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Maquiavel-2015-2-SLIDES (1)

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A contribuição de Maquiavel para a compreensão da formação do Estado moderno 
O contexto histórico
Aspectos gerais:
O Renascimento (séc. XV-XVI)
Transformações econômicas: 
a civilização urbana, comercial e manufatureira
Ideológico-cultural e religiosas:
A descoberta do Novo Mundo, as revoluções astronômicas (Copérnico, Kepler e Galileu), a redescoberta da Antiguidade greco-romana e a contestação ao poder e hierarquia de Roma
Mais:
A derrocada do poder medieval papal e imperial 
e 
Afirmação dos grandes Estados monárquicos unificados
Sentido amplo do Renascimento:
o colapso moral 
Solapamento das condições econômicas, sociais, ideológicas e políticas medievais
Dimensão temporal: a nova realidade política
Dimensão intelectual: crise da consciência europeia (paixão pela busca de descobertas, exigência crítica e livre exame das coisas, ataque aos dogmas, enfrentamento da divindade cristã, autossuficiência humana, exercício do poder criador do homem
A emergência da “era das técnicas” substituindo a “era das contemplações”
Aspectos específicos
A Itália do séc. XVI
Mosaico político:
presença de cidades-Estados
alternância de governos
Fragilidade política: dissensões internas e ameaça de invasão externa
e
Pujança cultural e riqueza material:
berço artístico renascentista e corredor da riqueza comercial
Eixos fixos: Roma, Veneza, Milão e Florença 
O orgulho da herança romana
 
A situação de Florença:
repete a situação italiana 
A Itália de Maquiavel (1469-1527)
O problema político central
Busca uma resposta ao problema da Itália em geral, e de Florença, em particular.
Como por fim ao interminável ciclo de ordem e caos provenientes da anarquia e da ausência de um poder central e forte?
O método de estudo
A observação das ações dos homens de seu tempo e a utilização da história (as ações dos homens do passado)
Objetos da observação:
 os principados 
(ou reinos)
o príncipe 
(pessoa concreta que dá ao reino o valor e o tom do governo) 
Analisa a natureza humana 
Ponto de partida: regra metodológica:
a realidade concreta, a verdade efetiva das coisas 
As respostas ao problema político
As ações do príncipe: 
a onipotência do resultado (as razões do Estado)
Os usos das ideias de Maquiavel: 
o destino da obra
O efeito imediato nulo e a grande repercussão no futuro
Conselheiro póstumo e breviário do Absolutismo
Ponto central: 
o homem é a matéria-prima do poder 
Os principados 
Características
Tipologia
Formas de conquista, conservação e perdas
Características gerais 
Governos de um só:
Monarquias ou Reinos
Opõem-se às Repúblicas:
 governos de um corpo coletivo pequeno (aristocracia) corpo coletivo grande (democracia)
Tipologia 
Hereditários: 
legais
estáveis 
limitados pela herança familiar
Baixo nível de exigência por parte do dirigente
Novos:
inteiramente novos
ou
 mistos (anexados ao Estado hereditário)
Eclesiásticos
 Governos Legais
Não exigem fortuna nem virtu para a conservação
Apoiam-se nas antigas instituições religiosas
As formas de governo dos principados
Elementos indispensáveis à tomada e manutenção dos poder nos principados
A força: 
pedra fundamental de toda conquista e manutenção 
A fortuna: 
força impetuosa do destino, responde pela metade das ações humanas, exige impetuosidade
A virtu:
Articuladora da força e da fortuna 
A força
Elemento fundamental à sujeição das massas
Conservadora das crenças:
meio coativo e constrangedor
Exige as boas armas: 
os cidadãos dispostos a manter seu Estado
 o exército nacional
A fortuna
Facilitadora da conquista
e
Dificultadora da sua manutenção
Improvável e variável exige habilidade na condução
A circunstância
Exige virtu
A virtu
Do latim vir, virilidade
Talento, coragem, habilidade e valor individual
Habilidade de articular o uso da força e a resistência à fortuna
Chave do sucesso do príncipe
A articulação da fortuna e da força pela virtu
virtu
força
fortuna
O Príncipe
Apresenta-o diverso do padrão vigente – cristão e imaginado: 
bom, liberal, generoso, cumpridor da palavra dada, fiel, corajoso, religioso
Sua ação deve adequar-se à necessidade:
transformar vícios em virtudes
Deve considerar a natureza humana:
os homens são ingratos, inconstantes, dissimulados, covardes e ávidos por lucro
O jogo entre a essência e a aparência
Deve aparentar possuir as qualidades exigidas 
Possuir espírito flexível:
adaptar-se às diversas circunstâncias
Meta:
o triunfo das dificuldades do Estado
ou
a onipotência dos resultados da ação principesca
A natureza humana: 
são os atributos humanos negativos
 
Traços humanos imutáveis no espaço e no tempo: 
ingratidão, volubilidade, dissimulação, covardia ante o perigo, avidez de lucro...
Todos os homens são essencialmente maus:
 não são naturalmente bons
Possuem disposição de usar a própria perversidade sempre que encontrar ocasião propícia
Os conflitos sociais: 
fatores sociais da instabilidade
Desordem decorrente da natureza humana 
A heterogeneidade da sociedade: 
os homens não são todos iguais, embora participem da mesma natureza humana
A sociedade é marcada por divisões que se refletem na política: 
o povo e os grandes
As origens da diferença:
 econômica, social, militar, religiosa etc.
A base da distinção não importa:
 ela sempre vai gerar conflitos
Os interesses do povo X os interesses dos grandes
O poder político: 
a domesticação da natureza humana
Mecanismo que impõe a estabilidade das relações:
sustentáculo de uma determinada correlação de forças
Põe fim à anarquia:
 impede que se deixe a natureza humana e os conflitos sociais se manifestem abertamente
Origem mundana: 
nasce da malignidade inerente à natureza humana
Não é artificial:
 é uma situação virtualmente presente onde quer que haja homens reunidos 
As regras morais e apreciações valorativas distintas 
O redefinição da Política
Construção humana, secular: 
nasce das lutas sociais
Esfera da vida humana com ética própria, diferente da ética privada
Possui caráter circunstancial
Amoral: 
neutra em relação à moral cotidiana
Conclusões 
A obra:
 trabalha a realidade da esfera política, em geral
Descreve a forma como devem agir os príncipes diante das mudanças políticas da Era Moderna
Defende a atenção especial à dissolução da ligação entre a moral corrente e a ética da política, separando definitivamente a política e a moral
Faz a crítica ferrenha, para tempos modernos, da influência do Cristianismo na cultura moral ocidental sobre a política
Demonstra a novidade da ação política moderna e sua expressão máxima: 
o Estado-nação feito de soberania territorial do príncipe, o construtor do Estado
 o Estado moderno:
concentração e centralização do poder

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