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DIREITO AMBIENTAL por Concu rsei ro Fora da Caixa RESUMO Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 01 Sumário Princípios do Direito Ambiental .................................................................................................................................................. 3 Direito Ambiental Constitucional ............................................................................................................................................... 4 Competências Constitucionais em Matéria Ambiental ......................................................................................................................... 4 Do Meio Ambiente (art. 225 da CF/88) ..................................................................................................................................................... 5 Política, Cooperação e Licenciamento Ambiental ....................................................................................................................... 6 Lei 6.938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente .............................................................................................................................. 6 Da Política Nacional do Meio Ambiente ............................................................................................................................................... 6 Dos Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente ....................................................................................................................... 7 Do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama ............................................................................................................................ 7 Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente ............................................................................................................... 8 Lei Complementar 140/11 – Cooperação ................................................................................................................................................. 9 Dos Instrumentos de Cooperação .......................................................................................................................................................... 9 Das Ações de Cooperação ........................................................................................................................................................................ 9 Resolução Conama 237/97 – Licenciamento Ambiental .................................................................................................................... 10 Definições ................................................................................................................................................................................................ 10 Tipos de Licenças e Prazos de Validade .............................................................................................................................................. 10 Unidades de Conservação .......................................................................................................................................................... 11 Lei 9.985/00 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação ......................................................................................................... 11 Disposições Preliminares ...................................................................................................................................................................... 11 Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC ............................................................................................ 11 Categorias de Unidades de Conservação ............................................................................................................................................ 12 Criação das Unidades de Conservação ................................................................................................................................................ 14 Florestas ..................................................................................................................................................................................... 15 Lei 12.651/12 – Código Florestal ............................................................................................................................................................. 15 Disposições Gerais ................................................................................................................................................................................. 15 Áreas de Preservação Permanente – APP ............................................................................................................................................ 16 Área de Reserva Legal ............................................................................................................................................................................ 17 Cadastro Ambiental Rural – CAR ......................................................................................................................................................... 18 Proibição do Uso de Fogo e do Controle dos Incêndios ..................................................................................................................... 18 Águas (Recursos Hídricos) ........................................................................................................................................................ 19 Lei 9.433/97 – Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) ......................................................................................................... 19 Fundamentos, Obetivos e Diretrizes Gerais de Ação ........................................................................................................................ 19 Instrumentos .......................................................................................................................................................................................... 20 Dos Comitês De Bacia Hidrográfica ..................................................................................................................................................... 21 Infrações e Penalidades ......................................................................................................................................................................... 21 Resíduos Sólidos ........................................................................................................................................................................ 22 Lei 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) .......................................................................................................... 22 Disposições Gerais ................................................................................................................................................................................. 22 Da Política Nacional de Resíduos Sólidos ........................................................................................................................................... 23 Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 02 Das Diretrizes Aplicáveis aos Resíduos Sólidos ................................................................................................................................. 24 Responsabilidade Ambiental Administrativa, Civil e Penal ................................................................................................... 25 Responsabilidade Civil Ambiental ..........................................................................................................................................................em carta náutica Art. 34. PESCAR em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente. Pena Detenção de 1-3 anos OU multa, OU ambas cumulativamente Incorre nas MESMAS penas 1. Pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos 2. Pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos 3. Transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas Art. 35. PESCAR mediante a utilização de: Explosivos ou subst. c/ efeito semelhante Substâncias tóxicas ou meio proibido Pena Reclusão de 1-5 anos DESPENCA NÃO é crime o abate de animal, quando realizado: 1. Em estado de NECESSIDADE, para saciar a fome do agente ou de sua família; 2. Por ser NOCIVO o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. 3. Para PROTEGER lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 31 DO S CR IM ES CO NTR A A FL OR A CONDUTA OBSERVAÇÃO DESPENCA Art. 38. DESTRUIR ou DANIFICAR floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção. Pena Detenção de 1-3 anos OU multa, OU ambas cumulativamente Crime for culposo: pena reduzida à metade. Art. 38-A. DESTRUIR ou DANIFICAR vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção. Pena Detenção de 1-3 anos OU multa, OU ambas cumulativamente Crime for culposo: pena reduzida à metade. Art. 39. CORTAR árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente: Pena Detenção de 1-3 anos OU multa, OU ambas cumulativamente Art. 40. Causar DANO direto ou indireto às Unidades de Conservação e às Áreas de Proteção Ambiental, independentemente de sua localização Pena Reclusão de 1-5 anos Crime for culposo: pena reduzida à metade. Art. 41. Provocar INCÊNDIO em floresta ou em demais formas de vegetação: Pena Reclusão de 2-4 anos + multa Crime for culposo: detenção 6 meses – 1 anos + multa Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar BALÕES que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano. Pena Detenção de 1-3 anos + multa Art. 44. EXTRAIR de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais Pena Detenção 6 meses – 1 anos + multa Art. 45. Cortar ou transformar em carvão MADEIRA DE LEI, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais. Pena Reclusão de 1-2 anos + multa Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento. Pena Detenção 6 meses – 1 anos + multa Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 32 CONDUTA OBSERVAÇÃO Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação. Pena Detenção 6 meses – 1 anos + multa Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: Pena Detenção de 3 meses - 1 ano OU multa, OU ambas cumulativamente Crime for culposo: detenção 1-6 meses OU multa Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação. Pena Detenção de 3 meses - 1 ano + multa Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente. Atenção! Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência pessoal do agente ou de sua família. Pena Reclusão de 2-4 anos + multa Se a área explorada for superior a 1.000 há a pena será aumentada de 1 ano por 1.000 ha. Art. 51. Comercializar MOTOSSERRA ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente. Pena Detenção de 3 meses - 1 ano + multa Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente. Pena Detenção de 6 meses - 1 ano + multa ATENÇÃO As penas serão AUMENTADAS de 1/6 a 1/3 se: 1. Do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático 2. Crime é cometido: a) No período de queda das sementes; b) No período de formação de vegetações; c) Contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça somente no local da infração; d) Em época de seca ou inundação; e) durante a noite, em domingo ou feriado (MAIS COBRADO) Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 33 DA P OL UI ÇÃO E O U TROS CRI ME S AMB I ENT AIS CONDUTA OBSERVAÇÃO Art. 54. CAUSAR poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. Pena Reclusão de 1-4 anos + multa Crime culposo: detenção de 6 meses - 1 ano +multa Condutas Diversas A pena é de reclusão de 1-5 anos, se o crime: Tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; Dificultar ou impedir o uso público das praias; Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade; Ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; Incorre nas mesmas penas quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. Art. 55. EXECUTAR pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais SEM autorização, permissão, concessão ou licença, ou em DESACORDO com a obtida. Pena Detenção de 6 meses – 1 ano + multa Incorre nas MESMAS penas Quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão. Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências legais ou regulamentares. Pena Reclusão de 1-4 anos + multa Crime culposo: detenção de 6meses - 1 ano +multa Incorre nas MESMAS penas Quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão. 1. Abandona os produtos ou substâncias ou os utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de segurança; 2. Manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. Pena aumentada de 1/6 a 1/3 Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 34 CONDUTA OBSERVAÇÃO Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização. Pena Detenção de 1-6 meses OU multa, OU ambas cumulativamente Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas. Pena Reclusão de 1-4 anos + multa ATENÇÃO Nos crimes DOLOSOS, as penas serão AUMENTADAS: 1/6 a 1/3 – resulta dano irreversível 1/3 a 1/2 – resulta lesão corporal grave Até 2x – resulta morte DO S CR IM ES CO NTR A O O R DEN A MENT O URB AN O E O P ATRI MÔNI O CU LTU R AL CONDUTA OBSERVAÇÃO Art. 62. DESTRUIR, inutilizar ou deteriorar: Bem especialmente protegido por lei, ato adm. ou decisão judicial; Arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica protegido por lei, ato adm. ou decisão judicial. Pena Reclusão de 1-3 meses, sem prejuízo da multa Crime culposo: detenção de 6 meses - 1 ano, sem prejuízo da multa Art. 63. ALTERAR o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato adm. ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização ou em desacordo com a concedida. Pena Reclusão de 1-3 ano + multa Art. 64. PROMOVER construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização ou em desacordo com a concedida. Pena Detenção de 6 meses - 1 ano + multa Art. 65. PICHAR ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano. Cuidado! Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização. Pena Detenção de 3 meses - 1 ano + multa Ato em monumento ou coisa tombada: detenção de 6 meses - 1 ano + multa Somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais grave Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 35 DO S CR IM ES CO NTR A A A DMIN IST RA ÇÃO AMBI ENT AL CONDUTA OBSERVAÇÃO Art. 66. FAZER o FUNCIONÁRIO PÚBLICO afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental. Pena Reclusão de 1-3 anos + multa Art. 67. CONCEDER o FUNCIONÁRIO PÚBLICO licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público. Pena Detenção de 1-3 anos + multa Crime culposo: detenção de 1-3 meses, sem prejuízo da multa Art. 68. DEIXAR, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental. Pena Detenção de 1-3 anos + multa Crime culposo: detenção de 3 meses a 1 ano, sem prejuízo da multa Art. 69. OBSTAR ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais. Pena Detenção de 1-3 anos + multa Art. 69-A. ELABORAR ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão. Pena Reclusão de 3-6 anos + multa Crime culposo: detenção de 1-3 anos Pena aumentada de 1/3 a 2/3 Se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou enganosa. INFRA ÇÃO A DMINI S TRA TIV A Auto de Infração e Instauração de Processo Adm. (art. 70, §1º) • Funcionários dos órgãos ambientais integrantes do Sisnama. • Agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. Prazos Máximos do Processo Adm. (art. 71) 20 dias • Infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto, contados da data da ciência da autuação • Infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior 30 dias Autoridade julgar o auto de infração, contados da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação 5 dias Pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 36 Sanções Administrativas (art. 72) Duas ou mais infrações simultaneamente = aplica-se CUMULATIVAMENTE as sanções. Pagamento de multas imposta pelos Estados, DF, Municípios ou Territórios substitui a FEDERAL (art. 76) Sa nç õe s A dm in is tr at iv as Advertência Pela inobservância da legislação / normas, sem prejuízo das demais sanções. Multa simples ou diária Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração Destruição ou inutilização do produto Suspensão de venda e fabricação do produto Embargo de obra ou atividade Demolição de obra Suspensão parcial ou total de atividades Restritiva de direitos Suspensão de registro, licença ou autorização Cancelamento de registro, licença ou autorização Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais Perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito Proibição de contratar com a Adm. Pública por até 3 anos Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 37 LEI 12.187/09 – POLÍTICA NACIONAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DEFI NI ÇÕ ES Conforme o art. 2º: Adaptação Iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima. Efeitos adversos da mudança do clima Mudanças no meio físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham efeitos deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-estar humanos. Emissões Liberação de gases de efeito estufa ou seus precursores na atmosfera numa área específica e num período determinado. Fonte Processo ou atividade que libere na atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa. Gases de efeito estufa Constituintes gasosos, naturais ou antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e reemitem radiaçãoinfravermelha. Impacto Os efeitos da mudança do clima nos sistemas humanos e naturais. Mitigação Mudanças e substituições tecnológicas que reduzam o uso de recursos e as emissões por unidade de produção, bem como a implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros. Mudança do clima Mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis. Sumidouro Processo, atividade ou mecanismo que remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol ou precursor de gás de efeito estufa. Vulnerabilidade Grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema, em função de sua sensibilidade, capacidade de adaptação, e do caráter, magnitude e taxa de mudança e variação do clima a que está exposto, de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, entre os quais a variabilidade climática e os eventos extremos. RES PON SA BIL I DA DE E PRI N CÍPI OS A PNMC e as ações dela decorrentes, executadas sob a responsabilidade dos ENTES POLÍTICOS e dos ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA observarão os seguintes princípios (art. 3º, caput): Precaução. Prevenção. Participação cidadã. Desenvolvimento sustentável. Responsabilidades comuns, porém diferenciadas, este último no âmbito internacional. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 38 OBJE TIVO S DA P NM C A PNMC visará (art. 4º): Os objetivos da PNMC deverão estar em consonância com o desenvolvimento sustentável a fim de buscar o (art. 4º, §único): 1. Crescimento econômico 2. Erradicação da pobreza 3. Redução das desigualdades sociais Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, como compromisso nacional VOLUNTÁRIO, ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões projetadas até 2020 (art. 12, caput). INSTR UM ENT OS IN S TITU CIO NA IS Os instrumentos institucionais para a atuação da PNMC incluem (art. 7º) – mnemônico FRED COM COM: F Fórum Brasileiro de Mudança do Clima RED Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais COM Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima COM Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima COM Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia • Do desenvolvimento econômico-social com a proteção do sistema climático Compatibilização • Das emissões antrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes Redução • Das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa no território nacional Fortalecimento • De medidas para promover a adaptação à mudança do clima pelas 3 esferas da Federação, com a participação e a colaboração dos agentes econômicos e sociais interessados ou beneficiários, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus efeitos adversos Implementação • Dos recursos ambientais, com particular atenção aos grandes biomas naturais tidos como Patrimônio Nacional Preservação, à conservação e à recuperação • Das áreas legalmente protegidas e ao incentivo aos reflorestamentos e à recomposição da cobertura vegetal em áreas degradadas Consolidação e Expansão • Do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) Estímulo e Desenvolvimento Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 39 INSTR UM ENT OS DA PNM C In st ru m en to s da P N M C (a rt . 6 º) Plano Nacional sobre Mudança do Clima; Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; Planos de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento nos biomas; A Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de acordo com os critérios estabelecidos por essa Convenção e por suas Conferências das Partes; As resoluções da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima; As medidas fiscais e tributárias destinadas a estimular a redução das emissões e remoção de gases de efeito estufa, incluindo alíquotas diferenciadas, isenções, compensações e incentivos, em lei específica; As linhas de crédito e financiamento específicas de agentes financeiros públicos e privados; O desenvolvimento de linhas de pesquisa por agências de fomento; As dotações específicas para ações em mudança do clima no orçamento da União; Os mecanismos financeiros e econômicos referentes à mitigação da mudança do clima e à adaptação aos efeitos da mudança do clima que existam no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do Protocolo de Quioto; Os mecanismos financeiros e econômicos, no âmbito nacional, referentes à mitigação e à adaptação à mudança do clima; As medidas existentes, ou a serem criadas, que estimulem o desenvolvimento de processos e tecnologias, que contribuam para a redução de emissões e remoções de gases de efeito estufa, bem como para a adaptação, dentre as quais o estabelecimento de critérios de preferência nas licitações e concorrências públicas, compreendidas aí as parcerias público-privadas e a autorização, permissão, outorga e concessão para exploração de serviços públicos e recursos naturais, para as propostas que propiciem maior economia de energia, água e outros recursos naturais e redução da emissão de gases de efeito estufa e de resíduos; Os registros, inventários, estimativas, avaliações e quaisquer outros estudos de emissões de gases de efeito estufa e de suas fontes, elaborados com base em infos e dados fornecidos por entidades públicas e privadas; As medidas de divulgação, educação e conscientização; O monitoramento climático nacional; Os indicadores de sustentabilidade; O estabelecimento de padrões ambientais e de metas, quantificáveis e verificáveis, para a redução de emissões antrópicas por fontes e para as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa; A avaliação de impactos ambientais sobre o microclima e o macroclima. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 40 EXTRA – EXERCÍCIOS (TEC) São questões de várias bancas (basta excluir das questões as bancas que não te interessam) e níveis (questões simples às complexas). Complemente esse caderno com questões que você já selecionou como favoritas / importantes, para revisar nas semanas anteriores à prova. Aliando este resumo com a resolução de questões você certamente estará MUITO bem preparado(a)! Link: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2nIc2 Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/25 Lei 9.605/98 – Sanções Penais e Administrativas ................................................................................................................................ 26 Disposições Gerais ................................................................................................................................................................................. 26 Aplicação Da Pena .................................................................................................................................................................................. 26 Apreensão do Produto e do Instrumento de Infração Adm. ou de Crime ..................................................................................... 28 Dos Crimes Contra o Meio Ambiente .................................................................................................................................................. 28 Dos Crimes Contra a Fauna .................................................................................................................................................................. 29 Dos Crimes contra a Flora ..................................................................................................................................................................... 31 Da Poluição e outros Crimes Ambientais ........................................................................................................................................... 33 Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural ............................................................................................ 34 Dos Crimes contra a Administração Ambiental ................................................................................................................................ 35 Infração Administrativa ....................................................................................................................................................................... 35 Lei 12.187/09 – Política Nacional de Mudanças Climáticas..................................................................................................... 37 Definições ................................................................................................................................................................................................... 37 Responsabilidade e Princípios ................................................................................................................................................................. 37 Objetivos da PNMC .................................................................................................................................................................................... 38 Instrumentos Institucionais.................................................................................................................................................................... 38 Instrumentos da PNMC............................................................................................................................................................................. 39 Extra – Exercícios (TEC) ............................................................................................................................................................. 40 Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 03 PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL O Direito Ambiental possui diversos princípios. A maioria deles é bastante intuitivo, e por isso raramente são cobrados em prova. Entretanto, há alguns “especiais”, que não são tão intuitivos assim. Esses devem ser nosso foco! PRECAUÇÃO Aplicável quando INEXISTE certeza científica quanto aos efetivos danos e sua extensão, mas há base razoável de sua ocorrência. Há, portanto, risco incerto e duvidoso. Logo, deve o empreendedor adotar medidas de precaução para impedir ou reduzir os riscos. PREVENÇÃO A prevenção, por outro lado, trabalho com risco certo, pois HÁ BASE CIENTÍFICA suficiente para afirmar que determinada atividade provoca risco ambiental. Assim, quando é sabido que uma atividade pode causar danos ao meio ambiente, atua o princípio da prevenção, para impedir que o intento seja desenvolvido. PROTETOR-RECEBEDOR Considera a importância de remunerar quem deixa de explorar seus recursos naturais para preservá-los, em prol do próprio meio ambiente e da coletividade. • Externalidades POSITIVAS • Visa estimular e premiar as ações de proteção ambiental. POLUIDOR-PAGADOR Preconiza que o responsável pela atividade geradora do prejuízo ambiental suporte os custos decorrentes da prevenção e da reparação dos danos. Cuidado, não se trata de um salvo conduto para “poluir à vontade” bastando pagar por isso. • Externalidades NEGATIVAS • Visa prevenir e, ao mesmo tempo, responsabilizar o agente poluidor pelos danos que provocar UBIQUIDADE Impõe que as questões ambientais devem ser consideradas em TODAS as atividades. Ubiquidade significa onipresença. Logo, qualquer atividade deve ser feita com respeito à promoção e proteção do meio ambiente. FUNÇÃO SOCIOAMBIENTAL DA PROPRIEDADE A Constituição operou a ecologização do direito da propriedade, pois tanto a propriedade rural quanto a urbana realizarão sua função social somente quando respeitarem as normas ambientais. Trata-se, pois, de uma obrigação propter rem, isto é, a obrigação se prende ao titular do direito real (seja proprietário ou possuidor). Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 04 DIREITO AMBIENTAL CONSTITUCIONAL CO MP ET ÊN CI AS CO NSTITU CI ON AIS EM MAT ÉR IA AMBI ENT AL Não confunda: Controle da Poluição (concorrente) x Combate à Poluição (comum) Re pa rt iç ão d e Co m pe tê nc ia s Competência Legislativa União (art. 22, privativa): – Águas – Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia União e Estados / DF (art. 24, concorrente): – Direito urbanístico. – Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico. – Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. – Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Municípios (art. 30): – Legislar sobre assuntos de interesse LOCAL. – Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. Competência Executiva União (art. 21): – Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social. Comum - União, Estados / DF e Municípios (art. 23): – Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas. – Preservar as florestas, a fauna e a flora. – Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. Municípios (art. 30): – Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 05 DO M EIO AMBI ENT E (AR T. 225 DA CF/8 8 ) Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225, caput). STF (RE 134.297-8): Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado: a consagração constitucional de um direito típico de TERCEIRA GERAÇÃO. Conforme §1º, para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao PODER PÚBLICO (atenção para as duas primeiras): EXIGIR, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental (EIA), a que se dará publicidade. DEFINIR, em todas as UFs, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos (= UCs, Lei 9.985/00). • Alteração e a supressão somente por LEI • Vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. NÃO se consideram cruéis: práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos (§7º). Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético. Manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis e para o hidrogênio verde, na forma de LC, a fim de assegurar- lhes tributação inferior à incidente sobre os combustíveis fósseis [Incluído pela EC 123/22, portanto, atenção]. São patrimônio nacional, cuja utilização far-se-á na forma da lei (§4º): • Floresta Amazônica brasileira • Mata Atlântica • Serra do Mar • Pantanal Mato-Grossense • Zona Costeira Minerador / Garimpeiro: OBRIGADO a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei (§2º). Responsabilidade: as condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Indisponíveis: terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 06 POLÍTICA, COOPERAÇÃO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEI 6. 938/ 81 – PO LÍ TICA NACI ON AL DO MEI O AMB IEN TE DA P OL ÍTI CA N ACIO NAL DO ME IO AM BI ENTE A PNAMA tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes PRINCÍPIOS [PAREI PRA PC] (art. 2º): P PROTEÇÃO dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas A AÇÃO governamental na manutenção do equilíbrio ecológico R RECUPERAÇÃO de áreas degradadas E EDUCAÇÃO ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade I INCENTIVOS ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção P PROTEÇÃO de áreas ameaçadas de degradação R RACIONALIZAÇÃO do uso do solo, do subsolo, da água e do ar A ACOMPANHAMENTO do estado da qualidade ambiental P PLANEJAMENTO e fiscalização do uso dos recursos ambientais C CONTROLE e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras Definições da Lei (art. 3º) Meio Ambiente Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Degradação da qualidade ambiental A alteração adversa das características do meio ambiente. Poluição Degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: 1. Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população 2. Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas 3. Afetem desfavoravelmente a biota 4. Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente 5. Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos Poluidor PF ou PJ, pública ou privada, responsável, direta ou indiretamente, por atividade que cause degradação ambiental. Recursos ambientais Atmosfera, águas interiores, superficiais e subterrâneas, estuários, mar territorial, solo, subsolo, elementos da biosfera, a fauna e a flora. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 07 DO S O BJET IVOS DA PO LÍTI CA N A CIO NA L DO M EIO AMBI EN TE A PNAMA visará [PEDI CDD] (art. 4º): P PRESERVAÇÃO e restauração dos recursos ambientais E ESTABELECIMENTO de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas de uso e manejo de recursos ambientais D DESENVOLVIMENTO de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais I IMPOSIÇÃO, ao poluidor / predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar, e ao usuário, de contribuição pelo uso C COMPATIBILIZAÇÃO do desenvolvimento econômico social com a preservação D DIFUSÃO de tecnologias, divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública D DEFINIÇÃO de áreas prioritárias de ação governamental DO SIST EM A NA CI O NA L DO ME IO AM BI ENTE – SIS NA M A Estrutura do SISNAMA, conforme o art. 6º da Lei: Estados e Municípios podem elaborar normas supletivas e complementares, no âmbito de suas competências (§§ 1º e 2º) Órgão Superior: Conselho de Governo Assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais Órgão Consultivo e Deliberativo: CONAMA Assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões. Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente (MMA) Planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente Órgãos Executores: IBAMA e Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais. Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades ESTADUAIS responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental. Órgãos Locais: os órgãos ou entidades MUNICIPAIS, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 08 DO S INS TR UM ENTO S DA PO LÍTI CA NACI ONAL DO M EIO AMB IENT E Instrumentos da PNAMA (art. 9º): ZONEAMENTO ambiental AVALIAÇÃO de impactos ambientais LICENCIAMENTO e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras Estabelecimentode padrões de qualidade ambiental Incentivos à tecnologias voltadas para a melhoria da qualidade ambiental Criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público Instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental Sistema nacional de informações sobre o meio ambiente Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental Penalidades disciplinares ou compensatórias Instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Ibama Garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais SER VI DÃ O AM BIE NT AL O proprietário / possuidor, PF ou PJ, pode instituir SERVIDÃO AMBIENTAL (art. 9º-A e 9º-B): o Por instrumento PÚBLICO ou PARTICULAR OU termo administrativo com órgão Sisnama o Pode ser ONEROSA ou GRATUITA o Pode ser TEMPORÁRIA (15 anos) ou PERMANENTE o Limitação do uso de TODA ou PARTE da propriedade e NÃO se aplica à APP e Reserva Legal Área deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal Observações Durante a vigência da servidão, NÃO se pode alterar a destinação da área (art. 9º-A, §6º) Detentor da servidão pode aliená-la / cedê-la / transferi-la – total ou parcial; prazo determinado ou definitivo (art. 9º-A, §3º) LI CE N CIAME NTO A MBI ENT AL A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de PRÉVIO licenciamento ambiental (art. 10) Os pedidos, sua renovação e respectiva concessão serão publicados em jornal oficial + periódico regional ou local de grande circulação (§1º) MUITO COBRADO EM PROVA COBRANÇA MÉDIA EM PROVA Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 09 LEI COM P LE MENT A R 14 0/11 – CO OP ER AÇÃO DO S INS TR UM ENTO S DE COO PE RA ÇÃO Instrumentos de cooperação institucional entre entes federativos (art. 4º): Consórcios públicos Convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do DF Fundos públicos e privados e outros instrumentos econômicos Delegação de atribuições de um ente federativo a outro Delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a outro A quem cabe lavrar Auto de Infração Ambiental e instaurar processo administrativo para apurar infrações? Ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso (art. 17) DAS AÇÕ ES DE CO OP ER A ÇÃ O Neste Capítulo, a LC simplesmente lista ações administrativas de cada ente. São listas enormes, com 61 atribuições. Ademais, são pouco cobradas, com custo x benefício baixíssimo. Assim, não iremos lista-las. Dica: se você está estudando para concursos federais, leia o art. 7º; para estaduais / DF, o art. 8º e para municipais / DF, o art. 9º. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 10 RES OL U ÇÃO CO NA M A 23 7/97 – LI CEN CI AM ENT O AMB IENT A L DEFI NI ÇÕ ES Conforme o art. 1º da Resolução: > Licenciamento Ambiental PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO pelo qual o órgão ambiental licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais. > Licença Ambiental ATO ADMINISTRATIVO pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições que deverão ser obedecidas pelo empreendedor. > Estudos Ambientais Quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida. > Impacto Ambiental Regional Todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de 2 ou mais Estados. TIPOS DE LI CEN ÇAS E P R AZOS DE V ALI DADE Conforme o art. 8º, combinado com o art. 18º: Ti po s d e Li ce nç as e P ra zo s Licença Prévia (LP) - Concedida na FASE PRELIMINAR - Aprovação da localização e concepção, - Atesta a viabilidade ambiental - Estabelece requisitos básicos e condicionantes p/ próximas fases Prazo: até 5 anos Licença para Instalação (LI) Autoriza a INSTALAÇÃO do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Prazo: até 6 anos Licnça de Operação (LO) Autoriza a OPERAÇÃO da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação Prazo: mínimo 4 e máximo 10 anos Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 11 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO LEI 9. 985/ 00 – S IST EM A N A CIO NA L DE UNI DA DES DE CONS ERV AÇÃO DIS POS I ÇÕ ES P R ELI MIN AR ES Definições bastante cobradas, e muito importantes, do art. 2º da Lei: Unidade de Conservação Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Zona de Amortecimento Entorno de uma UC, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade. UCs, exceto APA e RPPN, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos (art. 25). Recuperação Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original. Restauração Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original > pense em uma obra de arte Uso indireto Aquele que NÃO envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais Uso direto Aquele que ENVOLVE coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais SISTE MA N A CION A L DE U NI DA DES DE CONSE RV A ÇÃO DA N ATU REZ A – SNU C Combinando o art. 3º, com o art. 6º da Lei, temos: SNUC Conjunto das UCs federais, estaduais e municipais Órgão consultivo e deliberativo CONAMA - Acompanhar a implementação Órgão central Ministério do Meio Ambiente - Coordenar o Sistema Órgãos executores Instituto Chico Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais - Implementar o SNUC Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 12 CATEG OR IAS DE UN IDA DE S DE CONS ER VAÇÃO Essa é a parte mais importante da Lei 9.985/00. São diversos conceitos e detalhes. Os esquemas abaixo irão te auxiliar (e muito) na resolução de praticamente qualquer questão que verse sobre o assunto. Combinando os artigos 7º, 8º e 14º da Lei, temos: Os objetivos / conceitostambém são objetos de cobrança. Infelizmente não há muito o que se fazer, temos que decorar. Estação Ecológica: preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. Reserva Biológica: preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites (...) Parque Nacional: preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental (...) Monumento Natural: preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Refúgio de Vida Silvestre: proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. G ru po s de U ni da de s de C on se rv aç ão Unidades de Proteção Integral Objetivo básico é de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, salvo exceções legais. Estação Ecológica (art. 9º) Reserva Biológica (art. 10) Parque Nacional (art. 11) Monumento Natural (art. 12) Refúgio de Vida Silvestre (art. 13) Unidades de Uso Sustentável Objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Área de Proteção Ambiental (art. 15) Área de Relevante Interesse Ecológico (art. 16) Floresta Nacional (art. 17) Reserva Extrativista (art. 18) Reserva de Fauna (art. 19) Reserva de Desenvolvimento Sustentável (art. 20) Reserva Particular do Patrimônio Natural (art. 21) Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 13 Área de Relevante Interesse Ecológico: área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas. Floresta Nacional: é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Reserva Extrativista: área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. Reserva de Desenvolvimento Sustentável: abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. O gravame constará de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental. Muitas questões de prova cobram a relação entre o tipo de unidade e sua posse / domínio bem como ocupação humana. POSSE E DOMÍNIO TERRA OCUPAÇÃO HUMANA PÚBLICO PARTICULAR Pr ot eç ão In te gr al Estação Ecológica SERÁ DESAPROPRIADA Reserva Biológica SERÁ DESAPROPRIADA Parque Nacional SERÁ DESAPROPRIADA Monumento Natural Refúgio de Vida Silvestre U so S us te nt áv el Área de Proteção Ambiental Área de Relevante Interesse Ecológico – Floresta Nacional SERÁ DESAPROPRIADA Populações Tradicionais Reserva Extrativista SERÁ DESAPROPRIADA Populações Tradicionais Reserva de Fauna SERÁ DESAPROPRIADA – Reserva de Desenvolvimento Sustentável SERÁ DESAPROPRIADA Populações Tradicionais Reserva Particular do Patrimônio Natural – Obs 1: em todos os tipos é permitido PESQUISA CIENTÍFICA, que se sujeita a autorização. Obs 2: VISITAÇÃO PÚBLICA, que está sujeita às normas e restrições, é permitida em todos os casos, exceto: a) Estação Ecológica b) Reserva Biológica Só permitida para fins educacionais Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 14 CRIA ÇÃO DAS UN I DA DES DE CONS ER VAÇÃO Conforme o art. 22: Criação Ato do Poder Público (qualquer ato normativo) precedido de estudo técnico + consulta pública o Consulta dispensada para Estação Ecológica ou Reserva Biológica Ampliação Ato normativo de mesmo nível hierárquico do que criou a UC (também deve haver consulta) Transformação “UC – Uso Sustentável” pode ser transformada total ou parcialmente em “UC – Proteção Integral”. o Instrumento normativo de mesmo nível hierárquico que criou a UC Desafetação ou Redução Só pode ser feita mediante LEI ESPECÍFICA. OSCIPs podem gerir UCs? Conforme o art. 30, SIM, mediante instrumento com órgão responsável. No caso de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, o empreendedor é OBRIGADO a apoiar a implantação e manutenção de UC – Proteção Integral (art. 36) Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 15 FLORESTAS LEI 12 .651 /12 – CÓ DIGO FL OR EST AL DIS POS I ÇÕ ES G ER AI S As florestas e demais formas de vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações da legislação geral e do Código Florestal (art. 2º). As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural (§2º) D ef in iç õe s( ar t. 3º ) Amazônia Legal AC, PA, AM, RR, RO, AP e MT e as regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos Estados de TO e GO, e ao oeste do meridiano de 44º W, do Estado do MA. Área de Preservação Permanente - APP Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de PRESERVAR os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Reserva Legal Área localizada no interior de uma propriedade ou posse RURAL, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Preparado exclusivamente para Tíciodas Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 16 ÁR EA S DE P RES ER V A ÇÃ O PE RM AN ENTE – APP DA DE LI MIT AÇÃO DAS ÁR E AS DE P RES E RV A ÇÃ O P ER M ANE N TE A Área de Preservação Permanente (APP) ocorre em zonas RURAIS ou URBANAS (art. 4º) 1) Faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros em largura mínima de: Largura mínima APP (metros) Largura do Curso d’água (metros) 30 inferior a 10 50 10-50 100 50-200 200 200-600 500 Superior a 600 2) Áreas no entorno dos lagos e lagoas NATURAIS, em faixa com largura mínima de: Largura mínima APP (metros) RURAL 50 Se corpo d’água com até 20 ha RURAL 100 Se corpo d’água superior a 20 ha URBANA 30 3) Entorno das nascentes e dos olhos d’água PERENES, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 m. 4) RESTINGAS, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues. 5) MANGUEZAIS, em toda a sua extensão. Obs: há outras 6 hipóteses na Lei, contudo, no levantamento que fizemos desde 2018, não encontramos questões que as abordassem, portanto, para fins de otimização dos estudos, não iremos listá-las. DO R EGI ME DE PR O TE ÇÃ O DAS ÁR E AS DE P RE SE RV AÇÃO P ER MANENT E Intervenção ou Supressão de Vegetação NATIVA em APP (art. 8º) Hipóteses: somente para utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental (caput) Supressão de vegetação nativa de nascentes, dunas e restingas só pode ser autorizada por utilidade pública (§1º) Art. 7º, §§1º e 2º Havendo supressão de vegetação, o proprietário, possuidor ou ocupante é obrigado a promover a recomposição, salvo usos legais. Essa obrigação tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse. PERMITIDO o acesso de pessoas e animais às APP para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental (art. 9º) Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 17 ÁR EA DE R ESE RV A L EGA L DA DE LI MIT AÇÃO DA ÁR EA DE RE SE RV A LEG AL TODO imóvel RURAL deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as APP (art. 12). Percentuais mínimos para Reserva Legal (I e II cc §1º): Amazônia Legal Demais regiões No caso de fracionamento, inclusive para reforma agrária, será considerada a área ANTES do fracionamento. 80% Floresta 35% Cerrado 20% Campos gerais 20% Ex: Caatinga ADMITIDO o cômputo das APP no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel (art. 15), não alterando o regime de APP (§1º). No parcelamento de imóveis, a Reserva Legal poderá ser agrupada em condomínio entre os adquirentes (art. 16, §único) NÃO estão sujeitos / não será exigido Reserva Legal em (§§ 6º, 7º e 8º): Empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto. Implantação / ampliação de rodovias e ferrovias. Exploração de energia hidráulica (geração de energia, subestação, linhas de transmissão e distribuição). REGI ME DE PR OT E ÇÃO DA RE SE RV A L E GAL É preciso registrar a área de Reserva Legal no CAR? • SIM, sendo VEDADA a alteração da sua destinação, nos casos de transmissão ou desmembramento (art. 18). • O registro no CAR, DESOBRIGA a averbação no Cartório de Registro de Imóveis (art. 18, §4º). E se o imóvel rural for inserido em perímetro urbano por lei municipal? Isso NÃO DESOBRIGA o proprietário / posseiro a realizar a manutenção da RL, que só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos (art. 19) É possível a exploração da Reserva Legal? SIM, mediante manejo sustentável, previamente aprovado por órgão do Sisnama. Há duas modalidades possíveis (arts. 17, §1º, 20, 22 e 23): SEM propósito comercial, para consumo na propriedade • INDEPENDE de autorização dos órgãos competentes • Exploração anual limitada a 20 m³ COM propósito comercial Diretrizes e orientações: 1. Não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a vegetação nativa. 2. Assegurar a manutenção da diversidade das espécies. 3. Manejo de espécies exóticas favorecendo a regeneração de espécies nativas. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 18 DO R EGI ME DE PR O TE ÇÃ O DAS ÁR E AS VER DES UR BANAS Instrumentos para estabelecimento de áreas verdes urbanas pelos MUNICÍPIOS (art. 25): 1. Exercício do direito de preempção para aquisição de remanescentes florestais relevantes. 2. Transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões urbanas. 3. Estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos, empreendimentos comerciais e de infraestrutura. 4. Aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da compensação ambiental. CADASTR O AM BIEN TAL R UR AL – CAR CAR é obrigatório para todos os imóveis rurais (art. 29). • A inscrição deverá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual (§1º) • O cadastramento NÃO é título para fins de reconhecimento de posse ou propriedade (§2º) • A inscrição é por prazo indeterminado (§3º) • O produtor está autorizado a utilizar o CAR para fins de apuração da área tributável pelo ITR (§5º) PR OIBI ÇÃO DO USO DE FOGO E DO CO NT RO LE DOS I N CÊN DI OS Regra Geral: PROIBIDO o uso de fogo na vegetação (art. 38) Entretanto, há exceções, quando seu uso é PERMITIDO (I, II, II e §1º): Locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais. • Mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada. • Os estudos para o licenciamento devem conter planejamento específico sobre o uso do fogo e o controle dos incêndios. Emprego da queima controlada em UC. • Em conformidade com o plano de manejo, e; • Mediante prévia aprovação do órgão gestor da UC Atividades de pesquisa científica, mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama. Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 19 ÁGUAS (RECURSOS HÍDRICOS) LEI 9. 433/ 97 – PO LÍ TICA NACI ON AL DE RE CU RS OS HÍ DRI CO S (PN R H) FUN DAM ENT OS, O B ETIV OS E DIR ET RIZ ES G ER AIS DE AÇÃO Fu nd am en to s, O bj et iv os e D ir et ri ze s FUNDAMENTOS (art. 1º) Água é um bem de domínio PÚBLICO Água é um recurso natural LIMITADO, dotado de VALOR ECONÔMICO Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais Agestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o USO MÚLTIPLO A bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da PNRH e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades OBJETIVOS (art. 2º) Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos A utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável Prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dosrecursos naturais. Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais DIRETRIZES (art. 3º) Gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade Adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País Integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental Articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional Articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo; Integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras. Muito cobrados Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 20 INSTR UM ENT OS São INSTRUMENTOS da PNRH (art. 5º): 1 Planos de Recursos Hídricos • Visam a fundamentar e orientar a implementação da PNRH e o gerenciamento dos recursos hídricos (art. 6º) • Serão elaborados por bacia hidrográfica, por Estado e para o País (art. 8º) 2 Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos Objetivos: assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o exercício dos direitos de acesso (art. 11) Forma: ato da autoridade do Executivo Estadual / DF OU Federal (delegável aos estados) (art. 14 cc §1º) Prazo máximo: 35 anos, renovável (art. 16) Efeito: outorga não implica a alienação parcial das águas (inalienáveis), mas o simples direito de seu uso (art. 18) SUJEITOS a Outorga (art. 12, caput) Extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de produção Aproveitamento dos potenciais hidrelétricos1 Lançamento de esgoto e resíduos, tratados ou não Derivação ou captação para consumo final, inclusive abastecimento público ou insumo Demais usos que alterem o regime, quantidade ou qualidade da água INDEPENDEM de Outorga (art. 12, §1º) Uso para necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio RURAL Derivações, captações, lançamentos e acumulações de água INSGNIFICANTES 1 A outorga para geração de energia elétrica estará subordinada ao PNRH. SUSPENSÃO do direito de uso, que pode ser parcial ou total, definitiva ou temporária (art. 15): • Ausência de uso por 3 anos consecutivos • Necessidade premente de água devido a calamidade, inclusive as decorrentes de condições climáticas adversas • Necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental • Necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, sem fontes alternativas • Necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade do corpo de água 3 Enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água 4 Cobrança pelo uso de recursos hídricos 5 Compensação a municípios 6 Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 21 DO S CO MIT ÊS DE B A CI A HI DROG R ÁFI CA Competência dos Comitês de Bacias Hidrográficas – as mais cobradas (art. 38): ARBITRAR, em 1ª instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos APROVAR o Plano de Recursos Hídricos da bacia Acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia e sugerir providências Estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores Obs: Das decisões dos Comitês caberá recurso ao Conselho Nacional / Estadual de Recursos Hídricos. INFRAÇÕES E PE NA L IDA DE S Penalidades aplicáveis à infração de dispositivo legal ou regulamentar, referente à execução de obras e serviços hidráulicos, derivação ou utilização de recursos hídricos (art. 50): Advertência Escrita Conterá prazos para correção das irregularidades Multa Simples ou Diária Entre R$ 100,00 e R$ 50 milhões | Reincidência = DOBRO Embargo Provisório Prazo determinado + multa + despesas que a Adm. incorrer Embargo Definitivo Revogação da outorga + multa + despesas que a Adm. incorrer Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 22 RESÍDUOS SÓLIDOS LEI 12 .305 /10 – PO L ÍTI CA NA CION AL DE RE SÍ DUO S SÓ LI DOS (PN RS ) A PNRS é uma lei bem “chata” de estudar. Textos extremamente longos e truncados. Vamos nos ater ao que tem sido mais cobrado em prova, mas tenha em mente que, pelo seu tamanho e complexidade, as bancas podem exigir “qualquer tópico”. Apesar disso, felizmente ela não está na lista dos assuntos com alta incidência em prova. Sugiro que faça uma leitura esporádica da lei como um todo, mas não se prenda a isso, visto que há outros assuntos mais relevantes, com custo x benefício melhor. DIS POS I ÇÕ ES G ER AI S DEFI NI ÇÕ ES Definições mais cobradas do art. 3º: Acordo Setorial Contrato firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Disposição final ambientalmente adequada Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. Gerenciamento de resíduos sólidos Ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Gestão integrada de resíduos sólidos Conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. Logística reversa Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada Padrões sustentáveis de produção e consumo Produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras Reciclagem Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 23 Rejeitos Resíduos sólidos que, após esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos Conjunto de atribuições individualizadase encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos. DA P OL ÍTI CA N A CIO NA L DE R ESÍ DU OS S ÓLI DOS DO S P RIN CÍPI OS DO S INS TR UM ENTO S Ao todo, art. 8º lista 19 instrumentos da PNRS. O custo x benefício de decorá-los é baixíssimo. Portanto, vamos listar apenas o que realmente vimos ser cobrado em prova. 1. Incentivos fiscais, financeiros e creditícios; 2. Incentivo à criação de cooperativas e associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis 3. Planos de resíduos sólidos 4. Os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos 5. Coleta seletiva e os sistemas de logística reversa 6. Monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária 7. O Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 8. A Pesquisa científica e tecnológica Pr in cí pi os d a PN RS (a rt . 6 º) A prevenção e a precaução Poluidor-pagador e o protetor-recebedor Visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos Cooperação entre as esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade Reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social Desenvolvimento sustentável Ecoeficiência A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos O respeito às diversidades locais e regionais O direito da sociedade à informação e ao controle social A razoabilidade e a proporcionalidade M A IS CO BRA D O S Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 24 9. Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa) 10. Conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde 11. Órgãos colegiados municipais destinados ao controle social dos serviços de resíduos sólidos urbanos; 12. Termos de compromisso e os termos de ajustamento de conduta; 13. Incentivo à adoção de consórcios ou outras formas de cooperação entre os entes federados. 14. Cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas DAS DI RE TRIZ ES AP LI CÁ VEI S A OS RE SÍ DU OS S ÓL I DOS Disposições Preliminares Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade (art. 9º): 1. Não geração 2. Redução 3. Reutilização 4. Reciclagem 5. Tratamento dos resíduos sólidos 6. Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos Planos de Resíduos Sólidos Para terem acessos aos recursos da União: Municípios devem elaborar plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos (art. 18) Estados devem elaborar plano estadual de resíduos sólidos, com vigência indeterminada, com horizonte de atuação de 20 anos e revisões a cada 4 anos (art. 16 cc art. 17) Responsabilidades do Geradores Fabricantes, distribuidores, importadores, etc. dos produtos abaixo são OBRIGADOS a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno do produto pelo consumidor após o uso (art. 33): o Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens o Pilhas e baterias o Pneus o Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens o Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sócio e mercúrio e de luz mista o Eletroeletrônicos e seus componentes Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 25 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL RES PON SABIL I DA DE CI VIL A MBI ENT A L Diz ainda a CF/88 em seu art. 225, § 3º: condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas FÍSICAS ou JURÍDICAS, às sanções penais e administrativas independentemente da obrigação de reparar o dano causado. JURISPRUDÊNCIAS Súmula 467, STJ Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. Súmula 613, STJ Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental. Súmula 618, STJ A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental. Súmula 623, STJ As obrigações ambientais possuem natureza propter rem, sendo admissível cobrá-las do proprietário ou possuidor atual e/ou dos anteriores, à escolha do credor. Súmula 629, STJ Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar. Súmula 652, STJ A responsabilidade civil da Administração Pública por danos ao meio ambiente, decorrente de sua omissão no dever de fiscalização, é de caráter solidário, mas de execução subsidiária. Súmula 619, STJ A ocupação indevida de bem público é mera detenção de bem, inexistindo indenização por benfeitorias. STF, RE 654.833 É imprescritível a pretensão de reparação civil de dano ambiental. STF, ARE 1.352.872 É imprescritível a pretensão executória e inaplicável a prescrição intercorrente na execução de reparação de dano ambiental, ainda que posteriormente convertida em indenização por perdas e danos. R ES PO N SA BI LI D A D E CIVIL (Lei 6.938/81 - PNMA) OBJETIVA | Risco Integral (independentemente de dolo ou culpa) É o poluidor obrigado, independentemente de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros (art. 14, §1º). POLUIDOR: pessoa FÍSICA ou JURÍDICA, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de DEGRADAÇÃO AMBIENTAL (art. 3º, IV). O MPU e o MPE terão legitimidade para propor ação de responsabilidade CIVIL e CRIMINAL, por danos causados ao meio ambiente (art. 14, §1º). ADMINISTRATIVA SUBJETIVA (dolo ou culpa) PENAL Sempre SUBJETIVA Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 26 LEI 9. 605/ 98 – S AN ÇÕES PE NAI S E ADMI NISTR ATI VAS DIS POS I ÇÕ ES G ER AI S 1Teoria da Dupla Imputação: é POSSÍVEL a responsabilização penal da PJ por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da PF que agia em seu nome. A jurisprudência não mais adota a "dupla imputação" (STF, RE 548.181 e STJ, RMS 39.173). AP LI CAÇÃO DA P EN A CI R CUN STÂN CIA S Q UE AGR AV A M A P EN A Agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: 1. Reincidência nos crimes de natureza ambiental; 2. Ter o agente cometido a infração: Para obter vantagem pecuniária; Coagindo outrem para a execução material da infração; Afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; Concorrendo para danos à propriedade alheia; Atingindo áreas de conservação ou sujeitas a regime especial de uso; Atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; Em período de defeso à fauna; Em domingos, feriados ou à noite; Em épocas de seca ou inundações; No interior do espaço territorial especialmente protegido; Com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; Mediante fraude ou abuso de confiança; Mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; Atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; Facilitada por funcionário público no exercício desuas funções. No interesse de PJ mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; Responsabilidade por Crimes Ambientais Pessoas Físicas 1) Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes, na medida de sua culpabilidade 2) Diretor, administrador, Membro de conselho e de órgão técnico, auditor, gerente, preposto ou mandatário de PJ, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, DEIXAR DE impedir, QUANDO PODIA evitá-la. Pessoas Jurídicas Responsabilidade da PJ: ADMINISTRATIVA + CIVIL + PENAL Quando: cometido por representante legal, contratual, ou colegiado, no INTERESSE ou BENEFÍCIO da ENTIDADE. Responsabilidade da PF: a responsabilidade das PJ NÃO EXCLUI a das PF, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato Desconsideeração da Personaliade Jurídica: PODERÁ ser desconsiderada a PJ sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados. 1 Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 27 CI R CUN STÂ N CIA S Q UE ATE NU AM A PE N A 1. Baixo grau de instrução ou escolaridade do agente – DESPENCA 2. Arrependimento, manifestado pela espontânea reparação, ou limitação significativa da degradação; 3. Comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; 4. Colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. PEN AS APLI CÁV EIS (N ATU RE ZA PE NAL ) Atenção! Não confunda as penas restritivas de direito de natureza penal (art. 8º), com as restritivas de direito de natureza administrativa (art. 72, §8º). PENAS PF Regra Geral: PRIVATIVA de liberdade Exceção: substituída por RESTRITIVA de direitos quando: - Crime culposo OU pena privativa de liberdade inferior a 4 anos; E - Circunstâncias, motivos, culpabilidade, antecedentes e personalidade do condenado indicarem que a substiuição seja suficiente Penas RESTRITIVAS de direito (mesma duração da privativa de liberdade): - Prestação de serviços à comunidade - Interdição temporária de direitos - 5 anos se doloso | 3 anos se culposo - Suspensão parcial ou total de atividades - quando inobservância das prescrições legais - Prestação pecuniária - Recolhimento domiciliar PJ Multa Prestação de serviços à comunidade Restritivas de direito Suspensão parcial ou total de atividades ➤Quando não observar regras de preservação Interdição ➤Quando em funcionamento irregular Proibição de contratar com o Poder Público, e dele obter subsídios, subvenções ou doações ➤Prazo Máximo: 10 anos Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 28 AP RE ENS ÃO DO PR O DU TO E DO INST RU MENT O DE IN FRAÇÃO ADM. OU DE CRI M E Verificada a infração, serão APREENDIDOS seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos AUTOS. Animais Serão PRIORITARIAMENTE libertados em seu habitat Se inviável / não recomendável, serão entregues a zoológicos, fundações e assemelhadas. Enquanto não entregues, o órgão atuante zelará pelo bem-estar físico, acondicionamento e transporte dos animais. Produtos Perecíveis ou Madeira AVALIADOS e DOADOS a instituições científicas, hospitalares, penais e outras beneficentes Produtos e subprodutos da fauna não perecíveis Serão DESTRUÍDOS ou DOADOS a instituições científicas, culturais ou educacionais Instrumentos VENDIDOS, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem DO S CR IM ES CO NTR A O M EIO A MBI ENT E HIS TÓ RI CO DE COB RAN ÇA Tema importante dentro da Lei 9.605/98. É um tópico totalmente “decoreba”, mas infelizmente não há para onde fugir. Simplificamos ao máximo, sem prejuízo à essência do conteúdo. Ainda assim, caso você esteja sem tempo, preparamos o pequeno esquema abaixo para que você utilize como guia, com o percentual de cobrança nos últimos 10 anos. Dê atenção ao que importa! Crimes Contra o Meio Ambiente Crimes Contra a Fauna 42% Crime Contra a Flora 22% Poluição e Outros Crimes 17% Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural 10% Crimes Contra a Adm. Ambiental 9% Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 29 DO S CR IM ES CO NTR A A FA UNA CONDUTA OBSERVAÇÃO DESPENCA Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre1, nativos ou em rota migratória, SEM a devida permissão, licença ou autorização, ou em desacordo com a obtida. Atenção! As disposições não se aplicam aos atos de pesca. Pena Detenção de 6 meses a 1 ano + multa Incorre nas MESMAS penas 1. Quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; 2. Quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; 3. Quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização. Isenção de pena No caso de guarda doméstica de espécie silvestre NÃO considerada ameaçada de extinção, PODE o juiz, considerando as circunstâncias, DEIXAR de aplicar a pena. AUMENTO de pena pela METADE 1. Em período proibido à caça; 2. Durante a noite; 3. Com abuso de licença; 4. Em unidade de conservação; 5. Contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; 6. Com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. AUMENTO de pena até o TRIPLO Se o crime decorre do exercício de caça profissional. Art. 30. EXPORTAR para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização. Pena Reclusão de 1 a 3 anos + multa Art. 31. INTRODUZIR espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente. Pena Detenção de 3 meses a 1 ano + multa Preparado exclusivamente para Tício das Neves | CPF: 66313539710 https://www.concurseiroforadacaixa.com.br/ Direito Ambiental C o n c u r s e i r o F o r a d a C a i x a concurseiroforadacaixa.com.br | 30 CONDUTA OBSERVAÇÃO Art. 32. PRATICAR ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena Detenção de 3 meses a 1 ano + multa Atenção! Novidade 2020: quando se tratar de cão ou gato, a pena será de reclusão, de 2-5 anos + multa + proibição da guarda. Incorre nas MESMAS penas Quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. Quem realiza ou permite a realização de tatuagens e a colocação de piercings em cães e gatos, com fins estéticos. AUMENTO de pena de 1/6 a 1/3 Se ocorre morte do animal. Art. 33. PROVOCAR, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna AQUÁTICA existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras. Pena Detenção de 1-3 anos OU multa, OU ambas cumulativamente Incorre nas MESMAS penas 1. Quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura de domínio público 2. Quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização 3. Quem fundeia embarcações ou lança detritos sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados