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Noções de Direito Administrativo para Técnico em Regulação - ANS

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Aula 07
Noções de Direito Administrativo p/ ANS - Técnico em Regulação
Professor: Daniel Mesquita
Direito Administrativo ʹ p/ Técnico em 
regulação -ANS. Aula e exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 07 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 109 
Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
Aula 07: DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 07 1 
2. DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PÚBLICOS 2 
2.1 VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO 2 
2.2 VANTAGENS 12 
2.3 INDENIZAÇÕES 13 
2.4 GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS 23 
2.5 FÉRIAS 38 
2.6 LICENÇAS 44 
2.7 AFASTAMENTOS E CONCESSÕES 64 
3. DO DIREITO DE PETIÇÃO 79 
4. RESUMO DA AULA 84 
5. QUESTÕES 94 
6. REFERÊNCIAS 109 
 
 
 
1. Introdução à aula 07 
 
Bem vindos à nossa Aula 07 de Direito Administrativo para Técnico 
em Regulação da ANS. Nesta aula, vamos abordar um tema importante 
GD�PDWpULD��³Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (Regime Jurídico dos 
Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações 
Federais). Parte II: direitos.´ 
Direito Administrativo ʹ p/ Técnico em 
regulação -ANS. Aula e exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 07 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 109 
Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
 Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
Outra medida fundamental que você deve adotar é a leitura da 
Lei n. 8.112/90 ± sem preguiça! LEIA A LEI! ESTUDE AS AULAS 
RELATIVAS À LEI 8.112/90 COM O TEXTO DA NORMA AO LADO. 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
2. Direitos e vantagens dos Servidores Públicos 
 
Além de estarem previstos na Constituição Federal, os direitos dos 
servidores públicos federais estão previstos também no diploma legal 
que estatui o regime jurídico dos servidores públicos da União, a Lei 
8.112/90. Lembrando que é da competência de cada ente federativo 
legislar sobre o regime jurídico de seus servidores. 
Dentre os direitos dos servidores públicos estão as férias, 
licenças, vencimento ou remuneração, a aposentadoria, entre outros 
que falaremos adiante. 
 
2.1 Vencimento e remuneração 
 
VENCIMENTO, nos termos do art. 40 da Lei 8112/90, é a 
retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público. Muito cuidado 
meus caros!!! É vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo os 
previstos em lei. Confira o dispositivo da Lei 8112/90: 
Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos 
em lei. 
 
A Lei 8112/90 conceitua ainda, no art. 41, a REMUNERAÇÃO 
como o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens 
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei 
Direito Administrativo ʹ p/ Técnico em 
regulação -ANS. Aula e exercícios comentados. 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 07 
 
 
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REMUNERAÇÃO = VENCIMENTO + VANTAGENS. 
 Segundo Fernanda Marinela, a remuneração pode também 
denominada de ³YHQFLPHQWRS´� (não é vencimento ± que é a parcela 
EiVLFD��p�³YHQFLPHQWRV´�± que é igual a remuneração). 
REMUNERAÇÃO = VENCIMENTOS 
Para a professora, além da remuneração/vencimentos, há outra 
modalidade remuneratória introduzida com a Reforma Administrativa de 
1998: o subsídio. 
Subsídio é uma retribuição mensal do servidor constituída por 
uma parcela única, sendo vedados aditamentos ou acréscimos de 
qualquer espécie (art. 39, §4º, CF). 
 SUBSÍDIO = PARCELA ÚNICA 
A retribuição por subsídio foi fixada na CF para os seguintes 
cargos públicos: chefes do Poder Executivo de todas as ordens políticas 
(=prefeitos, governadores, Presidente da República); auxiliares 
imediatos do Poder Executivo (Secretário de Estado); membros do 
Poder Legislativo (vereadores, deputados e senadores); magistrados 
federais e estaduais (juízes, desembargadores, ministros de tribunais 
superiores e STF); membros do MP (promotores, procuradores de 
justiça e procuradores da república); ministros e conselheiros dos 
Tribunais de Contas; membros da AGU (advogados da União, 
procuradores federais e procuradores da Fazenda Nacional); 
procuradores federais e estaduais (procuradores de Estado); defensores 
públicos; servidores policiais (delegados, por exemplo); demais 
servidores organizados em carreira, desde que a lei que disciplina sua 
remuneração opte pelos subsídio. 
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regulação -ANS. Aula e exercícios comentados. 
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Vamos falar agora sobre algumas regras IMPORTANTES que 
devem ser seguidas quanto à remuneração. 
1) Lei específica; 
Em geral, sua fixação tem que ser por meio de lei específica para 
cada cargo, emprego ou função, após prévia dotação orçamentária e 
autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias. ATENÇÃO para 
a exceção: em algumas hipóteses expressas na CF, a remuneração não 
será definida por lei e sim por decreto legislativo, como no caso do 
Presidente da República, Ministros de Estado, Senadores e Deputados 
Federais, além dos Vereadores. 
2) Isonomia de vencimentos; 
O art. 37, XII, da CF dispôs que os vencimentos dos cargos 
administrativos dos Poderes Legislativo e Judiciário não poderão ser 
superiores aos de seus correspondentes no Poder Executivo. O 
propósito do constituinte foi evitar as disparidades entre os Poderes e 
entre os cargos, funções ou empregos idênticos. O art. 41, §4º, da Lei 
nº 8.112/90, foi criado para o mesmo sentido: § 4o É assegurada a 
isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou 
assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, 
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza 
ou ao local de trabalho.. 
3) Princípio da irredutibilidade; 
O art. 37, XV, CF e art. 41, §3º, da Lei nº 8.112/90 assim 
disciplinam: 
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&RQVWLWXLomR�� ³;9� - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de 
cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos 
;,�H�;,9�GHVWH�DUWLJR�H�QRV�DUWV������†��ž�������,,�������,,,��H������†��ž��,�´ 
 
/HL� Q�� ���������� ³§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
YDQWDJHQV�GH�FDUiWHU�SHUPDQHQWH��p�LUUHGXWtYHO´�� 
 
Tal garantia da irredutibilidade só é válida quando a retribuição 
paga ao servidor é legal, fixada com obediência às exigências 
constitucionais e legais!!! Ademais, observe que esse princípio não 
protege a remuneração dos abalos da inflação, da incidência dos 
tributos, da redução para adequação ao teto remuneratório. Além disso, 
no caso de mudança nas verbas indenizatórias e nas gratificações e 
adicionais, não há violação do princípio, por decorrerem de prestação 
especial de serviço, em razão de circunstâncias específicas e, 
normalmente, temporárias. 
De olho na jurisprudênciado STF!!! 
 
Foto extraída de: 
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/bancoImagemFotoAudiencia/bancoImagemFotoA
udiencia_AP_284467.jpg 
O STF reconheceu que o direito de irredutibilidade da 
remuneração não impede a mudança na forma de cálculo, desde que 
não cause redução nominal dos valores, não existindo para o servidor 
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público direito adquirido à forma como são calculadas as suas 
remunerações (Repercussão Geral ± Mérito ± RE 563965/RN, STF ± 
Tribunal Pleno, Rel.ª Min.ª Cármem Lúcia, julgamento 11.02.2009, DJe: 
19.03.2009). 
O STF possui entendimento consolidado no sentido de que o 
servidor público não tem direito adquirido de manter o regime jurídico 
existente no momento em que ingressou no serviço público. No 
entanto, as mudanças no regime jurídico do servidor não podem reduzir 
a sua remuneração, considerando que o art. 37, XV, da CF/88 assegura 
o princípio da irredutibilidade dos vencimentos (STF. Plenário. MS 
25875/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/10/2014) 
4) Proibição de vinculação e equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias (art. 37, XIII, CF) 
Finalidade: evitar os aumentos em cascata, que ocorrem quando 
uma classe de servidores é beneficiada com um reajuste e as demais 
também conseguem a vantagem de forma indireta. 
Atenção para os conceitos, segundo Marinela: 
ł� 9LQFXODomR� �UHODomR� GH� FRPSDUDomR� YHUWLFDO��� XP� FDUJR�
inferior (menores atribuições e complexidade) vincula-se a 
outro superior, para efeito de retribuição, de sorte que, 
aumentando-se os vencimentos de um, os do outro também 
ficam automaticamente majorados, para guardar a mesma 
distância preestabelecida. 
ł�(TXLSDUDomR��UHODomR�GH�FRPSDUDoão horizontal): equipara-se 
cargos de denominação e atribuições diversas, considerando-se 
iguais para fins de lhes conferirem os mesmos vencimentos, de 
tal sorte que, aumentando-se o padrão do cargo-paradigma, 
automaticamente o do outro fica também majorado na mesma 
proporção. 
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5) Revisão de remuneração; 
O art. 37, X, da CF, estabelece o direito subjetivo de revisão da 
remuneração dos agentes públicos, devendo essa ser geral, anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices. Essa revisão tem a 
finalidade: reajustar genericamente todos os vencimentos e recompor a 
perda do poder aquisitivo do servidor em decorrência da inflação. 
Sobre esse ponto, muito interessante acompanhar o RE 565089, 
em julgamento na sistemática da repercussão geral pelo Supremo 
Tribunal Federal, no qual se discute se o Estado tem o dever de 
indenizar os servidores por não ter editado a lei de revisão geral anual 
dos vencimentos. No momento, o julgamento tem 3 votos para 
determinar o dever do Estado de indenizar os servidores pelas perdas 
da inflação não recompostas pelo Estado diante de seu dever 
constitucional do art. 37, X, da Constituição. Há, ainda, 4 votos 
contrário a esse entendimento. Leia a notícia no site do Supremo: 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idCont
eudo=276612 
6) Limites remuneratórios; 
Há limites remuneratórios mínimo e máximo, nos termos do art. 
37, XI, da CF. 
No que tange ao limite mínimo, o art. 41, §5º, da Lei nº 
8.112/90, estabelece que nenhum servidor receberá remuneração 
inferior ao salário mínimo. 
 
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Segundo a Súmula Vinculante nº 16 do STF, a remuneração total 
do servidor não pode ser inferior ao salário-mínimo, mas o salário-base 
pode. IMPORTANTE LEMBRAR TAMBÉM QUE: no caso das praças 
prestadoras de serviço militar inicial, não viola a Constituição o 
estabelecimento de remuneração inferior ao salário-mínimo (Súmula 
Vinculante nº 6 do STF). 
Quanto ao limite máximo, aplicam-se o teto remuneratório geral, 
que é a remuneração dos Ministros do STF, e os subtetos da União 
(remuneração dos Ministros do STF também), dos Estados e DF (no 
Executivo, subsídio do Governador; no Legislativo, subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais; no Judiciário, subsídio dos 
Desembargadores do TJ, no limite de 90,25% da remuneração dos 
Ministros do STF, aplicável também para Membros do MP, Procuradores 
e Defensores Públicos) e dos Municípios (remuneração do Prefeito). 
 ATENÇÃO PARA AS VERBAS QUE FICAM EXCLUÍDAS DO TETO!!! 
 ł� 9HUEDV� GH� natureza indenizatória, em razão de visarem à 
recomposição de uma despesa tida pelo servidor na prestação 
do serviço e de caráter transitório 
 ł�Direitos sociais como o 13º salário, o terço constitucional de 
férias, o adiantamento de férias, o trabalho extraordinário, 
além de outros previstos no art. 39, §3º, da CF 
 ł�Abono de permanência em serviço (pago ao servidor que, já 
tendo os requisitos para se aposentar, decide continuar 
trabalhando) 
 ł�([HUFtFLR� GR�magistério (art. 8º, II, a, da Resolução CNJ nº 
13/2006) 
7) Pagamentos em atraso; 
Atualmente, a posição dominante é que incide atualização 
monetária sobre os valores atrasados, com a finalidade de impedir que 
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a remuneração sofra redução em seu valor real provocada pelo decurso 
do tempo e peOD�LQIODomR��1HVWH�VHQWLGR��D�6~PXOD�Qž�����GR�67)��³1mR�
ofende a Constituição a correção monetária no pagamento com atraso 
GRV�YHQFLPHQWRV�GH�VHUYLGRUHV�S~EOLFRV´� 
Qual o índice utilizado na correção monetária??? Segundo entende 
o STJ, é o INPC, por ser o índice que melhor reflete a realidade 
inflacionária (REsp 1.097.672/PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES 
LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 15/06/2009). 
Além da correção monetária, o atraso também gera incidência de 
juros de mora, os quais se limitam a 6% ao ano (art. 1º-F da Lei nº 
9.494/97, dispositivo reconhecido como constitucional pelo STF). 
ATENÇÃO!!! A possibilidade de o servidor público pleitear 
remuneração prescreve em cinco anos (Decreto nº 20.910/32)!!! 
8) Descontos; 
Os descontos são possíveis em caso de falta sem motivo 
justificado e de atrasos, sendo, neste caso, proporcionais, desde que 
não tenha havido compensação autorizada pela chefia (art. 44 da Lei nº 
8.112/90). 
Consignação em folha é possível a critério do administrador, 
quando autorizado pelo servidor. 
Em razão de possuirem natureza alimentar, o vencimento, a 
remuneração e o provento não podem ser objeto de penhora, arresto e 
seqüestro, salvo por débito alimentar (art. 48 da Lei nº 8.112/90). 
Veja os dispositivos pertinentes da Lei n. 8.112/90: 
 
 Art. 44. O servidor perderá: 
 I - a remuneraçãodo dia em que faltar ao serviço, sem motivo 
justificado; 
 II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, 
ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e 
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saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês 
subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. 
 Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso 
fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia 
imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício. 
 Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum 
desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. (Vide Decreto nº 
1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide Decreto nº 
2.065, de 1996) (Regulamento) (Regulamento) 
 Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver 
consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da 
administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento. 
 Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 
30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, 
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta 
dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. 
 § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao 
correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão. 
 § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês 
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, 
em uma única parcela. 
 § 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de 
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha 
a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. 
 Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, 
exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o 
prazo de sessenta dias para quitar o débito. 
 Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto 
implicará sua inscrição em dívida ativa. 
 Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão 
objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de 
alimentos resultante de decisão judicial. 
 
 
 
 
 
1. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) No que diz respeito aos direitos e vantagens dos 
servidores públicos, previstos na Lei no 8.112/90: 
Questões de 
concurso 
 
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 a) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, sem as vantagens 
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
 b) O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens de caráter 
permanente, é redutível. 
 c) As indenizações são incorporadas ao vencimento ou provento. 
 d) As gratificações e os adicionais, em hipótese alguma, incorporam-se 
a vencimentos ou proventos. 
 e) As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, 
para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários 
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. 
 Aqui utilizamos a questão para aprofundar no conhecimento. 
Você já sabe que a letra A está errada porque remuneração = 
vencimento + vantagens. 
Sabe também que a letra B está errada porque o art. 41, § 3º, da 
Lei n. 8112/90 assegura a irredutibilidade dos vencimentos (§ 3o O 
vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter 
permanente, é irredutível). 
As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento 
para qualquer efeito (art. 49, § 1º, da Lei nº 8.112/90). Por isso, o item 
C está errado. 
Por outro lado, o § 2º do art. 49 da Lei n. 8112/90 informa que 
³DV gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou 
SURYHQWR��QRV�FDVRV�H�FRQGLo}HV�LQGLFDGRV�HP�OHL´� Item D errado. 
O artigo 50 da 8112/90 traz a seguinte informação: As vantagens 
pecuniárias não são computadas, nem acumuladas, para efeito de 
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o 
mesmo título ou idêntico fundamento. 
 Resposta: letra E 
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2.2 Vantagens 
 
Vejamos o que diz Hely Lopes Meirelles em sua classificação: 
³9DQtagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento do servidor, 
concedidas a título definitivo ou transitório, pela decorrência do tempo 
de serviço (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funções 
especiais (ex facto officii), ou em razão das condições anormais em que 
se realiza o serviço (propter laborem), ou, finalmente, em razão de 
condições pessoais do servidor (propter personam). As duas primeiras 
espécies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais 
de função), as duas últimas formam a categoria das gratificações de 
serviço e gratificações pessoais).´ 
Consideramos vantagens os acréscimos ao vencimento base por 
consequência de algum fato que dá direito ao servidor ao seu 
recebimento. 
De uma forma bem simplificada Marcelo Alexandrino e Vicente 
3DXOR� DLQGD� FODVVLILFDP�� ³FRPR� TXDOTXHU� YDORU� UHFHELGR� TXH� QmR� VH�
HQTXDGUH�QD�GHILQLomR�GH�YHQFLPHQWR�´ 
IMPORTANTE LEMBRAR DA PROIBIÇÃO DO EFEITO CASCATA!!! As 
vantagens pecuniárias não podem ser computadas, nem acumuladas, 
para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários 
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento (art. 37, XIV, CF 
e art. 50 da Lei nº 8.112/90). 
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Em relação ao reajuste das vantagens pecuniárias, o STF editou a 
Súmula Vinculante nº 4: ³6DOYR� QRV� FDVRV previstos na 
Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado como 
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público 
RX�GH�HPSUHJDGR��QHP�VHU�VXEVWLWXtGR�SRU�GHFLVmR�MXGLFLDO´. Ou 
seja, não é possível estabelecer um adicional, por exemplo, com um 
percentual sobre o salário-mínimo. 
E quais são essas vantagens? 
Vale a leitura do artigo 49: 
 Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes 
vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
 
Seguiremos a ordem de classificação dada pela lei de regime 
jurídico dos servidores públicos: 
 
2.3 Indenizações 
 
Segundo conceitua Fernanda Marinela, indenizações 
correspondem aos valores pagos ao servidor para compensar ou 
restituir gastos de que ele precisou dispor para executar o trabalho, 
sendo, portanto, nada mais queuma devolução dos valores gastos pelo 
agente no exercício de suas atribuições. 
As indenizações não fazem parte da remuneração e nem de 
nenhum provento. É o que diz a lei 8112/90. 
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ATENÇÃO PARA OUTRA CARACTERÍSTICA IMPORTANTE!!! Sobre 
as indenizações não incidem quaisquer deduções ou ônus fiscais, ou 
seja, não incide imposto de renda, por exemplo, já que se trata de 
restituição de patrimônio. 
Os valores e as condições para sua concessão são estabelecidos 
em regulamento. 
São espécies de indenizações: 1) ajuda de custo, 2) diárias, 3) 
indenização de transporte e 4) auxílio moradia. 
INDENIZAÇÕES = AC + D + IT + AM (Acre deteve Italo amando) 
 
1) Ajuda de custo (AC) 
 Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação 
do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, 
com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo 
pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou 
companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício 
na mesma sede. 
 
O que podemos ter como lição? Primeiro que a Administração 
deverá ter interesse no serviço, e segundo que a mudança de 
domicílio deverá ser permanente. 
 
Isso quer dizer que, no caso da remoção a pedido, não haverá 
ajuda de custo, conforme o §3º do art.53 da Lei nº 8.112/90, incluído 
pela Lei nº 12.998/2014 (ATENÇÃO PARA A NOVIDADE 
LEGISLATIVA!!!). 
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É englobado pela ajuda de custo as despesas de transporte do 
servidor e inclusive da sua família, compreendendo passagem, bagagem 
e bens pessoais. Não pense você que não há limite para a ajuda de 
custo. Esta não poderá exceder a importância correspondente a 3 
(três) meses da remuneração do servidor. 
E se o servidor não se apresentar na nova sede pelo prazo de 30 
dias, este ficará obrigado a restituir a ajuda de custo. 
Por fim se o servidor vier a falecer na nova sede, à sua família 
pelo pra de 1 ano é assegurado a ajuda de custo e transporte para o 
retorno ao seu lar de origem. 
E àquele que não é servidor da União, mas acaba sendo nomeado 
para cargo em comissão, ele recebe ajuda de custo? 
Sim, meus caros, nos termos do seguinte dispositivo da Lei nº 
8.112/90: 
 
 Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da 
União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio. 
 
E no caso de servidor que se afasta do cargo ou o reassume em 
virtude de mandato eletivo??? É cabível ajuda de custo??? NÃO, 
justamente porque o mandato eletivo é uma situação transitória, sendo 
LQFRPSDWtYHO�FRP�D�SHUPDQrQFLD�H[LJLGD�QR�DUW������³FDSXW´��GD�/HL�Qž�
8.112/90. 
 
De olho na jurisprudência!!! No caso dos magistrados, a Lei 
Orgânica da Magistratura prevê o pagamento de indenização para 
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custeio de despesas com transporte e mudança. Entretanto, apesar de 
falar que a matéria seria regulada em lei, esse diploma legal nunca foi 
editado. Por isso, o STF afirmou que é possível aplicar, de forma 
subsidiária, a norma que rege os servidores públicos federais, quais 
sejam, os arts. 53 e 54 da Lei nº 8.112/90, que tratam da ajuda de 
custo (STF. 2ª Turma. AO 1656/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 
5/8/2014). 
 
2) Diárias (D) 
Confiram a redação do art. 58 da Lei n. 8.112/90: 
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou 
transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus 
a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas 
extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme 
dispuser em regulamento. 
 
Importante ressaltar que a diária é de caráter eventual e 
transitório, sendo concedida por dia de afastamento. 
ATENÇÃO!!! 
Existem 2 situações em que a diária é devida pela metade: 
ł�4XDQGR�R�GHVORFDPHQWR�QmR�H[LJH�SHUQRLWH�IRUD�GD�VHGH� 
ł� 4XDQGR� D� 8QLmR� FXVWeia, por meio diverso, as despesas 
extraordinárias cobertas por diárias. 
2) Além disso, há 2 casos em que o servidor não faz jus ao 
pagamento de diárias, quais sejam: 
ł�4XDQGR�R�GHVORFDPHQWR�GD�VHGH�FRQVWLWXL�exigência permanente 
do cargo, justamente porque a diária é de caráter eventual e 
transitório; 
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ł� 4XDQGR� R� GHVORFDPHQWR� IRU� GHQWUR� GD� mesma região 
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por 
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de 
controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e 
competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se 
estendida. FIQUEM ATENTOS À EXCEÇÃO!!! No caso de haver pernoite 
fora da sede, serão pagas diárias, sendo sempre as fixadas para os 
afastamentos dentro do território nacional. 
Caso o servidor, por qualquer motivo, não se afaste da sede ou 
ainda retorne antes do previsto, deverá restituir as diárias no prazo de 
5 dias. 
 
 
 
 
2. (FCC-2015- CNMP-Analista do CNMP ± Estatística) De 
acordo com a Lei n o 8.112/90, o servidor que, a serviço, afastar-se da 
sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território 
nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a 
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. 
Quando o deslocamento NÃO exigir pernoite fora da sede, 
 a) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, 
se o afastamento superar 20 quilômetros. 
 b) não é devido o pagamento de diária 
 c) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, 
se o afastamento superar 30 quilômetros. 
 d) a diária é devida em 70% 
Questões de 
concurso 
 
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 e) a diária é devida pela metade. 
 
Existem 2 situações em que a diária é devida pela metade: 
ł�4XDndo o deslocamento não exige pernoite fora da sede; 
ł� 4XDQGR� D� 8QLmR� FXVWHLD�� SRU� PHLR� GLYHUVR�� DV� GHVSHVDV�
extraordinárias cobertas por diárias. 
*DEDULWR��/HWUD�³H´� 
 
 
 
3. (FCC -2015- CNMP-Técnico do CNMP ± Administração) De 
acordo com a Lei nº 8.112/90, aajuda de custo destina-se a compensar 
as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, 
passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em 
caráter permanente. Na hipótese do servidor se afastar do cargo, ou 
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo: 
 a) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração 
do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a seis 
meses. 
 b) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração 
do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a dois 
meses. 
 c) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração 
do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a três 
meses. 
 d) não será concedida ajuda de custo havendo expressa vedação 
legal neste sentido. 
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 e) será concedida ajuda de custo correspondente ao valor fixo 
referente ao último mês da remuneração do servidor. 
 
Como vimos, NÃO é cabível ajuda de custa, justamente porque o 
mandato eletivo é uma situação transitória, sendo incompatível com a 
SHUPDQrQFLD�H[LJLGD�QR�DUW������³FDSXW´��GD�/HL�Qž���������� 
*DEDULWR��/HWUD�³G´� 
 
4. (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário ± Taquigrafia) Nos 
termos da Lei no 8.112/90, constituem indenizações pagas ao servidor, 
além dos regulares vencimentos: 
 a) adicional de periculosidade e auxílio-moradia. 
 b) adicional de insalubridade e diárias. 
 c) gratificação por resultado e ajuda de custo. 
 d) adicional de insalubridade e gratificação por resultado. 
 e) ajuda de custo e diárias. 
Amigos, de todas as opções, a única que inclui dois tipos de 
indenizações é a letra E. Ajuda de custo e diárias estão elencadas no 
artigo 51 da Lei 8.112/90. 
Resposta: E 
 
5. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário - Análise de 
Sistemas) Considere as seguintes assertivas a respeito da Ajuda de 
Custo e das Diárias: 
I. À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados 
ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do 
prazo de um ano, contado do óbito. 
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II. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, 
conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a 
importância correspondente a seis meses. 
III. Nos casos em que o deslocamento da sede constituir 
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. 
IV. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por 
qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 
cinco dias. 
De acordo com a Lei nº 8.112/90, está correto o que consta 
APENAS em: 
a) II e IV. 
 b) I, II e III. 
 c) I, III e IV. 
 d) I e IV. 
 e) II e III. 
I De acordo com o art. 53, §2°, à família do servidor que falecer 
na nova sede na nova sede são assegurados ajuda de custo e 
transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, 
contado do óbito. CERTO 
II - De acordo com o artigo 54, a ajuda de custo é calculada sobre 
a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não 
podendo exceder a importância correspondente a TRÊS meses. ERRADO 
III - Pelo artigo art. 58, § 2°, nos casos em que o deslocamento 
da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará 
jus a diárias. CERTO. 
IV - O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por 
qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 
cinco dias. ART. 59. CERTO. 
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Resposta: C 
 
 
 
 
3) Indenização de transporte (IT) 
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar 
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de 
serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se 
dispuser em regulamento. 
 
Ressalta-se que o meio de transporte deverá ser próprio e 
utilizado para serviços externos relacionados com as atribuições 
próprias do cargo ocupado pelo servidor. 
 
4) Auxílio moradia (AM) 
A definição do auxilio moradia consta do seguinte dispositivo da 
Lei n. 8.112/90: 
 
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas 
comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com 
meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um 
mês após a comprovação da despesa pelo servidor. 
 
Guarde com atenção as seguintes informações sobre o auxílio 
moradia: 
x Valor máximo mensal do auxílio: até 25% do valor do cargo 
em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de 
Estado que o agente público ocupa; 
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x Nunca esse valor pode passar de 25% da remuneração de 
Ministro de Estado; 
x Valor mínimo mensal do auxílio: independentemente do 
valor do cargo, o ressarcimento é garantido até o valor de 
R$ 1.800,00; 
x Se o servidor falecer, for exonerado, aparecer um imóvel 
funcional para ele ocupar ou se ele adquirir um imóvel, 
recebe o auxílio moradia por mais um mês. 
Os requisitos para a concessão do auxílio moradia estão assim 
definidos na Lei n. 8112/90: 
 Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os 
seguintes requisitos: 
 I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; 
 II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; 
 III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido 
proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de 
imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote 
edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a 
sua nomeação; 
 IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-
moradia; 
 V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo 
em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento 
Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado 
ou equivalentes; 
 VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de 
confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local 
de residência ou domicílio do servidor; 
 VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no 
Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão 
ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias 
dentro desse período; e 
 VIII - o deslocamento não tenhasido por força de alteração de lotação 
ou nomeação para cargo efetivo. 
 IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. 
 Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo 
no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no 
inciso V. 
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ATENÇÃO PARA A NOVIDADE LEGISLATIVA!!! A Lei nº 
12.998/2014 revogou o art. 60-C da Lei nº 8.112/90, que dispunha 
acerca dos prazos que deveriam ser obedecidos na concessão do 
auxílio-moradia!!! Antes da revogação, o benefício não poderia ser 
concedido por mais de 8 anos dentro de cada período de 12 anos, 
porém essa regra foi revogada!!! 
 
2.4 Gratificações e adicionais 
 
Ao tratarmos das gratificações e dos adicionais, vemos que 
eles podem fazer parte da remuneração e poderão incorpora-se aos 
proventos ou vencimentos, nos casos e condições indicados em lei. São 
eles: 
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão 
deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: 
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; 
II - gratificação natalina; 
III - adicional por tempo de serviço; (revogado) 
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; 
 V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
 VI - adicional noturno; 
 VII - adicional de férias; 
 VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. 
 IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
Veja que as gratificações e adicionais são tanto aquelas que são 
devidas a todos os trabalhadores (em decorrência do art. 7º da 
Constituição: 13º, férias, hora extra, adicional noturno e adicional de 
insalubridade ou periculosidade), como aquelas específicas para os 
servidores públicos (retribuição por exercício de função de direção, 
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chefia e assessoramento, bem como a gratificação por encargo de curso 
ou concurso). 
Observe que não há mais o adicional por tempo de serviço no 
estatuto, ou seja, não existem PDLV� RV� IDPRVRV� ³DQXrQLRV´� H�
³TXLQTXrQLRV´�QD�/HL�Qž���������� 
Desse rol de gratificações e adicionais, você deve ter em mente as 
seguintes informações básicas. 
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoramento; 
Todo aquele servidor de cargo efetivo que exerce função de 
direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão 
ou de Natureza Especial tem direito a uma retribuição pelo exercício 
dessa função ou cargo. 
Lembrando que a remuneração dos cargos em comissão será 
estabelecida por lei específica. 
Hoje, meus caros, não há mais a incorporação do valor de uma 
função ou cargo à remuneração do servidor. Antigamente isso era 
possível. O servidor exercia um cargo em comissão por X anos e 
incorporava um percentual à sua remuneração pelo resto de sua vida! 
Era muito bom isso! 
Hoje, todas essas incorporações de cargos e funções foram 
transformadas na famosa Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada 
± VPNI. 
ATENÇÃO! O valor da VPNI recebida por um servidor não congelou 
de forma nominal, ela está sujeita às revisões gerais de remuneração 
dos servidores públicos federais e nada mais. 
II - gratificação natalina; 
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A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da 
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por 
mês de exercício no respectivo ano. Perceba que a gratificação natalina 
é uma proporção da remuneração (e não do vencimento) do mês de 
dezembro (e não do mês do aniversário do servidor ou do mês de 
fevereiro!). 
No cálculo da gratificação natalina proporcional, para aquele 
servidor que está a menos de um ano no serviço público, por exemplo, 
a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como 
mês integral. 
Recebe a gratificação natalina proporcional aos meses de 
exercício, da mesma forma, o servidor exonerado. ATENÇÃO: Neste 
caso, o cálculo da gratificação é sobre o valor da remuneração do mês 
da exoneração ± e não do mês de dezembro! 
Ela é paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano 
e não pode ser considerada para o cálculo de qualquer outra vantagem 
pecuniária, ou seja, se uma vantagem pecuniária é calculada por um 
percentual sobre a remuneração, a gratificação natalina não entra na 
base de cálculo. 
 
De olho na jurisprudência!!! 
O servidor temporário tem direito ao recebimento da gratificação 
natalina??? Segundo o STF, é devida a extensão dos diretos sociais 
previstos no art. 7º da Constituição Federal a servidor contratado 
temporariamente, nos moldes do art. 37, inciso IX, da referida Carta da 
República, notadamente quando o contrato é sucessivamente renovado 
(AI 767024 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, 
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julgado em 13/03/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-079 DIVULG 23-
04-2012 PUBLIC 24-04-2012). 
O adicional pela prestação de serviço extraordinário (hora extra) 
não integra a base de cálculo da gratificação natalina dos servidores 
públicos federais, pois não se enquadra no conceito de remuneração 
do caput do art. 41 da Lei n. 8.112/1990 (REsp 1.195.325-MS, Rel. Min. 
Luiz Fux, julgado em 28/9/2010). 
Em relação à tributação incidente sobre a gratificação natalina, 
LPSRUWDQWH�OHPEUDU�D�6~PXOD�Qž�����GR�67)��³É legítima a incidência da 
contribuição previdenciária sobre o 13º salário´� Além disso, quanto ao 
imposto de renda, a jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que 
os valores recebidos a título de décimo terceiro salário (gratificação 
natalina) são de caráter remuneratório, constituindo acréscimo 
patrimonial a ensejar a incidência do Imposto de Renda (AgRg no REsp 
1489525/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 20/11/2014, DJe 04/12/2014). 
Segundo entendimento do STJ, a pensão alimentícia incide sobre 
o décimo terceiro salário e o terço constitucional de férias (AgRg no 
AREsp 27.556/DF, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, 
julgado em 16/08/2012, DJe 24/08/2012). 
No caso de servidor que esteve em exercício em dois cargos 
distintos no mesmo ano, correta é a interpretação que determina que o 
cálculo da gratificação natalina deve se dar de acordo com os meses 
trabalhados em cada cargo (REsp 1035291/PB, Rel. Ministro MARCO 
AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 28/02/2012, DJe 
16/03/2012). 
O Superior Tribunal de Justiça firmouo entendimento de que os 
ex-parlamentares filiados ao extinto Instituto de Previdência dos 
Congressistas - IPC não possuem direito à gratificação natalina, uma 
vez que inexiste previsão legal a amparar tal pretensão. Precedentes do 
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STJ (AgRg no REsp 1205232/DF, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2011, DJe 06/09/2011). 
 
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, 
perigosas ou penosas; 
Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais 
insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, 
radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o 
vencimento do cargo efetivo (definido em lei específica). 
Preste atenção: esse adicional é pago se há habitualidade no 
local insalubre ou contato permanente com essas substâncias! Se 
cessou o fato que enseja a insalubridade ou a periculosidade, cessa o 
pagamento. 
Com fundamento nisso, o STJ entende que o adicional noturno, o 
adicional de insalubridade e as horas extras têm natureza propter 
laborem, pois são devidos aos servidores enquanto exercerem 
atividades no período noturno, sob exposição a agentes nocivos à saúde 
e além do horário normal, razão pela qual não podem ser incorporados 
aos proventos de aposentadoria, limitados à remuneração do cargo 
efetivo. Precedentes (AgRg no REsp 1238043/SP, Rel. Ministro 
HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/04/2011, 
DJe 10/05/2011). 
Outro detalhe: insalubridade tem relação direta com o LOCAL da 
prestação do serviço e periculosidade tem relação direta com as 
SUBSTÂNCIAS que estão em contato com o servidor. Além disso, temos 
o adicional de atividade penosa, que será devido aos servidores em 
exercício em ZONAS DE FRONTEIRA ou em localidades cujas 
CONDIÇÕES DE VIDA o justifiquem Assim, temos: 
INSALUBRIDADE ± LOCAL 
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PERICULOSIDADE ± SUBSTÂNCIAS 
ATIVIDADE PENOSA ± FRONTEIRA OU CONDIÇÕES DE VIDA 
Se o servidor faz jus aos dois adicionais (periculosidade e 
insalubridade) ele deve optar por um deles. 
A atividade dos servidores em operações ou locais considerados 
penosos, insalubres ou perigosos será controlada de forma permanente. 
E o que fazer com a servidora gestante ou lactante que 
desempenha suas funções nessas condições, professor? 
Ela será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das 
operações e locais insalubres e perigosos. 
Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de 
insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situações 
estabelecidas em legislação específica. 
Um interessante detalhe da Lei n. 8.112/90 é que os servidores 
que operam com Raios X ou substâncias radioativas e seus locais de 
trabalho serão mantidos sob controle permanente, de modo que as 
doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto 
na legislação própria, sendo submetidos a exames médicos a cada 6 
(seis) meses. 
 
De olho na jurisprudência!!! 
1) Segundo o STF, lei municipal não pode limitar a base de 
cálculo de adicional de insalubridade com base no salário mínimo (Rcl 
10064 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, 
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julgado em 26/08/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-175 DIVULG 09-
09-2014 PUBLIC 10-09-2014). 
2) De acordo com julgado do STJ, a mudança da base de 
cálculo do adicional de insalubridade não representa ofensa a direito 
adquirido, sendo legítima, desde que não implique redução de 
vencimentos do servidor público. Precedentes (RMS 36.117/RO, Rel. 
Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/04/2013, 
DJe 26/04/2013). 
3) O STJ entende que os afastamentos dos servidores públicos 
federais em virtude de férias são considerados como períodos de efetivo 
exercício, incidindo sobre as férias o adicional de periculosidade (REsp 
536.104-RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 
28/6/2007). 
4) O Superior Tribunal de Justiça entende que incide a 
contribuição previdenciária sobre salário-maternidade, horas extras, 
adicional noturno de insalubridade e periculosidade pagos pelo 
empregador, por possuir natureza indenizatória (AgRg no REsp 
1476609/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 20/11/2014, DJe 28/11/2014). Além disso, incide Imposto 
de Renda sobre os valores recebidos a título de adicional de 
periculosidade, ainda que pagos a destempo, tendo em vista a sua 
natureza remuneratória. Precedente do STJ (REsp 1162729/RO, Rel. 
Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/03/2010, 
DJe 10/03/2010). 
5) O art. 68, § 1º, da Lei nº 8.112/90, veda a percepção 
cumulativa dos adicionais de insalubridade e periculosidade, nada 
dispondo acerca da impossibilidade de cumulação de gratificações e 
adicionais. O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou no sentido 
de ser possível a percepção cumulativa do adicional de irradiação 
ionizante e da gratificação de Raio X, por possuírem naturezas jurídicas 
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distintas (AgRg no REsp 1243072/RS, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/08/2011, DJe 
16/08/2011). 
 
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% 
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho. 
CUIDADO, meus caros, não é qualquer servidor que pode fazer 
hora extra! Não pense que você vai ficar rico fazendo as famosas 
³KRUDV-bXQGDV´�DR�ILFDU�QR�yUJmR�DWp�GH�PDGUXJDGD�VHP�ID]HU�QDGD��$�
lei só permite hora extra para atender a situações excepcionais e 
temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por 
jornada. 
 
De olho na jurisprudência!!! 
1) Incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos a 
título de horas extras. A incidência decorre do fato de que o adicional 
de horas extras integra o conceito de remuneração (AgRg no REsp 
1.222.246-SC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 6/12/2012). 
Além disso, nos termos da Súmula nº 463 do STJ, incide imposto de 
renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas 
extraordinárias trabalhadas. 
2) O STJ possui entendimento firmado em que o adicional 
noturno, o adicional de insalubridade e as horas extras têm natureza 
propter laborem, pois são devidos aos servidores enquanto exercerem 
atividades no período noturno, sob exposição a agentes nocivos à saúde 
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e além do horário normal, razão pela qual não podem ser incorporados 
aos proventos de aposentadoria, limitados à remuneração do cargo 
efetivo. Precedentes (AgRg no REsp 1238043/SP, Rel. Ministro 
HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/04/2011, 
DJe 10/05/2011). 
 
VI - adicional noturno; 
x Horário: entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) 
horas do dia seguinte; 
x Valor: valor-hora acrescido de 25% 
x Cada hora = cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. 
Perceba, meu amigo: há um duplo benefício, pois há o acréscimo 
GH�����QR�YDORU�GH�FDGD�KRUD�H�D�FDGD���¶���p�FRQWDGD�XPD�KRUD� 
Por fim, não se esqueça que se o serviço é prestado em hora 
extraordinária, incidem ambos os percentuais, ou seja, o adicional 
noturno é calculado sobre a remuneração acrescida dos 50% da hora 
extra. 
 
De olho na jurisprudência!!! 
1) O adicional noturno previsto no art. 75 da Lei 8.112/1990 será 
devido ao servidor público federal que preste o seu serviço em horário 
compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte, 
ainda que o serviço seja prestado em regime de plantão (REsp 
1.292.335-RO, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 9/4/2013). 
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2) O Superior Tribunal de Justiça entende que incide a 
contribuição previdenciária sobre salário-maternidade, horas extras, 
adicional noturno de insalubridade e periculosidade pagos pelo 
empregador, por possuir natureza indenizatória (AgRg no REsp 
1476609/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 20/11/2014, DJe 28/11/2014). 
Além disso, como já visto, o STJ possui entendimento firmado em 
que o adicional noturno, o adicional de insalubridade e as horas extras 
têm natureza propter laborem, pois são devidos aos servidores 
enquanto exercerem atividades no período noturno, sob exposição a 
agentes nocivos à saúde e além do horário normal, razão pela qual não 
podem ser incorporados aos proventos de aposentadoria, limitados à 
remuneração do cargo efetivo. Precedentes (AgRg no REsp 
1238043/SP, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 14/04/2011, DJe 10/05/2011). 
 
VII - adicional de férias; 
Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por 
ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da 
remuneração do período das férias (aqui não incide sobre o valor da 
remuneração de dezembro, como na gratificação natalina, mas no valor 
da remuneração do período das férias). Esse um terço é calculado, 
inclusive, sobre o valor da função ou do cargo em comissão que o 
servidor eventualmente ocupa. 
 
De olho na jurisprudência!!! 
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1) O servidor público em inatividade não pode gozar 
de férias, porquanto deixou de exercer cargo ou função pública, razão 
pela qual a ele não se estende adicional de férias concedido a servidores 
em atividade (ADI 1158/AM, rel. Min. Dias Toffoli, 20.8.2014). 
2) Em relação às férias não usufruídas por servidor exonerado, 
incide o adicional de férias??? SIM!!! Segundo entendimento do STF, 
não é o gozo de férias que garante o adicional de, pelo menos, um terço 
a mais, e sim o próprio direito às férias constitucionalmente assegurado 
(CF, art. 7º, XVII). No caso específico do julgado, entendeu-se que 
haveria dupla punição do servidor exonerado, que, além de não poder 
gozar as férias por necessidade de serviço, também não recebera o 
acréscimo de um terço, o que configuraria, ainda, enriquecimento ilícito 
do Estado (RE 570908). 
3) ATENÇÃO!!! O Supremo Tribunal Federal, em sucessivos 
julgamentos, firmou entendimento no sentido da não incidência de 
contribuição social sobre o adicional de um terço (1/3), a que se refere 
o art. 7º, XVII, da Constituição Federal. Entretanto, incide imposto de 
renda, conforme jurisprudência do STJ (AgRg no AREsp 492.082/PE, 
Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado 
em 03/06/2014, DJe 20/06/2014). 
4) O STJ consagrou o entendimento, em recurso repetitivo, de 
que o 13º salário (gratificação natalina) e o adicional de férias (terço 
constitucional) integram a base de cálculo da pensão alimentícia, desde 
que não haja pactuação em sentido inverso. É que tais estipêndios 
integram a remuneração do genitor, sendo abarcados pelo conceito de 
"renda líquida" (AgRg no REsp 1152681/MG, Rel. Ministro VASCO DELLA 
GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), TERCEIRA 
TURMA, julgado em 24/08/2010, DJe 01/09/2010). 
 
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. 
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Não há regulamentação na Lei! 
 
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao 
servidor que, em caráter eventual e sem prejuízo das atribuições 
do cargo que ocupa: (a) atua como instrutor em curso de formação, 
de desenvolvimento ou de treinamento; (b) participa de banca 
examinadora (amigo concursando, é isso mesmo, o seu examinador, se 
for servidor público regido pela Lei n. 8112/90, ganha um adicional 
para lhe ferrar!); (c) participa da logística de preparação e de realização 
de concurso público; (d) aplica, fiscaliza, supervisiona ou avalia provas 
de exame vestibular ou de concurso público. 
Interessante notar que o valor dessa gratificação é calculado em 
horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida. 
Contudo, a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 
(cento e vinte) horas de trabalho anuais. 
 
Pode existir exceção esse limite máximo??? Sim, desde que 
devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade 
máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 
120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais. 
O valor máximo da hora trabalhada obedecerá aos seguintes 
percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da 
administração pública federal: 
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a) 2,2%, no caso de atuar como instrutor em curso de formação, 
de desenvolvimento ou de treinamento ou participar de banca 
examinadora; 
b) 1,2%, no caso de participar da logística de preparação e de 
realização de concurso público ou aplicar, fiscalizar, 
supervisionar ou avaliar provas de exame vestibular ou de 
concurso público.ATENÇÃO!!! Essa gratificação só será paga se as atividades forem 
desenvolvidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor 
for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando 
desempenhadas durante a jornada de trabalho. 
Por fim, destaca-se que a Gratificação por Encargo de Curso ou 
Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para 
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para 
quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos 
da aposentadoria e das pensões. 
 
 
 
 
6. (FCC -2014 - TCE-PI- Assessor Jurídico) A Constituição 
Federal elenca direitos e obrigações aos servidores públicos. Dentre os 
direitos aplicáveis aos ocupantes de cargo e empregos públicos, 
encontra-se 
 a) o fundo de garantia por tempo de serviço. 
Questões de 
concurso 
 
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 b) o seguro desemprego, em caso de rescisão sem justa causa e 
extinção do cargo com colocação do servidor em disponibilidade 
 c) a participação sobre os lucros, calculados com base nas 
receitas estimadas no orçamento e as efetivamente auferidas pelo ente. 
 d) o repouso semanal remunerado de pelo menos dois dias. 
 e) o adicional noturno, além da remuneração já percebida 
mensalmente. 
 
Vimos que o servidor terá direito ao adicional noturno quando 
trabalhar: 
x Horário: entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) 
horas do dia seguinte; 
x Valor: valor-hora acrescido de 25% 
x Cada hora = cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. 
Dessa forma, além da da remuneração que o servidor já recebe a 
ele será concedido o adicional. 
*DEDULWR��/HWUD�³H´� 
 
 
 
7. (FCC -2014- TRT - 19ª Região (AL)Prova: Analista Judiciário 
- Área Judiciária) Lara, servidora pública federal do Tribunal Regional do 
Trabalho da 19a Região, está ansiosa para receber sua gratificação 
natalina, a fim de comprar presentes para seus familiares e quitar 
alguns débitos que ainda possui. A propósito da gratificação narrada e 
nos termos da Lei no 8.112/90, é INCORRETO afirmar que 
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 a) a gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de 
dezembro de cada ano. 
 b) a gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da 
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês 
de exercício no respectivo ano. 
 c) a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada 
como mês integral. 
 d) a gratificação natalina será considerada para o cálculo de toda 
e qualquer vantagem pecuniária. 
 e) o servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, 
proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a 
remuneração do mês da exoneração. 
 
Nos termos do art. 66 da Lei n. 8.112/90: 
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer 
vantagem pecuniária. 
*DEDULWR��/HWUD�³G´ 
 
8. FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa. No que se refere à gratificação natalina, é certo que 
 a) será atribuída integralmente ao servidor exonerado, calculada sobre 
o vencimento do mês da exoneração. 
 b) corresponde a 1/12 (um doze avos) do vencimento a que o servidor 
fizer jus, por mês de exercício no respectivo ano. 
 c) deverá ser paga sempre no dia 20 do mês de dezembro de cada ano 
civil. 
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 d) a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como 
uma quinzena. 
 e) não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária. 
Pessoal, nas questões relativas à Lei n. 8.112/90, não há segredo, 
as respostas estão na lei! 
Vimos que ao servidor exonerado é devida a gratificação natalina 
proporcional. Letra A errada. 
A base de cálculo dessa gratificação é a remuneração do mês de 
dezembro e não o vencimento. Item B errado. 
Ela deve ser paga até o dia 20 e não no dia 20. Item C errado. 
A fração igual ou superior a 15 dias = um mês. Item D errado. 
Nos termos do art. 66 da Lei n. 8.112/90: 
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer 
vantagem pecuniária. 
5HVSRVWD��OHWUD�³H´� 
 
 
 
2.5 Férias 
 
Como já falamos é o período descanso remunerado concedido ao 
funcionário público. O servidor tem direito a 30 dias de férias anuais, 
podendo ser divididas em até três etapas se o servidor assim requerer. 
A regra é que as férias sejam gozadas; porém, se houver necessidade 
de serviço, as férias poderão ser acumuladas em até dois períodos, 
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. 
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Preste atenção em algumas regras relativas às férias que devem 
ser obedecidas: 
1. Para o primeiro período aquisitivo de férias, são exigidos 12 
meses de exercício; 
2. É vedado descontar das férias qualquer falta ao serviço. 
LEMBRE-SE!!! O afastamento decorrente de férias é considerado 
como de efetivo exercício 
Vamos ao que mais interessa, né? O pagamento da remuneração 
das férias, aquele dinheiro precioso para qualquer um que adora viajar. 
Quando ele ocorre??? Até 2 dias antes do início do respectivo período. E 
quando irá receber o terço constitucional de férias em caso de 
parcelamento??? No momento do gozo do primeiro período. 
Ficou expressamente proibida, a partir de 25/11/1995, a venda de 
férias (abono pecuniário) no âmbito do serviço público federal. 
É firme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido 
de que tem direito à conversão de 1/3 (um terço) das férias em abono 
pecuniário somente os servidores públicos que o requereram antes da 
revogação dos §§ 1º e 2º do art. 78 da Lei 8.112/90, nos termos da 
Medida Provisória 1.195, editada em 24/11/1995. 
Um caso específico presente na Lei 8.112/90 que já foi cobrado 
em alguns concursos é o caso do operador de raio-X. Esse servidor que 
opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias 
radioativas deve gozar de 20 dias consecutivos de férias por semestre 
de atividade profissional, proibida a acumulação. 
No caso de servidor que foi exonerado de cargo efetivo, ou em 
comissão, ele perceberá indenização relativa ao período das férias a que 
tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de 
efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. Essa indenização é 
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calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato 
exoneratório. 
Agora, vamos supor que você passou no seu concurso, trabalhou 
durante o período aquisitivo e está usufruindo das suas merecidas 
férias. Infelizmente, ocorre uma calamidade pública e seus serviços são 
necessários. Suas férias poderão ser interrompidas? É claro, pessoal. O 
artigo 80 prevê as seguintes hipóteses de interrupção das férias: 
 
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de 
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou 
eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do 
órgão ou entidade. 
 
 
 IMPORTANTE LEMBRAR, ainda, que o restante do período 
interrompido deverá ser gozado de uma só vez!!! 
 
 De olho na jurisprudência!!! 
1) Conforme precedentes do STJ, a contagem do prazo 
prescricional, nas ações em que se discute o direito à indenização por 
férias não gozadas, tem início com o ato de aposentadoria do servidor 
(AgRg no AREsp 391.479/BA, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 09/09/2014, DJe 16/09/2014). O Superior Tribunal 
de Justiça já assentou entendimento, segundo o qual o termo inicial da 
prescrição do direito de pleitear a indenização referente a férias não 
gozadas tem início com a impossibilidade de não mais usufruí-las (AgRg 
no AREsp 255.215/BA, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 06/12/2012, DJe 17/12/2012). 
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2) Encontra amparo na jurisprudência do STJ (REsp 
1399952/AL, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado 
em 15/10/2013, DJe 24/10/2013) o entendimento de que aos 
servidores públicos é assegurado o direito de receber as férias, com as 
conseqüentes vantagens pecuniárias, enquanto permanecerem 
afastados para realização de curso de pós-graduação stricto sensu no 
País, período que é considerado de efetivo exercício (art. 102, IV, da Lei 
n. 8.112/90). 
3) O direito de férias é garantido constitucionalmente e 
compreende tanto a concessão de descanso como também o 
pagamento de remuneração adicional. Assim, consumado o período 
aquisitivo, caracterizado está o direito adquirido às férias, motivo pela 
qual deve a Administração indenizar o servidor que não usufruiu desse 
direito ainda que em razão de sua demissão (REsp 1145317/PR, Rel. 
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 
22/08/2011, DJe 31/08/2011). 
4) A ausência de efetivo exercício da atividade impede o gozo 
de férias, porquanto estas têm por pressuposto recompensar o 
trabalhador com o descanso remunerado da rotina de suas atividades 
funcionais por um determinado período (AgRg no REsp 1122418/SP, 
Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 14/06/2011, 
DJe 27/06/2011). 
 
 
 
 
9. (TRF 1ª 2011 - FCC - Técnico Judiciário - Administrativa) 
Sobre as férias dos servidores públicos federais, é correto afirmar: 
Questões de 
concurso 
 
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a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser 
acumuladas até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do 
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. 
b) Não é vedado ao servidor levar à conta de férias alguma 
falta ao serviço. 
c) As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, desde 
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração 
Pública. 
d) O servidor exonerado do cargo efetivo perceberá 
indenização, relativa ao período das férias a que tiver direito, calculada 
com base na remuneração do mês anterior ao da publicação do ato 
exoneratório. 
e) O servidor que opera direta e permanentemente com raios X 
ou substâncias radioativas gozará trinta dias consecutivos de férias, por 
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a 
acumulação. 
A letra A está perfeita. Bem de acordo com o que ensinei a vocês: 
30 dias de férias acumuláveis por até dois períodos, no caso de 
necessidade do serviço, ressalvados os casos especiais tratados em 
legislação específica. 
Vejam que essa questão foi novamente cobrada na prova do TRT 
da 23ª Região em 2011, com exatamente a mesma redação e a mesma 
ordem dos itens. 
Resposta: letra A 
 
10. (TRT 7ª 2009 - FCC - Técnico Judiciário ± Administrativa) No 
que se refere às férias do servidor público civil, previstas na Lei no 
8.112/90, é INCORRETO: 
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a) Para o primeiro período aquisitivo de férias não serão 
exigidos, em qualquer hipótese, 12 meses de exercício. 
b) É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. 
c) As férias poderão ser acumuladas, até o máximo de dois 
períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as exceções 
legais e específicas. 
d) As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde 
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração 
pública. 
e) A indenização por férias do servidor exonerado do cargo 
efetivo, ou em comissão, será calculada com base na remuneração do 
mês em que for publicado o ato exoneratório. 
Você já sabe que o período aquisitivo é de 12 meses, portanto, a 
letra A está incorreta. Trata-se do art. 77, parágrafo 1º da Lei 
8.112/90: 
 Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o 
máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as 
hipóteses em que haja legislação específica. 
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de 
exercício. 
 
11. (TRT 9ª 2013 - FCC - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) O empregado tem direito ao gozo de férias 
a) anuais remuneradas com, pelo menos, dois terços a mais 
do que o salário normal. 
b) semestrais remuneradas com, pelo menos, dois terços a 
mais do que o salário normal. 
c) anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do 
que o salário normal. 
Direito Administrativo ʹ p/ Técnico em 
regulação -ANS. Aula e exercícios comentados. 
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d) anuais remuneradas com, pelo menos, metade a mais do 
que o salário normal. semestrais remuneradas com, pelo menos, um 
terço a mais do que o salário normal. 
O direito a férias é anual, e acrescimento de 1/3 na 
remuneração, dispensando maiores comentários. 
Resposta: C 
 
 
 
 
2.6 Licenças 
 
 Nas licenças o servidor poderá receber os seus

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