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Página 1 – A política na época de Maquiavel – Origem dos conflitos Página 2 – A ética antes de Maquiavel Página 3 – Maquiavel o A política – Categoria Autônoma Página 4 – O Realismo – A moral – A corrupção – A atividade Política Se não puder fazer TUDO, faça tudo que puder Anotações: 1 • As fronteiras entre a ética e a política: • A posição de Maquiavel. obra, “O Príncipe.” A Política Na Época De Maquiavel • Na Itália do Renascimento reina grande confusão. A tirania impera em pequenos principados, governados despoticamente por casas reinantes sem tradição dinástica ou de direitos contestáveis. • A ilegitimidade do poder gera situações de crise instabilidade permanente, onde somente o cálculo político, a astúcia e a ação rápida e fulminante contra os adversários são capazes de manter o príncipe. Esmagar ou reduzir à impotência a oposição interna, atemorizar os súditos para evitar a subversão e realizar alianças com outros principados constituem o eixo da administração. Como o poder se funda exclusivamente em atos de força, é previsível e natural que pela força seja deslocado, deste para aquele senhor. Nem a religião nem a tradição, nem a vontade popular legitimaram e ele tem de contar exclusivamente com sua energia criadora. A ausência de um *Boca para dentro Estado central e a extrema multipolarização do poder criam um vazio, que as mais fortes individualidades têm capacidade para ocupar. Origem Dos Conflitos Na política. Onde o homem mostra sua verdadeira face quando mostra seus desejos: não ser oprimido, nem governado. Daí, segundo Maquiavel, os conflitos sociais. A teoria política de Maquiavel tem como pressuposto o aspecto maligno do homem: o mal na política. O maquiavelismo é o efeito da obra de Maquiavel: a imoralidade na política. O maquiavelismo é uma sombra que recaiu sobre o pensador italiano (uma crítica ao pensamento do autor). 2 A Ética antes De Maquiavel Seja na espera privada, na família, no lar, seja na espera pública, na cidade, o termo ethos está ligado à dimensão prática da vida: a maneira de compreender e organizar a conduta. Em sua origem na cultura grega, a ética está comprometida com a delimitação específica da realidade humana e com a posição singular do homem no conjunto dos seres. A tomada de consciência do ethos é a apreensão por parte do homem de sua diferença como ser moral. A partir de Sócrates (470 a.C-399 a.C.), a filosofia passa a se ocupar de problemas relativos ao valor da vida, ou seja, das virtudes. O primeiro a organizar essas questões é Aristóteles. Em sua obra destacam-se os estudos da relação entre aética individual e a social e entre a vida teórica e a prática. A justiça, a amizade e os valores morais derivam dos costumes e servem para promover a ordem política. A sabedoria e a prudência estão vinculadas à inteligência ou à razão. Na Idade Média predomina a ética cristã, impregnada de valores religiosos e baseada no amor ao próximo, que incorpora as noções gregas de que a felicidade é um objetivo do homem e a prática do bem, um meio de atingi-la. Para os filósofos cristãos, a natureza humana tem destino predeterminado e Deus é o princípio da felicidade e da virtude. Os critérios de bem e mal estão vinculados à fé e à esperança de vida após a morte. O século XVI é marcado por diversos movimentos de ruptura no cristianismo, que provocam o aparecimento de novas igrejas, cada uma reclamando para si a interpretação mais correta da palavra divina. Não admira que este período seja marcado numerosos e sangrentos conflitos religiosos. O resultado global foi o aumento da descrença, o desenvolvimento do ateísmo. É em resultado destes e muitos outros fatores, que assistimos ao longo de toda a Idade Moderna ao desenvolvimento do individualismo e a afirmação da razão humana. 3 O grande sinal desta mudança foi a multiplicação das teorias éticas, muitas das quais em contradição com os fundamentos do próprio cristianismo. O cristianismo pretende elevar o ser humano de uma ordem terrestre para uma ordem sobrenatural, na qual possa viver uma vida plena, feliz, e verdadeira, sem as imperfeições, as desigualdades e injustiças terrenas. Propondo a solução de graves problemas do mundo num mais além, o cristianismo introduz uma ideia de uma enorme riqueza moral: a da igualdade dos seres humanos. Todos os seres humanos sem distinção – escravos e livres, cultos e ignorantes são iguais diante de Deus e são chamados a alcançar a perfeição e a justiça num mundo sobrenatural. “É portanto necessário, para um príncipe que deseja conservar o poder, aprender a não ser bom e a usar disso, ou não usar, segundo a necessidade.” A obra de Maquiavel tem sido reavaliada devido a sua importância enquanto análise do poder como um fato político, independente de questões morais, e levando-se em conta como critério decisivo sua eficácia. Portanto, qualquer julgamento ético sobre o autor tem que levar em conta o seu contexto histórico e o seu objetivo ao escrever sua obra. “Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. [...] Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de leões não serão bem sucedidos. Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir”. (MAQUIAVEL, O Príncipe. Cap. XVIII.) Maquiavel (1469 – 1527) Autor de um dos clássicos da teoria política, O Príncipe (1513/1532). Nesta obra desenvolve uma análise histórica de diferentes situações em que os governantes se apossaram do poder ou o perderam, separando radicalmente a política da moral - pois afirma que o governante deve “ser implacável em seu objetivo de exercer o poder, e este exercício eficaz do poder justifica a si mesmo.” A política – categoria autônoma A obra de Maquiavel alcança notória expressão por reavaliar as relações entre ética e política, pois ele estabelece a autonomia da política, negando a anterioridade das questões morais na avaliação da ação política. • A LÓGICA DO PODER: O universo político é uma guerra. A boa ação política consiste em manter o poder e atingir os fins almejados, não importa como. “os fins justificam os meios”. 4 O Realismo • O REALISMO POLÍTICO: o governante deverá agir sempre utilizando-se da força e da fortuna (oportunidade). “O Príncipe virtuoso será aquele que aproveitar a situação para realizar as mudanças necessárias e assim alcançar seus objetivos.” A Moral A moral apoia-se na concepção do bem e do mal, da justiça e da injustiça, que preexistem e transcendem a autoridade do Estado, cuja organização político-jurídica não deve contradizer ou violar as formas éticas fundamentais, implícitas no direito natural. A corrupção Analisa os riscos da corrupção, reconhecendo na lei um instrumento eficaz para forçar as pessoas a respeitarem o bem comum. Defende a proposta de um governo misto: governantes e povo governam em conjunto o Estado e podem controlar-se facilmente e mutuamente. A Atividade Política Considera o conflito um fenômeno inerenteà atividade política já que esta se faz justamente a partir da conciliação de interesses divergentes. Para fazer política é preciso compreender o sistema de forças existente de fato e calcular a alteração do equilíbrio provocada pela interferência de sua própria ação nesse sistema. “Sempre parece ser impossível até ser feito.” BONS ESTUDOS”
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