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APLICANDO METODOLOGIAS ATIVAS EM AULAS DE RELATIVIDADE
RESTRITA NO ENSINO MÉDIO
Conference Paper · March 2019
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3 authors, including:
Bernardo Mattos Tavares
Federal University of Rio de Janeiro
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1 
 
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 27 de janeiro a 01 de fevereiro de 2019 - Salvador - BA 
APLICANDO METODOLOGIAS ATIVAS EM AULAS DE 
RELATIVIDADE RESTRITA NO ENSINO MÉDIO 
 
Angelo Bruno Andrade Fiasca1, Valéria Nunes Belmonte2, Bernardo Mattos 
Tavares2 
 
1
Colégio Estadual Dr. João Bazet, profangelofisica@gmail.com. 
2
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé, vnbelmonte@macae.ufrj.br. 
2
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé, bernardotavares@macae.ufrj.br. 
 
Resumo 
Neste trabalho foi desenvolvida e implementada uma sequência didática sobre o 
tema Relatividade Restrita, em duas turmas do 1° ano do Ensino Médio, em uma escola 
pública na cidade de Nova Friburgo (RJ), utilizando para isso o referencial teórico das 
metodologias ativas de aprendizagem. Nosso objetivo foi promover e estimular o 
aprendizado deste tema a partir de metodologias ativas. A ideia foi inovar e facilitar a 
aprendizagem dos estudantes, diversificando a abordagem conforme a atividade aplicada, 
os recursos e materiais utilizados. A aplicação da sequência se deu através de uma 
combinação dos métodos Ensino sob Medida (EsM), Sala de Aula Invertida (SAI) e 
Instrução por Colegas (IpC), do uso de ferramentas online (Google Drive e Forms) e de 
aplicativos móveis (WhatsApp). O acesso antecipado dos alunos aos materiais a serem 
utilizados, através de pasta compartilhada no Drive, proporcionou maior interação e 
protagonismo dos mesmos. Portanto, concluiu-se que a implementação de metodologias 
ativas de ensino fundamentadas nas teorias de Ausubel-Novak e Mazur, envolveu os alunos 
em atividades interativas e colaborativas que contribuíram positivamente para um 
aprendizado significativo, transformador e estimulante da aprendizagem. Este trabalho é 
fruto da dissertação de mestrado (MNPEF) e aplicação do produto educacional do autor. 
Palavras-chave: Ensino de Física; Metodologias Ativas; Aprendizagem. 
1 - Introdução 
Nos últimos anos, o ensino médio voltou a ser discutido no Brasil com a 
elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e da promessa de um 
“Novo Ensino Médio”. Em relação à Física, segundo MOZENA e OSTERMANN 
(2016), a última versão da BNCC resume-se à apresentação de unidades 
curriculares que já estavam presentes na primeira versão. Infelizmente, a ênfase no 
estudo da Física Moderna e o uso da História da Ciência foram eliminados na 
segunda versão. Em relação à qualidade do ensino, aferida pelos exames aplicados 
pelo Governo Federal, percebe-se o baixo rendimento dos nossos estudantes. 
Segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2015, 
as escolas públicas seguem com baixo índice de desenvolvimento. No estado do Rio 
de Janeiro a média do IDEB tem sido abaixo da média nacional desde 2005. Apenas 
em 2013 e 2015 o estado obteve uma média superior à nacional, mostrando alguma 
recuperação. 
Partindo dessas diretrizes, este trabalho propõe o ensino de Relatividade 
Restrita no Ensino Médio a partir de uma sequência didática alicerçada na 
aprendizagem significativa por meio do emprego de metodologias ativas de ensino 
e na utilização de ferramentas tecnológicas, como aplicativos do pacote Google Sala 
de Aula1 e aplicativos de comunicação como o WhatsApp. Desta forma, buscou-se 
inovar em metodologias capazes de aproveitar os recursos tecnológicos utilizados 
 
1
 Pacote de aplicativos e recursos educacionais do Google. 
2 
 
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pelos alunos, como seus smartphones, envolvendo-os em atividades interativas que 
contribuam para o seu aprendizado. 
1.1 - Aprendizagem Significativa de Ausubel-Novak 
Usado originalmente por Ausubel (1963, p. 58), a aprendizagem significativa 
é o mecanismo humano, por excelência, para adquirir e armazenar a vasta 
quantidade de ideias e informações representadas em qualquer campo de 
conhecimento. A aprendizagem significativa requer não só que o material de 
aprendizagem seja potencialmente significativo, mas também que o aprendiz 
manifeste uma disposição para relacionar o novo material de modo substantivo e 
não arbitrário a sua estrutura de conhecimento. 
Um material potencialmente significativo deve se relacionar intencionalmente 
com o conhecimento já existente na estrutura cognitiva do aprendiz. Este 
relacionamento ocorre com conhecimentos relevantes, os conhecimentos prévios ou 
subsunçores. Este serve de matriz para a incorporação, compreensão e fixação de 
novos conhecimentos quando estes “se ancoram” em conhecimentos relevantes já 
existentes na estrutura cognitiva do estudante. 
1.2 - Métodos ativos de Aprendizagem 
Dentre as diversas formas de metodologias ativas de aprendizagem 
daremos destaque a Instrução por Colegas (IpC), ao Ensino sob Medida (EsM) e a 
Sala de Aula Invertida (SAI). 
Instrução por Colegas 
O Peer Instruction (MAZUR, 1997), ou em tradução livre Instrução pelos 
Colegas (ARAUJO; MAZUR, 2013), caracteriza-se principalmente por promover a 
discussão de questões conceituais, entre os alunos, em sala de aula. Ele foi 
proposto originalmente para o Ensino Superior em meados da década de 90 do 
século passado pelo Prof. Eric Mazur, da Universidade de Harvard (EUA). Todavia a 
metodologiajá vem sendo usada no ensino médio faz certo tempo. 
Ensino sob Medida 
O método Ensino sob Medida foi proposto em 1996 por Gregory M. Novak e 
colaboradores com o objetivo de utilizar tecnologias para melhorar a aprendizagem 
de ciências em sala de aula (NOVAK et al., 1999). O EsM foi projetado para 
desenvolver a habilidade de trabalho em grupo entre os estudantes e a capacidade 
de comunicação oral e escrita (NOVAK et al., 1999; GAVRIN et al., 2004), dando 
responsabilidades aos alunos pela sua própria aprendizagem e aumentando a 
retenção de conhecimento dos conteúdos em longo prazo. 
Sala de Aula Invertida 
A metodologia chamada “Sala de Aula Invertida” proposta inicialmente por 
Lage, Platt e Treglia (2000), intitulada “Inverted Classroom” foi usada pela primeira 
vez em uma disciplina de Microeconomia em 1996 na Miami University (Ohio, EUA). 
A sala de aula invertida é uma metodologia na qual o conteúdo e as 
instruções são dados antes da aula, que passa a ser o local para trabalhar os 
conteúdos já estudados, realizando atividades práticas como resolução de 
problemas e projetos, discussão em grupo, laboratórios, etc. 
3 
 
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Pesquisas apontam que o método IpC quando utilizado em conjunto com o 
método EsM potencializa o ganho de aprendizagem dos estudantes (WATKINS; 
MAZUR, 2010; CROUCH; MAZUR, 2001). 
Acreditando no potencial da combinação correta das metodologias ativas, foi 
utilizada uma metodologia híbrida que explora o que há de melhor em cada uma 
delas em benefício do aprendizado significativo dos alunos no ensino de 
Relatividade Restrita. 
2 - Encaminhamento Metodológico e Caracterização do Trabalho 
Antes de dar início ao trabalho foi realizada uma pequena pesquisa junto aos 
alunos sobre suas experiências de aprendizagem por meio de metodologias 
tradicionais e suas perspectivas de aprendizagem. A pesquisa foi respondida por 51 
alunos no início do 3° bimestre de 2017. O resultado da pesquisa mostrou que a 
maioria dos estudantes deseja uma maior utilização das tecnologias na escola e 
está disposta a usar dispositivos móveis para acessar materiais e recursos 
pedagógicos. Entre eles há inclusive um desejo de dedicar maior tempo aos estudos 
com o uso dessas tecnologias, o que impactaria positivamente na aplicação da 
metodologia proposta e na aprendizagem dos estudantes. 
2.1 - A Relatividade Restrita e seu ensino na rede estadual do RJ. 
O ensino da Teoria da Relatividade Restrita (TRR) no Ensino Médio do 
estado do Rio de Janeiro foi proposto no ano de 2012 com a elaboração de um 
“Currículo Mínimo” que estabelece as habilidades e competências mínimas a serem 
desenvolvidas em cada bimestre pelos alunos ao longo do ano letivo. No 3° bimestre 
do 1° ano do Ensino Médio o currículo aborda uma introdução à Relatividade 
Restrita. 
2.2 - A Sequência de Atividades 
A partir dos princípios do EsM e SAI foram preparadas e aplicadas tarefas 
prévias à aula: artigos de divulgação científica e vídeos com o objetivo de obter um 
levantamento antecipado sobre o tema a ser ministrado. 
As tarefas foram disponibilizadas em uma pasta compartilhada no Google 
Drive através de link enviado pelo Whatsapp no grupo criado para este fim. Através 
deste último aplicativo, os alunos puderam retornar com dúvidas sobre o material 
disponibilizado e interagir entre si a partir de mensagens instantâneas. 
Durante as aulas, a metodologia IpC foi aplicada com pequenas 
explanações de 15 minutos, seguidas de pequenas interações entre os pares e 
avaliação instantânea com o uso de formulário online (Google Forms), que permitiu 
avaliar o aprendizado em tempo real e atuar nas dúvidas conforme a demanda. 
As avaliações foram planejadas em três níveis: avaliação dos testes 
realizados durante as aulas, avaliação dos trabalhos desenvolvidos em grupos e 
avaliação discursiva ao final do bimestre. Esta última foi aplicada em duas aulas de 
50 minutos e os trabalhos foram desenvolvidos pelos alunos fora do horário escolar. 
A sequência apresentada foi planejada para o 3° bimestre do ano letivo de 
2017. A carga horária total foi de 10 aulas duplas semanais e 20 tempos de 50 
minutos de aulas dadas. Em toda a aplicação os alunos receberam e leram o 
material didático antes da aula com uma antecedência de alguns dias. A orientação 
de estudo ocorreu através do aplicativo WhatsApp, no qual foram dadas informações 
4 
 
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sobre atividades, avaliações e compartilhamento de conteúdos através de links. 
Indicamos inicialmente o “Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem 
Autorregulada 3”, disponível na pasta do Google Drive denominada “Aula 1: Galileu 
e a Relatividade”. Esta apostila faz parte do material didático disponibilizado pela 
SEEDUC-RJ em sua página CONEXÃO ALUNO2 e foi usada parcialmente em nossa 
metodologia. 
Foi solicitado a cada um dos alunos a leitura do capítulo 1 da apostila, 
instalar e testar o aplicativo Le Gobi Bleu3 anteriormente à aula, de acordo com a 
metodologia SAI. O aplicativo “Le Gobi Bleu” é um jogo / simulador de movimento 
relativo. Nele, um peixe deve nadar contra a correnteza com o objetivo de subir um 
rio, desviando das pedras que podem derrubá-lo, bem como a espuma branca que 
pode empurrá-lo para baixo. O objetivo primordial dessa desta atividade foi fazer 
com que os alunos tivessem contato com uma situação de movimento relativo, antes 
da aula e, percebessem o movimento relativo do peixe, em relação à correnteza, em 
relação às margens e as pedras. 
2.3 - Atividades 
Aula 1 - inicialmente retomou-se o aplicativo “Le Gobi Bleu”, usado pelos 
alunos anteriormente à aula e algumas questões foram levantadas sobre o mesmo. 
No jogo, o peixe estava parado ou em movimento? Em relação a que ponto de 
referência? Como seria possível calcular a velocidade do peixe em relação às 
margens? Após levantar alguns conhecimentos prévios sobre o movimento relativo, 
discutimos sobre “Relatividade de Galileu”, fazendo uma pequena introdução 
histórica, abordando os conceitos de referencial inercial e as transformações de 
Galileu. Essa parte da aula durou aproximadamente 20 min. As dúvidas foram 
sanadas e, em seguida, foi solicitado que abrissem o aplicativo novamente e 
fizessem uma simulação por 5 min tentando explicar uns para os outros, o 
movimento do peixe em relação à água e depois em relação à margem e às pedras. 
Após esse tempo, a discussão foi retomada durante os 20 min restantes para corrigir 
os eventuais erros conceituais sobre o movimento relativo, aproveitando para 
mostrar a relação da velocidade relativa e resolver alguns exemplos. 
Aula 2 - foi solicitado que abrissem o aplicativo WhatsApp para acessar o 
link do formulário “Relatividade de Galileu”. Os alunos tiveram 20 minutos para 
resolver as questões propostas e foi possível acompanhar as respostas em tempo 
real através do acesso ao Google Forms. Nos 30 minutos restantes, as questões 
foram corrigidas e sanadas as eventuais dúvidas. Cinquenta e oito alunos 
responderam a este questionário. 
Aula 3 - foram abordados os postulados da Teoria da Relatividade Restrita. 
O objetivo inicial dessa aula era apresentá-los ao tema através da leitura prévia do 
material sugerido. A apostila de atividades autorreguladas e o artigo “As digitais de 
Einstein em nosso cotidiano” 4 foram indicados como leituras prévias. A partir destas 
leituras, podemos levantar importantes subsunçores referentes a este tema. 
 
2
 Disponível em :http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/. Acesso em Jan.2017 
3
 Disponível em https://play.google.com/store/apps/details?id=com.gobi.legobibleu&hl=pt-BR. Acesso em Jan.2017 
4
 Disponívelem: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3013/n/as_digitais_de_einstein_em_nosso_cotidiano. Acesso em 
Jan.2017 
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.gobi.legobibleu&hl=pt-BR
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3013/n/as_digitais_de_einstein_em_nosso_cotidiano
5 
 
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Nos primeiros 20 minutos de aula, conversamos sobre os postulados e as 
suas implicações. Tiramos algumas dúvidas e, em seguida, assistimos ao programa 
Globo Ciência “O Tempo como nova dimensão - Albert Einstein” 5, como um recurso 
adicional neste importante tópico. O vídeo aborda as questões históricas sobre a 
Teoria da Relatividade e seus personagens principais, ilustrando com clareza a 
importância dos trabalhos de Einstein no desenvolvimento de várias tecnologias 
modernas. O vídeo tem duração de 20 minutos. 
 Aula 4 - foi planejada para avaliar a compreensão dos principais aspectos e 
fenômenos relacionados aos postulados da Teoria da Relatividade Restrita através 
de um questionário. 
 Aula 5 - foi trabalhada a simultaneidade de fenômenos relativísticos e a 
relação espaço-tempo. Para isso, sugerimos os vídeos “O Espaço” 6 e “O tempo” 7 
da série intitulada “Além do cosmos” do canal NATGEO. Os vídeos foram assistidos 
previamente em casa. Durante a aula, retomamos os vídeos para comentar as 
cenas mais importantes para a compreensão dos efeitos gerados pela relatividade. 
Os vídeos citados acima possuem ilustrações e efeitos especiais que propiciam uma 
rica fonte de informação e divulgação científica, principalmente por se tratar de um 
tema complexo e de difícil observação no cotidiano. Os alunos relataram com 
entusiasmo as cenas mais marcantes e suas dúvidas, demonstrando um forte 
interesse e um desejo de aprender mais sobre o assunto. 
Aula 6 - foi planejada para que os alunos respondessem ao questionário 
sobre simultaneidade e a relação espaço-tempo. O mesmo possuía cinco questões 
objetivas com três alternativas. Embora tenhamos dado um enfoque bastante 
conceitual, alguns conceitos precisaram ser reforçados após a aplicação do teste. 
Aula 7 - retornou-se aos postulados e aos cálculos sobre a dilatação 
temporal e contração espacial, uma vez que os alunos demonstraram certa 
dificuldade neste tópico. Como estudo prévio, indicamos o aplicativo “Relatividade 
Restrita, Espaço-Tempo” (Special Relativity, Space Time) 8. Apesar de não possuir 
versão em português, o aplicativo é simples e de fácil utilização. Antes de iniciar a 
utilização, traduzimos e explicamos todas as suas funções. 
Aula 8 - foi planejada para avaliar e sanar as dúvidas sobre os cálculos de 
dilatação temporal e contração espacial, usando como ferramenta o aplicativo 
“Relatividade Restrita, Espaço-Tempo”. Foi enviado durante a aula, através do 
WhatsApp, um formulário com quatro questões sobre este tema. Os alunos tiveram 
20 minutos para responder. Em seguida, foi analisado o percentual de acertos em 
cada questão e a partir daí esclarecida as dúvidas através de instrução por colegas 
ou diretamente com o professor. 
Aulas 9 e 10 - foram dedicadas às dúvidas em relação à elaboração dos 
trabalhos com a temática “Einstein e a Relatividade”, sugerido como segunda nota 
 
5
 Disponível em http://redeglobo.globo.com/globocidadania/videos/t/globo-ciencia/v/o-tempo-como-nova-dimensao-albert-
einstein-integra/1763983/. Acesso em Mar.2017 
6
 Disponível em https://youtu.be/17LTi4aSiFw . Acesso em Jul.2017 
7
 Disponível em https://youtu.be/6c7GO1wFtnU. Acesso em Jul.2017 
8
 Disponível em : https://play.google.com/store/apps/details?id=com.reset&hl=pt-BR Acesso em Jul.2017 
http://redeglobo.globo.com/globocidadania/videos/t/globo-ciencia/v/o-tempo-como-nova-dimensao-albert-einstein-integra/1763983/
http://redeglobo.globo.com/globocidadania/videos/t/globo-ciencia/v/o-tempo-como-nova-dimensao-albert-einstein-integra/1763983/
https://youtu.be/17LTi4aSiFw
https://youtu.be/6c7GO1wFtnU
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.reset&hl=pt-BR
6 
 
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do bimestre e enviado no dia 6 de setembro pelo WhatsApp. A entrega foi realizada 
pelo aplicativo WhatsApp e pelo Google Drive até o dia 25 de setembro de 2017. 
Aula 11 - foi planejada para abordar o tema Massa e Energia Nuclear. 
Indicamos como leitura e estudo prévio a apostila “Energia Nuclear e suas 
aplicações” 9 e o vídeo “The real meaning of E=mc2” 10. Ambos fortemente 
recomendados pois suas abordagens são muito didáticas e conceitualmente 
corretas. Durante a aula retomamos ao conceito de massa tradicional, 
desconstruindo-o na medida em que mostrou-se que a massa de um corpo depende 
de várias formas de energias internas a ele. Para isso, comentamos passo a passo o 
vídeo sugerido, explorando todas as ilustrações e efeitos. 
Aula 12 - planejamos avaliar os conhecimentos dos alunos acerca da 
relação massa e energia. Foi elaborado um questionário com 4 questões objetivas e 
3 alternativas de respostas. Os alunos tiveram 20 minutos para responder. Assim 
como em todos os outros questionários, foi avaliada em tempo real cada resposta, 
na medida em que as respostas eram enviadas. 
3 - Resultados 
Analisando a aprendizagem dos alunos. 
A avaliação da aprendizagem dos alunos foi realizada durante todo o 
processo de aplicação da metodologia e não apenas em provas pois entendemos 
que a avaliação da aprendizagem deva ser um processo contínuo. Para contabilizar 
as notas dos alunos, pontuamos todos os questionários (20 pontos), os trabalhos (30 
pontos) e a avaliação discursiva (50 pontos). Todas as avaliações tiveram suas 
recuperações paralelas aplicadas dentro do prazo previsto para o bimestre. 
A pontuação de participação nos questionários online foi obtida através da 
exportação da planilha de resposta nominal, com data e hora da resposta de cada 
aluno. Esta planilha foi uma grande aliada no controle da realização de tarefas e do 
prazo de entrega. Com ela, pode-se constatar a participação do aluno nas atividades 
em aula e em casa. 
Ao fazer uma análise qualitativa dos formulários aplicados, pode-se dizer 
que os alunos tiveram um melhor desempenho em questões conceituais. Questões 
que envolvem cálculos e operações matemáticas mais complexas foram altamente 
criticadas pelos alunos por seu grau de dificuldade, apesar de já terem estudado 
todos os pré-requisitos matemáticos em séries anteriores. 
Os trabalhos foram avaliados qualitativamente, uma vez que o objetivo do 
mesmo era incentivar a pesquisa e a aplicação do tema proposto através da 
gravação de um pequeno vídeo. Os critérios utilizados para a nota do trabalho 
foram: coerência, pontualidade, aplicabilidade, relação com o cotidiano, aplicação 
correta da teoria e criatividade. Considerando que os estudantes tiveram o primeiro 
contato com a Relatividade Restrita há pouco tempo, pode-se considerar que houve 
empenho na realização e apresentação dos trabalhos. Os trabalhos foram enviados 
para uma pasta compartilhada no Drive para análise prévia e avaliação. 
 
9
 Disponível em : http://www.cnen.gov.br/images/cnen/documentos/educativo/apostila-educativa-aplicacoes.pdf. Acesso 
em Jul. 2017 
10
 Disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=Xo232kyTsO0. Fonte: PBS Digital Studios.Acesso em Jul. 2017 
http://www.cnen.gov.br/images/cnen/documentos/educativo/apostila-educativa-aplicacoes.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=Xo232kyTsO0
7 
 
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A avaliaçãoescrita foi elaborada com questões semelhantes aos 
questionários e listas de exercícios propostas durantes às aulas ou tarefa de casa. 
Porém, foi planejada uma avaliação de cunho mais conceitual e filosófico, que 
fizesse o aluno pensar sobre aplicações da Teoria da Relatividade e tomar decisões 
acertadas. 
4 - Considerações Finais 
O ensino de Relatividade Restrita nas duas turmas do Ensino Médio foi 
facilitado com a aplicação de metodologias ativas e o uso de tecnologias móveis. A 
metodologia empregada neste trabalho buscou inovar as práticas e recursos 
disponíveis aos alunos para estimular uma aprendizagem atraente para o aluno do 
século XXI, cercado de mídias digitais e tecnologias. 
Considera-se fundamental para uma aprendizagem efetiva a integração dos 
métodos e meios empregados para envolver alunos e professores no processo de 
aprendizagem, pois os alunos podem interagir em espaços e tempos não formais e 
em última instância, facilitar a aprendizagem do aluno como mostram os resultados 
acima. 
Segundo a teoria de Aprendizagem Significativa de David Ausubel, os 
materiais e métodos didáticos devem ser potencialmente significativos (MOREIRA, 
2012). Ao escolher e usar os aplicativos, vídeos, Google Drive e Google 
Formulários nosso objetivo foi facilitar a aprendizagem dos conceitos envolvidos 
nesta teoria e estimular a curiosidade dos alunos para que possam ser protagonistas 
da própria aprendizagem. 
A aplicação de metodologias ativas em escolas públicas de Ensino Médio foi 
algo desafiador, pois os recursos tecnológicos oferecidos são escassos e sua 
implantação depende de uma estrutura que as escolas não possuem. Ao aplicar 
metodologias ativas para ensino de Relatividade Restrita no ensino Médio foi 
percebida uma melhoria no envolvimento e dedicação dos alunos com ganho de 
qualidade nas atividades desenvolvidas, ainda que tenham alguma dificuldade em 
habilidades matemáticas. Enfim, concluímos que o objetivo foi atingido ao 
proporcionar um aprendizado significativo aos alunos que participaram ativamente 
deste trabalho. 
5 - Agradecimentos 
Agradecemos a CAPES pela bolsa concedida no mestrado e aos 
professores que compartilharam seu conhecimento até aqui. 
6 - Referências 
ARAUJO, I. S.; MAZUR, E. Instrução pelos colegas e ensino sob medida: uma 
proposta para o engajamento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem de 
Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 30, n. 2, p. 362-384, 2013. 
AUSUBEL, D.P. The psychology of meaningful verbal learning. New York, Grune and 
Stratton,1963. 
BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de 
aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2016. 
CROUCH, C. H.; MAZUR, E. Peer Instruction: Ten years of experience and results. 
American Journal of Physics, 69, pp.970–977, 2001 
8 
 
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 27 de janeiro a 01 de fevereiro de 2019 - Salvador - BA 
GÖKALP, M. S. Perceptions of the Internet and Education: A Study with Physics 
Education Website Users. International Journal of Environmental & Science 
Education, v. 8, n. 2, p. 289-302, 2013. 
LAGE, M. J.; PLATT, G. J.; TREGLIA, M. Inverting the classroom: A gateway to 
creating an inclusive learning environment. The Journal of Economic Education, v. 
31, p. 30-43, 2000. 
LAINE, T. H. et al. Critical Factors for Technology Integration in Game-Based 
Pervasive Learning Spaces. IEEE Transactions on Learning Technologies, Vol. 3 (4), 
(2010). 
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