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LIVRO EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA

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EXPERIMENTOS DE 
QUÍMICA GERAL 
 
 
Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
Departamento de Química - UFMA 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
A química, antes de ser ciência, com todo esse corpo de teorias e modelos belíssimos, foi apenas 
cheiro, cor, fumaça e, por vezes, fogo e explosão. Hoje, o químico tem o mundo nas prateleiras do seu 
laboratório. Ele pode selecionar algumas substâncias, criar determinadas condições, simular um fenômeno 
natural e construir modelos para justificar, quantificar e prever os fatos do seu interesse. Ele pode propor um 
caminho, em nível molecular, para os mecanismos da natureza. Ao químico compete saber quais elementos 
compõem o alfabeto e desvendar o idioma pelo qual a natureza escreve suas modificações. 
Apesar de tantos anos de esforços teóricos, a química continua sendo uma ciência acentuadamente 
experimental. Aqui, como na política, teoria sem prática deixa mais a desejar que a prática sem a teoria. Daí 
resultam a grandeza e a beleza desta área: um simples tubo de ensaio pode nos revelar detalhes do mundo, 
ou como diriam alguns: do pensamento de Deus! 
Sobre o autor. O prof. Joacy é bastante conhecido no nosso meio acadêmico e suas referenciais (ver 
dados sobre o autor) nos esclarecem os porquês. Entretanto, o que ele não disse na sua auto apresentação, 
talvez por uma incontida modéstia, é que ele sempre foi um aficionado experimentalista. Nos meus anos de 
discente, diríamos: “rato de laboratório”. Nosso colega é um dos verdadeiros e raros ratos de laboratório. É 
tanto que quem o conhece já o imagina embutido em um jaleco branco, com a mão esquerda descansando 
em um dos bolsos e a outra gesticulando uma explicação química ou segurando um instrumental típico da 
área. É do tipo que mistura as substâncias e, de olho grande, se encanta com a mínima alteração que possa 
ocorrer, como se menino o espreitasse pelo buraco da fechadura um mundo novo, proibido e promissor. É 
um químico que ainda vibra com uma mudança repentina seja na cor, no estado de agregação ou, pasmem, 
até na temperatura! Com frequência nos confidencia que trocou o sono sagrado pelo prazer de ‘bolar’ um 
novo experimento, uma improvisação instrumental ou pela confecção de um software educativo. Não raras 
vezes, também, ele nos convida, com uma empolgação digna dos melhores e mais antigos calouros, para 
sermos expectadores e testemunhas das suas habilidades experimentais! Isso tudo foi dito para afirmar o 
óbvio e o que mais importa aqui: o autor, colega e amigo, é um apaixonado pela química experimental. E, de 
tão apaixonado, chega a contagiar alguns alunos, os quais lhes assistem nos seus afazeres, sem 
remuneração, mas ansiosos e motivados pelas benesses do trabalho. 
Sobre a apostila o que tenho a dizer e confidencio aqui com o leitor, é que o autor, consciente ou não, 
o fez para si! Minuto por minuto roubado das suas horas de folga, cego dos seus afazeres pessoais, 
transmutou horas vazias em produtivas e pela paixão que tem pela “arte” da química, de lazer. Depois teve a 
feliz ideia de compartilhar o seu trabalho com outros interessados. Assim, ganhamos todos com a presente 
publicação. E, certamente, ganharemos mais se os nossos alunos lerem essa obra com a mesma dedicação, 
profissionalismo e encanto com o qual foi escrita. 
 
Prof. Dr. Cicero Wellington Brito Bezerra 
Departamento de Química – UFMA 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Após vários anos de trabalho como professor de diversas disciplinas de química do 
Departamento de Química da Universidade Federal do Maranhão resolvi escrever essa apostila 
constituída de uma série de experimentos de química o suficiente para atender a todas as ementas 
dos cursos desta Universidade que apresentam em sua estrutura curricular a disciplinas: química 
geral, química geral experimental, química geral inorgânica, química orgânica e inorgânica e química 
inorgânica I. 
O propósito desta apostila é o de apresentar de uma maneira simples e concisa alguns 
experimentos tradicionais da química. Cada experimento abordado consta de uma pequena 
fundamentação teórica para que o aluno possa fazer uma relação entre a teoria e a prática e facilitar 
a assimilação dos conteúdos. 
Nesta obra inclui também alguns questionamentos sobre a verificação experimental, o que 
pode ser usado como pós-laboratório. 
Muitos dos reagentes utilizados nesses experimentos requerem cuidados especiais na sua 
manipulação, sendo assim, é imprescindível durante a realização dos experimentos o uso de jaleco, 
luvas e óculos de segurança. 
 
 
 
Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
Departamento de Química – UFMA 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INSTRUÇÕES SOBRE O CADERNO DE LABORATÓRIO E ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS .................................... 2 
NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO. .................................................................................................. 5 
MATERIAIS, VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS MAIS UTILIZADOS EM LABORATÓRIOS DE QUÍMICA ................. 12 
EXPERIMENTO 01 – MEDIDAS DE MASSA ....................................................................................................... 14 
EXPERIMENTO 02 – MEDIDAS DE VOLUME .................................................................................................... 18 
EXPERIMENTO 03 – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS ............................................ 22 
EXPERIMENTO 04 – TÉCNICAS DE AQUECIMENTO EM LABORATÓRIO ........................................................... 25 
EXPERIMENTO 05 – DESTILAÇÃO SIMPLES ...................................................................................................... 29 
EXPERIMENTO 06 – DESTILAÇÃO FRACIONADA .............................................................................................. 31 
EXPERIMENTO 07 – FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS ................................................................................. 34 
EXPERIMENTO 08 – MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS ....................................................................... 37 
EXPERIMENTO 09 – DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO DO ÁCIDO BENZÓICO ....................................... 40 
EXPERIMENTO 10 – TIPOS DE REAÇÕES QUÍMICAS. ....................................................................................... 41 
EXPERIMENTO 11 – REAÇÕES QUÍMICAS E CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO .................................................... 45 
EXPERIMENTO 12 – REATIVIDADE DOS METAIS – SÉRIE ELETROQUÍMICA ..................................................... 49 
EXPERIMENTO 13 – ELETROQUÍMICA – PILHA ................................................................................................ 51 
EXPERIMENTO 14 – ELETROQUÍMICA – ELETRÓLISE DO IODETO DE POTÁSSIO EM MEIO AQUOSO ............. 53 
EXPERIMENTO 15 – ELETROQUÍMICA – ELETRÓLISE DA ÁGUA ...................................................................... 55 
EXPERIMENTO 16 – PREPARAÇÃO DE SOLUÇÕES ........................................................................................... 57 
EXPERIMENTO 17 – DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES ................................................................................................. 60 
EXPERIMENTO 18 – PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES ....................................................................................... 62 
EXPERIMENTO 19 – DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁCIDO ACÉTICO EM VINAGRE ......................................... 65 
EXPERIMENTO 20 – DETERMINAÇÃO DO TEOR DE HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO NO LEITE DE MAGNÉSIA ..... 67 
EXPERIMENTO 21 – REAÇÕES DE OXIDAÇÃO E REDUÇÃO .............................................................................. 69 
EXPERIMENTO 22 – ESTUDO DOS GASES – TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA ........................................ 75 
EXPERIMENTO 23 – PROPRIEDADES COLIGATIVAS - CRIOSCOPIA .................................................................. 77 
EXPERIMENTO 24 – PROPRIEDADES COLIGATIVAS - EBULIOSCOPIA ..............................................................79 
EXPERIMENTO 25 – PROPRIEDADES COLIGATIVAS - OSMOSE ........................................................................ 81 
EXPERIMENTO 26 – TERMOQUÍMICA – MEDIDAS CALORIMÉTRICAS ............................................................. 83 
EXPERIMENTO 27 – EQUILÍBRIO QUÍMICO – PRINCÍPIO DE LE CHATELIER ..................................................... 86 
EXPERIMENTO 28 – INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES SOBRE A 
VELOCIDADE DAS REAÇÕES ........................................................................................... 89 
EXPERIMENTO 29 – INFLUÊNCIA DA ÁREA SUPERFICIAL E CATALISADOR SOBRE A VELOCIDADE 
DAS REAÇÕES ................................................................................................................. 92 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 1 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
EXPERIMENTO 30 – CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA DAS SOLUÇÕES ................................................................. 94 
EXPERIMENTO 31 – FUNÇÕES INORGÂNICAS (ÁCIDOS, BASES, SAIS E ÓXIDOS) ............................................ 96 
EXPERIMENTO 32 – CRISTALIZAÇÃO ............................................................................................................... 99 
EXPERIMENTO 33 – DETERMINAÇÃO DA ÁGUA DE CRISTALIZAÇÃO DO SULFATO DE COBRE(II) ................. 101 
EXPERIMENTO 34 – DETERMINAÇÃO DA SOLUBILIDADE DE UM SÓLIDO EM UM LÍQUIDO ........................ 103 
EXPERIMENTO 35 – HIDROGÊNIO ................................................................................................................. 107 
EXPERIMENTO 36 – METAIS ALCALINOS E ALCALINOS TERROSOS ............................................................... 110 
EXPERIMENTO 37 – BORO E ALUMÍNIO ........................................................................................................ 116 
EXPERIMENTO 38 – ELEMENTOS DO GRUPO 14 ........................................................................................... 120 
EXPERIMENTO 39 – NITROGÊNIO .................................................................................................................. 127 
EXPERIMENTO 40 – OXIGÊNIO E ENXOFRE ................................................................................................... 129 
EXPERIMENTO 41 – HALOGÊNIOS ................................................................................................................. 133 
EXPERIMENTO 42 – TÉCNICA DE SEPARAÇÃO – CROMATOGRAFIA EM PAPEL ............................................ 141 
EXPERIMENTO 43 – EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS POR SOLVENTES ................................................................ 144 
EXPERIMENTO 44 – IDENTIFICAÇÃO DE ALGUNS GRUPOS FUNCIONAIS ORGÂNICOS ................................. 148 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 157 
SOBRE O AUTOR ...................................................................................................................................... 158 
ANOTAÇÕES ...................................................................................................................................... 159 
 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 2 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
 
INSTRUÇÕES SOBRE O CADERNO DE LABORATÓRIO E ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS 
 
INSTRUÇÕES SOBRE O CADERNO DE LABORATÓRIO 
A finalidade de um caderno de laboratório é manter um registro permanente do trabalho 
de laboratório, associado com cada experiência que está sendo executada. Estas anotações devem 
ser feitas de maneira concisa, mas compacta, para que possam ser lidas e entendidas por outras 
pessoas. 
Os dados experimentais obtidos no laboratório devem ser anotados diretamente no 
caderno durante o período de trabalho. Se for necessário inutilizar ou alterar alguma anotação, este 
item deve ser riscado de maneira que os dados originais ainda possam ser lidos. Não se devem 
apagar dados originalmente anotados no caderno. Tal prática assegurará um registro permanente 
e fidedigno das anotações enquanto se conduz uma investigação. 
Para cada experiência devem ser anotadas as seguintes informações: 
1. Data; 
2. Título da experiência; 
3. O problema experimental; 
4. Resumo de todos os processos que ocorrerão durante o experimento; 
5. Letras e números para identificar as diversas fases da experiência; 
6. Registro detalhado de todas as observações; 
7. Registro correto das massas, volumes e outras medidas; 
8. Apresentação de dados em forma de gráficos ou tabelas, conforme o caso; 
9. Conclusões baseadas em observações reais no laboratório. 
Na maioria das experiências (práticas) é solicitada ao aluno a preparação de um relatório 
mais detalhado do que o normalmente apresentado no caderno. A maior parte das anotações já 
existentes será provavelmente incluída no relatório, mas de maneira mais extensa e melhor 
organizada. 
 
 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 3 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
INSTRUÇÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DOS RELATÓRIOS 
Aspectos importantes quanto à forma de redigir relatórios: 
a) Durante a realização do experimento, devem-se anotar em um caderno apropriado todas as 
etapas experimentais realizadas, observando-se atentamente o sistema em estudo; 
b) A redação do relatório deve ser feita de forma impessoal, utilizando-se voz passiva no tempo 
pretérito perfeito, pois se relata algo que já foi feito; 
c) O relatório deve ser detalhado, cuidadoso e meticuloso de forma que qualquer pessoa que o leia 
consiga entender como foi feito o experimento. 
 
O relatório deverá conter os seguintes itens: título, objetivos, introdução ou 
fundamentação teórica, procedimento experimental, resultados e discussão, conclusão e 
referências. Cada uma dessas partes deve ser destacada em separado, através de um subtítulo. 
1. Título - O título, que pode ser o mesmo do roteiro do experimento, deve-se indicar a ideia 
principal do experimento. 
2. Objetivos - Devem ser descritos de modo simples e claro. 
3. Introdução - Um texto conciso e coeso contendo a fundamentação teórica necessária ao 
entendimento do experimento. 
4. Parte Experimental - Deve conter relatos exatos e claros de como foi realizada a experiência, de 
modo que baseada nestes relatos qualquer oura pessoa possa repeti-la. Geralmente é 
subdividido em duas partes: 
4.1. Equipamentos, materiais, reagentes e vidrarias - Lista de equipamentos, materiais e 
reagentes, especificando o fabricante e o modelo de cada equipamento, assim como a 
procedência e o grau de pureza dos reagentes e as vidrarias utilizadas durante a realização 
do experimento. 
4.2. Procedimento Experimental - Descrição detalhada e ordenada das etapas necessárias à 
realização do experimento. 
5. Resultados e Discussão - Apresentação dos resultados, na forma de dados coletados em 
laboratório e outros resultados, que possam ser calculados a partir dos dados fornecidos e 
obtidos. Todos os resultados devem ser apresentados na forma de tabelas, gráficos, esquemas, 
diagramas, imagens fotográficas ou outras figuras numeradas sequencialmente. A seguir, 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 4 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
apresenta-se uma discussão concisa, coerente e objetiva dos resultados obtidos, a partir das 
teorias e conhecimentos científicos prévios sobre o assunto, comentando sobre possíveisfontes 
de erros e problemas experimentais. 
As tabelas devem ser inseridas no texto mais próximas possível do trecho que as citam. As 
figuras deverão ser limitadas a uma página evitando que o material fique muito confuso. As 
tabelas não são fechadas por linhas laterais e seu título deve ser apresentado acima desta. No 
caso das figuras, o título deve ser apresentado abaixo das mesmas. 
6. Conclusões - Devem ser apresentadas de forma clara e sucinta. Relatar se os objetivos da 
experiência foram atingidos de modo satisfatório ou não, se o método empregado foi ou não 
adequado ao experimento em questão. Resumo sobre as deduções feitas a partir dos resultados 
alcançados, enfatizando os mais significativos. 
7. Referências - Deve conter os livros, artigos científicos e documentos citados no relatório e devem 
ser indicados a cada vez que forem utilizados. Recomenda-se a formatação das referências 
segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
Exemplo de livro: 
SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B. Química Orgânica. 7. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001, vol. 1 e 
2002, vol. 2. 
Exemplo de artigo de periódico: 
DEGANI, A. L. G., CASS, Q. B., VIEIRA, P. C. Cromatografia: um breve ensaio. Química Nova na 
Escola, São Paulo, v. 7, p. 21-25, 1998. 
Exemplo de artigo em jornal: 
LOPES, R. J. Brasileiros mapeiam genes ativos da cana. Folha de São Paulo, São Paulo, 5 set. 2003. 
Folha Ciência, p. A14. 
Exemplo de página da web: 
OKUMURA, F. ET AL. Identificação de pigmentos naturais de espécies vegetais utilizando-se 
cromatografia em papel. Química Nova, São Paulo, v. 25, p. 680-683, 2002. Disponível em: 
<HTTP://www.scielo.br/pdf/qn;v25n4/10545.pdf>. Acesso em 30 mar. 2013. 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 5 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO. 
 
1. OBJETIVOS 
Apresentar as normas de segurança aos alunos e a importância de se trabalhar de forma 
segura no laboratório de química. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Os trabalhos executados em laboratórios de química sempre foram motivos de 
preocupação quanto aos riscos existentes pelas peculiaridades das tarefas executadas. No entanto, 
o laboratório não é local perigoso, desde que cada aluno trabalhe com atenção, prudência e observe 
acima e tudo as regras básicas de segurança. Acidentes de pequeno ou maior porte poderão ocorrer 
por descuido ou por desconhecimento das situações de perigo, características na fase de 
aprendizado. 
Para a maioria das operações de laboratório existem instruções específicas que cada aluno 
deve obedecer para o bem de sua segurança e de seus colegas. 
É imprescindível que durante os trabalhos realizados no laboratório se observe as seguintes 
regras básicas de segurança: 
 
2.1. Ao chegar ao laboratório lembre-se que este é um local de trabalho onde o CUIDADO e a 
ATENÇÃO são requisitos fundamentais para evitar acidentes. 
2.2. O aluno deve TRAJAR CALÇAS COMPRIDAS E SAPATOS FECHADOS. Não é permitido o uso 
de bermudas, shorts e chinelos. 
2.3. Indispensável o USO DE JALECO e eventualmente o USO DE LUVAS na execução das práticas 
no laboratório. 
2.4. Cabelos compridos deverão ser presos, para evitar o risco de incendiarem quando próximos 
de um bico de gás. 
2.5. Durante sua permanência no laboratório, evite passar os dedos na boca, nos olhos ou no 
nariz. Bem como, não fumar e não ingerir alimentos. 
2.6. Evitar o contato dos reagentes com a pele, mas, caso aconteça lave com água corrente e 
AVISE AO PROFESSOR. 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 6 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
2.7. Faça apenas as experiências indicadas. Caso tenha interesse em outras experiências, 
consulte o seu professor. EXPERIÊNCIAS NÃO AUTORIZADAS SÃO PROIBIDAS. 
2.8. NUNCA JOGUE PRODUTOS OU SOLUÇÕES NA PIA OU NO LIXO. Descarte os resíduos 
conforme os procedimentos indicados pelo professor. 
2.9. Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco antes de usá-lo. Segure o frasco pelo lado que 
contém o rótulo. Anote no Caderno de Laboratório os dados constantes nos rótulos dos 
reagentes. 
2.10. Deve-se evitar o desperdício de soluções, reagentes sólidos, gás e água destilada. 
2.11. Nunca use as espátulas de um frasco em outro, para evitar CONTAMINAÇÕES. 
2.12. Se um ácido ou outra solução em uso for derramado, lave o local imediatamente com 
bastante água. CHAME IMEDIATAMENTE O PROFESSOR. 
2.13. Não toque com os dedos os produtos químicos, nem prove qualquer droga ou solução. 
2.14. LEMBRE-SE QUE O LABORATÓRIO É UM LUGAR DE TRABALHO SÉRIO. 
2.15. Antes de iniciar e após o término dos experimentos mantenha sempre LIMPA A 
APARELHAGEM E A BANCADA DE TRABALHO. 
2.16. As lavagens das vidrarias são realizadas inicialmente com água corrente e posteriormente 
com pequenos volumes de água destilada. 
2.17. Deve-se tomar o cuidado para não contaminar os reagentes sólidos e as soluções. As 
substâncias que não chegaram a ser usadas nunca devem voltar ao frasco de origem. Nunca 
se deve introduzir qualquer objeto em frascos de reagentes. 
2.18. Ao aquecer um tubo de ensaio, deve-se fazê-lo de maneira adequada, caso contrário, o 
conteúdo do mesmo poderá ser projetado para fora, atingindo o operador ou outras 
pessoas. 
2.19. Dar tempo suficiente para que um vidro quente resfrie, não o abandone sobre a mesa, mas 
sim, informe que o mesmo está quente. 
2.20. Cuidado ao trabalhar com substâncias inflamáveis mantenha-as longe do fogo. Mas, caso 
seja necessário o aquecimento faça-o utilizando uma manta. 
2.21. Todas as operações nas quais ocorre desprendimento de GASES TÓXICOS DEVEM SER 
EXECUTADAS NA CAPELA (como por exemplo: evaporações de soluções ácidas, amoniacais, 
entre outras). 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 7 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
2.22. Ao observar o cheiro de uma substância não se deve colocar o rosto diretamente sobre o 
frasco que a contém. Abanando com a mão por cima do frasco aberto, desloque na sua 
direção uma pequena quantidade do vapor e aspire vagarosamente. 
2.23. Certifique-se do bom funcionamento do chuveiro de emergência e dos extintores de 
incêndio. 
2.24. Cuidado ao se trabalhar com ácidos concentrados. ADICIONE SEMPRE ÁCIDO LENTAMENTE 
À ÁGUA E NUNCA O CONTRÁRIO. 
2.25. Ácidos e bases concentradas atacam a pele e a roupa, por essa razão, devem ser utilizadas 
com o máximo de cuidado, principalmente na neutralização de um com outro, pois a reação 
é violenta. 
2.26. Verifique sempre que não há VAZAMENTO DE GÁS ao abrir ou fechar a torneira de gás. 
Certifique-se de que as mangueiras de borracha ou plástico estão em boas condições e 
adaptadas corretamente ao bico de Bunsen e à saída de gás. 
2.27. INFORME O PROFESSOR DE QUALQUER ACIDENTE que ocorra, mesmo que seja um dano de 
pequena importância. 
2.28. Estude com atenção os experimentos antes de executá-los, registrando, no caderno de 
laboratório as observações e conclusões que fez, após a execução dos mesmos. 
2.29. Quando terminar o seu trabalho, feche com cuidado as torneiras de gás e/ou de água 
evitando escapamento e desperdício. DESLIGUE TODOS OS APARELHOS. 
2.30. Ao término do período de trabalho no laboratório, lave todo o material utilizado e deixe-os 
na ordem em que encontrou no início da aula e LAVE BEM AS MÃOS. 
 
INSTRUÇÕES GERAIS 
 
Fogo e explosão 
A maior parte do fogo desencadeado em um laboratório é de origem elétrica. As principais 
causas são: linhas sobrecarregadas, fusíveis incorretos, isolantes elétricos inadequados. As 
explosões podem ser causadas por faíscas elétricas em contatocom vapores de líquidos inflamáveis. 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 8 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
Materiais de vidro 
Muitos acidentes que ocorrem em laboratórios envolvem manipulação de materiais de 
vidro. Antes de usar qualquer material de vidro certifique-se de que ele esta em boas condições. 
Materiais contendo pequenas trincas devem ser rejeitados. Frascos de reagentes químicos, 
especialmente líquidos, não devem ser mantidos em lugares que receban. luz solar direta, pois 
haverá um aumento na temperatura do conteúdo e poderá explodir. Evite armazenar frascos de 
reagentes líquidos em lugares altos ou de difícil acesso. 
Use sempre um pedaço de pano para proteger suas mãos quando estiver cortando um tubo 
de vidro, bem como para inserir um tubo de vidro ou termômetro em uma rolha. Tubos de ensaios 
usados em centrífugas devem sempre estar cuidadosamente balanceados para evitar sobre pressão 
do rotor e acidentes mairores. (Nunca tente parar o rotor de uma centrífuga com as mãos). 
 
Eletricidade 
Equipamentos elétricos podem causar ferimentos, incluindo a morte, assim como iniciar 
incêndios e explosões. 
 
Choques e queimaduras 
A resistência elétrica do corpo é muito variável, indo de algumas centenas de ohms, quando 
a pele esta úmida, até milhares de ohms quando a pele esta seca. Mesmo com uma resistência de 
10 k, uma tensão de 220 V poderá ser fatal. Claro que esta consideração se aplica a correntes que 
passam através do corpo, geralmente de uma mão para a outra. 
Uma corrente que atue em uma parte do corpo, tal como em um dedo, não necessariamente 
causará um choque elétrico. Mas pode causar queimaduras severas, necessitando de atendimento 
médico. Num caso de emergência, aja rapidamente. Desligue a eletricidade antes de remover a 
vítima. Se isto não for possível, empurre a vítima para longe do condutor, usando para isto um 
pedaço de madeira seca ou outro isolante para evitar que você seja uma segunda vítima. Se a 
respiração estiver parada como resultado do choque elétrico deve-se iniciar uma respiração artificial 
imediatamente. 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 9 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
Cuidados com os reagentes 
Nunca pipete com a boca qualquer líquido corrosivo, tóxico, volátil ou radioativo. Para isso 
existem bulbos de borracha (pêra) ou usa-se a trompa de vácuo. 
Não olhe para dentro de um tubo de ensaio ou qualquer outro frasco enquanto estiver 
misturando ou aquecendo o conteúdo e também não os aponte para outras pessoas. Não cheire 
material potencialmente tóxicos. 
Os olhos particularmente devem estar protegidos com óculos de segurança. Se qualquer 
reagente (especialmente ácido ou base) entrar no olho, este deve ser lavado exaustivamente com 
agua. Cuidados particulares devem ser tomados ao abrir garrafas não identificadas. Todo reagente 
não identificado deve ser tratado como perigoso e cuidados especiais devem ser tomados ao 
manipular tal material. 
 
Contaminação pessoal 
Mantenha suas mãos e faces sempre limpas. Lave exaustivamente com sabão e água morna 
sempre que um reagente contaminar sua pele. Habitue-se a lavar sempre a face, mãos e braços 
antes de sair do laboratório. A mão contaminada pode ser levada inadvertidamente à boca ou aos 
olhos. Fumar, beber e comer é proibido nos laboratórios devido à possibilidade da contaminação 
da boca e pulmões. Fumar é um perigo óbvio para ocasionar fogo. 
 
Gás comprimido 
Todos os cilindros de gases devem sempre ser manipulados com cuidado. Quando em uso 
ou mesmo quando estocados, os cilindros devem estar sempre presos a paredes ou bancadas. 
Devem ser transportados em carrinhos adequados e nunca arrastados ou rolados pelo chão. As 
válvulas dos cilindros devem ser abertas lentamente com a mão usando as chaves apropriadas. 
Nunca force as válvulas emperradas usando martelos e batidas. Cilindros com válvulas emperradas 
devem ser devolvidos ao fornecedor. Cilindros com gases tóxicos, inflamáveis ou explosivos devem 
ser mantidos fora do laboratório em lugares apropriados. 
 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 10 
 
DEQUI/UFMA – Prof. Dr. Joacy Batista de Lima 
Substâncias tóxicas 
Leia cuidadosamente a etiqueta de identificação antes de remover qualquer reagente do seu 
frasco. Leia novamente na hora de tampar o frasco e coloque-o na localização própria. Nomes de 
substâncias distintamente diferentes são algumas vezes muito parecidos e usando substância 
errada pode ocorrer acidentes (sulfito e sulfato). Segure sempre a garrafa com a etiqueta voltada 
para a palma da sua mão a fim de protegê-la no caso de algum reagente escorrer para fora. 
Procure remover do recipiente aproximadamente a quantidade necessária para o uso, 
desprezando qualquer excesso. Nunca volte um reagente para o frasco original. Sempre adicione 
lentamente um reagente a um sistema de reação; nunca "jogue" o reagente ao sistema. Observe o 
que acontece quando a primeira quantidade é adicionada e espere um pouco antes de adicionar 
mais; algumas reações levam algum tempo para iniciarem. Se uma reação esperada não se inicia, 
fale com um instrutor antes de adicionar mais reagente. 
 
Sistemas de vácuo 
Os sistemas de vácuo usado em laboratórios são geralmente feitos de vidro. Ainda que se 
tome as devidas precauções, este sistema pode causar mais acidentes do que tradicionais 
manipulações de metais ou plástico. A fim de minimizar acidentes, examine todo vidro evitando que 
alguma parte fique submetida a tensão. Sempre que possível, partes do sistema devem estar 
protegidas. Tubos de diâmetro grande e recipientes com volume até l litro devem ser envolvidos 
por fitas adesivas. Frascos maiores devem ser protegidos por telas de arame. 
 
Material radioativo 
Todo trabalho que necessite o uso de material radioativo deve ser realizado sob orientação 
da pessoa responsável pelo laboratório. Qualquer um que tenha que realizar experiências 
envolvendo o uso de material radioativo deve consultar a pessoa encarregada do laboratório, que 
irá dizer os regulamentos relacionados com a aquisição e manipulação desses materiais. Materiais 
contendo urânio, tório, rádio, césio ou outros elementos que emitem radiação são classificados 
como materiais radioativos. 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 11 
 
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Toxicidade dos reagentes 
Poucos reagentes podem ser considerados completamente inofensivos. De modo geral são 
perigosos. Podem ser inalados ou ingeridos, entram através de cortes e algumas vezes são mesmo 
absorvidos através da própria pele intacta. Devido a rapidez com a qual o material pode ser 
absorvido através do sistema respiratório, a inalação constitui-se num perigo particular. Capelas 
devem ser usadas sempre que uma experiência envolva gases ou vapores tóxicos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
CRUZ, R. Experimentos de química em microescala. São Paulo: Scipione, 1995. 
KOGHT, R. Aulas práticas de química. São Paulo: FTD, 1986. 
MOTHEO, A. J. Laboratório de Química Geral I. São Carlos: EDUSP, 1999. 
 
 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 12 
 
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MATERIAIS, VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS MAIS UTILIZADOS EM LABORATÓRIOS DE QUÍMICA 
 
1. Tubo de ensaio 
Usado em reações químicas, 
Principalmente testes de 
reação. 
 
 2. Béquer 
Usadopara aquecimento de 
líquidos, reações de 
precipitação. 
 
3. Erlenmeyer 
Usado para titulações e 
aquecimento de líquidos. 
 
 4. Balão de fundo chato 
Usado para aquecimento 
de líquidos. 
 
5. Balão de fundo redondo 
Usado para aquecimento de 
líquidos e reações com 
desprendimento de gases. 
 
 6. Balão de destilação 
Usado em destilações. Possui 
saída lateral para a 
condensação 
de vapores. 
 
7. Proveta 
Usado para medidas 
aproximadas de volumes de 
líquidos. 
 
 8. Pipeta volumétrica 
Usada para medir volumes 
fixos 
de líquidos. 
 
 
9. Pipeta graduada 
Usada para medir volumes 
variáveis de líquidos. 
 
 
 10. Funil de vidro 
Usado em transferências de 
líquidos e em filtrações. 
 
11. Frasco de reagente 
Usado para o armazenamento 
de soluções. 
 
 12. Bico de Bunsen 
Usado para aquecimentos. 
 
13. Tripé de ferro 
Usado para sustentar a tela 
de amianto. 
 
 14. Tela de amianto 
Usada para distribuir 
uniformemente o calor em 
aquecimentos. 
15. Cadinho de porcelana 
Usado para aquecimentos 
à seco (calcinações) no bico 
de Bunsen e mufla. 
 
 16. Triângulo de porcelana 
Usado para sustentar cadinhos 
de porcelana em aquecimentos 
diretos no bico de Bunsen. 
 
17. Estante para tubos de ensaio 
Suporte para tubos de ensaio. 
 
 18-19. Funis de decantação 
Usado para separação de 
líquidos imiscíveis. 
 
20. Pinça de madeira 
Usada para segurar tubos de 
ensaio durante aquecimentos 
diretos no bico de Bunsen. 
 
 
 21. Almofariz e Pistilo 
Usados para triturar e 
pulverizar sólidos. 
 
22. Cuba de vidro 
Usada para banhos de 
gelo e fins diversos. 
 
 23. Vidro de relógio 
Usado para cobrir béqueres 
em evaporações, pesagens 
e fins diversos. 
 
 
24. Cápsula de porcelana 
Usada para evaporar 
líquidos em soluções. 
 
 
 25. Placa de petri 
Usada para fins diversos. 
 
26. Lima triangular 
Usada para cortes de vidro. 
 27. Anel para funil 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 13 
 
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28. Dessecador 
Usado para resfriar 
substâncias em ausência 
de umidade. 
 
 29. Pesa-filtro 
Usado para pesagem de 
sólidos. 
 
30. Suporte universal 
 
 31. Bureta 
Usada para medidas 
precisas de líquidos e em 
análises volumétricas 
 
32. Frasco lavador 
Usado para lavagens, 
remoção de precipitados e 
outros fins. 
 
 33. Pisseta 
Usada para os mesmos 
fins do frasco lavador. 
 
34. Balão volumétrico 
Usado para preparar e 
diluir soluções. 
 
 35. Aparelho de Kipp 
Usado para produção de 
gases. 
 
36. Mufa 
 
 37. Garra metálica 
Sustentação de peças, tais 
como condensador, funil de 
decantação e outros fins. 
 
38. Funil de Buchner 
 
 39. Termômetro 
Usado para medida de 
temperatura 
 
40. Kitassato e funil de 
Buchner 
Usados em conjunto para 
filtrações a vácuo. 
 
 41. Trompa de vácuo 
Usada em conjunto com o 
kitassato e o funil de 
Buchner. 
 
42. Bastão de vidro 
Usada para agitar soluções, 
transporte de líquidos na 
filtração e outros fins. 
 
 43. Vara de vidro 
Usada para montagens 
de aparelhos, interligações 
e outros fins. 
 
44. Furador de rolhas 
Usado para furar rolhas. 
 
 45. Picnômetro 
Usado para determinar a 
densidade de líquidos. 
 
46. Tubo em U 
Usado geralmente em 
eletrólise. 
 47. Pinça metálica 
Usada para transporte de 
cadinhos e outros fins. 
48. Escovas de limpeza 
Usada para limpeza de 
tubos de 
ensaio e outros materiais 
 49. Pinça de Mohr e pinça de 
Hoffman 
Usadas para impedir ou 
diminuir 
fluxos gasosos. 
 
50. Garra para condensador 
Usada para sustentar o 
condensador na destilação. 
 
 51. Espátulas 
Usadas para transferência 
de substâncias sólidas. 
52. Estufa 
Usada para secagem de 
materiais (até 200 oC). 
 
 53. Mufla 
Usada para calcinações 
(até 1500 oC). 
 
54. Condensadores 
Usados para condensar os 
gases ou vapores na 
destilação. 
 
 
 
 
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EXPERIMENTO 01 – MEDIDAS DE MASSA 
1. OBJETIVO 
Aprender a utilizar balanças em laboratório e pesar com precisão substâncias sólidas. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Uma das mais comuns e importantes operações de laboratório é a determinação de massa 
ou “pesagem”. 
Há uma grande variedade de balanças de laboratório, desde as mais grosseiras até as de 
mais alta sensibilidade. Na maioria das análises, uma balança analítica precisa ser utilizada para se 
obter massas altamente exatas. As balanças de laboratório menos exatas também são empregadas 
para as medidas de massa quando a demanda por confiabilidade não for crítica. A precisão a ser 
utilizada depende do trabalho a ser desenvolvido. É importante salientar que não se devem realizar 
pesagens de produtos químicos diretamente sobre o prato da balança, mas em recipientes 
apropriados (béquer, vidro de relógio, pesa-filtro) que devem estar limpos e secos. 
– BALANÇA DE USO GERAL: São as de uso mais comum no laboratório, geralmente apresentam o 
prato para colocação de amostras exposto, mas é recomendável que este seja protegido por uma 
simples caixa, pois leves correntes de ar podem levar instabilidade ao valor lido, ou até induzir a um 
erro de leitura. 
– BALANÇAS ANALÍTICAS: São as de uso mais restrito, especialmente na determinação de massas 
em análises químicas de determinação da quantidade absoluta ou relativa de um ou mais 
constituintes de uma amostra, usualmente apresentam o prato para colocação de amostras 
protegido por portinholas de vidro corrediças, pois leves ou até imperceptíveis correntes de ar 
podem levar instabilidade ao valor lido, ou até induzir a um grande erro de leitura. 
As balanças analíticas mais comumente encontradas (macrobalanças) têm uma capacidade 
máxima que varia entre 160 a 200 g. Com essas balanças, as medidas por ser feitas com precisão 
entre ± 0,1 mg. As balanças semimicroanalíticas têm carga máxima de 10 a 30 g com uma precisão 
de ± 0,01 mg. Uma balança microanalítica típica tem capacidade de 1 a 3 g com uma precisão de ± 
0,001mg. 
A pesagem consiste em zerar a balança com a vidraria a ser utilizada na pesagem sobre o 
prato, obtendo-se diretamente a massa do reagente. 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 15 
 
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Figura 1.1: Balança de uso rotineiro, para medidas da ordem de centenas a 0,01 g. 
 
 
Figura 1.2: Balança analítica, para medidas da ordem de gramas a 0,0001 g (ou menos). 
 
A principal diferença entre as balanças apresentadas nas Figuras 1.1 e 1.2 é a 
reprodutibilidade. A balança analítica, por possuir uma torre que a protege contra oscilações do ar, 
leva a resultados mais consistentes. 
Observações: 
Tarar significa zerar a balança mesmo com um peso colocado em seu prato. A balança 
eletrônica que você usará no curso faz isso automaticamente, selecionando o botão TARA. 
 
2.1. Cuidados Gerais com Balanças de Laboratórios 
O manejo de qualquer balança requer cuidados especiais por ser um instrumento de alto 
custo e de grande sensibilidade. 
a) Não remova os pratos, nem os troque com os de outra balança. Mantenha a balança no seu lugar; 
b) Não coloque na balança nenhuma substância que não esteja à temperatura ambiente; 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 16 
 
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c) Mantenha a balança em local onde a vibração, mudanças bruscas de temperatura ou de umidade 
e movimento do ar sejam mínimos; 
d) Conserve a balança sempre limpa, retirando qualquer respingo,partículas ou poeira de seus 
pratos com uma escova especial; 
e) Nunca coloque qualquer objeto diretamente sobre a balança. Líquidos e sólidos, em pó ou 
granulado, devem ser mantidos em algum recipiente seco, previamente pesado (tarado) e à 
temperatura ambiente. Se, durante a pesagem, o material for passível de interagir com a 
atmosfera (evaporação, oxidação, absorção de umidade), o frasco deve ser fechado. Para sólidos 
que não requerem proteção da atmosfera e que sejam inertes, a pesagem é feita colocando-se 
sobre os pratos, uma folha de papel adequado; 
f) Toda transferência de substância e/ou de pesos, deve ser feita somente quando os pratos estivem 
travados; 
g) Execute todas as operações com movimentos suaves e cuidadosos; 
h) Use pinças e espátulas; nunca use os dedos para manusear os objetos e substâncias que estão 
sendo pesadas; 
i) Ao terminar seu trabalho, remova todos os pesos e objetos da balança. Mantenha-a coberta ou 
fechada. No caso de balanças elétricas, tenha a certeza de que ela esteja desligada. 
 
2.2. Utilização de uma Balança Analítica 
Existem duas técnicas para pesagens dependendo do tipo de balança. Uma delas é pesar 
previamente a vidraria e em seguida o reagente químico, determinando a massa deste por 
diferença. A outra consiste em zerar a balança com a vidraria a ser utilizada na pesagem sobre o 
prato, obtendo-se diretamente a massa do reagente. 
Para realizar as pesagens adotam-se os seguintes procedimentos: 
a) Observa-se se a balança está no nível; caso não esteja, deve-se regular girando se os “pés”. 
b) Fecham-se as portas de vidro. 
c) Zera-se a balança pressionando o botão “tara”. 
d) Abre-se a porta, coloca-se o que se deseja pesar e fecha-se a porta. 
e) Espera-se até que o mostrador digital não flutue mais e anota-se a massa. Preste atenção a 
unidade de medida (mg, g, kg). 
f) A última casa decimal é a incerteza. 
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3. EQUIPAMENTOS, MATERIAIS, REAGENTES E VIDRARIAS. 
 Balança analítica 
 NaCl ou qualquer outro material sólido 
 Espátula 
 Béquer 
 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
- Primeiramente nivele a balança e acerte o zero da escala. 
- Colocar levemente o recipiente no prato da balança. 
- Tarar o recipiente a receber a amostra. 
- Pesar 1,0 g de cloreto de sódio ou qualquer outro material sólido. 
 
5. QUESTIONÁRIO SOBRE A VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL 
a) Descreva como você procederia para realizar uma pesagem, por diferença, de 5,6643g de NaCl, 
sendo a massa do recipiente (béquer) igual a 10,2590g. 
b) O que diferencia a balança analítica das demais balanças utilizadas em laboratório? 
 
REFERÊNCIAS 
BRADY, J. & HUMISTON, G.E., Química Geral. Vol. 1, Capítulo 1, Livros Técnicos e Científicos Editora 
S.A. Rio de Janeiro: 1986. 
BACCAN, N. ANDRADE, J.C., GODINHO, O.E.S. & BARONE, J.S., Química Analítica Quantitativa 
Elementar, Capítulo 1, 2ª edição, Editora Edgard Blücher Ltda. Campinas: 1985. 
VOGEL, A.I.; et al., Química Analítica Quantitativa, Editora Kapelusz. 1960. 
 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 18 
 
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EXPERIMENTO 02 – MEDIDAS DE VOLUME 
 
 
1. OBJETIVO 
Conhecer os equipamentos, materiais e as técnicas de medidas de volume utilizadas em 
laboratório de química. 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Nos trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas 
rotineiramente em provetas graduadas e de um modo mais grosseiro, em béqueres com escala. As 
medidas volumétricas de precisão são realizadas utilizando aparelhos volumétricos precisos (balão 
volumétrico, pipetas e buretas). A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes 
líquidos com elevada precisão. Para efetuar tais medidas são empregados vários aparelhos, que são 
classificados em duas categorias: 
Categoria 1: Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes. Por 
exemplo: pipetas e buretas. As pipetas são de dois tipos: graduadas ou volumétricas. As graduadas, 
Figura 2a, constituem-se de um tubo de vidro com graduação de acordo com o volume que pode 
medir, geralmente são de menor precisão que as volumétricas. As pipetas volumétricas, Figura 2b, 
possuem apenas um traço final, para indicar o volume fixo. As buretas servem para medir volumes 
variáveis, são constituídos de um tubo de vidro calibrado, graduado e possuem uma torneira para 
permitir o controle do escoamento, Figura 2c. 
 
Figura 2: a) Pipeta graduada; b) Pipeta volumétrica; c) Bureta. 
 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 19 
 
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Categoria 2: Aparelhos calibrados para conter determinados volumes. Por exemplo: balões 
volumétricos, figura 2.1. Os balões volumétricos são balões de vidro de fundo chato e gargalo longo, 
providos de rolhas de teflon ou de vidro esmerilhados. O traço de referência marcando o volume 
pelo o qual o balão foi calibrado é gravado sobre o gargalo. Assim, quando for fazer a medida, a 
parte inferior do menisco tem de coincidir com o plano do círculo de referência. 
 
Figura 2.1: Balão volumétrico. 
As medidas de volume de líquidos usando qualquer um destes aparelhos podem ter erros 
devido a: 
- Ação da tensão superficial sobre a superfície dos líquidos. 
- Dilatação e contração provocadas pela variação de temperatura. 
- Calibração imperfeita do aparelho. 
- Erros de paralaxe. 
Dentre os erros descritos, o de paralaxe é o mais comum, que é na verdade a leitura errada 
do volume do líquido. Para evitar cometer este tipo de erro, a leitura de um determinado volume 
de líquido deve ser feita na altura dos olhos, sempre pela parte inferior do menisco. 
 
Figura 2.2: Esquema da posição correta para a observação do menisco. 
 
Os resultados obtidos podem ser expressos em unidades de SI, metro cúbico (m3), ou em 
submúltiplos deste, que é o caso mais frequente. Normalmente, as unidades submúltiplas mais 
usadas são o mililitro (mL), ou centímetro cúbico (cm3), e o litro (L). 
 
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Tabela 2.1: Principais instrumentos de medida de volume e suas características. 
Instrumento Características Como utilizar 
Pipetas graduadas 
Escala graduada, 
normalmente em mL. 
 
Pipetas volumétricas 
Tem um traço de 
referência na parte 
superior, indicador do 
nível a que se deve ficar o 
líquido, para que o 
volume medido seja o que 
está assinalado na pipeta. 
− Dão medidas precisas 
do volume de líquidos. 
 
 
− Dão medidas rigorosas 
(exatas) do volume de 
líquidos. 
1. Lava-se a pipeta com água destilada 
ou desionizada e, em seguida, com um 
pouco do líquido a medir. 
2. Mergulha-se a extremidade da pipeta 
no líquido a medir e, com uma pêra, 
aspira-se o líquido até ligeiramente 
acima do nível do volume pretendido, 
com a pipeta sempre na posição vertical. 
3. Deixa-se cair o excesso de líquido até 
o nível pretendido, pressionando a pêra. 
4. Finalizando, deixa-se escoar o líquido 
para o recipiente (béquer, erlenmeyer, 
etc.), pressionando do mesmo modo a 
pêra. 
Balões volumétricos 
Tem um traço de 
referência na zona 
tubular, o colo do balão, 
indicativo do nível a que 
deve ficar o líquido a 
medir, para que tenha o 
volume correspondente à 
capacidade do balão. 
− Dão medidas rigorosas 
(exatas) do volume de 
soluções. 
− São de vidro. 
− Usam-se na preparação 
de soluções a partir da 
dissolução de sólidosou 
na diluição de soluções. 
1. Na preparação de soluções aquosas 
partir de sólidos, diluem-se os mesmos 
num pouco de água desionizada em um 
béquer. 
2. Aguarda-se que a solução fique à 
temperatura ambiente e só depois 
transfere-se para o balão com um funil e 
de um bastão. 
3. Lava-se o béquer mais uma ou duas 
vezes com um pouco de água destilada 
ou desionizada. 
4. Por fim enche-se o balão com cuidado 
até o traço de referência. 
5. Tampa-se o balão e inverte-se para 
homogeneizar a solução com agitação 
vigorosa. 
Provetas 
Normalmente, graduadas 
em mL. 
− Dão medidas pouco 
precisas de volumes de 
líquidos. 
− São de vidro ou de 
plástico. 
1. Após a medição do volume do líquido, 
escoa-se o líquido da proveta, 
lentamente, com a ajuda de um bastão. 
2. A quantidade de líquido vertida é 
inferior à leitura efetuada, pois fica 
sempre um pouco de líquido na parede 
da proveta. 
 
 
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3. PARTE EXPERIMENTAL 
3.1. Equipamentos, materiais, reagentes e vidrarias. 
− água destilada − erlenmeyer de 50 mL − balão volumétrico de 50 mL 
− béquer de 50 mL − proveta de 100 mL − pipeta graduada de 5 mL 
− pisseta − bureta de 50 mL − pipetador de borracha (pêra) 
− termômetro − tubos de ensaio − estante para tubos de ensaio 
 
3.2. Procedimento Experimental 
− Verificar a temperatura do laboratório utilizando o termômetro. 
− Medir 50 mL de água em um béquer e transferir para a proveta. 
− Medir 50 mL de água em um erlenmeyer e transferir para a proveta. 
− Encher uma bureta com água (acertando o menisco e verificando se não há bolhas de ar no 
interior do instrumento). Transferir o volume da bureta para um balão volumétrico e a seguir 
para uma proveta. Comparar as escalas. 
− Pipetar 25 mL de água usando a pipeta volumétrica. Transferir para a proveta. Comparar a 
precisão na escala. 
− Pipetar, com uma pipeta graduada, 1,0 mL; 2,0 mL; 3,0 mL; 4,0 mL; 5,0 mL e transferir os volumes 
para diferentes tubos de ensaio. 
 
4. QUESTIONÁRIO SOBRE A VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL 
a) Defina vidraria “TC” (To Contain) e “TD” (To Deliver). Em que situações se aplicam cada uma 
delas? 
b) Quais são os erros mais comuns cometidos durante a medida de volumes usando vidraria 
graduada? Como evitá-los? 
c) Qual das vidrarias de medida de volume é a mais adequada para preparar soluções: béquer, 
proveta ou balão volumétrico? Por quê? 
d) É conveniente submeter a vidraria graduada a variações de temperatura? Por quê? 
 
REFERÊNCIAS 
AMSEI JUNIOR, N. L.; et al. Apostila de Química Geral e Experimental. Centro Universitário da 
Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB. Barretos: 2009. 
SILVA, L. M. S. Práticas de laboratório de Química Geral. Universidade Federal do Maranhão – UFMA. 
São Luís: 2010. 
 
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EXPERIMENTO 03 – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS 
 
1. OBJETIVO 
Determinar a densidade de substâncias sólidas e líquidas. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
As substâncias podem ser identificadas utilizando-se suas propriedades físicas 
características, tais como: ponto de fusão, ponto de ebulição e densidade. Essas propriedades, que 
têm valores estabelecidos para cada substância; não dependem da quantidade de substância e são 
chamadas de propriedades intensivas. 
A densidade de uma substância é a razão da sua massa por uma unidade de volume; ela 
pode ser obtida, matematicamente, pela divisão entre esses dois valores. A fórmula é: d = m/V, 
onde d é a densidade, m é a massa e v é o volume. Mesmo que a massa e o volume dependam da 
quantidade da substância (propriedades extensivas), a razão é constante, a uma dada temperatura. 
Estamos tratando aqui da densidade absoluta ou massa específica ou peso específico. É 
medida em gramas por centímetro cúbico (g/cm3). 
A densidade relativa é a comparação da massa específica de uma substância com a de outra 
tomada como padrão. 
Para calcular a densidade relativa dos sólidos e líquidos, a substância padrão é a água, cuja 
massa específica a 4 oC é igual a 1 g/cm3. 
Assim, quando dizemos que a densidade do cloreto de sódio é: 𝑑4𝑜
20𝑜 = 2,16, estamos 
afirmando que a massa de certo volume de cloreto de sódio a 20 oC é 2,16 vezes a massa do volume 
de água destilada a 4 oC. 
 
3. CÁLCULO DA DENSIDADE DE SÓLIDOS 
3.1. Equipamentos, materiais, reagentes e vidrarias. 
− Balança 
− Proveta 
− Amostra de sólidos (bolinhas de vidro, um prego ou qualquer outro material sólido). 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 23 
 
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3.2. Procedimento Experimental 
− Pesar a amostra do sólido e anotar sua massa em grama; 
− Colocar uma quantidade de água na proveta e anotar o seu volume em mililitro; 
− Inserir a amostra do sólido na proveta e observar o aumento de volume; 
− A diferença entre este novo volume da água e o volume inicial corresponde ao volume 
ocupado pelo sólido, que é expresso em mililitro ou centímetro cúbico. 
Logo, a densidade deste sólido é: 𝑑 =
𝑚(𝑔)
𝑉(𝑚𝐿)
 
 
4. CÁLCULO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS 
A densidade de um líquido pode ser calculada diretamente com o auxílio de um 
picnômetro, figura 3a ou de um densímetro figura 3b. 
Os picnômetros são balões volumétricos que se usa para medir e pesar pequenos volumes 
de líquidos. A tampa do picnômetro é provida de um pequeno orifício que dispensa o acerto do 
menisco. O líquido deve transbordar pelo orifício ficando o aparelho totalmente cheio. 
 
 Figura 3 – a) Tipos de pinômetros b) Tipos de densímetros 
 
Os densímetros medem diretamente a densidade de líquidos. Há densímetro com escala 
de 0,700 a 1,000; de 1,000 a 1,500 e de 1,500 a 2,000. 
Antes de trabalharmos com um densímetro, devemos calcular quanto vale cada pequeno 
intervalo de sua escala. 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 24 
 
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4.1. Procedimento Experimental 
― Pegar um picnômetro vazio, limpo e seco e anotar seu volume (V); 
― Pesar cuidadosamente o picnômetro vazio e anotar a sua massa (𝑚1); 
― Enchê-lo totalmente com água até transbordar; 
― Colocar a tampa e enxugar com um papel absorvente a água que escorreu pela parte de fora; 
― Pesar o picnômetro cheio e anotar a sua massa (𝑚2); 
― Calcular a massa de água contida no picnômetro (𝑚 = 𝑚2 −𝑚1); 
― A densidade da água na temperatura do experimento pode ser obtida através da fórmula: 
𝑑 =
𝑚(𝑔)
𝑉(𝑚𝐿)
 
Caso não disponha de um picnômetro, a densidade de líquidos puros ou soluções pode 
ser medida diretamente utilizando um densímetro. 
 
5. QUESTIONÁRIO SOBRE A VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL 
a) Escrever um processo que possibilite a determinar a densidade de uma moeda de níquel. 
b) Certo líquido insolúvel na água tem densidade d = 1,200 g/cm3. Este líquido deve flutuar ou 
afundar na água? Por quê? 
c) Calcule a porcentagem de etanol em uma solução hidro-alcoólica que apresenta uma densidade 
igual a 0,86 g/cm3. Dados: detanol = 0,80 g/cm3; dágua = 1,0 g/cm3 
𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 =
detanol ∗ %𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 + dágua ∗ (100 −%𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙)
100
 ⇒ %𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 =
(𝑑á𝑔𝑢𝑎 − 𝑑𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜) ∙ 100
(𝑑á𝑔𝑢𝑎 − 𝑑𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙)
 
 
REFERÊNCIA 
FRANÇA, M. do S. B. Química experimental básica. São Luís: EDUFMA, 2002. 
 
 
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EXPERIMENTO 04 – TÉCNICAS DE AQUECIMENTO EM LABORATÓRIO 
 
1. OBJETIVOS 
─ Aprender a utilizar o bico de Bunsen; 
─ Aprender técnicas de aquecimento em laboratório. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
O bico de Bunsen, figura 4.1, é utilizado para quase todos os tipos 
de aquecimento efetuados em laboratório, desde os de misturas ou 
soluções de alguns graus acima da temperatura ambiente, até calcinações 
que exigem temperaturas de 600 oC dentro de cadinhos. No bico de Bunsen 
o gás combustível é geralmente o gás butano ou GLP (gás liquefeito de 
petróleo), o comburente geralmente é o ar atmosférico. 
Como se vê na figura 4.2, distingue três zonas na chama: 
a) Zona externa – Azul pálido, quase invisível, onde os gases sofrem 
combustão completa, resultando CO2 e H2O. Esta zona é chamada de 
zona oxidante. 
b) Zona intermediária – Luminosa, caracterizada por combustão 
incompleta devido a deficiência do suprimento de O2. Esta zona é 
chamada de zona redutora. 
c) Zona interna – Limitada por uma faixa azulada contendo os gases que ainda não sofreram 
combustão. Esta zona é também chamada de zona neutra. 
Não devemos aquecer béquer, erlenmeyer, balões de fundo chato, etc. diretamente à 
chama do bico de Bunsen. Esses aquecimentos são feitos utilizando uma tela de amianto, cuja 
função é difundir o calor uniformemente e não permitir que passe a chama. 
Os tubos de ensaio com líquidos podem ser aquecidos diretamente na chama do bico de 
Bunsen. A chama deve ser média e o tubo deve estar seco por fora para evitar que se quebre ao 
aquecer. O tubo deve estar virado para parede ou numa direção em que não se encontre ninguém, 
pois é comum, aos operadores inexperientes, deixar que repentinamente o líquido quente salte fora 
do tubo, o que pode ocasionar queimaduras. O tubo é segurado próximo a sua boca, pela pinça de 
madeira e agitando-se brandamente para evitar superaquecimento do líquido. 
Figura 4.1 – Bico de Bunsen 
Figura 4.2 – Zonas de 
temperatura da chama 
do bico de Bunsen. 
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Banhos de aquecimento 
Emprega-se geralmente um banho de água ou um banho de vapor para temperaturas até 
100 oC. A forma mais simples é um béquer ou um vaso de ferro esmaltado montado num suporte 
adequado. A água é colocada no vaso que é aquecido através da chama. Esse processo deve ser 
usado para líquidos não inflamáveis devido à proximidade da chama. 
Para temperaturas acima de 100 oC, usam-se geralmente banhos de óleo. A parafina pode 
ser empregada para temperaturas até 220 oC. A glicerina pode ser usada em banhos de aquecimento 
até 140 oC. Para temperaturas até 250 oC, recomenda-se óleo de semente de algodão hidrogenado. 
Os banhos de óleo devem ser, sempre que possível, realizados numa capela. Deve-se 
sempre colocar um termômetro no banho para evitar aquecimento excessivo. 
Por muito tempo, empregou-se para aquecimento de balões e outras aparelhagens de 
vidro, um vaso de metal contendo areia, chamado banho de areia, aquecido por meio de uma 
chama. Devido à baixa condutividade térmica da areia, o controle da temperatura é deficiente e o 
seu uso não é recomendado para trabalhos de rotina no laboratório. Ocasionalmente pode ser 
empregado, quando se fizerem necessárias altas temperaturas. 
 
Chapa de aquecimento elétrico 
Utilizada normalmente para aquecimentos rotineiros de laboratório 
com a vantagem de que substâncias inflamáveis também podem ser 
aquecidas com esse equipamento. Outra vantagem é que o controle da 
temperatura é mais eficiente e ainda pode ser acoplado ao equipamento um 
agitador magnético, figura 4.3. É comumente aconselhável interpor uma folha 
de amianto entre o topo do metal e o vaso a ser aquecido, particularmente se 
o conteúdo do último está sujeito à ebulição tumultuosa. 
 
 
 
 
Figura 4.3 – Chapa de 
aquecimento com 
agitador magnético. 
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Manta de aquecimento elétrico 
Utilizada normalmente para destilações onde é essencial um 
aquecimento constante e a vantagem de serem aquecidas também 
substâncias inflamáveis. Este equipamento pode atingir temperaturas de 
até 400 oC. Existem diversos formatos de mantas de aquecimento: para 
balões de fundo redondo, figura 4.4, béqueres, funis e colunas de 
fracionamento. 
 
3. EQUIPAMENTOS, MATERIAIS, REAGENTES E VIDRARIAS 
 Bico de Bunsen  Béquer de 250 mL 
 Tripé de ferro  Suporte de madeira para tubos de ensaio 
 Tela de amianto  Chapa de aquecimento com agitador magnético 
 Pinça de madeira  Manta de aquecimento elétrico 
 Tubos de ensaio 
 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
4.1. Uso do bico de Bunsen. 
─ Com a janela do bico de Bunsen fechada, abrir o registro do gás e o do bico de Bunsen e 
imediatamente acender o bico. Observar a coloração amarelada da chama. 
─ Girando gradativamente o anel, abrir totalmente a janela do bico para entrada de ar. 
Observar a variação de coloração da chama e distinguir as zonas de temperatura. 
─ Para apagar o bico de Bunsen é só fazer o caminho inverso. 
 
4.2. Aquecimento de líquidos em Béquer. 
─ Colocar cerca de 50 mL de água em um béquer; 
─ Colocar o béquer sobre uma tela de amianto suportada em um anel de ferro ou tripé de 
ferro; 
─ Aquecer o béquer com a chama forte do bico de Bunsen (janela e registro totalmente 
abertos); 
─ Após algum tempo, observar a ebulição da água. 
Figura 4.4 – Manta de 
aquecimento elétrico. 
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4.3. Aquecimento de líquidos no tubo de ensaio. 
─ Colocar cerca de 4 mL de água em um tubo de ensaio; 
─ Segurar o tubo, próximo à boca, com uma pinça de madeira; 
─ Aquecer a água, na chama média do bico de Bunsen (janela e registro abertos pela metade), 
com o tubo voltado para a parede, com inclinação de 45o e com pequena agitação até a 
ebulição da água. O aquecimento jamais deve ser feito no fundo do tubo e sim próximo à 
superfície do líquido; 
─ Retirar o tubo da chama e com muito cuidado derramar a água do tubo na pia segurando 
sempre pela pinça de madeira; 
─ Guardar o tubo em um suporte de madeira. 
 
4.4. Aquecimento de líquidos em manta de aquecimento. 
─ Colocar cerca de 50 mL de água em um balão de fundo redondo; 
─ Colocar o balão em uma manta de aquecimento e, em seguida, ligar a manta; 
─ Após algum tempo, observar a ebulição da água. 
 
 
 
 
 
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EXPERIMENTO 05 – DESTILAÇÃO SIMPLES 
 
1. OBJETIVO 
Realizar uma destilação simples. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A destilação simples consiste na separação de um líquido volátil de uma substância não 
volátil. Quando a destilação consiste na separação de duas ou mais substâncias líquidas com pontos 
de ebulição diferentes esta é chamada de destilação fracionada. 
À medida que aumenta a temperatura de um líquido, sua pressão de vapor também 
aumenta. Quando esta pressão de vapor se torna igual à pressão exercida sobre a superfície do 
líquido, este entra em ebulição. 
Quando a pressão exercida sobre a superfície do líquido for igual a uma atmosfera, esta 
temperatura é denominada de ponto de ebulição. 
Durante a ebulição de uma substância pura, sua temperatura não se modifica, mas quando 
se tratar de uma solução, ocorrerá, embora pequena,uma variação na temperatura de ebulição 
devido a variação na fração molar da solução conforme se separa ou destila um dos componentes 
da mistura. 
 
3. MATERIAIS E REAGENTES 
 Suporte universal  Balão de fundo chato (500 mL) com junta esmerilhada 24x40” 
 Garras e mufas  Balão de fundo redondo (500 mL) com juntas esmerilhadas 24x40” 
 Bolinhas de vidro  Manta de aquecimento para balão de fundo redondo de 500 mL 
 Termômetro  Condensador de Liebig (reto) com juntas esmerilhadas 24x40” 
 Anel para funil  “Unha” com juntas esmerilhadas 24x40” 
 Filme de teflon  Solução aquosa de CuSO4 1,0 mol L
-1 ou outra solução colorida 
 Filme de polietileno  Funil analítico de vidro 
 Elevador (macaco)  Adaptador para condensador com juntas esmerilhadas 24x40” e 
adaptação para termômetro 
 Mangueira de silicone 
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
─ Adicionar algumas esferas de vidro ou cacos de cerâmica no balão de destilação ou balão de 
fundo redondo; 
─ Medir 100 mL da solução aquosa de CuSO4 ou outra solução colorida e transferir para o balão 
de destilação; 
─ Colocar o balão na manta de aquecimento; 
─ Adaptar a junção ao balão, fixar ao suporte universal e em seguida colocar o termômetro; 
─ Adaptar o condensador na junção e fixá-lo ao suporte universal; 
─ Conectar as mangueiras ao condensador; 
─ Adaptar a unha e um balão de fundo chato ao condensador e fixá-lo ao suporte universal; 
─ Abrir a torneira para refrigeração do condensador. Manter um fluxo constante de água; 
─ Ligar a manta de aquecimento; 
─ Destilar aproximadamente 60 mL de solvente; 
 
Figura 5 - Aparelhagem para destilação simples 
5. QUESTIONÁRIO SOBRE A VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL 
─ Por que na destilação, a entrada de água deve ser feita pela parte inferior do condensador? 
Figura 5. 
─ Em uma destilação geralmente se desprezam os 10% iniciais e finais. Por quê? 
─ Após a destilação, a coloração da solução de CuSO4 mudou? Por quê? 
─ Qual a função das bolinhas de vidro ou cacos de cerâmica na destilação? 
 
REFERÊNCIA. 
TRINDADE, D. F. et al. Química básica experimental. Ícone. São Paulo: 1998. 
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EXPERIMENTO 06 – DESTILAÇÃO FRACIONADA 
 
1. OBJETIVO 
 
Realizar uma destilação fracionada. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A destilação fracionada consiste na separação de duas ou mais substâncias líquidas com pontos 
de ebulição diferentes (CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J; DONATE, P. M., 2004). 
Em uma mistura de dois componentes, a pressão de vapor de cada líquido será: 
𝑝𝐴 = 𝑝𝐴
𝑜𝑥𝐴
𝑙 , 𝑝𝐵 = 𝑝𝐵
𝑜𝑥𝐵
𝑙 
E a pressão total será a soma das pressões parciais: 
𝑝 = 𝑝𝐴 + 𝑝𝐵 = 𝑝𝐴
𝑜𝑥𝐴
𝑙 + 𝑝𝐵
𝑜𝑥𝐵
𝑙 Equação 1 
A equação 1 fornece a pressão de vapor de uma mistura ideal de líquidos a uma certa 
temperatura, conhecendo-se a composição da mistura e a pressão de vapor de cada líquido na 
mesma temperatura. 
Podemos calcular a composição do vapor a qualquer temperatura, considerando que as 
pressões de vapor são proporcionais às frações molares na fase de vapor, ou seja: 
𝑝𝐴 = 𝑘𝑥𝐴
𝑣 , 𝑝𝐵 = 𝑘𝑥𝐵
𝑣 Equação 2 
Assim, 
𝑝𝐴 + 𝑝𝐵 = 𝑘𝑥𝐴
𝑣 + 𝑘𝑥𝐵
𝑣 = 𝑘(𝑥𝐴
𝑣 + 𝑥𝐵
𝑣) = 𝑘, 
Pois, 𝑥𝐴
𝑣 + 𝑥𝐵
𝑣 = 1 
Substituindo 𝑘 na equação 2, temos: 
𝑝𝐴 = (𝑝𝐴 + 𝑝𝐵)𝑥𝐴
𝑣 ou 𝑥𝐴
𝑣 =
𝑝𝐴
(𝑝𝐴+𝑝𝐵)
=
𝑝𝐴
𝑜𝑥𝐴
𝑙
𝑝
 
 
 
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3. EQUIPAMENTOS, MATERIAIS, REAGENTES E VIDRARIAS 
 
 Suporte universal  Balão de fundo chato (500 mL) com junta esmerilhada 24x40” 
 Garras e mufas  Balão de fundo redondo (500 mL) com junta esmerilhada 24x40” 
 Bolinhas de vidro  Manta de aquecimento para balão de fundo redondo de 500 mL 
 Termômetro  Condensador de Liebig (reto) com juntas esmerilhadas 24x40” 
 Anel para funil  “Unha” com juntas esmerilhadas 24x40” 
 Filme de teflon  Vinho tinto 
 Filme de polietileno  Funil analítico de vidro 
 Elevador (macaco)  Coluna de Vigreux 
 Mangueira de silicone  Adaptador para condensador com juntas esmerilhadas 24x40” e 
adaptação para termômetro 
 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
─ Adicionar algumas esferas de vidro no balão de destilação ou balão de fundo redondo; 
─ Transferir para o balão de destilação 200 mL de vinho tinto; 
─ Colocar o balão na manta de aquecimento; 
─ Adaptar a coluna de Vigreux ao balão; 
─ Adaptar a junção à coluna de Vigreux, fixar ao suporte universal e em seguida colocar o 
termômetro; 
─ Adaptar o condensador na junção e fixá-lo ao suporte universal; 
─ Conectar as mangueiras ao condensador; 
─ Adaptar a unha ao condensador e ao balão de fundo chato e fixá-lo ao suporte universal; 
─ Abrir a torneira para refrigerar o condensador. Manter um fluxo constante de água; 
─ Ligar a manta de aquecimento; 
─ Parar a destilação quando o volume do destilado ficar em torno de 20 mL; 
─ Observar as características do vinho antes e após a destilação; 
 
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5. QUESTIONÁRIO SOBRE A VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL 
 
─ Explique por que a temperatura não foi constante durante a destilação da solução. 
─ Qual substância você conseguiu identificar após a destilação? 
 
REFERÊNCIAS 
 
CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J; DONATE, P. M. Fundamentos de Química Experimental. São 
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – Edusp, 2004. 
TRINDADE, D. F. et al. Química Básica Experimental, São Paulo: Ed. Ícone, 1993. 
 
 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 34 
 
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EXPERIMENTO 07 – FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS 
 
1. OBJETIVO 
 
Diferenciar experimentalmente, um fenômeno físico de um fenômeno químico. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Qualquer modificação operada nos corpos, pela ação dos agentes físicos ou químicos, 
cientificamente observada é um fenômeno (TRINDADE, D. F. et al 1993). 
Na natureza, as substâncias sofrem transformações constantes, sendo que estas podem 
ocorrer espontaneamente ou não e, classificam-se como fenômenos físicos ou químicos, embora 
não exista uma demarcação nítida entre os dois. 
No transcurso de um fenômeno físico, não há evidência da formação de uma nova 
substância, portanto, não ocorre modificação de suas propriedades químicas. Os fenômenos físicos 
são passageiros, duram somente enquanto persiste a causa que os provoca. 
Exemplo: Água em forma líquida quando aquecida transforma-se em vapor. Cessando o 
aquecimento, o vapor d'água condensa-se originando água líquida novamente. 
Quando observamos um ponto de fusão em trabalhos efetuados no laboratório, podemos 
repetir o ensaio, quantas vezes quisermos, usando o mesmo material, visto que as transformações 
físicas não alteram as propriedades químicas da matéria. 
Os fenômenos químicos ocorrem provocando alterações profundas das propriedades 
químicas da substância, originando novas, substâncias. Poderemos saber se ocorreu um fenômeno 
químico por comparação das propriedades dos produtos formados com as substâncias originais. 
Uma comparação das propriedades como cor, odor, sabor, solubilidade e estado físico, indicam 
normalmente se houve ounão formação de novas substâncias. 
1 22 2
Na H O NaOH H   
O sódio metálico reage com água dando origem a formação de hidróxido de sódio, uma base 
forte e hidrogênio gasoso, substâncias de propriedades específicas muito diferentes das que 
possuíam os reagentes inicialmente. 
Se estas propriedades não nos proporcionam informações suficientes, podemos comparar 
outras propriedades como o ponto de fusão, ponto de ebulição, índice de refração, densidade etc. 
Em geral, as transformações químicas são duradouras e vêm acompanhadas por variações 
de energia tais como: desprendimento de calor, luz, etc. Todavia estas manifestações de energia 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 35 
 
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não confirmam que o fenômeno é químico porque muitos fenômenos físicos implicam em 
transformações de energia (por exemplo, mudança de estado físico, dissoluções etc.). 
Em cada um dos fenômenos que serão estudados experimentalmente, poderão ser feitas 
observações suficientes quanto à cor, odor, estado físico, solubilidade em água, efeitos caloríficos, 
etc., que conduzirão a conclusões para que se possa estabelecer se o fenômeno é físico ou químico. 
Em cada caso, anotar as observações que considerar pertinentes para tomar uma decisão. 
Para melhor aproveitamento do trabalho prático, todas as substâncias devem ser 
examinadas previamente e suas propriedades imediatas devem ser anotadas para serem 
comparadas com as propriedades das novas substâncias que eventualmente se formarão. 
Em todos os itens, os fenômenos observados devem ser classificados como físicos ou 
químicos. As respostas podem ser colocadas nos espaços reservados. 
As classificações devem ser justificadas, quando o fenômeno for físico determinar qual a 
transformação física ocorrida e quando o fenômeno for químico escrever a reação que corresponde 
ao fenômeno. 
 
3. MATERIAIS E REAGENTES 
 
 Tubos de ensaio  Solução de ácido clorídrico – HCl 3,0 mol L
-1 
 Suporte universal  Nitrato de chumbo (solução 1,0 mol L-1) - 
Pb(NO3)2 
 Bico de Bunsen  Solução 1 mol L-1 de iodeto de potássio - KI 
 Béquer de 100 mL  Estante para tubos de ensaio 
 Vidro de relógio  Carbonato de sódio - Na2CO3 
 Cápsula de porcelana  Magnésio em aparas – Mg 
 Tela de amianto  Manta de aquecimento 
 Iodo sólido - I2  Vela de parafina 
 Tripé de ferro  Pinça metálica 
 Garra metálica  Bastão de vidro 
 
 
 
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
– Colocar um cristal de iodo em um balão de fundo redondo de 500 mL e cobrir com um vidro de 
relógio. Colocar o conjunto sobre uma manta de aquecimento e aquecer levemente dentro da 
capela. Observar os vapores que se desprendem. Cessar o aquecimento e colocar um cubo de 
gelo sobre o vidro de relógio. Aguardar o resfriamento do sistema. Os fenômenos observados 
são físicos ou químicos? 
– Colocar em uma cápsula de porcelana um pedaço de vela (parafina). Aquecer diretamente na 
chama do bico de Bunsen até a fusão. Observar, virar o conteúdo da cápsula rapidamente sobre 
uma superfície fria. Os fenômenos observados são físicos ou químicos? 
– Queimar um pedaço de papel. O fenômeno observado é físico ou químico? 
– Colocar em um tubo de ensaio, aproximadamente 0,5 g de carbonato de sódio. Adicionar 5 mL 
de água e agitar. Aquecer a solução obtida diretamente na chama do bico de Bunsen até 
completa evaporação. Deixe esfriar e observe se os fenômenos são físicos ou químicos? 
– Adicionar ao tubo de ensaio do item anterior 1 mL de ácido clorídrico 3 mol L-1. O fenômeno 
observado é físico ou químico? 
– Colocar em um tubo de ensaio, 2 mL de solução de iodeto de potássio, adicionar algumas gotas 
de solução de nitrato de chumbo. Agitar e em seguida deixar em repouso. O fenômeno 
observado é físico ou químico? 
– Segurar uma pequena tira de magnésio com a pinça metálica. Aquecer a tira diretamente na 
zona oxidante do bico de Bunsen até que ocorra incandescência (luminosidade). Aguardar o 
resfriamento da pinça. Anotar as características do resíduo obtido. O fenômeno observado é 
físico ou químico? 
 
REFERÊNCIA. 
TRINDADE, D. F. et al. Química básica experimental. Ícone. São Paulo: 1998. 
 
 
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EXPERIMENTO 08 – MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS 
1. OBJETIVO 
─ Utilizar a peneiração, dissolução fracionada, filtração e a evaporação como métodos de 
separação de mistura. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A peneiração, também chamado de tamisação, é um processo mecânico simples, utilizando 
peneiras, para separar dois ou mais sólidos de tamanhos diferentes (diferentes granulometrias) que 
formam uma mistura heterogênea (FELTRE, 2008, p.70; MAZALLA JÚNIOR, 2006, p.94). 
A dissolução fracionada ou seletiva é utilizada para separar sólidos presentes em uma mistura 
envolvendo substâncias solúveis e não solúveis ou substâncias solúveis e pouco solúveis em um 
determinado solvente ou misturas de solventes (MAZALLA JÚNIOR, 2006, p.95,103). O método 
consiste em dissolver a substância com maior grau de solubilidade e a separação das substâncias menos 
solúveis é feita por decantação ou filtração. A substância de maior grau de solubilidade pode ser isolada 
da solução por evaporação completa do solvente. 
A filtração é utilizada principalmente para separar substâncias presentes em misturas 
heterogêneas, geralmente envolvendo sólidos e líquidos ou sólidos e gases. Em ambos os casos, os 
processos se dão através da separação da fase sólida da fase líquida ou gasosa, utilizando um meio 
poroso que retém o sólido e deixando passar a fase líquida ou gasosa (CONSTANTINO, 2004, p. 118; 
FELTRE, 2008, p.71; TRINDADE, 1993, p. 31-34). 
Este é um dos métodos mais utilizados no cotidiano das pessoas, pois é o que acontece com 
o filtro doméstico. A água que chega até as residências geralmente contém partículas em suspensão, 
justificando assim o uso de filtros para a remoção dessas partículas. Este processo, não só elimina 
partículas indesejáveis como também alguns microrganismos patógenos a saúde humana. 
A evaporação é utilizada para separar sólidos de líquidos em uma mistura homogênea (solução) 
quando se deseja apenas a obtenção do sólido, desprezando o líquido (solvente). O método consiste em 
aquecer a solução até evaporação total do solvente, ficando no recipiente apenas o sólido (MAZALLA 
JÚNIOR, 2006, p.100). 
 
EXPERIMENTOS DE QUÍMICA GERAL 38 
 
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4. EQUIPAMENTOS, MATERIAIS, REAGENTES E VIDRARIAS 
 Bacia plástica  Cloreto de sódio - NaCl 
 Bico de Bunsen  Copo de alumínio ou papeiro esmaltado 
 Peneira  Suporte universal 
 Béquer  Argola para funil 
 Filtro de papel  Sílica (areia) de diferentes granulometrias 
 Funil de vidro  Alça de platina ou fio de Ni-Cr para testes em chama 
 Espátula  Solução de nitrato de prata - AgNO3 0,1 mol L−1 
 
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
Peneiração 
─ Em uma bacia plástica, misturar aproximadamente 50 g de sílica granulada com 50 g de sílica 
em pó, mexer bastante para promover o máximo de dispersão das sílicas; 
─ Peneirar a mistura de sílicas de diferentes granulometrias e, em seguida, separar em dois 
recipientes. 
 
Dissolução fracionada 
─ Em um béquer, misturar a sílica de menor granulometria com uma ponta de espátula de 
NaCl. Mexer bastante

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