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Fixação biológica de nitrogênio e importância da macrofauna – Uma contextualização em SAF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA SISTEMAS AGROFLORESTAIS 1 Introdução Fonte: NFT Alliance (2011) ...introdução Fonte: Coutinho (2010) Fonte: Canal do Produtor (2013) Fonte: Aguiar (2002) Fonte: Campêlo (2011) ...introdução Nutrição mineral Macronutrientes : N , P, K, Ca, Mg, S. Micronutrientes : B, Cl, Mn, Cu, Zn, Fe, Mo, Co. Fonte: Matter (2002) ...introdução País N P2O5 K2O Mil t % do total Mil t % do total Mil t % do total China 24.400 28,0 9.700 28,0 4.800 19 EUA 11.000 13,0 4.000 11,0 4.650 18 Índia 11.076 13,0 4.124 11,0 1.598 6 Brasil 2.295 2,6 3.320 9,6 3.770 15 França 2.331 2,7 721 2,0 930 4 Fonte: Coutinho (2010) Tabela 1. Consumo Mundial de Fertilizantes ...introdução Fonte: Malavolta e Moraes (2006) Fertilizante Produção Importação Total mil tde produto Sulfatode Amônio 217 1.371 1.588 Ureia 982 1.597 2.579 Nitrato de Amônio 366 545 911 Fosfato monoamônio 914 1.204 2.118 Nitrato de Cálcio - 34 34 Salitre Potássico - 147 147 2.479 4.898 7.377 Tabela 2. Produção nacional e importações brasileiras de fertilizantes nitrogenados, 2005. 34,7% ...introdução Proteínas; Enzimas; Ácido Nucléico (RNA, DNA) Fonte: Unifenas (2012) Fonte: Rodrigues (2011) Nitrogênio ...introdução Fonte: Carneiro (2010) ...introdução Fonte: Martins et al. (2003) ...introdução Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Soja fixação de até 294 kg ha-1 (Zotarelli, 2000); Siqueira & Franco (1988): Arachis hypogaea – até 124 kg ha-1; Grão-de-bico (Cicer arietinum) – até 103 kg ha-1; Feijão (Phaseolus vulgaris) – até 110 kg ha-1; Ervilha (Pisumsativum) – até 77 kg ha-1. Fonte: Adaptado de Araujo e Hungria (1994) Forma de Fornecimento do N2 Custo (U$) Economia pelo processo de FBN(U$) ha-1 nopaís (milhões) ha-1 nopaís (milhões) Inoculante(2 doses ha-1) 1 27,7 - - Ureia(391 kg ha-1) 60 1.662,9 59 1.635,2 Ureia (782 kg ha-1) 120 3.325,8 119 3.298,1 Tabela 3. Comparação econômica entre a fixação biológica do N2 em soja e a adubação mineral. Área colhida de 27.715.500 ha-1 (CONAB, 2013) Produtividade média de 2.933 kg ha-1 (CONAB, 2013); Teor médio de N dos grãos de 6% (exportação de 175,98 kg de N ha-1); Adubação com 391 kg de ureia ha-1 (45% de N) – eficiência 100%. ...introdução SOLO Bactérias Rhizobium Fixação Biológica de Nitrogênio N2 Fixação Biológica ou Simbiótica Fixação Não Simbiótica N2 NH3/NH4+ NO2- NO3- Oxidação Nitrossomonas Oxidação Nitrobacter Nitrificação Absorção Lixiviação Lençol Freático Ureídeos N2, NO2,N2O Desnitrificação Fonte: Roberto Cézar (UFRA) Fonte: Doa21 (2013) Fixação Biológica de Nitrogênio Fertilizantes FBN Disponibilidade imediata para as plantas Menor custo para o agricultor Custoenergético para absorção menor que da FBN Diminuição dos problemasambientais Manutenção da fertilidade do solo Tabela 4. Principais vantagens da utilização de fertilizantes nitrogenados e do processo de FBN. Fonte: Adaptado de Araujo e Hungria (1994) Fixação Biológica de Nitrogênio Fertilizantes FBN Gasto energético elevado para sua síntese Crescimentomais lento das plantas dependentes da fixação N2 Custo com transporte Diferença na FBN entre estirpes Eficiência emgeral de 50% Diferentes potenciaisde respostas das plantas Poluição ambiental Tabela 5. Principais desvantagens da utilização de fertilizantes nitrogenados e do processo de FBN. Fonte: Adaptado de Araujo e Hungria (1994) Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Histórico: Jean-Baptiste Boussingault Allorhizobium, Azorhizobium, Bradyrhizobium, Mesorhizobium, Sinorhizobium e Rhizobium Existem relatos sobre o uso de leguminosas desde a idade do bronze, de recomendação de rotação de culturas por gregos e romanos, além de relatos de recomendação de leguminosas em pastagens, na Inglaterra, já em 1613. A elucidação do processo de fixação biológica do N2, porém, teve impulso com os estudos de Jean-Baptiste Boussingault, em 1837, com trevo e ervilha e com aveia e trigo, que observou que as leguminosas, de alguma forma, conseguiam obter o N necessário para o seu metabolismo do ar. O botânico russo Woronin descobriu que os nódulos de leguminosas continham bactérias e os alemães Hellriegel e Wilfarth constataram que a fixação biológica do N2 dependia de "fermentos no solo", responsáveis pela formação dos nódulos nas raízes. Finalmente, Beijerinck isolou as bactérias dos nódulos de ervilha (Wilson, 1940; Burris, 1974; Evans & Burris, 1992). 16 Fonte: dc416.4shared.com Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Etapas aminoácidos, açúcares, ácidos carboxílicos, homoserina e fIavonóides Multiplicação; Competição. Troca de sinais moleculares – Genes nod ABC (Flavonóides) Fonte: Madigan et al. (2004) Tabela 2.4. Estádios para a formação dos nódulos e fenótipos causados nas raízes. 1- Quimiotaxia 2- Multiplicação do rizóbio na rizosfera, colonização (Roc, root folonization) 3- Adesão do rizóbio às raízes da planta hospedeira (Roa, root ªttachment) 4- Troca de sinais moleculares entre a planta hospedeira e as bactérias 5- Alterações nos fenótipos radiculares, com a fonnação de raízes curtas e grossas (Tsr, lhick and §hort [oot), encurvamento dos pêlos radiculares (Hac, hair furling), pêlos radiculares deformados (Had, hair 4eformation), aumento no número de pêlos radiculares (Hai, hair increase) 6- Penetração da bactéria 7- Crescimento do cordão de infecção (Inf, infection) 8- Início de formação e desenVolvimento dos nódulos (Noi, nodule initiation) 9- Liberação das bactérias (Bar, bacterial [elease) 10- Diferenciação dos bacteróides (Bad, bacteroid 4ifferentiation) 11- Desenvolvimento da nitrogenase, leghemoglobina e enzimas relacionada" com a fixação do N2 (Nif, nitrogen ftxation e Fix, fixation) 12- Manutenção do tecido bacteroidal, função e persistência do nódulo (Nop, nodule 12ersistence) 17 Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Etapas Fonte: dc416.4shared.com Fonte: Araujo e Hungria (1994) Tabela 2.4. Estádios para a formação dos nódulos e fenótipos causados nas raízes. 1- Quimiotaxia 2- Multiplicação do rizóbio na rizosfera, colonização (Roc, root folonization) 3- Adesão do rizóbio às raízes da planta hospedeira (Roa, root ªttachment) 4- Troca de sinais moleculares entre a planta hospedeira e as bactérias 5- Alterações nos fenótipos radiculares, com a fonnação de raízes curtas e grossas (Tsr, lhick and §hort [oot), encurvamento dos pêlos radiculares (Hac, hair furling), pêlos radiculares deformados (Had, hair 4eformation), aumento no número de pêlos radiculares (Hai, hair increase) 6- Penetração da bactéria 7- Crescimento do cordão de infecção (Inf, infection) 8- Início de formação e desenVolvimento dos nódulos (Noi, nodule initiation) 9- Liberação das bactérias (Bar, bacterial [elease) 10- Diferenciação dos bacteróides (Bad, bacteroid 4ifferentiation) 11- Desenvolvimento da nitrogenase, leghemoglobina e enzimas relacionada" com a fixação do N2 (Nif, nitrogen ftxation e Fix, fixation) 12- Manutenção do tecido bacteroidal, função e persistência do nódulo (Nop, nodule 12ersistence) 18 Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Etapas Fonte: dc416.4shared.com 19 Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Etapas Fonte: dc416.4shared.com Fonte: lacienciaysusdemonios.com 20 Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Como ocorre a nodulação: Bacteróide – Fosforilação proteica, diferenciação pela [K+] e baixa [O2]; Expressão dos genes nif e fix – responsáveis pela fixação; Quebra da tripla ligação do N2 – 40 proteínas O processo de diferenciação do bacteróide não é totalmente conhecido, mas há indicações de que alguns fatores relacionados com ele seriam a fosforilação protéica, a concentração do íon potássio e a baixa concentração de 02 (Gober & Kashket, 1987, 1989; Karr & Emerich, 1989). Em seguida, inicia-se a expressão dos genes lIifefix (nitrogen fixation e fixation) . Genes l1if são os responsáveis pela síntese e funcionamento do complexo da dinitrogenase e apresentam homologia com os genes de bactérias associativas, como K. pneumolliae, e genes fix são os necessários à fixação mas que não são, estruturalmente, equivalentes aos genes de K. pneumolliae. Desenvolvem-se, então, as enzimas relacionadas com a quebra da tripla ligação do N2 e com a assimilação do nitrogênio fixado. Já foram identificadas cerca de 40 proteínas que são sintetizadas durante o desenvolvimento e/ou funcionamento dos nódulos, as chamadas nodulinas (nodulinas precoces e tardias), e a expressão genética dessas proteínas vem sendo caracterizada 21 Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Dinitrogenase e Hidrogenase Responsável pela redução do N2 em amônia Figura_. Ciclo simplificado da ação da dinitrogenase reduzindo o nitrogênio atmosférico (N2) da hidrogenase, reciclando o hidrogênio (H2) que é produzido obrigatoriamente durante o processo de redução do N2. Fonte: Araujo e Hungria (1994) O processo de redução do N2 começa pela doação de elétrons pela ferredoxina e flavodoxina para a redutase da dinitrogenase, ou componente I, que está associada com duas moléculas de Mg ATP. Em seguida, a proteína reduzida se liga à dinitrogenase propriamente dita ou componente II, com a transferência dos elétrons e a hidrólise concomitante do ATP a ADP. Finalmente, os dois componentes da dinitrogenase se dissociam. Os elétrons são transferidos um a um e, como todo o processo requer oito elétrons, acredita-se que se formem vários componentes intermediários durante a reação. 22 Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN Resumo das Etapas Quimiotaxia; Multiplicação do rizóbio na rizosfera, colonização; Adesão do rizóbio às raízes da planta hospedeira; Troca de sinais moleculares entre a planta hospedeira e as bactérias; Alterações nos fenótipos radiculares, com a formação de raízes curtas e grossas, encurvamento, deformação e aumento no número de pêlos radiculares; Penetração da bactéria; Crescimento do cordão de infecção; Início de formação e desenvolvimento dos nódulos; Liberação das bactérias; Diferenciação dos bacteróides; Desenvolvimento da nitrogenase, leghemoglobina e enzimas relacionada" com a fixação do N2; Manutenção do tecido bacteroidal, função e persistência do nódulo 23 Principais fatores que afetam a FBN pH do solo deve ser entre 4,5 e 6,5; Excesso de Al3+ inibe a nodulação; Fosfato – importante na produção de ATP; Molibdênio –faz parte da nitrogenase assim como Mg, Fe e Co; Excesso de N disponível no solo inibe a nodulação. Fonte: Meldau (2002) Fonte: Portal São Francisco (2013) FBN em espécies arbóreas Família Fabaceae Segundo Araújo e Hungria (1994): Caesalpinoideae – 22% de sp. fixadoras; Mimosoideae – 73% de sp. fixadoras; Papilionoideae – 68% de sp. fixadoras. Fonte: Araújo e Hungria (1994) Nódulo de Swartzia schomburgkii coletado em floresta de terra firme na Amazônia. Meristemas Esféricos FBN em espécies arbóreas O meristema é esférico, circundando uma área central fixadora de N2 26 Fonte: Araújo e Hungria (1994) Nódulo de Cedreliga catenaeformis, muda em viveiro. Meristemas apicais FBN em espécies arbóreas O meristema é apical , o que acarreta um alongamento inicial com possível divisão posterior para formar vários ramos, cada um com seu próprio meristema apical 27 Forma de infecção Via infecção dos pelos radiculares Via células da epiderme Via feridas FBN em espécies arbóreas Gênero de crescimento rápido – Rhizobium: R. leguminosarum; R. meliloti e R. loti Gênero de crescimento lento: Bradyrhizobium japonicum Especificidade, efetividade e eficiência FBN em espécies arbóreas 200 kg a 300 kg de N Gliricidia sepium Leucaena leucocephala Fonte: tropicalforages.info 92% do N Total Mimosa scabrella Fonte: Biodiversidade Catarinense (2012) Fonte: Daves Garden(2013) Mimosa caesalpiniaefolia 74% do N Total Inga sp. Fonte: Pedra do Ingá (2013) A quantidade de N derivado da FBN, estimada pelo método da abundância natural de 15N, foi de 92% em M. scabrella e 74% em Inga sp. e M. caesalpiniaefolia, 31 Fatores que limitam a FBN em arbóreas Capacidade da espécie hospedeira em nodular ou fixar N2 em baixas taxas; Ausência de estirpes microssimbiontes específicas ou efetivas; Edáficos (pH; toxicidade de alumínio; deficiência nutricional (P2O5 e/ou N2); Climáticos (extremos de temperatura e umidade etc.). Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos O objetivo deste trabalho foi avaliar a FBN e a transferência do N derivado da FBN das espécies leguminosas – gliricídia (Gliricidia sepium), crotalária (Crotalaria juncea) e feijão-guandu anão (Cajanus cajan) – para um pomar orgânico de mangueira e gravioleira, pelo método da abundância natural de N. Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos Este trabalho teve como objetivo, estudar o efeito da adição de diferentes formas de N, no processo de formação e desenvolvimento do nódulo, bem como no crescimento de Acacia mangium em sua fase inicial de crescimento. 36 Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos Conclusões A fonte ideal de complementação de N foi a NH4+. Nesse tratamento foi observada a melhor interação dos parâmetros de crescimento e nodulação. O N-NH4+ deve ser suprido nas primeiras semanas de desenvolvimento da planta até o estabelecimento do processo de FBN Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos O objetivou deste trabalho foi avaliar o efeito de quatro espécies leguminosas arbóreas, em uma pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu, com dois anos de estabelecimento, sobre a densidade e diversidade da macrofauna de um planossolo de baixa fertilidade natural. Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos Fixação Biológica de Nitrogênio – Artigos OBRIGADO Somos o que fazemos para mudar o que somos. Eduardo Galeano PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA SISTEMAS AGROFLORESTAIS
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