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Era Vargas (1930–1945) 
A Era Vargas é o período em que Getúlio Vargas esteve no 
poder entre 1930 e 1945, inicialmente como chefe de um 
governo provisório, depois como presidente constitucional e, 
por fim, como ditador durante o Estado Novo. Esse período foi 
decisivo para a transformação econômica, política e social 
do Brasil, marcando a transição do país de uma república 
agrária para uma sociedade mais urbanizada e industrial. 
1. Ascensão ao poder: Revolução de 1930 
A chamada Revolução de 1930 pôs fim à República Velha. 
Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul, foi o 
candidato derrotado nas eleições de 1930. No entanto, com o 
apoio de militares e políticos descontentes, liderou um golpe de 
Estado que impediu a posse de Júlio Prestes e assumiu o 
poder. 
Foi criado um governo provisório com o argumento de 
reorganizar a política nacional e promover reformas. As 
oligarquias estaduais perderam força, e o poder foi 
centralizado no governo federal. 
2. Governo Provisório (1930–1934) 
Durante o governo provisório, Vargas suspendeu a 
Constituição de 1891, fechou o Congresso Nacional e passou 
a governar por decretos. 
Principais medidas: 
● Nomeação de interventores para governar os estados, em 
vez de eleitos locais. 
 
● Criação de ministérios e órgãos ligados ao trabalho e à 
educação. 
 
● Incentivo à industrialização e proteção ao mercado 
interno. 
 
A centralização do poder gerou insatisfação, especialmente em 
São Paulo, que desejava a volta da autonomia estadual. 
3. Revolução Constitucionalista de 1932 
Em 1932, ocorreu em São Paulo uma grande revolta armada 
exigindo a criação de uma nova Constituição e a realização 
de eleições democráticas. A Revolução Constitucionalista 
de 1932 foi reprimida após três meses de conflito, mas 
pressionou Vargas a convocar eleições para uma Assembleia 
Constituinte. 
4. Governo Constitucional (1934–1937) 
A Constituição de 1934 foi promulgada e previa: 
● Voto secreto. 
 
● Voto feminino. 
 
● Leis trabalhistas básicas. 
 
● Ensino primário obrigatório. 
 
● Criação da Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho. 
 
Vargas foi eleito presidente pela Assembleia por um mandato 
de quatro anos, sem possibilidade de reeleição. Apesar disso, 
ele começou a manobrar para se manter no poder. 
Durante esse período, o Brasil vivia o avanço de dois 
movimentos políticos opostos: 
● A Ação Integralista Brasileira (AIB), de orientação 
fascista. 
 
● A Aliança Nacional Libertadora (ANL), de orientação 
comunista. 
 
5. Estado Novo (1937–1945) 
Com o pretexto de impedir uma revolução comunista (o 
chamado "Plano Cohen", depois provado falso), Vargas deu 
um golpe de Estado em 1937 e instaurou uma ditadura 
chamada Estado Novo. 
Características do Estado Novo: 
● Fechamento do Congresso Nacional. 
 
● Censura à imprensa e repressão política. 
 
● Proibição de partidos políticos. 
 
● Criação da Constituição de 1937, autoritária e 
centralizadora. 
 
● Culto à imagem de Vargas como "pai dos pobres". 
 
Apesar do autoritarismo, o período viu importantes avanços: 
● Consolidação das leis trabalhistas, como salário mínimo, 
jornada de 8 horas e férias remuneradas. 
 
● Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) 
em 1943. 
 
● Fortalecimento da industrialização, com destaque para a 
criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). 
 
6. Participação na Segunda Guerra Mundial 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil inicialmente 
adotou posição de neutralidade. No entanto, em 1942, após 
ataques a navios brasileiros por submarinos alemães, Vargas 
declarou guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão). 
O Brasil enviou a FEB (Força Expedicionária Brasileira) para 
combater na Europa ao lado dos Aliados. A participação na 
guerra contra regimes totalitários expôs a contradição da 
ditadura de Vargas no Brasil. 
7. Fim do Estado Novo 
Com o fim da guerra e o fortalecimento das pressões por 
redemocratização, Vargas foi forçado a renunciar em 29 de 
outubro de 1945. Pouco depois, o general Eurico Gaspar 
Dutra foi eleito presidente, dando início a um novo período 
democrático. 
Apesar da queda, Getúlio Vargas continuaria influente na 
política brasileira e voltaria à presidência anos depois, por meio 
do voto. 
 
 
	 
	Era Vargas (1930–1945) 
	A Era Vargas é o período em que Getúlio Vargas esteve no poder entre 1930 e 1945, inicialmente como chefe de um governo provisório, depois como presidente constitucional e, por fim, como ditador durante o Estado Novo. Esse período foi decisivo para a transformação econômica, política e social do Brasil, marcando a transição do país de uma república agrária para uma sociedade mais urbanizada e industrial. 
	1. Ascensão ao poder: Revolução de 1930 
	A chamada Revolução de 1930 pôs fim à República Velha. Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul, foi o candidato derrotado nas eleições de 1930. No entanto, com o apoio de militares e políticos descontentes, liderou um golpe de Estado que impediu a posse de Júlio Prestes e assumiu o poder. 
	Foi criado um governo provisório com o argumento de reorganizar a política nacional e promover reformas. As oligarquias estaduais perderam força, e o poder foi centralizado no governo federal. 
	2. Governo Provisório (1930–1934) 
	Durante o governo provisório, Vargas suspendeu a Constituição de 1891, fechou o Congresso Nacional e passou a governar por decretos. 
	Principais medidas: 
	●​Nomeação de interventores para governar os estados, em vez de eleitos locais.​ 
	●​Criação de ministérios e órgãos ligados ao trabalho e à educação.​ 
	●​Incentivo à industrialização e proteção ao mercado interno.​ 
	A centralização do poder gerou insatisfação, especialmente em São Paulo, que desejava a volta da autonomia estadual. 
	3. Revolução Constitucionalista de 1932 
	Em 1932, ocorreu em São Paulo uma grande revolta armada exigindo a criação de uma nova Constituição e a realização de eleições democráticas. A Revolução Constitucionalista de 1932 foi reprimida após três meses de conflito, mas pressionou Vargas a convocar eleições para uma Assembleia Constituinte. 
	4. Governo Constitucional (1934–1937) 
	A Constituição de 1934 foi promulgada e previa: 
	●​Voto secreto.​ 
	●​Voto feminino.​ 
	●​Leis trabalhistas básicas.​ 
	●​Ensino primário obrigatório.​ 
	●​Criação da Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho.​ 
	Vargas foi eleito presidente pela Assembleia por um mandato de quatro anos, sem possibilidade de reeleição. Apesar disso, ele começou a manobrar para se manter no poder. 
	Durante esse período, o Brasil vivia o avanço de dois movimentos políticos opostos: 
	●​A Ação Integralista Brasileira (AIB), de orientação fascista.​ 
	●​A Aliança Nacional Libertadora (ANL), de orientação comunista.​ 
	5. Estado Novo (1937–1945) 
	Com o pretexto de impedir uma revolução comunista (o chamado "Plano Cohen", depois provado falso), Vargas deu um golpe de Estado em 1937 e instaurou uma ditadura chamada Estado Novo. 
	Características do Estado Novo: 
	●​Fechamento do Congresso Nacional.​ 
	●​Censura à imprensa e repressão política.​ 
	●​Proibição de partidos políticos.​ 
	●​Criação da Constituição de 1937, autoritária e centralizadora.​ 
	●​Culto à imagem de Vargas como "pai dos pobres".​ 
	Apesar do autoritarismo, o período viu importantes avanços: 
	●​Consolidação das leis trabalhistas, como salário mínimo, jornada de 8 horas e férias remuneradas.​ 
	●​Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943.​ 
	●​Fortalecimento da industrialização, com destaque para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).​ 
	6. Participação na Segunda Guerra Mundial 
	Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil inicialmente adotou posição de neutralidade. No entanto, em 1942, após ataques a navios brasileiros por submarinos alemães, Vargas declarou guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão). 
	O Brasil enviou a FEB (Força Expedicionária Brasileira) para combater na Europa ao lado dos Aliados. A participação na guerra contra regimestotalitários expôs a contradição da ditadura de Vargas no Brasil. 
	7. Fim do Estado Novo 
	Com o fim da guerra e o fortalecimento das pressões por redemocratização, Vargas foi forçado a renunciar em 29 de outubro de 1945. Pouco depois, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente, dando início a um novo período democrático. 
	Apesar da queda, Getúlio Vargas continuaria influente na política brasileira e voltaria à presidência anos depois, por meio do voto.

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