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holocausto Brasileiro O documentário aborda a narrativa de parte dos 60 mil pacientes que vivenciaram condições desumanas em um hospital psiquiátrico conhecido como Colônia, localizado em Barbacena, Minas Gerais. Durante oito longas décadas, direitos foram violados constantemente no hospital psiquiátrico Colônia, onde pacientes de diferentes regiões eram enviados. Surpreendentemente, 70% desses pacientes não possuíam nenhum tipo de distúrbio mental que justificasse a sua internação forçada. O longa aborda questões históricas relacionadas ao domínio psiquiátrico no país. Não se pode compreender a questão da saúde mental sem uma análise crítica, transparente e pluralista sobre a trajetória da loucura, os conhecimentos e as relações de poder que surgem e gerenciam o fenômeno da loucura. O longa-metragem é um exemplo do medo experimentado por inúmeros indivíduos e um lembrete sobre a natureza política de qualquer doença mental, as fotos tiradas por dois fotógrafos são mais impactantes do que os comentários de ex funcionários e ex pacientes, nas imagens você sente a dor que foi naquele lugar. O mínimo para viver O filme O Mínimo Para Viver conta a história de Ellen, uma jovem de 20 anos que lida com um distúrbio alimentar que afeta milhares de pessoas mundialmente, a anorexia. O Mínimo para Viver tenta representar um tema tão controverso quanto rotineiro na sociedade pós-moderna – transtornos alimentares – pela ótica dos próprios doentes. Da mesma forma que um dependente químico não se reconhece doente, pessoas com neuroses referentes ao peso também se sentem “no controle” da situação, conceito trabalhado mais de uma vez no filme. Outra coisa que muitas vezes passa despercebida, mas que o filme apresenta com bastante seriedade, é que os transtornos alimentares não se limitam aos vômitos ou ao uso de diuréticos e laxantes. Eles procuram comportamentos que possam prevenir o ganho de peso. Nesse caso, o esforço físico excessivo também desencadeia a queima de calorias. Devido à sua associação com a saúde e o bem-estar, o mecanismo compensatório do exercício excessivo é muitas vezes ignorado como um comportamento prejudicial à saúde. Ellen ainda tem resultados visíveis após exercícios abdominais excessivos, mostrando que a atividade física excessiva aumenta as lesões musculares e articulares quando combinada com uma nutrição inadequada, o que contribui para o colapso do corpo sob estresse. , causando inúmeros problemas de saúde. Saúde tem cura Sus Realizado inteiramente durante a pandemia, “Saúde tem Cura” faz uma clara defesa ao SUS, único sistema de saúde do mundo que atende a mais de 190 semilhões de pessoas gratuitamente. O documentário mostra como era o Brasil antes do SUS – quando o acesso à saúde tinha um viés elitista baseado em privilégios. E compara com a atualidade – um sistema público, universal e gratuito presente em mais de 5 mil municípios, com atendimento do básico ao complexo, urgências e emergências, produção de vacinas e medicamentos, pesquisas, hospitais universitários, ações educativas, vigilância sanitária e epidemiológica. Conta com depoimentos de profissionais que participaram da sua criação, de médicos como Drauzio Varella, Paulo Niemeyer e Margareth Dalcolmo, de profissionais que atuam no dia a dia do sistema, de representantes da sociedade civil e de usuários. O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, tornando tudo visível e gratuito para todos, desde simples exames de pressão arterial até cuidados primários e transplantes de órgãos. do seu país. Quando o SUS foi criado, proporcionou acesso universal à saúde pública sem discriminação. Não apenas a assistência médica, mas a atenção integral à saúde tornou-se um direito de todos os brasileiros desde a gravidez até a vida, com ênfase na saúde e no bem-estar, com foco na prevenção e na promoção da saúde. Extraordinário Baseado no livro de mesmo nome, escrito por R. J. Palacio e lançado em 2012, Extraordinário conta a história de Auggie Pullman (interpretado por Jacob Tremblay), um garoto de 10 anos que nasceu com a síndrome de Treacher Collins, que causa uma deformação facial. Por conta disso, Auggie passou por vinte e sete cirurgias e sempre foi educado em casa pela mãe (interpretada por Julia Roberts). Agora, ela decidiu que ele deve frequentar a escola e o garoto está prestes a iniciar o quinto ano. E se para as crianças consideradas comuns esse já é um momento difícil, para o menino o desafio se torna ainda maior, visto que ele precisa lidar com as outras crianças encarando seu rosto, fazendo perguntas ou comentários maldosos. Contudo, existe uma questão aqui que torna o filme muito interessante e especial. Nós poderíamos acompanhar a trajetória de Auggie somente por seu ponto de vista e acabar pensando sobre como o mundo é cruel com pessoas diferentes como ele. E tudo bem, seria uma reflexão importante. Só que Extraordinário tem uma grande sacada ao destacar que, muitas vezes, o que acontece na vida não diz respeito apenas a nós. Amor, amizade, respeito, força, empatia, gentileza e coragem. As combinações desses elementos é que tornam Extraordinário um filme tão incrível e emocionante. Características que nos fazem tão humanos e nos apontam, como bem destaca Auggie, que “toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo”. Mãos Talentosas – A História de Ben Carson Um dos clássicos do cinema, o filme Mãos Talentosas conta a história real de Benjamin Carson, um menino de origem humilde, nascido em Detroit, que não tinha grandes perspectivas para o seu futuro. Desmotivado e com grandes dificuldades na escola, não tirava boas notas. Em meio à pobreza e ao preconceito da sociedade, o menino contou com o apoio de sua mãe. Analfabeta e diarista, após se deparar com uma estante cheia de livros em uma casa onde trabalhava, decidiu que seus filhos deveriam ler e batalhar por um futuro melhor. Com mudanças na rotina, ela obrigou que cada um deles lesse dois livros por semana, o que resultou na melhora do rendimento escolar e no gosto pela leitura. Algum tempo depois, Ben conseguiu uma bolsa de estudos no curso de medicina e, a partir de então, sua vida foi transformada. Com pouco mais de 30 anos de idade, ele era chefe dos residentes em neurocirurgia e seguiu buscando a excelência em sua profissão. No ano de 1987, o médico ficou conhecido mundialmente por realizar uma cirurgia de separação de gêmeos siameses unidos pela cabeça. Meu Pé Esquerdo (1989) Christy Brown nasceu com paralisia cerebral. Tetraplégico, aos cinco anos ele descobre que consegue mexer o pé esquerdo, inclusive para fazer rabiscos. Mesmo diante de todas as dificuldades e contando com a ajuda de sua mãe, ele supera todas as limitações, tornando-se um grande pintor, autor e poeta. Quando os primeiros casos de AIDS começaram a surgir, receber um diagnóstico da doença era praticamente uma sentença de morte. É neste triste universo que se passa “Clube de Compras Dallas”. Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Ron Woodroof (Matthew McConaughey), um caubói e eletricista que vivia de pequenos golpes. Com um comportamento de risco, compartilhamento de seringas e sexo sem proteção, ele contrai HIV e ouve do médico que lhe restam apenas 30 dias de vida. Machista e homofóbico, Ron, a princípio, não aceita o diagnóstico, já que na época a AIDS ainda era considerada sinônimo de homossexualismo. Mas depois de começar a sentir os primeiros sintomas, ele só tem um propósito: permanecer vivo. A partir daí, o filme conta a história do “clube de compras” de medicamentos criado por Ron. Sentindo-se desamparado pelo governo americano, ele decide importar um coquetel de medicamentos e vitaminas ainda não aprovados nos Estados Unidos, mas que se mostrava mais eficaz que o AZT, única terapia permitida no país até então. Na década de 80, a lei americana ainda permitia que pacientes importassem qualquer medicamentopara uso pessoal, mesmo que o remédio ainda estivesse em fase de testes. O problema é que Ron começou a vender esses medicamentos para outros pacientes que também precisavam, o que lhe trouxe problemas com as autoridades. O filme é denso, mas ao mesmo tempo consegue falar sobre AIDS com uma certa leveza, sem apelar para o melodrama.