuições 
iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos. 
Em todas as hipóteses de extinção do vínculo com 
a Administração, o ato deve ser cuidadosamente motivado e observado 
o devido processo legal, já que atinge diretamente a órbita do servidor, 
devendo ele ter direito a contraditório e ampla defesa. Caso contrário, a 
dispensa representará ato arbitrário, ilegal, devendo ser objeto de 
anulação. 
 
2.2. Estágio probatório 
 
O estágio probatório (em algumas carreiras, denominado 
estágio confirmatório) e a estabilidade são institutos jurídicos distintos. 
A estabilidade é um direito constitucional para quem possui cargo 
público efetivo e será adquirida após três anos de efetivo exercício. A 
aprovação no estágio probatório é um dos requisitos para aquisição da 
estabilidade, não se confundindo os institutos. 
 No estágio probatório são realizadas avaliações periódicas para 
avaliar se o servidor se adaptou ao serviço público ou não. Nessas 
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avaliações, serão analisadas sua aptidão e capacidade para o 
desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: 
1) assiduidade; 
2) disciplina; 
3) capacidade de iniciativa; 
4) produtividade; 
5) responsabilidade. 
 O Superior Tribunal de Justiça (MS 
12.523) sedimentou o entendimento de que o período do estágio 
probatório deve ser o mesmo da estabilidade, ou seja, 3 (três) 
anos. Apesar de serem institutos diferentes, buscam o mesmo 
objeto, devendo, portanto, ter o mesmo tratamento. 
Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será 
submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do 
desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa 
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da 
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração 
dos fatores expostos acima. 
O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos 
de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou 
assessoramento no órgão ou entidade de lotação. Entretanto, 
somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar 
cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do 
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, 
ou equivalentes. 
 Se o servidor for reprovado no estágio probatório (ou 
experimental), caberá exoneração de ofício, desde que assegurado ao 
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interessado o direito de defesa, consoante entendimento consagrado 
pelo STF (AI 623854). 
 Para os servidores públicos que estão durante o 
período de prova, durante o estágio probatório, a dispensa deve ser 
motivada e observado sempre o devido processo administrativo, 
respeitados o contraditório e a ampla defesa, sob pena de nulidade do 
ato. 
 CUIDADO!!! E se o servidor não aprovado no 
estágio probatório for estável??? Ele será reconduzido ao cargo 
anteriormente ocupado. Se esse cargo encontrar-se provido, o 
servidor será aproveitado em outro. 
 Conforme entendimento do STF, a simples 
circunstância do servidor público estar em estágio probatório não é 
justificativa para demissão com fundamento na sua participação em 
movimento grevista por período superior a 30 dias. A ausência de 
regulamentação do direito de greve não transforma os dias de 
paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas (RE 
226966/RS, STF-Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, 
julgamento: 11.11.2008, DJe: 157, 21.08.2009). 
 Vale lembrar, ainda, que, com base na Súmula 
nº 22 do STF, o estágio probatório não protege o funcionário contra a 
extinção do cargo. 
 
 Por fim, uma informação MUITO IMPORTANTE: as licenças e os 
afastamentos que o servidor em estágio probatório pode gozar. 
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É isso mesmo, o servidor em estágio probatório, como ele está em 
período de prova, ele não pode gozar de todos os direitos de um 
servidor público já aprovado no estágio probatório. Veja a lista das 
licenças que você terá direito assim que ingressar no concurso público: 
a) por motivo de doença em pessoa da família; 
b) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
c) para tratamento da própria saúde; 
d) para o serviço militar; 
e) atividade política; 
f) exercício de mandato eletivo; 
g) para estudo ou missão no exterior 
h) para servir em organismo internacional de que o Brasil 
participe ou coopere 
i) curso de formação decorrente de aprovação em concurso 
público para outro órgão da administração pública federal. 
 
Antes de ir para as questões, leia com atenção os seguintes 
dispositivos da Lei n. 8.112/90, relativos ao estágio probatório: 
 
 Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de 
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte 
e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de 
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide 
EMC nº 19): AGORA SÃO 3 ANOS!!! 
 I - assiduidade; 
 II - disciplina; 
 III - capacidade de iniciativa; 
 IV - produtividade; 
 V- responsabilidade. 
 § 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, 
será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do 
desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa 
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva 
carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores 
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enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei 
nº 11.784, de 2008 
 § 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, 
se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 29. 
 § 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos 
de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento 
no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão 
ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento 
em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 
6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas 
as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 
96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente 
de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública 
Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os 
afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na 
hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do 
término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
 
1. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - 
Área Judiciária) Durante estágio probatório, determinado servidor que 
acabou de entrar no serviço público, praticou atos incompatíveis com a 
assiduidade e disciplina esperados. Em consequência, nos termos da 
legislação vigente, ele não deve ser confirmado no cargo e, dessa 
forma, será 
a) readaptado. 
b) demitido 
c) reconduzido. 
d) expulso. 
e) exonerado. 
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Se o servidor for reprovado no estágio probatório (ou 
experimental), caberá exoneração de ofício, desde que assegurado aointeressado o direito de defesa, consoante entendimento consagrado 
pelo STF (AI 623854). 
*DEDULWR��/HWUD�³H´� 
 
2. (FCC ± 2013 ± TRT 5ª Região (BA) ± Analista 
Judiciário ± Tecnologia da Informação) Ao entrar em exercício, o 
servidor nomeado para cargo de provimento efetivo do Tribunal 
Regional do Trabalho da 5a Região - TRT/BA ficará sujeito ao estágio 
probatório, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objetos de 
análise para o desempenho do cargo. A avaliação de desempenho do 
servidor será submetida à homologação da autoridade competente 
a) quatro meses antes de findo o período do estágio probatório. 
b) dois meses antes de findo o período do estágio probatório. 
c) três meses antes de findo o período do estágio probatório. 
d) um mês antes de findo o período do estágio probatório. 
e) seis meses antes de findo o período do estágio probatório. 
 
Para responder esta questão, é preciso ter em mente o art. 20, 
§1º, da Lei nº 8.112/90��³4 (quatro) meses antes de findo o período 
do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade 
competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por 
comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que 
GLVSXVHU�D� OHL�RX�R� UHJXODPHQWR�GD� UHVSHFWLYD�FDUUHLUD�RX�FDUJR� �����´��
Assim, a resposta correta é 4 meses (letra A). 
Gabarito: A 
 
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3. (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário ± Taquigrafia) A 
estabilidade do servidor público 
a) não impede que sentença judicial transitada em julgado 
decrete a perda do cargo. 
b) confere ao servidor público o direito de permanecer no cargo 
até o falecimento. 
c) confere ao servidor público vitaliciedade. 
d) impede a instauração de processo administrativo disciplinar. 
e) impede o controle do poder judiciário e afasta a possibilidade 
de ajuizamento de ação para perda do cargo. 
 
Conforme R� DUW�� ���� GD� /HL� ���������� ³O servidor estável só 
perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado 
ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada 
ampla defesa.´� 
*DEDULWR��/HWUD�³D´� 
 
4. (FCC ± 2014 ± TJAP ± Técnico Judiciário ± Área Judiciária e 
Administrativa) Considerando o regime jurídico aplicável aos servidores 
públicos nos termos da Constituição Federal, a estabilidade é conferida 
a) aos agentes públicos titulares de cargo de provimento efetivo 
e aos empregados das empresas estatais, desde que as 
respectivas investiduras no serviço público tenham se dado 
por meio de concurso público. 
b) aos empregados públicos de autarquias e empresas públicas 
concursados, após três anos de efetivo exercício, não 
adquirindo estabilidade os empregados de sociedade de 
economia mista, mesmo que concursados. 
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c) após três anos de efetivo exercício aos servidores públicos 
estatutários, aos empregados públicos e aos servidores 
comissionados. 
d) aos empregados públicos concursados, após três anos de 
efetivo exercício, hipótese em que passam a integrar a 
categoria dos servidores públicos estatutários. 
e) aos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo 
em virtude de concurso público, após três anos de efetivo 
exercício. 
Letra (A). Somente os servidores titulares de cargos públicos 
podem adquirir estabilidade, logo não se confere estabilidade 
para empregados públicos, que são regidos pela CLT. Logo, 
está INCORRETA. 
Letra (B). Quaisquer empregados públicos, sejam de 
autarquias ou empresas públicas ou sociedades de economia 
mista, não adquirem estabilidade. Logo, está ERRADA. 
Letra (C). Somente os servidores titulares de cargos públicos 
efetivos podem adquirir estabilidade, logo não se confere 
estabilidade a empregados públicos nem servidores 
comissionado. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). Somente os servidores titulares de cargos públicos 
podem adquirir estabilidade, logo não se confere estabilidade 
para empregados públicos, que são regidos pela CLT. Logo, 
está INCORRETA. 
Letra (E). Está de acordo cRP�R�DUW������³FDSXW´��GD�&)��/RJR��
está CORRETA. 
Gabarito: E 
 
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5. (FCC ± 2014 ± MPE/PA ± Promotor de Justiça) Quincas 
Borba é servidor extranumerário de autarquia estadual, tendo 
ingressado nos quadros da autarquia em janeiro de 1983, sem 
submeter-se a concurso público. A referida autarquia, em 2013, 
promoveu concurso interno para os extranumerários, por meio do qual 
Quincas Borba foi nomeado para cargo efetivo. Diante disso, o referido 
servidor 
a) não é dotado de estabilidade, pois a estabilidade 
extraordinária não beneficia servidores de autarquia; 
tampouco é titular de cargo efetivo, visto que não ingressou 
pela via do concurso público de provas ou de provas e títulos 
para o cargo em questão. 
b) não é dotado de estabilidade e tampouco de efetividade, 
visto que não ingressou pela via do concurso público de 
provas ou de provas e títulos para o cargo efetivo em 
questão. 
c) é dotado de estabilidade e de efetividade, haja vista que a 
situação acima referida é objeto de proteção por disposição 
transitória constante do Texto Constitucional promulgado em 
1988. 
d) é dotado de estabilidade na função em que ingressou na 
autarquia, por força de disposição transitória constitucional; 
porém, não pode ser considerado titular de cargo efetivo, 
pois é inválido o provimento de cargo dessa natureza por 
concurso interno. 
e) foi regularmente provido em cargo efetivo, porém, não faz 
jus à estabilidade, haja vista que apenas ingressou no 
referido cargo em 2013, não tendo ainda completado o 
estágio probatório. 
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Letra (A). O servidor em questão é sim dotado de 
estabilidade extraordinária, prevista no art. 19, ADCT, que é um favor 
concedido àquele servidor titular de cargo ou emprego admitido sem 
concurso público, em pessoa jurídica de direito público (ex: autarquia), 
há pelo menos cinco anos continuados antes da promulgação da 
Constituição (ou seja, até 05/10/1983, já que a CF foi promulgada em 
05/10/1988). Logo, está INCORRETA. 
Letra (B). Está ERRADA, conforme justificativa dada no item 
anterior. 
Letra (C). O servidor em questão não é dotado de 
efetividade, já que esta refere-se à forma de provimento dependente de 
concurso público (e não interno), sendo atributo do cargo e não do 
servidor. Portanto, está INCORRETA. 
Letra (D). O servidor em questão é dotado de estabilidade 
extraordinária, prevista no art. 19, ADCT, que é um favor concedido 
àquele servidor titular de cargo ou emprego admitido sem concurso 
público, em pessoa jurídica de direito público (ex: autarquia), há pelomenos cinco anos continuados antes da promulgação da Constituição 
(ou seja, até 05/10/1983, já que a CF foi promulgada em 05/10/1988). 
Entretanto, não é dotado de efetividade, já que esta refere-se à forma 
de provimento dependente de concurso público (e não interno). Logo, 
está CERTA. 
Letra (E). Está ERRADA (veja o comentário do item 
anterior). 
Gabarito: D 
 
2.3. Formas de provimento dos cargos públicos 
 
Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido 
o cargo público, com a designação de seu titular; é atribuir um cargo a 
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uma determinada pessoa. Os cargos públicos podem ser de provimento 
efetivo ou de provimento em comissão. 
E como será feito o provimento do cargo público?? Mediante 
ato da autoridade competente de cada Poder. 
São várias as formas de provimento, veremos todas as previstas 
na Lei n. 8.112/90 abaixo. Mas, saiba desde já que a forma originária 
de provimento é a nomeação. Assim, nunca perca de vista essa relação: 
PROVIMENTO ± NOMEAÇÃO! 
Depois que você é nomeado para um cargo público é que você vai 
ser investido nesse cargo e essa investidura se dá com a posse. 
INVESTIDURA ± POSSE! 
 Não esqueça e não confunda!!! Com a nomeação 
tem-se o provimento e com a posse faz-se a investidura!!! 
 A investidura em cargo público ocorrerá com a posse 
(art. 7º da Lei n° 8.112/90). A posse dar-se-á pela assinatura do 
respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, 
as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não 
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, 
ressalvados os atos de ofício previstos em lei. Portanto, a posse nada 
mais é que a aceitação das atribuições do cargo pelo servidor e o 
momento em que se forma a relação jurídica com a Administração, o 
vínculo estatutário, que se denomina investidura. 
 Contudo, muita atenção, só se pode falar em posse 
nos casos de provimento de cargo por nomeação (nas demais formas 
de provimento não há posse). Inclusive, segundo a jurisprudência do 
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STF, o servidor público nomeado para um cargo goza do direito 
subjetivo à posse, conforme dispõe a Súmula nº 16. 
 A Lei n° 8.112/90 afirma que são requisitos básicos 
para a investidura em cargo público: 
x a nacionalidade brasileira; 
x o gozo dos direitos políticos; 
x a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
x o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
x a idade mínima de dezoito anos; 
x aptidão física e mental. 
O rol descrito acima não exaustivo, já que as 
atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos, 
desde que estabelecidos em lei. 
Com a leitura atenta desses requisitos básicos, você pode me 
fazer duas perguntas: E o exame psicotécnico, não é requisito, 
professor? E os estrangeiros, podem ser servidores públicos? 
A primeira pergunta tem sua resposta na Súmula nº 686 do STF, 
segundo a qual, só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a 
habilitação de candidato a cargo público. Assim, se não houver previsão 
legal de que para entrar naquele cargo será necessário realizar o 
psicotécnico, o órgão não poderá incluir esse exame dentre as fases do 
concurso. 
Com relação ao estrangeiro, em regra, ele não pode ocupar 
cargos públicos. A lei só ressalva a situação do professor, técnico ou 
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cientista nas universidades e instituições de pesquisa científica e 
tecnológica federais. 
 
Ainda com relação ao provimento, não podemos nos esquecer da 
situação dos portadores de deficiências. Quanto a eles, o art. 37, 
VIII, da Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos 
cargos e empregos públicos para essas pessoas e definirá os critérios de 
sua admissão. 
A Lei nº 8.112/90 prevê esse percentual da seguinte forma, em 
seu art. 5º: 
 
 
 
 
 Veja que a lei autoriza a reserva de até 20% das vagas aos 
portadores de necessidades especiais. 
 Para a Súmula nº 377 do STF, o portador de visão 
monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas 
reservadas aos deficientes. 
Aqui você já deve ir se preparando, meu amigo, não para o 
concurso, mas para saber o que você deverá fazer depois que for 
aprovado! 
Depois de sua nomeação, publicada no diário oficial, você terá 
30 dias para tomar posse. Descumprido esse prazo, a sua nomeação 
será tornada sem efeito. Se você quiser, você poderá passar uma 
 § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se 
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas 
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; 
para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das 
vagas oferecidas no concurso. 
 
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procuração específica para alguém fazer isso por você (mas você não 
vai perder esse gostinho, não é?) 
No ato da posse, você deverá apresentar: 
a) declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio; e 
O objetivo dessa declaração é acompanhar sua evolução 
patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode 
caracterizar improbidade administrativa. 
b) declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, 
emprego ou função pública. 
Isso para evitar acumulações ilegais. 
Além disso, antes de tomar posse você deverá se submeter a uma 
inspeção médica oficial. Você só vai ser empossado se for julgado apto 
física e mentalmente para o exercício do cargo. 
Depois da nomeação e da sua posse, você vai entrar em 
exercício. No exercício, você vai, efetivamente, meter a mão na 
massa! 
O prazo para você entrar em exercício será de 15 dias, contados 
da data da posse. 
E se você descumprir esse prazo? 
Meu amigo, aí você fará a maior ca.... de sua vida! Pois o servidor 
que não cumpre o prazo para entrar em exercício é exonerado do 
cargo (ou tornada sem efeito a designação para a função de 
confiança). 
 
No caso daquele que foi designado para função de confiança, o 
exercício não é em 15 dias, mas no mesmo dia da publicação do ato 
de designação, sob pena de o ato ficar sem efeito. Estando o servidor 
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impedido em razão de licença ou afastamento, a entrada em exercício 
deve ocorrer no primeiro dia após o término do impedimento, que não 
pode exceder 30 dias. 
No caso de servidor que tenha exercício em outro 
municípioem razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, 
cedido ou posto em exercício provisório, terá, no mínimo, dez e, no 
máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a 
retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído 
nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 
 Temos a seguinte sequência para o provimento 
em cargo efetivo: 
 
 
 
Prazos para o exercício, depois de tomar posse: 
Regra geral 15 dias 
Função de confiança Mesmo dia da designação 
Exercício em outro município De 10 a 30 dias 
 
Não vá para a prova sem ler com ATENÇÃO MÁXIMA os seguintes 
dispositivos da Lei n. 8.112/90: 
 Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos 
inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, 
Concurso ± nomeação ± 30 dias para posse ± posse ± 15 dias 
para exercício ± exercício. 
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por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
 § 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação 
do ato de provimento. 
 § 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do 
ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou 
afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e 
"f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. 
 § 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
 § 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por 
nomeação. 
 § 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e 
valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou 
não de outro cargo, emprego ou função pública. 
 § 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não 
ocorrer no prazo previsto no § 1odeste artigo. 
 Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção 
médica oficial. 
 Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto 
física e mentalmente para o exercício do cargo. 
 Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo 
público ou da função de confiança. 
 § 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo 
público entrar em exercício, contados da data da posse. 
 § 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o 
ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício 
nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. 
 § 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for 
nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. 
 § 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a 
data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em 
licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá 
no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder 
a trinta dias da publicação. 
 Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício 
serão registrados no assentamento individual do servidor. 
 Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao 
órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual. 
 
 
Aprofundando no estudo do provimento, devemos estudar ainda 
que ele pode ser originário ou derivado. 
1. Provimento ORIGINÁRIO (também denominado 
autônomo): preenchimento de classe inicial de cargo não 
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decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a 
administração. Para os cargos efetivos, depende sempre de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas 
e títulos. A única forma de provimento originário é a 
nomeação. 
2. Provimento DERIVADO: preenchimento de cargo decorrente 
de vínculo anterior entre o servidor e a administração. Nesse 
caso, não há concurso público ou nomeação. As formas de 
provimento derivado são: promoção, readaptação, reversão, 
aproveitamento, reintegração e recondução (cada uma delas 
será abordada abaixo). 
Conforme leciona Fernanda Marinela, esse provimento pode 
ser: 
a) Vertical: atribuição de um novo cargo a um servidor, dentro 
da mesma carreira, mas que representa uma progressão 
funcional, uma ascensão em sua vida profissional. 
Atualmente, a única forma de provimento derivado vertical 
é a promoção, já que a ascensão (também chamada de 
transposição ou acesso) foi revogada, pois permitia o 
provimento do servidor público para um cargo de uma 
carreira diferente da sua, sem prévia aprovação em 
concurso público. 
b) Horizontal: ocorre a mudança de cargo que não caracteriza 
progressão, crescimento profissional. Atualmente, a única 
forma de provimento derivado horizontal é a readaptação, 
já que a transferência (passagem do servidor estável de 
cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente 
a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do 
mesmo Poder) foi revogada. 
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c) Por reingresso: garante o retorno do servidor por meio de 
reintegração, recondução, reversão e aproveitamento. 
O provimento ainda pode ser classificado, quanto à sua 
durabilidade, em efetivo, vitalício e em comissão. 
1. Provimento EFETIVO: faz-se em cargo público, mediante 
nomeação por concurso público, assegurando ao servidor, após 
3 anos de exercício, o direito de permanência no cargo 
(estabilidade), do qual só pode ser destituído por sentença 
judicial, por processo administrativo em que seja assegurada 
ampla defesa ou por procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, também assegurado o direito de ampla defesa. 
2. Provimento VITALÍCIO: faz-se em cargo público, mediante 
nomeação, assegurando ao funcionário o direito à permanência 
no cargo, do qual só pode ser destituído por sentença judicial 
transitada em julgado. OBS: somente é possível com 
relação a cargos que a Constituição Federal define como 
de provimento vitalício, uma vez que a vitaliciedade 
constitui exceção à regra geral da estabilidade. 
Na CF/88, são vitalícios os cargos dos membros da 
Magistratura, do Tribunal de Contas e do Ministério Público. 
3. Provimento EM COMISSÃO: faz-se mediante nomeação para 
cargo público, independentemente de concurso e em caráter 
transitório. Somente é possível com relação aos cargos que a 
lei declara de provimento em comissão. 
Nesse ponto, importante a análise da Súmula nº 685 do STF: 
 
 
 
STF Súmula nº 685 É inconstitucional toda modalidade de provimento 
que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso 
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira 
na qual anteriormente investido. 
 
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Diante da redação dessa súmula, duas outras formas de 
provimento derivado anteriormente previstas, a ascensão e a 
transferência, foram extintas. Veja, nesse sentido, a atual redação 
do art. 8º da Lei n° 8.112/90: 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) (Revogado 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
Hoje fala-se também na inconstitucionalidade da transposição 
(alteração de denominação do cargo para equiparar a outro cargo de 
categoria superior), por essa mesma razão. 
Nos termos da jurisprudência do STF, é possível ao servidor 
estável aprovado para outro cargo, dentro do período de estágio 
probatório, optar pelo retorno ao antigo cargo, se assim desejar. 
 Veja alguns tipos de provimento. 
Analisaremos cada um deles: 
x Nomeação: É a forma exclusiva de provimento originário. 
Podendo ser em caráter de comissão, tornando dispensável o 
concurso público. Ou pode ser por precedido de concurso, onde 
terá caráter efetivo. Com relação ao concurso, você deve se 
lembrar de que ele terá validade de até 2 anos, podendo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período, e não se abrirá 
novo concurso enquanto houver candidato aprovado em 
concurso anterior com prazo de validade não expirado. 
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No que tange ao momento em que será praticada, a nomeação 
é um ato discricionário, porque cabe ao Administrador escolher 
o melhor momento, desde que respeitados o prazo de validade 
do concurso e a ordem de classificação dos candidatos. 
 
x Promoção: Refere-se ao progresso do servidor, ingressando 
numa posição mais elevada que a anteriormente ocupada, 
dentro da mesma carreira. Para ter esse direito, o servidor 
deverá preencher requisitos previstos em lei para cada 
carreira, podendo ter como base critérios de antiguidade ou 
merecimento. 
Como podemos ver, pressupõe a existência de cargos 
escalonados em carreira. 
A promoção não interrompe o tempo de exercício, 
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da 
data de publicação do ato que promover o servidor. 
ATENÇÃO!!! Alguns estatutos de servidores fazem 
distinção entre promoção e progressão. Em regra, ocorre 
promoção quando o servidor muda de um cargo para outro, 
com conseqüente mudança de classe. Por outro lado, na 
progressão, ele mantém-se no mesmo cargo, tendo uma 
mudança somente de padrão, com conseqüente acréscimo nos 
vencimentos. 
A EC nº 19/98 introduziu uma nova exigência 
como requisito para a promoção (art. 39, §2º, da CF): a 
participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em 
escolas de governo. Porém, em razão das dificuldades da 
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Administração Pública, prevalece a orientação para que essa 
regra só passe a ser aplicada depois que as escolas estiverem 
à disposição dos servidores, seja pela sua criação ou por meio 
da celebração de convênios com instituições especializadas. 
 
x Readaptação: Ocorre na situação em que o servidor ocupa 
cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma debilidade, 
necessitando de um novo cargo que se adeque a sua limitação. 
Ou seja, é a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha 
sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em 
inspeção médica. A readaptação será efetivada em cargo de 
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de 
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de 
inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas 
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
 Cuidado!!! Se a limitação gerar uma 
incapacidade para o serviço público, o servidor deverá 
ser aposentado e não readaptado. 
 É instituto que se destina apenas aos servidores 
efetivos, não se estendendo aos ocupantes de função 
comissionada, sem vínculo com a Administração Pública 
Federal (AgRg no REsp 749852/DF, STJ-Sexta Turma, Rel. Min. 
Paulo Gallotti, julgamento: 09.02.2006, DJ 27.03.2006). 
 Vale lembrar da Súmula nº 566 do STF: 
³(QTXDQWR� SHQdente, o pedido de readaptação fundado em 
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desvio funcional não gera direitos para o servidor, 
UHODWLYDPHQWH�DR�FDUJR�SOHLWHDGR´� 
Para decorar, grave essa imagem: 
 
fonte: 
www.trabalhosescolares.net 
Agora, leia a lei: 
 Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
 § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será 
aposentado. 
 § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, 
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de 
vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá 
suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.(Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
x Reintegração: Quando o servidor estável é demitido e é 
comprovado que a sua demissão não foi válida (seja por 
decisão judicial ou administrativa), retornando a sua atividade, 
com ressarcimento de todas as vantagens que possuía 
anteriormente. Caso o cargo que ocupava o reintegrado tenha 
sofrido alguma transformação, o seu retorno deve ocorrer para 
o cargo resultante da transformação. Na hipótese de o cargo 
ter sido extinto quando do retorno, o servidor ficará em 
disponibilidade. Se o cargo já estiver provido, o seu eventual 
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ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à 
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto 
em disponibilidade (perceba que o privilégio é para aquele que 
está sendo reintegrado!). 
 Perceba que se trata de situação em que o 
servidor havia sido demitido, ou seja, aplicou-se a penalidade 
de demissão após instauração de processo administrativo 
disciplinar, e não exonerado. Daí, posteriormente, a demissão 
foi declarada inválida. 
 ³Consoante entendimento do STJ, a 
anulação do ato de demissão do servidor, com a respectiva 
reintegração, tem como conseqüência lógica a recomposição 
integral dos direitos do servidor demitido, em respeito ao 
princípio da restitutio in integrum. A declaraçãode nulidade do 
ato de demissão deve operar efeitos ex tunc, ou seja, deve 
restabelecer exatamente o status quo ante, de modo a 
preservar todos os direitos do indivíduo atingido pela 
LOHJDOLGDGH´� �$J5J�QR�$J��������6&��67--Sexta Turma, Rel.ª 
Min.ª Jane Silva, julgamento 26.08.09, DJe: 15.09.2008). O 
marco inicial para contagem dos efeitos patrimoniais é a data 
de publicação do ato impugnado (MS 13193/DF, STJ-Terceira 
Seção, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgamento: 
25.03.2009, DJe: 07.04.2009). 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o pedido de 
reintegração em cargo público federal, ainda que o servidor 
tenha sido dispensado antes da instituição do regime jurídico 
único (Súmula nº 173 do STJ). 
Para se lembrar do que é a reintegração, grave essa imagem: 
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Fonte: maxresdefault.jpg 
Agora, leia a lei: 
 Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando 
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com 
ressarcimento de todas as vantagens. 
 § 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em 
disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. 
 § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em 
outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. 
 
x Aproveitamento: Quando o servidor estável retorna a sua 
atividade e recebe os seus vencimentos conforme o seu cargo 
anterior que por algum motivo foi considerado extinto, ou de 
atribuição inapropriada. 
Garante ao servidor estável a possibilidade 
de retornar à atividade quando em disponibilidade e surgir uma 
vaga. Importante lembrar que disponibilidade é o ato pelo qual 
o Poder Público transfere para a inatividade remunerada, com 
pagamento de vencimentos integrais do cargo (Súmula nº 358 
do STF), servidor estável cujo cargo venha a ser extinto, 
declarada a sua desnecessidade ou, ainda, ocupado em 
decorrência de reintegração, sem que o desalojado pudesse ser 
reconduzido. 
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Saiba que o aproveitamento é obrigatório, o que garante que o 
servidor não ficará indefinidamente em disponibilidade. 
Entretanto, à falta de lei, funcionário em disponibilidade não 
pode exigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica 
subordinado ao critério de conveniência da administração. 
Além disso, o aproveitamento deve ocorrer em cargo de 
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado. 
Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo 
legal, que é de 15 dias, salvo doença comprovada por junta 
médica oficial. 
Aqui uma imagem interessante: 
 
Fonte: indicae.blogspot.com 
ACOORRDDAA SERVIDOR! VOCÊ ESTAVA EM 
DISPONIBILIDADE, AGORA FOI APROVEITADO!! VAI 
TRABALHAR!!!! 
Agora, leia a lei: 
 Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á 
mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos 
compatíveis com o anteriormente ocupado. 
 Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o 
imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a 
ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. 
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 Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor 
posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão 
central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o 
seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo 
incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo 
doença comprovada por junta médica oficial. 
 
x Reversão: é o retorno à atividade de servidor aposentado por 
invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes 
os motivos da aposentadoria (os motivos que justificavam a 
aposentadoria podem nunca ter existido e por erro ter sido 
concedido o benefício ou podem ter desaparecido por simples 
superação do servidor). É também o retorno à atividade do 
servidor estável, aposentado voluntariamente, que tenha 
requerido a reversão e desde que haja cargo vago, a 
aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores à 
solicitação e seja de interesse da administração. 
O servidor que retornar com esse fundamento perceberá, em 
substituição aos proventos de aposentadoria, a remuneração 
do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens 
pessoais. OBS: o servidor que for revertido a pedido somente 
terá os proventos calculados com base nas regras atuais se 
permanecer 5 anos no cargo. 
Nesses casos, o servidor deve retornar para o mesmo cargo 
(cargo de origem) ou para cargo resultante de eventual 
transformação. 
Se o cargo estiver ocupado, o servidor poderá exercer suas 
funções como excedente até que surja uma vaga. OBS: 
Atenção!!! Essa regra não se aplica à reversão a pedido porque 
a existência de cargo vago é uma condicionante para seu 
deferimento. 
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O tempo em que o servidor estiver em exercício será 
considerado para concessão da aposentadoria. 
Cuidado!!! Essa forma de reingresso não pode 
ser aplicada quando o servidor já tiver completado 70 
anos, em razão da aposentadoria compulsória. 
Veja a imagem: 
 
fonte: marcioantoniassi.wordpress.com 
Agora, leia a lei: 
 Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
 I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os 
motivos da aposentadoria; ou 
 II - no interesse da administração, desde que: 
 a) tenha solicitado a reversão; 
 b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
 c) estável quando na atividade; 
 d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
 e) haja cargo vago. 
 § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de 
sua transformação. 
 § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado 
para concessão da aposentadoria. 
 § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor 
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
 § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração 
perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração 
do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens denatureza 
pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. 
 § 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos 
calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos 
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no cargo. 
 § 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. 
 Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 
(setenta) anos de idade. 
 
x Recondução: A lei define de forma bem clara: 
 
 Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente 
ocupado e decorrerá de: 
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II - reintegração do anterior ocupante. 
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será 
aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30. 
 O servidor reconduzido em razão da reintegração do 
anterior ocupante do cargo não tem direito à indenização. 
Estando o dito cargo de origem ocupado, o servidor poderá 
ocupar um outro cargo equivalente que existir vago ou, em 
último caso, ficar em disponibilidade. 
 
1) É reconhecida a possibilidade de recondução ao cargo de 
origem nas hipótese em que o servidor estável não tem 
mais interesse no novo cargo ocupado. Assim, desistindo 
do novo cargo durante o estágio probatório, poderá pedir a 
recondução e retornar ao cargo de origem. Esse pedido 
deve ser apresentado antes da conclusão do estágio 
probatório do novo carho, porque enquanto ele não for 
confirmado, não estará extinta a situação anterior (MS 
24543/DF, STF-Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso, 
julgamento: 21.08.2003, DJ: 12.09.2003 e MS 8339/DF, 
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STJ-Terceira Seção, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, 
julgamento: 11.09.2002, DJ: 16.12.2002). 
2) Os institutos da vacância e da recondução têm por 
finalidade garantir ao servidor público federal sua 
permanência na esfera do serviço público, sem, com isso, 
tolher o inalienável direito de buscar sua evolução 
profissional. Por isso, sob pena de afronta ao princípio da 
isonomia, deve a regra dos arts. 29, I, e 33, VIII, da Lei nº 
8.112/90 ser estendida às hipóteses em que o servidor 
público pleiteia a declaração de vacância para ocupar 
emprego público federal, garantindo-lhe, por conseguinte, 
se necessário, sua recondução ao cargo de origem (Resp 
817061/RJ, STJ-Quinta Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves 
Lima, julgamento: 29.05.2008, DJ: 04.08.2008). 
 
 
 
6. (FUNCAB -2013 -Órgão: IF-RR - Assistente de 
Administração) A posse é o ato pelo qual se dá a investidura de uma 
pessoa em certo cargo público e possui como característica: 
 a) o prazo de 15 dias para tomá-la, contados da publicação do ato de 
provimento. 
 b) a não dependência de prévia inspeção médica oficial 
 c) a dispensa de apresentação de declaração de bens. 
 d) a exoneração do servidor que, nomeado, não tomá-la no prazo 
previsto. 
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 e) a possibilidade de ser feita por procuração específica. 
 
 
Leia com atenção!!!!!! 
 
 Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos 
inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, 
por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
 § 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação 
do ato de provimento. 
 § 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do 
ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou 
afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e 
"f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. 
 § 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
 § 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por 
nomeação. 
 § 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e 
valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou 
não de outro cargo, emprego ou função pública. 
 § 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não 
ocorrer no prazo previsto no § 1odeste artigo. 
 
 
*DEDULWR��/HWUD�³H´� 
 
7. (FUNCAB -2013 - IF-RR-Auxiliar de Administração) Qual é o 
prazo para posse do servidor público, contado da publicação do ato de 
provimento, nos termos do artigo 13 da Lei nº 8.112/1990? 
 a) 5 (cinco) dias. 
 b) 10 (dez) dias. 
 c) 15 (quinze) dias. 
 d) 20 (vinte) dias. 
 e) 30 (trinta) dias. 
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Acabamos de ver, de acordo com o art. 13 - § 1o A posse ocorrerá no 
prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. 
Gabarito: Letra E. 
 
8. (FCC ± 2013 ± MPE/SE ± Analista ± Direito) Quanto aos 
cargos declarados em lei de provimento em comissão, é correto afirmar 
que 
a) a nomeação para ocupá-los, dispensa a prévia aprovação em 
concurso público e a exoneração de seu titular fica a 
exclusivo critério da autoridade nomeante. 
b) a nomeação, para ocupá-los, não dispensa a aprovação 
prévia em concurso público, mas a exoneração é livre, 
despida de qualquer formalidade especial. 
c) são considerados de livre nomeação e exoneração, o que não 
dispensa a prévia aprovação em concurso público. 
d) o exercício se dá em razão de relação de confiança entre a 
autoridade nomeante e o seu titular, mas a exoneração não é 
livre, sendo necessário, para tanto, processo administrativo 
de defesa. 
e) são instituídos em caráter transitório, mas seu desempenho é 
permanente, e, por essa razão é que são considerados de 
livre nomeação e exoneração. 
 
Letra (A). A investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração (art. 37, inciso II, da CF). Logo, está CORRETA. 
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Letra (B). A nomeação de cargo de provimento em comissão 
não depende de prévio concurso público. Portanto, está INCORRETA. 
Letra (C). Está ERRADA, conforme comentado no item acima. 
Letra (D). O cargo em comissão é de livre nomeação e 
exoneração. Logo, está ERRADA. 
Letra (E). O cargo em comissão possui caráterpermanente e 
não transitório. Portanto, está INCORRETA. 
Gabarito: A 
 
9. (FCC ± 2013 ± TRT 15ª Região ± Analista Judiciário ± 
Contabilidade) O Sr. José teve a grata notícia de sua aprovação em 
concurso público. Conhecedor de seus deveres, sabe que sua 
investidura ocorrerá com a posse. Nos termos da Lei, é regra atinente à 
posse 
a) sua ocorrência no prazo de 30 dias contados do resultado do 
concurso. 
b) em se tratando de servidor em licença para desempenho de 
mandato classista, o prazo para sua ocorrência será contado 
do término do impedimento. 
c) a obrigatoriedade nos casos de nomeação e de provimento. 
d) independe de prévia inspeção médica legal, condição exigida 
para a entrada em exercício. 
e) o previsto no termo de posse pode ser alterado de ofício nos 
termos previstos em lei. 
 
Letra (A). O prazo de 30 dias para a posse é contado a partir 
da publicação do ato de provimento (art. 13, §1º, da Lei nº 8.112/90). 
Logo, está INCORRETA. 
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Letra (B). Essa licença não está prevista no art. 13, §2º, da 
Lei nº 8.112/90, não se aplicando a ela a regra da contagem do término 
do impedimento. Portanto, está ERRADA. 
Letra (C). A posse só será obrigatória no caso de nomeação e 
não de qualquer provimento. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). A posse em cargo público dependerá de prévia 
LQVSHomR�PpGLFD�RILFLDO��DUW������³FDSXW´��GD�/HL�Qž������������3RUWDQWR��
está ERRADA. 
Letra (E). A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo 
termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as 
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não 
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, 
ressalvados os atos de ofício previstos em lei. (arW������³FDSXW´��GD�
Lei nº 8.112/90). Logo, está CORRETA. 
Gabarito: E 
 
10. (FCC ± 2012 ± TRF 2ª Região ± Analista Judiciário ± 
Taquigrafia) Nos termos da Lei nº 8.112/1990, a posse dar-se-á pela 
assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, 
os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo 
ocupado, que 
a) jamais poderão ser alterados. 
b) em regra, poderão ser alterados unilateralmente, apenas 
pela Administração Pública. 
c) não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das 
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
d) poderão ser alterados apenas de forma bilateral. 
e) em regra, poderão ser alterados unilateralmente, apenas 
pelo administrado. 
 
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Letra (A). Só não poderão ser alterados unilateralmente; ainda 
assim, existe exceção referente aos atos de ofício previstos em lei. 
Portanto, está INCORRETA. 
Letra (B). A regra é a não alteração unilateral por qualquer 
das partes. Logo, está ERRADA. 
 /HWUD� �&��� (VWi� GH� DFRUGR� FRP� R� DUW�� ���� ³FDSXW´�� GD� /HL� Qž�
8.112/90. Logo, está CORRETO. 
 Letra (D). Poderão ser alterados de forma unilateral também, 
desde que decorrentes dos atos de ofício previstos em lei. 
 Letra (E). A regra é a não alteração unilateral por qualquer das 
partes. Logo, está ERRADA. 
 Gabarito: C 
 
11. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) É 
INCORRETO afirmar que são formas de provimento de cargo público, 
dentre outras, a 
a) reintegração e a recondução. 
b) readaptação e a nomeação. 
c) promoção e o aproveitamento. 
d) transferência e a ascensão. 
e) nomeação e a promoção. 
Diante da análise da Súmula nº 685 do STF: 
 
 
 
 
Diante da redação dessa súmula, duas outras formas de 
provimento derivado anteriormente previstas, a ascensão e a 
transferência, foram extintas. 
*DEDULWR��/HWUD�³'´�� 
STF Súmula nº 685 É inconstitucional toda modalidade de provimento 
que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso 
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira 
na qual anteriormente investido. 
 
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12. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) João 
Carlos, aposentado por invalidez, foi submetido à junta médica oficial, 
que declarou insubsistentes os motivos da aposentadoria, razão pela 
qual foi determinado o seu retorno à atividade, que deverá ser feito 
a) através da reintegração em qualquer cargo de atribuições 
correlatas àquelas do cargo que ocupava anteriormente, ficando o 
servidor em disponibilidade remunerada se não houver cargo vago com 
tais características. 
b) por recondução para o mesmo cargo anteriormente ocupado. Na 
hipótese deste estar provido, o servidor será colocado em 
disponibilidade remunerada até que ocorra a vaga em outro cargo. 
c) mediante reversão e ocorrer no mesmo cargo ou naquele 
resultante da sua transformação. Na hipótese de estar provido esse 
cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga. 
d) por intermédio do aproveitamento para cargo de atribuições, 
complexidade e remuneração idênticas ao do cargo ocupado por ocasião 
da aposentadoria. 
e) com a aplicação da transposição para o cargo ocupado quando 
da aposentadoria, ou para outro com as mesmas características, ou 
ainda colocado em disponibilidade remunerada, até que ocorra cargo 
vago. 
Na situação apresentada, trata-se de um provimento, porém, 
provimento DERIVADO, que é uma forma de preenchimento de cargo 
decorrente de vínculo anterior entre o servidor e a administração. Nesse 
caso, não há concurso público ou nomeação. João Carlos será provido 
através da reversão. Esse instituto é assim regulado na Lei 8.112: 
 
 
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*DEDULWR��/HWUD�³F´� 
 
13. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) São formas de 
provimento de cargo público, de acordo com a Lei Federal no 8.112/90: 
a) Nomeação e indicação. 
b) Ascensão e reversão. 
c) Transferência e readaptação. 
d) Reintegração e readaptação. 
e) Recondução e ascensão. 
As formas de provimento derivado são: promoção, readaptação, 
reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. 
/HWUD�³G´�FRUUHWD�� 
 
14. (FCC/2011/TRT4ªReg-RS/Técnico Judiciário) Francisco foi 
nomeado em caráter efetivo para o cargo de Técnico Judiciário - Área 
Administrativa, enquanto Lúcia, servidor pública federal, foi promovida 
para outro cargo de hierarquia superior. Nesses casos, a nomeação e a 
promoção são, respectivamente, de natureza 
a) originária e derivada. 
b) derivada e vertical. 
c) decorrente e horizontal. 
d) derivada e originária. 
 Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: (Redação 
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

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