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DellaSulVirtual(DVA) / Tubarão - SC 
Disciplina na modalidade à distância 
 
 Esta apostila foi desenvolvida para uso exclusivo no Ambiente 
DellaSulVirtual de Aprendizagem- DVA, protegida pelo Direito 
Autoral Nº 163.361 do Ministério da Cultura. Sendo proibido extrair 
parte ou a totalidade dela, sem a prévia autorização da DellaSul – 
Cursos e Colégio. Direito reservado e protegido pela lei 5.988 de 
14/12/1973. 
 Todos os esforços forão feitos para fornecer a mais completa 
e adequada informação. 
 
 
Geografia 
1ª Série do Ensino Médio 
Livro Didático –Unidade 01 - Presencial 
 
 
 
 
 
 
Copyright@DellasulVirtual 
O suporte limita-se ao conteúdo especifico do livro, e não a questões globais 
 
 
 Geografia – 1ª Série do Ensino Médio Página: 2 
 
Ementa: 
 
 
 
Unidade 01 - Presencial 
 
 COMPREENDER A GEOGRAFIA 
 
 
Unidade 02 - Presencial 
 
 A GLOBALIZAÇÃO 
 
 
Unidade 02 - Virtual 
 
 
 AS CONTRADIÇÕES DA GLOBALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia – 1ª Série do Ensino Médio Página: 3 
 
UNIDADE 01 
Para início dos estudos 
 
 
 
 
 
Objetivo: 
 
 
 
 
1. Compreender a importância do estudo da Geografia; 
 
2. Compreender a transformação do espaço geográfico em que você vive; 
 
3. Perceber a importância do desenvolvimento tecnológico no surgimento de 
novas formas de organização de espaço; 
4. Compreender como a Cartografia auxilia a Geografia. 
 
5. Compreender que o homem, através de suas idéias e ações é um agente 
transformador da natureza; 
6. Relacionar a conquista de novos espaços com a idéia de poder; 
 
7. Compreender que os sistemas socioeconômicos ideológicos podem definir 
espaço terrestre; 
8. Entender como as ideologias alteram o mundo “O homem é impulsionado por 
suas idéias”. E é por meio de suas idéias que organizou e se organiza no 
espaço terrestre. 
 3 
 
 
 
Instruções de Estudo. 
 
• Para estudar e apreender o conteúdo desta apostila, você deverá ler atentamente 
as explicações. 
 
• Não escreva na apostila, pois você terá de devolvê-la à escola para 
que seja utilizada por outra pessoa. 
 
• Consulte o professor se você encontrar dificuldades durante os estudos. 
 
• Não tenha pressa, mas não perca tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia – 1ª Série do Ensino Médio Página: 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Por que você precisa estudar Geografia? 
 
 
 
 
Observando o espaço em que você vive, verá que foi produzido pelo 
homem, através da modificação da natureza, plantando e colhendo, criando 
animais, erguendo construções. 
 
Dessa forma, o planeta deixou de ser apenas uma paisagem natural, 
para se transformar num espaço geográfico humanizado, construído por meio 
do trabalho. 
 
O espaço produzido pelo homem é bastante dinâmico, pois à medida 
que mudam os instrumentos de trabalho, a sociedade também vai se 
modificando, surgem novas formas de pensar, morar e de se relacionar. 
 
As sociedades desenham os espaços geográficos típicos da sua época 
e a cada avanço tecnológico, novos espaços vão sendo construídos. 
 
Por isso, ao estudar Geografia, você estará refletindo sobre o modo de 
vida das sociedades que construíram o espaço em que você vive e assim 
poderá discutir novas formas de organização social, que poderão ser 
utilizadas em momentos futuros e conseqüentemente estará redesenhando 
esse espaço. 
 
(Adaptação- Igor Moreira) 
 
 Geografia – 1ª Série do Ensino Médio Página: 5 
 
 
 
Página 4 
 
A Geografia faz parte da sua vida e é importante para reorganizar seu espaço, 
porque está presente em todos os momentos e em todos os lugares. 
 
Você vive num lugar, pertence a uma sociedade, faz parte da natureza e apropria- 
se dela para a produção e organização do seu espaço. 
 
A Geografia é importante porque nos auxilia a ver, analisar, criticar, descobrir, 
aprender e agir. Portanto, podemos dizer que ela procura esclarecer as formas de 
apropriação da natureza e as suas conseqüências positivas e negativas. Os processos e 
as desigualdades na distribuição de riquezas. Enfim, buscam explicações para a 
transformação, produção, organização e reorganização do espaço geográfico. 
 
 
 
 
QUAIS OS GRANDES DESAFIOS DO MUNDO NO FINAL DO SÉCULO XXI? COMO 
VENCÊ-LOS? 
 
 
 
 
 
Hoje, a Geografia pode orientar os caminhos para a tomada de decisões, pois ela 
não se limita apenas a descrever a superfície da Terra, mas também avaliar as 
transformações que ocorrem no espaço ao longo do tempo. 
 
É importante considerar que a sociedade está em constante processo de 
construção e que as mudanças estão ocorrendo cada vez mais intensas, rápidas e 
complexas. 
 
Dessa forma, a Geografia é a ciência que oferece a oportunidade de nos atualizar, 
esclarecendo, analisando e comparando fatos ocorridos em diversos locais e em 
diferentes épocas. 
 
Concluindo, o objetivo da Geografia é estudar o espaço geográfico, sua produção 
e transformação. Sendo assim, podemos afirmar que a Geografia é uma ciência 
humana. Podemos entender como se organiza o espaço geográfico, ou seja, o espaço 
onde vive o homem através da interpretação das paisagens geográficas e dos problemas 
do cotidiano, tais como o desemprego, a violência, a fome, a falta de moradias entre 
outros. 
 
Mas, o que é espaço geográfico? 
 
 
 
Espaço geográfico é o espaço do homem, que através do seu trabalho transforma 
os recursos naturais em coisas úteis, indispensáveis à sua vida, tais como: alimentos, 
roupas, habitações, energia, etc. 
 
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Observe o esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como você observou o esquema anterior, nada há entre 
utilizamos que não seja trabalho do homem sobre a natureza. 
 
Veja a seguir: 
os produtos que 
 
As roupas que vestimos são resultados das transformações dos recursos vegetais 
ou animais: algodão, linho, couro, etc. 
 
Nossas casas são construídas a partir de matérias-primas beneficiadas como ex.: 
madeira, pedra, areia, ferro, etc. 
 
Assim sendo, todos os bens industrializados são produzidos a partir de uma ou 
várias matérias-primas, presentes na natureza. 
 
 
 
 
COMO O ESPAÇO GEOGRÁFICO SE MODIFICA 
 
 
 
Ao apropriar da natureza, o homem começou a construir o seu espaço e a 
modificar o ambiente natural. Atualmente, a natureza está bastante modificada pela ação 
humana: florestas foram derrubadas, rios tiveram seus cursos modificados, cidades 
inteiras foram inundadas para construir barragens e até mesmo o ar que respiramos nas 
grandes cidades foi modificado pela ação de poluentes. A superfície do planeta está 
cada vez mais povoada por agrupamentos humanos, formando grandes cidades que 
interligam por imensas estradas asfaltadas e meios de comunicação mais rápido, 
fazendo com que um fato seja visto por milhares de pessoas num mesmo tempo, em 
espaços completamente diferentes. 
 
Entretanto, o homem não age sozinho, porque seria impotente perante a natureza 
e por isso, o trabalho é uma atividade que se desenvolve em grupo, ou seja, é social. 
 
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Para atuar em conjunto, os homens se organizam em sociedade e definem de 
que modo o trabalho social deve ser realizado. Com isso, estabelecem as relaçõessociais que norteiam sua vivência em comum, organizam seu espaço de vida, através 
do trabalho. Esse trabalho é geográfico porque envolve a produção do espaço. 
 
Assim, quando entre os povos antigos ou mesmo entre algumas tribos que ainda 
hoje habitam o planeta, as relações sociais eram e são de igualdade, o espaço 
produzido era 
correspondente 
e é comunitário. Nesse tipo de organização social o espaço 
não possuía cercas separando terras cultivadas, os animais eram 
criados em um único cercado e as habitações, todas tinham o mesmo aspecto. 
 
Na idade medieval as propriedades feudais eram delimitadas, onde a divisão de 
trabalho demonstrava a constituição de uma sociedade marcada pela desigualdade, ou 
seja, formada por senhores feudal e serva. 
 
Nas idades moderna e contemporânea, a produção capitalista, ao diferenciar 
aqueles que detêm os meios de produção daqueles que só possui sua força de trabalho 
para vender, marcou significativamente o espaço: surgiram as fábricas cercadas por 
precárias habitações de operários, luxuosos bairros dos donos do capital, ruas mais 
largas que ampliavam a circulação de um maior número de veículos, etc. 
 
Esses espaços foram sendo criados de maneira desorganizada até o século XIX, 
quando surgiu a prática do urbanismo. O objetivo do urbanismo é estruturar a cidade 
em zonas residenciais, comerciais, distritos industriais e áreas de lazer. Até hoje essas 
funções são determinadas pelos planos diretores das prefeituras. 
 
Na tentativa de impor uma organização ao espaço, no Brasil foram feitas cidades 
planejadas: Brasília, Curitiba e Belo Horizonte, com o objetivo de dar ao espaço uma 
estrutura funcional com base numa lógica racional. 
 
Embora as transformações sociais sejam acompanhadas por mudanças na 
produção do espaço, em quase todos os países as relações sociais predominantes no 
passado deixaram marcas no espaço, muitas das quais permanecem até hoje, mais ou 
menos modificados e combinados com as marcas da sociedade atual. 
 
No Brasil, por exemplo, o latifúndio (grande propriedade rural) é uma herança do 
período colonial (séculos XVI à XIX), quando predominava no país relações escravistas. 
Junto à propriedade grande e confortável, freqüentemente encontramos casebres 
miseráveis, onde moram trabalhadores, em grande parte, negros descendentes dos 
antigos escravos. 
 
As relações sociais mudaram, pois agora não há mais escravos: a propriedade 
geralmente pertence a uma empresa e os trabalhadores recebem salários. Embora 
alterados, as diferenças sociais do passado permanecem até o presente. 
 
Ao mesmo tempo, o espaço também se modificou: as culturas muitas vezes não 
são as mesmas de antigamente e o uso da terra foi modernizado com a utilização de 
novas técnicas e novos instrumentos de trabalho. Apesar dessas modificações, as 
marcas do passado escravista estão presentes no espaço, integradas a um conjunto de 
elementos que expressam a sociedade de hoje. 
 
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Este exemplo serve para mostrar que o espaço produzido é o resultado de um 
processo histórico, sendo ao mesmo tempo um produto de um produtor da História. 
 
Observe no mapa do estado de São Paulo a distância que existe entre as cidades de 
São Paulo e Santos: 
 
Durante o período colonial no Brasil, uma viagem entre Santos e São Paulo era 
feita no lombo de animais e duravam dias. 
 
A t u a l m e n t e c o m o u s o d o s 
a u t o m ó v e i s e d a s e s t r a d a s 
asfaltadas, com pontes e túneis, 
essa viagem pode ser realizada em 
menos de uma hora. 
 
O espaço geográfico é formado por 
d i v e r s o s e l e m e n t o s q u e s e 
relacionam entre si, formando a 
paisagem geográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elementos 
Naturais 
 
Solo, clima, ve- 
getação, hidro- 
grafia, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elementos produzidos pelo 
homem: 
Materiais: edifícios, pontes, 
estradas, etc. 
Imateriais: leis, normas de 
conduta moral, social e econô- 
mica. 
 
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Observe as figuras a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos afirmar que existem semelhanças e diferenças entre elas, porém cada 
uma tem suas peculiaridades que identificam os espaços que chamamos de paisagem 
geográfica. 
 
 
 
Paisagem 
As Paisagens Geográficas 
geográfica é o conjunto dos elementos que o olhar pode alcançar : 
porções de uma área agrícola, de uma cidade, de um porto, de uma rodovia. É, portanto, 
a parte visível do espaço, que pode ser descrita através dos elementos ou objetos que a 
compõem, cada qual com suas formas, cores, sons e funções. 
 
As funções são formadas por elementos naturais, isto é, criados pela natureza sem 
a interferência do homem, e por elementos humanos ou sociais, ou seja, construídos 
pelos homens trabalhando em sociedade. 
 
Hoje, com a complexidade da vida social e a evolução tecnológica atingida pelo 
homem, a paisagem natural, formada exclusivamente por elementos naturais, 
praticamente não existe. 
 
Desse modo, a paisagem quase sempre é heterogênea, isto é, formada por 
elementos naturais e culturais: o relevo, o solo, a vegetação, misturados a fábricas, 
grandes plantações, cidades. Quanto mais transformada está a natureza, mais se 
destacam os elementos culturais da paisagem. 
 
Além de heterogênea, a paisagem varia de um lugar para outro, pois, em cada um 
deles, há uma determinada combinação de elementos, próprios de cada região. 
 
A paisagem apresenta testemunhos de distintos momentos históricos, sendo uma 
realidade estática (parada), como por exemplo, numa fotografia e uma realidade dinâmica 
(em transformação), como por exemplo, um campo cultivado ou uma cidade. 
 
É importante saber: 
 
A paisagem geográfica revela o grau de desenvolvimento das sociedades. 
 Número de indústrias estabelecimentos comerciais, arquitetura e meios de transporte. 
 
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As diferenças sociais também se mostram na organização do espaço geográfico. As 
paisagens permitem perceber a distribuição das riquezas entre as pessoas, por exemplo, 
os diferentes tipos de moradia: 
 
 Áreas residenciais de alta qualidade, conjuntos habitacionais, bairros operários, favelas 
e cortiços. 
 
A compreensão da paisagem não se dá através de uma simples descrição do que 
vemos, mas sim do estudo das relações dos homens entre si é que possibilita a 
compreensão da paisagem geográfica. 
 
Para entender como se organiza a sociedade no espaço em que vivemos você terá a 
seguir um texto como exemplo. Leia com atenção. 
 
 
 
Uma Quadra de Futsal 
 
 
 
O espaço geográfico pode ser concebido 
por intermédio de uma metáfora. Se observarmos 
uma quadra de futsal, o antigo futebol de salão 
notará que o arranjo do terreno reproduz regras 
desse esporte. Basta aproveitarmos a mesma 
quadra e nela superpormos o arranjo espacial de 
outras modalidades de esportes, como o vôlei, o 
basquete e o handball, cada qual com “leis” 
próprias, para notarmos que o arranjo espacial 
reproduz as regras do jogo, e essas regras 
diferem para cada modalidade de esporte 
considerado. Se fossem as mesmas regras para 
todas, o arranjo seria um só. Assim também é o 
espaço geográfico com relação à sociedade. 
 
O arranjo do espaço geográfico exprime o 
“modo de socialização” da natureza. Tal o modo 
de produção, tal será o espaço geográfico. O 
processo de socialização da natureza pelo 
trabalho social, ou seja,a transformação da 
história dos homens (ou da história do natural) 
implica uma estrutura de relações sob 
determinação social. E é essa estrutura complexa e em permanente mudança. 
O espaço é a sociedade vista como sua expressão material visível. A sociedade. É a 
essência, de que o espaço geográfico é a aparência. 
(Moreira, Ruy. Repensando a Geografia.) 
 
Vocabulário: Metáfora – comparação. 
Movimento dialético - que está em permanente 
mudança, mesmo que não seja perceptível aos 
nossos sentidos. 
 
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A construção do Espaço Brasileiro 
 
Estruturado a partir do modelo colonial de exploração, somente no final do século 
passado o espaço brasileiro deixou de apresentar uma economia fragmentada, dividida 
em pequenos círculos exportadores, para se constituir como um espaço integrado, com 
uma dinâmica interna que liga as diversas regiões e envolve os vários setores da 
economia. 
 
No decorrer do século XVI até o século XIX, quase todas as áreas produtivas do 
Brasil tiveram um período de destaque, quando seu principal produto de exportação 
alcançou maiores vendas no mercado internacional: a cana-de-açúcar do litoral 
nordestino nos séculos XVI e XVII; o algodão no Maranhão e o ouro de Minas Gerais, 
no século XVIII; a borracha da Amazônia no final do século XIX e início do século XX: o 
café no Vale do Paraíba no final do século XIX e de São Paulo no início do século XX. 
 
Além dos territórios ocupados, havia enormes áreas praticamente despovoadas no 
interior do Brasil, nas quais predominavam as paisagens naturais. 
 
As estradas geralmente ligavam zonas produtoras aos portos de embarque das 
mercadorias produzidas, e eram poucas as vias de interligação interna no país. Não 
havia uma articulação entre as áreas produtivas. 
 
Por essas razões, não havia um espaço geográfico integrado, um verdadeiro 
espaço nacional, sendo o café, no final do século XIX, a economia que deu início a 
integração do território nacional. 
 
O dinamismo dessa atividade e a extrema especialização produtiva fizeram do 
Sudeste um mercado crescente 
para produtos do Rio Grande do 
Sul, Minas Gerais e Nordeste. Foi 
criada, assim, uma rede de 
integração comercial, ampliando 
as relações de dependência inter- 
regionais. 
 
Oficialmente, o Brasil é 
d ivid id o em c in co re giõe s: 
Sudeste, Sul, Nordeste, Centro- 
Oeste e Norte. É uma divisão 
político-administrativa elaborada 
pela Fundação Instituto de 
Geografia e Estatística (IBGE) 
com base nas semelhanças 
físicas, humanas e econômicas 
das regiões. 
 
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Veja no mapa a seguir a divisão do Brasil segundo o IBGE. 
 
 
 
Observando o mapa você notará 
que os limites das regiões brasileiras 
coincidem com limites dos estados e as 
c a r a c t e r í s t i c a s r e g i o n a i s n ã o 
acompanham necessariamente o traçado 
dos estados, nos últimos anos têm 
surgido várias propostas para a criação 
de novos estados e territórios. 
 
U m a f o r m a a l t e r n a t i v a d e 
classificação regional é aquela que não 
se baseia nos limites estaduais, mas nos 
limites de homogeneidade (semelhança) 
de cada região. Segundo essa 
classificação, o Brasil divide-se em três 
grandes espaços regionais: o Centro Sul, 
o Nordeste e a Amazônia. 
 
 
 
Veja no mapa abaixo como é a divisão geo econômica do Brasil. 
 
CONCLUSÃO 
 
O espaço que hoje chamamos 
de Brasil é um país facilmente 
identificável e por todos conhecido. Em 
qualquer mapa-múndi, os seus mais 
de 8,5 milhões de quilômetros 
quadrados e os contornos de suas 
fronteiras são bastante visíveis. 
 
Da mesma forma que identificar 
o Brasil, apontar o que é brasileiro 
também não apresenta maiores 
d i f i c u l d a d e s . A s p e s s o a s s ã o 
brasileiras desde que nasçam dentro 
das fronteiras do país. 
 
 
 
 
 
O mapa da Amazônia representado pela letra C. 
O nordeste pela letra A. O 
Centro-Sul pela letra B. 
As fronteiras, no entanto, são 
limites políticos que as sociedades vão 
construindo (impondo, negociando 
ou conquistando) ao longo do 
tempo. Portanto, têm um caráter 
sempre provisório. 
 
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Por exemplo: uma pessoa que há menos de cem anos nascesse no local onde 
hoje é o Estado do Acre seria boliviano ou peruano; e só seria brasileira a partir de 
1903, quando o território que o Brasil apresenta hoje consolida uma identidade política 
que o país passou a ter desde 1822, ano em que foi decretada sua independência. Na 
verdade, só podemos pensar no Brasil como país a partir desse período, pois é a partir 
daí que um Estado politicamente independente passa a administrar um território não 
mais português, mas brasileiro e cujos contornos já eram muito semelhantes aos atuais. 
 
CARTOGRAFIA 
 
Você viu a representação do espaço brasileiro em vários mapas. 
 
Agora você vai compreender como pode um país tão grande ser representado 
numa pequena folha de papel. 
 
Esta função cabe à Cartografia. 
 
O que é Cartografia e no que ela o auxilia? 
 
A Cartografia é a ciência que se destina à representação gráfica dos elementos 
do universo (estrelas, planetas...) 
 
Você sabia que... 
 
A palavra cartografia foi criada pelo historiador português Visconde de Santarém 
em 1839. Antes a palavra usada era cosmografia, que significa a descrição geral do 
universo. 
 
O resultado das atividades cartográficas são os mapas e cartas geográficas. 
Os mapas ou cartas representam em escalas reduzidas os seguintes fenômenos: 
 
O quadro natural: relevo, continentes, regiões climáticas, distribuição da 
vegetação, hidrografia de rios e mares, etc. 
 
O quadro humano: fluxos migratórios, distribuições étnicas (povos e raças) etc. 
 
O quadro econômico: distribuição da renda, regiões industriais, regiões industriais, 
regiões agrícolas e pecuárias, regiões de exploração mineral, etc. 
 
Já os mapas ou cartas representam todos esses aspectos geográficos utilizando 
recursos gráficos espaciais e são importantes instrumentos para o estudo geográfico, 
pois permitem o conhecimento e o domínio de determinado território. 
 
A cartografia é uma ciência que se desenvolveu principalmente para os 
interesses governamentais, especialmente os militares. 
 
De acordo como são feitos os mapas e as cartas, pode revelar ou esconder 
determinados fatos. Eles são uma fonte de poder. Para controlar o espaço é necessário 
conhecê-lo. O conhecimento do espaço possibilita aos governos a divisão do território, 
 
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a implantação de projetos de desenvolvimento, a interferência na distribuição da 
população, etc. Permite que as Forças Armadas organizem estratégias de defesa e 
combate. 
 
Atualmente, as técnicas usadas na elaboração dos mapas e cartas são bastante 
sofisticadas, com a utilização de fotografias aéreas e de satélites artificiais. 
 
Cartografia é, portanto, a arte e ciência de representar uma área geográfica 
em uma superfície plana como em um mapa ou gráfico. As representações de 
área podem incluir superposições de diversas informações sobre a mesma área 
através de símbolos, cores, entre outros. 
 
A Cartografia data da pré-história 
quando era usada para delimitar 
territórios de caça e pesca. Na Babilônia 
os mapas do mundoeram impressos em 
madeira com um disco liso, mas foram 
Eratosthenes de Cirene e Hirparco 
(século III a.C.) que constituíram as bases 
da moderna cartografia. Ptolomeu 
desenha os mapas em papel com o 
mundo dentro de um círculo, sendo 
imitado na maioria dos mapas feito até a 
Idade Média. Foi só com a era dos 
descobrimentos que os dados coletados durante as viagens tornaram os mapas mais 
exatos. 
 
OS TIPOS DE MAPAS 
 
Os mapas procuram representar da melhor maneira possível os fatos e 
elementos que compõem o espaço geográfico. 
Para tanto, existem vários tipos de mapas, entre os quais se destacam: 
 
Mapa Físico: representa os elementos naturais de um espaço. 
 
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Por exemplo: relevo, hidrografia, vegetação, clima. Observe no mapa abaixo os 
tipos de clima no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O mapa político representa os limites entre países e as divisões 
administrativas de cada país ou Estado. 
Veja os exemplos abaixo: 
 
COMO LER UM MAPA. 
Ler é interpretar um mapa. 
 
Saber interpretar um mapa é uma boa forma de conhecer um país, uma região, 
uma cidade, etc. Por isso, vamos examinar algumas formas simples de interpretar 
mapas. 
Para saber ler um mapa, é necessário: 
 Saber orientar-se nele: pontos cardeais, paralelos e meridianos; 
 
 Verificar se o mapa possui título, escala legenda e convenções; 
 
 Reconhecer nos símbolos as realidades representadas: rios, cidades, o tamanho 
destas, vias férreas, estradas; as diferentes maneiras de representar o relevo: o 
sombreado, as cores; 
 
 Interpretar as escalas; 
 
É com o auxílio dessas identificações que os mapas procuram representar o 
país, um estado, uma região, etc. 
 
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Observando os mapas anteriores, veja suas convenções e verifique na legenda o 
que elas representam. 
 
Mas, o que são legendas? 
 
Nas legendas estão discriminados os símbolos utilizados nos mapas e seus 
significados. A legenda, portanto, é um dos elementos fundamentais para a 
compreensão das mensagens que um mapa pretende transmitir. Entender a linguagem 
de um mapa é, principalmente, entender o significado de sua legenda. 
 
 
 
 
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS. 
 
 
 
Convenções cartográficas são conjuntos de símbolos e cores utilizados nos 
mapas para representar elementos geográficos. 
 
 
 
O significado de alguns desses símbolos e algumas cores são conhecidos 
internacionalmente. Por exemplo: as águas sempre são representadas pela cor azul. 
 
Os símbolos dos mapas são desenhos, traços e cores que representam os 
elementos naturais e humanizados da paisagem. 
 
 
A seguir observe alguns exemplos de convenções: 
 
 
A relação entre o ta- 
manho real de um objeto ou 
de uma superfície e o tama- 
nho representado no dese- 
nho ou no mapa chama-se 
ESCALA . 
 
 
 
Mapa – é um retrato reduzi- 
do de uma paisagem da su- 
perfície da Terra. 
 
Escala – é a relação entre o 
tamanho da paisagem e o 
tamanho representado. 
 
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A ESCALA CARTOGRÁFICA 
As Idéias na Cartografia 
 
Para você se orientar e também para facilitar a localização na Terra foi 
necessário dar nomes aos lugares e usar certas direções como referências. Com isso, 
certas regiões do planeta passaram a receber denominações: Pólo Norte, Pólo Sul, 
Equador, Oceano Atlântico, América e, assim por diante. Foi idealizada uma linha 
imaginária, o Equador. Essa linha passou a dividir a Terra em hemisférios Norte e 
hemisfério Sul. Observe o mapa a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos mapas os desenhos costumam representar o Norte acima e o Sul abaixo. 
 
Os mapas procuram sempre dar uma idéia do lugar representado, como se 
tivesse sendo visto de cima, de um avião. Por isso a melhor posição para analisar um 
mapa é colocá-lo sobre uma mesa ou no chão, embora pendurá-lo na parede seja mais 
prático. 
 
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS 
 
 
O mapa-múndi muito utilizado até os 
dias atuais é a projeção de MERCATOR. 
Gerard Kremer Mercator Cartógrafo e 
matemático belga. Fundou em 1569, a 
cartografia moderna, ao construir uma 
projeção cilíndrica conforme a imortalizou, 
seu codinome: Mercator. 
Expansão marítima – Os povos 
europeus realizaram longas nave- 
gações oceânicas, chegando até 
o continente americano, o sul e o 
leste da África, Oceania e sudes- 
te da Ásia. 
 
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A projeção foi elaborada para orientar os navegantes e ampliar o conhecimento 
para dominar inúmeras nações. É a época da grande expansão marítima* e 
comercial. Do continente europeu partiam os navios para a África, América e Ásia. Por 
essa razão o planisfério expressa esse contexto: a Europa está no centro e na parte 
de cima. 
 
A TERRA É ESFÉRICA 
 
 Para representar a superfície curva da 
Terra sobre o plano, teríamos que dividi-
la em partes, como fazemos ao 
descascar uma laranja. 
 
 
O resultado seria uma série de 
segmentos curvos. Ao unir os segmentos numa 
superfície plana e contínua, aparecerão, necessariamente, deformações. Por isso, os 
mapas nunca podem representar a superfície terrestre exata. 
 
Em 1974, o professor Arno Peters propôs uma outra projeção, procurando 
retratar os tamanhos proporcionalmente mais próximos do real, isto é, a América 
Latina, a África e o Sul da Ásia têm áreas aumentadas e, em 
compensação as do norte diminuídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPONDA EM SEU CADERNO 
 
 
Atividade 01 - Procure descrever a importância dos mapas. 
 
Atividade 02 - Dê exemplos de tipos de mapas e o que eles podem representar? 
 
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Você viu que há várias maneiras de representar a superfície terrestre, os fenômenos 
ou os países, sem se preocupar com a forma ou tamanho. São representações, 
freqüentemente encontradas em revistas e jornais. 
 
O espaço da idéias 
 
Você sabe o que é idéia? 
 
Não? Então, saiba que idéia é uma concepção intelectual, uma opinião, juízo, 
conhecimento da lembrança. 
 
A idéia está presente no nosso dia-a-dia, nosso cotidiano, na nossa maneira de ver e 
agir neste mundo. Um bom exemplo de como a idéia se manifesta está no modo de como a 
sociedade se veste, ou seja, como o homem cobre o seu corpo. 
 
Mas será que vestir é simplesmente colocar um tecido sobre o corpo? 
 
Com certeza não, pois independente do grupo social que façamos parte, iremos 
vestir uma roupa que é socialmente aceita. 
 
Mas, o que é socialmente aceita? 
 
Uma roupa socialmente aceita, é aquela que nossa cultura determina como normal. É 
considerada normal porque ela foi idealizada no espaço das idéias e se tornou convencional, 
ou seja, se tornou aceito pela sociedade. 
 
 
 
vestir? 
Mas será que a humanidade ou todos os seres humanos têm a mesma maneira de se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É claro que não, as pessoas pelo mundo têm costumes diferentes e também maneiras 
diferentes de se vestir. Na Escócia, por exemplo, é socialmente aceito que os homensvistam saia, nas sociedades indígenas é normal andarem sem roupas, em outros lugares, 
as mulheres só podem mostrar os olhos, tendo que cobrir o restante do corpo sendo assim 
a cada povo expressa por meio de suas roupas as suas idéias. 
 
Veja nas próximas fotos a grande diversidade das idéias sobre o que vestir, em 
diferentes lugares no mundo. 
 
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Mas, as idéias podem ser aceitas ou não 
pela sociedade, é o que acontece com a moda. 
 
Então, o que é moda? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
dia-a-dia das pessoas. 
A moda nada mais é que o hábito ou estilo 
variável no tempo e no espaço, resultante de 
determinada idéia, capricho e influência da 
sociedade. Mas, por trás da moda estão os 
interesses ideológicos dos grandes empresários 
que através da mídia influenciam e interferem no 
 
Assim como a moda, a mídia é capaz de veicular a idéia de forma assustadora 
em extensão e em durabilidade. 
 
Várias vezes levamos um choque ao vermos certa roupa ou ouvirmos 
determinadas músicas, mas pela freqüência, aos nossos olhos e aos nossos ouvidos 
acabam parecendo normais e aceitos pela sociedade. Esse processo ocorre quase 
em todos os lugares do mundo, embora a aceitação seja rápida para alguns e mais 
lenta para outros. 
 
Acontece muitas vezes o fato de você não conseguir acompanhar o ritmo de 
certas modas e já ter que se habituar às novas. Mas o jeito de vestir, a moda, não é 
a única maneira das idéias se manifestarem no mundo de hoje. Também é comum 
surgirem na cabeça das pessoas idéias como: 
 
• Por que há tanta violência? Quem foi gênio que inventou isso ou aquilo? 
 
• Como podem existir tantas desigualdades? Para que estudar? O que comer? 
 
Em todos esses questionamentos são motivados por alguma idéia. A idéia é o 
primeiro passo para a organização espacial, na sua casa quando você vai reformar 
ou construir, por exemplo, você faz um planejamento de que tipo, de que cor, de que 
forma, etc. que eu vou utilizar para reformar ou construir. 
 
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A idéia é 
também social, 
sempre o primeiro passo para a organização não só espacial, mas 
política, econômica de um lar, de uma comunidade, do município, do 
estado e do país. 
 
Hoje para ser ter uma família bem estruturada é necessário planejar como 
utilizar o espaço, como conviver harmoniosamente com todos os membros da casa, 
como estabelecer certas normas para que ninguém extrapole, passe de seus limites 
(direitos e deveres) e principalmente, como distribuir a renda para que não haja o 
desperdício ou a falta de suprimentos, e com a sociedade, é a mesma coisa. 
 
As diferentes maneiras de produzir, mercadorias, os conflitos existentes, a 
mobilidade dos grupos sociais são determinados pelas idéias de âmbito nacional e 
internacional, que contribuam muito nas formas de produzir os meios de sobrevivência 
e na circulação de produtos, capitais e pessoas. 
 
Portanto as idéias são colocadas em prática e com o passar do tempo vão se 
tornando comuns entre as pessoas de determinado espaço-local, é o tempo-espaço 
que as socializa. São essas práticas que formam as particularidades culturais, 
históricas, econômicas e sociais de cada povo. 
 
Por um lado existe idéias que não apresentam uma vinculação direta e 
imediata com a forma de produzir o necessário para sobrevivência, é o que acontece 
com certas idéias que nos são repassadas, por interesse de uma minoria, ou seja, 
aquelas idéias que interessam a classe dominante de um país, isto é, (donos de 
fábricas, bancos, fazendas, etc.). 
 
Para você entender melhor esse tipo de idéia, temos como exemplo a região do 
Nordeste, que associamos a miséria e a seca. 
 
O que na verdade, na região semi-árida onde as secas prolongadas, destroem 
as plantações e matam uma parte do gado, entretanto passam-nos a idéia que só há 
miséria nessa região, no sertão nordestino. 
 
O que não é verdade. 
 
Onde predomina a pobreza é na Zona da Mata, que é a área mais povoada e 
industrializada do Nordeste, como a maioria dos trabalhadores recebe menos de um 
salário mínimo, vivem em moradias subumanas. Porém, fica em nossa mente, que o 
problema no Nordeste é só a seca. Esse problema chama-se de indústria da seca. 
 
Mas o que vem a ser a indústria da seca? 
 
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ina 21 
 
 
 
A indústria da seca é o procedi- 
mento de políticos, fazendeiros nordesti- 
nos que tiram proveito da seca. Conse- 
guem todo tipo de ajuda do governo, ver- 
bas, empréstimos, obras e servem-se 
disso em benefícios próprio, tornando-se 
mais ricos e poderosos a cada seca. 
 
 
 
 
 
 
 
RESPONDA EM SEU CADERNO 
 
 
Atividade 3. Como é a organização do espaço dentro da sua casa? 
 
Atividade 4. Você vive correndo atrás de cada novidade que pinta nas lojas? 
Sim ou não. Por quê? 
 
 
 
 
 
 
Dessa forma a idéias ou um conjunto delas formam uma ideologia, ou seja, 
indica a maneira de pensar e de agir de uma sociedade. 
 
Mas, o que é o poder? 
 
“O poder corresponde à habilidade humana de não 
apenas agir, mas do agir de comum acordo”. 
 
O poder jamais é propriedade de um indivíduo; pertence 
a um grupo e existe apenas enquanto o grupo se mantiver 
unido. Quando dizemos que alguém está “no poder”, estamos 
na realidade nos referindo a encontrar esta pessoa investida 
numa função que detém poder, por certo número de pessoas 
para atuar em seu nome, no momento em que o grupo, de 
onde se originara o poder (sem um povo ou um grupo não há 
poder). 
 
É por isso que dentro do território nacional encontramos 
territórios específicos, como por exemplo, o do tráfico de 
drogas do Comando Vermelho, do Terceiro Comando ou os 
jogos do bicho. São territorialidades muito diferentes, mas com 
uma organização social-política fortemente centralizada em 
que se denota a dimensão espacial do poder. 
 
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gina 22 
 
 
Para você entender, interpretar e compreender as territorialidades em suas 
ocorrências naturais e humanas precisamos recorrer a diferentes níveis de análise: 
local, nacional e mundial e estabelecer relações quanto à extensão, à duração e à 
velocidade das repercussões dessas ocorrências. Só assim teremos visão de poder 
em escala mundial. 
 
Portanto, o poder modificou o espaço terrestre. 
 
Quando o poder se mundializou? 
 
Como você já sabe, quando a população vivia em grupos isolados uns dos 
outros a idéia de poder e seus exercícios eram restritos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O poder foi se fortalecendo na medida em que os grupos foram crescendo e 
se unindo espontaneamente ou através de conquistas territoriais. Veja o exemplo do 
Império Romano. Por volta do século III depois de Cristo, os romanos haviam 
conquistado o sul da Europa, o norte da África e parte da Ásia, tendo a cidade de 
Roma como centro de um imenso império, como pode observar no mapa. 
 
 
 
Para os romanos conseguirem manter o seu império surgiu à idéia de que contra 
o poder do império nada se podia fazer, e isso era largamente difundido através do 
uso da força e da propaganda ideológica. 
 
As constantes revoltas de escravos, disputas internas pelo poder e freqüentes 
guerrasocasionaram o fim do império. 
 
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Os antigos domínios fragmentaram-se em centenas de unidades rurais, dando a 
origem ao novo tipo de organização européia, a chamada Europa Feudal. Durante o 
feudalismo, a única instituição comum em toda Europa Ocidental era a Igreja Católica, 
até o monarca (reis e imperadores) eram submissos a ela. 
 
Os senhores feudais (donos de terras) tinham o poder econômico e político e 
também detinham o poder ideológico, devido à estreita ligação com a Igreja Católica. 
 
Com o aumento da população e da instalação dos servos, tiveram que desenvolver 
novas atividades: artesanato e o comércio. Ao mesmo tempo surgia uma nova classe 
social, a chamada burguesia. 
 
 
 
Quando os reis e a burguesia estabeleceram uma aliança e criaram condições para 
formação de Estados Nacionais, ou países, o espaço europeu foi reorganizado em 
países, semelhantes ao que conhecemos hoje. 
 
Mas com o passar do tempo, os burgueses tornaram - se donos do poder 
econômico e político de toda a Europa e mundializaram a expansão marítima – 
comercial, isto é, ultrapassaram os mares. 
 
SAIBA MAIS! 
 
Com o poder mundializado dos europeus, tornou-se mais evidente quando as 
massas continentais foram divididas, observe. 
 
• Velho Mundo, formado pela Ásia, Europa e África; 
• Novo Mundo, composto pela América do Norte, América do Sul e América 
Central; 
• Novíssimo Mundo, a Oceania; 
• Antártida. 
 
 
Na realidade não existe diferença de idade entre os continentes. Trata-se de uma 
divisão resultante da história natural ou geológica do nosso planeta em porções líquidas 
(oceanos) e as partes sólidas (continentes e ilhas). 
 
A superfície terrestre está em constante transformação. Onde, hoje, existem altas 
montanhas, podem ser rebaixadas pela ação do homem ou pela erosão. Também no 
futuro podem surgir novas cadeias montanhosas, espaços onde hoje estão planos. 
 
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Portanto, o termo Velho, Novo e Novíssimo Mundo referem-se ao processo 
de conquistas européias, ou seja, colonização e dominação dos diversos espaços 
no planeta. 
 
Em todos os continentes, os espaços foram construídos de formas diferentes, 
formando sociedades simples. No decorrer da história, umas se desenvolveram mais 
que as outras. 
 
Na América existiam impérios, como o dos Maias, Astecas e Incas, que eram 
sociedades com poder centralizado e forma de produção coletiva. Estas foram tão 
desenvolvidas ou até mais que muitas sociedades antigas da Europa, porém não foram 
aceitas pelos europeus como civilização, por não estarem nos padrões de idéias do 
capitalismo. 
 
A idéia de que o Velho Mundo é formado pela Europa, Ásia e África são 
baseadas em razões históricas que durante milênios desenvolveram sociedades 
distintas e que exerceram grande influência na formação cultural dos povos europeus. 
 
 
 
 
É do ponto de vista dos europeus que o continente americano é chamado de 
Novo Mundo, pois as suas terras foram conquistadas e ocupadas a partir do século XV. 
 
 
 
XVII. 
O Novíssimo mundo compreende a Oceania, e foi colonizado a partir do século 
 
A Antártida, ao contrário, não pode ser colonizada por nenhum povo. Até hoje ela 
não pertence a nenhum país. Apesar de várias nações manterem aí bases científicas. 
 
 
 
Além dessas evidências, foi na Europa que surgiu a civilização ocidental, que 
através da colonização impôs seus costumes, sua cultura, sua religião, suas festas e 
sua economia. Por outro lado, os povos conquistados foram aos poucos adotando o 
modo de vida europeu. Seja por imposição ou pela obtenção de lucro como principal 
objetivo das atividades econômicas, ou pela divisão territorial dos continentes em 
países, ou ainda, pela ascensão social. 
 
A idéia da divisão internacional do trabalho surgiu nessa época na Europa. 
Estabelecia que as potências européias colonizadoras exportassem os bens 
manufaturados para suas colônias a um preço muito alto. Foi este processo que deu 
início ao “mundo unificado” e às enormes desigualdades internacionais conhecida até 
hoje. As ideologias também formam novos espaços, modificando a divisão do planeta. 
 
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Observe o mapa a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como você pôde observar nos mapas acima, o espaço do antigo Império Romano 
foi reorganizado em países. 
 
Já no século XX, as guerras mundiais redefiniram as fronteiras dos países. Foram 
momentos de desestabilização entre as nações poderosas e acirradas disputas entre as 
grandes potências. 
 
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Depois da Segunda Guerra Mundial, devido às ideologias diferentes, há 
uma nova ordem Geopolítica Mundial e o mundo passou a ser dividido em dois 
blocos: um capitalista liderado pelos EUA (Estados Unidos) e outro socialista, 
liderado pela União Soviética. 
 
A disputa pela hegemonia (domínio) mundial das duas potências passou a 
ser conhecida por Guerra Fria, isto é, uma guerra não declarada entre os Estados 
Unidos e a União Soviética. A Guerra Fria foi uma competição econômica, 
política, tecnológica, aeroespacial e até ecológica na qual cada nação procurou 
mostrar sua superioridade na tentativa de conseguir mais aliado. Também foi um 
período de grande perigo para a humanidade. 
 
Mas perigo por quê? 
 
Durante esse período, a partir de 1949, tanto a União Soviética, como os 
Estados Unidos começaram a investir uma boa parcela do seu PIB (Produto 
Interno Bruto) na fabricação de armas, cada vez mais sofisticadas, chegando ao 
absurdo de terem armas suficientes para acabar com a humanidade várias 
vezes. 
 
Mas não era só os Estados Unidos e a União Soviética que faziam parte da 
Guerra Fria. A partir da criação dos blocos militares como a OTAN (Organização 
do Tratado do Atlântico Norte) que agregava os países capitalistas e o Pacto de 
Varsóvia que unia os países socialistas. Vários países embarcaram nessa idéia 
armamentista e gastaram muito mais com armas que com educação, saúde, 
cultura e lazer. Por exemplo: Veja que absurdo, alguns países chegaram a 
recorrer aos empréstimos internacionais, ou fizeram acordos comercias para 
adquirirem armas, isto acabou gerando um gigantesco sacrifício para a população 
da maioria dos países ou nações, tanto socialistas como 
capitalistas. 
 
Mas, existe diferença entre o socialismo e o capitalismo, para 
poder gerar tanta discórdia e disputa no planeta? 
 
Claro que sim, ambos os sistemas poli - econômico do 
capitalismo visam alcançar lucros. Já no socialismo temos 
uma organização social que procura atender às necessidades 
básicas da população, educação, saúde, emprego, moradia etc. 
 
Para você compreender o mundo de hoje, é necessário conhecer pelo 
menos as principais características de cada um desses sistemas. 
 
Então, veja a seguir um pouco mais sobre capitalismo e socialismo. 
 
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Você já ouviu falar em capitalismo selvagem, economia de mercado, que tudo tem 
um preço, etc. 
 
Então o que vem a ser capitalismo?O capitalismo é sistema econômico e político bastante antigo. Surgiu entre os 
séculos XII e XV na Europa Ocidental em substituição ao feudalismo. Como você já viu 
durante o feudalismo a riqueza era produzida e gerada a partir da exploração da terra e 
do trabalho de servos. Já no capitalismo a riqueza vem do lucro obtido do comércio, da 
indústria, e o trabalho assalariado. Hoje o capitalismo é adotado pela maioria dos países 
do mundo, sejam eles pobres ou ricos. 
 
A palavra capitalismo tem origem em uma outra palavra capital - significa 
dinheiro investido ou tudo àquilo que pode gerar dinheiro ou lucro (imóveis, terras, 
fábricas, lojas etc.). 
 
O capitalismo tem como características principais: 
 
 Propriedade privada (particular) dos meios de produção, indústrias, fazendas, etc. 
 
 Divisão de classes sociais: 
 
- Os burgueses ou capitalistas: que são os donos dos meios de produção; 
 
- Proletários ou assalariados: que os trabalhadores que vendem sua força de 
trabalho em troca de um salário. 
 
 Livre iniciativa: nesse sistema todas as pessoas são livres para abrir seus próprios 
negócios, desde que tenham capital, 
dinheiro. 
 
 E c o n o m i a d e m e r c a d o : 
funcionamento da economia é regulado 
por todos os que produzem, vendem ou 
consomem algo. Esta economia é 
dirigida por duas leis: 
 
- A lei da oferta e procura que 
funciona da seguinte maneira: quando 
a oferta de um produto ou serviço é 
maior que a procura, o preço tende a 
baixar. Quando a procura é maior o 
preço tende a subir, é o que acontece nas entre safras, quando a produção de tomate 
é pequena, por exemplo, o preço do tomate aumenta, por um outro lado quando a 
produção aumenta o preço começa a cair. 
 
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- A lei da livre concorrência: onde qualquer pessoa ou empresa tem liberdade de 
oferecer qualquer bem ou serviço, mas seu sucesso vai depender da competição 
com os demais concorrentes. Geralmente vence aquela que possui mais capital, 
pois pode vender seus produtos a preços menores ou divulgar melhor seus 
produtos. 
 
Fique sabendo que... 
 
A livre iniciativa ou a livre concorrência nos dá a idéia de que todos podem ter a mesma 
oportunidade: a de ficarem ricos, mas, o próprio sistema capitalista não oferece as mesmas 
condições para todos. 
 
 
Já as empresas, no regime capitalista, sempre visam o lucro e procuram: 
 
• Aumentar cada vez mais a produção, conforme seus interesses particulares; 
 
• Incentivar o consumo, para que seus produtos tenham saída. 
 
Para não serem superadas pela concorrência, as empresas são obrigadas a 
aperfeiçoarem constantemente sua produção. Esse processo desenvolve a iniciativa 
particular nos mais variados setores. 
 
Atualmente, há grande valorização dos produtos que promovem lucros rápidos, 
mesmo que não sejam fundamentais para a população – como certos 
eletrodomésticos, carros de luxo, etc. - ao invés dos 
implementos agrícolas, tratores, colheitadeiras, etc., que 
ajudariam a fazer caírem os preços dos alimentos. Os 
meios de propaganda ajudam a valorizar os produtos 
supérfluos. 
 
Uma parte do lucro da empresa capitalista deve ser 
paga ao estado, sob a forma de impostos: quanto mais 
lucro, mais pago imposto. O governo investe o dinheiro 
dos impostos em obras de interesse para toda a 
população, como estradas, telefones, água, esgotos, energia, escolas, hospitais, etc. 
Graças a esses investimentos feitos pelo governo, boa parte da população dos países 
capitalistas desenvolvidos desfruta de elevado padrão de vida. Nos países capitalistas 
subdesenvolvidos isso não ocorre. 
 
O Estado capitalista também pode eventualmente, intervir na economia do país 
ou de uma determinada região. Mas havia e continua havendo, entre eles, grandes 
diferenças tanto no que se refere ao regime político quanto no que se refere ao 
desenvolvimento econômico. 
 
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Lendo o texto a seguir você terá uma idéia, mais clara de como o sistema 
capitalista acentua as diferenças entre os povos. 
 
...Para assegurar a defesa de seus interesses econômicos, os donos do capital 
controlam as outras três esferas da sociedade: a política, a jurídica e a ideológica. 
 
Na esfera política controlam o Estado, impedindo que ele venha a ser ocupado pelos 
trabalhadores; reforçam o poder de seus partidos políticos, para que eles elejam a maioria dos 
deputados, prefeitos, vereadores, senadores, governadores e, sobretudo o presidente da 
República, ao controlar o Estado controlam as Forças Armadas e as polícias estaduais. 
 
Na esfera jurídica procuram aprovar leis que defendam os interesses do capital e 
impeçam que os trabalhadores prejudiquem esses interesses (...) Enfim, a ideologia nos 
ensina a pensar de acordo com interesses dominantes... 
 
Para a ideologia dominante, pensar diferente é sinal de subversão. 
Frei Beto 
 
É com essas idéias que os países desenvolvidos ou ricos tornam-se cada 
vez mais poderosos e, em contra partida, os países que não conseguem adequar-se a 
eles ficam cada vez mais pobres. 
 
O SOCIALISMO 
 
 
 
O que vem a ser o socialismo? 
 
O socialismo é um sistema político, 
econômico e social que surgiu neste século, na 
extinta União Soviética. 
 
Nos países socialistas todos os meios 
de produção e todas as fontes de riqueza – tais 
como terras, água, recursos do subsolo, 
edifícios, equipamentos, máquinas, meios de transporte, meios de comunicações, etc. 
– pertencem ao Estado, que administra todos esses bens em nome do povo. 
 
 
 
 
A economia de um país socialista é planificada. Isso significa que o Estado 
elabora planos que regulam o que produzir, quanto produzirem e de que forma 
distribuir essa produção. Os lucros de toda produção pertencem ao Estado, que os 
aplica em benefícios de toda a nação. 
 
Porém, o indivíduo, ou cidadão é quase sempre um empregado do Estado. Em 
troca de seu trabalho ele recebe, além de um salário, educação e assistência médica e 
dentária gratuita. É também o Estado que decide quanto cada 
receber, de acordo com sua produção ou sua capacidade. 
trabalhador deve 
 
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Você sabia que... Nos países socialistas, apenas os bens de uso pessoal podem ser pro- 
priedade particular: casas, automóveis, roupas, sapatos, livros, móveis e outros produtos 
consumíveis. Os trabalhadores do campo podem possuir um pequeno pedaço de terra e 
algumas cabeças de gado. 
 
Então, nem tudo pertence ao Estado. 
 
 
Saiba mais... Veja o que dizia o artigo 6°da constituição Soviética. “A terra, o subsolo, 
as águas, os bosques, as fábricas, as minas de carvão e de minérios, as estradas de ferro, 
os transportes por água e por ar, os bancos, os meios de comunicação, as grandes empre- 
sas agropecuárias organizadas pelo Estado, assim como as empresas de serviços munici- 
pais e a parte fundamental das moradias nas cidades e nos centros industriais, são proprie- 
dades do Estado, quer dizer, patrimônio do povo”. 
 
 
 
Como a economia é planificada, o governo pode estabelecer um certo 
equilíbrio entre a produção agrícola e a industrial e um desenvolvimento, também 
equilibrado, entre os setores da economia. 
 
Os países que adotaram esse sistema político econômico formaram um conjunto 
conhecido como bloco socialista ou de economia planificada. 
 
Esse bloco tinha mais de trinta paísese cerca de 1,6 bilhão de pessoas. Entre 
eles também haviam diferenças, principalmente no campo do desenvolvimento 
econômico. 
 
 
 
 
E, na prática, os princípios do socialismo tiveram vida curta, cerca de 70 anos. 
Nem sempre foi possível uniformizar a distribuição dos bens. Foram comuns sérios 
problemas enfrentados no campo da agropecuária, que acabaram se refletindo em outros 
setores da economia, da vida política e social. Os problemas se agravaram nos últimos 
anos da década de 80. E, a partir de 1990, desmorona o sistema socialista na Europa, 
com a queda do muro de Berlim, a unificação da Alemanha e a fragmentação da União 
Soviética. 
 
O mundo deixa de ser dividido em capitalistas e socialistas e passa a ser dividido 
em países ricos ou pobres, ou seja, Norte e Sul. 
 
 
 
RESPONDA EM SEU CADERNO. 
 
 
Atividade 05. Quais as características do sistema socialista? 
 
Atividade 06. O Brasil é um país capitalista? Sim ou Não? Justifique a sua resposta. 
 
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Com o fim da Segunda Guerra 
Mundial, a União Soviética e os Estados 
Unidos saíram como potências. 
 
E as outras nações? 
 
Importantes nações como a Itália, 
Inglaterra, Alemanha, Japão, França e 
outros saíram da Guerra aniquiladas e cheias de dívidas. Então, a solução que 
encontraram para se fortalecer foi formar novos grupos. Para isso, nada melhor do que se 
juntarem a uma das grandes potências: os países da Europa Oriental ficaram com a ex- 
União Soviética e os da Europa Ocidental, como os Estados Unidos. 
 
Concluindo, as duas potências transformaram-se em super potências, tornando-se 
os principais centros, ou pólos, de influência política e econômica do mundo de hoje. O 
chamado por muitos como o Mundo Bipolar. 
 
Como resultado, os países de menor força passaram a depender em maior ou 
menor grau, de um dos dois líderes Estados Unidos ou União Soviética. Surgiu, então, 
uma intensa rivalidade entre as superpotências. 
 
Nesta competição entre os dois blocos, um capitalista, liderado pelos E.U.A e um 
outro bloco socialista, liderado pela União Soviética, o bloco liderado pelos americanos foi 
se distanciando cada vez mais do bloco liderado pelos soviéticos. Essa distância cada 
vez mais ampla mergulhou o mundo num período de transição. 
 
Mas, o que vem a ser esse período de transição? 
 
Logo nos primeiros anos da década de 90, o mundo assistiu admirado e apreensivo 
as mudanças tão rápidas e tão significativas que alteraram profundamente a ordem das 
nações. 
 
Você sabe o que isso significa? 
 
Que os anos 89,90 e 91 determinaram o fim do mundo bipolar, que dividiu os 
países em dois blocos, por quase meio século (50 anos). Foi o fim das divergências de 
idéias e dos desacordos econômicos entre as duas superpotências. 
 
O fim do Mundo Bipolar foi marcado por vários fatos importantes. O maior deles 
sem dúvida, foi o fim da União Soviética. 
 
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O Mundo Bipolar, a Guerra Fria e as divergências entre os capitalistas e 
socialistas terminaram. O poder de uma nação, que até, então, era medido pela força e 
quantidade de suas armas, míssil, etc., passou a ser medido pela sua economia, suas 
riquezas. Mas as desigualdades entre as nações continuaram, porque há uma grande 
e séria diferença formada pelos contrastes econômicos e sociais entre as nações ricas 
(desenvolvidas) e pobres (subdesenvolvidas). 
 
Nos últimos tempos, enquanto as diferenças ideológicas iam enfraquecendo, as 
diferenças econômicas aumentavam e aumentam a cada dia. Com isso, foi aumentado 
o espaço entre os dois grupos, que passou a ser dividido de acordo com sua 
economia,ficando assim: 
 
 Os países ricos (desenvolvidos): donos de modernas e altas tecnologias, um 
seleto grupo. (capaz de caminhar por suas próprias pernas). 
 
 Os países pobres (subdesenvolvidos): enorme e bastante heterogêneo. (não é 
capaz de caminhar por si). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como você pode notar, o mundo continuou dividido. Os países deixaram de se 
agrupar de acordo com suas idéias, capitalistas ou socialistas, mas, como as nações 
não conseguem viver isoladas, se reagruparam de acordo com a sua riqueza, o seu 
desenvolvimento tecnológico e o nível de vida da sua população. 
 
 
 
 
Leia e pense. Porque há tanta gente excluída? 
 
 
 
Uma das idéias postas em prática é a de que a produção e manutenção de minorias do 
Sul são a garantia de riquezas dos países do Norte. É por isso que existem as elites que nos 
passam a idéia de que seriam “os donos” do país, podendo fazer o que quiserem 
impunemente. Essa situação é comum nos países subdesenvolvidos. 
 
Com o avanço da tecnologia menos matéria-prima e menos mão-de-obra é necessária, 
conseqüentemente ocorre um declínio acentuado no número de emprego em todos os setores e 
em todo mundo, principalmente no industrializado. 
 
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Hoje, a relação de poder fundamenta-se na alta tecnologia (informática, biotecnologia, 
robótica, mecânica e química fina, aeroespacial). No mesmo espaço há uma complexa 
integração entre os laboratórios de pesquisas estatais, as indústrias e 
favorecendo a criação de novos produtos. 
as universidades, 
 
Os novos produtos são frutos das idéias de modernização econômica, o que leva à idéia 
de modernização tecnológica. Não se restringem apenas as faces econômicas, mas à cultural, 
à esportiva, à turística, aos meios de comunicação, à ecológica, etc. 
 
Por exemplo, ”sob o ponto de vista cultural a internet funciona como vanguarda da 
difusão da língua inglesa, que se consolida como idioma internacional. O seu poder de 
disseminação dos modos de pensar e enxergar o mundo gerado nos Estados Unidos”. 
 
Essas tendências integradas e globalizadas da economia colocam novos desafios para 
os Estados nacionais. Estes se posicionaram no interior da economia mundial e escolhe 
políticas capazes de moldar o próprio processo de globalização, como: 
 
As grandes corporações (multinacionais) e bancos tomam as decisões de governos e ao 
mesmo tempo, tornam-se componentes do Estado, por exemplo, as parcerias. 
 
Os conflitos no governo do território exigem a participação crescente da sociedade civil 
nas decisões e ações. 
 
Certamente as sociedades com uma força de trabalho qualificado (resultado de um 
ótimo sistema educacional) tecnologia avançada é que terão condições ideais para o 
desenvolvimento. Mas nenhuma sociedade pode sobreviver sem a combinação dos três 
espaços: o das idéias, o da produção e o da circulação. 
 
 
RESPONDA EM SEU CADERNO. 
 
 
Atividade 07. Faça um resumo de toda a apostila?

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