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LORRANE DE OLIVEIRA BRAGA RANGEL LXIX - UFG ANATOMIA É um conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo e constitui o principal tecido de sustentação. Tecido ósseo • Os ossos se unem por intermédio de articulações, formando a maior parte do sistema esquelético. • Os ossos são um tipo de tecido conjuntivo extremamente rígido, pois sua matriz apresenta componentes inorgânicos, sendo mineralizada (cálcio). • É um tecido vivo, complexo e dinâmico • As faces articulares dos ossos são revestidas por cartilagem. Remodelamento: Produção de osso novo (osteoblastos) Degradação de osso velho (osteoclasto) Células ósseas: • Células osteoprogenitoras: sofrem mitoses e tornam-se osteoblastos. • Osteoblastos: são células que formam o osso e não podem se dividir por mitose. Elas formam o colágeno da matriz orgânica e concentram fosfato de cálcio. • Osteócitos: são os osteoblastos isolados na matriz óssea, são células maduras. • Osteoclastos: atuam na reabsorção óssea. Matriz (substância intercelular) • Componente inorgânicos: são sais minerais abundantes - Fosfato e carbonato de cálcio, magnésio, citrato, sódio, bicarbonatos. - Calcificação: torna o tecido duro - Os sais minerais tornam o osso duro e rígido. • Componentes orgânicos: Colágeno, proteoglicano e glicoproteínas. O colágeno confere elasticidade e resistência ao osso. • Cartilagem: - É um tecido conjuntivo semirrígido - Ela faz a união dos ossos - Costelas e superfícies articulares (para evitar o artigo) - Quanto mais velho o indivíduo ganha mais osso e perde cartilagem. Funções: • Sustentação e conformação do corpo: fornece moldura para o corpo, sustenta tecidos moles, pontos de fixação muscular. • Base mecânica para o movimento: funciona como alavancas para o movimento, por meio da contração dos músculos esqueléticos. ➢ Esqueleto: passivo ➢ Músculo: ativo • Proteção de estruturas vitais: Encéfalo, medula espinal, coração, pulmões • Hematopoiese: produção de células do sangue. Medula óssea vermelha: nas crianças ela se localiza no interior de todos os ossos e nos adultos nas extremidades dos ossos longos, costelas, quadril, vértebras e no esterno. • Armazenamento de sais minerais: os sais da matriz inorgânica podem ser distribuídos pro organismo caso ocorra a necessidade, como durante a gravidez. • Armazenamento de energia: Medula óssea amarela: formada praticamente por tecido adiposo, sendo uma importante fonte de armazenamento de energia. É encontrada em ossos longos, na região do corpo. Tecido compacto (denso) • Lamínulas ósseas fortemente unidas umas as outras, sem que haja espaço livre. • Fornece proteção e suporte e possui maior resistência ao estresse e peso. • Camada externa de todos os ossos • Ossos dos membros Tecido esponjoso (trabecular) • Lamínulas ósseas mais espaçadas – trabéculas, formando lacunas que se comunicam entre si e são preenchidas por medula óssea. Tipos de tecido ósseo LORRANE DE OLIVEIRA BRAGA RANGEL LXIX - UFG • Vasos sanguíneos (periósteo) penetram o osso esponjoso. • Medula óssea vermelha (adulto) • Formam a maior parte do tecido dos ossos: curtos, planos, irregulares e as epífises dos ossos longos. Esqueletos desarticulado: Ossos individualizados e separados. Esqueletos articulados: ossos unidos 1- Natural: ligamentos e cartilagens 2- Artificial: peças metálicas 3- Misto • Apendicular: ossos dos membros superiores e inferiores • Axial: crânio e face, coluna vertebral, costelas, esterno, osso hioide. Cintura/Cíngulo: união do esqueleto axial com o apendicular. ➢ Cíngulo do membro superior: Clavícula e escápula ➢ Cíngulo do membro inferior: dois ossos do quadril e o sacro. Variação no número de osso: 1- Fatores etários: Sinostose é a soldadura de dois ou mais ossos. Ex: osso frontal 2- Fatores individuais: variações entre os indivíduos 3- Critérios de contagem 1- Localização: axiais ou apendiculares 2- Forma e suas dimensões: • Longo: é aquele cujo comprimento é maior que a largura e espessura. São tubulares. Ex: fêmur Divididos em: Epífise e diáfise Diáfise: haste ou corpo, é a região onde o osso cresce em espessura. Epífise: extremidades distal/proximal Metáfise: região entre a diáfise e a epífise ➔ Osso em crescimento: Contem o disco epifisário, cartilagem hialina. Cavidade medular: aloja a medula amarela em adultos • Ossos curtos: Possui certa equivalência nas dimensões. São cuboides. Ex: ossos do carpo e do tarso • Osso laminar ou plano: Comprimento e largura equivalente e predominam sobre a espessura. Eles são finos com função protetora e fixação de musculatura. • Osso irregular: apresentam formas irregulares e complexas • Ossos pneumáticos: Apresenta uma ou mais cavidades (sinus ou seio) revestidas de mucosas e contendo ar. Eles estão situados no crânio • Ossos sesamoides: se desenvolvem em tendões, protegendo de desgaste excessivo. Eles tornam o movimento mais dinâmico e mais fácil. Ex: patela. Partes do osso Periósteo: é a membrana resistente branca fibrosa que reveste o osso, exceto em superfícies articulares (geralmente revestidas por cartilagem hialina). • É um tecido conjuntivo denso irregular, vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e células ósseas. • Proteção, nutrição, crescimento em diâmetro, reparo e fixação de ligamentos e tendões. • Sem ele a célula morre. Apresenta dois folhetos: ➢ Superficial: fibroso e denso ➢ Profundo: é osteogênico, pois suas células se transformam em células ósseas, que promovem o espessamento do osso Tipos de esqueleto Divisão do esqueleto Classificação dos ossos LORRANE DE OLIVEIRA BRAGA RANGEL LXIX - UFG Endósteo • É uma película que reveste internamente os ossos. • É importante no processo de remodelamento e neoformação óssea ➔ O periósteo produz osteoblastos ➔ O endósteo direciona os osteoclastos Os ossos são estruturas vascularizadas, com três fontes de nutrição: 1- Periósteo (Artérias periosteais): nutrem a maior parte do osso compacto. 2- Artérias nutrícias: surgem de artérias adjacentes fora do periósteo e seguem através dos forames nutrícios. 3- Artérias epifisárias e metafisárias: irrigam as regiões externas dos ossos, elas têm origem das artérias da cartilagem. 4- Veias: acompanham as artérias pelos forames, muito presentes em ossos com medula óssea vermelha. 5- Vasos linfáticos 6- Inervações dos ossos: As fibras nervosas acompanham os vasos, são responsáveis pela sensibilidade aos ossos. ➢ O periósteo é rico em nervos periosteais, que conduz fibras de dor, causando sensibilidade. O sangue chega aos osteócitos por meio de sistemas haversianos ou ósteons, que são canais que abrigam vasos sanguíneos. É o processo de formação de tecido ósseo, todos derivando do mesênquima (tecido conjuntivo embrionário. 1- Formação do esqueleto embrião 2- Crescimento do osso até a idade adulta 3- Remodelação, reparo • Existem dois tipos de ossificação: a endocondral e a intramembranosa. Ossificação endocondral • Formação do osso a partir de cartilagem • A cartilagem é substituída por osso • Ocorre na maioria dos ossos, principalmente nos ossos longos dos membros. • Crescimento em comprimento Como ocorre? 1- As células mesenquimais se condensam e diferenciam em condroblastos, que se multiplicam e formam o modelo cartilaginoso do osso. Uma cobertura chamada de pericôndrio se desenvolve em torno do modelo de cartilagem. 2- Esse molde vai crescendo e ocorre a calcificação da matriz do corpo do osso e, assim, ocorre o crescimento de capilares periosteais. 3- O pericôndrio passa a ser o periósteo 4- Os capilaresiniciam o centro de ossificação primário, que substitui a maior parte do modelo ósseo de cartilagem (Diáfise). 5- Ossificação secundária: a maioria surge em outras partes dos ossos após o nascimento, ossificando as epífises. Por meio da hipertrofia dos condrócitos da epífise, que gera a calcificação da matriz. 6- Para que o crescimento continue, os ossos formandos nos diferentes centros de ossificação não se fundem, até que o osso antiga o tamanho adulto. 7- Lâminas epifisiais interpõem-se entre a diáfise e a epífise. 8- Permanece o disco epifisário e cartilagem articular. Osteogênese ou ossificação Nutrição LORRANE DE OLIVEIRA BRAGA RANGEL LXIX - UFG Ossificação intramembranosa • O osso é formado a partir de uma membrana de tecido conjuntivo fibroso (mesênquima) • Onde não ocorre muita pressão. Ex: ossos que recobrem o encéfalo. • O tecido conjuntivo que permanece entre cada centro de ossificação formará: fontanelas e suturas (crescimento), e as moleiras. Como ocorre? 1- Desenvolvimento do centro de ossificação: Células do mesênquima se agrupam e se diferenciam em células osteogênicas e, depois, em osteoblastos (centro de ossificação). 2- Os osteoblastos secretam a matriz extracelular orgânica. 3- Ocorre a calcificação do osso, já com a presença dos osteócitos. 4- Formação das trabéculas 5- Desenvolvimento do periósteo: mesênquima condensa formando o periósteo. 6- Uma camada de osso compacto substitui as camadas superficiais de osso esponjoso. ✓ Parcial ✓ Completa ✓ Fechada ✓ Aberta ✓ Faturas por estresse O reparo das faturas envolve as seguintes fases: 1- Fase reativa: é a fase inflamatória inicial, uma massa de sangue se acumula ao redor da fratura (hematoma de fratura – 6 a 8 horas depois da lesão). Os fagócitos e osteoclastos começam a remover os resíduos ósseos. 2- Fase de reparação (formação do calo fibrocartilaginoso): os fibroblastos invadem o local da fratura e produzem fibras de colágeno, além disso começa uma produção de fibrocartilagem na região. Esses eventos promovem o desenvolvimento do calo fibrocartilaginoso (mole), que une as extremidades do osso, isso leva 3 semanas. 3- Fase de reparação (formação do calo ósseo): osteoblastos surgem nas áreas mais saldáveis e vascularizadas do tecido e começam a produzir trabéculas. Por fim, a fibrocartilagem é convertida em osso esponjoso e o calo passa a ser o calo ósseo (duro), persiste por 3-4 semanas. 4- Fase de remodelação óssea: os osteoclastos absorvem as porções mortas e o osso compacto substitui o esponjoso na periferia da fratura. São saliências, depressões e aberturas • Saliências - Articulares (cabeça, tróclea e côndilo) - Não articulares (fixação de músculos e ligamentos: tuberosidade, tubérculo, trocânter, espinha e linha. • Depressões Articulares: cavidades e fóveas Não articulares (apoio): fossa, impressão e sulco • Aberturas: Orifícios de passagem: forames Orifícios contínuos no interior do osso em formato de tubos: meatos • Com o envelhecimento ocorre a perda de cálcio dos ossos e também ocorre a redução da produção de proteínas, deixando o osso quebradiço. • Ossos não usados sofrem atrofia • Ossos hipertrofiam quando sustentam maior peso durante um longo tempo. OSTEOPOROSE: ✓ Com o envelhecimento, há diminuição dos componentes orgânicos e inorgânicos do osso, ✓ Redução da densidade óssea ou atrofia do tecido ósseo. ✓ Diminuição da absorção minerais e cálcio ✓ Ossos enfraquecidos e porosos, perdem elasticidade e sofrem fraturas facilmente. ✓ Menopausa: diminuição do estrogênio. Fraturas Acidentes ósseos Correlações clínicas LORRANE DE OLIVEIRA BRAGA RANGEL LXIX - UFG ➔ Punção do esterno ➔ Determinação da idade óssea ➔ Gigantismo (hormônios do crescimento) ➔ Acondroplasia (nanismo): as epífises recebem baixo estímulo hormonal. Divisão do crânio Neurocrânio: corresponte à parte superior e póstero- inferior do crânio, é o arcabouso que envolve o encéfalo e as orelhas internas Occipital, esfenoide, parietal, temporal, frontal, etmoide, Viscerocrânio: estão os ossos que se relacionam com o sistema respiratório, digestório e sensorial Lacrimal, vômer, maxila, nasal, palatino, zigomático, mandíbula e concha nasal inferior Ouvido médio: martelo, bigorna e estribo Coluna vertebral: • Vértebras cervicais: 7 Lordose cervical: convexidade para frente (anterior) 1° - Atlas: não apresenta corpo vertebral (se fundiu com o áxis formando o dente). Não possui processo espinhoso. Forame transverssário: característico das vértebras cervicais 2° - Áxis: é distinguido pelo dente, já contém o processo espinhoso Vértebras típicas III-VI: processo espinhoso curto e bífido 7° - processo espinhoso longo e não bifurcado Vértebras torácicas: 12 A 12° vértebra apresenta semelhança com as lombares, apresentando apenas uma fóvea costal e proc. Mamilar e acessório Cifose torácica : convexidade para trás (posterior) Vértebras lombares: 5 Lordose lombar: convexidade para frente (anterior) São mais robustas devido maior compressão, os processos espinhosos são curtos. Proc. Costiforme + acessório Desvios da coluna no plano frontal (escoliose) são sempre patológicos. LORRANE DE OLIVEIRA BRAGA RANGEL LXIX - UFG