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Projeto Contabilidade Ambiental

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Contabilidade Ambiental [0: Projeto de pesquisa elaborado no curso de Administração de Empresas, ministrada pelo Professor Tutor Adair Mendes de Paula.]
Nathália Calza
Roger de Mattos[1: Alunos do curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Leonardo Da Vinci, Grupo Uniasselvi. Email: calzanathalia@gmail.com/ rogerdemattos@yahoo.com.br ]
1. TEMA/ASSUNTO
O presente estudo objetivará elucidar aspectos relativos ao tema contabilidade ambiental. Salientando que o tema é novo e desperta curiosidade no foco contábil.
2. Delimitação do tema
	Contabilidade ambiental, através de questionamentos sobre o conceito, sua aplicação e usos dentro da contabilidade e como se efetiva na prática dentro das empresas. 
3 PROBLEMATIZAÇÃO
O que é meio ambiente? Quais problemas surgiram e levaram à preocupação com o meio ambiente? 
O que é um sistema de gestão de qualidade ambiental? E desenvolvimento sustentável?
Existe uma legislação ambiental? Ela é assegurada? Quem fiscaliza?
Quais impactos ambientais as fábricas causam? O que é dito na lei sobre degradação e poluição ambiental? 
Como fazer uma economia do meio ambiente?
4 OBJETIVO GERAL
A proposta deste trabalho é de identificar as relações ambientais da contabilidade com as organizações empresariais. 
5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Na busca de mensurar a contabilidade ambiental serão levantados os seguintes questionamentos:
O que é a contabilidade ambiental;
Qual é a legislação que regula as práticas da contabilidade ambiental;
Quais as formas de aplicação nas empresas;
Como se dá a prática em uma empresa, apresentação de case.
E por fim, aprimorar o uso das regras da ABNT para trabalhos e projetos acadêmicos futuros.
6 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho poderá servir futuramente como referência aos alunos da Administração de Empresas, no sentido de compreender o que é a contabilidade ambiental, para quê serve e como é usada em uma empresa. Além disso, poderão ter um amplo conhecimento sobre os conceitos dos mais variados autores sobre esse tema, que é recente no meio contábil.
Esse trabalho também se faz importante para entender e administrar da melhor forma uma fábrica, visando a diminuição de impacto ambiental possível, reduzindo os desperdícios, criando programas de auxílio, gestão e educação ambiental, economia sustentável, entre outros.
Caso considerados como válidos esses conceitos no dia a dia trarão benefícios no sentido de melhorar o mundo em que vivemos, além de contribuir positivamente na economia da empresa.
Por fim, não menos importante, justifica-se que este projeto está sendo elaborado com o objetivo de que os alunos do curso de Administração de Empresas da Uniasselvi possam desenvolver “competências e habilidades para ingressar no mercado de trabalho com mais qualificação e segurança para exercer as suas atividades profissionais” (Diretrizes da disciplina Seminário Interdisciplinar- Uniasselvi).
7 REFERENCIAL TEÓRICO
	De acordo com vários autores, citamos alguns conceitos que ajudam a melhor interpretar o tema e a aprofundar conhecimentos: 
Meio Ambiente
	Meio ambiente é tudo o que existe no nosso planeta, sendo vivo ou não-vivo. 
	Segundo a lei federal nº6.938, em seu artigo 3º, inciso I, definiu meio ambiente como sendo “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.7 
Gestão Ambiental
	Segundo o livro de Benetti (2013, pp.199), “sistema de gestão ambiental é um conjunto de procedimentos, atividades, estruturas organizacionais e controles utilizados por uma organização de forma a auxiliá-la a gerenciar e a controlar as atividades, produtos e serviços que possam interagir com o meio ambiente.” 6
Ainda em seu livro, Benetti explica algumas siglas, que geralmente usamos ou lemos, e muitas pessoas nem sabem o que significam, como por exemplo a sigla SGA que significa “Sistema de Gestão Ambiental” e a sigla ISO que significa “International Organization for Standardization”, ou seja, é um padrão internacional de gestão ambiental de qualidade que normaliza a gestão ambiental de mais de 100 países do mundo, sendo que o Brasil é um dos membros fundadores da ISO, sendo representado pela pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 6
“A gestão Ambiental hoje é considerada uma das mais importantes atividades dentro da organização. Assim, para se trabalhar com ela, a empresa deve primeiramente reavaliar sua visão e cultura organizacionais.” 1 
Educação Ambiental
	Segundo a autora Benetti (2013), a educação ambiental é um processo de ensino-aprendizagem para o exercício da cidadania e da responsabilidade social e política e visa construir novos valores e novas relações sociais para melhorar a qualidade de vida de todos os seres vivos. 6
Desenvolvimento Sustentável
Segundo o site WWF Brasil, “A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.” 9
Legislação Ambiental Brasileira
	A autora Wolf (2000), cita em seu artigo as principais leis de proteção ao meio ambiente, entre elas, o Código Florestal, que tem sido um instrumento de vanguarda na proteção das florestas e demais formas de vegetação e, em conseqüência, da diversidade biológica e genética nacional desde sua adoção em 1965. 10
	Resumidamente, o Código Florestal estabelece limites para o uso das propriedades, buscando o respeito e a preservação da vegetação existente. Estes limites são definidos como Áreas de Preservaão Permanente- APP’s. As APPs são localizadas em margens de rios, cursos d’água, lagos, lagoas e reservatórios, nascentes, topos de morros e encostas com declividade elevada, entre outras situações que possuem a função de preservar os recursos hídricos, a biodiversidade, a estabilidade geológica, a proteção do solo e asseguração do bem-estar da população. O Código Florestal também define que os comerciantes de motosserras são obrigados a fazer o registro no IBAMA, bem como os que adquirirem este equipamento. 5
	Constituição Federal de 1988: Revelou a importância que a sociedade, o Estado e os instrumentos jurídicos devem ter perante o meio ambiente, pois proteger o meio ambiente significa proteger a própria preservação da espécie humana. Na Constituição, em seu artigo 225, ela fala que todos têm direito ao meio ambiente, e para assegurar a efetividade desse direito, o poder público deve fiscalizar, controlar, proteger, exigir, definir, promover todas as atividades e ações que acontecem no ambiente.5
Lei da Fauna Silvestre: dispõe sobre a proteção à fauna, que os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora de cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedade do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.10 Considera também como crime a exportação de pele e couros de anfíbios e répteis.Sendo estipulado multa ou detenção quem realizar estes crimes.5
	Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6938/81): É a mais importante lei ambiental. Define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa.5 Tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. 11
	Ação Civil Pública (Lei nº 7347/85): Trata da ação civil pública de responsabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico,turístico ou paisagístico. 5
Lei de Biossegurança (Lei 8974/95): Estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização para o uso das técnicas e para a liberação no ambiente de organismos geneticamente modificados, restringindo-se às técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de transgênicos.10 
	Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9605/98): Considera que qualquer pessoa, física ou jurídica, pode ser penalizada.5 Essa lei determina que as infrações administrativas ambientais sejam punidas com sanções previstas em lei. 10
	Lei de criação do IBAMA (Lei nº 7735/89): Ao IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, compete executar e fazer executar a Política Nacional do Meio Ambiente, atuando para conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais. 5
	Lei de Controle de Agrotóxicos (Lei nº 7802/89): Essa lei regulamenta a pesquisa, experimentação, produção, embalagem e rotulagem, transporte, armazenamento, comercialização, propaganda comercial, utilização, importação e exportação, destino final dos resíduos e embalagens, registro, classificação, controle, inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins.5
	Lei de exploração mineral (Lei nº 7805/89): Essa lei regulamenta a atividade garimpeira. É obrigatório a licença ambiental prévia, sendo que, a atividade garimpeira realizada sem permissão ou licenciamento é crime.5
	Política Agrícola (Lei nº 8171/91): Fiscalização do uso racional do solo, da água, da fauna e da flora; realização de zoneamentos agroecológicos entre outras ações.5
	Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9433/97): Define a água como recurso limitado dotado de valor econômico, que pode ter usos múltiplos. São instrumentos da política das águas: Planos de recursos hídricos; outorga de direitos de uso das águas; cobrança pelo uso das águas; enquadramento dos corpos d’água.5
	Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10): Estão dispostos os princípios, objetivos e instrumentos da política nacional sobre os resíduos sólidos gerados diariamente em nossas cidades. Ele estabelece o gerenciamento dos resíduos sólidos a as responsabilidades do poder público, dos geradores e os instrumentos econômicos que podem ser aplicados. Estão sujeitas à observância desta lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos. 5
Sistema Nacional do Meio Ambiente- SISNAMA (Lei nº 6938/81): Éconstituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, tornando realidade o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.5
Além de todas as leis descritas acima, ainda existem muitas outras, sobre todo e qualquer aspecto relacionado ao meio ambiente e seus recursos. 
Contabilidade Ambiental
	Segundo o autor Roczanski (2013), a preocupação com a questão ecológica se deu pelo fato do futuro do patrimônio natural da humanidade. Assim, até o momento, não se sabe ao certo valores fixos à esses recursos naturais, fazendo com que os contadores e gestores das organizações passem a considerá-las nos sistemas de gestão e contabilidade, reconhecendo assim a Contabilidade Ambiental. 5
	“A contabilidade financeira ambiental tem o objetivo de registrar as transações das empresas que impactam o meio ambiente e os efeitos das mesmas que afetam, ou deveriam afetar, a posição econômica e financeira dos negócios da empresa, devendo assegurar que:
os custos, os ativos e os passivos ambientais estejam contabilizados de acordo com os princípios fundamentais da contabilidade ou, na sua ausência, com as práticas contábeis geralmente aceitas;
o desempenho ambiental tenha a ampla transparência de que os usuários da informação contábil necessitam.” (Bergamin, 1999) 8
	Ainda segundo o autor Roczanski (2013), os custos ambientais devem compreender todos aqueles relacionados, diretamente ou indiretamente, com a proteção do meio ambiente. 
Perdas ambientais são os gastos que não proporcionam benefícios para a organização, podendo ser classificadas em normais e anormais. Normais são aquelas previsíveis e de montantes definidos como aceitáveis, já as anormais são os gastos inesperados e de volumes relevantes.
Ativos ambientais são constituídos pelos bens e direitos possuídos pelas empresas, que tenham capacidade de geração de benefícios econômicos em períodos futuros e que visem à proteção, preservação e recuperação ambiental.
Passivos ambientais são referentes aos benefícios econômicos ou aos resultados que serão sacrificados em razão da necessidade de proteger, preservar ou recuperar o meio ambiente, de maneira a permitir a compatibilidade entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico.
O custeio por atividades tem como objetivo tratar os custos indiretos de fabricação. Assim, é necessário pesquisar e entender como os custos ocorrem, em quais atividades e com que frequência. Com a utilização do custeio por atividades, os custos ambientais são definidos após identificar e mensurar os recursos consumidos pelas atividades de controle, preservação e recuperação ambiental.
E, por fim, o plano diretor, que é um dos principais instrumentos do planejamento urbano. Ele define a altura das construções, a necessidade das alterações ou contruções de novas vias públicas, a forma e condições de ocupação das áreas e também avalia as condições de saneamento básico, educação e transporte. 5
8 METODOLOGIA
	Através da aplicação de um questionário na empresa de Bebidas Fruki S.A. entenderemos melhor os conceitos de gestão e educação ambiental e a regularização de uma empresa que utiliza a contabilidade ambiental na busca pelos resultados financeiros comprometendo-se ainda mais com o ambiente que nos cerca. 
	Perguntas respondidas pelo Assistente de Meio Ambiente da empresa Bebidas Fruki S.A:
1- Quais as formas de aplicação da contabilidade ambiental na empresa? 
	Nunca usamos este termo (na área ambiental), mas desenvolvemos nosso trabalho a partir da metodologia do programa de Tecnologias Limpas (PmaisL). Buscamos a melhoria dos processos visando a prevenção; investir em equipamentos de menor consumo de energia para melhorar a eficiência da matéria prima. 
Reutilizar água/captar água da chuva para evitar uso de água potável para fins menos nobres (limpeza de pisos etc...). Reduzir a quantidade de polímeros em embalagens, utilizar embalagens retornáveis ao invés de descartáveis. 
2-Quais materiais são reaproveitados ou tem um tratamento de reutilização na empresa? 
	Paletes descartáveis são reaproveitados para estocagem de preformas e engradados vazios. Água da higienização das embalagens é reutilizada na caldeira, torres de resfriamento e sanitários (esta água é tratada para tal fim). 
3-Quais as ações adotadas pela empresa?
	Uso de água da chuva; logística reversa de embalagens plásticas/metálicas. Reciclagem de materiais gerando receita no mercado de resíduos. A destinação para tal fim é para empresas devidamente licenciadas. 
4-Quanto foi o investimento para os programas ambientais da empresa?
	Foi implementado o programa de produção mais limpa. (Não informado valores).
 5-Quanto material é reutilizado?
	Não é quantificado, mas deve ser em média, 300 paletes por mês na safra e na entressafra aproximadamente 50 paletes.
Um pouco do histórico da empresa em relação à qualidade dos produtos:
 (Dados retirados da empresa, com devida autorização)
Com o objetivo de minimizar o impacto ambiental e reduzir os desperdícios provenientes dos resíduos dos processos, a empresa implantou o Programa Tecnologias Limpas. As principais finalidades do programa são: aumentar a eficiência no uso de matérias primas, água e energia e a não geração, minimização ou reciclagem de resíduos decorrentes de um determinado processo. 
Iluminação natural na área industrial com uso de telhas translúcidas.Redução do consumo de água nobre, por meio da analise e melhoria no processo deClening In Place. Lavagens das tubulações e maquinas na troca de sabor a ser produzido, que resultou na minimização da captação e emissão de efluentes em 260 mil litros de água por ano.
Redução do tempo de setup (parada gradual dos motores das maquinas) resultando em uma economia de 2 milhões de litros de água por ano.
Utilização de gatilhos em mangueiras, evitando o desperdício e conscientização mediante a campanha "Use primeiro a vassoura e depois a mangueira”.
Rolos de papel toalha descartável utilizados nos vestiários da produção foram substituídos por secadores de mãos automáticos. Esta estação evitou o consumo de aproximadamente 30000 metros de papel.
Uma das principais ações com o apoio de área comercial, foi à melhoria na gestão do giro dos produtos nos pontos de venda, evitando o vencimento do prazo de validade no cliente. Com a modificação do processo foram reduzidas as trocas e 141.000 litros de efluentes deixaram de ser gerados. Houve também redução de consumo de 207.000 litros de água nos últimos dois anos, contabilizando-se ainda, um considerável ganho financeiro.
Com a alteração do sistema de lubrificação das esteiras das linhas de produção foi possível, eliminar totalmente o uso de água, e consequentemente reduzir o efluente a ser tratado. Esta melhoria equivale a 2.250 metros cúbicos\ano a menos de efluentes para ser tratado.
 Instalação de mais uma torre de resfriamento no setor central de utilidades.
Em 2012 a empresa passou a adquirir energia elétrica através do mercado livre. Com a entrada da empresa neste sistema de compra de energia, diminuiu-se o consumo de mais de 18.000 litros de diesel gastos com geradores a cada mês.
Na ETE (estação de tratamento de efluentes) o sistema de aeração por sopradores foi substituído por um moderno sistema de difusores automáticos. Desta forma houve uma redução de 15,79 KW de energia a cada hora e funcionamento.
O programa de tecnologia limpa também proporcionou redução do descarte no processo produtivo. Assim foram economizados 36.000 litros de produtos e 50.000 litros de agua.
Em relação aos resíduos sólidos, a partir de melhorias na padronização da gestão de ativos de giro foi possível reduzir 18.000 kg de madeiras associadas a chapas separadoras de produto.
Além do aumento na eficiência dos processos, estes estudos totalizaram um beneficio econômico de aproximadamente R$ 68.000.00.
Em 2013 foi alterado o sistema de equalização da Estação de Tratamento de Efluentes. Como resultado desta melhoria houve maior eficiência, incluindo a redução de energia de 33 para 6,3 KW.
Também foi instalado um sistema de medição de parâmetros analíticos em pontos estratégicos da estação de efluentes.
Em 2013 a FRUKI deu início à estruturação do seu inventário de Carbono com o objetivo de gerenciar as quantidades de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera. Os primeiros dados levantados de mostraram uma redução significativas no Escopo 1 (Emissões diretas dos processos de produção, distribuição e tratamento de resíduos), relacionada à combustão estacionária (caldeiras e geradores) de 50% das emissões provenientes da redução do consumo de diesel nos geradores.
	Atualmente, a empresa emite 14Gco2Eeq/Litros de bebida, com proposta para redução desta emissão para os próximos anos.
Projeto Gestão de Águas
Trata-se de um software de monitoramento da captação e consumo de água. Com esse sistema é possível acompanhar em tempo real a captação de água dos poços e o consumo nas respectivas linhas de produção, torres de resfriamento e caldeira, bem como a entrada e saída da estação de tratamento de efluentes. O principal objetivo é melhorará a gestão e consequentemente a eficiência na captação e uso da água.
Logística Reversa
Com o objetivo de auxiliar na redução de resíduos, a FRUKI adotou a aplicação de logística reversa com seus fornecedores de matérias-primas, eliminando em algumas situações, 100% da geração de resíduos, conforme segue:
Tubos de papelão dos filmes plásticos que geravam cerca de 10.000 kg/ano.
Embalagens metálicas de lubrificantes, evitando a geração de resíduos contaminados com óleo.
Embalagens de suco.
Como forma de reutilização, foi realizado um estudo de reaproveitamento das embalagens plásticas que acondicionam preformas, proporcionando redução de aproximadamente 10? No descarte das embalagens.
Desempenho Econômico
Faturamento
O resultado de todas as ações e praticas adotadas pela FRUKI apresenta reflexos diretos no crescimento da empresa.
A FRUKI de bem com o Meio Ambiente
A gestão ambiental da FRUKI engloba o tratamento de resíduos líquidos, tratamento de resíduos sólidos, tratamento de emissões atmosféricas e o Programa Tecnologias Limpas.
Resíduos Líquidos
A Estação de Tratamento de Efluentes, implantada em 1998, é responsável pelo tratamento de todos os resíduos líquidos provenientes do processo produtivo e de sanitários. Todos esses efluentes são emitidos ao meio ambiente de acordo com os parâmetros exigidos pelo órgão fiscalizador pertinente.
Resíduos Sólidos
Todo o lodo gerado na Estação de Tratamento de Efluentes (tratamento primário e biológico) é incorporado em solo agrícola licenciado em um área de terras da FRUKI, destinada ao cultivo de hortifrutigranjeiros e de árvores nativas.
Além do lodo, são incorporados ao solo resíduos como as cinzas da caldeira.
Todos os resíduos que não são tratáveis e recicláveis são encaminhados para a Fundação Pró-Rio Taquari e acondicionados em valas licenciada pelo órgão ambiental competente. A Fundação Pró-Rio Taquari, que tem caráter privado, regional e de utilidade pública, objetiva promover o desenvolvimento socioeconômico da região do Rio Taquari e seus afluentes. 
Em todas as áreas da empresa está presente a coleta seletiva do lixo através de cestos devidamente identificados. Como forma de garantir esta prática, na Avaliação do Programa de Qualidade FRUKI (PQF) há um item que verifica se as lixeiras possuem identificação e se os resíduos estão separados corretamente, conforme identificado. 
Os resíduos recicláveis são devidamente separados e preparados para enviar as empresas licenciadas de reciclagem. Em 2013 foram enviadas 536 toneladas de material para reciclagem, o que equivale a 98,02% do total de resíduos gerados na empresa.
9 CRONOGRAMA
	ATIVIDADE
	PERÍODO DE EXECUÇÃO
	Elaboração do Projeto de Pesquisa
	agosto e setembro de 2015
	Aplicação do Questionário
	agosto e setembro de 2015
	Análise de Dados
	setembro de 2015
	Apresentação do Projeto de Pesquisa
	setembro de 2015
	Elaboração do Artigo
	outubro e novembro de 2015
	Apresentação do Artigo
	dezembro de 2015
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONOVZ, Tatiane. Contabilidade Ambiental [livro eletrônico]. 1ª Edição. Curitiba: InterSaberes, 2014. Disponível em: < http://upf.bv3.digitalpages.com.br >. Acesso em: 25 de agosto de 2015.
CONSELHOS NACIONAL DO MEIO AMBIENTE- CONAMA. Resolução n 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre o uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html >. Acesso em: 28 de agosto de 2015.
FERREIRA, A.C. Contabilidade Ambiental: uma informação para o desenvolvimento sustentável. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MENEZES, Carla Souza. Resíduos gerados nas agroindústrias da microrregião de Própria e as práticas de gestão ambiental adotadas. 2006. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente)-Núcleo de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2006.
ROCZANSKI, Airton Odilon. Ciências Ambientais. Indaial: Uniasselvi, 2013.
BENETTI, Luciana Borba. Recursos Naturais, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Indaial: Uniasselvi, 2013.
BRASIL, Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, artigo3º inciso I [online]. Disponível em: <http://www.proamb.com.br/downloads/ft4vc0.pdf >. Acesso em: 21 de setembro de 2015.
BERGAMIN, Júnior. Contabilidade e Riscos Ambientais. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, nº 11, 1999. 
WWF BRASIL. O que é desenvolvimento sustentável? [online]. Disponível em: <http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/ >. Acesso em: 23 de setembro de 2015.
WOLF, Simone. Legislação Ambiental Brasileira: Grau de adequação à Convenção sobre Diversidade Biológica [online]. Brasília: MMA, 2000. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Biodiversidade%203.pdf >. Acesso em: 23 de setembro de 2015.
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e da outras providencias. Disponível em: <http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=126836&tipoDocumento=LEI&tipoTexto=PUB >. Acesso em: 23 de setembro de 2015.

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