Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Complemento de Química II Turma: IBN IQO126 Anderson Rouge dos Santos e-mail: and.rouge@hotmail.com 2 Introdução 3 Introdução 4 Introdução (química orgânica = química do carbono) Cafeína Vinagre Glicose 5 Introdução 6 Introdução Elementos mais comuns encontrados em moléculas orgânicas Elementos comumente encontrados em compostos orgânicos, apresentados nas cores normalmente utilizadas para representá-los 7 Estrutura atômica O núcleo: Diâmetro típico do núcleo: 10-14 a 10-15 m Diâmetro típico do átomo: 2 x 10-10 m (200 pm) Uma visão tridimensional à direita mostra as superfícies de densidade eletrônica calculadas. A densidade eletrônica aumenta em direção ao núcleo e é 40 vezes maior na superfície sólida (azul) que na superfície de malha (cinza). O núcleo denso, positivamente carregado, contém a maioria da massa do átomo e é rodeado por elétrons negativamente carregados. 8 Estrutura atômica Os orbitais atômicos: Representações dos orbitais s, p e d � Os orbitais s são esféricos, com o núcleo em seu centro � Os orbitais p têm a forma de halteres � e quatro dos cinco orbitais d possuem a forma de uma folha de trevo 9 Estrutura atômica Os orbitais atômicos: Formas dos orbitais 2p � Cada um dos três orbitais p perpendiculares entre si, em forma de halteres, tem dois lóbulos separados por um nó � Os dois lóbulos têm símbolos algébricos diferentes na função de onda correspondente, conforme indicado por cores diferentes 10 Estrutura atômica Configuração eletrônica: Níveis de energia dos elétrons em um átomo � O primeiro nível acomoda o máximo de dois elétrons em um orbital 1s � O segundo nível acomoda o máximo de oito elétrons em um orbital 2s e três orbitais 2p � O terceiro nível acomoda o máximo de 18 elétrons em um orbital 3s, três orbitais 3p e cinco orbitais 3d � Os dois elétrons em cada orbital são representados por setas, ↑↓, para cima e para baixo. 11 Estrutura atômica Configuração eletrônica: Arranjo de menor energia � REGRA 1: Os orbitais de menor energia são preenchidos primeiramente de acordo com a ordem 1s � 2s � 2p � 3s � 3p � 4s � 3d (princípio de Aufbau) � REGRA 2: Os elétrons agem como se estivessem girando em torno de um eixo, da mesma maneira que a Terra gira. Esse movimento denominado spin tem duas orientações (↑↓). Somente dois elétrons podem ocupar um orbital e eles devem ter spins opostos (princípio de exclusão de Pauli). � REGRA 3: Se dois ou mais orbitais vazios de mesma energia estão disponíveis, um elétron ocupa cada um com os spins paralelos até que todos os orbitais estejam ocupados pela metade (regra de Hund) 12 Estrutura atômica Configuração eletrônica: Arranjo de menor energia 13 Teoria da ligação química � Carbono tetravalente (August Kekulé e Archibald Couper - 1858 � Ligação tripla carbono-carbono para o acetileno (Emil Erlenmeyer) � Ligação dupla carbono-carbono para o etileno (Alexander Crum Brown) � Formação de anéis por cadeias de átomos de carbono (August Kekulé - 1865) � Teoria do carbono tetraédrico (Jacobus van’t Hoff -1874) 14 Teoria da ligação química � Carbono tetraédrico (Van’t Hoff) 15 Teoria da ligação química � Por que os átomos se ligam? � átomos se ligam uns aos outros porque o composto resultante tem energia mais reduzida e, portanto, é mais estável do que os átomos separados. � A energia (normalmente em forma de calor) sempre flui para fora do sistema químico quando uma ligação se forma. � De modo inverso, a energia deve ser colocada no sistema para quebrar uma ligação química. � Fazer ligações sempre libera energia e quebrar as ligações sempre absorve energia. 16 � Por que os átomos se ligam? Teoria da ligação química 17 Teoria da ligação química � Como as ligações podem ser descritas eletronicamente? � Sabe-se, por meio da observação, que oito elétrons (um octeto) em um nível mais externo (nível de valência) fornecem uma estabilidade especial aos gases nobres, elementos no grupo 18 da tabela periódica: � Ne (2 + 8) Ar (2 + 8 + 8) Kr (2 + 8 + 18 + 8) � Sabe-se também que a química de muitos elementos do grupo principal é governada pela tendência de atingir a configuração eletrônica próxima à de um gás nobre. � Metais alcalinos: Atingem a configuração de gás nobre perdendo seu único elétron s do seu nível de valência para formar um cátion � Halogênios: Atingem a configuração de gás nobre ganhando um elétron p para preencher seu nível de valência, formando um ânion. 18 Teoria da ligação química 19 Teoria da ligação química � Mas como os elementos mais próximos do meio da tabela periódica formam ligações? � Considerando o metano (CH4), a ligação no metano não é iônica, caso contrário, gastaria muita energia para o carbono (1s2 2s2 2p2) ganhar ou perder quatro elétrons até atingir a configuração de gás nobre. � Como resultado, o carbono liga-se a outros átomos, não pelo ganho ou perda de elétrons, mas por compartilhamento desses. � Compartilhamento de elétrons � Ligação covalente (Gilbert N. Lewis – 1916) � Molécula: Conjunto neutro de átomos unidos uns aos outros por ligações covalentes 20 Teoria da ligação química � Representação das ligações covalentes 21 Teoria da ligação química � Valência: Nº ligações covalentes que um átomo pode fazer � Função da quantidade de elétrons de valência adicionais necessários para alcançar uma configuração de gás nobre. � O hidrogênio tem um elétron de valência (1s1) e necessita de mais um para alcançar a configuração do hélio (1s2) � O carbono tem quatro elétrons de valência (2s2 2p2) e necessita de mais quatro para alcançar a configuração do neônio (2s2 2p6), � O nitrogênio tem cinco elétrons de valência (2s2 2p3), necessita de mais três � O oxigênio tem seis elétrons de valência (2s2 2p4), necessitando de mais dois � Os halogênios têm sete elétrons de valência, necessitando de mais um 22 Teoria da ligação química 23 Ligações múltiplas • É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos (ligações múltiplas): • Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2); • Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O2); • Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2). • Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta. H H O O N N Teoria da ligação química 24 Exercícios A quantos átomos de hidrogênio o fósforo se liga na formação da fosfina PH?? Desenhe a molécula de clorofórmio, CHCl3, utilizando as linhas cheia, grossa e tracejada para mostrar a geometria tetraédrica. Converta a seguinte representação do etano, C2H6, em um desenho convencional que utiliza linhas cheia, grossa e tracejada para indicar a geometria tetraédrica em volta de cada átomo de carbono (cinza = C, marfim = H) 25 Quais são as fórmulas prováveis para as seguintes substâncias? (a) GeCl? (b) CH?CI2 (c) SiF? (d) CH3NH? Escreva as estruturas de ligação por traços para as substâncias a seguir, mostrando todos os elétrons não ligantes: (a) CHCl3, clorofórmio (b) H2S, sulfeto de hidrogênio(c) CH3NH2, metilamina (d) CH3Li, metil-lítio Exercícios 26 Teoria da ligação de valência � Teoria da ligação de valência: uma ligação covalente se forma quando dois átomos se aproximam muito um do outro e o orbital ocupado com um único elétron em um átomo se superpõe ao orbital ocupado do outro átomo. Os elétrons estão agora emparelhados nos orbitais que se superpuseram e são atraídos por ambos os núcleos, unindo os átomos. � Tais ligações, formadas pela superposição frontal de dois orbitais atômicos ao longo de uma linha desenhada entre os núcleos, são chamadas ligações sigma (σσσσ). 27 Teoria da ligação de valência � Superposição de orbitais 28 Teoria da ligação de valência 29 Orbitais híbridos sp3 � Quatro orbitais híbridos sp3, orientados em relação aos vértices de um tetraedro regular,são formados pela combinação de um orbital atômico s e três orbitais atômicos p. � Os híbridos sp3 são assimétricos em relação ao núcleo, originando uma direcionalidade e permitindo que eles formem ligações mais fortes quando se unem a outros átomos. 30 Orbitais híbridos sp3 Fonte: Pearson Education 31 Orbitais híbridos sp3 e a estrutura do metano 32 Orbitais híbridos sp3 e a estrutura do etano 33 Orbitais híbridos sp2 � Um carbono hibridizado sp2. Os três orbitais híbridos (verde) equivalentes sp2 situam-se em um plano e são separados uns dos outros por ângulos de 120° � Um único orbital p não hibridizado é perpendicular ao plano sp2. 34 Orbitais híbridos sp2 Fonte: Pearson Education 35 Orbitais híbridos sp2 e a estrutura do eteno 36 Orbitais híbridos sp2 e a estrutura do eteno 37 Orbitais híbridos sp � Os dois orbitais híbridos sp são orientados em 180°afastados um do outro e são perpendiculares aos dois orbitais p remanescentes. 38 Orbitais híbridos sp Fonte: Pearson Education 39 Orbitais híbridos sp e a estrutura do acetileno 40 Orbitais híbridos 41 Orbitais híbridos 42 Orbitais híbridos 43 Representação das moléculas orgânicas � Estrutura completa: � Estrutura condensada: CH3CH2CH2CH3 � Estrutura esquelética: 44 Representação das moléculas orgânicas � Estrutura esquelética: � Os átomos de carbono normalmente não são mostrados, representados no final de cada linha � Os átomos de hidrogênio ligados aos átomos de carbono não são mostrados � Os átomos diferentes de H e C são mostrados OH OH OH N NH2 45 Exercícios 46 Exercícios 47 Exercícios 48 Polaridade das ligações � Os diversos tipos de ligação, das ligações covalentes às iônicas, são resultado da distribuição assimétrica dos elétrons � O símbolo δ (letra grega minúscula, delta) significa carga parcial, tanto carga parcial positiva (δ+) para átomo pobre em elétrons, quanto carga parcial negativa (δ-) para o átomo rico em elétrons. 49 Polaridade das ligações (eletronegatividade) � Valores e tendências da eletronegatividade: � A eletronegatividade geralmente aumenta da esquerda para a direita ao longo da tabela periódica e diminui de cima para baixo dentro de um grupo � Os valores estão em uma escala arbitrária com F = 4,0 e Cs = 0,7 � O carbono tem um valor de eletronegatividade de 2,5 50 Polaridade das ligações (eletronegatividade) Os elementos em vermelho são os mais eletronegativos, aqueles em verde têm valores de eletronegatividade médios e os elementos restantes são os menos eletronegativos. 51 Polaridade das moléculas (momento dipolo) 52 Polaridade das moléculas � Mapas de potencial eletrostático: � Azul = região pobre em densidade eletrônica � Vermelho = região rica em densidade eletrônica 53 Polaridade das moléculas � Cargas formais: 54 • A ligação covalente que mantém uma molécula unida é uma força intramolecular • A atração entre moléculas é uma força intermolecular • Forças intermoleculares são muito mais fracas do que as forças intramoleculares (por exemplo, 16 kJ mol-1 versus 431 kJ mol-1 para o HCl) • Quando uma substância funde ou entra em ebulição, forças intermoleculares são quebradas (não as ligações covalentes) Forças intermoleculares 55 Forças intermoleculares 56 Forças íon-dipolo Forças dipolo-dipolo Forças de dispersão de London Ligações de hidrogênio Forças intermoleculares 57 Forças íon-dipolo • A interação entre um íon e um dipolo (por exemplo, água). • A mais forte de todas as forças intermoleculares. Forças intermoleculares 58 Forças dipolo-dipolo • As forças dipolo-dipolo existem entre moléculas polares neutras • As moléculas polares necessitam ficar muito unidas • Mais fracas do que as forças íon-dipolo • Há uma mistura de forças dipolo-dipolo atrativas e repulsivas quando as moléculas se viram • Se duas moléculas têm aproximadamente a mesma massa e o mesmo tamanho, as forças dipolo-dipolo aumentam com o aumento da polaridade Forças intermoleculares 59 Forças dipolo-dipolo Forças intermoleculares 60 Forças dipolo-dipolo Forças intermoleculares 61 Forças de dispersão de London • A mais fraca de todas as forças intermoleculares • O núcleo de uma molécula (ou átomo) atrai os elétrons da molécula adjacente (ou átomo) • Por um instante, as nuvens eletrônicas ficam distorcidas • Nesse instante, forma-se um dipolo (denominado dipolo instantâneo) Forças intermoleculares 62 Forças de dispersão de London • Um dipolo instantâneo pode induzir outro dipolo instantâneo em uma molécula (ou átomo) adjacente • As forças entre dipolos instantâneos são chamadas forças de dispersão de London Forças intermoleculares 63 Forças de dispersão de London • Polarizabilidade é a facilidade com que a distribuição de cargas em uma molécula pode ser distorcida por um campo elétrico externo • Quanto maior é a molécula (quanto maior o número de elétrons) mais polarizável ela é • As forças de dispersão de London aumentam à medida que a massa molecular aumenta • Existem forças de dispersão de London entre todas as moléculas Forças intermoleculares 64 Forças de dispersão de London • As forças de dispersão de London dependem da forma da molécula • Quanto maior for a área de superfície disponível para contato, maiores são as forças de dispersão • As forças de dispersão de London entre moléculas esféricas são menores do que entre as moléculas com formato linear Forças intermoleculares 65 Forças de dispersão de London Forças intermoleculares 66 Forças de dispersão de London Forças intermoleculares 67 Forças de dispersão de London Forças intermoleculares 68 Ligação de hidrogênio • Caso especial de forças dipolo-dipolo • A partir de experimentos: os pontos de ebulição de compostos com ligações H-F, H-O e H-N são anomalamente altos • Forças intermoleculares são anomalamente fortes Forças intermoleculares 69 Ligação de hidrogênio • A ligação de H necessita do H ligado a um elemento eletronegativo (mais importante para compostos de F, O e N). – Os elétrons na H-X (X = elemento eletronegativo) encontram-se muito mais próximos do X do que do H – O H tem apenas um elétron, dessa forma, na ligação H-X, o Hδ+ apresenta um próton quase descoberto – Conseqüentemente, as ligações de H são fortes Forças intermoleculares 70 Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares 71 Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares 72 Forças intermoleculares 73 Propriedades físicas e forças intermoleculares 74 Propriedades físicas e forças intermoleculares 75 Propriedades físicas e forças intermoleculares Normalmente se elevam com o aumento da massa molar. No caso de compostos com massas molares semelhantes, elas serão maiores quanto mais fortes forem as atrações entre as moléculas, ou seja, quanto mais polares elas forem. 76 Variações de energia x mudanças de fase Geralmente o calor de fusão (entalpia de fusão) é menor do que o calor de vaporização mais energia é gasta para separar completamente as moléculas do que para separá-las parcialmente. Propriedades físicas e forças intermoleculares 77 Propriedades físicas e forças intermoleculares � Temperaturas de fusão e ebulição de compostos orgânicos Hidrocarbonetos lineares 78 Propriedades físicas e forças intermoleculares � Temperaturas de fusão e ebulição de compostos orgânicos massas semelhantes, interações diferentes 79 Propriedades físicas e forças intermoleculares � Temperaturas de fusão e ebulição de compostos orgânicos 80 Propriedades físicas e forças intermoleculares � Solubilidade de compostos orgânicos: � Quando um composto A se dissolve em um composto B, ocorre a quebra das ligações entre as moléculas de A e entre as moléculas de B, seguida da formação de novas interações entre A e B (forças de dispersão de London, dipolo-dipolo, ligações de hidrogênio) � Quanto mais próximas forem as polaridades de A eB, mais fortes serão as interações entre esses compostos e, conseqüentemente, maior será a solubilidade de um no outro 81 Propriedades físicas e forças intermoleculares � Solubilidade de compostos orgânicos: � Como regra geral, compostos polares se dissolvem em solventes polares, e compostos pouco polares ou apolares em solventes pouco polares ou apolares � Alguns solventes utilizados comumente em laboratórios de química orgânica, em ordem decrescente de polaridade, são: Água > metanol > etanol > acetona > acetato de etila > diclorometano > clorofórmio > éter dietílico > hexano 82 Ressonância 83 Ressonância Representações: 84 Ressonância � A deslocalização ocorre sempre que existirem três ou mais orbitais p adjacentes 85 Exercícios
Compartilhar