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Professora_larissa.nani 
 
 
@juscursospreparatorios 
 
INTRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL 
Direito constitucional é o ramo do direito que se dedica à análise e interpretação das normas 
constitucionais. A norma constitucional é considerada a Lei Suprema de um Estado soberano e 
compreendida como o ápice da pirâmide normativa de uma ordem jurídica, e tem como função 
regulamentar o poder estatal, delimitando-o e garantindo os direitos considerados fundamentais. 
 A Constituição é o Objeto de estudo do Direito Constitucional, deve ser entendida como a lei 
fundamental e suprema de um Estado, que rege a sua organização político-jurídica. 
Concepções de constituição 
Segundo o sentido sociológico, escrito por Ferdinand Lassale, na obra “A essência da Constituição”, uma 
Constituição é o produto da soma dos fatores reais de poder que regem a sociedade. 
A conceituação Política, dada por Carl Shmitt, diz que a Constituição é uma decisão política fundamental 
que o Poder Constituinte reconhece e pronuncia ao impor uma nova existência política. 
Já o Conceito Jurídico de Constituição, construído por Hans Kelsen, a Constituição se apresenta 
enquanto norma superior, de obediência obrigatória e que fundamenta e da validade a todo o restante do 
ordenamento jurídico. 
 
 
 
CONSTITUCIONALISMO 
O constitucionalismo pode ser definido em dois sentidos, quais sejam: sentido amplo e sentido estrito. O 
primeiro refere-se à existência de uma constituição dentro do Estado. O segundo refere-se à garantia de 
direitos e à limitação de poderes que devem existir dentro de um Estado. 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA, FORMAÇÃO E CLASSE DAS CONSTITUIÇÕES 
1. Conceito de Estado 
 
Estado é entidade político-social juridicamente organizada para executar os objetivos da soberania 
nacional. 
ESTADO X NAÇÃO 
As expressões “Estado” e “nação” não são sinônimas. O conceito de nação envolve a existência de 
vínculos comuns entre os habitantes de determinado local. Trata-se do conjunto homogêneo de pessoas 
que se consideram ligadas entre si por vínculos: hereditário, idioma, religião, cultura, ideias, objetivos, 
entre outros. Já a definição de Estado envolve, necessariamente, o aspecto de organização jurídica desse 
conjunto de pessoas (sociedade). 
ELEMENTOS DO ESTADO 
Ao conceituar o que seja Estado, existem três elementos básicos: 
a) território: base física do Estado sobre a qual se fixa o povo e se exerce o poder estatal. 
b) povo: conjunto de pessoas com capacidade jurídica para exercer os direitos políticos assegurados pela 
organização estatal. 
c) governo: comando por parte de autoridade soberana, entendido como o conjunto das funções 
necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública. 
ESTADO = Território + Povo + Governo 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
Para estudar o Direito Constitucional, devemos primeiramente entender os tipos de Constituições e onde 
a nossa Constituição se encaixa dentro dessa classificação. Sendo assim, veremos as principais 
classificações de constituições. 
Quanto ao conteúdo 
Material: é a constituição que somente possui matéria constitucional, independentemente de estar em um 
documento ou em vários documentos esparsos. Assim, é a Constituição que só trata da organização do 
Estado, aquisição e exercício do poder, direitos e garantias fundamentais etc. 
Formal: é a constituição que não trata apenas de matéria constitucional, podendo tratar também de outros 
assuntos, pois o que importa é o seu processo solene de aprovação, na comparação com outras normas. 
Recebe o nome “formal” porque não importa o seu conteúdo, mas a forma solene através da qual ela foi 
aprovada. Assim, constituição formal é um documento solenemente aprovado, não importando de quais 
assuntos trata. Um exemplo disso é a disposição constante no Art. 242, § 2º: 
Professora_larissa.nani 
 
 
@juscursospreparatorios 
 
§ 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido 
na órbita federal. 
A nossa Constituição Federal de 1988 é do tipo FORMAL. 
Quanto à forma 
Escrita (instrumentais): Trata-se de um documento solene (ou mais de um), formalmente aprovado pelo 
Poder Constituinte originário. É o caso da Constituição de 1988 (e todas as outras constituições 
brasileiras). 
Costumeira (não escritas ou consuetudinárias): é formada por costumes e tradições seculares, muitos 
deles não escritos. Dá-se como exemplo a Constituição da Inglaterra. 
As constituições costumeiras, ao contrário do que muitos podem ser levados a pensar, possuem também 
normas escritas. Elas não são formadas apenas por costumes. As leis e convenções (normas escritas) 
também fazem parte dessas constituições. 
Quanto ao modelo de elaboração 
Dogmática: é fruto de um trabalho legislativo específico. O legislador, num determinado momento 
histórico, discute, debate, elabora um texto e aprova a nova Constituição. Recebe o nome “dogmática” 
porque reflete os dogmas, o pensamento de um determinado momento histórico. Podemos afirmar que a 
constituição dogmática é como uma “fotografia” de um determinado momento histórico. 
Históricas: Decorre de uma lenta evolução histórica de um povo. 
Quanto à extensão 
Analíticas: tem esse nome por serem mais detalhadas, regendo todos os assuntos que entendem relevantes 
à formação, destinação e funcionamento do Estado. 
Sintéticas: estas se preocupam somente com os princípios e as normas gerais de regência do Estado, 
organizando e limitando seu poder através dos direitos e garantias individuais. Ou seja, praticamente só 
possuem normas materialmente constitucionais. 
Quanto à origem 
Outorgadas (impostas, ditatoriais, autocráticas): As Constituições Outorgadas são aquelas impostas, 
que surgem sem participação popular. Resultam de ato unilateral de vontade da classe ou pessoa 
dominante no sentido de limitar seu próprio poder, por meio da outorga de um texto constitucional. 
Exemplos: Constituições brasileiras de 1824, 1937 e 1967 e a EC nº 01/1969. 
Promulgadas (populares, democráticas ou votadas): é a Constituição democrática, feita pelos 
representantes do povo, legitimamente por ele escolhidos. Nascem com participação popular, por processo 
democrático. Normalmente, são fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, convocada 
especialmente para sua elaboração. Exemplos: Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988. 
 
 
 
Cesaristas (bonapartistas): Não muito usada pelas bancas, são também outorgadas, mas necessitam de 
referendo popular. O texto é produzido sem qualquer participação popular, cabendo ao povo apenas a sua 
ratificação. 
Quando à estabilidade 
Esse critério recebe diversas denominações, contudo iremos abordar aquelas que mais são cobradas em 
concursos no Brasil, que são: rígidas, semirrígidas e flexíveis. 
Rígidas: é a Constituição que possui um procedimento mais rigoroso de alteração, se comparada às 
demais leis. 
É o caso da Constituição brasileira de 1988, que possui uma série de regras constitucionais que 
estabelecem um procedimento de reforma mais rigoroso. Um exemplo seria o quórum de aprovação: 
enquanto o quórum de aprovação de uma lei ordinária é maioria simples ou relativa (mais da metade dos 
presentes) e o quórum de aprovação de uma lei complementar é maioria absoluta (mais da metade de 
todos os membros), o quórum de aprovação de uma emenda constitucional é de 3/5 (devendo, ainda, ser 
aprovada em dois turnos, nas duas casas do Congresso Nacional). 
Semirrígidas: é aquela constituição que é tanto rígida como flexível, ou seja, algumas matérias exigem 
um processo de alteração mais dificultoso do que para alteração de leis infraconstitucionais, enquanto 
outras não requerem tal formalidade. 
Flexível: é aquela que não possui um processo de alteração mais dificultoso do que o processo legislativo 
de alteração das normas infraconstitucionais. Ou seja, são aquelasa polícia ou representantes da Justiça 
podem entrar no domicílio alheio sem permissão do proprietário. 
No entanto, existem quatro exceções: 
• Caso de flagrante delito (crime que está sendo praticado); 
• Caso de desastre (inundação, desabamento, explosão etc.); 
• Para prestar socorro (por exemplo, alguém sofre um ataque epilético); 
• Por determinação judicial, durante o dia (nesse caso, nunca à noite). 
Importante observar que, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, a expressão domicílio considera-
se não somente a residência, mas qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém 
exerce profissão ou atividade, compreendendo, observada essa específica limitação espacial (área interna 
não acessível ao público), os escritórios, os consultórios profissionais, empresas, os quartos de hotéis, 
cabine do caminhão (quando o caminhoneiro o faz de residência provisória), motor home, etc. 
Se liga! 
Para o STF, o conceito de “casa” revela-se abrangente, estendendo-se a: 
• Qualquer compartimento habitado; 
• Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva; 
 
 
 
• Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou 
atividade pessoal. 
Inviolabilidade de domicílio – Entendimento do STF e regras constitucionais 
• O STF reconhece que escritórios profissionais estão protegidos pela inviolabilidade do 
domicílio, mas essa proteção não se aplica para acobertar atos ilícitos. 
• A Corte validou a entrada de policiais em escritório durante a noite, com ordem judicial, 
para instalação de escuta, devido à necessidade de sigilo da operação. 
Hipóteses em que se pode ingressar na casa de alguém: 
1. Com consentimento do morador. 
2. Sem consentimento, com ordem judicial, apenas durante o dia. 
3. A qualquer hora, sem consentimento, em caso de: 
o Flagrante delito, 
o Desastre, 
o Prestar socorro. 
Conceito legal de “dia” (Lei 13.869/2019- abuso de autoridade): das 5h às 21h. Cumprimento de 
mandado fora desse horário é crime. 
Obs.: A doutrina admite que, iniciada a diligência durante o dia com ordem judicial, a atuação 
policial pode se estender à noite. 
Inviolabilidade das Comunicações 
Dispõe o inciso XII, art. 5º da CF: 
XII – É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal; 
Tal garantia abrange também as comunicações por meios eletrônicos. 
Embora a autorização expressa para a violação excepcional refira-se às comunicações telefônicas, a 
garantia da inviolabilidade das correspondências também não é absoluta, visto que existem direitos e 
garantias fundamentais de caráter absoluto no Estado Brasileiro. Assim, numa situação concreta, em que 
estejam em jogo outros valores constitucionalmente protegidos (direito a vida, por exemplo), poderá 
ocorrer à violação das correspondências, para salvaguardar o direito à vida. 
Professora_larissa.nani 
 
 
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A exceção somente se aplica às comunicações telefônicas e nos casos de investigação ou instrução penal, 
ou seja, em que houver suspeita de prática de crime. 
Ademais, o próprio texto constitucional prevê circunstâncias excepcionais que admitem a restrição dessas 
garantias, como o estado de defesa e o estado de sítio (CF, arts. 136, §1º e 139). 
Sendo assim, o art. 5º, inciso XII, da CF/88 trata da inviolabilidade das correspondências e das 
comunicações. A leitura inicial do dispositivo sugere que apenas as comunicações telefônicas poderiam 
ter seu sigilo violado, havendo proteção absoluta quanto às correspondências e às comunicações 
telegráficas e de dados. No entanto, esse não é o entendimento do STF. 
Como não há direitos absolutos, admite-se que a lei ou decisão judicial preveja hipóteses de 
interceptação das correspondências e das comunicações telegráficas e de dados, sempre que usadas 
para acobertar a prática de ilícitos. 
O STF entende que a administração penitenciária pode, excepcionalmente e com base em razões de 
segurança, disciplina ou preservação da ordem, interceptar correspondência de sentenciados, desde 
que observado o art. 41, parágrafo único, da Lei nº 7.210/1984 (LEP). 
Quanto à comunicação de dados, o STF entende que a apreensão de HD com e-mails armazenados não 
configura violação ao sigilo da comunicação de dados, pois a proteção é da comunicação em si, não 
dos dados armazenados. Com o mesmo raciocínio, considerou-se lícita a prova obtida pela verificação 
dos registros de chamadas em celular de preso em flagrante. 
No que se refere ao sigilo das comunicações telefônicas, há distinção entre: 
• Quebra de sigilo telefônico: acesso ao extrato de ligações (como as contas das operadoras). Pode 
ser determinada pelo Poder Judiciário e por Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). 
• Interceptação telefônica: acesso ao conteúdo das conversas. É medida mais grave e só pode ser 
autorizada judicialmente, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
O art. 5º, inciso XII, é norma de eficácia contida, podendo ter seu alcance restringido em situações como 
estado de defesa ou de sítio. 
Além disso, há três institutos semelhantes que devem ser diferenciados: 
1. Interceptação telefônica: captação por terceiro sem o conhecimento dos interlocutores; exige 
autorização judicial. 
2. Escuta telefônica: captação por terceiro, com conhecimento de apenas um dos interlocutores. 
3. Gravação telefônica: feita por um dos interlocutores, sem consentimento do outro. 
 
 
 
 
Sigilo das Comunicações – Art. 5º, XII, CF/88 
Tema Entendimento 
Âmbito de proteção 
Inviolabilidade da correspondência, comunicações telegráficas, de dados e 
telefônicas. 
Direito absoluto? 
Não. Admite-se exceção legal ou judicial, especialmente quando 
acobertar práticas ilícitas. 
Administração 
penitenciária 
Pode interceptar correspondência de presos por razões de segurança, 
disciplina ou ordem jurídica. 
Dados x Comunicação de 
dados 
Proteção constitucional é da comunicação, não dos dados armazenados 
(ex: e-mails, HDs). 
Celular – dados de 
chamadas 
Lícita a verificação de registros de ligações em caso de flagrante. 
Eficácia da norma 
Eficácia contida – pode ter o sigilo restringido em estado de defesa ou 
sítio. 
 
📞 Tipos de Acesso a Comunicações Telefônicas 
Tipo Definição Autorização exigida 
Interceptação 
Captação por terceiro sem o conhecimento dos 
interlocutores 
Apenas pelo Judiciário 
Escuta 
Captação por terceiro, com conhecimento de 
apenas um interlocutor 
Varia conforme o caso – 
geralmente judicial 
Gravação 
telefônica 
Feita por um dos interlocutores, sem ciência do 
outro 
Válida como prova, conforme 
situação 
Quebra de sigilo 
Acesso ao extrato de ligações (dados de 
conta/operadora) 
Judiciário ou CPI 
 
 
Liberdade de Atividade Profissional 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
Professora_larissa.nani 
 
 
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Trata-se de norma de eficácia contida, visto ter aplicabilidade imediata, mas está sujeita a restrições a 
serem impostas pelo legislador originário. 
Assim, enquanto não estabelecidas em lei às qualificações para o exercício de determinada profissão, 
qualquer indivíduo poderá exercê-la. Quando estabelecidas as qualificações profissionais pelo legislador, 
somente aqueles que cumprirem tais qualificações poderão exercer a profissão. 
O STF considerou constitucional o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para a Corte, o 
exercício da advocacia traz um risco coletivo, cabendo ao Estado limitar o acesso à profissão e ao 
respectivo exercício. 
Outro entendimento importante foi em relação à liberdade do exercício profissional, no sentido de que éinconstitucional a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. 
Direito de Reunião 
XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra 
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente. 
A CF garante a todos o direito de reunião em locais públicos sem necessidade de solicitar autorização ao 
ente público. 
Porém, impõe algumas condições: 
• A reunião deve ser pacífica; 
• Os manifestantes não podem portar armas; 
• Não devem frustrar outra manifestação anteriormente convocada para o mesmo local; 
• Deve haver aviso prévio à autoridade competente para que esta possa, por exemplo, verificar se já 
não há reunião marcada para o mesmo local e horário, organizar o trânsito local, garantir a proteção 
dos que participarão da reunião etc. 
O direito em questão pode ser restringido nos casos de guerra, estado de defesa e estado de sítio. 
Direito de Associação 
XVII – É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
XVIII – A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativa independem 
de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
 
 
 
XIX – As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o 
trânsito em julgado; 
XX – Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI – As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicialmente ou extrajudicialmente; 
Pela leitura do texto constitucional acima verifica-se que é garantido as pessoas associarem-se para os fins 
que desejarem, desde que não seja para fins paramilitares. 
O direito de reunião é um direito típico de uma democracia, estando intimamente relacionado à 
liberdade de expressão. É um direito individual, mas que se expressa de maneira coletiva. A Carta 
Magna de 1988 estabelece as seguintes condições para seu exercício: 
a) a reunião deverá ter fins pacíficos e apresentar ausência de armas; 
b) a reunião deverá ser realizada em locais abertos ao público; 
c) o exercício do direito de reunião não poderá frustrar outra reunião 
convocada anteriormente para o mesmo local; 
d) desnecessidade de autorização; 
e) prévio aviso à autoridade competente. 
 
Atenção: O direito de reunião é protegido por mandado de segurança, não por habeas corpus. 
Atenção 2: Segundo o STF, a “Marcha da Maconha” é compatível com o direito de reunião e com a 
liberdade de expressão. No entanto, não se admite o consumo de droga ilícita durante a realização do 
evento. 
O Estado não pode interferir nas associações e cooperativas, que tem o direito de se organizarem 
conforme desejarem, desde que respeitem as normas legais, não podendo ainda, o Estado, exigir qualquer 
autorização para criação de associações. 
Para a suspensão (interrupção temporária das atividades) da associação exige-se decisão judicial, sendo 
para a dissolução (extinção definitiva) além da decisão judicial, exige-se o trânsito em julgado, ou seja, 
não caiba mais nenhum recurso. 
A Constituição Federal, ainda expressa que ninguém será obrigado a se associar e também sendo 
permitido se desassociar a qualquer momento. 
Às associações ainda são permitidas representar seus filiados perante terceiros e perante o próprio 
Judiciário, desde que sejam expressamente autorizadas para tanto. 
Professora_larissa.nani 
 
 
@juscursospreparatorios 
 
 Tome nota: Direito de associação é diferente de direito de reunião. Isso porque a associação 
pressupõe um vínculo de maior duração, permanente. Já na reunião, esse vínculo é transitório. 
Direito à Informação 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; 
O texto constitucional acima trata do direito de todas as pessoas de obter informações sobre os assuntos 
mais diversos e provenientes das mais diversas fontes. Não permitindo ao Estado dizer à quais 
informações e provenientes de quais fontes o indivíduo terá acesso. 
Direito à Obtenção de Informações de Órgãos Públicos 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
A ideia é que o Estado forneça aos cidadãos todas as informações solicitadas por ele, desde que não 
tenham caráter sigiloso e que se refiram a informações pessoais de terceiros. 
O direito à informação, que confere aos cidadãos a prerrogativa de receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral. 
Atenção pois os órgãos públicos não precisam fornecer toda e qualquer informação de que disponham. 
As informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado não devem ser 
fornecidas. Também não são de acesso geral as informações pessoais, que estão protegidas pelo art. 
5º, X, da CF/88, que dispõe que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação”. 
No caso de lesão ao direito à informação, o remédio constitucional a ser usado pelo particular é o 
mandado de segurança. Não é o habeas data! Isso se porque busca garantir o acesso a informações 
de interesse particular do requerente ou de interesse coletivo ou geral e não aquelas referentes à sua 
pessoa (que seria a hipótese de cabimento de habeas data). 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder; 
 
 
 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento 
de situações de interesse pessoal; 
Princípio da inafastabilidade de jurisdição 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
Como regra, não há exigência de esgotamento da via administrativa para acesso ao Poder Judiciário. 
No entanto, existem exceções em que a jurisdição é condicionada: 
1. Habeas data: exige prévio pedido administrativo negado ou ignorado pela Administração 
Pública sobre acesso ou retificação de dados pessoais. 
2. Controvérsias desportivas: só podem ser judicializadas após o esgotamento das instâncias da 
justiça desportiva, conforme art. 217, §1º, da CF/88. 
3. Reclamação por descumprimento de súmula vinculante: só será admitida após esgotadas as 
vias administrativas, nos termos do art. 7º, §1º, da Lei nº 11.417/2006. A reclamação tem 
natureza de direito de petição, não sendo ação, recurso ou incidente processual. 
4. Benefício previdenciário: é necessário o prévio requerimento administrativo ao INSS; sem 
ele, não há interesse de agir. 
🛡Direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
Instituto Definição Exemplo 
Direito 
adquirido 
Direito que já se incorporou ao patrimônio do 
particular, após o cumprimento dos requisitos 
exigidos pela lei vigente à época. 
Pessoa que preenche os requisitos para 
aposentadoria sob a lei X mantém o 
direito mesmo após a lei Y. 
Ato jurídico 
perfeito 
Ato que preenche todos os requisitos exigidos 
pela lei vigente no momento de sua realização. 
Contrato celebrado durante a vigência da 
lei X. 
Coisa 
julgada 
Decisão judicial sobre a qual não cabe mais 
recurso. 
Sentença transitada em julgado. 
 
⚖Observação sobre irretroatividade 
Regra 
geral 
As leis não podem retroagirpara prejudicar direito adquirido, ato jurídico perfeito 
ou coisa julgada. 
Exceção A retroatividade benéfica é permitida, desde que favoreça o indivíduo. 
Professora_larissa.nani 
 
 
@juscursospreparatorios 
 
⚖Princípio do Juiz Natural (Art. 5º, incisos XXXVII e LIII, CF/88) 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
Aspecto Descrição 
Fundamento 
constitucional 
Art. 5º, incisos XXXVII e LIII da CF/88. 
Nome do princípio Juízo natural ou juiz natural. 
Finalidade 
Garantir que o indivíduo seja julgado por juiz imparcial, conforme regras 
previamente estabelecidas. 
Proibição decorrente 
Vedação à criação de tribunais ou juízos de exceção (ex: criados ad hoc, 
após o fato ocorrido). 
Regra de 
competência 
Obrigatoriedade de respeito às regras objetivas de competência, para 
preservar a imparcialidade e independência do juiz. 
 
Júri Popular 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a 
lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
 A instituição do júri assenta-se no princípio democrático, pois confere ao cidadão o direito de ser 
julgados por seus semelhanes, escolhidos aleatoriamente entre os cidadãos da cidade. Considerando que 
o crime de latrocínio constitui crime contra o patrimônio, nossa Corte Suprema firmou o entendimento de 
que não está ele abrangido pela competência do tribunal do júri. Essa orientação restou consolidada na 
Súmula 603 do STF, cujo enunciado dispõe: “603- A competência par o processo e julgamento do 
latrocínio são do juiz singular e não do tribunal do júri”. 
Deve-se ressaltar ainda, que a competência do tribunal do júri para o julgamento dos crimes dolosos contra 
a vida não é absoluta, pois não abrange os crimes dolosos contra a vida praticados por detentores de “foro 
especial por prerrogativa de função”, que são julgados originariamente por certos tribunais do Poder 
Judiciário, conforme previsto na Constituição Federal. 
Limites da competência do Tribunal do Júri 
 
 
 
• A competência do Tribunal do Júri não é absoluta, pois não se aplica aos detentores de foro 
por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal (ex: Presidente da República e 
membros do Congresso Nacional), que serão julgados pelo STF, mesmo em crimes dolosos 
contra a vida. 
• Contudo, se o foro especial estiver previsto apenas na Constituição Estadual, prevalece a 
competência do Tribunal do Júri, conforme a Súmula Vinculante nº 45 do STF. 
• Exemplo: Vereadores com foro por prerrogativa de função na Constituição Estadual serão 
julgados pelo Tribunal do Júri em caso de crime doloso contra a vida. 
Princípio da legalidade 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
O art. 5º, inciso XXXIX, da CF/88, estabelece um importante princípio constitucional do direito penal: 
o princípio da legalidade. Esse princípio desdobra-se em dois outros princípios: o princípio da reserva 
legal e o princípio da anterioridade da lei penal. 
O princípio da reserva legal determina que somente lei em sentido estrito (lei formal, editada pelo 
Poder Legislativo) poderá definir crime e cominar penas. Nem mesmo medida provisória 
Princípio da anterioridade da lei penal 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
Princípios Constitucionais do Direito Penal (Art. 5º, XXXIX e XL, CF/88) 
O princípio da legalidade penal está previsto no art. 5º, inciso XXXIX, da CF/88 e desdobra-se em: 
1. Princípio da reserva legal: apenas lei em sentido estrito (lei formal, editada pelo Legislativo) 
pode definir crimes e penas. Medida provisória não pode tratar de matéria penal (art. 62, § 1º, 
I, “b”). 
2. Princípio da anterioridade da lei penal: exige que a lei penal esteja em vigor antes da 
conduta para que esta seja considerada crime. 
Desse último princípio decorre a irretroatividade da lei penal (art. 5º, XL), que é a regra geral. 
Contudo, admite-se a retroatividade da lei penal mais benéfica, ou seja, se a nova lei favorecer o réu, 
ela poderá ser aplicada a fatos ocorridos antes de sua vigência. 
 
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📊 Princípios e Regras da Legalidade Penal 
Princípio / Regra Descrição Base Legal 
Legalidade penal 
Ninguém será punido por fato que não esteja definido 
como crime por lei. 
Art. 5º, XXXIX, 
CF/88 
Reserva legal Apenas lei formal pode definir crime e pena. 
Art. 5º, XXXIX e 62, 
§1º, I, “b” 
Anterioridade da lei 
penal 
A conduta só pode ser punida se houver lei anterior 
prevendo o crime e a pena. 
Art. 5º, XXXIX, 
CF/88 
Irretroatividade da lei 
penal 
A lei penal não retroage, salvo se for mais benéfica. Art. 5º, XL, CF/88 
Retroatividade 
benigna 
A nova lei penal retroage se for mais favorável ao 
réu, mesmo que o fato já tenha ocorrido. 
 
Combate ao Racismo, à Tortura, Tráfico de Drogas, Terrorismo, Crimes Hediondos e Cometidos 
por Entidades Paramilitares 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito 
à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia 
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
A sociedade brasileira apresenta diversas raças, e por isso o racismo, é rechaçado pela nossa Constituição. 
Ao crime de racismo bem como de grupos paramilitares a Constituição previu que são inafiançáveis e 
imprescritíveis. 
Do mesmo modo o inciso XLIII considerou os crimes de tortura, tráfico de drogas e 
terrorismo como sendo de gravidade exacerbada e por isso merecem tratamento mais 
rigoroso. 
Inafiançável: não admite pagamento de fiança para que o réu responda em liberdade o processo. 
 
 
 
Imprescritível: prescrição é o instituto de direito penal pelo qual o Estado tem um tempo determinado 
para punir alguém por um delito, de modo que decorrido determinado tempo essa pretensão é perdida e o 
Estado não poderá mais punir, nos casos de crime de racismo bem como de grupos paramilitares, isso não 
ocorre. 
 
 
Resumo: Racismo e outros crimes inafiançáveis/imprescritíveis 
• Racismo é crime inafiançável (não admite fiança) e imprescritível (pode ser punido a qualquer 
tempo, mesmo com o decurso do prazo). 
• É punido com reclusão, pena mais grave que a detenção. 
• O STF entende que a injúria racial é espécie de racismo, sendo também inafiançável e 
imprescritível. 
• Os crimes de tortura, tráfico ilícito de drogas, terrorismo e os crimes hediondos são 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, mas não são imprescritíveis. 
• Ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado democrático também é 
crime inafiançável e imprescritível. 
Individualização e Tipos de Penas Adotadas 
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 XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
A nossa Constituição exige que a gradação (cálculo) e a execução da pena sejam individualizadas, isto é,que sejam adaptadas de acordo com a personalidade e idade do apenado, circunstâncias do crime etc. 
A enumeração das penas constitucionalmente admitidas não é exaustiva. A lei poderá adotar outras 
modalidades de pena, desde que não incida nas proibições expressas do artigo XLVII da Constituição 
Federal: 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
 
A alínea “a” permite-se interpretar que a pena de morte é admitida no Brasil em tempos de guerra externa 
declarada, vedada em qualquer outra época. Pena de caráter perpétuo não necessariamente significa 
prisão perpétua, mas qualquer pena que oprima o condenado pelo resto da vida. 
Pena de banimento é a pena de exílio. 
Penal cruel é aquela que aplica sofrimento físico ou menta, sendo comparável à tortura. 
Esquematizando: 
 
 
 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o período de amamentação; 
Extradição 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime 
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de 
opinião; 
Extraditar é entregar um indivíduo a outro país, no qual praticou determinado crime, para que seja lá 
julgado, com a aplicação das leis desse país. 
Assevera o texto constitucional que o brasileiro nato nunca será extraditado. Já o brasileiro naturalizado, 
somente pode ser em dois casos: 
➢ Se comprovada participação em tráfico de drogas praticado no exterior (nesse caso, não 
importando se tal crime ocorreu antes ou depois da naturalização); 
➢ No caso de crime comum praticado antes da naturalização (crime comum é aquele que não é crime 
político nem de opinião). 
Ninguém será extraditado (seja estrangeiro, seja brasileiro naturalizado) por crime político ou de opinião. 
Presunção de Inocência 
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LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença 
penal condenatória; 
O princípio acima referenciado estabelece que, até prova cabal e definitiva em contrário (consubstanciada 
na decisão judicial que não caiba mais recurso), todos são considerados inocentes. 
Atribuir a alguém o termo culpado por um crime somente após o término de um processo no qual tenha 
sido dada a oportunidade de ampla defesa ao acusado. 
Outros Incisos importantes processuais penais 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses 
previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo 
legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade 
ou o interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente 
ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
 
 
 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
Direitos dos Autores 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
Os autores de obras literárias e artísticas possuem direitos perpétuos sobre as suas obras (mas não podem 
ser transmitidos a terceiros, se aqueles assim concordarem). 
Do prazo que vai da data da morte do autor até os próximos 70 anos, os direitos da obra irá para família 
do Autor. Após esse período cairá em domínio público. 
Propriedade Intelectual (Inventos): A lei assegura temporariamente aos inventores suas criações, nomes 
e também logotipo. Não é um direito absoluto. Por exemplo, a quebra de patente de remédios pelo Brasil. 
🔒 Execução Penal e Direitos do Preso (Art. 5º, XLVIII a L) 
• Execução penal deve ser individualizada, considerando natureza do crime, idade e sexo do 
apenado. 
• Mulheres e idosos devem ficar em estabelecimentos próprios. 
• Presos têm direito à integridade física e moral. 
• Presas lactantes têm direito ao contato com os filhos e à amamentação. 
 
🌍 Extradição (Art. 5º, LI) 
• Brasileiro nato: não pode ser extraditado. 
• Brasileiro naturalizado: só pode ser extraditado por crime comum praticado antes da 
naturalização ou por envolvimento com tráfico de drogas. 
• Estrangeiros: podem ser extraditados, exceto por crimes políticos ou de opinião. 
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⚖️ Devido Processo Legal (Art. 5º, LIV, LV) 
• Garante justiça processual formal (direito à ampla defesa e contraditório) e substancial 
(razoabilidade/proporcionalidade). 
• Ampla defesa: direito de usar todos os meios lícitos de defesa e de se calar. 
• Contraditório: direito de rebater acusações e ter paridade com a acusação. 
• Valem para processos judiciais e administrativos. 
• Não se aplicam à fase de inquérito/sindicância — salvo se houver penalidade. 
 
📑 Provas Ilícitas (Art. 5º, LVI) 
• Provas obtidas com violação de direitos materiais são ilícitas e inadmissíveis. 
• Exceção: se houver provas lícitas e independentes no processo, este pode continuar. 
• STF aplica a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (provas derivadas de ilícitas também são 
ilícitas). 
• Exemplos de provas ilícitas: interceptação telefônica sem autorização, gravação clandestina por 
policiais, confissão obtida sob prisão ilegal. 
• Provas lícitas: gravação por um dos interlocutores ou em legítima defesa. 
 
⚖️ Presunção de Inocência (Art. 5º, LVII) 
• Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
• Prisões cautelares (flagrante, preventiva, temporária) são compatíveis com esse princípio. 
• STF não admite mais execução da pena após condenação em 2ª instância (desde 2019). 
 
📸 Identificação Criminal (Art. 5º, LVIII) 
• Regra: identificação civil. 
• Exceção: se não houver documentos ou em casos previstos em lei, admite-se a identificação 
criminal. 
 
 
 
 
⚖️ Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (Art. 5º, LIX) 
• Particular pode propor ação penal se o MP não o fizer no prazo legal. 
 
🔐 Publicidade dos Atos Processuais (Art. 5º, LX) 
• Regra: atos processuaissão públicos. 
• Exceções: defesa da intimidade ou interesse social. 
 
🚔 Prisão (Art. 5º, LXI a LXVI) 
• Só é permitida: 
a) em flagrante; 
b) por ordem judicial fundamentada; 
c) por crime/transgressão militar. 
• Prisão é excepcional. 
• Se a lei permitir, cabe liberdade provisória com ou sem fiança. 
• Direitos do preso: 
o Comunicação imediata ao juiz e à família (LXII) 
o Direito ao silêncio (LXIII) 
o Conhecer identidade dos responsáveis (LXIV) 
o Prisão ilegal deve ser relaxada (LXV) 
o Uso de algemas só em casos excepcionais, com justificativa escrita (Súmula Vinculante 
11) 
 
💸 Prisão Civil por Dívida (Art. 5º, LXVII) 
• Regra: é proibida. 
• Exceção: inadimplemento voluntário e inescusável de pensão alimentícia. 
• Prisão do depositário infiel não é mais admitida (Súmula Vinculante 25), em razão da 
Convenção Americana de Direitos Humanos (status supralegal). 
 
🗺️ Liberdade de Locomoção (Art. 5º, XV) 
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• Direito de ir, vir e permanecer em tempos de paz. 
• Pode haver restrições legais (ex.: ingresso de estrangeiros). 
 
⚖️ Acesso à Justiça e Assistência Jurídica (Art. 5º, LXXIV) 
• Direito à assistência jurídica gratuita apenas para quem comprovar insuficiência de recursos. 
 
💼 Responsabilidade Civil do Estado (Art. 5º, LXXV) 
• Estado deve indenizar por erro judiciário ou prisão além do tempo fixado. 
• Responsabilidade objetiva: não depende de dolo ou culpa do agente. 
 
📝 Gratuidade de Registros (Art. 5º, LXXVI) 
• Apenas registro de nascimento e certidão de óbito são gratuitos. 
 
🗳️ Exercício da Cidadania (Art. 5º, LXXVII) 
• Habeas corpus, habeas data e atos necessários ao exercício da cidadania são gratuitos, nos 
termos da lei (reserva legal). 
 
⏱️ Celeridade Processual (Art. 5º, LXXVIII) 
• Todos têm direito a processo com duração razoável. 
 
🔐 Proteção de Dados (Art. 5º, LXXIX) 
• É direito fundamental expresso e cláusula pétrea. 
 
 
 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
📜 Parágrafos do Art. 5º 
• §1º: direitos fundamentais devem ter máxima eficácia, mesmo sem regulamentação. 
• §2º: rol de direitos fundamentais é exemplificativo; admite novos direitos via tratados 
internacionais. 
 
Os parágrafos do art. 5º da CF trazem uma série de disposições gerais aplicáveis aos direitos e garantias 
individuais e coletivos: 
Aplicação imediata das Normas Definidoras de Direitos e Garantias Fundamentais 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação 
imediata. 
Isso significa que a intenção do constituinte era que as normas constitucionais que tratam de direitos e 
garantias fossem imediatamente aplicadas. 
Não Taxatividade dos Direitos e Garantias Fundamentais 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
Além dos direitos e garantias expressos no Art. 5º e em outros artigos da Constituição, o rol pode ser 
constantemente ampliado por meio de tratados internacionais assinados pelo Brasil. 
Aprovação de Tratados internacionais sobre Direitos Humanos com Status de Norma 
Constitucional 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três 
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
De acordo com o parágrafo acima, os tratados internacionais que passarem pelo mesmo rito de aprovação 
das emendas constitucionais (aprovação na Câmara e no Senado, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros) terá status de norma constitucional. 
Alocando esses tratados na pirâmide de Kelsen: 
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Questões 
1– CESPE/2009 (TRT – 17ª Região – Técnico Judiciário) A CF assegura a todos o direito de reunião 
pacífica em locais abertos ao público, desde que mediante autorização prévia da autoridade competente e 
que não se frustre outra reunião prevista para o mesmo local. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2– FCC/2009 adaptada (PGE/SP – Procurador de Estado) Considere as seguintes afirmações e julgue 
VERDADEIRO ou FALSO: 
 
( ) Liberdade, Igualdade e Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser relacionados, 
respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda e terceira gerações. 
( ) O direito à paz inclui-se entre os direitos humanos de segunda geração. 
( ) Os direitos humanos de primeira geração foram construídos, em oposição ao absolutismo, como 
liberdades negativas; os de segunda geração exigem ações destinadas a dar efetividade à autonomia dos 
indivíduos, o que autoriza relacioná-los com o conceito de liberdade positiva e com a igualdade. 
( ) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado direito fundamental de terceira 
geração. 
( ) O direito à vida inicia-se com a personalidade civil, ou seja, com o nascimento com vida. 
 
3– CESPE/2014 (TC-DF – Técnico de Administração) Com base nas normas constitucionais relativas aos 
direitos e garantias fundamentais e na jurisprudência do STF acerca dessa matéria, julgue os próximos 
itens. 
 
Embora a casa seja asilo inviolável do indivíduo, em caso de flagrante delito, é permitido nela entrar, 
durante o dia ou à noite, ainda que não haja consentimento do morador ou determinação judicial para 
tanto. 
 
 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4– De acordo com a Constituição da República, a lei regulará a individualização da pena e adotará as 
penas de, EXCETO: 
 
a) Privação ou restrição da liberdade. 
b) Perda de bens. 
c) Caráter perpétuo. 
d) Multa. 
e) Prestação social alternativa. 
 
5– Considere as seguintes afirmações e julgue VERDADEIRO ou FALSO: 
 
( ) (CESPE/TJ/DF/2012) A individualização da pena será regulamentada por lei. Dentre as penas 
admissíveis figura a de trabalhos forçados. 
( ) (CESPE/TJ/DF/2012) A reunião em local aberto depende de autorização prévia de autoridade 
judiciária. 
( ) (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo/2012) A CF não previu o direito de greve nem o direito à 
livre associação aos servidores públicos. 
( ) (ESAF/ATRFB/2009) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar da 
propriedade particular. No entanto, se houver dano, não será cabível indenização ao proprietário. 
 
6– MPE-MT/2014 (MPE-MT – Promotor de Justiça) Sobre o direito de reunião, é correto afirmar: 
 
a) Pressupõe o caráter de oficialidade, devendo ser a reunião assentada em ata. 
b) Não poderá a reunião ser realizada em locais públicos, sem a devida autorização. 
c) Poderá ser garantida mediante a propositura do Habeas Corpus. 
d) É uma das ‘cláusulas pétreas’ da Constituição Federal brasileira de 1988. 
e) Caso ocorra em locais públicos, à reunião de pessoas portando armas exigirá prévia apresentação do 
registro e porte, perante as autoridades. 
 
7– FCC/2009 (TCE/GO – Técnico) Nos termos da Constituição, admite-se excepcionalmente a entrada 
na casa de um indivíduo sem consentimento do morador: 
 
a) por determinação da autoridade policial, inclusive no período noturno. 
b) por determinação judicial, a qualquer hora. 
c) em caso de desastre, somente no período diurno. 
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d) para prestar socorro, desde que a vítima seja criança ou adolescente. 
e) em caso de flagrante delito, sem restrição de horário. 
 
8– FCC/2009 (TCE/GO – Técnico de Controle Externo) A Constituição proíbe a instituição de pena de: 
a) restrição de direitos. 
b) morte, sem exceção. 
c) caráter perpétuo, salvo em caso de guerra declarada. 
d) trabalhos forçados. 
e) restrição de liberdade. 
 
9 – CESPE/2009 (DPE/ES – Defensor Público) Os direitos de primeira geração ou dimensão (direitos 
civis e políticos)que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais - realçam o princípio da 
igualdade; os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) que se identificam 
com as liberdades positivas, reais ou concretas - acentuam o princípio da liberdade; os direitos de terceira 
geração - que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações 
sociais - consagram o princípio da solidariedade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
10– ESAF/2012 Adaptada (Receita Federal – ATRFB) Enquanto os direitos de primeira geração realçam 
o princípio da igualdade, os direitos de segunda geração acentuam o princípio da liberdade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
11– PUC-PR/2017 (TJ/PR – Analista Judiciário) Sobre os Direitos Fundamentais previstos na 
Constituição Federal de 1988, leia as assertivas a seguir e, depois, assinale a alternativa CORRETA. 
 
I. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem. 
II. É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte quando necessário ao 
exercício profissional. 
III. É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. 
IV. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
a) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. 
b) Apenas as assertivas II e IV estão corretas. 
c) Todas as assertivas estão corretas. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. 
 
 
 
e) Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
 
12– VUNESP/2013 (TJ/SP – Advogado) Conforme dispõe a vigente Carta Magna brasileira, a prática do 
racismo constitui, nos termos da lei, crime. 
 
a) inafiançável, imprescritível, insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão. 
b) inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão. 
c) inafiançável e imprescritível sujeito à pena de detenção. 
d) inafiançável e imprescritível sujeito à pena de reclusão. 
e) inafiançável, imprescritível, insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão e vedada à 
progressão de regime. 
 
13– FUB/2016/CESPE A respeito dos direitos e garantias fundamentais estabelecidos na Constituição 
Federal de 1988 julgue o item a seguir. 
Os direitos e garantias fundamentais têm como destinatários os brasileiros natos e naturalizados, não se 
aplicando aos estrangeiros. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
14– CESPE/2013 (Ministério da Saúde – Analista) Em nenhuma hipótese, é admitida pela CF a pena de 
morte, a qual sequer poderá ser objeto de emenda, dada a existência de cláusula pétrea nesse sentido. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
15- CESPE/2010 (PM/DF – Oficial) Quanto aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item 
subsequente. 
Se o Congresso Nacional aprovar, em cada uma de suas casas, em dois turnos, por três quintos dos seus 
votos dos respectivos membros, tratado internacional que verse sobre direitos humanos, esse tratado será 
equivalente às emendas constitucionais. 
( ) Certo ( ) Errado 
16- FCC/2002 (TER/PI – Analista Judiciário) A Constituição Federal prevê que "ninguém será submetido 
à tortura nem a tratamento desumano ou degradante". Esse dispositivo de proteção abrange: 
a) o racismo, somente se for praticado em concurso com a violência física. 
b) apenas o sofrimento físico, único inerente à tortura. 
c) tanto o sofrimento físico como o mental. 
d) o sofrimento psíquico, apenas nos casos de discriminação religiosa. 
e) a aplicação de castigo pessoal a alguém sob guarda, mesmo que não cause intenso sofrimento. 
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17- FCC/2014 (18ª Região – Juiz do Trabalho) Os direitos e garantias expressos na Constituição não 
excluem outros decorrentes dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte, 
que sempre serão equivalentes a normas constitucionais e, portanto, somente poderão ser alterados por 
outros tratados internacionais ou por emendas constitucionais. 
( ) Certo ( ) Errado 
18 - FAFIPA/2017 (Fundação Araucária – Advogado) Conforme a teoria dos direitos fundamentais 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) Os direitos de primeira geração caracterizam-se por uma dimensão positiva ou liberdades positivas, 
exigindo uma prestação positiva por parte do Estado. 
b) Os direitos de primeira geração são considerados direitos de defesa, direitos do indivíduo frente ao 
Estado, caracterizando-se pela abstenção do Estado e por direito de liberdade do indivíduo. 
c) Os direitos de segunda geração são direitos de fraternidade ou solidariedade, tendo como objetivo a 
proteção da coletividade. 
d) Os direitos de terceira geração correspondem aos direitos civis e políticos, caracterizam-se por 
liberdades positivas, exigindo prestação positiva por parte do Estado. 
 
19- VUNESP/2016 (TJ/SP – Titular de Serviços de Notas) Sobre os direitos fundamentais, é correto 
afirmar que: 
a) podem ser suprimidos, desde que se faça por emenda constitucional, aprovada em dois turnos em cada 
casa do Congresso Nacional, exigindo-se o quórum qualificado de três quintos. 
b) se estendem exclusivamente aos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. 
c) são previstos exaustivamente na Constituição da República. 
d) as normas que os definem têm aplicação imediata. 
 
20- (Ano: 2019 Banca: IESES Órgão: Prefeitura de São José - SC) Em relação aos direitos e garantias 
fundamentais, qual a alternativa que está correta referente à primeira geração: 
A) Primeira geração ou dimensão (direitos sociais, econômicos e culturais). 
B) Primeira geração ou dimensão (direitos difusos). 
C) Primeira geração ou dimensão (direitos de solidariedade). 
D) Primeira geração ou dimensão (direitos e garantias civis e políticos). 
21- (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CONRERP 2ª Região Prova: Quadrix - 2019 - CONRERP 2ª 
Região - Analista de Relações Públicas) Acerca dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o item. 
 
 
 
A concepção que identifica os direitos fundamentais como princípios objetivos legitima a ideia de que o 
Estado se obriga a não apenas observar os direitos de qualquer indivíduo em face das investidas do Poder 
Público, mas também a garantir os direitos fundamentais contra agressão propiciada por terceiros. 
() Certo () Errado 
22- (Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CONRERP 2ª Região Prova: Quadrix - 2019 - CONRERP 2ª 
Região - Agente de Fiscalização) Com relação aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item. 
O voto direto impõe que o voto dado pelo eleitor seja conferido a determinado candidato ou a determinado 
partido, sem que haja mediação por instância intermediária ou por um colégio eleitoral. 
() Certo () Errado 
23- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CONRERP 2ª Região Prova: Quadrix - 2019 - CONRERP 2ª 
Região - Agente de Fiscalização 
Com relação aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item. 
O sufrágio capacitário refere‐se a critérios concernentes à qualificação ou à capacidade do eleitor, 
especialmente no que diz respeito ao preparo ou à habilidade intelectual. 
() Certo () Errado 
24- Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: CESPE - 2019 - MPC-PA - Procurador de Contas 
No que se refere à teoria geral dos direitos fundamentais e aos direitos e deveres individuais e coletivos, 
é correto afirmar que 
A) o chamado direito de resistência inclui-se entre os direitos fundamentais de segunda dimensão. 
B) a igualdade formal é característica típica dos direitos fundamentais de segunda dimensão. 
C) o direito de greve é classificado como direito fundamental de terceira dimensão. 
D) a titularidade dos direitos fundamentais de terceira dimensão é sempreindividual. 
E) o direito à comunicação inclui-se entre os direitos fundamentais de terceira dimensão. 
25- Ano: 2019 Banca: Unesc Órgão: FLAMA-SC Prova: Unesc - 2019 - FLAMA-SC – Geólogo 
Com relação ao que estabelece a Constituição Federal de 1988, aos direitos e deveres individuais e 
coletivos, é correto afirmar que: 
A) Nenhum brasileiro, nato ou naturalizado, poderá ser extraditado. 
B) Não haverá penas no Brasil: de caráter perpétuo; de trabalhos forçados; de banimento; cruéis; de 
morte, mesmo em caso de guerra declarada. 
C) A lei penal não retroagirá, mesmo que para beneficiar o réu. 
D) A manifestação do pensamento é livre, sendo proibido o anonimato. 
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26- Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Manaus - AM Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de Manaus 
- AM - Assistente Técnico Fazendário 
Nos termos do que determina a Constituição da República Federativa do Brasil, acerca dos direitos e 
garantias fundamentais, 
A) qualquer cidadão é parte legítima para propor mandado de injunção que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
B) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tortura, terrorismo ou tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. 
C) conceder-se-á habeas data para assegurar ao impetrante o conhecimento de informações relativas 
a qualquer pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público. 
D) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do dano causado pelo infrator. 
E) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical, entidade de classe 
ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados. 
27- Ano: 2019 Banca: FAU Órgão: IF-PR Prova: FAU - 2019 - IF-PR - Tradutor e intérprete de linguagem 
de Sinais 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País: 
A) Apenas a liberdade e a igualdade. 
B) Apenas a inviolabilidade do direito à vida. 
C) Apenas a igualdade e segurança. 
D) Apenas a igualdade, segurança e propriedade. 
E) A inviolabilidade do direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. 
28- Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura de 
Petrolina - PE - Guarda Civil 
A Constituição Federal prevê diversos direitos e garantias fundamentais com o objetivo de evitar que o 
Estado, no uso do direito de punir, cometa abusos contra os seus cidadãos. Nesse cenário, assinale a 
alternativa incorreta: 
 
 
 
A) A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a origem, a raça, o sexo e a 
idade dos condenados. 
B) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
C) Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
D) Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. 
E) O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial. 
29- Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Provas: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico 
Judiciário - Tecnologia da Informação 
Será compatível com a disciplina dos direitos e garantias fundamentais na Constituição Federal a 
A) obtenção de certidões em repartições públicas, mediante o pagamento de taxas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
B) determinação, pela autoridade policial competente, da interceptação de comunicações telefônicas, 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
C) utilização, pela autoridade competente, de propriedade particular, no caso de iminente perigo 
público, assegurada ao proprietário indenização posterior, se houver dano. 
D) imprescritibilidade dos crimes decorrentes da prática de racismo, do tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins e da ação de grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado democrático. 
E) entrada na casa do indivíduo, independentemente de consentimento do morador, a qualquer hora, 
para cumprimento de determinação judicial. 
30- Ano: 2019 Banca: CS-UFG Órgão: Prefeitura de Goianira - GO Prova: CS-UFG - 2019 - Prefeitura 
de Goianira - GO - Agente Administrativo 
No título II da Constituição Federal do Brasil, Direitos e Garantias Fundamentais, são estabelecidos os 
tipos de penas permitidas no país, como as 
A) penas de caráter perpétuo. 
B) penas de trabalho forçado. 
C) penas de banimento do país. 
D) penas de restrição da liberdade. 
 
31- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF 11ª Região (MS-MT) Prova: Quadrix - 2019 - CREF - 11ª 
Região (MS-MT) - Agente de Orientação e Fiscalização 
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Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item. 
Para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, a obtenção de certidões em 
repartições públicas é assegurada, independentemente do pagamento de taxas. 
( ) Certo ( ) Errado 
32- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Quadrix - 2019 - CREF - 11ª 
Região (MS-MT) - Assistente Administrativo 
Acerca da inviolabilidade domiciliar, julgue o item. 
A prerrogativa estatal de investigação e de apreensão de bens no exercício de competência fiscal‐tributária 
não faz ceder a inviolabilidade domiciliar. 
() Certo () Errado 
 
GABARITO: 
 
01- E 02- 
V.F.V.F 
03- C 04- C 
05- 
F.F.F.F 
06- D 07- E 08- D 
09- C 10- E 11- C 12- D 
13- E 14- E 15- C 16- C 
17- E 18- B 19- D 20-A 
21- C 22- C 23- C 24-E 
25- D 26- E 27- E 28- A 
29- C 30- D 31- C 32- C 
 
 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
HABEAS CORPUS 
 
 
 
Os incisos LXVIII a LXXIII do Art. 5º da Constituição Federal, tratam dos chamados “remédios 
constitucionais”, que são garantias fundamentais que visam oferecer meios processuais rápidos e 
eficientes para defesa de direitos fundamentais, vejamos cada um deles. 
 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
Esse remédio constitucional tutela a liberdade de locomoção do indivíduo, ou seja, seu direito de ir, vir e 
permanecer. 
Somente se pode utilizar o Habeas Corpus para corrigir alguma inidoneidade que implique em coação 
direta ou indireta à liberdade de ir, vir e permanecer. No Habeas Corpus, temos três sujeitos envolvidos: 
➢ Impetrante: quem apresenta, protocoliza o Habeas Corpus. 
➢ Impetrado: quem está sendo acusado de praticar a coação ilegal. 
➢ Paciente: aquele em favor de quem está sendo pedido a ordem de Habeas Corpus. 
Legitimidade Ativa 
A legitimação para ajuizamento do Habeas Corpus é a mais ampla possível, não se exigindo nem que seja 
assinado por advogado. Qualquer um, nacional ou estrangeiro, independentemente de sua condição civil, 
ainda que não esteja no gozo dos direitos políticos ou que seja menor de idade, poderá recorrer ao HC, 
em seu favor ou de terceiros. 
Legitimidade Passiva 
A legitimação passiva liga-se à possibilidade de alguém ter impetrado contra si o Habeas Corpus,que 
deverá ser contra o ato do coator, que poderá ser autoridade pública ou simplesmente um particular. 
Paciente 
Qualquer um pode ser paciente em um Habeas Corpus, desde que, como visto, o seu direito de locomoção 
esteja sendo lesado ou ameaçado. 
Habeas Corpus Preventivo e Habeas Corpus Repressivo 
O Habeas Corpus pode ser preventivo (salvo-conduto) ou repressivo (liberatório). 
➢ Preventivo: quando houver ameaça à liberdade de locomoção. Concede um salvo-conduto, que 
busca prevenir que a ameaça se efetive. 
➢ Repressivo: aplica-se aos casos em que a violência ou coação à liberdade de locomoção esteja 
ocorrendo. Tem o objetivo de fazer cessar o desrespeito à liberdade de locomoção. 
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 MANDADO DE SEGURANÇA 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO 
 
 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
Direito líquido e certo: direito certo é aquele que está determinado, que não necessita de mais provas, 
que é induvidoso. Direito líquido é aquele que já tem seu valor definido, que não precisa de averiguações 
para se verificar sua extensão econômica, assim o direito pode ser certo, mas não líquido. 
Para que o juiz defira o Mandado de Segurança, os requisitos: certeza e liquidez do direito devem estar 
preenchidas, e que não seja amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data: se o direito for amparado por 
um desses remédios, o interessado deverá socorrer-se deles, e não do mandado de segurança. 
Além de todos os requisitos, o ato para poder ser atacado, pelo Mandado de Segurança, deve ser ilegal. 
O Mandado de Segurança poderá ser: 
➢ Repressivo: quando visa combater uma ilegalidade já cometida, ou seja, quando o direito líquido 
e certo do impetrante já foi atingido; 
➢ Preventivo: quando o impetrante demonstrar justo receio de sofrer uma violação de direito líquido 
e certo pode parte da autoridade impetrante. 
Legitimidade Ativa 
Aquele que é titular de direito líquido e certo, possui legitimação ativa para impetrar o Mandado de 
Segurança, desde que não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data. 
Legitimidade Passiva 
Só será legítimo no polo passivo de um Mandado de Segurança autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída 
e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
 
 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
HABEAS DATA 
O Mandado de Segurança Coletivo tem o objetivo de permitir que certas pessoas jurídicas defendam o 
interesse de seus membros ou associados, ou ainda da sociedade em geral (partidos políticos) evitando-se 
multiplicidade de demandas. 
Legitimidade Ativa 
A legitimação para a impetração de Mandado de segurança coletivo somente é concedida às entidades 
previstas no Art. 5º, LXX da CF: 
 
➢ Partido Político com representação no Congresso Nacional; 
➢ Organização sindical (Ex.: CUT, CGT) ou entidade de classe (Ex.: OAB. CREA); 
➢ Associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano. 
Prazo para impetração do Mandado de Segurança 
O prazo é decadencial de 120 dias a contar da data da ciência da ilegalidade. 
 
 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
Esse remédio constitucional é o instrumento previsto para combater a inércia do Poder Legislativo ou 
Executivo na regulamentação de direitos e liberdades constitucionais e aqueles relacionados à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
Competência 
Compete ao STF processar e julgar, o mandado de injunção quando a elaboração da norma 
regulamentadora for de atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara 
Federal, do Senador Federal, da Mesa de uma das Casas, do TCU, de um dos Tribunais Superiores, ou do 
próprio STF. 
Ao STJ compete julgar o mandado de injunção quando a norma omissa for atribuição de órgão, entidade 
ou autoridade federal, retirados os casos acima de competência do STF, da Justiça Eleitoral, da Justiça do 
Trabalho e da Justiça Federal. 
 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
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AÇÃO POPULAR 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo; 
O Habeas Data visa: buscar informação personalíssima, anotar ou retificar anotação ou retificação de 
dados do impetrante, ou seja, da pessoa que entrou com o Habeas Data. Esse remédio permite que todos 
busquem no Judiciário a exibição e retificação dos registros públicos ou privados de caráter público, nos 
quais estejam incluídos dados pessoais. 
Atenção: com o advento da Lei nº 9.507/97, o impetrante deve provar que seu pedido foi negado 
administrativamente, para que possa recorrer ao Habeas Data. 
Legitimidade Ativa 
Somente poderão ser requeridas informações relativas ao próprio impetrante, nunca de terceiros (caráter 
personalíssimo). 
Legitimidade Passiva 
Podem ser sujeitos passivos em Habeas Data os responsáveis por entidades governamentais, da 
administração pública direta ou indireta. 
(AGU – 2023) Admite-se a impetração de habeas data para obtenção de vista de processo 
administrativo. 
Comentários: 
Diferentemente do que afirma a questão, a ação de habeas data é cabível para acessar informações 
contidas em registros ou banco de dados de entidades governamentais (ou de caráter público) e para 
retificação de dados. O writ do habeas data não é instrumento adequado para ter acesso a autos de 
processo administrativo. Questão errada. 
 
 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesiva ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
A Ação Popular é um meio processual disponível a qualquer cidadão para controlar os atos dos agentes 
públicos e anular atos lesivos ao patrimônio público, e tem por finalidade pleitear a anulação ou declaração 
de nulidade de atos lesivos: 
 
 
 
DIREITOS SOCIAIS 
• Patrimônio Público (ou entidade que Estado participe); 
• À moralidade administrativa; 
• Ao Meio Ambiente; 
• Patrimônio histórico, cultural, econômico, artístico, estético ou turístico. 
Legitimidade Ativa 
Pode propor Ação Popular qualquer cidadão. E veja-se que será considerado cidadão para fins de 
propositura do presente remédio constitucional aquele que esteja apto a votar e ser votado. A prova da 
cidadania se faz com a apresentação do título de eleitor. 
Legitimidade Passiva 
Configurará no polo passivo de uma Ação Popular: 
• União, Estados, DF ou Municípios do qual emanou o ato lesivo; 
• Autoridades, funcionários ou administradores que autorizara, aprovaram, ratificaram, praticaram ou se 
omitiram em relação ao ato; 
• Beneficiários diretos do ato. 
 
 
A Constituição é comprometida com a finalidade de garantir direitos mínimos à coletividade e assegurar 
uma melhor condição de existência para os indivíduos 
Os direitos sociais são direitos fundamentais típicos da chamada segundageração, e visam garantir uma 
existência digna aos cidadãos. 
São consideradas verdadeiras obrigações que o Estado possui para garantir melhores condições de vida 
aos menos favorecidos, funcionando assim como instrumentos de equalização de condições sociais 
desiguais. 
O Art. 6º da Constituição define quais são eles: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
Embora os direitos sociais sejam bastante amplos, conforme se verifica acima, nossa Constituição trata 
basicamente dos direitos trabalhistas. 
Professora_larissa.nani 
 
 
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Questões 
1- (Cespe/2010/DPU) Os direitos sociais são exemplos denliberdades negativas. 
Comentários: Os direitos sociais são exemplos de liberdades positivas, pois exigem do Estado uma ação 
em prol dos indivíduos. Questão incorreta. 
( ) Certo ( ) Errado 
2- (Cespe/2012/TRE-RJ) Entre os direitos sociais garantidos na CF se incluem o direito à alimentação e 
o direito ao trabalho. 
Comentários: É o que dispõe o art. 6º da Constituição Federal. Questão correta. 
( ) Certo ( ) Errado 
3- Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Técnico-
Administrativa 
Maria solicitou a matrícula do seu filho de 8 (oito) anos na Escola Municipal Beta, o que foi indeferido, 
por escrito, pelo Diretor, sob o argumento de que a requerente, ao preencher o respectivo formulário, 
declarara ser filiada a um partido político distinto daquele a que estava filiado o Prefeito Municipal. 
 
 
 
Por entender que o indeferimento era incompatível com a ordem jurídica, Maria solicitou que o seu 
advogado ajuizasse a ação constitucional cabível para que o juízo competente determinasse a matrícula 
de seu filho na escola. 
Trata-se da seguinte ação: 
A) habeas corpus; 
B) habeas data; 
C) mandado de segurança; 
D) mandado de injunção; 
E) mandado de educação. 
4- Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária 
João, servidor público, preencheu todos os requisitos exigidos para o recebimento de determinado 
benefício pecuniário, mas decidiu que iria requerê-lo somente na semana seguinte. Ocorre que, no dia 
anterior àquele em que apresentaria o seu requerimento, foi editada a Lei nº XX, que extinguiu o benefício. 
À luz da sistemática constitucional, a edição da Lei nº XX: 
A) impede que João receba o benefício; 
B) não impede que João receba o benefício, pois a lei não pode prejudicar a coisa julgada; 
C) não impede que João receba o benefício, pois a lei não pode prejudicar o direito adquirido; 
D) não impede que João receba o benefício, pois a lei não pode prejudicar o ato jurídico perfeito; 
E) somente impedirá que João receba o benefício caso não o requeira no dia imediato à promulgação 
da lei. 
5- Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: CESPE - 2019 - MPC-PA - Procurador de Contas 
Determinado município editou lei que violava disposição da respectiva Constituição estadual, de 
reprodução obrigatória e redação idêntica a norma da CF. 
Nessa situação hipotética, a ação cabível e o órgão judicial competente para julgá-la são, respectivamente, 
A) a ação direta de inconstitucionalidade e o tribunal de justiça local. 
B) a ação civil pública e o tribunal regional federal que tenha jurisdição sobre o município. 
C) a arguição de preceito fundamental e o juízo da primeira instância. 
D) o mandado de segurança e o STF. 
E) a ação direta de inconstitucionalidade e o juízo da fazenda pública da capital do estado do 
município. 
6- Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: CESPE - 2019 - MPC-PA - Procurador de Contas 
A respeito de mandado de injunção, assinale a opção correta. 
Professora_larissa.nani 
 
 
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A) É cabível mandado de injunção para exigir do Poder Legislativo a edição de regulamentação dos 
direitos do nascituro. 
B) Mandado de injunção é instrumento do sistema de controle concreto e difuso da omissão 
inconstitucional. 
C) É cabível mandado de injunção para questionar a efetividade de lei que regulamente disposição 
constitucional. 
D) Mandado de injunção não é o meio próprio para requerer a concessão de aposentadoria especial 
em função do exercício de atividade insalubre. 
E) Sentença de mandado de injunção não tem o efeito de estabelecer as condições em que se dará o 
exercício do direito pleiteado. 
7- Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Cerquilho - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura 
de Cerquilho - SP - Procurador Jurídico 
De acordo com os direitos e garantias fundamentais, é correto afirmar: 
A) é permitido o direito de reunião pacífica, sem armas, em locais abertos ao público, mediante prévia 
autorização de órgão competente para defesa do patrimônio público. 
B) é proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho 
a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de doze anos. 
C) são brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, 
desde que estes estejam a serviço de seu país e os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, ainda que qualquer deles não esteja a serviço do País e sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer 
tempo, até atingirem a maioridade, pela nacionalidade brasileira. 
D) dentre as condições de elegibilidade para concorrer ao cargo de prefeito estão a nacionalidade 
brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos, a filiação partidária e a idade mínima de dezoito 
anos até a data da posse. 
E) Vice-Prefeito que assumiu a prefeitura um ano antes das eleições a se realizarem, para concorrer 
a novo mandato de prefeito, mas que não se desincompatibilizou para essa finalidade, não está 
impedido de participar do pleito e ser eleito. 
8- Ano: 2019 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Prefeitura de Sonora - MS Prova: MS CONCURSOS - 
2019 - Prefeitura de Sonora - MS - Assistente Social 
Os direitos sociais são direitos fundamentais do cidadão, assegurados pelo art. 6º da Constituição Federal. 
Com relação à Seguridade Social, assinale a alternativa incorreta. 
A) Visa erradicar males sociais, como a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades 
sociais. 
 
 
 
B) Como princípio, a seguridade social existe para tentar alcançar uma sociedade solidária, igualitária 
e justa para todos. 
C) Consiste num conjunto de ações e políticas sociais que visam a promover o estabelecimento de 
uma sociedade mais igualitária e justa. 
D) Refere-se a um sistema de proteção social que assegura às pessoas alguns direitos básicos relativos 
somente à previdência. 
9- Ano: 2019 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Prefeitura de Sonora - MS Prova: MS CONCURSOS - 
2019 - Prefeitura de Sonora - MS - Assistente Social 
Em toda sua formação, os Direitos Sociais são trabalhados exaustivamente, uma vez que tais direitos são 
fundamentais para atuação da categoria e pauta para viabilização das políticas sociais a toda população. 
Dessa forma, definem-se, entre outros, como Direitos Sociais: 
A) Previdência social, assistência aos desamparados e moradia. 
B) Alimentação, saúde e greve. 
C) Educação, previdência social e acesso à cultura. 
D) Assistência aos desamparados, bolsa família e vale renda. 
 
10- Ano: 2019 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Foz do Iguaçu - PR Prova: FAFIPA - 2019 - 
Prefeitura de Foz do Iguaçu - PR - Procurador do Município Júnior 
Considerando a jurisprudência do STF acerca dos remédios constitucionais, analise as proposições a 
seguir: 
I. O habeas data é meio idôneo para a obtenção de vista de processo administrativo. 
II. Uma vez impetrado o mandado de segurança,é vedada a desistência do impetrante sem a anuência da 
parte contrária. 
III. É inviável o uso de habeas corpus para pleitear o trancamento de processo de impeachment. 
Após a análise das proposições acima, assinale a alternativa CORRETA: 
A) Todas as proposições estão corretas. 
B) Somente a III está correta. 
C) Somente I e III estão corretas. 
D) Somente I e II estão corretas. 
E) Nenhuma proposição está correta. 
11- Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: IDAM Prova: IBFC - 2019 - IDAM - Assistente Técnico 
Professora_larissa.nani 
 
 
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A respeito dos remédios constitucionais e dos direitos e garantias fundamentais, assinale a alternativa 
correta. 
A) conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, ou para proteger 
direito líquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública 
B) é cabível mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de 
serviço público 
C) o mandado de segurança é o remédio constitucional adequado para garantir o acesso à informação 
constante de banco de dados de entidades governamentais, uma vez que o direito à informação é 
direito líquido e certo 
D) conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, 
à soberania e à cidadania 
12- Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: CGE - RN Prova: IBFC - 2019 - CGE - RN - Analista Contábil 
No que se refere aos “remédios constitucionais”, assinale a alternativa incorreta: 
A) conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder 
B) qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural 
C) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical, entidade de classe 
ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados 
D) conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, 
à soberania e à cidadania 
13- Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Piracicaba - SP Prova: VUNESP - 2019 - Câmara de 
Piracicaba - SP – Advogado 
Assinale a alternativa cujo conteúdo está de acordo com o disposto nas súmulas vinculantes do Supremo 
Tribunal Federal. 
A) Não viola a Constituição Federal a lei ou o ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre 
sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. 
 
 
 
B) A defesa técnica por advogado é indispensável no processo administrativo disciplinar e sua falta 
ofende a Constituição. 
C) O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público incide sobre o abono utilizado 
para se atingir o salário-mínimo. 
D) Não fere a Constituição Federal a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade 
de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
E) Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de 
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. 
14- Banca: Crescer Consultorias Órgão: Prefeitura de Paulistana - PI Prova: Crescer Consultorias - 
Prefeitura de Paulistana - PI - Auxiliar Administrativo 
Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público, exceto: 
A) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches 
e pré-escolas. 
B) Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei. 
C) Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal. 
D) Licença-paternidade, nos termos fixados em lei. 
15- Ano: 2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Lagoa Santa - MG Prova: 
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - Prefeitura de Lagoa Santa - MG – Nutricionista 
Entre as garantias previstas na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, inclui-se aquela 
que tem por objetivo assegurar proteção sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Essa garantia é 
o(a) 
A) mandado de segurança. 
B) habeas corpus. 
C) habeas data. 
D) ação popular. 
16-VUNESP Órgão: Prefeitura de Ribeirão Preto - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Ribeirão 
Preto - SP - Procurador do Município 
A respeito do Habeas Data, assinale a alternativa correta. 
A) Não se admite a impetração de habeas data por estrangeiros, eis que, embora titulares de restritos 
direitos fundamentais no Brasil, não fazem jus ao uso das garantias constitucionais. 
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B) Para a impetração de habeas data, exige-se a comprovação de que houve negativa, pela via 
administrativa, do acesso aos dados pessoais ou retificação de dados pretendida pelo impetrante, 
sob pena de extinção da ação por falta de interesse processual. 
C) Via de regra, também é admitida a impetração de habeas data em favor de terceiros, considerando 
a importância da tutela do direito de informação prevista na Constituição. 
D) O habeas data é instrumento constitucional cabível para assegurar a efetivação de direito líquido 
e certo, não amparado por habeas corpus ou mandado de segurança, e deve ser impetrado no prazo 
máximo de 120 dias. 
E) No caso de prolação de sentença concedendo habeas data, será cabível recurso de apelação dotado 
de efeitos suspensivo e devolutivo. 
17- Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Provas: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Técnico de Enfermagem do Trabalho 
João, cidadão brasileiro, tomou conhecimento de que determinado agente público estava lesando o 
patrimônio público, o que ocorria com o desvio de vultosos recursos para sua conta particular. 
Com o objetivo de responsabilizar o agente público, de modo que ele fosse obrigado a devolver os valores 
desviados, João, por intermédio de seu advogado, poderia ajuizar 
A) Mandado de Injunção. 
B) Habeas Data. 
C) Mandado de Segurança. 
D) Ação Popular. 
E) Reclamação. 
18- FCC Órgão: TRT - 6ª Região (PE) Prova: FCC - 2018 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário - 
Área Administrativa 
O remédio constitucional apto para ser empregado em um caso concreto, individual ou coletivo, com o 
intuito de o Judiciário dar conhecimento ao Legislativo sobre a omissão de norma regulamentadora que 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania é 
A) o habeas corpus. 
B) o habeas data. 
C) o mandado de segurança. 
D) a ação popular. 
E) o mandado de injunção. 
 
 
 
19- Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: INSTITUTO AOCP - 
2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa 
No exercício de suas atividades como Analista Judiciário – Área Administrativa, José recebeu um pedido 
de informações acerca dos servidores do TRT, para fins de instrução de mandado de segurança coletivo 
impetrado em face do tribunal. Acerca do mandado de segurança coletivo, de acordo com o que dispõe a 
Constituição Federal, assinale a alternativa correta. 
A) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político independentemente de 
este possuirque são alteradas da mesma forma que 
as leis. 
 
PODER CONSTITUINTE 
Poder constituinte é o poder de criar uma constituição, bem como a competência para reformá-la. Segundo 
José Afonso da Silva, “é o poder que cabe ao povo de dar-se uma constituição. É a mais alta expressão do 
poder político, porque é aquela energia capaz de organizar política e juridicamente a Nação” 
 
O Poder Constituinte classifica-se em: 
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PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
➢ Poder Constituinte originário; 
➢ Poder Constituinte derivado. 
 
O poder constituinte originário (também chamado de instituinte ou de primeiro grau) é o poder de criar 
uma Constituição. O exercício desse poder se manifesta na elaboração de uma nova constituição. 
São características do Poder Constituinte originário: inicial (dá início ao ordenamento jurídico), ilimitado 
(não é limitado por qualquer norma jurídica anterior) e incondicionado (forma livre de exercício). 
Poder constituinte derivado 
Também chamado de poder instituído ou de segundo grau, o poder constituinte derivado se divide em 
dois: a) poder constituinte derivado decorrente; b) poder constituinte derivado reformador. 
Poder Constituinte DERIVADO 
- Poder Constituinte Derivado Decorrente: é o poder que cada Estado membro tem de elaborar sua 
própria Constituição. 
- Poder Constituinte Derivado Reformador: consiste na possibilidade de alterar-se o texto 
constitucional, respeitando-se os limites e a forma estabelecidos na Constituição. 
Limites ao Poder Constituinte Derivado 
As limitações impostas a este poder estão consagradas no artigo 60 da Constituição Federal de 1988: 
a) Limitações procedimentais: referem-se aos órgãos competentes e aos procedimentos a serem 
observados na alteração do texto constitucional. A emenda constitucional deve respeitar o que propõe 
o artigo 60, parágrafo 2º, da CF. 
b) Limitações circunstanciais: são limitações a situações excepcionais, de extrema gravidade, nas 
quais a livre manifestação do poder derivado reformador possa estar ameaçada. Assim dispõe o “Art. 
60, 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de 
defesa ou de estado de sítio”. 
 
c) Limitações materiais: impedem a alteração de determinados conteúdos no texto constitucional. São 
as denominadas cláusulas pétreas, conforme preceitua o “Art. 60, 4º - Não será objeto de deliberação 
a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, 
universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais”. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633322/artigo-60-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
 
Resumindo 
✓ Poder Constituinte 
É dividido em Poder Constituinte ORIGINÁRIO E DERIVADO 
O PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (PCO), também denominado inicial, inaugural, genuíno 
ou de 1º grau, é aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem 
jurídica precedente. 
Características do PCO: 
➢ Inicial - Inaugura um novo ordenamento, instaurando uma nova ordem jurídica. 
➢ Autônomo - A estruturação da nova Constituição será determinada, autonomamente, por quem 
exerce o poder constituinte originário. 
➢ Ilimitado Juridicamente - Ele é ilimitado juridicamente, assim não tem que respeitar os limites 
postos pelo direito anterior. 
➢ Soberano e Incondicionado na Tomada de Suas Decisões - Este não tem que se submeter a 
qualquer forma prefixada de manifestação. 
O PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO É UM ABRE ALAS PARA UM NOVO 
ORDENAMENTO. 
O Poder Constituinte derivado é dividido em PCD reformador e PCD decorrente. 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DAR NORMAS CONSTITUCIONAIS QUANTO À SUA EFICÁCIA 
 
ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estruturalmente contém um preâmbulo, nove 
títulos (corpo normativo) e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
a) Preâmbulo: o preâmbulo representa uma introdução à Constituição, não possui força normativa, ou 
seja, não gera direitos, o preâmbulo está no domínio da política, refletindo posição ideológica do 
constituinte. 
Vale pontuar que o preâmbulo por não possuir relevância jurídica não constitui norma de repetição 
obrigatória pelas Constituições estaduais. 
Outra questão pontual é: a invocação da “proteção de Deus” já foi exaustivamente discutida pelo STF 
que não fere a laicidade do País, uma vez que o preâmbulo não tem relevância jurídica, não tem força 
normativa, não cria direitos ou obrigações, não tem força obrigatória, servindo apenas como norte 
interpretativo das normas constitucionais. 
b) Corpo normativo: São as normas constitucionais dispostas nos artigos 1o ao 250. Possuem força 
normativa e são parâmetros de constitucionalidade. 
As Emendas Constitucionais (que alteram o Corpo Normativo da Constiutição), quando são sancionadas 
pelo Presidente da República, automaticamente passam a fazer parte do corpo normativo, não sendo, 
assim, um item a parte na estrutura constitucional. 
c) Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): o ADCT tem caráter de norma 
constitucional. São exauridas ou exauríveis que visam reger a transição de uma constituição para outra. 
Como é norma constitucional pode ser mudado por Emendas Constitucionais. A diferença da ADCT para 
parte permanente da CF é que a ADCT é temporária. 
 
O professor José Afonso da Silva classifica as normas constitucionais em três grupos, normas de eficácia 
plena, normas de eficácia contida e normas de eficácia limitada. 
Normas de eficácia plena: São aquelas que desde a entrada em vigor da Constituição, produzem ou 
podem produzir todos os seus efeitos essenciais, nos termos propostos pelo constituinte. Ou seja, possuem 
aplicabilidade DIRETA, IMEDIATA e INTEGRAL. Não necessitam de lei infraconstitucional para se 
tornarem aplicáveis. (AUTOAPLICÁVEIS). 
Ex.: Direito à liberdade, Direito à Igualdade, Remédios Constitucionais. 
 
 
 
Normas de eficácia contida: São aquelas que, embora produzam seus efeitos desde logo, foi deixada 
margem, pelo constituinte, de restrição, pelo legislador ordinário, de seus efeitos. Ou seja, tem 
aplicabilidade DIRETA e IMEDIATA, mas pode ter seu conteúdo restringido de forma 
infraconstitucional. 
Ex.: Art. 5º, XIII, CF. 
Normas de eficácia limitada: Somente produzem seus efeitos plenamente após edição de norma 
infraconstitucional que lhes desenvolva a aplicabilidade. Ou seja, possuem aplicabilidade INDIRETA, 
MEDIATA e NÃO INTEGRAL, na medida em que exigem norma infraconstitucional para que se 
materializem na prática. 
Ex.: Art. 7º, XI, CF. 
TEORIA GERAL DO FEDERALISMO 
No Brasil, tem-se uma divisão espacial do poder (Estado federal) composta pela União, Estados-membros, 
Distrito Federal e Municípios (art. 1º), sendo essa composição indissolúvel (art. 1º). São entes federativos, 
portanto, apenas a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Não se incluem eventuais 
territórios que sejam criados no Brasil. 
A nenhum dos entes federais é conferido o direito de secessão (separação), sob nenhum pretexto ou 
condição. É o que decorre da mencionada indissolubilidade do vínculo federativo. A Constituição 
brasileira não prevê esserepresentação no Congresso Nacional. 
B) O mandado de segurança coletivo deve ser impetrado para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público. 
C) Qualquer cidadão é parte legítima para impetrar mandado de segurança coletivo, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
D) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical, entidade de classe 
ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados. 
E) O mandado de segurança coletivo deve ser impetrado para a retificação de dados, quando não se 
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
20- Ano: 2018 Banca: UERR Órgão: SETRABES Prova: UERR - 2018 - SETRABES - Agente Sócio-
Geriátrico 
O registro civil de nascimento e a certidão de óbito, na forma da lei, são gratuitos para os 
reconhecidamente: 
A) vulneráreis. 
B) hipossuficientes. 
C) pobres. 
D) hipersuficientes. 
E) desempregados. 
21- Ano: 2018 Banca: UERR Órgão: SETRABES Prova: UERR - 2018 - SETRABES - Agente Sócio-
Geriátrico 
Sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, conceder-se-á: 
A) mandado de segurança. 
B) habeas data. 
C) habeas corpus. 
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DIREITOS INDIVIDUAIS TRABALHISTAS 
D) mandado de injunção. 
E) ação popular. 
 
GABARITO: 
 
01- 02- 03- C 04- C 
05- A 06- D 07- E 08- D 
09- A 10- B 11- D 12- B 
13- E 14- A 15- B 16- B 
17- D 18- E 19- D 20- C 
21- D 
 
 
O direito ao trabalho é um dos direitos sociais previstos no artigo 6º da CF/88, sendo que o art. 7º da 
Constituição Federal enumera os direitos do trabalhador, especificando que esses direitos pertencem aos 
trabalhadores rurais e urbanos: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social”. 
A expressão “além de outros que visem à melhoria de sua condição social” demonstra que se trata de um 
rol exemplificativo, afinal, a legislação infraconstitucional, como a Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT) prevê outros direitos, a CF apenas trata dos Direitos mínimos que devem ser respeitados. 
Por se tratar de um rol bem extenso, aqui iremos tratar do mais cobrados em provas e concursos, no 
entanto, leia o artigo 7º em sua integralidade. 
Proteção contra Despedida sem Justa Causa 
I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, 
nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre 
outros direitos; 
A Constituição exige que lei complementar proteja o empregado, buscando amenizar os impactos 
decorrentes de demissão arbitrária com o pagamento de uma indenização, entre outras providências que 
podem ser adicionadas. 
Indo mais a fundo: 
Segundo o ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias), art. 10, até a 
promulgação dessa lei complementar essa indenização ficará restrita a 40% sobre os depósitos do Fundo 
 
 
 
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), realizados em favor do empregado. Além disso, ficará vedada 
a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
Do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o 
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; 
Da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. 
Seguro-Desemprego 
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
O seguro-desemprego é uma espécie de programa e é regulado pela lei 7998/90. Ele tem dois grandes 
objetivos, o primeiro é amparar temporariamente o trabalhador em virtude de despedida sem justa causa 
e segundo é classificá-lo como assistencial, pois intenta ajudar aos trabalhadores, através de ações, a 
preservarem seus empregos e a se qualificarem. 
Fique de olho: a banca troca a palavra involuntário, por voluntário. Voluntário seria o pedido de demissão 
que não dá direito ao seguro. Fique atento (a). 
FGTS 
II – fundo de garantia do tempo de serviço; 
O inciso trata do FGTS, equivalente a aproximadamente um salário por ano (8% do salário por mês), 
depositado pelo empregador em conta vinculada e exclusiva do empregado. 
Destaca-se, no que se refere a esse inciso, que o FGTS não é direito dos servidores públicos estatutários. 
Salário Mínimo, Piso Salarial e Irredutibilidade do Salário 
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a 
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com 
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua 
vinculação para qualquer fim; 
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo 
coletivo; 
 
O Salário Mínimo deve ser nacionalmente unificado e fixado em Lei. Pra reajustar tem que ser feita nova 
lei e é vedada sua vinculação como um indexador, para qualquer fim. 
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Ressalta-se, quanto a esse dispositivo, que há uma hipótese excepcional em que é possível a redução do 
salário: a determinação dessa medida em convenção ou acordo coletivo. Essa flexibilidade se deve ao fato 
de que muitas vezes é mais benéfico para uma categoria aceitar uma redução salarial (numa crise 
econômica, por exemplo), que arcar com um grande aumento do desemprego. 
TOME NOTA: Convenção é um ajuste entre o sindicato de trabalhadores e um sindicato de empregadores. 
Já Acordo Coletivo é entre um sindicato de trabalhadores e uma ou mais empresas. 
Salário-Família 
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda 
nos termos da lei; 
O salário-família é pago pelo empregador e deduzido das contribuições dele sobre a folha de salários. Seu 
valor corresponde ao número de dependentes do empregado, tem função de auxiliar o trabalhador de baixa 
renda a sustentar sua família. 
Jornada de Trabalho 
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta 
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva; 
A Jornada Máxima de Trabalho é 44 horas semanais. Se exceder a jornada, poderá haver a compensação 
de horário ou pagamento de hora-extra que deverá ter 50% a mais que a hora normal. 
O trabalho prestado em turnos ininterruptos de revezamento é aquele prestado por trabalhadores que se 
revezam nos postos de trabalho nos horários diurno e noturno, com frequência diária, semanal ou mensal. 
Nesse caso, devido ao grande desgaste para a saúde do trabalhador, a Constituição prevê uma jornada de 
seis horas. Note que esta poderá, excepcionalmente, ser aumentada, em caso de negociação coletiva 
Descanso Semanal Remunerado 
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
Atente para a palavra preferencialmente. Não há obrigação de concessão desse repouso no domingo: ele 
pode acontecer em qualquer outro dia da semana. 
Pois, existem alguns serviços que possuem grande fluxo aos domingos, como shoppings, cinemas 
restaurantes. Nesses casos, os estabelecimentos possuem autorização do Ministério do Trabalho para 
 
 
 
funcionarem aos domingos e permitirem que seus empregados gozem do repouso em outro dia, sob pena 
de serem obrigados a pagarem o dia em dobro. 
Horas Extras 
XVI – remuneração do serviço extraordináriosuperior, no mínimo, em cinquenta 
por cento à do normal; 
O serviço extraordinário condiz com as chamadas horas extras. Deve ser observado que o valor de 50% é 
o mínimo de acréscimo, podendo em algumas categorias ter esse acréscimo superior. 
Mas atenção, note a expressão no mínimo. Uma questão de concurso que disser que essa remuneração é 
necessariamente 50% superior à do serviço normal estará errada. 
Férias 
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do 
que o salário normal; 
As férias são um período de até 30 dias de descanso concedidos a cada trabalhador, são adquiridas 
integralmente após 12 meses de trabalho. Devem ser pagas de acordo com o valor da remuneração do 
empregado ao tempo do gozo, com antecedência de 2 dias do seu gozo e com adicional de 1/3 do salário 
normal. 
Licença-Maternidade e Licença- Paternidade 
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração 
de cento e vinte dias; 
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
Licença à gestante é gozada pela empregada por 120 dias. Seus salários nesse período são pagos pela 
Previdência social e não pelo empregador e no valor do seu salário-contribuição. 
A licença-paternidade é benefício que até hoje não foi regulamentado pela legislação infraconstitucional, 
continuando em vigor o mandamento previsto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
(ADCT). Entretanto, o ADCT, em seu art. 10, § 1º, determina que "até que lei venha a disciplinar o 
disposto no art. 7º, XIX da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco 
dias". 
Vale o destaque para o art. 10º da ADCT, II, alínea b e §1º: 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, 
da Constituição: […] 
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II – fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após 
o parto. 
§ 1º – Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, 
o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias. 
Redução dos riscos, adicionais, assistência 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas; 
Atente para o limite de 5 anos. Ele tem sido bastante cobrado nos concursos. 
Proibição de Discriminação Profissional 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de 
admissão do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou 
entre os profissionais respectivos; 
A CF proíbe expressamente diferenciações de salário por motivo de sexo, raça cor ou estado civil ou para 
portadores de deficiência, buscando combater o preconceito e a desigualdade no ambiente de trabalho, do 
mesmo modo, facilitar o acesso do deficiente ao mercado de trabalho. 
A Constituição também proíbe distinção entre trabalhadores manuais, técnicos ou intelectuais, pois todos 
devem ser tratados de forma isonômica. 
Idade Mínima para o Trabalho 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição 
de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
A idade mínima para se trabalhar é aos dezesseis anos, há, entretanto, uma exceção a esse limite mínimo 
de idade: pode-se trabalhar a partir dos quatorze anos de idade, na condição de aprendiz; 
 
 
 
DIREITOS COLETIVOS DOS TRABALHADORES 
Porém, os menores de dezoito anos, não poderão exercer trabalho noturno, insalubre ou perigoso, 
Trabalhador Avulso 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício 
permanente e o trabalhador avulso. 
Os trabalhadores avulsos têm os mesmos benefícios que os trabalhadores de vínculo permanente. 
Trabalhador Avulso é aquele que é chamado pra prestar serviços por um órgão gestor (OGMO). 
 
 
Organização Sindical 
Os artigos 8º a 11 da Constituição Federal tratam do direito sindical, prevendo alguns princípios que 
nortearão o tratamento da matéria, que estudaremos a seguir. 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a 
interferência e a intervenção na organização sindical; 
Qualquer categoria profissional ou econômica pode criar um sindicato próprio, sendo que não haverá 
necessidade de qualquer autorização do Poder Público, ressalvado o registro no órgão competente. 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, 
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, 
que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não 
podendo ser inferior à área de um Município; 
O inciso acima faz referência ao “monismo sindical”, o qual determina que, no Brasil, somente poderá 
haver um sindicado, em cada local, responsável pela representação de cada categoria profissional ou 
econômica. 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais 
da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
Os sindicatos existem para representar as diversas categorias profissionais e econômicas, tanto na esfera 
administrativa quanto na judicial. 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria 
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da 
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representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista 
em lei; 
O inciso trata da contribuição confederativa, que deve ser descontada na folha de pagamento do 
trabalhador, independentemente do mesmo ser filiado ao sindicato ou não. 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
Segue a mesma ideia da associação, que ninguém será obrigado a sindicalizar-se ou manter sindicalizado, 
contudo aqui, o empregado ou empregador não sindicalizado está sujeito ao pagamento de contribuições 
impostas pela lei. 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de 
trabalho; 
Uma vez que os acordos coletivos de trabalho são negociações entre os trabalhadores e empregadores, a 
participação dos sindicatos é uma obrigação natural. 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações 
sindicais; 
Como muitas vezes os sindicatos decidem assuntos relacionados à aposentadoria, a CF obriga que os 
aposentados possam participar nas votações e participar das chapas eleitorais. 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da 
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos 
termos da lei. 
O trabalhador que for candidato a algum cargo no sindicato é garantido uma estabilidade temporária, para 
protegê-lo de pressões ilegítimas por parte do empregador. 
Direito de Greve 
 
 
Prevê o artigo 9º da CF/1988 ser assegurado o direito de greve aos trabalhadores, sendo que cabe a eles 
decidir sobre a oportunidade de exercer esse direito. Quando a Constituição fala em ‘trabalhadores’ está 
se referindo à iniciativa privada, geralmente regidos pela CLT. 
 
 
 
Em relação aos servidores (os concursados,regidos por estatutos próprios, daí o nome de estatutários), a 
Constituição em seu artigo 37, VII, diz que o direito de greve será exercido nos termos de lei específica. 
Ou seja, de um lado, foi assegurado o direito de greve; de outro, o exercício desse direito depende de 
regulamentação. É mais um exemplo de norma constitucional de eficácia limitada. 
Ressalta-se que até hoje nunca foi elaborada essa lei de greve, o que ensejou a impetração de vários 
mandados de injunção por servidores e sindicatos que buscavam a concretização do direito de greve aos 
servidores públicos. 
Para melhor contextualização, vamos a leitura do artigo 9ª: 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
O Trabalhador da iniciativa privada tem direito de Greve, visto já ter sido regulamentado por Legislação 
Infraconstitucional, qual seja a Lei 7.783/89. 
Já para servidor público, ainda não se tem lei específica. Isso vem se arrastando desde o ano de 1988, 
como acima mencionado. 
Destaca-se que a Constituição garante amplamente o direito de greve dos trabalhadores, cabendo a eles 
decidir sobre a realização ou não de uma greve e sobre o que irão pleitear por meio dela. 
No entanto, o Art. 9º traz duas ressalvas importantes em seus parágrafos: 
a) para os chamados serviços ou atividades essenciais, definidos pela lei, poderá haver restrição na forma 
do exercício da greve, de forma a evitar prejuízos demasiados à sociedade. Mesmo nesses serviços o 
direito de greve existe, mas ficará sujeito à regulamentação, para que se atendam às necessidades 
inadiáveis da coletividade. 
Vejamos quais são considerados serviços ou atividades essenciais da qual a lei trata: 
• Tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; 
• Assistência médica e hospitalar; 
• Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; 
• Funerários; 
• Transporte coletivo; 
• Captação e tratamento de esgoto e lixo; 
• Telecomunicações; 
• Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; 
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• Processamento de dados ligados a serviços essenciais; 
• Controle de tráfego aéreo e navegação aérea; 
• Compensação bancária. 
b) eventuais abusos cometidos no exercício do direito de greve deverão ser punidos, na forma estabelecida 
em lei. 
 
Questões 
1- ESAF/2012 Adaptada (MDIC – Analista) O entendimento pacificado nos Tribunais Superiores é o de 
que não se concederá habeas data caso não tenha havido uma negativa do pedido no âmbito 
administrativo. 
( ) Certo ( ) Errado 
2- FCC/2014 adaptada (TRT 2ª Região – Analista Judiciário) É cabível a impetração de habeas data em 
caso de violação do direito fundamental assegurado a todos de receber dos órgãos públicos informações 
de seu interesse particular ou de interesse geral, ainda que, neste último caso, não diga respeito 
especificamente à pessoa do impetrante. 
( ) Certo ( ) Errado 
3- IBGE/2017 (IPREV – Procurador) Um servidor municipal exerceu a função de cirurgião-médico, por 
27 anos, na municipalidade, atuando em ambiente insalubre. Após ter negado seu pedido de aposentadoria, 
o autor ingressou com ação judicial, ressaltando que a inexistência de lei complementar inviabilizava o 
exercício do direito à aposentadoria, implementando o período consentâneo com o desgaste decorrente do 
contato com agentes nocivos à saúde, com portadores de moléstias infectocontagiosas humanas e 
materiais e objetos contaminados. 
No caso em tela, trata-se de uma ação de 
a) Mandado de Segurança. 
b) Mandado de Injunção. 
c) Ação Declaratória. 
d) Habeas Data. 
e) Mandado de Segurança Coletivo. 
 
4- IADES/2018 (PM/DF – Soldado) Com relação ao habeas corpus, conforme a legislação processual 
penal e o entendimento do Supremo Tribunal Federal assinale a alternativa correta. 
 
 
 
a) O analfabeto não pode impetrar habeas corpus em favor de irmão que foi preso. 
b) Contra imposição de pena de exclusão de militar ou perda de patente ou de função pública cabe habeas 
corpus. 
c) Como regra, a natureza jurídica do habeas corpus é um recurso sui generis. 
d) Contra a exclusiva aplicação de multa cabe habeas corpus. 
e) O habeas corpus é uma ação legítima para o trancamento de inquérito policial quando não houver justa 
causa para o exercício deste. 
5- (IADES/Prefeitura João Pessoa-PB/2018) O remédio constitucional cabível sempre que a falta de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, consiste no (a): 
a) Mandado de segurança. 
b) Habeas corpus. 
c) Ação popular. 
d) Mandado de injunção. 
e) Ação coletiva. 
 
6- (FGV/Câmara de Salvador-BA/2018) Maria reuniu todos os documentos exigidos para se matricular 
em uma escola estadual do seu bairro. Para sua surpresa, o requerimento foi indeferido sem qualquer 
fundamentação. Considerando a manifesta ilegalidade do ato, bem como porque todos os elementos 
constitutivos do seu direito decorriam da prova documental, Maria procurou um advogado e solicitou o 
ajuizamento da medida judicial cabível. 
À luz da sistemática constitucional, essa medida é: 
a) habeas corpus; 
b) mandado de segurança; 
c) mandado de injunção; 
d) habeas data; 
e) pedido de suspensão. 
 
7- (VUNESP/IPRESB-SP/2017) A respeito dos remédios constitucionais que visam garantir os direitos 
individuais e coletivos, é correto afirmar: 
a) o habeas data é cabível sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
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b) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado: por partido político com representação no 
Congresso Nacional; por organização sindical; pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. 
c) o cidadão, ao propor ação popular, ficará isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência como 
autor, quando a ação for improcedente, salvo comprovada má-fé. 
d) conceder-se-á mandado de segurança sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
e) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, o cidadão deve se utilizar do 
mandado de injunção. 
8- (FUNRIO/AL-RR/2018) NÃO se trata de um direito social, consagrado constitucionalmente, a/o: 
a) alimentação. 
b) lazer. 
c) propriedade. 
d) proteção à maternidade e à infância. 
9 - (AOCP/Auxiliar de Necropsia - RN/2018) O artigo 8° da Constituição Federal determina que seja livre 
a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
a) ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas. 
b) a lei poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato. 
c) é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou 
empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um estado. 
d) o trabalhador será obrigado a filiar-se e a manter-se filiado a sindicato. 
e) o aposentado filiado não pode votar e ser votado nas organizações sindicais. 
 
10- Ano: 2019 Banca: FCC Órgão:Prefeitura de Manaus - AM Prova: FCC - 2019 - Prefeitura de M 
Depois de um longo período de desemprego, José da Silva foi contratado pela empresa Lar Doce Lar Ltda. 
para trabalhar como vendedor em uma loja de materiais de construção. Dentre os direitos sociais previstos 
na Constituição Federal, José da Silva fará jus 
A) à participação nos lucros, ou resultados, vinculada à sua remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. 
 
 
 
B) à duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e oito semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de 
trabalho. 
C) ao seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que 
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. 
D) à assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 6 anos de idade em creches 
e pré-escolas. 
E) ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta e cinco dias, nos 
termos da lei.anaus - AM - Assistente Técnico Fazendário 
11- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 11ª Região (MS-MT) Prova: Quadrix - 2019 - CREF 
- 11ª Região (MS-MT) - Agente de Orientação e Fiscalização 
 
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item. 
É direito dos trabalhadores urbanos a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício 
permanente e o trabalhador avulso. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
12- Ano: 2019 Banca: SELECON Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ Prova: SELECON - 2019 - Prefeitura 
de Niterói - RJ - Guarda Civil Municipal 
A Constituição Federal brasileira em vigor elenca inúmeros direitos sociais que visam a melhoria da 
condição social dos trabalhadores urbanos e rurais. Nesse passo, configuram-se como direitos sociais 
desses trabalhadores: 
A) o seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário 
B) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, salvo para os que percebem remuneração variável 
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C) piso salarial independentemente da proporcionalidade aplicável à extensão e à complexidade do 
trabalho 
D) irredutibilidade do salário em qualquer hipótese, independentemente de disposto em convenção 
ou acordo coletivo 
E) o salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, dentre outras, sendo possível sua 
vinculação para qualquer fim, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo 
13- Ano: 2019 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: UPE Prova: UPENET/IAUPE - 2019 - UPE – Advogado 
São direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais, EXCETO 
A) salário mínimo regionalizado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua 
família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhes preservem o poder aquisitivo, sendo vedada 
sua vinculação para qualquer fim. 
B) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. 
C) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. 
D) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável. 
E) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. 
14- Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Câmara de Jaru - RO Prova: IBADE - 2019 - Câmara de Jaru - RO 
– Contador 
Segundo a Constituição Federal de 1988, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social: 
I. fundo de garantia do tempo de serviço; 
II. remuneração do trabalho noturno inferior à do diurno, já que à noite o movimento é menor; 
III. aposentadoria; 
IV. licença-paternidade, nos termos fixados em lei. 
Dentre os itens acima, estão corretos, apenas: 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) I, III e IV. 
D) II, III e IV. 
E) III e IV. 
 
 
 
 
15- Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: IMESF Prova: FUNDATEC - 2019 - IMESF - Assistente 
Administrativo 
O Art. 39 da Constituição Federal assegura aos servidores ocupantes de cargos públicos determinados 
direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais. Sendo assim, analise as seguintes assertivas, 
relacionadas aos direitos assegurados a esses servidores e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas. 
( ) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches 
e pré-escolas. 
( ) Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. 
( ) Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
( ) Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
A) V – V – F – F. 
B) F – V – F – V. 
C) V – F – V – F. 
D) F – F – V – V. 
E) V – F – F – V. 
16- Ano: 2019 Banca: IDECAN Órgão: IF-PB Provas: IDECAN - 2019 - IF-PB - Assistente em 
Administração 
Sobre os direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas abaixo: 
I. É direito social do trabalhador urbano a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento 
até 7 (sete) anos de idade em creches e pré-escolas. 
II. São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania. 
III. É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. 
Assinale 
A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
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DIREITOS DE NACIONALIDADE 
E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
17- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS - SC Prova: Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Agente Fiscal 
Quanto aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item. 
É facultativa a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho. 
( ) Certo ( ) Errado 
18- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRESS - SC Prova: Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Agente Fiscal 
Em relação à Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item. 
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil os valores sociais do trabalho e da 
livre iniciativa. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
GABARITO: 
 
01- C 02- E 03- B 04- E 05- D 
06- B 07- C 08- C 09- A 10- C 
11- C 12- A 13- A 14- C 15- D 
16- E 17- E 18- E 
 
 
INTRODUÇÃO 
O Direito a nacionalidade, como já vimos é também um Direito Fundamental e está previsto nos artigos 
12 e 13 da CF/88. Nacionalidade é o vínculo Jurídico Político interno, que faz da pessoa um dos elementos 
componentes da dimensão do Estado. 
O direito internacional prevê duas formas de aquisição da nacionalidade: a originária (ou primária ou de 
primeiro grau ou nato) e a derivada (ou secundária ou de segundo grau ou naturalizado). 
A nacionalidade originária é conferida àqueles que preencham determinados requisitos ligados ao sangue 
(jus sanguinis) ou ao nascimento dentro do território do país (jus solis). No Brasil, deu-se prevalência ao 
critério do território (jus solis). 
 
 
 
CRITÉRIOS DE AQUISIÇÃO DE NACIONALIDADE 
BRASILEIROS NATOS 
No entanto, mesmo dentro da regra territorial há a forma extremada (apenas território) e a temperada – a 
que adotamos. Assim, em determinadas situações, foi acolhido o critério de sangue (jus sanguinis), sempre 
agregado a outra circunstância. 
Destaca-se que as pessoas podem possuir mais de uma nacionalidade, caso haja permissão pelas regras 
do país. É a figura da dupla, tripla ou quádrupla nacionalidade. A pessoa será chamada de polipátrida.Em sentido contrário, há casos em que a pessoa não possuirá nenhuma nacionalidade, quando será 
chamado de apátrida (ou, do direito alemão, heimatlos). 
Sendo assim, em relação ao Estado, a pessoa pode assumir duas condições: 
Nacional: quem possui nacionalidade daquele Estado, possuindo um vínculo permanente com ele. 
Estrangeiro: quem possui outra nacionalidade que não a daquele país ou não possui nenhuma 
nacionalidade, mas deve submeter-se à lei do país em que estiver. 
A aquisição da nacionalidade pode se dar por dois modos: originário e derivado. 
Os que possuem nacionalidade originária são chamados de cidadãos natos, que quer dizer “nascidos”, já 
os que possuem nacionalidade derivada são chamados de cidadãos naturalizados. 
Assim, o nacional pode ser: 
Nato: quem já nasce com aquela nacionalidade ou é equiparado para todos os efeitos àqueles que nascem. 
Naturalizado: quem possuía outra nacionalidade originária, mas optou, em determinado momento e na 
forma da lei, por tornarem-se nacionais daquele país. 
 
São dois os critérios para a atribuição da nacionalidade da pessoa: o de origem sanguínea – jus sanguinis 
– e o de origem territorial – jus solis. 
O critério jus sanguinis funda-se no vínculo de sangue, segundo o qual será nacional todo aquele que for 
filho de nacionais, independentemente do local de nascimento. 
O critério jus solis atribui à nacionalidade a quem nasce no território do Estado que adota 
independentemente da nacionalidade dos ascendentes. 
A Constituição Federal de 1988 adotou, como regra, o critério jus solis. Admitindo, porém, ligeiras 
atenuações (mitigações). 
 
São Natos (Art. 12 I CF): 
a) Nascidos no Brasil ainda que de pais estrangeiros (desde que não estejam a serviço de seu país); 
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BRASILEIROS NATURALIZADOS 
TRATAMENTO DIFERENCIADO ENTRE BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO 
b) Nascidos no Estrangeiro: 
• De pai ou mãe brasileira desde que esteja a serviço do Brasil; 
• Tendo pai ou mãe brasileira desde que registrado em repartição competente. 
Ex. Consulado ou Embaixada (Se a criança já voltar ao Brasil, pode ser num cartório). 
• De pai ou mãe Brasileira desde que venha morar no Brasil um dia e opte após 18 anos pela 
nacionalidade. 
Indo mais fundo: O Supremo Tribunal Federal já manifestou que, no caso de o nascido no exterior, 
de pai brasileiro ou mãe brasileira, vir a residir no Brasil, ainda menor, passa, desde logo, a ser 
considerado brasileiro nato, mas estará sujeita essa nacionalidade a ulterior manifestação da vontade do 
interessado, mediante a opção, depois de atingida a maioridade. 
 
A Constituição Federal prevê a aquisição da nacionalidade secundária por meio da naturalização, sempre 
mediante manifestação da vontade do interessado. 
São brasileiros naturalizados: 
a) Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de 
língua portuguesa, apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. (naturalização 
ordinária) 
b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de 
quinze anos ininterrupta e sem condenação penal, desde que requeiram nacionalidade brasileira. 
(naturalização extraordinária) 
OBS: Aos portugueses com residência permanente no país, se houver reciprocidade em favor de 
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro naturalizado, salvo os casos previstos na 
própria Constituição. 
 
A constituição de 1988 não permite que a lei estabeleça distinções entre brasileiro nato e naturalizado. Os 
únicos casos de tratamento diferenciado admitidos são aqueles expressamente constantes do próprio texto 
constitucional, a saber: 
a) Cargos: São privativos de brasileiro nato os cargos de: 
• Presidente da República e Vice; 
• Presidente da Câmara dos Deputados; 
 
 
 
PERDA DA NACIONALIDADE 
• Presidente do Senado; 
• Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
• Diplomatas de Carreira; 
• Oficial das Forças armadas; 
• Ministro do Estado da Defesa. 
Atenção, as bancas não costumam pedir muito de Nacionalidade no geral, mas essa lista dos cargos 
privativos, é muito recorrente, então memorize-a. 
Bizu: 
 
b) Função no Conselho da república: No Conselho da República, órgão superior de consulta do 
Presidente da República, foi constitucionalmente reservado seis vagas a cidadãos brasileiros natos. (CF, 
art.89, VII); 
c) Extradição: O brasileiro NATO não pode ser extraditado, o que pode ocorrer com o naturalizado, em 
caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. (CF, art. 5º, LI); 
d) Direito e propriedade: o brasileiro naturalizado há menos de dez anos não pode ser proprietário de 
empresa jornalística e de rádio fusão sonora. 
 
Embora o brasileiro nato nunca possa ser extraditado, tanto ele quanto o naturalizado podem deixar de ser 
brasileiros (perder a nacionalidade). 
O brasileiro naturalizado sofrerá a perda da nacionalidade em caso de cancelamento de sua naturalização, 
decorrente de decisão judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional. Nesse caso, a única 
forma de se readquirir a nacionalidade é por meio da ação rescisória. Não será possível um novo 
procedimento administrativo de naturalização, mesmo que preenchidos os requisitos constitucionais, 
acima explicitados. 
Esquematizando: 
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DUPLA NACIONALIDADE 
DIREITOS POLÍTICOS 
Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
a) tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
b) adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira ou de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. 
 
Em regra, o brasileiro que adquire outra nacionalidade perde a condição de nacional brasileiro. Porém, a 
Constituição Federal admite, em duas situações, a dupla nacionalidade: 
a) Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira: não perderá a nacionalidade o 
brasileiro que tiver reconhecida outra nacionalidade por Estado estrangeiro, originariamente, em virtude 
de adoção do critério jus sanguinis; 
b) Imposição da lei estrangeira: imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro 
residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício 
de direitos civis. 
 
Introdução 
Os direitos políticos consistem no conjunto de normas que asseguram o direito subjetivo de 
participação no processo político e nos órgãos governamentais. Eles garantem a participação do povo 
no poder de dominação política por meio das diversas modalidades do Direito ao Sufrágio. 
Tome nota: direito ao sufrágio é o direito de voto nos plebiscitos e referendos, assim como por outros 
direitos de participação popular, como o direito de iniciativa popular e o direito de organizar e participar 
de partidos políticos. 
A matéria referente aos direitos políticos é disciplinada nos artigos 14 a 16 da CF. Já no artigo 17, você 
encontra os partidos políticos. 
São esses, portanto, os direitos políticos expressamente consignados na Carta da República de 1988: 
• Direito ao sufrágio; 
• Direito ao voto nas eleições, plebiscitos e referendos; 
• Direito à iniciativa popular de lei. 
 
 
 
 
CAPACIDADE ELEITORAL 
Indo mais fundo: “Fazendo-se uma diferenciação entre os conceitos de sufrágio, voto e 
escrutínio, temos que “o sufrágio é o direito público e subjetivo de participar ativamente dos 
destinos políticos da nação; o voto, nada mais é do que o exercício concreto do direito de sufrágio;e o 
escrutínio consiste no modo do exercício do sufrágio” (Roberto Moreira de Almeida, Curso de Direito 
Eleitoral). 
 Resumo prático: 
• Sufrágio = direito → "poder votar" 
• Voto = ato → "efetivamente votar" 
 
Por direitos políticos ativos (ou capacidade eleitoral ativa) se entende a possibilidade de o cidadão de 
participar diretamente do processo eleitoral, através do voto, seja em eleições, seja em plebiscitos ou em 
referendos (direito de votar). 
 Já os direitos políticos passivos (capacidade eleitoral passiva) guardariam ligação com a elegibilidade 
da pessoa, o direito de ser votado. 
Capacidade eleitoral ativa: É a que garante ao nacional o direito de votar nas eleições, nos plebiscitos 
ou nos referendos. No Brasil, a aquisição dessa capacidade dá-se com o alistamento realizado perante os 
órgãos competentes da Justiça Eleitoral. 
O alistamento e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos e facultativos para os analfabetos, 
os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
A Constituição brasileira não permite o alistamento de estrangeiros e, durante o serviço militar 
obrigatório, dos conscritos. 
Capacidade Eleitoral passiva: Assim como a capacidade eleitoral ativa diz respeito ao direito de votar 
(alistabilidade), a capacidade eleitoral passiva diz respeito ao direito de ser votado, de ser eleito 
(elegibilidade). 
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Tome nota: A obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea. Assim, ele pode passar a ser facultativo, 
exigindo-se EC, na medida em que a regra da obrigatoriedade está prevista na CF. 
São condições de elegibilidade: 
a) nacionalidade brasileira ou condição de equiparado a português, sendo que para Presidente e vice-
presidente da República exige-se a condição de brasileiro nato. (CF, art. 12, §3º). 
b) pleno exercício dos direitos políticos. 
c) alistamento eleitoral. 
d) domicílio eleitoral na circunscrição em que vai concorrer. 
e) idade mínima: 
35 anos para presidente, vice e senador; 
30 anos para governador e vice-governador; 
21 anos para deputado federal e estadual, prefeito e vice-prefeito; 
18 anos para vereador. 
 
Atenção, isso costuma cair em prova, então, memorize! 
 
 
f) Filiação Partidária. 
Inelegibilidades 
Inexigibilidade Absoluta: 
a) Os analfabetos que, embora possam alistar-se e votar, não dispões de capacidade eleitoral passiva. 
b) Os não alistáveis. 
Inexigibilidade Relativa: 
a) Motivos funcionais: Devem se licenciar dos cargos públicos os servidores que desejam pleitear cargos 
eletivos, seis meses antes do pleito. 
 
 
 
PLEBISCITO E REFERENDO 
b) Inelegibilidade por Parentesco: Denominada “Inelegibilidade Reflexa”. Para os cargos do chefe do 
executivo, ocupados por parentes consanguíneos ou afins até segundo grau, vale também para União 
estável e relação homo afetiva. 
Assim, temos: 
O cônjuge, parentes e afins até segundo grau do prefeito, não poderão candidatar-se a vereador ou Prefeito 
do mesmo Município; 
 
O cônjuge, parentes e afins até segundo grau do Governador não poderão candidatar-se a qualquer cargo 
do Estado (vereador, deputado estadual, deputado federal e senador pelo próprio Estado e Governador do 
mesmo Estado); 
 
O cônjuge, parentes e afins até segundo grau do Presidente da República não poderão candidatar-se a 
qualquer cargo eletivo no país. 
 
Tome nota: Súmula vinculante nº 18- A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal no curso do 
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no §7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
Vale ressaltar, entretanto, que a inelegibilidade reflexa não é aplicável na hipótese de o cônjuge, parente 
ou afim já possuir mandato eletivo, caso em que poderá candidatar-se à reeleição. 
c) Condição Militar: o militar é alistável, podendo ser eleito (CF, art. 14, §8º). Porém é vedado ao militar, 
enquanto estiver em serviço ativo, estar filiado a partido político. 
 
 
São consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza 
constitucional, legislativa ou administrativa. 
O Plebiscito consiste numa consulta feita à população sobre determinado assunto que ainda não foi votado 
pelo Legislativo. O Plebiscito é sempre prévio a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo 
voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. 
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O Referendo consiste numa consulta à população para ratificação ou não de lei já aprovada pelo Poder 
Legislativo. É feito posteriormente à aprovação do ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo 
a respectiva ratificação ou rejeição, de todo o diploma ou apenas parte dele. 
Privação dos Direitos Políticos 
Cabe ressaltar que embora não exista cassação de Direitos Políticos, pode ocorrer a Perda (prazo 
indeterminado) e a Suspensão (prazo determinado). 
Perda: 
Cancelamento da Naturalização por sentença transitada em julgado; 
E a perda da Nacionalidade por aquisição voluntária de outra nacionalidade. 
Suspensão: 
Condenação em ação de improbidade administrativa (a justiça determina o prazo); 
Condenação penal por sentença transitada em julgado, enquanto durarem os efeitos da condenação. 
 
 
 
Questões 
1- (CS-UFG/SANEAGO/2018) A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, assegura que 
é cargo privativo de brasileiro nato: 
a) Ministro do Superior Tribunal de Justiça. 
b) Ministro de Estado da Defesa. 
c) Ministro do Tribunal Superior do Trabalho. 
d) Ministro do Tribunal Federal de Recursos 
 
2- (CESPE/Diplomata/2018) No que tange aos direitos e garantias fundamentais e ao processo legislativo, 
conforme disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue (C ou E) o item subsequente. 
A CF veda a extradição de estrangeiro em razão de crime político ou de opinião. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
3- (CESPE/PF/2018) Com relação aos direitos e às garantias fundamentais previstos na Constituição 
Federal de 1988, julgue o item a seguir. 
Ainda que, em regra, inexista distinção entre brasileiros natos e naturalizados, o cargo de oficial das Forças 
Armadas só poderá ser exercido por brasileiro nato. 
( ) Certo ( ) Errado 
4- (FUMARC/Delegado de Polícia-MG/2018) NÃO constitui cargo privativo de brasileiro nato: 
a) Ministro de Estado da Defesa. 
b) Oficial das Forças Armadas. 
c) Presidente da Câmara dos Deputados. 
d) Senador da República. 
 
5- (UEG/Delegado de Polícia-GO/2018) É possível, segundo a Constituição (CRFB) e o Supremo 
Tribunal Federal (STF), 
a) a prisão civil por dívida do depositário infiel. 
b) a extradição de brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, mas 
o brasileiro nato nunca poderá ser entregue pelo Brasil a outro país. 
c) o uso de algemas como regra, com vistas à proteção dos agentes envolvidos e da autoridade policial. 
d) a manutenção provisória de condenado em regime prisional mais gravoso até o surgimento de vaga em 
estabelecimento penal adequado à progressão de regime. 
e) a extradição de brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado depois da naturalização, 
mas o estrangeiro não será extraditado por crime político ou de opinião. 
6- (CESPE/MPE-PI/2018) A propósito do que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos 
dos analfabetos, julgue os itens a seguir. 
O analfabetismo não representará óbice à elegibilidade dos cidadãos, haja vista a garantia do amplo 
exercício dos direitos políticos, característica do estado democrático de direito. 
( ) Certo ( ) Errado 
O voto não é obrigatório para os analfabetos. 
( ) Certo ( ) Errado 
7- (CESPE/PF/2018) Gilberto, brasileiro nato, completou sessenta e um anos de idade no mês de janeiro 
de 2018. Neste mesmo ano, transitou em julgado condenação criminalcontra ele, tendo sido arbitrada, 
entre outras sanções, pena privativa de liberdade. Considerando essa situação hipotética, julgue o item a 
seguir, com relação aos direitos políticos de Gilberto. 
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Em razão de sua idade, o ato de votar nas eleições de 2018 é facultativo para Gilberto. 
( ) Certo ( ) Errado 
O processo criminal transitado em julgado é hipótese constitucional para a cassação dos direitos políticos 
de Gilberto pelo tempo de duração dos efeitos da condenação. 
( ) Certo ( ) Errado 
8- (VUNESP/TJ-RJ/2018) Supondo que IRINEU, brasileiro nato, militar, atualmente com 30 anos de 
idade, deseje se candidatar, é correto afirmar que: 
a) não poderá se candidatar, mesmo que desligado da função militar, antes de completados cinco anos de 
sua desvinculação da anterior função. 
b) poderá se candidatar ao cargo de Presidente, Vice-Presidente da República, Senador e também 
Governador, mas se contar com mais de cinco anos de serviço militar, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
c) poderá se candidatar ao cargo de Presidente ou Vice-Presidente da República, bem como Senador, não 
sendo necessário se afastar ou ficar inativo com relação ao cargo de militar. 
d) caso seja detentor do cargo de Prefeito e queira concorrer a outros cargos, deve renunciar ao respectivo 
mandato até três meses antes do pleito. 
e) poderá se candidatar ao cargo de Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, mas 
se tiver menos de 10 anos de serviço militar deverá se afastar da atividade. 
 
9- (AOCP/TRT-RJ/2018) De acordo com o que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos, 
assinale a alternativa correta. 
a) A idade mínima para elegibilidade ao cargo de governador é de trinta e cinco anos. 
b) São inelegíveis e inalistáveis os analfabetos. 
c) A soberania popular será exercida, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. 
d) O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de sessenta e cinco anos. 
e) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, 
até o segundo grau ou por adoção, de vereador ou de quem o haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
10- FCC/2012 (TCE – Técnico de Controle Externo) O alistamento eleitoral é facultativo para os: 
a) estrangeiros; 
b) maiores de sessenta e cinco anos; 
 
 
 
c) conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório; 
d) analfabetos; 
e) maiores de dezesseis anos e menores de vinte e um anos. 
 
11- (ESAF/2010/CGU) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para todos os brasileiros maiores 
de dezoitos anos. 
( ) Certo ( ) Errado 
12- FCC/2013 (TRT 1ª Região – Técnico Judiciário) De acordo com a Constituição Federal, um brasileiro 
naturalizado, analfabeto, com 21 anos de idade e residente no Brasil: 
a) não é obrigado ao alistamento eleitoral e ao voto, sendo, ainda, inelegível. 
b) é obrigado ao alistamento eleitoral e ao voto, embora não possa candidatar-se a deputado federal. 
c) é obrigado ao alistamento eleitoral e ao voto, embora seja inelegível. 
d) não é obrigado ao alistamento eleitoral e ao voto, podendo, no entanto, candidatar-se a deputado 
estadual. 
e) é obrigado ao alistamento eleitoral e ao voto, podendo candidatar-se a vereador. 
 
13- FCC/2012 (TRT 6ª Região – Técnico Judiciário) Nos termos das Constituição Federal, são condições 
de elegibilidade para Senador, quando à idade e à nacionalidade, respectivamente, ter, no mínimo: 
a) trinta e cinco anos e ser brasileiro nato; 
b) trinta anos e ser brasileiro nato; 
c) dezoito anos e ser brasileiro nato ou naturalizado; 
e) trinta e cinco anos e ser brasileiro nato ou naturalizado. 
 
14- (ESAF/TRT2ª/2013) Assinale a opção correta entre as assertivas abaixo relativas aos direitos eleitorais 
e à nacionalidade: 
a) Um determinado cidadão brasileiro pode ter o direito de votar e não ter o direito de ser votado; 
b) O brasileiro nato sempre poderá exercer o direito ao sufrágio; 
c) Basta ter nacionalidade brasileira para ter o direito de ser votado; 
d) Todo brasileiro nato é cidadão passível de exercício do poder de votar e ser votado; 
e) Os conscritos podem votar. 
 
15- (ESAF/ATRFB/2009) São cargos privativos de brasileiro nato: 
a) Presidente da República, Senador, Deputado e Ministro do Supremo Tribunal Federal. 
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b) Presidente do Senado Federal, Ministro do Superior Tribunal Militar e Ministro de Estado de Defesa. 
c) Presidente da República, Ministro do Supremo Tribunal Federal e Ministro da Justiça. 
d) Vice-Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa e Presidente da Câmara dos Deputados. 
e) Vice-Presidente da República, Governador de Estado e Diplomata. 
 
16- (CESPE/TRE-GO/2009) A CF prevê casos de suspensão, mas não de perda definitiva de direitos 
políticos, pois a privação terminante desses direitos configuraria ofensa ao princípio da dignidade da 
pessoa humana. 
( ) Certo ( ) Errado 
17- (VUNESP/TJSP/2017) Maria, brasileira, estava grávida quando viajou para a Alemanha. Em virtude 
de complicações de saúde, seu bebê nasceu antes do tempo, quando Maria ainda estava na Alemanha. 
Considerando apenas os dados apresentados, pode-se afirmar que, nos termos da Constituição Federal, o 
filho de Maria será considerado: 
a) brasileiro nato, bastando que venha a residir na República Federativa do Brasil; 
b) brasileiro nato se Maria estiver, na Alemanha, a serviço da República Federativa do Brasil; 
c) brasileiro nato, bastando que o pai do bebê também seja brasileiro, nato ou naturalizado; 
d) brasileiro naturalizado desde que opte, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; 
e) brasileiro nato, pois Maria é brasileira. 
 
18- Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ribeirão Preto - SP Prova: VUNESP - 2019 - 
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Procurador do Município 
Considere a seguinte situação hipotética: 
Marlon, brasileiro nato, é jogador de futebol; em função de sua profissão, foi transferido para jogar na 
Ucrânia. Alguns meses após a sua chegada, o time ao qual está vinculado exige que ele se naturalize 
ucraniano como condição para permanecer jogando e em cumprimento ao seu contrato de trabalho. 
Nesse caso em específico, a respeito do quanto disciplinado pela Constituição Federal brasileira acerca 
dos direitos de nacionalidade, é correto afirmar que 
A) ao adquirir voluntariamente uma nova nacionalidade, Marlon perderá automaticamente a 
nacionalidade brasileira. 
B) ao adquirir a nova nacionalidade, Marlon perderá a nacionalidade brasileira, desde que por decisão 
do Ministro da Justiça, após processo judicial que garanta contraditório e ampla defesa. 
 
 
 
C) Marlon apenas perderá a nacionalidade brasileira se, após retornar ao Brasil, a qualquer tempo, 
não solicitar ao Ministério da Justiça a reaquisição do seu direito de nacionalidade. 
D) Marlon manterá a nacionalidade brasileira e também terá a nacionalidade ucraniana, tratando-se 
de caso de dupla nacionalidade, uma vez que a aquisição da nova nacionalidade decorreu de 
exigência como condição de exercício de seus direitos na Ucrânia. 
E) Marlon manterá a nacionalidade brasileira e terá a nacionalidade ucraniana, mas terá que retornar 
ao Brasil, obrigatoriamente, no prazo máximo de 10 (dez) anos, sob pena de perder a nacionalidade 
brasileira em definitivo. 
19- Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura de 
Petrolina - PE - Guarda Civil 
A Constituição Federal prevê a regra geral de quenenhum brasileiro será extraditado. No entanto, em 
caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, pode-se afirmar 
corretamente: 
A) Há plena possibilidade de extradição do brasileiro nato. 
B) Está peremptoriamente vedada a extradição do brasileiro naturalizado. 
C) O brasileiro nato somente não será extraditado se for casado com brasileira. 
D) O brasileiro naturalizado jamais será extraditado se tiver filho brasileiro. 
E) Enquanto está vedada a extradição do brasileiro nato, há permissão constitucional para a 
extradição do brasileiro naturalizado. 
20- Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Poá - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de 
Poá - SP - Procurador Jurídico 
O reconhecimento do direito fundamental à nacionalidade traz como consequência, entre outras, 
A) a exigência em prol da concessão da nacionalidade ao estrangeiro, quando houver dúvida. 
B) que a perda da nacionalidade seja efetivada de modo a não favorecer a manutenção do vínculo, 
desconsiderando a vontade do indivíduo. 
C) o poder do Estado de obstar o desejo do indivíduo de renunciar ou mudar de nacionalidade. 
D) a relativização da regra da anualidade eleitoral. 
E) ser pressuposto básico para a obtenção da condição de cidadão, ou seja, estrangeiros não podem 
exercer direitos políticos. 
21- Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2019 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista 
Judiciário - Área Judiciária 
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Considere que determinada mulher, filha de mãe brasileira e pai estrangeiro, nascida em país cuja lei lhe 
reconhece nacionalidade originária e durante período em que sua mãe lá estava a serviço da República 
Federativa do Brasil, venha a residir no Brasil, depois de atingida a maioridade. Nessa hipótese, referida 
mulher 
A) é considerada brasileira nata, não podendo vir a ser extraditada, quaisquer que sejam as 
circunstâncias e a natureza do delito pelo qual o requeira Estado estrangeiro. 
B) não faz jus à nacionalidade originária brasileira, embora possa vir a ser naturalizada, após residir 
por quinze anos ininterruptos no Brasil e desde que não sofra condenação penal. 
C) será considerada brasileira naturalizada, podendo vir a ser autorizada sua extradição, mediante 
processo de competência originária do Supremo Tribunal Federal, em caso de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes. 
D) é considerada estrangeira, condição em virtude da qual não será concedida sua extradição apenas 
por crime político ou de opinião. 
E) será considerada brasileira nata, desde que opte pela nacionalidade brasileira, mediante processo 
de competência da Justiça Federal. 
22- Ano: 2019 Banca: IDECAN Órgão: IF-PB Provas: IDECAN - 2019 - IF-PB - Assistente em 
Administração 
Assinale abaixo o único cargo que é privativo de brasileiro nato. 
A) Juiz de paz 
B) Vereador 
C) Governador 
D) Presidente do Senado Federal 
E) Ministro da Fazenda 
23- Ano: 2019 Banca: CEV-URCA Órgão: Prefeitura de Mauriti - CE Prova: CEV-URCA - 2019 - 
Prefeitura de Mauriti - CE – Advogado 
A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos na 
própria Constituição. Nesse sentido, são cargos privativos de brasileiros natos, à EXCEÇÃO: 
A) Ministro de Estado de Defesa 
B) Oficial das Forças Armadas. 
C) Carreira diplomática. 
D) Presidente e Vice-Presidente da República. 
E) Ministro do Superior Tribunal de Justiça. 
 
 
 
24- Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarulhos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura 
de Guarulhos - SP - Inspetor Fiscal de Rendas - Conhecimentos Específicos 
Nos termos estritos da Constituição Federal, são brasileiros natos os 
A) estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de 
vinte e cinco anos ininterruptos. 
B) nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes estejam 
a serviço de seu país. 
C) que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigida aos originários de países de 
língua portuguesa residência por dois anos ininterruptos. 
D) nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, independentemente de registro em 
repartição brasileira, antes de atingida a maioridade. 
E) nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a 
serviço da República Federativa do Brasil. 
25- Ano: 2019 Banca: FADESP Órgão: CPC-RENATO CHAVES Prova: FADESP - 2019 - CPC-RE 
Sobre os direitos de nacionalidade na Constituição Federal de 1988 é correto afirmar que 
A) os brasileiros natos e naturalizados podem concorrer a mandato eletivo de Deputado Federal e 
Senador. 
B) a perda da nacionalidade brasileira por cancelamento de sua naturalização depende de Decreto do 
Presidente da República como Chefe de Estado. 
C) são brasileiros natos os estrangeiros originários de países de língua portuguesa, 
independentemente de qualquer outra formalidade. 
D) são brasileiros natos os estrangeiros originários de países de língua portuguesa que adquiram a 
nacionalidade brasileira, sendo exigidas a residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. 
E) a lei pode estabelecer garantias próprias ao brasileiro nato frente ao naturalizado quando estiver 
em questão a preservação do Brasil.NATO CHAVES - Perito Criminal - Engenharia Civil 
26- Ano: 2019 Banca: COPS-UEL Órgão: Prefeitura de Londrina - PR Prova: COPS-UEL - 2019 - 
Prefeitura de Londrina - PR - Procurador do Município 
O ordenamento jurídico brasileiro trata a questão do direito à nacionalidade previsto no Art. 12 da 
Constituição da República Federativa do Brasil como um direito fundamental. 
Sobre o direito à nacionalidade brasileira, assinale a alternativa correta. 
A) A mulher estrangeira casada com brasileiro recebe automaticamente a nacionalidade brasileira. 
B) Não existem diferenças entre brasileiros natos e brasileiros naturalizados. 
C) No Brasil, o direito à naturalização é automático, ou seja, se o estrangeiro cumprir os requisitos 
será naturalizado automaticamente independentemente de qualquer requerimento. 
Professora_larissa.nani 
 
 
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D) O cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça é privativo de brasileiro nato. 
E) São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, 
desde que estes não estejam a serviço de seu país. 
27- Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SEMEF Manaus - AM Prova: FCC - 2019 - SEMEF Manaus - AM - 
Assistente Técnico Fazendário 
Adam Baker, brasileiro naturalizado, de 27 anos, residente há 8 anos no Brasil, decidiu ingressar na 
política a fim de contribuir com o seu trabalho para a melhoria da situação social do povo brasileiro. 
Considerados apenas os dados fornecidos, à luz das pertinentes condições de elegibilidade estabelecidas 
na Constituição Federal, Adam poderá concorrer ao seguinte cargo eletivo: 
A) Governador do Estado. 
B) Senador. 
C) Deputado Federal, situação em que, se eleito, poderá, inclusive, pleitear a presidência da Câmara 
dos Deputados. 
D) Deputado Estadual, situação em que, se eleito, poderá, inclusive, pleitear a presidência da 
Assembleia Legislativa. 
E) Vice-Presidente da República. 
GABARITO 
01- B 02- C 03- C 04- D 05- B 
06- E 07- E. E 08- E 09- C 10- D 
11- E 12- A 13- E 14- A 15- D 
16- E 17- B 18- D 19- E 20- A 
21- A 22- D 23- E 24- E 25- A 
26- E 27- D 
 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
União 
–Bens da União No art. 20, o legislador constituinte enumerou os bens da União. São eles: 
• os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
• as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, 
das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
 
 
 
• os lagos, rios e quaisquer correntes de águaem terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de 
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele 
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; 
• as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas 
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de municípios, exceto aquelas áreas 
afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; 
• os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
• o mar territorial; 
• os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
• os potenciais de energia hidráulica; 
• os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
• as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
• as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
Fica estabelecido, ainda, que a faixa de até 150 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, 
designadas como faixa de fronteira, é considerada fundamental para a defesa do território nacional, e sua 
ocupação e utilização serão reguladas em lei. 
–Competência material 
A competência material (de natureza administrativa, que não se confunde com a competência para 
legislar) da União foi dividida, no texto constitucional de 1988, em: exclusiva e comum. 
A primeira (competência material exclusiva) foi listada no art. 21. A segunda (competência material 
comum), por sua vez, foi enunciada no art. 23. Para as provas, deve o candidato ler, cuidadosamente, cada 
um desses dispositivos. 
Evoluindo no raciocínio, vale registrar que essa lista de competências comuns toca, ao mesmo tempo, a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
As matérias previstas no art. 23 da CF, portanto, podem ser tratadas paralelamente por todos os entes 
federados. E é justamente por isso que essas entidades da federação têm, relativamente às matérias 
mencionadas, responsabilidade solidária para o seu cumprimento. 
Não é por outro motivo que o próprio parágrafo único desse mesmo artigo dispõe que leis complementares 
fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo 
em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional. 
 –Competência legislativa 
Professora_larissa.nani 
 
 
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A competência legislativa da União, por seu turno, também foi dividida. As espécies, à luz do Texto 
Maior, são: privativa e concorrente. 
A competência legislativa privativa veio disciplinada no art. 22 da CF. Já a competência legislativa 
concorrente foi versada no art. 24. Também aqui se recomenda uma leitura atenta dos dispositivos por 
parte do candidato. 
A lista dessas competências para legislar de modo concorrente abarca, além da União, os Estados e o 
Distrito Federal. Trata-se, assim, de uma atuação legislativa conjunta, porém em esferas diferentes. 
Nesse sentido, no âmbito da legislação concorrente, a competência da União se limitará a estabelecer 
normas gerais. Entretanto, a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
Caso não haja lei federal sobre normas gerais, com o objetivo de atender a suas peculiaridades, os Estados 
exercerão a competência legislativa plena. Todavia, a superveniência de lei federal sobre normas gerais 
não tem o condão de revogar a lei estadual, mas apenas de suspender a sua eficácia, no que lhe for 
contrário. 
Estados Federados 
–Bens dos Estados 
Nos termos do art. 26 da Constituição Federal, incluem-se entre os bens do Estado: 
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste 
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob 
domínio da União, Municípios ou terceiros; 
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
Desta forma percebe-se que embora o texto constitucional tenha listado em rol exaustivo (art. 
20) os bens sob o domínio da União, com o objetivo de evitar conflitos, foram ressalvados estes bens 
enumerados acima como de propriedade dos Estados-membros. 
–Competência material 
Seguindo orientação doutrinária, a partir da análise do próprio texto constitucional, é possível identificar 
que a competência material dos Estados-membros pode ser dívida em: privativa e comum. 
A competência material privativa foi consagrada nos §§ 1º e 2º do art. 25 do Texto Maior. De um modo 
geral, a ideia assente é que as atribuições que a Constituição conferiu aos Estados assumem um caráter 
residual (também chamada de competência remanescente). 
 
 
 
 
 
 
Este entendimento, inclusive, pode ser extraído da própria leitura do § 1º do art. 25. Com ele, são 
reservadas aos Estados as competências que não lhe sejam vedadas por esta Constituição. 
Entretanto, a despeito dessa previsão genérica, é possível identificar, no § 2º do mesmo dispositivo, ao 
menos uma competência que foi atribuída de modo expresso a essas pessoas políticas. Na trilha dessa 
previsão, cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
De outra banda, a competência material comum foi prevista no art. 23 da Lei Maior. Vale relembrar que 
essa competência comum, conforme já analisado, é inerente a todos os entes federados, ou seja, não só 
aos Estados, como também à União, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
–Competência legislativa 
Da mesma forma que a competência material, a competência legislativa dos Estados também pode ser 
dívida. As duas espécies, aqui, são: privativa e concorrente. 
A competência legislativa privativa, seguindo a técnica dos poderes reservados, residuais ou 
remanescentes, de um modo geral, também pode ser identificada pelo critério da exclusão. 
Nesse sentido, na esteira do art. 25, § 1º, competirá privativamente aos Estados federados legislar sobre 
todas aquelas matérias que não tiverem sido elencadas na competência privativa da União (art. 22), nem 
no rol do interesse local dos Municípios (art. 30, I). 
Ocorre que, mais uma vez, a Constituição optou por direcionar expressamente aos Estados algumas 
competências legislativas específicas. 
Primeiro, consagrou que os Estados poderão, por meio de lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum (CF, art. 25, § 3º). 
Noutra oportunidade, preenchidos os requisitos do art. 18, § 4º, da CF, o constituinte disse competir aos 
estados, por meio de lei, a criação de Municípios. 
Por último, a competência legislativa concorrente veio enunciada no art. 24 da Magna Carta. Este 
dispositivo lista as matérias sobre as quais a União, os Estados e o Distrito Federal poderão legislar 
concorrentemente. 
Distrito Federal 
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Ente federado da Administração Pública direta, o Distrito Federal recebeu da Constituição de 1988 a 
capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. 
 O art. 32 da Magna Carta, além de prever que o Distrito Federal não poderá ser dividido em Municípios, 
consagra que este ente deverá ser regido por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo 
de 10 dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que deverá promulgá-la, atendidos os 
princípios estabelecidos na Constituição Federal. 
Municípios 
 
–Competência legislativa 
À luz do art. 30, incisos I e II da Constituição Cidadã, a competência legislativa dos Municípios podeser 
dividida em duas espécies: privativa e suplementar. 
Com o inciso I do artigo em comento, manifestando a competência privativa, fica estabelecido que 
compete aos Municípios legislar (com exclusividade) sobre assuntos de interesse local, é dizer, sobre 
assuntos de interesse predominante ou peculiar desta unidade federada. 
Já nos termos do inciso II do mesmo dispositivo, externando, agora, a competência suplementar, o 
constituinte enuncia que compete aos municípios suplementar a legislação federal e a estadual naquilo 
que couber. 
Trata-se, portanto, de um complemento à competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito 
Federal, prevista no art. 24 da CF, apenas no que for pertinente. 
–Competência material 
Também a competência material dos Municípios pode ser repartida. As espécies, desta vez, são: 
privativa e comum. 
Complementando a ideia de se atribuir aos Municípios a função de cuidar do interesse local, a Constituição 
ainda enumera algumas competências materiais que são privativas deste ente federado. 
No art. 30, essas atribuições podem ser identificadas nos incisos III, IV, V e VIII. 
No art. 144, § 8º, o constituinte ainda previu que os Municípios poderão constituir guardas municipais 
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
E com o art. 182, ao Poder Público municipal compete a execução da política de desenvolvimento urbano, 
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, que terá por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das 
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. 
Já a competência material comum dos municípios pode ser identificada, no art. 30, em seus incisos: VI, 
VII e IX. 
 
 
 
Ainda compondo o rol da competência comum dos Municípios, podem ser citadas aqui todas aquelas que 
também são atribuídas à União, aos Estados e ao Distrito Federal no art. 23 do Texto Supremo. 
 Territórios 
–Art. 33 da CF/88. 
Os Territórios Federais não compõem o rol das pessoas políticas que formam a federação brasileira. Não 
são entes federados. Justamente por isso, a sua eliminação não viola o pacto federativo. 
Em verdade, a natureza jurídica dos Territórios Federais é autárquica. Como decorrência do fenômeno da 
descentralização administrativa, são, efetivamente, circunscrições administrativas denominadas 
autarquias territoriais. 
Em síntese, pode-se afirmar que são autarquias administrativas territoriais da União. 
Como decorrência dessa natureza, tais entes não possuem nenhuma capacidade de auto- organização, 
autolegislação, autoadministração e autogoverno. 
Segundo a Constituição de 1988, os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação 
em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Intervenção 
–Intervenção Federal 
A intervenção federal é aquela realizada pela União nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios 
localizados em Território Federal. 
Nos termos do art. 34 da Lei Fundamental de 88, a União não intervirá nos Estados nem no Distrito 
Federal, exceto para 
I – manter a integridade nacional; 
II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra; III – pôr termo a grave 
comprometimento da ordem pública; 
IV – garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação; V – reorganizar as 
finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de 
força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos 
estabelecidos em lei. 
VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
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b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos 
de saúde. 
Já à luz da previsão do art. 36 da CF, a decretação da intervenção dependerá: i) no caso do art. 34, IV, de 
solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo 
Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; ii) no caso de desobediência à ordem 
ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
Tribunal Superior Eleitoral; iii) de provimento pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, da CF (valendo-se da ADI interventiva em 
caso de violação de algum dos princípios constitucionais sensíveis), e no caso de recusa à execução de lei 
federal. 
Desta forma, é possível concluir que existem, basicamente, dois tipos de intervenção federal: 
espontânea e provocada. 
Diz-se espontânea a intervenção que, por não depender de nenhuma provocação, pode ser decretada de 
ofício pelo Presidente da República. As hipóteses são aquelas previstas nos incisos I, II, III e V do art. 34 
da CF. 
A provocada, por sua vez, é aquela cuja decretação depende de “provocação” ou de determinadas 
exigências. Suas hipóteses são aquelas enunciadas nos incisos IV, VI e VII do mesmo art. 34. 
 
–Intervenção Estadual 
Com o art. 35 da CF, confirmando a regra da não intervenção, o Estado não intervirá em seus Municípios, 
nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: 
I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II –não 
forem prestadas contas devidas, na forma da lei; 
III –não tiver sido aplicado o mínimo da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; 
IV –o Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar a observância de princípios 
indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
 
 
 
Dessa forma, é possível concluir que a intervenção estadual é aquela realizada pelo Estado em seus 
Municípios (não sendo possível a intervenção em municípios localizados no espaço territorial de outro 
Estado), e deve ser decretada pelo respectivo Governador. 
 
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
Poder Legislativo 
 – Estrutura do Poder Legislativo 
No âmbito federal predomina o princípio do bicameralismo federativo, ou seja, o Poder Legislativo é 
composto por duas casas, quais sejam: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. 
Já no âmbito estadual, municipal e distrital, vigora o princípio do unicameralismo, tendo em vista que o 
Poder Legislativo nos Estados-membros, nos municípios e no DF é exercido pelas Assembleias 
Legislativas, pelas Câmaras de Vereadores e pela Câmara Legislativa do DF, respectivamente. 
– Atribuições do Congresso Nacional 
As atribuições do Congresso Nacional podem ser divididas, basicamente, entre os artigos 48 e 49 da 
CF/88. 
No art. 48, para dispor sobre todas as matérias de competência da União, encontram-se as atribuições 
legislativas do Congresso que, como tais, dependem de sanção do Presidente da República para que sejam 
aperfeiçoadas. 
Já no art. 49 a Constituição consagra competências políticas próprias exclusivas do Congresso Nacional, 
não havendo que se falar aqui em manifestação por parte do Presidente da República nem pelo instrumento 
da sanção, menos ainda pelo veto. 
Tais atribuições, como ressaltado, não têm natureza legislativa, ao contrário, são competências políticas 
próprias que, inclusive, se materializam por meio de decreto legislativo. 
 
– Câmara dos Deputados 
Composta por representantes do povo 
Deputadosdireito; ao contrário, consagra a indissolubilidade do vínculo federativo logo no 
art. 1º, quando se refere à “união indissolúvel”, sendo confirmado ainda pelo próprio art. 60, § 4º, I que a 
forma federativa de Estado não será objeto de emenda constitucional por ser chamada de cláusula pétrea. 
No Brasil, de acordo com a Constituição, o Regime Político é o seguinte: 
• Forma Estado: Federação 
• Forma de Governo: República 
• Regime Político: Democracia 
• Sistema de Governo: Presidencialismo (Presidente é chefe de Estado e chefe de Governo) 
Tome nota: Chefe de Estado: Representa o país no exterior. Chefe de Governo: Administra o país e elabora 
políticas nacionais. 
Federalismo é a distribuição territorial ou espacial do poder (Centro e Periferia. Centro é a União e 
Periferia são os Estados). 
O Federalismo pode ser: 
Unitário: Quando tem um único centro (foco de poder). 
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Confederado: Formado por entes Soberanos ligados por Tratado, com fim específico, ou seja, várias 
federações unidas com um objetivo específico, como por exemplo, o que ocorre com a União Europeia, a 
qual tem o objetivo de moeda única aos países integrantes. 
Estado federado: Entes autônomos ligados por uma constituição e aqui não se admite retirada. Ou seja, 
um estado não pode deixar de participar de um país. 
 
Questões 
1- (Ano: 2019 Banca: IESES Órgão: Prefeitura de São José - SC) De acordo com o conceito de 
constituição em decorrência do princípio da supremacia da constituição assinale a alternativa correta onde 
as acepções se destacam: 
a) Promulgadas, democráticas ou populares. 
b) Concepção sociológica (de Ferninand Lassale), concepção política (de Carl Schmitt), concepção 
jurídica (de Hans Kelsen) e concepção normativa (de Konrad Hesse). 
c) Rígidas, imutáveis, flexíveis e semirrígidas. 
d) De acordo com a classificação de conteúdo como: materiais e formas. 
 
2- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CONRERP 2ª Região Prova: Quadrix – 2019) Quanto à classificação 
das constituições, julgue o item. 
A rigidez ou flexibilidade da constituição é apurada segundo o critério do grau de formalidade do 
procedimento requerido para a mudança da Lei Maior. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
3- Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CONRERP 2ª Região Prova: Quadrix - 2019 - CONRERP 2ª Região 
- Analista de Relações Públicas 
Quanto à classificação das constituições, julgue o item. 
As constituições não escritas são compostas por costumes, pela jurisprudência e também por instrumentos 
escritos, mas dispersos no tempo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4- Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária 
Após um golpe de Estado, o líder do movimento armado vitorioso solicitou que uma comissão de 
apoiadores, sob sua orientação, elaborasse um projeto de Constituição, o qual foi submetido a plebiscito 
popular, sendo, ao final, aprovado e publicado com força normativa. Essa Constituição dispôs que parte 
 
 
 
de suas normas exigiria a observância de um processo legislativo mais rigoroso para a sua alteração, com 
quórum qualificado para a iniciativa e a aprovação, enquanto a outra parte poderia ser alterada conforme 
o processo legislativo da lei ordinária. 
Essa Constituição deve ser classificada como: 
A) outorgada e rígida; 
B) popular e dogmática; 
C) bonapartista e flexível; 
D) cesarista e semirrígida; 
E) promulgada e analítica. 
 
 
5- (Consulplan/TJMG/2018) Em relação ao Poder Constituinte, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) O Poder Constituinte decorrente é inicial, autônomo e incondicionado juridicamente. 
b) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou 
estado de sítio. 
c) O Poder Constituinte derivado é subordinado porque se encontra limitado pelas normas expressas e 
implícitas do texto constitucional. 
d) O Poder Constituinte originário estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-o e criando 
os poderes destinados a reger os interesses de uma comunidade. 
 
6- (NUCEPE/Delegado de Polícia-PI/2018). Sobre o Poder Constituinte, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) Reformador é incondicionado e ilimitado. 
b) Originário é aquele que instaura uma nova ordem jurídica, provocando uma ruptura com a ordem 
jurídica anterior. 
c) Dos estados-membros é incondicionado e ilimitado juridicamente. 
d) Reformador pode suprimir cláusulas pétreas. 
e) Decorrente é o conferido aos municípios dos territórios. 
 
7- Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: CRN - 3ª Região (SP e MS) Prova: IADES - 2019 - CRN - 3ª Região 
(SP e MS) – Advogado 
Assinale a alternativa que apresenta, de forma correta, a classificação da Constituição Federal de 1988 
quanto à correspondência com a realidade, à origem e à dogmática, respectivamente. 
A) Nominalista, promulgada e ortodoxa. 
B) Nominalista, outorgada e eclética. 
C) Normativa, outorgada e formal. 
D) Normativa, promulgada e eclética. 
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E) Semântica, promulgada e formal. 
 
8- Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Câmara de Jaru - RO Prova: IBADE - 2019 - Câmara de Jaru - RO 
– Contador 
Acerca do Poder Constituinte Derivado, é correto afirmar que a manifestação do Poder Constituinte 
Reformador verifica-se através do(a)(s): 
A) direitos e garantias fundamentais. 
B) leis complementares. 
C) princípios constitucionais sensíveis. 
D) emendas constitucionais. 
E) revisão constitucional. 
 
9- Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - 
Auxiliar Perícia Médico-Legal 
O Poder Constituinte classifica-se em Poder Constituinte Originário e Poder Constituinte Derivado. 
Assinale a alternativa que apresenta as características do Poder Constituinte Originário. 
A) Inicial, ilimitado, subordinado e condicionado. 
B) Inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado. 
C) Inicial, limitado, subordinado e incondicionado. 
D) Decorrente, limitado, subordinado e reformador. 
E) Limitado, permanente, autônomo e condicionado. 
 
10- Ano: 2019 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: UPE Prova: UPENET/IAUPE - 2019 - UPE – Advogado 
O Poder Constituinte é fundamental para a criação de uma Constituição. Conforme a teoria do poder 
constituinte, assinale a afirmativa CORRETA. 
A) O rei é o titular da soberania e do Poder Constituinte originário. 
B) Poder Constituinte derivado é aquele que não se prende a limites formais. 
C) Poder Constituinte originário é inicial, político e ilimitado. 
D) Poder Constituinte derivado é jurídico e autônomo. 
E) Poder Constituinte derivado reformador é incondicionado e permanente. 
 
11- Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - 
Escrivão de Polícia 
O Poder Constituinte é a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e 
juridicamente organizado. A respeito do Poder Constituinte, é correto afirmar que 
A) o Poder Constituinte derivado não está preso a limites formais. 
B) o Poder Constituinte originário está previsto e regulado no texto da própria Constituição. 
 
 
 
C) o Poder Constituinte derivado pode se manifestar na criação de um novo Estado ou na refundição 
de um Estado. 
D) o Poder Constituinte originário pode ser reformador ou revisor 
E) o Poder Constituinte originário é permanente, eis que não se esgota no momento do seu exercício, 
podendo ser convocado a qualquer momento pelo povo. 
 
12 - Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP Prova: VUNESP - 2019 - IPREMM - SP - 
Procurador Jurídico 
A doutrina clássica estabelece que são normas de eficácia 
A) plena as que não dependem de atos normativos da legislação infraconstitucional, entretanto podem 
ser por eles restringidas. 
B) contida aquelas que, enquanto não restringidas, são iguais às normas constitucionais de eficácia 
plena, porém não produzem os mesmos efeitos. 
C) limitada as que possuemFederais eleitos pelo sistema ou princípio proporcional Número total de 513 Deputados 
Federais 
Mandato de 4 anos 
Idade mínima de 21 anos para a assunção do cargo 
 
– Senado Federal 
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Composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal Senadores da República eleitos pelo 
sistema majoritário Número total de 81 Senadores da República 
Mandato de 8 anos 
Idade mínima de 35 anos para a assunção do cargo 
 
– Imunidades Parlamentares 
Imunidade material ou inviolabilidade parlamentar 
A Constituição Federal, no caput do art. 53, consagra essa primeira espécie de imunidade. Segundo esse 
dispositivo, os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quiser de suas opiniões 
palavras e votos. É a consagração da imunidade material ou inviolabilidade parlamentar. 
Imunidade formal ou processual 
Conforme já sinalizado, a imunidade processual relaciona-se tanto com a prisão de parlamentares, quanto 
com o processamento deles. Aqui serão analisadas as duas situações de modo separado. 
a) Prisão 
A imunidade formal ou processual para a prisão está prevista na Carta Magna no art. 53, § 3º. A partir 
deste enunciado, fica estabelecido que desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional 
(Deputados Federais e Senadores da República) não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime 
inafiançável. 
Ainda assim, neste caso, o texto determina que os autos sejam remetidos dentro de 24 horas à Casa 
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros (maioria absoluta, segundo o STF), resolva 
sobre a prisão. 
b) Processo 
Alterando panorama anterior, a Emenda Constitucional n. 35/2001 passou a dispensar licença prévia da 
Casa respectiva para que os parlamentares pudessem ser processados. 
Assim, conforme a previsão do art. 53, § 3º, da CF, recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por 
crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à casa respectiva, que, por 
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros (maioria absoluta, 
quórum qualificado), poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
Com o § 4º desse mesmo dispositivo, a Constituição enuncia que o pedido de sustação será apreciado pela 
Casa respectiva no prazo improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela mesa diretora. 
Já nos termos do § 5º, tem-se que a sustação do processo suspende a prescrição enquanto durar o mandato. 
Foro por prerrogativa de função 
 
 
 
Voltando ao § 1º do mesmo art. 53 da Carta de Outubro, o constituinte consagrou que os Deputados e 
Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
 Lembrando que, segundo a jurisprudência do STF confirmada em sede de ação direta de 
inconstitucionalidade (ADIN), caso o mandato termine antes do fim do processo, não ocorrerá o fenômeno 
da ‘perpetuatio jurisdictionis’ (perpetuação da jurisdição), não competindo mais à Suprema Corte dar 
sequência ao processo e julgamento. 
– Os Deputados e Senadores 
A Constituição ainda assegura que estes parlamentares federais (Deputados e Senadores) não serão 
obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato – 
ou seja, no desempenho das funções de parlamentar –, nem sobre as pessoas que lhe confiaram ou deles 
receberam informações. 
– Perda do mandato de Deputado e Senador 
Conforme previsão do art. 55 da Magna Carta, perderá o mandato o Deputado ou Senador: i) que infringir 
qualquer das proibições estabelecidas no art. 54 acima explicado; ii) cujo procedimento for declarado 
incompatível com o decoro parlamentar; iii) que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça 
parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por essa autorizada; iv) que 
perder ou tiver suspenso os direitos políticos; v) quando o decretar a justiça eleitoral, nos casos previstos 
nesta Constituição; vi) que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
– Das reuniões 
De acordo com o art. 57 da CF/88, o Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 
2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Tal período é denominado de sessão 
legislativa ordinária. Já os intervalos entre cada um desses períodos são chamados de recesso parlamentar. 
As reuniões marcadas para o período correspondente à sessão legislativa ordinária serão transferidas para 
o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. 
Não se deve esquecer que cada uma das Casas deverá se reunir em sessão preparatória, a partir do dia 1º 
de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, 
para mandato de 2 anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. 
– Das Comissões 
Nos termos do art. 58 da Lei Maior, o Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e 
temporárias, constituídas na forma e com as suas atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato 
de que resultar a sua criação. 
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Consagra-se, ainda, que na Constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto 
possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares que participam da respectiva 
Casa. 
 
O Processo Legislativo Constitucional 
 
O objeto do processo legislativo compreende o procedimento de feitura das espécies normativas do art. 
59 da CF/88, quais sejam: 
a) emendas constitucionais 
b) leis complementares 
c) leis ordinárias 
d) leis delegadas 
e) medidas provisórias 
f) decretos legislativos 
g) resoluções 
Nesse sentido, tais espécies configuram as chamadas normas primárias, é dizer, aquelas que inovam no 
ordenamento jurídico, retirando o seu fundamento de validade diretamente da Constituição. 
📌 Processo Legislativo Constitucional – Art. 59 a 69 da CF 
1. Conceito: 
• Processo legislativo: conjunto de regras para elaboração dos atos normativos primários (ex: leis 
ordinárias, complementares etc.). 
• Normas como decretos e portarias não fazem parte do processo legislativo. 
2. Controle de Constitucionalidade: 
• Preventivo: durante a tramitação legislativa, por mandado de segurança, impetrado por 
membros da casa legislativa. 
• Repressivo: após a aprovação da norma, por vício formal, é possível o controle judicial. 
3. Procedimentos Legislativos: 
• Comum: leis ordinárias (ordinário, sumário e abreviado). 
• Especiais: demais espécies normativas. 
 
 
 
 
📌 Procedimento Comum Ordinário 
Fases: 
• Introdutória: apresentação do projeto (iniciativa). 
• Constitutiva: deliberação nas casas legislativas, votação e sanção ou veto presidencial. 
• Complementar: promulgação e publicação. 
Iniciativa de Leis: 
• Geral/concorrente: Presidente, deputados, senadores, comissões, cidadãos. 
• Privativa: 
o Presidente (ex: servidores, orçamentos, ministérios). 
o STF, tribunais, MP, Defensoria, TCU. 
o Chefes dos MPs e Tribunais têm competências específicas. 
Iniciativa Popular: 
• Exige 1% do eleitorado nacional, distribuído em pelo menos 5 estados (mínimo de 0,3% por 
estado). 
 
📌 Deliberação Parlamentar 
• Projeto tramita nas duas casas (iniciadora e revisora). 
• Análise por comissões (temática e CCJ) e depois votação em plenário. 
• Quóruns: 
o Presença: maioria absoluta dos membros. 
o Aprovação: maioria simples dos votos presentes. 
Emendas Parlamentares: 
• Tipos: supressivas, aditivas, aglutinativas, modificativas, substitutivas, de redação. 
• Limitações: 
o Devem ter pertinência temática. 
o Não podem aumentar despesas em certos projetos. 
 
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📌 Sanção e Veto 
• Sanção: 
o Expressa: ato escrito do Presidente.o Tácita: silêncio por 15 dias úteis. 
• Veto: 
o Deve ser expresso e motivado. 
o Tipos: jurídico (inconstitucionalidade) e político (interesse público). 
o Pode ser total ou parcial. 
o Rejeitado o veto, cabe promulgação ao Presidente da República ou ao Presidente/Vice do 
Senado. 
 
📌 Promulgação e Publicação 
• Promulgação: atesta a existência da lei. 
• Publicação: torna a lei eficaz e conhecida. 
 
📌 Outros Procedimentos Legislativos 
Sumário: 
• Pedido de urgência do Presidente. 
• Prazos: 45 dias em cada Casa + 10 dias para emendas. 
• Tranca a pauta se não for votado no prazo. 
• Vedado para projetos de códigos. 
Abreviado: 
• Apreciação direta por comissões (dispensa Plenário), salvo recurso de 1/10 dos membros. 
 
📌 Procedimentos Legislativos Especiais 
Leis Complementares: 
• Exigem maioria absoluta. 
 
 
 
• Assuntos específicos previstos na CF. 
Medidas Provisórias: 
• Editadas pelo Presidente, com força de lei, em casos de relevância e urgência. 
• Vigência: 60 dias, prorrogáveis por mais 60. 
• Requisitos formais e materiais controláveis judicialmente. 
• Não podem tratar de matérias como: 
o Nacionalidade, direitos políticos, penal, Judiciário, orçamentos etc. 
• Se rejeitada ou caducada, o Congresso deve editar decreto legislativo para disciplinar seus 
efeitos jurídicos. 
• Pode ser convertida integral ou parcialmente em lei. 
Leis Delegadas: 
• Editadas pelo Presidente com autorização do Congresso (resolução). 
• Proibidas sobre: competências exclusivas do Congresso, matérias reservadas à LC, Judiciário, 
MP, direitos fundamentais e orçamentos. 
Decretos Legislativos e Resoluções: 
• Não há sanção presidencial. 
• Decretos legislativos: matérias da competência exclusiva do Congresso (ex: plebiscitos, 
tratados). 
• Resoluções: matérias internas das Casas. 
 
📌 Processo Legislativo nos Estados, DF e Municípios 
• Devem observar: 
o As espécies normativas do art. 59 da CF. 
o Iniciativa reservada e concorrente. 
o Poder de emenda. 
o Fases do processo. 
o Princípio da irrepetibilidade. 
 
Poder Executivo 
– Generalidades 
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Ao Poder Executivo, tradicionalmente, foram atribuídas as atividades de chefia de Estado, chefia de 
Governo e chefia de Administração. 
O modo como tais atividades serão exercidas, bem como a relação de cada uma dessas funções com o 
Poder Legislativo, dependerá do sistema de governo a ser adotado. 
– Sistemas de Governo 
Segundo a doutrina, sistemas de governo são fórmulas concebidas para se aferir o grau de dependência 
nas relações travadas entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Tais sistemas podem ser: 
parlamentarismo ou presidencialismo. 
Por histórica influência norte-americana, o sistema de governo adotado no Brasil (e vivenciado durante 
quase toda a República) é o presidencialista. 
– A eleição do Presidente da República 
A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República será realizada simultaneamente, podendo 
acontecer em dois turnos. 
O primeiro turno acontecerá no primeiro domingo de outubro, já o segundo turno, se houver, deverá 
acontecer no último domingo de outubro do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. 
Cabe lembrar que a regra do segundo turno se aplica, ainda, nas eleições para Chefe do Executivo Estadual 
(Governadores de Estado), Distrital (Governador do Distrito Federa) e Municipal (Prefeitos), no caso de 
Municípios com mais de 200 mil eleitores. 
– O mandato 
A posse do Presidente e Vice-Presidente da República ocorrerá no dia 1º de janeiro do ano seguinte ao da 
sua eleição, tendo o mandato duração de quatro anos. 
No caso de impedimento do Presidente da República, o Vice-Presidente deverá lhe substituir (caráter 
provisório), já na hipótese de vacância, deverá lhe suceder (natureza definitiva). 
 Além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, o Vice-Presidente da 
República deverá auxiliar o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. 
Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão 
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência (provisoriamente, registre- se) o Presidente da 
Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
Assim, confirmada a vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, serão realizadas 
novas eleições (diretas) 90 dias depois de abertura da última vaga. 
Porém, caso a vacância ocorra nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição (indireta) para 
ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
 
 
 
– Atribuições do Presidente da República 
As atribuições do Presidente da República foram previstas na Constituição de 1988 no art. 84. Neste 
dispositivo, portanto, é possível encontrar não só as competências caracterizadoras da chefia de Estado 
(marcadas pela representação internacional do Brasil), como também da chefia de Governo (relacionadas 
à direção da vida política nacional no âmbito interno). 
De logo, insta salientar que tais atribuições não encerram um rol taxativo, vale dizer, "numerus clausus". 
Ao contrário, a previsão específica dessas competências não exclui outras que decorrem do próprio texto 
constitucional. O rol, portanto, é meramente exemplificativo, é dizer, "numerus apertus". 
– Responsabilidade do Presidente da República 
A partir de agora será analisada a responsabilização do Presidente da República quando da prática de 
crimes de responsabilidade e de crimes comuns. 
Crimes de responsabilidade são infrações de natureza política e administrativa que dão ensejo ao processo 
de impeachment. 
Essas infrações podem ou não constituir tipos penais. Quando constituem, são chamadas de crimes de 
responsabilidade próprios (contando, inclusive, com previsão no Código Penal e na legislação especial). 
Do contrário, ficando apenas na esfera extrapenal, são chamados de crimes de responsabilidade 
impróprios. Esses últimos, sim, objeto de presente estudo. 
Na Constituição Federal de 1988 tais infrações políticas estão disciplinadas no art. 85. Com esse 
dispositivo, são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a 
Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I –a existência da União; 
II –o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes 
constitucionais das unidades da Federação; 
 II –o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; V –a segurança interna do País; 
V –a probidade na administração; VI –a lei orçamentária; 
VII –o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Com o parágrafo único tem-se que esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as 
normas de processo e julgamento. Trata-se da Lei n. 1.079/50, que foi alterada pela Lei n. 10.028/2000, 
ampliando o rol das infrações político-administrativas, com ênfase em relação aos crimes contra a lei 
orçamentária. 
– Ministros de Estado 
Os Ministros de Estado são os auxiliares diretos do Presidente da República e deverão ser escolhidos 
dentre brasileiros de 21 anos e no exercício dos direitos políticos. Como característica do sistema 
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presidencialista de governo, por influência norte-americana, o Presidente detém ampla liberdade para 
nomear e exonerar os seus Ministros. 
– Órgãos de Consulta do Presidente da República 
O Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional são órgãos criados pela Constituição Federal 
de 1988 e, como o próprio nome sugere, servem para a consulta do Presidente da República nos assuntos 
considerados mais relevantes. 
Ao Conselho da República (órgão superior de consulta do Presidente) compete se pronunciar sobre 
intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio, bem como sobrequestões relevantes para a 
estabilidade das instituições democráticas. 
Já ao Conselho de Defesa Nacional (órgão de consulta do Presidente nos assuntos relacionados com a 
soberania nacional e a defesa do Estado democrático) compete: opinar nas hipóteses de declaração de 
guerra e celebração de paz, nos termos da Constituição; opinar sobre a decretação do estado de defesa, 
do estado de sítio e da intervenção federal; propor os critérios e condições de utilização de áreas 
indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa 
de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; 
estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência 
nacional e a defesa do Estado democrático. 
Poder Judiciário 
– Funções típicas e atípicas 
A função típica do Poder Judiciário é o próprio exercício da jurisdição (juris dicere), vale dizer, da função 
judicial ou jurisdicional. Em nome do princípio da inércia, a partir de uma provocação (como regra), o 
Poder Judiciário pode ser chamado a substituir a vontade das partes, de modo imparcial, para dirimir 
conflitos e aplicar – ou criar – o direito no caso concreto. 
Atipicamente este Poder também exercer atividades legislativas e administrativas. A elaboração de um 
concurso público por um tribunal jurisdicional, por exemplo, para provimento de cargos efetivos, traduz 
uma hipótese de atuação de órgão jurisdicional no exercício da função atípica administrativa. 
– Organograma do Poder Judiciário 
A Constituição da República elencou, no art. 92, os órgãos do Poder Judiciário. São eles: I – o Supremo 
Tribunal Federal; 
I-A – o Conselho Nacional de Justiça; 
II – o Superior Tribunal de Justiça; 
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho (EC nº 92/2016) III – os Tribunais Regionais Federais e os 
Juízes Federais; V – os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
 
 
 
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI – os Tribunais e Juízes Militares; 
II – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
– Estatuto da Magistratura 
Conforme previsão do art. 93, caput, da Constituição Federal, lei complementar, de iniciativa do Supremo 
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura. Trata-se da consagração do princípio de 
reserva de lei complementar federal. 
– Garantias do Poder Judiciário 
Com a finalidade de assegurar a independência e a imparcialidade do Poder Judiciário, a Constituição 
Federal de 1988 conferiu-lhe uma série de garantias preservadoras da sua autonomia. 
Tais garantias podem ser divididas em: garantias institucionais e garantias funcionais. 
Garantias institucionais 
a) Garantias de autonomia orgânico-administrativa 
b) Garantias de autonomia financeira Garantias funcionais 
a) Garantias de independência 
 b) Garantias de imparcialidade 
– Quinto Constitucional 
Segundo o art. 94 do Texto Maior, 1/5 (um quinto) dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério 
Público, com mais de 10 anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, 
com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de 
representação das respectivas classes. 
O parágrafo único, por sua vez, conclui o raciocínio afirmando que recebidas as indicações, o tribunal 
formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de 
seus integrantes para a nomeação. 
Vale ressaltar que embora a previsão do texto constitucional no art. 94 só tenha se referido expressamente 
aos Tribunais Regionais Federais, aos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios, a Emenda 
Constitucional n. 45/2004 passou a estender a obrigatoriedade de observância da regra do quinto 
constitucional também para o Tribunal Superior do Trabalho e para os Tribunais Regionais do Trabalho 
(arts. 111-A, I e 115, I, da CF, respectivamente). 
Lembrando, ainda, que nos termos do art. 104, parágrafo único, da CF, um terço da composição do 
Superior Tribunal de Justiça deve ser distribuído, em partes iguais, dentre advogados e membros do 
Ministério Público. 
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– Súmulas Vinculantes 
À luz do art. 103-A da CF/88, inserido através da Emenda Constitucional n. 45/2004, o Supremo Tribunal 
Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de 2/3 de seus membros, após reiteradas 
decisões sobre a matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa 
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou 
cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
– Do Conselho Nacional de Justiça 
O Conselho Nacional de Justiça, criado pela EC n. 45/2004, é um órgão integrante do Poder Judiciário 
que tem sede em Brasília e atuação em todo o território nacional. 
Trata-se, conforme já mencionado, de um órgão cujas atribuições são exclusivamente administrativas (não 
jurisdicionais), e justamente por isso ele não aparece no quadro sinótico que estampa o organograma da 
estrutura do Poder Judiciário. Além disso, não se deve perder de vista que o Conselho Nacional de Justiça 
se localiza em posição inferior ao Supremo Tribunal Federal, estando submetido ao seu controle. Nesse 
sentido, sua atividade de fiscalização é dirigida apenas e tão-somente aos juízes e tribunais situados abaixo 
do Pretório Excelso na estrutura hierárquica. 
 – Do Supremo Tribunal Federal 
Composição: 11 Ministros. 
Investidura: os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, 
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. É com a nomeação que se 
considera o Ministro vitaliciado. 
Requisitos para ocupação do cargo de Ministro do STF: a) ser brasileiro nato (CF, art. 12, § 3º, IV); b) ser 
cidadão, portanto, no pleno gozo dos seus direitos políticos; c) ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade; 
d) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101). 
– Do Superior Tribunal de Justiça 
Composição: no mínimo, 33 Ministros (art. 104). 
Investidura: os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, 
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal (EC n. 45/2004). 
Requisitos para ocupação do cargo de Ministro do STJ: a) ser brasileiro nato ou naturalizado; b) ter mais 
de 35 e menos de 65 anos de idade; c) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 104). 
– Da Justiça Federal 
No primeiro grau de jurisdição, a Justiça Federal é composta pelos Juízes Federais. No segundo grau, 
pelos Tribunais Regionais Federais. 
 
 
 
– Da Justiça do Trabalho 
A Justiça do Trabalho é composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), pelos Tribunais Regionais 
do Trabalho (TRTs) e pelos Juízes do Trabalho. 
– Da Justiça Eleitoral 
A Justiça do Eleitoral é composta pelo Tribunal Superior do Eleitoral (TSE), pelos Tribunais Regionais 
Eleitorais (TREs), pelos Juízes Eleitorais e pelas Juntas Eleitorais. 
– Da Justiça Militar 
A Justiça Militar é composta pelo Superior Tribunal Militar e pelos Tribunais e Juízes Militares instituídos 
por lei. 
– Da Justiça Estadual 
Segundo previsão do texto constitucional, no caput do art. 125, aos Estados-membros cumpre organizar 
a sua própria Justiça, observados os princípios estabelecidos na própria Constituição Federal. 
 A competência dos Tribunais de Justiça deverá ser definida na Constituição do respectivo Estado, sendo 
a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. 
De mais a mais, é sabido que a competência da Justiça dosEstados é residual, compreendendo tudo o que 
não for da competência das Justiças especiais ou especializadas, nem da Justiça Federal. 
Funções essenciais à justiça 
– Do Ministério Público 
Com previsão entre os arts. 127 e 130-A, o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Consoante previsão constitucional no art. 128, o Ministério Público abrange os seguintes ramos: I – o 
Ministério Público da União, que compreende: 
a) o Ministério Público Federal; 
b) o Ministério Público do Trabalho; 
c) o Ministério Público Militar; 
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. II – os Ministérios Públicos dos Estados. 
À luz do art. 127, § 1º, da CF/88, são princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional. 
– Da Advocacia Pública 
Consagrada no art. 131, a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão 
vinculado, representa a União, judicial ou extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei 
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complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e 
assessoramento jurídico do Poder Executivo. 
Seu chefe é o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República 
dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
O ingresso nas classes iniciais da carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. 
– Da Advocacia 
Nos termos do art. 133 da CF, fica estabelecido que o advogado é indispensável à administração da justiça, 
sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
– Da Defensoria Pública 
A Emenda Constitucional nº 80 de 2014 deu nova redação ao art. 134 da Constituição Federal. 
 Com ele, a Constituição consagra que a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, 
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, 
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, 
na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. 
Ainda, a mesma EC nº 80 de 4 de junho de 2014 inseriu o § 4º neste mesmo art. 134, passando a prever 
que são princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência 
funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta 
Constituição Federal. 
 
Da Ordem Social 
 Base e objetivos da ordem social, da seguridade social, da educação, da cultura, do desporto, da 
ciência e tecnologia, da comunicação social, do meio ambiente, da família, da criança, do 
adolescente, do idoso e dos índios. 
De acordo com o art. 193, CF/88, a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo 
o bem-estar e a justiça sociais. Nesse sentido o trabalho é fator primordial para o desenvolvimento social 
e econômico do Estado; é através dele, afinal, que os indivíduos conseguem recursos para satisfazer suas 
necessidades e alcançar o bem-estar social. Sendo assim, a ordem econômica está fundada na valorização 
do trabalho. 
Novidade jurídica: 
 
 
 
A Emenda Constitucional nº 108, de 2020, inseriu um parágrafo único no artigo 193 da Constituição 
Federal. Esse novo trecho estabelece que o Estado deve planejar as políticas sociais, garantindo que a 
sociedade participe das etapas de elaboração, acompanhamento, fiscalização e avaliação dessas políticas, 
conforme for previsto em lei. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, pois sua efetiva aplicação 
depende de regulamentação legal. 
O artigo 193 dispõe que a ordem social se fundamenta na valorização do trabalho e tem como finalidade 
promover o bem-estar e a justiça social. 
Disposições Gerais (art. 193) 
A ordem social está baseada no valor do trabalho e tem como meta o bem-estar coletivo e a justiça 
social. A EC 108/2020 incluiu o parágrafo único, que garante participação da sociedade no 
planejamento e avaliação das políticas sociais, sendo sua aplicação dependente de regulamentação legal. 
Seguridade Social (arts. 194 e 195) 
A seguridade social engloba ações integradas do poder público e da sociedade, visando assegurar 
direitos relacionados à saúde, à previdência e à assistência social. Seus princípios são: 
• Cobertura e atendimento universais; 
• Igualdade entre zona urbana e rural; 
• Seletividade e distribuição justa de serviços; 
• Manutenção do valor dos benefícios; 
• Justiça na forma de custeio; 
• Diversidade nas fontes de financiamento; 
• Gestão compartilhada entre governo, trabalhadores, empregadores e aposentados. 
As fontes de financiamento incluem empregadores, trabalhadores, concursos de prognóstico, 
importações e tributos sobre bens e serviços. 
Saúde (arts. 196 a 200) 
A saúde é um direito de todos e dever do Estado. O Sistema Único de Saúde (SUS) atua de forma 
descentralizada, com participação da comunidade, buscando atendimento completo. Engloba ações 
preventivas e curativas, inclusive com colaboração de entidades privadas sem fins lucrativos. 
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Previdência Social (arts. 201 e 202) 
A previdência protege o trabalhador mediante contribuição obrigatória. O Regime Geral (RGPS) é o 
mais comum e atende trabalhadores da iniciativa privada. Garante benefícios como aposentadorias, 
auxílios, pensões e outros, observando o equilíbrio financeiro e atuarial. 
Assistência Social (arts. 203 e 204) 
Visa amparar os necessitados independentemente de contribuição. Presta proteção a famílias, crianças, 
idosos e pessoas com deficiência. O BPC (Benefício de Prestação Continuada) garante um salário 
mínimo a quem não possui meios de se manter. 
Educação (arts. 205 a 214) 
A educação é direito de todos, dever do Estado e da família. Baseia-se na igualdade de acesso, liberdade 
de aprender e gestão democrática. A educação básica é obrigatória dos 4 aos 17 anos. A oferta de 
educação infantil é obrigatória e pode ser exigida judicialmente. O ensino religioso é facultativo. O 
sistema educacional é dividido entre União, Estados e Municípios, em regime de colaboração. 
Cultura (arts. 215 e 216-A) 
O Estado garante acesso à cultura e valoriza manifestações culturais. Protege o patrimônio material e 
imaterial, como festas e saberes populares. Foi criado o Sistema Nacional de Cultura para integrar as 
políticas do setor. 
Desporto (art. 217) 
O esporte é um direito social. O Estado deve fomentar sua prática. Há distinção entre desporto de 
participação (lazer) e de rendimento (competitivo). A organização das entidades desportivas deve ser 
autônoma, e existe a Justiça Desportiva. 
Ciência, Tecnologia e Inovação (arts. 218 e 219-B) 
A pesquisa e a inovação são prioritárias para o desenvolvimento. O Estado deve estimular a formação 
científica, apoiar instituições e garantir autonomia universitária. Cria-se o Sistema Nacional de Ciência e 
Tecnologia. 
 
 
 
Comunicação Social (arts. 220 a 224) 
A liberdade de expressão é assegurada, vedada a censura. A programação de rádio e TV deve ter 
finalidade educativa e cultural. Está vedado o monopólio ou oligopólio. A propriedade de meios de 
comunicação é restrita a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos. 
 Meio Ambiente (art. 225) 
O meio ambiente equilibrado é direito de todos e dever do Estado e da coletividade. O poder público 
deve exigir estudo de impacto ambiental e punir atividades que prejudiquem o ambiente, protegendo 
fauna e flora. 
Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso (arts. 226 a 230) 
• A famíliaé base da sociedade, protegida pelo Estado. A união estável é reconhecida como 
entidade familiar. 
• O casamento civil pode ser dissolvido diretamente por divórcio (EC 66/2010). 
• O planejamento familiar é livre. 
• Crianças, adolescentes e jovens têm prioridade absoluta, sendo garantidos à vida, à saúde, à 
educação e à proteção integral. 
• Idosos (60+) têm direitos assegurados à dignidade, à convivência familiar e ao transporte 
gratuito. 
Povos Indígenas (arts. 231 e 232) 
Reconhece-se aos índios seus direitos originários sobre terras tradicionalmente ocupadas. Essas terras 
são bens da União e destinadas ao uso exclusivo dos povos indígenas, sendo inalienáveis, indisponíveis 
e imprescritíveis. A União é responsável por demarcar, proteger e fazer respeitar essas áreas. 
📌 TÓPICOS MAIS PROVÁVEIS EM PROVAS PARA AGENTE SOCIOEDUCATIVO 
1. Família, Criança, Adolescente e Jovem (arts. 226 a 228) 
💯 Alta probabilidade 
• Função da família e sua proteção pelo Estado. 
• Reconhecimento da união estável e famílias monoparentais. 
• Planejamento familiar (livre decisão). 
• Prioridade absoluta de crianças e adolescentes (art. 227). 
• Dever da família, sociedade e Estado de assegurar: vida, saúde, alimentação, educação, lazer, 
profissionalização e convivência familiar. 
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• Garantia contra negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
• Responsabilidade penal dos menores de 18 anos (art. 228) → ligado ao ECA. 
2. Assistência Social (arts. 203 e 204) 
💯 Alta probabilidade 
• Direito a quem dele necessitar, independentemente de contribuição. 
• Benefício de Prestação Continuada (BPC). 
• Proteção à família, infância, idosos, deficientes e vítimas de calamidade. 
• Gestão descentralizada com participação popular. 
3. Educação (arts. 205 a 214) 
⚠️ Muito provável 
• Dever da família e do Estado. 
• Ensino obrigatório e gratuito dos 4 aos 17 anos. 
• Finalidades da educação. 
• Gestão democrática. 
• Ensino religioso facultativo. 
4. Saúde (arts. 196 a 200) 
⚠️ Muito provável 
• Direito de todos e dever do Estado. 
• Organização e princípios do SUS: universalidade, integralidade, descentralização e participação 
popular. 
• Papel das entidades privadas e dos agentes comunitários de saúde. 
5. Seguridade Social (art. 194) 
✅ Média probabilidade 
• Compreensão do tripé: saúde, previdência e assistência social. 
• Princípios como universalidade, equidade, seletividade e irredutibilidade dos benefícios. 
6. Meio Ambiente (art. 225) 
⚠️ Pode aparecer 
 
 
 
A DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS 
• Dever do poder público e da coletividade. 
• Responsabilidades ambientais. 
• Direito das comunidades tradicionais. 
7. Povos Indígenas (arts. 231 e 232) 
🔹 Pode cair se houver enfoque em diversidade ou direitos coletivos 
• Reconhecimento dos direitos originários. 
• Demarcação de terras. 
• Proteção à cultura e organização própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um Estado Democrático de Direito para se solidificar, depende da limitação jurídica ao poder político, 
para que se evite arbítrios e excessos, é necessário que os direitos e garantias individuais sejam estáveis. 
Diante disso, uma constituição é responsável por positivar esses direitos e garantias, sendo ela central e 
suprema. Referido documento deve estar ajustado para se firmar tanto em períodos de normalidade e paz 
institucional, quanto em situações extraordinárias, de instabilidade e crise. 
E assim, surge o conjunto de regras destinadas às circunstâncias inesperadas, que só podem ser acionadas 
de maneira transitória. A defesa das instituições democráticas tem função de restabelecer e equilibrar a 
ordem constitucional. 
São mecanismos de defesa previstos na Constituição para garantir a ordem e às vezes garantir até mesmo 
a continuidade da existência do Estado. Esses mecanismos instauram uma Legalidade Extraordinária 
enquanto durar a crise existente. 
Precipuamente devem respeitar os seguintes princípios da: 
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ESTADO DE DEFESA 
a) Necessidade: Somente para situações TAXATIVAS no Texto da Constituição e que coloquem em risco 
a ordem constitucional. Descumprir tal princípio configura Golpe de Estado. 
b) Temporariedade: O Princípio da Temporariedade impõe que o sistema de Legalidade Extraordinário 
de um momento de crise tenha prazo determinado, senão sua utilização poderia ser desculpa para uma 
Ditadura. 
c) Obediência irrestrita aos preceitos constitucionais (a atuação do Estado deve obedecer fielmente às 
regras e limites constitucionais, sob pena de ulterior responsabilização – política, criminal e cível – dos 
executores). 
 
O Estado de Defesa comparado ao Estado de Sítio é menos grave, uma vez que, as restrições aos direitos 
fundamentais são menos amplas, mas ainda assim, existem grandes mitigações a esses direitos, tidos como 
fundamentais ao exercício de uma vida digna. 
 
Estabelece a Constituição Federal que o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República 
e o Conselho da Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, 
em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social, ameaçadas por grave e iminente 
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
 
Primeiramente o Presidente da República decreta o Estado de Defesa e depois o submete ao Congresso 
Nacional. Aliás, esta é uma das distinções mais cobradas nas provas, pois o Estado de Sítio sempre 
dependerá da prévia manifestação do Congresso Nacional. 
 
Seguindo, a finalidade do Estado de Defesa é preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional 
ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
 
Note, que para decretar tanto no Estado de Defesa quanto no Estado de Sítio o Presidente da República 
precisará ouvir antes o Conselho da República e o da Defesa Nacional. 
 
Atenção a essa informação, o Estado de Defesa tem um prazo de duração estabelecido, porque o § 2º do 
artigo 136 da Constituição diz que ele não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, 
por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
 
 
 
 
 
 
Análise do Congresso Nacional 
Como medida mais branda do que o estado de sítio, não exige autorização prévia do Congresso Nacional 
para a sua decretação. O Presidente da República o decreta e, posteriormente, dentro de 24 horas, submete 
o ato com a respectiva justificação à apreciação do congresso nacional, que decidirá por maioria absoluta. 
Se o Congresso estiver de recesso, será convocado extraordinariamente, no prazo de cinco dias, devendo 
apreciar o decreto no prazo de dez dias, e continuar em funcionando enquanto durar o Estado de Defesa. 
 
Tempo Máximo de Duração 
É também um regime de legalidade extraordinária por tempo e local determinados, não superior a 30 dias, 
permitida apenas uma prorrogação e não pode abranger todo o território nacional. O prazo será de 30 dias 
prorrogáveis por mais 30 dias. Se passar desse prazo, será Estado de Sítio. 
 
Tem o objetivo de preservar a Ordem Pública ou a Paz Social quando estiverem ameaçadas por grave e 
iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções. Não é qualquer 
situação que cabe o Estado de Defesa, para que sejam realmente necessárias, as calamidades devem ter 
risco de inoperância das instituições estatais. 
 
Tome nota: A Constituição não poderá ser emendada em Estado de Defesa. 
 
Medidas que Podem Ser Adotadas Durante o Estado de Defesa 
A decretação do Estado de Defesa deverá especificar quais serão as restrições aplicadas, que poderão ser: 
• Restrições a Reuniões; 
• Ocupaçãoe uso de bens e serviços públicos. Caso haja danos, a União deverá responder; 
• Prisões Temporárias não superiores a 10 dias, por crime contra o Estado. 
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ESTADO DE SÍTIO 
O Estado de Defesa se sujeitará a alguns Mecanismos de Controle, que poderão ser: 
• Controle Político: Exercido pelo Congresso para acompanhamento do processo do Estado de Defesa, 
limitação a direito de reunião, quebra de sigilo de cartas, e-mail, telefone e outros. 
• Controle Judicial: Poderá ser requerido por qualquer pessoa, para evitar medidas abusivas. 
 
Esquematizando: 
 
 
 
O procedimento é tratado no artigo 137 da Constituição. Também aqui o Presidente da República 
precisará ouvir o Conselho da República e o de Defesa Nacional. Contudo, o Estado de Sítio só pode ser 
decretado após autorização do Congresso Nacional. 
Há duas hipóteses que autorizam o uso da medida extrema: 
I – comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o Estado de Defesa; 
II – declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 
O estado de sítio constitui medida mais grave do que o estado de defesa. Uma vez decretado, estabelece-
se uma legalidade constitucional extraordinária, na qual é permitida a suspensão temporária de direitos e 
garantias fundamentais do indivíduo, como forma de reverter à normalidade em curso. 
 
 
 
INEFICÁCIA DO ESTADO DE DEFESA 
Análise pelo Congresso Nacional 
Ao contrário do estado de defesa, a decretação do estado de sítio exige prévia autorização do Congresso 
Nacional. Ao solicitar a autorização para decretar o Estado de sítio ou a sua prorrogação, o Presidente da 
República relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por 
maioria absoluta. 
Controle 
O Estado de sítio se sujeitará a alguns Mecanismos de Controle, que poderão ser: 
• Controle Político: Exercido pelo Congresso para acompanhamento do processo do Estado de Defesa, 
limitação a direito de reunião, quebra de sigilo de cartas, e-mail, telefone e outros. 
• Controle Judicial: Poderá ser requerido por qualquer pessoa, para evitar medidas abusivas. 
Durante o Estado de Sítio não poderá haver alteração constitucional. 
Abrangência 
Estabelece a Constituição Federal que, depois de publicado o decreto de instituição do estado de sítio, o 
Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. Dessa forma, 
as áreas abrangidas pelo estado de sítio não precisarão constar, especificamente, do decreto que o instituir, 
devendo ser ulteriormente designadas pelo Presidente da República. 
 
 
Prazo de Duração do Estado de Sítio (inciso I) 
No caso em questão a duração do Instituto será de 30 dias, havendo prorrogações sucessivas de 30 dias, 
até cessar as causas ensejadoras da instituição dele. Todas as prorrogações deverão ser previamente 
autorizadas pelo Congresso Nacional, assim como a instituição primária. 
Depois de publicado o decreto o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e 
as áreas abrangidas. 
Medidas que Podem Ser Adotadas Durante o Estado de Sítio (inciso I) 
As medidas que poderão ser adotadas contra as pessoas, nessa modalidade do Estado de Sítio, são: 
I – obrigação de permanência em localidade determinada; 
II – detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; 
III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de 
informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei – a difusão de 
pronunciamento de parlamentares efetuados em suas Casas, desde que liberada pela respectiva Mesa, não 
entrará nas restrições. 
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GUERRA DECLARADA OU RESPOSTA A AGRESSÃO ARMADA 
IV – suspensão da liberdade de reunião; 
V – busca e apreensão em domicílio; 
VI – intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII – requisição de bens. 
 
 
Nessa situação, que é a mais grave em nossa ordem constitucional, os efeitos do Estado de Sítio serão de 
abrangência nacional, e será decretado pelo prazo necessário para cessação da guerra ou da agressão 
armada. 
Quando se trata dessa modalidade, trazida no artigo 137, II da Constituição Federal, todos os direitos 
fundamentais poderão ser restringidos, não sendo garantidos quaisquer direitos. 
No inciso II – guerra ou agressão externa –teoricamente, todas as garantias podem ser relativizadas. É 
aqui, inclusive, que se prevê a pena de morte, caso o agente pratique um dos crimes passível de aplicação 
dessa medida. Nosso Código Penal Militar prevê que a morte será executada mediante fuzilamento – 
artigo 56. 
 
 
As Forças Armadas são tratadas nos artigos 142 e 143 do texto constitucional. Há alguns pontos bastante 
explorados nas provas, e você deve estar atento a eles. 
Estabelece a Constituição Federal que as Forças Armadas, integradas pela Marinha, pelo Exército e pela 
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na 
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à 
garantia dos Poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 
FORÇAS ARMADAS 
 
 
 
 
Observa-se que a competência das forças armadas para a garantia da lei e da ordem é meramente 
subsidiária, uma vez que essas atribuições são ordinariamente desempenhadas pelas forças de Segurança 
Pública. 
Como as forças armadas são organizadas com base na hierarquia e na disciplina, atualmente temos o 
seguinte: internamente, elas se subordinam, hierárquica e disciplinarmente, aos respectivos Comandantes 
do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, todos integrados no Ministério da Defesa, devendo ser 
obedientes, ainda, ao Presidente da República, que corporifica o comando supremo das três forças. 
 
Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, essa vedação há que ser interpretada com certo 
abrandamento, no sentido de que não caberá habeas corpus em relação ao mérito das punições 
disciplinares militares. 
Significa dizer que a Constituição não impede a impetração de habeas corpus para que o Poder Judiciário 
examine os pressupostos de legalidade da medida adotada pela autoridade militar, tais como a 
competência da autoridade militar, o cumprimento dos procedimentos estabelecidos no regulamento 
militar, a pena suscetível de ser aplicada ao caso concreto - dentre outros. 
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Serviço Militar Obrigatório e Hipóteses de Dispensa 
O serviço militar é obrigatório nos termos da lei (art. 143). Entretanto, como a Constituição Federal 
reconhece a escusa de consciência no art. 5º, VIII, que desobriga o alistado do serviço militar obrigatório, 
desde que cumpra prestação alternativa, compete às Forças Armadas, na forma da lei, atribuir serviço 
alternativo aos que, em tempo de paz, depois de alistados, alegarem imperativo de consciência, 
entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se 
eximirem de atividades de caráter essencialmente militar. 
Oportuno ressaltar que o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que o serviço militar 
obrigatório pode ser remunerado com valor inferior ao salário mínimo, haja vista que os conscritos, na 
prestação do serviço militar, não se enquadram como trabalhadores na acepção que o inciso IV do art. 7.º 
da Constituição Federal empresta ao conceito. 
Esse entendimento restou consolidado na Súmula Vinculante 6 do STF, nos termos seguintes : 
Súmula Vinculante nº 6 - Não viola a Constituição da República o 
estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para os praças 
prestadores de serviço militar inicial. 
A Constituiçãoprevê, ainda, uma isenção quanto ao serviço militar obrigatório, ao dispor que as mulheres 
e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros 
encargos que a lei lhes atribuir (art. 143, § 2º). 
 
Da possibilidade de acumulação de cargos 
A EC 77/2014 ao alterar a redação dos incisos II, III e VIII do §3º do art. 142 da Constituição Federal, 
estabeleceu uma nova hipótese de acumulação remunerada lícita, estabelecendo aos militares que atuam 
na área da saúde a possibilidade de cumulação de cargos e empregos públicos a que se refere o art. 37, 
inciso XVI, alínea “c” da Constituição Federal. 
Da vedação à filiação partidária 
 
 
 
SEGURANÇA PÚBLICA 
Os militares não podem ter filiação partidária durante o tempo de serviço. Assim como é vedado a ele ser 
filiado a sindicato e executar greve. 
 
 
 
A Segurança Pública é tratada no artigo 144 da CF/88, e é definida como um dever do Estado e direito e 
responsabilidade de todos. Serve para preservar a ordem pública e para a incolumidade das pessoas e do 
patrimônio. Trata-se das responsabilidades de Polícia de Segurança e Polícia Judiciária. 
Órgãos que compõem a Segurança Pública: 
Os seguintes órgãos prestam a Segurança Pública: 
• Polícia Federal; 
• Polícia Rodoviária Federal; 
• Polícia Ferroviária Federal; 
• Polícia Civil; 
• Polícia Militar e Corpo de bombeiro militar. 
• Polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
104, de 2019) 
Segundo a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, esta lista é taxativa, não podendo os estados, o 
distrito federal ou os municípios criar outros órgãos e incluí-los no rol dos responsáveis pela segurança 
pública. 
Com base nessa orientação, foram declaradas inconstitucionais normas que inseriam o DETRAN (DF), a 
Polícia Penitenciária (RJ) e o Instituto Geral de Perícias (RS) como órgãos responsáveis pela segurança 
pública local (STF, ADI 1.182). 
É verdade que a Constituição Federal permite aos municípios a criação de guardas municipais destinadas 
à proteção de seus bens, serviços e instalações, bem como aos estados e municípios a estruturação da 
segurança viária, a ser exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade doas pessoas e 
do seu patrimônio nas vias pública. Mas esses órgãos, quando instituídos, não integrarão a estrutura da 
segurança pública constitucionalmente estabelecida. 
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Das Funções Típicas dos órgãos da Segurança Pública: 
Polícia Federal 
Instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se à: 
a) Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses 
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática 
tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
b) Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem 
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
c) Exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras; 
d) Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
 
Polícia Rodoviária Federal 
Órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se na forma da lei, 
ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
Polícia Ferroviária Federal 
Órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da 
lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
Polícia Civil 
Dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções 
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
 
 
 
Observa-se, pela ressalva constante da parte final desse dispositivo, que a competência das polícias civis 
não alcança os crimes militares. Entretanto, segundo a jurisprudência do STF, a simples circunstância de 
ter-se o envolvimento de policias militares nas investigações de crimes comuns, estranhos à atividade 
militar, não retira a competência da Polícia Civil. 
 
Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar 
À Polícia Militar cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. Tem por objetivo 
prevenir os delitos de forma a se preservar a ordem pública. 
Aos Bombeiros Militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de 
defesa civil. 
As policias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do exército, subordinam-
se, juntamente com as Polícias Civis, aos Governadores dos estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
 
Disposições Finais 
Determina a Constituição Federal que a remuneração dos servidores policiais será fixada na forma de 
subsídio, prevista no §4º do art. 39 do texto constitucional. 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção 
de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
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O Parágrafo 8° disserta sobre a possibilidade dos Municípios constituírem guardas municipais para auxílio 
na segurança pública. A Lei nº 13.022 dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais e traz 
especificamente em seu art. 6° a possibilidade supramencionada. 
Tome nota: Os Guardas Municipais não são pertencentes do quadro da Segurança Pública, apesar de estar 
no parágrafo oitavo do Art. 144, este não está dentro do rol taxativo estudado acima. A Guarda Municipal 
é de natureza patrimonial, que zela pelo patrimônio do município. 
Por fim, o §10º do artigo 144, introduzido pela EC 82/2014, estabelece que a segurança viária, exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: 
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras 
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade 
urbana eficiente; 
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos 
respectivos órgãos ou entidades executivas e seus agentes de trânsito, 
estruturados em Carreira, na forma da lei. 
Questões 
1- Julgue os itens a seguir com CERTO OU ERRADO: 
a) ( ) CESPE/2012 (TJ/AL – Analista Judiciário) A polícia federal detém competência para exercer, 
com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
b) ( ) CESPE/2012 (TJ/AL – Analista Judiciário) A decretação pelo presidente da República de estado 
de sítio nos casos de declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira prescinde 
da autorização do Congresso Nacional. 
c) ( ) CESPE/2018 (Polícia Federal – Agente de Polícia) Na vigência do estado de defesa, é legal a 
prisão de indivíduo por até trinta dias, independentemente de autorização do Poder Judiciário. 
d) ( ) CESPE/2018 (Polícia Federal – Agente de Polícia) O direito ao sigilo de correspondência é 
constitucionalmente previsto, mas poderá ser restringido nas hipóteses de estado de defesa e de estado de 
sítio. 
e) ( ) CESPE/2012 (STJ – Analista Judiciário) Os eclesiásticos estão isentos de prestar o serviço militar 
obrigatório em tempo de paz. 
f) ( ) CESPE/2012 (TJ/AL – Analista Judiciário) Em caso de calamidade de grandes proporções na 
natureza, pode o Presidente da República decretar, em local restrito e determinado, o estado de sítio. 
 
2- VUNESP/2018 (PC/SP – Delegado de Polícia) Suponha que o Presidente da República, depois de ouvir 
o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretou estado de defesa para restabelecer a 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.022-2014?OpenDocumentpaz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional no local X. 
Nesse caso, é certo assinalar que: 
a) o estado de defesa poderá ser instituído pelo prazo máximo de 45 dias, prorrogado uma única vez por 
mais 45 dias; 
b) o decreto poderá restringir tanto o sigilo de comunicação telegráfica como telefônica; 
c) o decreto que instituir o estado de defesa poderá se dar por prazo indeterminado em casos de grave 
violação da ordem pública; 
d) na vigência do estado de defesa a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a 30 
dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário; 
e) o direito de reunião poderá ser restringido, excetuando-se naquelas exercidas no seio das associações. 
 
3- ESAF/2012 (Receita Federal – AFRFB) O Estado de Sítio e o Estado de Defesa são institutos previstos 
no Texto Constitucional de 1988 e adotados em situações extremas. Sobre eles é correto afirmar que: 
Cabe ao governador do Estado, com a autorização da Assembleia Legislativa, decretar o Estado de Sítio 
no âmbito do Estado respectivo. 
( ) Certo ( ) Errado 
4- FCC/2013 (AL/PB – Procurador) O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de 
sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas 
coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: restrições aos direitos de reunião, ainda que exercida no seio 
das associações, sigilo de correspondência, inviolabilidade domiciliar, sigilo de comunicação telegráfica 
e telefônica. 
( ) Certo ( ) Errado 
5- FAPEC/2006 (PC/MS – Delegado de Polícia) Analise as afirmações abaixo, quanto à SEGURANÇA 
PÚBLICA no texto constitucional. 
I - A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e 
estruturado em carreira, destina-se, dentre outras atribuições, a apurar infrações penais contra a ordem 
política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas 
e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou 
internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei. 
II - A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. 
III - A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
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IV - Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbe ressalvada a competência 
da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 
V - Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de 
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa 
civil. 
Assinale a alternativa correta: 
a) os itens I, II e V estão incorretos. 
b) os itens I, III e IV estão corretos. 
c) os itens II, III e V estão incorretos. 
d) todos os itens estão corretos. 
e) todos os itens estão incorretos. 
 
6- CESPE/2014 (Polícia Federal – Agente) Em relação aos Poderes Legislativo e Executivo e à segurança 
pública, julgue o item que se segue. 
O objetivo fundamental da segurança pública, exercida por meio das polícias federal, rodoviária federal, 
civis, militares e dos corpos de bombeiros militares, é a preservação da ordem pública e da incolumidade 
das pessoas e do patrimônio. 
( ) Certo ( ) Errado 
7- CESPE/2014 (Polícia Federal – Agente Administrativo) Acerca das disposições constitucionais 
relativas à segurança pública, julgue o item a seguir. 
A Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal são órgãos 
destinados ao exercício da segurança pública no Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
8- VUNESP/2018 (PC/BA – Investigador de Polícia) Com base nas previsões da Constituição Federal de 
1988, é correto afirmar sobre a segurança pública que: 
a) às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem ressalvada a competência da 
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive os militares. 
b) É competência concorrente das polícias federal e civil as funções de polícia judiciária da União. 
c) Os servidores policiais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, 
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra 
espécie remuneratória. 
 
 
 
d) É permitido aos Municípios que detenham a partir de 30 (trinta) mil habitantes a constituição de guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. 
e) Compete à polícia civil exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
 
9- CESPE/2018 (ABIN – Oficial Técnico de Inteligência) Com relação à defesa do Estado e das 
instituições democráticas, julgue o item que se segue. 
É permitida aos municípios a criação de guardas municipais para a proteção de seus bens, serviços e 
instalações, inclusive com a atribuição de poder de polícia de trânsito. 
( ) Certo ( ) Errado 
10- CESPE/2018 (PC/MA – Investigador de Polícia) De acordo com a CF, às polícias civis cabe à: 
a) execução de atividades de defesa civil. 
b) apuração de infrações penais, exceto as militares. 
c) função de polícia de fronteira. 
d) função de polícia judiciária da União. 
e) função de polícia ostensiva. 
 
11- (CESPE/Delegado de Polícia-SE/2018) Conforme disposições constitucionais a respeito da 
organização da segurança pública julgue o item a seguir. 
O poder constituinte originário, ao tratar da segurança pública no ordenamento constitucional vigente, fez 
menção expressa à segurança viária, atividade exercida para a preservação da ordem pública, da 
incolumidade das pessoas e de seu patrimônio nas vias públicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
A segurança pública, exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, é responsabilidade de todos. 
( ) Certo ( ) Errado 
12– Quadrix – Técnico Administrativo – CRN/2018) A respeito da isonomia na Constituição Federal de 
1988 (CF), julgue o item a seguir. Ofende a isonomia e, por consequência, a CF a fixação de soldo em 
favor de militar em valor inferior ao salário mínimo. 
( ) Certo ( ) Errado 
13- Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura de 
Petrolina - PE - Guarda Civil 
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Sobre a defesa do Estado e das Instituições Democráticas, analise os itens a seguir: 
I. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, 
relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta. 
II. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da 
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. 
III. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco 
de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e 
ao estado de sítio. 
Analisados os itens, pode-se afirmar corretamente que: 
A) Apenas o item I está correto. 
B) Apenas o item II está correto. 
C) Apenas o item III está correto. 
D) Apenas os itens I e II estão corretos. 
E) Todos os itens estão corretos. 
14- Ano: 2019 Banca: IDIB Órgão: Prefeitura de Petrolina - PE Prova: IDIB - 2019 - Prefeitura de 
Petrolina - PE - Guarda Civil 
A respeito da Segurança Pública, assinale a alternativaincorreta: 
A) As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, 
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios. 
B) Cabe à polícia federal, dentre outras atribuições, prevenir e reprimir o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de 
outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência. 
C) Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública. 
D) Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços 
e instalações, conforme disposto em lei complementar. 
E) A segurança viária é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas 
e do seu patrimônio nas vias públicas. 
15- Ano: 2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado 
de Polícia 
 
 
 
A segurança pública é dever do Estado, devendo ser exercida para a preservação da ordem pública e da 
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através das polícias federal, rodoviária federal, ferroviária 
federal, civis, militares e corpos de bombeiros militares. 
É INCORRETO afirmar que 
A) a segurança viária compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras 
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente. 
B) às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública. 
C) as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército 
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios. 
D) a polícia ferroviária federal se destina ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
E) cabe às polícias civis apurar infrações penais contra a ordem política e social cuja prática tenha 
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme. 
16- Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de 
Salvador - BA - Guarda Civil Municipal 
O Prefeito do Município Beta foi comunicado da subtração de diversos computadores instalados em uma 
repartição do Município, o que o levou a requisitar a instauração de uma investigação penal pela Guarda 
Municipal, com o objetivo de identificar os criminosos. 
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a Guarda Municipal 
A) somente está autorizada a investigar crimes praticados contra bens, serviços e instalações do 
Município, a exemplo daquele referido pelo Prefeito. 
B) não está autorizada a investigar nenhuma espécie de crime, incluindo aquele informado pelo 
Prefeito. 
C) somente está autorizada a investigar o crime referido pelo Prefeito caso seja autorizada pelo 
Governador do Estado. 
D) está autorizada a realizar a investigação de qualquer crime, incluindo aquele informado pelo 
Prefeito. 
E) somente está autorizada a investigar o crime referido pelo Prefeito caso seja autorizada pela Polícia 
Judiciária. 
17- Ano: 2019 Banca: IESES Órgão: TJ-SC Prova: IESES - 2019 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas 
e de Registros – Remoção 
Sobre a Defesa de Estado e das Instituições Democráticas, no que se refere ao Estado de Defesa é correto 
afirmar que: 
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A) Dentre as medidas coercitivas a vigorarem durante o Estado de Defesa temos a ocupação e uso 
temporário de bens e serviços públicos e privados, na hipótese de calamidade pública, respondendo 
a União pelos danos e custos decorrentes. 
B) Dentre as medidas coercitivas a vigorarem durante o Estado de Defesa temos a ocupação e uso 
temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, não respondendo a 
União pelos danos e custos decorrentes. 
C) Dentre as medidas coercitivas a vigorarem durante o Estado de Defesa temos a ocupação e uso 
temporário de bens e serviços públicos e privados, na hipótese de calamidade pública, não 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. 
D) Dentre as medidas coercitivas a vigorarem durante o Estado de Defesa temos a ocupação e uso 
temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União 
pelos danos e custos decorrentes. 
18- Ano: 2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: DPE-MG Prova: FUNDEP (Gestão de 
Concursos) - 2019 - DPE-MG - Defensor Público 
Em relação ao sistema constitucional brasileiro de defesa do estado e das instituições democráticas, é 
correto afirmar: 
A) No caso de cessar o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem 
prejuízo da responsabilidade pelos atos cometidos por seus executores ou agentes. 
B) Na vigência do estado da defesa, admite-se, em prol da segurança pública, a incomunicabilidade 
do preso. 
C) Na vigência do estado de sítio por comoção grave de repercussão nacional, admite-se a suspensão 
do direito de reunião. 
D) Na vigência do estado de defesa, admite-se ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. 
19- Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto 
A respeito da organização dos poderes e da defesa do estado e das instituições democráticas, assinale a 
opção correta. 
A) É viável o controle judicial da legalidade dos atos praticados por agentes públicos na vigência de 
estado de sítio. 
B) Durante o estado de sítio, imunidades de deputados e senadores só podem ser suspensas por voto 
da maioria absoluta da respectiva casa, nos casos de atos incompatíveis com a execução da medida. 
C) Compete ao Conselho da República opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de 
sítio e da intervenção federal. 
 
 
 
D) O estado de sítio somente poderá ser decretado quando presente a declaração do estado de guerra 
ou diante de ineficácia das medidas tomadas durante o estado de defesa. 
E) O estado de defesa poderá ser decretado apenas após a deliberação da maioria absoluta do 
Congresso Nacional. 
20- SELECON - 2019 - Prefeitura de Niterói - RJ - Guarda Civil Municipal 
A segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, segundo preceitua o caput do 
art. 144 da Constituição Federal de 1988. Em outras palavras, a questão da ordem pública não se restringe 
apenas às polícias, mas depende da colaboração e da integração de toda a sociedade. Nesse passo, a 
Constituição Federal em vigor estabelece que a organização da segurança pública, obrigatoriamente, é 
exercida por meio dos seguintes órgãos: 
A) polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias 
militares e corpos de bombeiros militares e guardas municipais 
B) Tribunal Desportivo, Tribunal Marítimo e Tribunais Federais, Estaduais e Municipais 
C) Ministério Público Federal e Estadual, Tribunal Desportivo, Tribunal Marítimo e Tribunais 
Federais, Estaduais e Municipais 
D) polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias 
militares e corpos de bombeiros militares 
E) Tribunal Desportivo, Tribunal Marítimo e Tribunais Federais e Estaduais 
21- Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - Perito Oficial Criminal - 
Área 8 
No Brasil, a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Segundo a Constituição da 
República Federativa do Brasil, a segurança pública é exercida por quais órgãos? 
A) Forças armadas, polícias federais, civis, militares e corpo de bombeiros. 
B) Polícias federais, civis, militares e corpo de bombeiros. 
C) Ministério público, polícias federais, civis e militares. 
D) Ministério público, polícias federais, civis,militares e corpo de bombeiros. 
E) Forças armadas, polícias federais, civis e militares. 
22- Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - PC-ES – Investigador 
Tendo como base a Constituição Federal, assinale a alternativa correta acerca das Forças Armadas e da 
Segurança Pública. 
A) Ao militar, é permitido o direito à sindicalização, mas vedado o direito à greve. 
B) Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 
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C) Em tempo de paz, o serviço militar é obrigatório nos termos da lei, inclusive aos eclesiásticos. 
D) O Corpo de Bombeiros Militar não integra diretamente os órgãos de segurança pública, porém é 
considerado um órgão auxiliar. 
E) A Polícia Rodoviária Federal é um órgão vinculado ao Ministério da Justiça e subordinado à 
Polícia Federal. 
 
GABARITO 
01- 
C.C.E.C.C 
02- B 3- E 04- C 
05- D 06- C 07- E 08- C 
09- C 10- B 11- E.C 12- E 
13- E 14- D 15- E 16- B 
17- D 18- C 19- A 20- D 
21- B 22- Baplicabilidade imediata e indireta, porque podem, ou não, necessitar da 
interposição do legislador através de uma norma infraconstitucional. 
D) limitada aquelas que não dependem de lei posterior para dar corpo a institutos jurídicos e aos 
órgãos ou entidades do Estado previstos na Constituição. 
E) contida aquelas dotadas de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral porque o podem ser 
restringidas através de normas infraconstitucionais. 
 
13- Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: IPREMM - SP Prova: VUNESP - 2019 - IPREMM - SP - 
Procurador Jurídico 
Normas constitucionais não autoaplicáveis são aquelas que 
A) dependem de lei posterior, mas produzem efeitos desde a entrada em vigor da Constituição. 
B) não dependem de regulamentação ou de posterior efetivação por parte do Estado. 
C) dependem de regulamentação ou de posterior efetivação por parte do Estado. 
D) não dependem de lei posterior, mas podem ser limitadas pela edição de regulamentos. 
E) tratam de imunidades, não designam órgãos ou autoridades especiais para execução da norma e 
não indicam processos especiais para sua execução. 
 
14- Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ribeirão Preto - SP Prova: VUNESP - 2019 - 
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Procurador do Município 
O artigo 205 da Constituição Federal possui a seguinte redação: “A educação, direito de todos e dever do 
Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
A partir da classificação das normas constitucionais, é correto afirmar que referida norma pode ser 
classificada como de 
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A) eficácia contida. 
B) eficácia restrita. 
C) aplicabilidade plena. 
D) eficácia limitada de princípio programático. 
E) eficácia limitada de princípio institutivo. 
 
15- Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça 
– Matutina 
As normas constitucionais de eficácia contida possuem aplicabilidade imediata e plena, e não são 
suscetíveis de restrição por lei infraconstitucional. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
16- Ano: 2019 Banca: CONTEMAX Órgão: Prefeitura de Lucena - PB Prova: CONTEMAX - 2019 - 
Prefeitura de Lucena - PB – Procurador 
Considere o texto do artigo da Constituição da República Federativa do Brasil abaixo transcrito 
Art. 134 ……………………………… ……………………………… ……………………… 
[…] 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa 
de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e 
subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. 
A partir da análise do parágrafo especificado, tendo em vista as decisões em sede de controle concentrado 
de constitucionalidade e as constatações doutrinárias, a norma em destaque, com relação à classificação 
quanto a sua eficácia, é 
A) plena. 
B) pragmática. 
C) limitada. 
D) contida. 
E) institutiva. 
 
 
 
GABARITO: 
01- B 02- C 03- C 04- B 
05- A 06- B 07- D 08- D 
09- B 10- C 11- E 12- E 
13- C 14- C 15- E 16- A 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
Os Princípios fundamentais, assim considerados como os princípios estruturantes do Estado brasileiro 
escolhidos pelo Constituinte originário, previstos no Título I da Constituição Federal em seus artigos 1º a 
4º, abrangem: 
• Os fundamentos da República; 
• Os poderes da União; 
• Os objetivos fundamentais da República; e 
• Os princípios que devem reger as relações internacionais do Brasil. 
Fundamentos da República Federativa do Brasil 
Os fundamentos da República Federativa do Brasil devem ser entendidos como os pilares de sua 
organização, a sua base ideológica, sem os quais ela não pode existir, tal como foi concebida pelo Poder 
Constituinte Originário. 
Funcionam como uma espécie de introdução do texto constitucional, todo o arcabouço constitucional e 
legal deve obedecer a esses fundamentos. 
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados, Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
O mnemônico (macete) que ajudará na lembrança sobre os fundamentos da RFB é o SO-CI-DI-VA-PLU. 
Soberania 
Soberania significa poder político, ou seja, é o elemento de poder que permite a formação do Estado. A 
soberania legitima a formação de um governo que deve implementar as decisões políticas. Ela atua 
preponderantemente nos limites do território, mas a sua intensidade ultrapassa os limites territoriais do 
Estado, atingindo os nacionais até mesmo no exterior. 
A soberania existe de duas formas: 
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• Externa: é o poder independente, ou seja, no plano internacional deve-se respeitar a soberania. 
• Interna: é um poder supremo, nenhum pode ser maior que o Estado. 
Ser soberano significa não aceitar a autoridade de nenhum outro Estado sobre a sua própria soberania, 
embora isso também signifique respeitar a soberania alheia. 
Cidadania 
Não existe um conceito exato sobre cidadania, cuja definição pode ser interpretada como o direito do 
brasileiro a uma vida digna, com a possibilidade de definir seu futuro e de intervir na vida política de seu 
país, tendo para isso, acesso a serviços de saúde e educação de qualidade. Entretanto num conceito restrito, 
cidadania também pode ser entendida pelos seguintes pontos: 
• Nacionalidade: é aquele que nasce no território brasileiro ('jus soli'); quando ele nasce fora do Brasil, 
mas os pais moram no Brasil ('jus sanguinis'); quando é um brasileiro nato. Artigo 12 da CF. Adotamos o 
critério misto. 
• Sufrágio: direito de votar e ser votado. 
Todo titular de direitos fundamentais deve ter sua cidadania respeitada. 
Dignidade da pessoa humana 
 
É a razão de existência de estado democrático de direito. Os direitos fundamentais são essências para a 
realização da dignidade da pessoa humana. 
A dignidade da pessoa humana representa um complexo de direitos que são inerentes à espécie humana, 
sem eles o homem se transformaria em coisa. São direitos como vida, lazer, saúde, educação, trabalho e 
cultura que devem ser propiciados pelo Estado e, para isso, pagamos tamanha carga tributária. 
Todos são merecedores de tratamento digno, não só pelo Estado, mas também pelos particulares, até 
mesmo os condenados pela Lei. Assim o Brasil rechaça toda e qualquer violação de atos que atentem 
contra a dignidade humana. 
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
O Brasil reconhece a importância do trabalho individual e coletivo para o desenvolvimento econômico e 
social da nação, o qual deve ser exercido com dignidade e mediante condições mínimas. Assim, apesar 
da livre iniciativa econômica ser incentivada, pode o Estado regulamentar a atividade econômica e até 
mesmo proibir determinadas ocupações, em proveito da coletividade. 
Pluralismo político 
É a pluralidade de ideias, de pensamentos, de ideologias, permitindo que todos possam se manifestar. 
Deve ser garantida no Estado democrático a pluralidade de ideias, que todos possam expressar suas ideias. 
 
 
 
Deve-se entender que o partido político surge quando várias pessoas defendem a mesma ideia, assim a 
multiplicidade de partidos políticos, chamada de pluripartidarismo decorre do fundamento de pluralismo 
político. 
Mas lembre-se: pluralismo político não é sinônimo de pluripartidarismo. 
DIVISÃO DE PODERES 
Dispõe o art. 2º da Constituição: 
Art. 2º. São Poderes daUnião, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, 
o Executivo e o Judiciário. 
A terminologia separação de poderes foi expressa de forma errônea, porque na verdade o poder que resvala 
da soberania é uno. O que se reparte são as funções realizadas por esses poderes, de acordo com o que 
fora estipulado pela Constituição em cada país. 
A separação de poderes tem como escopo evitar o surgimento do absolutismo, que representaria a morte 
da democracia e dos direitos fundamentais. 
Assim, surge a teorização de que cada órgão de poder realiza uma atividade, especializando-se nela de 
forma a melhorar a sua eficácia, chamada função típica, mas também pode exercer de forma atípica a 
função de outro Poder. 
Porém, cada um realiza uma função de forma preponderante. Eles têm uma função precípua (atividade 
para a qual o órgão foi estruturado) e outras subsidiárias. Assim, a função precípua do Legislativo é 
legislar e, subsidiariamente, administrar e julgar. Por exemplo, ele exerce funções executivas quando 
administra seus funcionários e exerce funções judiciais quando julga o chefe do Executivo. O Judiciário, 
primordialmente, julga, e o Executivo administra. 
Com a sua repartição, em que um poder limita o outro, a fiscalização do cumprimento dos parâmetros 
legais pode ser realizada, evitando-se a quebra dos princípios democráticos. 
Os poderes componentes da federação são independentes – um não necessita do outro para o seu 
funcionamento – e são harmônicos – o funcionamento de um deles não obsta o exercício da função dos 
outros. Isso significa que eles podem trabalhar de forma autônoma, mas não de forma isolada, obviamente 
porque a seara fática em que eles têm de incidir é a mesma. 
Poder Legislativo 
O Poder Legislativo da União é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos 
Deputados Federais e do Senado Federal. 
Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de 
competência da União, em especial sobre o sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas, 
moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal, entre outras atribuições. 
Em âmbito estadual, tempo o Poder Legislativo presente através da Assembléia Legislativa, que é 
composta pelos Deputados Estaduais ou, no caso do Distrito Federal, pelos Deputados Distritais. 
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Já em âmbito municipal, o Legislativo é visto pela Câmara Municipal que são compostas pelos 
Vereadores. 
Poder Executivo 
O Poder Executivo da União é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. O Presidente e 
o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o 
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do 
povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. 
Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. Em 
caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão suces-
sivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado 
Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, nos dois primeiros anos após a eleição, 
far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. 
Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será 
feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional. 
O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano 
seguinte ao da sua eleição. 
Compete privativamente ao Presidente da República, entre outras atribuições constitucionais: 
• Nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
• Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; 
• Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel 
execução; 
• Vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
• Dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. 
O Poder Executivo é presente em âmbito estadual pelo Governador de estado, que é o chefe do Poder 
Executivo Estadual. Já em âmbito municipal, o Prefeito representa o chefe do Executivo Municipal. 
Poder Judiciário 
São órgãos do Poder Judiciário: 
• O Supremo Tribunal Federal; 
• Conselho Nacional de Justiça; 
 
 
 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
• O Superior Tribunal de Justiça; 
• Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
• Os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
• Os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
• Os Tribunais e Juízes Militares; 
• Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, 
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado 
no sigilo não prejudique o interesse público à informação. 
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 
 
 
Como o nome já diz esses preceitos são objetivos, ou seja, metas a serem alcançadas. Têm se visto um 
progresso lento em relação ao alcance desses objetivos, mas são objetivos que o Brasil deve sempre buscar 
atingir, em todas as suas relações e políticas. 
Vejamos o que dispõe o art. 3º da Constituição: 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II- garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
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1.4 Princípios de Relações Internacionais 
MACETE: CON GA ERRA PRO. 
I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária 
O Estado tem de propiciar todos os meios para que a democracia seja exercida. Esse preceito foi 
estabelecido para os brasileiros no intuito de proporcionar bem-estar, qualidade de vida e harmonia social. 
II - Garantir o desenvolvimento nacional 
O Desenvolvimento Nacional dá-se pelo aperfeiçoamento do ser humano, das propriedades e das 
Instituições. 
III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais 
Por esse enunciado podemos entender que é objetivo da nossa República tomar medidas de governo que 
possibilite uma igualdade de condições para todos os cidadãos. Medidas essas que tragam melhorias para 
áreas como educação, saúde e emprego, dando às classes mais pobres maiores possibilidades a esses 
direitos. 
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação 
Todo direito e todo dever tem de ser estendido a qualquer indivíduo, respeitando-se as normas da 
constituição e até aonde for o direito do próximo, aplicando os direitos sem nenhum tipo de discriminação 
ou favorecimento indevido. 
 
 
Os princípios constitucionais internacionais disciplinam a relação entre o Brasil e os demais países (art. 
4º da CF). Para a sua aplicação é necessário o intercâmbio entre Estados soberanos. Os princípios 
internacionais são vetores que devem direcionar a política externa brasileira e embasar a sua conduta. 
 
Art. 4º. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relaçõesinternacionais 
pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
 
 
 
Parágrafo único- Cumpre à República Federativa do Brasil buscar a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade Latino-Americana de nações. 
Independência Nacional 
Esse princípio decorre da própria soberania, de que o Brasil deve manter uma posição independente frente 
a outros países, nunca subordinando os interesses nacionais aos estrangeiros. 
Prevalência dos Direitos Humanos 
Decorre do fundamento da dignidade da pessoa humana, tal princípio determina que, em suas relações 
internacionais, nosso país deve sempre respeitar e fazer respeitar os direitos humanos contra qualquer 
violação por parte do Estado ou particulares. 
Autodeterminação dos Povos e não Intervenção 
Do mesmo modo que o Brasil deseja ser respeitado como um país soberano, também deve respeitar a 
soberania (autodeterminação) das demais nações, de modo que o Brasil ainda não irá realizar nenhum tipo 
de intervenção não autorizada em assuntos internos de outros países. O que pode ser relativizado caso o 
Brasil venha a participar de missões organizadas pela ONU ou, para intervir em outros países para 
resguardar os interesses dos cidadãos brasileiros, ou ainda justificativa humanitária. 
Igualdade entre os Estados 
Diante do Estado Brasileiro, todas as outras nações são iguais, merecendo, em princípio, o mesmo 
tratamento e respeito, não havendo nenhum Estado merecedor de tratamento especial em relação a outros. 
Defesa da Paz e Solução Pacífica dos Conflitos 
Nas relações internacionais deve o Brasil buscar pela manutenção e imposição da paz e solução pacífica 
para os conflitos, embora a força possa ser utilizada, desde que de forma proporcional e somente durante 
o tempo necessário. 
Repúdio ao Terrorismo e ao Racismo 
O Brasil deve deixar claro, em suas relações internacionais, que repudia qualquer forma de terrorismo e 
racismo, rejeitando e inclusive denunciando (rescindindo) qualquer tratado ou acordo que os estimule de 
qualquer forma. 
Cooperação dos Povos para o Progresso da Humanidade 
O Brasil entende que deve haver cooperação entre as nações para o bem-estar e progresso da raça humana, 
não só a nível militar, mas também no aspecto econômico, tecnológico, ambiental etc. 
Concessão de Asilo Político 
O asilo político é o acolhimento de estrangeiro em virtude de perseguição sofrida por ele por parte de seu 
país ou terceiro. Essa perseguição pode se dar em razão: dissidência política, manifestação de pensamento 
ou crimes relacionados à segurança do Estado e que não configurem delitos no direito penal comum. 
 
Questões 
Professora_larissa.nani 
 
 
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1- (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Valinhos) A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como, um de seus fundamentos, 
A) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
B) construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
C) erradicar a pobreza e a marginalização. 
D) garantir o desenvolvimento nacional. 
E) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
 
2- (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-PR Prova: CESPE - 2019 - TJ-PR - Técnico Judiciário) 
É fundamento da República Federativa do Brasil 
A) a erradicação da pobreza. 
B) a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
C) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
D) a forma democrática de Estado. 
E) a dignidade da pessoa humana. 
 
3- (Ano: 2019 Banca: UFRR Órgão: UFRR Prova: UFRR – 20190 Assinale a alternativa que não 
corresponde aos fundamentos da República Federativa do Brasil. 
A) A intervenção em Estados-Membros e Estados estrangeiros. 
B) A soberania. 
C) Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
D) A dignidade da pessoa humana. 
E) O pluralismo político. 
 
4- (Ano: 2019 Banca: UFRR Órgão: UFRR Prova: UFRR - 2019 - UFRR - Técnico em Assuntos 
Educacionais) São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, exceto: 
A) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
B) Construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
C) Erradicar a pobreza e a marginalização. 
D) Fomentar as desigualdades sociais e regionais. 
E) Garantir o desenvolvimento nacional. 
 
 
 
 
5- (Ano: 2019 Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça) 
Dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil estão promover os valores sociais do 
trabalho e da livre iniciativa, construir uma sociedade livre, justa e solidária, e garantir o desenvolvimento 
nacional. 
() Certo () Errado 
6- (Ano:2019 Banca: COPS-UEL-Prefeitura de Londrina - PR - Procurador do Município) Constitui-se 
como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil 
A) a manutenção da ordem e do progresso. 
B) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
C) o respeito aos valores democráticos. 
D) o respeito à dignidade da pessoa humana. 
E) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
 
7- FUNCAB/2012 (MPE-RO Técnico em Contabilidade) Segundo a Constituição Federal constitui 
objetivo fundamental da República Federativa do Brasil: 
a) a cidadania 
b) a dignidade da pessoa humana 
c) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
d) garantir o desenvolvimento nacional 
e) a soberania 
 
8- CESPE/2009 (TRT – 17ª Região) A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel 
dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos territórios. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
9- ESAF/2004 (MRE) O princípio da separação de poderes, previsto no art. 2º da Constituição Federal, 
assegura a independência absoluta entre o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
10- CESPE/2014 (Analista Judiciário/SE) O pluralismo político traduz a liberdade de convicção filosófica 
e política, assegurando aos indivíduos, além do engajamento pluripartidário, o direito de manifestação de 
forma apartidária. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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11- FGV/2009 (MEC – Analista de Sistemas) Assinale a opção que reúne todos os fundamentos da 
República Federativa do Brasil, tal como previstos no art. 1º da Constituição de 1988. 
a) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a cooperação entre os povos para o progresso 
da humanidade. 
b) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a autodeterminação dos povos. 
c) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a concessão de asilo político. 
d) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a solução pacífica dos conflitos. 
e) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; o pluralismo político. 
 
12- FCC/2012 (Analista Judiciário – TRT-PE) O voto é uma das principais armas da Democracia, pois 
permite ao povo escolher os responsáveis pela condução das decisões políticas de um Estado. Quem faz 
mal uso do voto deixa de zelar pela boa condução da política e põe em risco seus próprios direitos e 
deveres, o que afeta a essência do Estado Democrático de Direito. Dentre os fundamentos da República 
Federativa do Brasil,expressamente previstos na Constituição, aquele que mais adequadamente se 
relaciona à ideia acima exposta é a: 
a) soberania 
b) prevalência dos direitos humanos 
c) cidadania 
d) independência nacional 
e) dignidade da pessoa humana 
 
13- (ESAF/2005/AFTE/RN) Um Estado-membro da Federação brasileira pode-se desligar da União 
Federal (direito de secessão), invocando o princípio da autodeterminação dos povos, inscrito na 
Constituição Federal. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
14- Consulplan/2005 (Adv. Pref. Nossa Senhora do Socorro–SE) Não é fundamento da República 
Federativa do Brasil: 
a) A soberania nacional 
b) O pluralismo político 
c) A cidadania 
d) A igualdade entre os Estados 
e) A dignidade da pessoa humana 
 
15- UFG/2015 (Procurador – ALEGO) Conforme consta no art. 4º da CF, a República Federativa do 
Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, pelos seguintes princípios: 
 
 
 
a) soberania, solução pacífica dos conflitos e prevalência dos direitos humanos. 
b) autodeterminação dos povos, não intervenção e dignidade da pessoa humana. 
c) repúdio ao terrorismo e ao racismo e concessão de asilo político e independência nacional. 
d) igualdade entre os Estados, cidadania e defesa da paz. 
16- (FGV/AL-RO/2018) Conforme disposto na Constituição Federal, os Poderes do Estado Brasileiro são 
o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. 
Considerando os fundamentos utilizados para essa divisão, assinale a afirmativa correta. 
a) Visam especializar as funções básicas do Estado. 
b) Garantem o princípio de separação absoluta de atribuições. 
c) Oportunizam a concentração de poder em um órgão. 
d) Interagem entre si por meio da supremacia. 
e) Preservam o equilíbrio, coibindo o sistema de freios e contrapesos. 
 
17- (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: MPC-PA Prova: CESPE ) Com relação à organização político-
administrativa do Estado federal brasileiro, é correto afirmar que os municípios têm 
A) Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário próprios. 
B) apenas Poder Judiciário e Poder Legislativo próprios, mas não Poder Executivo. 
C) apenas Poder Executivo e Poder Legislativo próprios, mas não Poder Judiciário. 
D) apenas Poder Judiciário próprio, mas não Poder Executivo nem Poder Legislativo. 
E) apenas Poder Executivo próprio, mas não Poder Legislativo nem Poder Judiciário, sendo o 
controle externo exercido somente pelos tribunais de contas dos estados. 
18- (Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFPB) O princípio básico da teoria dos três poderes 
é que um poder limita outro poder. Dentre as funções dos poderes, a qual(is) dos poderes compete a função 
de controle interno? 
A) Apenas poder executivo. 
B) Apenas poder legislativo. 
C) Apenas poderes judiciário e legislativo. 
D) Apenas poderes executivo e legislativo. 
E) Poderes executivo, legislativo e judiciário. 
 
19- ( Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEASTER - PA Prova: IADES – 2019) De acordo com a 
Constituição da República Federativa do Brasil, publicada em 1988, os Poderes da União, independentes 
e harmônicos entre si, são o 
A) Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
B) Legislativo, a Controladoria-Geral da União e o Judiciário. 
C) Ministério Público, o Executivo e o Conselho Nacional de Justiça. 
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D) Executivo, o Judiciário e a Controladoria-Geral da União. 
Legislativo, o Ministério Público e a Advocacia-Geral a União. 
 
20- (Ano: 2019 Banca: IESES Agente de Fiscalização de Consumo) Em suas relações internacionais, 
diversos princípios regem a República Federativa do Brasil, assinale qual alternativa é a correta: 
A) Concessão de asilo político e independência nacional. 
B) Construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
C) Garantir o desenvolvimento nacional. 
D) A erradicação da pobreza. 
21- (Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cuiabá - MT) De acordo com a Constituição Federal 
de 1988, há um princípio que rege as relações internacionais da República Federativa do Brasil. A esse 
respeito, assinale a alternativa correta. 
A) Garantia do desenvolvimento nacional 
B) Erradicação da pobreza e marginalização 
C) Repúdio ao terrorismo e ao racismo 
D) Pluralismo político 
22- (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2019 - TJ-DFT - Titular de Serviços de 
Notas e de Registros – Provimento) O Estado brasileiro deve obediência irrestrita à própria Constituição, 
mas, ainda assim, assumiu, nos termos desse estatuto político, o compromisso de reger-se, nas suas 
relações internacionais, pelo princípio da 
A) prevalência dos direitos humanos. 
B) erradicação de todas as formas de discriminação. 
C) dignidade da pessoa humana. 
D) redução das desigualdades regionais. 
E) inviolabilidade do direito à segurança. 
 GABARITO 
01- A 02- E 03- E 04- E 05- E 
06- E 07- D 08- E 09- E 10- C 
11- E 12- C 13- E 14- D 15- C 
16- A 17- C 18- E 19- A 20- A 
21- C 22- A 
 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
 
 
GERAÇÕES OU DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Uma Constituição ideal deve prever direitos de defesa do indivíduo contra o poder do Estado, são os 
chamados direitos fundamentais. Mas esses direitos vão muito além dessa limitação, permitindo entender 
como um direito a uma vida digna e com plena participação na vida política do país. 
 
A importância dos direitos fundamentais é uma unanimidade em todos os ordenamentos constitucionais, 
configurando-se como a principal característica das Constituições modernas, e esses direitos são divididos 
em dimensões ou gerações. Embora hoje já se fale de direitos fundamentais de até sétima geração, a 
doutrina tradicionalmente reconhece três gerações ou dimensões dos direitos fundamentais. A partir da 
quarta geração começa a haver grande divergência entre os doutrinadores, sendo por isso que quase nunca 
é cobrado em provas, que costumam normalmente ser cobrado até a terceira geração. 
Ante de estudarmos cada geração ou dimensão dos diritos fundamentais, é necessário entender o motivo 
da nomenclatura “geração” ou “dimensão”. 
Quando se utiliza a palavra “geração” se tem a ideia de etapa ou fase, e quando se trata de direitos 
fundamentais eles não têm fase, eles continuam existindo, e melhor, evoluindo, por isso hoje em dia se 
usa o termo “dimensão” que gera ideia de evolução, direitos que surgem e ao passar do tempo se evoluem, 
nunca extuinguindo-se, sempre em constante evolução. 
Vejamos as três gerações ou dimensões: 
Direitos de primeira geração/dimensão – “Liberdade” - São os direitos civis e políticos. 
Relacionam-se com a liberdade, visando à proteção dos indivíduos perante o Estado. São as chamadas 
liberdades negativas, por limitarem o poder estatal. Fazem parte desses direitos a liberdade de expressão, 
a liberdade de consciência e o direito à propriedade privada, dentre outros. Também incluem os direitos 
políticos, que permitem ao indivíduo participar da vontade do Estado. 
Representam os meios de defesa das liberdades do indivíduo, a partir da exigência da não ingerência 
abusiva dos Poderes Públicos na esfera privada do indivíduo. Limitam-se a impor restrições à atuação do 
Estado, em favor da esfera de liberdade do indivíduo. Por esse motivo são referidos como direitos 
negativos, liberdades negativas ou direitas de defesa do indivíduo frente ao Estado. 
Ex.: direito à vida, à liberdade e à expressão. 
Direitos de segunda geração/dimensão – “Igualdade” 
Relacionam-se com o ideal de igualdade. São os direitos sociais, culturais e econômicos bem como os 
direitos coletivos ou de coletividade. Em regra, exigem do Estado prestações sociais, como saúde, 
educação, trabalho, previdência social, entre outras. A liberdade, aqui, aparece de forma positiva, em que 
se exige do Estado uma ação perante os indivíduos. 
Identificam-se com as liberdades positivas, reais ou concretas, e acentuam o princípio da igualdade entre 
os homens (igualdade material).São os direitos econômicos, sociais e culturais. 
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Correspondem aos direitos de participação, sendo realizados por intermédio da implementação de 
políticas e serviços públicos, exigindo do Estado prestações sociais. São denominados direitos positivos, 
direitos de bem-estar, liberdades positivas ou direitos dos desamparados. 
Exemplo: Saúde, educação, trabalho, habitação. 
Direitos de terceira geração/dimensão – “Fraternidade” 
Consagram os princípios da solidariedade e da fraternidade. São atribuídos genericamente a todas as 
formações sociais, protegendo interesses de titularidade coletiva ou difusa. 
O Estado e a própria coletividade têm a especial incumbência de defender e preservar em benefício das 
presentes e futuras gerações, esses direitos de titularidade coletiva e de caráter transindividual. 
Ex.: Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, à defesa do consumidor, à paz, à 
autodeterminação dos povos, ao patrimônio histórico cultural. 
Discussões doutrinárias 
Modernamente, muito se discute sobre o reconhecimento de uma quarta geração de direitos 
fundamentais, em complementação às três dimensões já consagradas. Há autores que se referem até 
mesmo a uma quinta geração de direito fundamentais. Entretanto, não há consenso entre os 
constitucionalistas quanto aos bens protegidos exatamente por essas novas gerações de direitos 
fundamentais. 
No tocante aos direitos fundamentais de quarta dimensão, por exemplo, o Prof. Paulo Bonavides entende 
que constituem o direito à democracia, o direito à informação e ao direito ao pluralismo jurídico, dos quais 
depende a concretização da sociedade aberta ao futuro, em sua dimensão da máxima universalidade. 
Já para o Prof. Norberto Bobbio a quarta dimensão decorre dos avanços da engenharia genética, que 
colocam em risco a própria existência humana pela manipulação do patrimônio genético. 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Históricos: Derivam de longa evolução, das necessidades humanas. 
• Universais: Todos têm os mesmos direitos, de forma igualitária. 
• Cumuláveis: Não há a necessidade de abrir mão de um para ter direito ao outro. Eles podem ser 
utilizados em conjunto. 
• Irrenunciáveis: Podem deixar de ser exercidos temporariamente, mas nunca renunciados. 
• Inalienáveis: Não podem ser trocados por dinheiro, não são disponíveis. 
• Imprescritíveis: Não prescrevem. 
• Relativos: Nem todos podem ser exercidos de modo absoluto. 
RELATIVIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Embora os direitos fundamentais sejam essenciais, estes não são absolutos, sofrendo limitações em 
função de outros direitos fundamentais, tudo para o bem da própria sociedade. 
Assim, por exemplo, não se admite que práticas ilícitas sejam acobertadas pelo exercício de um direito 
fundamental, como exemplificação a restrição do direito fundamental à liberdade pela prática de 
determinado crime. 
DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Nossa constituição afirma que os direitos e garantias fundamentais são assegurados ao brasileiro e ao 
estrangeiro residente no Brasil, essa titularidade dos direitos deve ser ampliada para alcançar todos àqueles 
que se encontrem no território brasileiro, nacionais ou não. 
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Direitos e Garantias individuais e coletivos 
Os direitos e garantias individuais e coletivos estão dispostos no art. 5º da Constituição Federal de 1988, 
sendo o maior de todos os artigos, possuindo 78 incisos. 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
Destaca-se, que os direitos fundamentais não têm como titulares apenas as pessoas físicas, as pessoas 
jurídicas e até mesmo o próprio Estado são titulares de direitos fundamentais. 
Direito à vida 
Não se limita ao direito de viver (existir e respirar), mas a existência de uma vida digna. 
Dupla acepção e proteção constitucional. O direito à vida deve ser assegurado pelo Estado em dois 
aspectos: 
(1) como direito de permanecer vivo e 
(2) como direito a uma vida digna. O STF reconhece o direito à busca pela felicidade como 
expressão da dignidade da pessoa humana. 
A proteção à vida inclui a vida intrauterina, sendo o aborto permitido apenas em casos de risco à vida 
da gestante ou gravidez resultante de estupro. 
No julgamento sobre interrupção de gravidez de feto anencéfalo, o STF entendeu que se trata de uma 
antecipação terapêutica de parto, visto que o feto é inviável e, portanto, não titular de direito à vida. Nesses 
casos, não se exige autorização judicial. 
Também foi considerada constitucional a pesquisa com células-tronco embrionárias oriundas de 
embriões excedentários de fertilização in vitro, pois não viola o direito à vida nem a dignidade da pessoa 
humana. 
Por fim, destaca-se que o direito à vida não é absoluto, sendo admitida pena de morte em caso de guerra 
declarada, conforme prevê a Constituição Federal de 1988. 
 
 
 
 
Princípio da Igualdade 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
O caput do art. 5º destaca a importância deste princípio, ao afirmar que todos são iguais perante a lei. 
Não bastasse, complementa dizendo sem distinção de qualquer natureza. A igualdade é a base de um 
sistema jurídico justo. 
No Brasil são levadas em conta duas formas de igualdade: a Igualdade formal e a igualdade material. A 
igualdade formal preceitua que todos sejam tratados de forma igual, independente de suas diferenças. Já 
na igualdade material, deve ser dado tratamento diferenciado a determinado grupo de pessoas, de acordo 
com as suas diferenças, com a intenção de alcançar a igualdade, a equidade e a justiça. 
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STF: O STF acolheu uma concepção material de igualdade. 
Exemplos: Cotas raciais: considerou-se legítimo o uso de ações afirmativas pelo Estado; 
Violencia doméstica: o STF considerou legítimas as medidas especiais para coibir a violência doméstica 
contra as mulheres. Nesses os casos, aplicou-se um tratamento desigual, mas para pessoas que estão em 
situações diferentes, o que está em conformidade com a ideia de igualdade material. 
 
Princípio da Legalidade 
Dispõe o inciso II do art. 5º da CF: 
 
II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
Sendo o Brasil um Estado Democrático de Direito, a lei está acima dos particulares e do próprio Estado, 
sendo a existência da lei uma garantia do cidadão contra o arbítrio estatal e também contra a opressão por 
parte de outros particulares. 
Quando se trata do princípio da legalidade há necessidade de diferenciação quando ao particular e à 
administração pública. Ao particular é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe já à administração 
pública é permitido realizar aquilo que é previsto em lei. Ou seja, para a administração pública realizar 
seus atos pressupõe de prévia autorização legal. 
Princípio da legalidade x Princípio da reserva legal 
• O princípio da legalidade refere-se à exigência de que a atuação estatal esteja conforme a lei, 
entendida em sentido amplo (incluindo atos normativos infralegais), desde que obedeçam às 
formalidades e contenham regra jurídica. 
 
 
 
• Já o princípio da reserva legal aplica-se quando a Constituição exige que determinada matéria 
seja tratada por lei formal ou atos com força de lei, utilizando o termo “lei” em sentidoestrito. 
Proibição da Tortura 
A dignidade da pessoa humana além de prevista como um dos fundamentos de nossa República, o inciso 
III, do art. 5º, declara a inadmissibilidade de tortura (tanto física quanto psicológica) e do tratamento 
desumano ou degradante: 
III – Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
Tal proibição, não permite exceção de qualquer natureza, permitindo concluir que tal princípio é o único 
ao qual a CF prevê como absoluto. 
A disposição do inciso III é complementada pelo comando do inciso XLIII: 
XLIII – A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia 
a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
A Súmula Vinculante nº 11 relaciona-se a esse inciso: “Só é lícito o uso de algemas em casos de 
resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte 
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade 
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que 
se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”. 
Liberdade de Pensamento e Direito de Resposta 
A Constituição Federal prevê a plena liberdade de expressão nos incisos IV e IX do seu art. 5º: 
IV – É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato; 
IX – É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
A manifestação do pensamento tem o significado de exteriorização de ideias, e abrange todas as formas 
de comunicação, não podendo o Estado impor censura ou exigir licença prévia. 
A liberdade de expressão, porém, está condicionada à identificação do autor, para que se evitem 
manifestações levianas que ofendam terceiros e para que se possa responsabilizar aqueles que as fizerem. 
Liberdade de expressão e seus limites – Entendimentos do STF 
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• O STF considerou inconstitucional qualquer interpretação que criminalize a defesa da 
legalização das drogas, inclusive por meio de manifestações públicas, como na “Marcha da 
Maconha”. 
• Por analogia, entende-se que a defesa pública da legalização do aborto também não 
configura incitação ao crime. 
• O STF decidiu, com base na liberdade de expressão, que não é exigido diploma de jornalismo 
nem registro profissional para o exercício da profissão de jornalista. 
• Contudo, a liberdade de expressão não é absoluta, sendo vedados os discursos de ódio. 
O inciso V assegura o direito de resposta, sem prejuízo da indenização por dano material ou moral: 
V – É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
Proporcional ao agravo significa que deve ser dado à vítima o direito de resposta no mesmo veículo de 
comunicação e com o mesmo espaço dado à notícia injuriosa. 
Liberdade de Consciência e Crença Religiosa, Convicção Filosófica ou Política 
Dispõe o inciso VI, do art. 5º: 
 
VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da Lei, a proteção aos locais 
de culto e a suas liturgias. 
O Brasil é um Estado laico, mas não ateu. O Estado brasileiro não pode subvencionar ou privilegiar 
qualquer segmento religioso, mas respeita todas as convicções religiosas. 
Enquanto a liberdade de crença refere-se à convicção íntima do indivíduo, a liberdade de culto refere-se 
à exteriorização dessa crença. 
No mesmo sentido, temos no inciso VIII: 
VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
O inciso acima diz que ninguém pode ser penalizado em virtude de sua crença religiosa, convicção 
filosófica ou política. 
Caso um jovem, aos 18 anos, recuse-se a cumprir o serviço militar obrigatório alegando ser do “Partido 
da Paz”, e também se negue a exercer função que nada se relacione com a guerra (exemplo: porteiro no 
 
 
 
Ministério da Defesa), haverá a perda dos direitos políticos, segundo doutrina dominante e orientação do 
TSE. 
Direito à Propriedade 
Vejamos alguns incisos que tratam do direito a propriedade, mas primeiramenre deve-se ressaltar que a 
propriedade terá que atender sua função social, por previa disposição constitucional. 
Trata-se de função social da Propriedade Urbana o respeito ao plano diretor (Dispõe sobre a ocupação do 
solo urbano), bem como determina que toda propriedade exerça uma função perante a sociedade em geral. 
A função social “proíbe” que as propriedades sejam utilizadas somente para especulação imobiliária, 
inclusive havendo aumento dos impostos nesse caso específico. 
 Inciso XXIV – desapropriação. 
A desapropriação é a forma mais drástica de intervenção do Estado na propriedade privada. A constituição 
prevê a Desapropriação de qualquer bem privado por necessidade pública, utilidade pública ou interesse 
social. 
Inciso XXV – requisição administrativa diz que em casos de iminente perigo público, a autoridade 
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização posterior, se houver 
dano. 
Inciso XXVI – pequena propriedade rural – penhora. A pequena propriedade rural, desde que 
trabalhada pela família, no campo, não será objeto de penhora para pagamento de débitos (tipo 
empréstimo de banco). 
Direito à Privacidade e à Preservação da Honra 
O inciso X do art. 5º da CF assegura a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem dos 
cidadãos, prevendo indenização em caso de violação indevida, veja: 
X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
Entende-se por intimidade as relações subjetivas e de trato íntimo da pessoa, suas relações familiares e 
de amizade. 
Já a vida privada são os demais relacionamentos humanos, inclusive os que envolvem relações não 
íntimas, como relações comerciais, de trabalho, mas que dizem respeito somente ao indivíduo e aos 
demais diretamente envolvidos. 
Entendimento Jurisprudencial: 
Quais autoridades podem determinar a quebra do sigilo bancário? 
• O Poder Judiciário pode determinar a quebra do sigilo bancário e do sigilo fiscal. 
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• As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) federais e estaduais também podem 
determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal. Isso se justifica pela previsão 
constitucional de que as CPIs têm poderes de investigação próprios das autoridades 
judiciais. Como os municípios não possuem Poder Judiciário, essa prerrogativa não se 
estende às CPIs municipais. Seus poderes são limitados. 
• A LC nº 105/2001 permite que as autoridades fiscais procedam à requisição de 
informações a instituições financeiras. Em 2016, o STF reconheceu a 
constitucionalidade dessa lei complementar, deixando consignado que as autoridades 
fiscais poderão requisitar informações às instituições financeiras, desde que: A) haja 
processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso; B) as informações 
sejam consideradas indispensáveis pela autoridade administrativa competente. 
 
Inviolabilidade de Domicílio 
XI – A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
Regra geral é a inviolabilidade de domicilio, ou seja, nem mesmo

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