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Apostila QT 2012.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
QUÍMICA TECNOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNO:______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCENTES: Prof. Dr. Filipe Martel de Magalhães Borges 
Profª. Drª Salete Martins Alves 
Profª. Drª. Tatiana de Campos Bicudo 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2012.2 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 02 
CRONOGRAMA DAS AULAS........................................................................................ 03 
EXPERIMENTO I - SEGURANÇA E POSTURA LABORATORIAL....................... 04 
EXPERIMENTO II - PROCESSO CORROSIVO EM UMA CÉLULA 
ELETROQUÍMICA ......................................................................................................... 
21 
EXPERIMENTO III - SÍNTESE DE BIODIESEL ...................................................... 28 
EXPERIMENTO IV - DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DE UM 
LUBRIFICANTE .............................................................................................................. 
31 
 
 
2 
Apresentação 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
A equipe de professores, bolsistas REUNI, técnicas e monitores dá as boas vindas aos 
alunos do Componente Curricular Química Tecnológica do Curso de Bacharelado em 
Ciências e Tecnologia da Escola de Ciências e Tecnologia (EC&T) da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte (UFRN) e solicita a todos que leiam com atenção as seções desta 
apostila. 
O componente curricular Química Tecnológica é dividido em teoria e prática, sendo 
esta composta por experimentos que abordam os temas apresentados nas aulas teóricas, tais 
como “Eletroquímica e Corrosão”, “Combustão e Combustíveis” e “Lubrificação e 
Lubrificantes”. Os experimentos são sempre realizados em laboratório, tendo início com uma 
aula sobre postura e segurança laboratorial, durante a qual é feita a apresentação do espaço 
físico, bem como de alguns equipamentos e materiais que serão utilizados durante as aulas 
práticas. 
O presente material contém os roteiros das aulas, com uma breve revisão sobre o tema 
abordado e a descrição detalhada do procedimento experimental a ser seguido. Com o 
objetivo de melhor aprendizado e por questões de segurança, recomenda-se a leitura 
antecipada do roteiro de cada aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRETE: O ALUNO DEVERÁ ZELAR PELA SUA SEGURANÇA E A DO 
PRÓXIMO, RESPEITANDO AS NORMAS ESTABELECIDAS. 
 
3 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
CRONOGRAMA DAS AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRE-SE: 
 
Para poder participar das aulas práticas é necessário que você esteja 
com: 
- bata ou jaleco; 
- calça comprida, de preferência jeans; 
- sapato TOTALMENTE fechado; 
- roteiro da aula prática. 
4 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
EXPERIMENTO I - SEGURANÇA E POSTURA LABORATORIAL 
 
 
OBJETIVO 
 
Postura e segurança laboratorial, bem como a apresentação e treinamento do uso de 
equipamentos e vidrarias. 
 
 
TESTE SEUS CONHECIMENTOS 
 
1. Cite três cuidados em relação à segurança laboratorial. 
 
 
2. Cite três vidrarias e suas aplicações. 
 
 
SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
É necessário que você conheça a localização e o manuseio dos acessórios de 
segurança. São eles: 
 
 Caixa de máscara contra gases; 
 
 Caixa de primeiros socorros; 
 
 Chave geral de eletricidade; 
 
 Extintores de incêndio; 
 
 Lava-olhos; 
 
 Chuveiro de segurança; 
 
 Saídas de emergência; 
 
 Telefones de emergência. 
 
 
CUIDADOS IMPORTANTES DURANTE A REALIZAÇÃO DOS EXPERIMENTOS 
 
1. Caso aconteça algum acidente no Laboratório, procure imediatamente o Professor 
responsável, mesmo que não haja danos pessoais ou materiais. Você deve, sempre que 
possível, evitar trabalhar sozinho, porque, em caso de acidente, haverá sempre alguém para 
socorrê-lo (a). 
 
2. Não faça experiência fora do roteiro da aula e nunca trabalhe sem a autorização do 
Professor. 
 
5 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
3. Você não deve fumar ou alimentar-se no Laboratório. Lave bem as mãos ao deixar o local 
de trabalho para evitar acidentes ou contaminações. 
 
4. Se você tiver cabelos longos, deve mantê-los presos durante a realização do experimento, 
porque em caso de acidentes estará mais protegido (a). 
 
5. Sua maneira de vestir, ao ir para o Laboratório, também é um fator importante para evitar 
acidentes. Portanto, não use sandálias ou calçados abertos. Sempre que estiver no Laboratório, 
use avental, de preferência de algodão, longo e de mangas compridas. Use também óculos de 
segurança, luvas descartáveis e evite usar lentes de contato. 
 
6. Antes de manusear qualquer produto químico, leia com atenção o rótulo do frasco. Caso 
não conheça o reagente, consulte o responsável pelo Laboratório. 
 
7. Quando você estiver utilizando frascos de reagentes, tenha sempre o cuidado de nunca 
deixá-los destampados para evitar evaporações ou absorção de umidade. Outro cuidado é 
nunca retornar reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados, pois 
poderia haver contaminação no frasco de origem. Evite também circular com eles pelo 
laboratório. 
 
8. Cuidado ao aquecer vidro. Se ele estiver quente, tem a mesma aparência do frio. Para evitar 
que você se queime, use sempre luvas de isolamento térmico ao manipular material aquecido. 
 
9. Nunca aponte um tubo de ensaio em sua direção ou na direção de seu vizinho, quando 
estiver aquecendo um material, principalmente um líquido. Uma formação violenta de vapor 
pode projetá-lo e provocar queimaduras. 
 
10. Jamais aqueça diretamente em uma chama um recipiente de vidro. Com o aquecimento, 
eles quebram facilmente e os estilhaços podem provocar ferimentos. 
 
11. Não aqueça um líquido inflamável com chama direta. Faça o aquecimento por meio de um 
banho de vapor ou de uma chapa elétrica. A chama pode provocar a inflamação do líquido, 
seguida de explosão. 
 
12. Nunca verifique o sabor de qualquer produto químico, pois poderá causar danos a sua 
saúde. Não é aconselhável também verificar o seu odor, caso seja necessário, não ponha o 
rosto diretamente sobre o recipiente que o contém, porque a aspiração direta de um gás pode 
causar irritação nas vias respiratórias. Com a mão em forma de concha, traga para o rosto o 
vapor que se desprende do recipiente. 
 
13. Qualquer experiência em que possa ocorrer desprendimento de vapores venenosos ou 
corrosivos deve ser realizada em uma capela, local com ambiente fechado e envidraçado, com 
escape natural ou produzido por um exaustor, que libera os vapores diretamente para a 
atmosfera ou para um recipiente adequado. 
 
14. Você nunca deve pipetar líquidos cáusticos ou tóxicos diretamente. Use sempre 
pipetadores. Um pipetador pode ser improvisado a partir de uma seringa conectada à pipeta 
por meio de um pedaço de mangueira de látex. 
 
6 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
15. Quando diluir os ácidos sulfúrico (H2SO4), nítrico (HNO3), clorídrico (HCl) ou outro 
ácido forte, faça sempre o seguinte: ponha primeiro a água no recipiente e em seguida 
adicione o ácido lentamente. Nunca adicione água ao ácido. 
 
16. Durante suas experiências, você irá trabalhar commateriais corrosivos, tóxicos, 
inflamáveis, etc. Ao término, se precisar desprezar os resíduos desses materiais, não os deixe 
abandonados num lugar qualquer do laboratório. No decorrer das aulas, você será orientado 
como se deve desprezar ou armazenar rejeitos químicos. 
 
17. Evite o uso de aparelhos de som, quando estiver realizando qualquer atividade de 
Laboratório. 
 
18. As áreas de circulação do Laboratório devem estar livres para facilitar a saída das pessoas 
em caso de emergência. 
 
19. Se houver contato de algum produto químico com a pele, olhos ou boca, o que pode 
ocasionar queimaduras, lave imediatamente o local afetado com bastante água corrente. A 
seguir, procure o tratamento adequado para cada caso. 
 
20. Você deve fazer sempre a comunicação, aos responsáveis pelo Laboratório, de situações 
anormais, como mau funcionamento de equipamentos, falha de iluminação, ventilação ou 
qualquer condição insegura. De preferência, a situação deve ser registrada por escrito. 
 
21. Sempre devemos colocar avisos no Laboratório, quando ocorrer situações do tipo: rejeitos 
à espera de descarte, instalação de equipamentos, manutenção preventiva e materiais 
quebrados ou danificados. 
 
22. É recomendável providenciar o conserto de equipamentos danificados. Material sem 
condição de reaproveitamento deve ser descartado, considerando as Normas do Patrimônio da 
Instituição. 
 
23. Se você for o último a sair do Laboratório, verifique se está tudo em ordem e desligue 
equipamentos e luzes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
MATERIAIS MAIS USADOS NO LABORATÓRIO 
 
Para facilitar o seu entendimento e memorização, os materiais utilizados nas aulas 
experimentais foram divididos em quatro blocos: 
 
− Vidraria 
 
 Materiais de porcelana 
 
− Outros materiais 
 
 Equipamentos 
 
 
Vidraria 
 
Em um Laboratório de Química existem vários tipos de vidraria que possuem as mais 
diversas utilidades. Algumas são usadas para medir volumes de líquidos, outras para fazer 
reações químicas, realizar aquecimentos, filtração e diversas funções. Elas possuem 
capacidades variáveis e é importante que você saiba como escolher e usar cada uma delas. 
 
1. Medidas precisas de líquidos 
 
A vidraria utilizada para medir volumes de líquidos com precisão é chamada de 
volumétrica. As mais usadas são: balão volumétrico, bureta e pipeta. 
 
Os balões volumétricos são providos de rolhas esmerilhadas para que, ao tampá-los, 
fiquem bem vedados. São especialmente usados para preparar soluções de concentrações 
conhecidas. Medem uma quantidade fixa de líquido e o traço de referência (menisco) que 
marca o volume pelo qual foi calibrado é gravado no gargalo. 
 
A bureta é comumente usada em titulações volumétricas. Ela mede quantidades 
variáveis de líquidos, sendo fixada a um suporte vertical. 
 
A pipeta serve para medir tanto quantidades variáveis (pipeta cilíndrica) quanto 
quantidades fixas de líquido (pipeta volumétrica). A medida nessa vidraria é feita 
comparando-se o volume do líquido com os traços marcados na parede do recipiente. 
 
8 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
Utilizando a bureta 
 
 
 
 
Trabalhando com pipetas 
 
Para medir volumes com pipetas, podemos usar dois tipos: a volumétrica (1), que 
mede um volume fixo de líquido, e a graduada ou cilíndrica (2), que possui uma escala, 
podendo medir volumes variados. 
 
 
Balão volumétrico 
Bureta 
Pipeta cilíndrica 
Pipeta volumétrica 
As vidrarias balão volumétrico, bureta e pipetas são mostradas nas Figuras abaixo: 
Maneira correta de utilizar a bureta 
manualmente 
9 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 Para aspirar um líquido com uma pipeta, você deve sempre usar pipetadores (3). 
 
 
Um outro tipo de pipeta é a pipeta Pasteur (pipeta conta-gotas) (4). Esta pipeta possui uma 
abertura inferior para a entrada de líquidos e na parte superior apresenta uma espécie de 
“balão”. Utiliza-se a mesma da seguinte maneira: Pressiona-se o “balão” expelindo o ar para 
fora, então, mergulha-se a ponta da pipeta no líquido e, em seguida, se solta o balão, assim 
faz-se com que o líquido entre na pipeta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante saber também que o escoamento de líquidos em instrumentos 
volumétricos (pipetas e buretas) deve ser feito a uma velocidade moderada, para prevenir 
erros nas suas medidas. 
 
Quando a pipeta graduada está cheia até a marca do zero, ela está com sua capacidade 
de preenchimento, como mostrado na Figura abaixo. 
 
(2) 
(1) 
(3) (4) 
10 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
 
A pipeta volumétrica mede sua capacidade quando o líquido atingir o menisco. 
 
 
 
2. Medidas aproximadas de volumes de líquidos 
 
Se o experimento a ser realizado não necessita de precisão nas medidas de volumes, 
você pode usar cilindros graduados, tipo béquer, que também são usados para aquecimentos 
de líquidos e dissolução de sólidos em líquidos ou então provetas. 
Aferimento do balão volumétrico 
11 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
Medidas de volume em Provetas e Balões volumétricos 
 
As medidas de volumes em provetas e balões volumétricos são feitas de acordo com o 
que está representado nas Figuras a seguir: 
 
 
 
 
3. Outras vidrarias que serão usadas nas aulas experimentais 
 
 
Béqueres Provetas 
12 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais de porcelana 
 
A porcelana é um material que suporta altas temperaturas e, quando em bloco, possui 
resistência ao atrito. Por isso, ela é utilizada para confeccionar alguns materiais necessários 
em experimentos nos laboratórios de química. 
Balão de destilação Condensador Bagueta ou bastão 
de vidro 
Conta gotas 
Dessecador Erlenmeyer Funil de separação (a) Funil de vidro 
comum e (b) analítico 
(b) (a) 
Kitazato Tubo de ensaio Vidro de relógio 
Udso 
 
Picnômetro 
Usado para pesar pequenas quantidades de 
substâncias, para evaporar pequenas quantidades de 
soluções e para cobrir béqueres e outros recipientes. 
13 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
 
Outros materiais 
 
Eles possuem diferentes utilidades e são formados por diversos materiais, por 
exemplo: metais, madeiras e outros. 
 
 
 
 
Anel para funil e suporte universal. 
Quando acoplado ao suporte universal, 
sustenta o funil. 
Barra magnética 
Junto com o agitador magnético, é 
utilizado usado para homogeneizar 
soluções. 
 
 
Almofariz e Pistilo 
Usados para triturar e pulverizar sólidos. 
 
 
 
Cadinho 
Sempre que for aquecer sólidos a uma 
temperatura maior que 200°C, use o cadinho, 
pois ele suporta altas temperaturas, desde que o 
aquecimento seja gradativo. 
 
Funil de Büchner 
Juntamente com o kitazato e provido de um 
papel de filtro, é usado nas filtrações a vácuo. 
14 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Garras metálicas 
São acopladas ao 
suporte universal para 
sustentação de peças, 
como bureta, 
condensadores e 
outros materiais. 
Papel de filtro 
Usado em processos de 
filtração para separar sólidos 
insolúveis do solvente sob 
estudo. Os filtros podem ser 
feitos de diferentes materiais: 
papel, tecido, placa de vidro 
(vidro sinterizado),fibras de 
vidro ou amianto, desde que 
sejam porosos. 
Pinça de madeira 
Quando usar tubos de 
ensaio em aquecimento 
direto ou em reações 
onde as soluções sejam 
corrosivas, utilize 
sempre uma pinça de 
madeira para segurar o 
tubo. 
Estante para tubos de 
ensaio 
É um suporte que 
comporta vários tubos de 
ensaio. 
Escova de limpeza 
Quando for lavar a 
vidraria, principalmente 
os tubos de ensaio, você 
deve sempre usar as 
escovas de limpeza. 
Espátulas 
Usadas para transferência 
de substâncias sólidas. 
15 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
 
Pinça metálica 
Usada para transporte de 
cadinhos e outros 
materiais, geralmente 
quando aquecidos. 
Pisseta 
É um recipiente de 
plástico, geralmente 
cheio com água 
destilada, sendo uma 
de suas finalidades 
remover resíduos, 
através de um jato de 
água. 
Tela de amianto 
É uma tela metálica revestida 
de amianto. Geralmente é 
colocada em cima do fogareiro 
elétrico durante o aquecimento, 
com a finalidade de distribuir 
uniformemente o calor e evitar 
o contato direto do recipiente 
com o fogareiro. 
Agitador magnético 
Juntamente com a barra 
magnética, é utilizado para 
promover agitação nas 
soluções com a finalidade 
de homogeneizá-las. 
Balança analítica 
Usada para pesagens de 
precisão. 
Bomba de vácuo 
Quando necessitar fazer 
uma filtração rápida ou 
que requeira vácuo, você 
deve usar a bomba de 
vácuo. 
16 
 Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
Termômetro 
Para medidas de temperatura, são usados termômetros, geralmente os de mercúrio.
 
 
 
 
 
Estufa 
A estufa é um equipamento usado para secar 
materiais (até 200 oC), principalmente 
vidraria. Cuidado! A vidraria volumétrica não 
deve ser secada em estufa, pois afeta a 
calibração da mesma. 
Fogareiro elétrico 
Usado para aquecimento de 
líquidos e sólidos. 
Capela 
Sempre que for preparar 
soluções ou trabalhar com 
procedimentos que envolvam 
liberação de gases, você deve 
usar a capela. 
Destilador 
Através do processo de 
condensação, faz 
purificações de líquidos. 
17 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
Manuseio de vidraria 
 
Como lavar a vidraria 
 Sempre que iniciar um experimento, verifique se a vidraria com a qual vai trabalhar 
está bem limpa. A limpeza pode ser efetuada lavando-a com detergente, enxaguando-a 
bastante com água de torneira, e em seguida com água destilada. 
 Se você vai trabalhar em experimentos que requerem uma maior precisão, deve, além 
de fazer a lavagem descrita acima, enxaguar a vidraria com um pouco de álcool ou de 
acetona. 
 Para uma limpeza rigorosa, após lavar o vidro com detergente e água de torneira, é 
necessário deixar a vidraria em contato por tempo prolongado (geralmente horas) com 
uma solução de limpeza. 
 
Medidas de volume 
 Quando realizar alguma medida de volumes de líquidos, você deverá saber se esta 
exige precisão para que possa usar a vidraria adequada. 
 Em medidas aproximadas, são utilizados geralmente cilindros graduados ou provetas. 
Nas que exigem precisão, devemos usar pipetas, buretas ou balões volumétricos, 
dependendo da medida que queira efetuar. 
 Pipetas, buretas e balões volumétricos são chamados de vidraria volumétrica e são 
calibrados pelo fabricante com temperatura padrão de calibração de 20 
o
C ou 25 
o
C, 
cuja capacidade pode variar de 1 mL a 2000 mL. 
 Você não deve também mergulhar nenhum material no frasco original para retirar 
líquidos. Para isso, coloque uma quantidade aproximada do líquido que vai utilizar em 
um becker ou erlenmeyer e, a partir daí, faça a medida. Para evitar contaminação, 
não devolva a sobra do material ao frasco original. 
 
Secando o material 
 O ideal é usar a vidraria seca, porque o emprego dela molhada pode causar erro nos 
seus resultados. Por exemplo: 
 Se você quer medir o volume de uma solução de cloreto de sódio (NaCl), de concentração 
0,1 mol L
-1
, com uma proveta molhada, o líquido resultante não terá mais aquela 
concentração, pois a água no interior da proveta irá diluir a solução. Ou se, por exemplo, 
mergulhar uma pipeta molhada dentro de um frasco que contenha uma solução de ácido 
clorídrico (HCl), de concentração já determinada, estará diluindo-a, o que provocará erro nas 
suas medidas. 
 Normalmente, para secar vidraria e material de porcelana, você deve usar uma estufa 
aquecida, entre 100 
o
C e 110 
o
C. 
 
Atenção: Isso não se aplica à vidraria volumétrica, a qual deve ser aquecida até 80 
o
C para 
evitar dilatação do vidro, o que pode provocar alteração na capacidade volumétrica desse 
tipo de vidraria. 
 
 
Pesagem (Teoria e Laboratório) 
 
Medidas de massa 
 
18 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
Essas medidas são feitas utilizando-se balanças, classificadas de acordo com a 
precisão (reprodutibilidade) em analíticas e semianalíticas. Nas analíticas, a precisão das 
medidas é de 0,0001 g ou superior, enquanto nas semi-analíticas, a faixa é de 0,1 a 0,001 g. 
Ao determinar a massa de um material qualquer em uma balança, você realiza uma operação 
que é chamada de pesagem. 
 
Como evitar os erros em uma pesagem: 
 
 Antes de iniciar qualquer pesagem, verifique sempre se a balança está nivelada 
e também se o prato, ou pratos (se houver mais de um), está limpo. Não a 
utilize, se algum estiver sujo. Limpe-o com escova ou papel toalha. 
 
 Zere sempre a balança antes de colocar no prato o material que deseja pesar. A 
operação de zerar a balança consiste em deixar todas as casas de leitura do 
visor no zero. 
 
 Ao fazer uma pesagem, caso não precise da massa do recipiente, zere 
novamente a balança. Essa operação chama-se tarar a balança. Ela fica zerada 
mesmo com o recipiente em cima do prato. 
 
 Não coloque produtos químicos diretamente no prato da balança, use o 
recipiente apropriado para o experimento que vai realizar. 
 
 Nunca pese recipientes que estejam molhados pelo lado de fora, porque pode 
danificar o prato da balança ou causar erro na leitura. 
 
 Não pese objetos quentes ou muito frios, principalmente se a balança for 
eletrônica e de precisão, pois o ar quente ou frio pode alterar a leitura e 
danificar os seus componentes. 
 
 Mantenha as portas de vidro da balança fechadas no momento da leitura, 
porque o ar do ambiente pode alterar a leitura realizada. 
 
 Não é aconselhável que manuseie os objetos a serem pesados diretamente com 
a mão. Use pinças adequadas, ou um papel fino (pode ser papel higiênico), 
para evitar que a gordura da mão altere o resultado da pesagem. 
 
 
Medidas de Temperatura 
 
 As medidas de temperatura são feitas usando termômetros de mercúrio. Para 
fazer uma medida de temperatura, assegure-se de que o bulbo do termômetro 
esteja mergulhado no material que deseja realizar a medida, tendo o cuidado 
para que ele não toque as paredes ou o fundo do recipiente. 
 
 Espere até que ocorra o equilíbrio térmico entre o bulbo do termômetro e o 
material para realizar a medida (~ 3 min). 
. 
19 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
 Nunca coloque um material de vidro ou porcelana em cima de uma bancada, 
quando este estiver quente (acima de 60 
o
C), porque o choque térmico pode 
provocar a quebra do material. 
 
Fazendo uma filtração 
 
A operação de separar um sólido (geralmente fragmentado) de um líquido, pela 
passagem do líquido através de um meio poroso capaz de reter as partículas sólidas, é 
denominada de filtração.Normalmente, o meio filtrante mais usado é uma folha de papel 
poroso, chamado de papel de filtro. 
Nas filtrações comuns de laboratório, geralmente faz-se uso da força da gravidade ou 
da pressão atmosférica. 
 
 
O papel de filtro usado na filtração comum pode ter dobras mais elaboradas, o que 
resulta numa filtração mais rápida. A figura abaixo mostra como dobrar o papel em forma de 
cone e pregueado. 
 
 
Para obter o papel pregueado, dobre-o ao meio e vá fazendo novas dobras, seguindo o 
esquema mostrado na Figura acima. As dobras devem ser feitas sempre no sentido contrário 
ao da anterior. 
 
 
RECOMENDAÇÕES FINAIS 
 
Tenha este guia sempre à mão no laboratório e releia-o periodicamente. O risco de 
acidente é maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-lo. 
 
 
 
 
Para realizar essa operação usando a 
força da gravidade, que é a filtração 
comum, geralmente se usa um papel de 
filtro dobrado em forma de recipiente 
cônico, acoplado a um funil, um suporte 
universal com garra metálica e um 
erlenmeyer. 
Forma de cone Pregueado 
20 
Materiais usados em Laboratório 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Materiais e Reagentes 
 
Materiais/Equipamentos Reagentes 
1 pipeta graduada de 10 mL NaCl 
1 proveta de 10 mL Água destilada 
2 béqueres de 50 mL 
1 bastão de vidro 
1 vidro de relógio 
1 balão volumétrico de 250 mL 
1 balança analítica 
1 pipeta Pasteur (pipeta conta-gotas) 
1 espátula 
1 pipetador 
1 pisseta 
 
Procedimento 
 
1. Identifique as vidrarias/ materiais sobre a sua bancada. Quais as suas funções? 
 
2. Medidas de volume: 
- Coloque um pouco de água no béquer de 50 mL. 
- Meça com a pipeta graduada 10 mL de água destilada. 
- Transfira para uma proveta de 10 mL. 
- Da proveta, transfira os 10 mL de água destilada para o outro béquer de 50 mL. 
Faça uma comparação da precisão entre os instrumentos de medida empregados. 
 
3. Preparo de uma solução: 
- Coloque o vidro de relógio no prato da balança e tare a mesma. 
- Adicione o cloreto de sódio (NaCl) no vidro de relógio até aproximadamente 1 g. 
- Transfira o NaCl para um béquer de 50 mL e dissolva com um pouco de água destilada. 
Utilize o bastão de vidro para auxiliar na dissolução. 
- Transfira o conteúdo do béquer para um balão volumétrico de 250 mL, utilize o bastão de 
vidro para auxiliar a transferência do líquido, conforme figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Procedimento Experimental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Transferência de líquidos do béquer para o balão volumétrico. 
 
- Complete o volume com água destilada até próximo do menisco com a pisseta, e em 
seguida, utilize a pipeta Pasteur para colocar de gota em gota até o menisco. 
- Tampe o balão volumétrico e homogeneíze por inversão. 
- Lave as vidrarias utilizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Apostila de Química Experimental. Glícia Maria Galvão Damasceno e Francisco das Chagas 
Dantas de Lemos. Laboratório de Química Geral e Experimental, Departamento de Química, 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
 
 
 
 
 
Convém lembrar que uma balança é um instrumento de precisão, devendo ser 
mantida limpa. Utilizar um pincel para remover partículas sólidas que porventura 
venham a cair na câmara de pesagem ou sobre o(s) prato(s). 
Materiais líquidos derramados devem ser removidos utilizando-se um papel 
absorvente. 
22 
Procedimento Experimental 
 
 
 
 
 
EXPERIMENTO II – PROCESSO CORROSIVO EM UMA CÉLULA 
ELETROQUÍMICA 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A corrosão pode ser definida como a deterioração de um material, geralmente 
metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente, aliada ou não a esforços 
mecânicos. Essa deterioração pode representar alterações prejudiciais indesejáveis, sofridas 
pelo material, tais como desgastes, variações químicas ou modificações estruturais, tornando-
o inadequado para o uso. Graças a avanços tecnológicos e científicos, cientistas e engenheiros 
dispõem cada vez mais de recursos que auxiliam no controle e combate à corrosão na 
indústria, tais como revestimentos cada vez mais sofisticados, materiais metálicos mais 
resistentes à corrosão e sistemas eletroquímicos de proteção entre outros. Dessa forma, há 
uma grande necessidade de que os profissionais da área tecnológica e industrial busquem 
entender como funciona o processo corrosivo, e com isso controlar e monitorar a corrosão, 
evitando assim transtornos para suas empresas e para a sociedade. 
 Como no estudo da corrosão estão envolvidos diversos conhecimentos de 
eletroquímica, este experimento busca a compreensão, por parte do estudante, de alguns 
aspectos básicos sobre oxidação-redução. Dentre estes, estão conceitos importantes como 
número de oxidação, agente redutor, agente oxidante e mecanismo de reação redox, que 
constituem os princípios básicos de células de corrosão. 
 
Eletroquímica 
 
A eletroquímica é o ramo da química que estuda as reações que envolvem a produção 
ou o uso da eletricidade. As reações que produzem eletricidade (espontâneas) são aquelas que 
ocorrem nas pilhas e baterias. As reações que só ocorrem pela passagem da eletricidade 
através de um líquido são as chamadas reações de eletrólise (não espontâneas). Os fenômenos 
que ocorrem pela passagem da eletricidade através de um líquido podem ser estudados e 
compreendidos ao se utilizar uma fonte de corrente elétrica contínua, que pode ser uma pilha 
ou bateria, ou seja, qualquer fonte externa de corrente elétrica. 
As células que operam através da energia fornecida por uma fonte de corrente externa 
são identificadas como células eletrolíticas, enquanto aquelas que produzem corrente a partir 
de uma reação eletroquímica espontânea são classificadas como células galvânicas. 
 
Célula Galvânica 
 
Célula galvânica é um dispositivo que converte energia química em energia elétrica 
utilizando, para isso, reações de oxidação e redução. Tais sistemas produzem corrente 
contínua e baseiam-se na diferença de potenciais de redução das espécies químicas envolvidas 
(Figura 1). 
 
 
 
 
 
23 
 Processo corrosivo em uma célula eletroquímica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Esquema de montagem de uma célula eletroquímica. 
 
 
Nesse dispositivo, dois eletrodos, geralmente constituídos de metais diferentes, 
fornecem as superfícies nas quais ocorrem as reações de oxidação e redução. O metal que 
possui maior potencial na tabela de potencial de redução é o que funciona como catodo da 
pilha, isto é, recebe elétrons. O metal com menor potencial será o anodo, cede elétrons, sendo 
corroído. Considere, por exemplo, uma tubulação de aço-carbono ligada a uma válvula de 
latão (liga de cobre e zinco) em presença de eletrólitos, observa-se uma corrosão mais 
acentuada próximo ao contato aço-carbono-latão, corroendo-se preferencialmente o tubo de 
aço, pois este funciona como anodo da pilha formada. 
 
 
OBJETIVO 
 
Confeccionar uma célula eletroquímica, utilizando os conceitos abordados em sala de 
aula, observando o comportamento do sistema, sua espontaneidade e identificando a série de 
transformações que ocorrem durante o funcionamento do mesmo, relacionando-as aos 
processos de corrosão que, eventualmente, estejam ocorrendo. 
 
 
TESTE SEUS CONHECIMENTOS 
 
1. Qual a definição de célula eletroquímica e qualé sua importância no estudo da 
corrosão? 
 
2. Como é possível saber se o metal será anodo ou catodo? 
 
3. Cite três métodos de proteção contra corrosão. 
 
 
24 
 Processo corrosivo em uma célula eletroquímica 
 
 
 
25 
 Processo corrosivo em uma célula eletroquímica 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL1 
 
Materiais e Reagentes 
 
Materiais Reagentes 
2 béqueres de 250 mL Solução aquosa de NaCl 3% 
1 béquer de 50 mL Solução aquosa alcoólica de fenolftaleína 1% 
1 eletrodo de cobre Solução aquosa de Hexacianoferrato (III) de potássio 1% 
1 eletrodo de zinco 
2 eletrodos de ferro (prego) 
1 lixa 
2 fios condutores 
1 pipeta de 10 mL 
1 pipetador 
2 pedaços de isopor 
 
Procedimento 
 
- Adicione aproximadamente 150 mL da solução de NaCl (3%) ao béquer de 250 mL; 
 
- Adicione um pouco da solução de hexacianoferrato (III) de potássio ao béquer de 50 mL, em 
seguida, com o auxílio da pipeta de 10 mL, transfira 2 mL desta solução para o béquer 
contendo a solução de NaCl. 
 Adicione 10 gotas de solução de fenolftaleína 1% à solução de NaCl. 
 
- Coloque o isopor no meio do béquer (separando o béquer em 2 compartimentos); 
 
- Lixe suavemente o eletrodo de cobre, zinco e ferro. 
 
- Imergir os eletrodos de ferro e cobre na solução de NaCl, ligando-os por meio de um fio 
condutor. ATENÇÃO: Não imergir o jacaré na solução. Aguarde cerca de 30 minutos e 
observe o que aconteceu. 
 
- Repita o procedimento imergindo os eletrodos de ferro e zinco na solução de NaCl, ligando-
os por meio de um fio condutor. Aguarde cerca de 30 minutos e observe o que aconteceu. 
 
Observações do experimento 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
26 
 Processo corrosivo em uma célula eletroquímica 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2 
 
Materiais e Reagentes 
 
Materiais Reagentes 
1 béquer de 250 mL Solução aquosa de KI 0,1 mol L
-1
 
2 eletrodos de chumbo Solução aquosa alcoólica de fenolftaleína 1% 
1 lixa 
1 pedaço de isopor 
1 fonte de energia 
 
 
Procedimento 
 
- Meça aproximadamente 100 mL da solução de KI no béquer de 250 mL; 
 
- Adicione 5 gotas de fenolftaleína a solução; 
 
- Coloque o isopor no interior do béquer (separando o mesmo em 2 compartimentos); 
 
- Coloque os dois eletrodos metálicos de chumbo, um em cada lado do béquer; 
 
- Adapte os fios condutores da fonte, um em cada eletrodo de chumbo. Conforme 
representado na Figura 2; 
 
- Ligue a fonte de corrente externa e observe o que ocorre. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Esquema de montagem de uma célula eletroquímica com um único compartimento 
eletródico. 
27 
 Processo corrosivo em uma célula eletroquímica 
 
 
Observações do experimento 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
Tabela 1 – Características de algumas substâncias. 
 
Gases 
H2 - incolor, inodoro, produz pequena explosão em contato com uma chama viva; 
O2 - incolor, inodoro, reaviva a chama em palito de fósforo em brasa (se em grande 
quantidade); 
Cl2 - amarelo esverdeado, de odor irritante, e que lembra um pouco o cheiro da “água 
sanitária”. 
 
Líquidos 
Br2 - amarelo esverdeado, solúvel em água formando uma solução amarelada. 
 
Sólidos 
I2 - violeta, solúvel em água formando uma solução castanho avermelhado; 
Cu - metal de cor rosa avermelhado; 
Cu2I2 - branco levemente amarelado, insolúvel na água; 
Cu(OH)2 - azul, insolúvel na água; 
CuO - preto, insolúvel na água; 
PbI2 - amarelo insolúvel em água; 
Cu2O - amarelo, que com o tempo passa a vermelho tijolo, insolúvel na água; 
CuCl2 - amarelo, que com o tempo passa a marrom; 
Cu2Cl2 - branco; 
CuBr - branco; 
CuBr2 - preto; 
Fe3[Fe(CN)6]2 - azul; 
Zn3[Fe(CN)6]2 - branco; 
Zn(OH)2 - branco. 
 
Aquo-complexos 
[Cu(H2O)6]2 
+
 - azul claro. 
28 
 Processo corrosivo em uma célula eletroquímica 
 
 
Apêndice - Potências Padrão de Redução a 25 
0
C 
 
BIBLIOGRAFIA 
GENTIL, V. Corrosão. 2
a
. ed. Rio de Janeiro: Livro Técnico e Científico, 2007. 370 p. 
 
29 
Síntese de Biodiesel 
 
 
EXPERIMENTO III – SÍNTESE DE BIODIESEL 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
COMBUSTÍVEIS 
 
• Definição: Qualquer substância que reage com o oxigênio (ou outro comburente) liberando 
energia, usualmente de modo vigoroso, na forma de calor, chamas e gases. Supõe a liberação 
da energia nele contida em forma de energia potencial a uma forma utilizável. 
 
• Composição: Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O), Nitrogênio (N) e Enxofre (S) são 
elementos químicos que compõem a maioria dos combustíveis. 
O BIODIESEL 
A maior parte de toda energia consumida no mundo provém do petróleo, do carvão e do 
gás natural. Essas fontes são limitadas e com previsão de esgotamento no futuro. Portanto, a 
busca por fontes alternativas de energia é de suma importância. Nesse contexto, destaca-se a 
presença do biodiesel, um combustível biodegradável, renovável e que obedece ao ciclo do 
carbono. Esse biocombustível pode ser definido quimicamente como um mono-alquil éster de 
ácido graxo obtido de fontes renováveis, como óleos vegetais e gorduras animais, através de 
um processo de transesterificação, no qual os triacilglicerídeos (principais componentes dos 
óleos e das gorduras) são convertidos em moléculas menores de ésteres de ácidos graxos. O 
biodiesel apresenta características físico-químicas semelhantes as do diesel fóssil, podendo 
ser usado em motores diesel, contribuindo, assim, para a redução da dependência em relação 
ao petróleo. 
As fontes mais comuns para obtenção de biodiesel são os óleos de soja, milho, 
mamona, babaçu entre outros e as gorduras animais (sebo bovino, por exemplo). No Brasil, a 
soja tem sido a principal matéria-prima para a produção de biodiesel, principalmente devido 
ao seu amplo cultivo no país, capaz de suprir a demanda por esse biocombustível, que desde 
janeiro de 2010 já vem sendo misturado ao diesel na proporção de 5 % (B5). 
O processo de transesterificação consiste na reação química entre os triacilglicerídeos 
e um álcool de cadeia curta, geralmente metanol (rota metílica) ou etanol (rota etílica). Como 
principal coproduto desse processo reacional está a glicerina, que possui diversas aplicações 
na indústria química, contribuindo, dessa forma para agregar valores a toda a cadeia nacional 
de produção de biodiesel. 
OBJETIVO 
Sintetizar o biodiesel de óleo de soja, através da transesterificação do triacilglicerídeo 
com metanol (rota metílica). 
 
TESTE SEUS CONHECIMENTOS 
1.Explique o processo de obtenção do biodiesel através da transesterificação de óleo 
vegetal, escrevendo a reação que descreve o processo. 
 
2. Que cuidados devem ser adotados no manuseio do álcool metílico? 
30 
Síntese de Biodiesel 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
Materiais e reagentes 
Materiais Reagentes 
1 agitador magnético Álcool metílico (CH3OH) 
1 barra magnética Hidróxido de potássio (KOH) 
1 balança analítica Óleo de soja 
1 bastão de vidro 
1 bastão com ponta magnética 
1 béquer de 250 mL 
1 béquer de 100 mL 
1 espátula 
1 proveta de 100 mL 
1 vidro de relógio 
Papel filme 
 
CUIDADO: Alguns reagentes utilizados no experimento são de alto risco. Portanto, pesquise 
a ficha de segurança do ÁLCOOL METÍLICO (METANOL, CH3OH) e do HIDRÓXIDO DE 
POTÁSSIO (KOH). 
Utilizar equipamentos de proteção (luvas e óculos de proteção) durante o manuseio dos 
reagentes. 
 
Procedimento 
 
- Prepare o metóxido: 
 
 Pese 0,5 g de KOH em um vidro de relógio. 
 
 Adicione o KOH ao béquer (250 mL) contendo álcool metílico (11,43 g - 
previamente pesado). 
 
 Coloque a barra magnética no béquer e agite no agitador magnético até a 
completa dissolução do KOH (manter o béquer sempre coberto); 
- Adicione 50 g (previamente pesado) de óleo de soja, contido no béquer de 100 mL, à 
solução do metóxido e observe o que ocorreu. Deixe sob agitação durante 30 minutos. 
- Após o término dos 30 minutos, retire a barra magnética com o auxílio do bastão magnético 
e transfira a mistura para a proveta de 100 mL. Espere alguns minutos e observe o que 
ocorreu. 
 
31 
Síntese de Biodiesel 
 
 
Observações do experimento 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
REFERÊNCIAS 
KNOTHE G. Manual de Biodiesel. Edgard Blücher, 2006. 
 
32 
Determinação da viscosidade de um lubrificante 
 
 
EXPERIMENTO IV – DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE DE UM 
LUBRIFICANTE 
 
INTRODUÇÃO 
 
A lubrificação pode ser definida como o fenômeno de redução de atrito entre duas 
superfícies em movimento relativo, com a introdução de uma substância entre elas de acordo 
(CARRETEIRO; BELMIRO, 2006). 
A lubrificação das superfícies deslizantes é extremamente importante para o bom 
funcionamento dos componentes articulados, informações físicas referentes à concepção 
construtiva de equipamentos, tolerâncias, temperatura, velocidade, pressão podem determinar 
o método mais eficiente para lubrificação. A lubrificação permite que o lubrificante 
desempenhe sua função principal, ou seja, reduzir o atrito e assim permitir o movimento com 
mínimo de aquecimento, ruído e desgaste. Nesse sistema é possível diminuir o atrito com a 
minimização do componente adesão do atrito, no entanto o desgaste pode aumentar se o 
lubrificante for inadequado, isso pode inibir a formação de tribofilmes, que em certas ocasiões 
são muito eficazes. 
Com a utilização da lubrificação resumidamente pode-se afirmar que três mecanismos 
típicos contidos na superfície de contato são modificados diretamente, os quais influenciam o 
atrito e o desgaste: absorção das superfícies, alteração química das superfícies e separação 
física das superfícies. 
A espessura do filme lubrificante depende de fatores como a carga normal aplicada, 
velocidade do movimento, geometria do contato e de propriedades do fluido. Tais 
características são levadas em conta para o dimensionamento do fluido lubrificante quanto a 
sua principal propriedade, a viscosidade, principalmente quando a finalidade é separar as 
superfícies no deslizamento. 
A viscosidade pode ser definida como a propriedade que determina o valor de sua 
resistência ao cisalhamento. O primeiro relato na literatura para viscosidade é feito por 
Newton (1642-1727), que propôs que há uma força para romper um filme fluido. Essa força é 
a medida do atrito interno do fluido ou a resistência ao cisalhamento (BHUSHAN, 2004). 
A viscosidade de um fluido é alterada em função da temperatura, normalmente com 
aumento da temperatura há uma diminuição da viscosidade e vice-versa. O termo índice de 
viscosidade (IV) expressa a variação da viscosidade com a temperatura em comparação a dois 
óleos com IVs conhecidos: uma base de óleo cru obtida da Pensilvânia, arbitrariamente 
considerada como IV = 100, e outra proveniente da Costa do Golfo do México com IV = 0 
(CARRETEIRO; BELMIRO, 2006). 
Uma forma de alterar a viscosidade de um óleo lubrificante é adicionando em sua 
composição um outro óleo de mesma base, porém de viscosidade maior. Essa prática é 
bastante comum, principalmente entre os fabricantes de lubrificantes, na impossibilidade de 
obter várias viscosidades. Um método rápido e pratico de executar a mistura é adotando a 
carta de mistura de viscosidade utilizada pela ASTM (Figura 1). Tal processo hipoteticamente 
pode ser visualizado com auxilio da Figura 1. Ao traçar uma linha na viscosidade pretendida 
ISO 150 (horizontal azul), posteriormente à reta vermelha saindo do componente A 
viscosidade 220 até o componente B de viscosidade 68. Em seguida traçar uma reta (laranja) 
vertical na intersecção das duas linhas e ler o percentual de cada componente, A 70% e B 
30%. Essa figura pode ser observada na Figura 1. 
 
33 
Determinação da viscosidade de um lubrificante 
 
 
 
 
Figura 1 - Carta de mistura da ASTM. Fonte: Móbil (2009) 
 
A viscosidade e as suas particularidades são de extrema importância no processo de 
lubrificação e podem determinar o método de lubrificação mais adequado a cada aplicação. 
O viscosímetro Cannon Fenske permite uma determinação simples do coeficiente de 
viscosidade a partir de uma substância padrão. Neste caso as medidas de viscosidade são 
34 
Determinação da viscosidade de um lubrificante 
 
 
feitas por comparação entre o tempo de vazão de um líquido de viscosidade conhecida, 
geralmente água, e do líquido cuja viscosidade de deseja determinar. 
 
 
 
Onde, η, d e t são, respectivamente, o coeficiente de viscosidade dinâmica, a densidade e o 
tempo de escoamento de igual volume dos líquidos 1 e 2 (este último sendo o padrão). 
 
O valor da viscosidade cinemática é obtido pela seguinte equação: 
 
ν = η_ 
 d 
 
OBJETIVOS 
 
 Preparar um óleo sintético com viscosidade de 110 cSt a partir de dois óleos 
sintéticos com viscosidades diferentes e conhecidas, utilizando como base a 
carta de mistura ASTM (Figura 1). 
 Medir a viscosidade do óleo preparado e comparar com a proposta (110 cSt) 
 
 
TESTE SEUS CONHECIMENTOS 
 
1. Qual é a importância da viscosidade no desempenho de um óleo lubrificante? 
 
2. Como a temperatura influencia na viscosidade de um óleo lubrificante? 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
Materiais e reagentes 
Materiais Reagentes 
1 agitador com aquecimento Óleo lubrificante 5W-30 (ν = 65 cSt a 40 ºC) 
2 provetas de 10 mL Óleo lubrificante 20W-50 (ν =198 cSt a 40 ºC) 
1 viscosímetro (Cannon Fenske) Água destilada (η = 0,65 cP, ρ = 0,9922 g/cm3 a 40 ºC) 
1 bastão de vidro 
1 béquer de 4 L 
2 béqueres de 50 mL 
1 pisseta 
1 suporte universal2 garras metálicas 
1 cronômetro 
1 termômetro 
1 seringa com mangueira de látex 
 
35 
Determinação da viscosidade de um lubrificante 
 
 
Procedimento: 
 
A aula prática será desenvolvida em duas etapas: a primeira consistirá na obtenção de um 
óleo sintético com viscosidade conhecida e a segunda será a verificação desta viscosidade 
utilizando um viscosímetro. 
 
1- Obtenção de um óleo sintético com viscosidade igual a 110 cSt 
 
a) Utilizando os valores dos óleos sintéticos fornecidos e a carta de mistura da ASTM 
calcule a porcentagem necessária de cada óleo para se obter 10 mL de um óleo com 
viscosidade 110 cSt. 
b) Coloque cerca de 5 mL do óleo sintético 5W-30 (óleo B - menos viscoso) no béquer 
de 50 mL e, em seguida, transfira o volume necessário (calculado através da carta de 
mistura) para a proveta de 10 mL. 
c) Coloque cerca de 5 mL do óleo sintético 20W-50 (óleo A - mais viscoso) no outro 
béquer de 50 mL e, em seguida, transfira o mesmo para proveta de 10 mL, 
completando o volume 10 mL. 
d) Misture as quantidades medidas na proveta com o auxílio do bastão de vidro. 
 
2- Medida da Viscosidade 
Procedimentos e cuidados preliminares: O viscosímetro, assim como todo material 
empregado no manuseio dos fluidos, deve estar completamente limpo; lavar o viscosímetro na 
troca de fluido; monitorar a temperatura indicada durante a medida, por meio de um banho 
térmico (aproximadamente 40 ºC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Viscosímetro (Cannon Fenske) 
 
 
 
 
 
 
 
36 
Determinação da viscosidade de um lubrificante 
 
 
2.1- Carregamento do Viscosímetro 
 
i- Utilizar uma proveta para carregar o viscosímetro: introduza água destilada 
(aproximadamente 10 mL), pela abertura de maior diâmetro “E” do viscosímetro (ver Fig. 2) 
e espere 5 minutos. 
 
ii- Em seguida, por meio de uma seringa, “F”, aspirar pela abertura “D” até o líquido fique 
abaixo da marcação inferior (“Z”). ATENÇÃO: Evitar que o fluido suba pela mangueira que 
liga a seringa ao viscosímetro. 
 
 
2.2- Cronometragem 
 
i- Desconectar o tubo de látex da seringa para que o fluido comece a fluir, disparando o 
cronômetro quando o mesmo passar pela marcação “Z”; 
 
ii- Travar o cronômetro quando o nível superior do fluido passar pela marcação (“Y”). E 
assim determinar o tempo t
2 
para que o volume V do fluido “1” escoe pelo tubo “capilar”, 
como indicado na Fig. 2. 
 
Fazer 02 medidas, para obter a melhor média. 
 
iii- Esvaziar o viscosímetro e enchê-lo com 10 mL da mistura de óleos lubrificantes (transferir 
diretamente da proveta para o viscosímetro), colocar o viscosímetro no banho, esperar 5 
minutos e, em seguida, repetir as etapas acima, determinando t1: 
 
iv- Calcular o valor da viscosidade absoluta (η) e cinemática (ν) para a mistura dos óleos 
lubrificantes (ρ = 0,8553 g/cm3). 
 
Observações do experimento 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BHUSHAN, Bharat. Principles and applications of tribology. John Wiley & Sons, 1999 
 
CARRETEIRO, Ronald P.; BELMIRO, Pedro Nelson A. Lubrificantes e lubrificação 
industrial. Rio de Janeiro: Interferência, 2006.

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