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A parábola “Obra Álegrate” Mc 4,26-34 Preparando esta partilha de hoje à noite com vocês, lí um uma homilia do Cardeal Raniero Cantalamessa sobre a escolha de Jesus em anunciar o Reino de Deus através de parábolas (de histórias). “Parábola é uma forma que ao mesmo tempo explica e oculta a verdade” (Raniero), ou seja, é um modo que satisfaz o nível das pessoas mais simples, mas apresenta as coisas de um modo indireto, as protege de fáceis mal-entendidos e de manipulações. Ela faz que “quem puder compreender – isto é, quem tem o coração disposto a acolher a verdade – compreenda (Mt 19,12) e os outros, os adversários que procuram pretextos, não os possam encontrar - a compreensão – facilmente. “A parábola permite fixar algum ensinamento com imagens vivas que se imprime nos olhos, na fantasia, na memória, desempenhando um papel, em certo sentido, que tem para nós hoje a escrita e as ilustrações. A parábola permite que uma ideia fermente a partir de dentro, que volte a estimular o espírito em tempos sucessivos (...)”[footnoteRef:1] [1: Cantalamessa, Raniero. O verbo se fez carne. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2012. ] Assim, me pus a pensar que a Obra de Deus na Igreja, na humanidade, em nossa vida e em nosso meio, é sempre uma “parábola do Reino”, que nos deixa claro muitas, mas quem também nos esconde o significado de uma tantas, que somente uma vida “em particular com Mestre”, teremos alargado “uma explicação”. Quando olhamos para a Obra Álegrate como uma parábola – uma história que é contada, e narrada pelo Senhor. Muitas realidades de vivência da Obra (no chamado, no seguimento, no serviço, na oferta de vida por meio de uma Consagração de vida, ou as respostas pessoais de irmãos, que não compreendemos ou não entendemos. E aquilo que compreendemos, compreenderemos apenas porque o Senhor mesmo vai nos apresentando de um modo indireto, aquilo que permite que compreendamos. Mas, como em toda parábola, existe uma profundidade da ideia da parábola, um significado mais rico acerca dela, que somente “no particular”, o Senhor nos explica: na vida de oração e na adesão total do coração (discipulado). PORTANTO, A OBRA ÁLEGRATE COMO PARABOLA, traz em si a força “da semente que germina por sí só”. Como já temos dito: a) A Obra Álegrate é um graça, um carisma, um dom, um rio cujos braços, “alegram a cidade de Deus, santificando as moradas do Altíssimo” (Salmo 45,5); b) A Obra Álegrate é uma via aberta por Deus, para que por essa via cada um de nós fossemos alcançados, retirados da “vida velha” que vivíamos e nos apresentar uma “vida nova em Cristo”. (II Cor 5,17; Rm 5,10; Ef 4,17-18); Olhando para a Obra Álegrate (graça, dom, Carisma e não para as pessoas ou somete para as exigências do caminho) podemos FICAR ADMIRADOS, ESTUPEFATOS[footnoteRef:2] e nos fazermos as mesmas perguntas que Jesus: [2: que experimentou ou experimenta certo imobilismo decorrente do sentimento de pasmo diante de algo que não se espera; assombrado, admirado, perplexo; estupefato.] Com quem compararemos o Reino de Deus (O agir do Reino na Obra Álegrate); Ou com que parábola o apresentaremos? “não há comparações para descrever o quanto é maravilhoso o Reino de Deus. Como tudo era pequeno e sem importância ao redor e Jesus (ao redor da Obra Álegrate). E agora eis que ele (a Obra continua a crescer) e entrar firme nos homens de coração puro e espírito humilde e mostra por meio deles toda a força vital” A partir então, de uma leitura que chamamos atual ou espiritual, que deve ser compreendida “dentro” da leitura histórica da Obra. O que nos diz hoje está parábola de Jesus com relação a realidade do Reino de Deus de um modo geral e com relação a realidade da Obra Álegrate, de modo particular? a) Estupor e admiração por este Reino entre os homens que não para de crescer e se renova; mesmo que para se renovar, precisemos “morrer para dar fruto” (Jo 12,24). b) É um Reino (Uma Obra) que cresce mesmo quando o agricultor “dorme”.[footnoteRef:3] Ou seja, mesmo que os homens da Igreja não sejam capazes de acompanhar seu crescimento e fiquem discutindo ao redor da semente ou afugentem os passarinhos da árvore em vez de atrái-los. Um prodígio, portanto, que se repete a cada dia diante dos nossos olhos. [3: Significado de sono espiritual, negligente e sem vigilância espiritual (I Tessalonicenses 5,6); Efésios 5,14] b) Ou seja, NÃO FOI A BRAVURA DOS AGRICULTORES, ou de seus pastores, não é a nossa organização humana, capacidades, competências, nossos códigos ou leis, nossas armas, não é por meio da força, da obrigação, da persuasão, do convencimento humano, mas uma Obra do Espirito Santo de Deus quem faz germinar e crescer a semente. Assim, meus irmãos, A OBRA ÁLEGRATE, é uma parábola do Reino, que permite que uma ideia CENTRAL fermente a partir de dentro, que volte a estimular o espírito em tempos sucessivos (...) É uma parábola “entre os homens que não para de crescer e se renovar (...) Dessa forma, já há algum tempo que o Senhor tem colocado em meu coração um movimento de oração, de intercessão mesmo por esse Núcleo Geral da Obra (suas realidades no contexto da Obra, a sua importância como um organismo da estrutura da Obra, enfim, etc); Como vcs sabem, todas as realidades de decisão da Obra, são realidades de decisões que são tomadas por meio da oração insistente e paciente, mesmo que estas escuta leve tempo. Como em toda parábola, existe uma profundidade da ideia da parábola, um significado mais rico acerca dela, que somente “no particular”, o Senhor nos explica: na vida de oração e na adesão total do coração (discipulado). Neste tempo, o Senhor tem alargado uma compreensão nova, um significado novo a esta realidade do Núcleo Geral. Sinto que o Senhor deseja nos levar a uma nova experiência, como toda experiência em Deus, é desafiadora que exigirá de nós, abandono e confiança de que o Senhor é aquele “que a fim de abrir portas e que os portões não sejam fechados, O SENHOR VAI NA NOSSA FRENTE, APLAINANDO OS LUGARES, para nos dar seus tesouros e riquezas escondidas”. FALAR SOBRE A REALIDADE NOVA DA ASSOCIAÇÃO; FALAR SOBRE COMO O SENHOR ESTÁ “arrastando” a Associação como um novo organismo fundamental neste tempo, nesta nova fase da Obra; A inspiração nova que o Senhor coloca em meu coração, é que a partir de hoje, a Diretoria da Associação Religiosa Obra Álegrate de Maria, seja o novo organismo consultivo de discernimento da Obra Álegrate de Maria. E assim, a atual formação do Núcleo Geral da Obra, fica destituído. E assim, acolher estes irmãos “eleitos por uma Assembléia Geral legitima” para gerir a Associação, que de todo modo, é a Obra Álegrate de Maria unicamente como um corpo só. Pois não existem duas coisas separadas (Obra Álegrate e Associação);