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1 EXAMES RADIOGRÁFICO PEDIÁTRICOS 2 RADIOLOGIA PEDIÁTRICA QUANDO O DIAGNÓSTICO DEVE SER “AMIGO” DA CRIANÇA A radiologia pediátrica é uma subespecialidade da radiologia que envolve geração de imagens de fetos, bebês, crianças, adolescentes e adultos jovens. As imagens da radiologia pediátrica são realizadas em diversas modalidades: tomografia computadorizada, radiografia, ressonância magnética, entre outras. Embora algumas doenças vistas em pediatria são as mesmas que em adultos, existem muitas condições que são vistas apenas em crianças. A especialidade tem que levar em conta a dinâmica de um corpo crescente, como recém-nascidos e pré-adolescentes, onde os órgãos seguem os padrões de crescimento e fases. Estes requerem um exame de imagem especializado e tratamento que é realizado em um hospital infantil, que tem todas as tecnologias necessárias para tratar as crianças e suas patologias específicas. Para o profissional atuar na radiologia pediátrica é necessário ter em mente que nem sempre é fácil fazer um exame (na maioria das vezes) os pacientes normalmente não colaboram e choram muito durante o exame. Por isso alguns recursos são usados para que o atendimento seja mais fácil, como a sala de exames por exemplo. SALA DE EXAMES NA RADIOLOGIA PEDIÁTRICA Para conseguir um diagnóstico de alta qualidade, é necessário fazer com que a criança se sinta confortável, então a sala de exames é bem diferente da sala tradicional, este é um dos elementos mais importantes para radiologia pediátrica, isso é muito fácil como sala que podem ser adaptados para atender às necessidades de uma criança. Por exemplo, a parede brilhante, projetos de estimulação visual e brinquedos. Estes podem ser dispositivos elétricos permanentes, como o departamento não precisaria atender a qualquer outra faixa etária. Para departamentos que só ver crianças ocasionalmente, criar um ambiente de “crianças” é mais difícil. Geralmente é conseguida através da criação de uma "sala de criança amigável' onde murais podem ser pintadas na parede. Hospitais infantis modernos são projetados agora com lotes de vidro para permitir como luz natural tanto quanto possível. PRINCIPIOS E INTRODUÇÃO O técnico de radiologia pediátrica percebe as crianças como adultos em miniatura e como pessoas que devem ser tratadas com carinho e compreensão. Isso exige paciência e tempo para conversar e se tornar amigo da criança. Explicar as instruções de uma forma que elas possam entender é muito importante para o desenvolvimento da confiança e da cooperação. Desafios na Radiologia Pediátrica Na Radiologia Pediátrica existem muitos desafios. Ao contrário dos adultos, as crianças não podem sempre compreender uma mudança de ambiente. Portanto, geralmente é obrigado a usar uniformes coloridos, em oposição a um uniforme de hospital normal. Handrick Destacar Handrick Destacar 3 Também é importante reconhecer que quando uma criança está doente, eles seguem seus instintos, que normalmente é para chorar e ficar perto de seus pais. Isso apresenta um desafio enorme para o Profissional da Radiologia, que deve tentar ganhar a confiança da criança e obter a sua cooperação. Uma vez que a cooperação tem sido alcançada há outro grande desafio de manter a criança ainda para seu exame de imagem. Isto pode ser muito difícil para as crianças com muita dor. O apoio dos pais, normalmente, é suficiente para alcançar este objetivo, no entanto, em alguns casos extremos (como RM e TC), pode ser necessário sedar a criança. APRESENTAÇÃO ANTES DO EXAME E AVALIAÇÃO DA CRIANÇAE DOS PAIS No momento do primeiro encontro, a maior parte dos pacientes estará acompanhada de pelo menos um dos pais. Os passos seguintes são importantes: Apresente-se como o técnico que irá trabalhar com a criança; Descubra que informações o médico da criança deu aos pais e ao paciente; Explique o que irá fazer e quais serão as suas necessidades. Lágrimas, medo e resistência são reações perfeitamente normais para uma criança pequena. O técnico deve comunicar aos pais e ao paciente, em uma linguagem que eles possam entender exatamente o que vai acontecer. O técnico deve construir uma atmosfera de confiança na sala de espera, antes de levar o paciente para a sala de exame radiológico. O técnico deve discutir a necessidade de imobilização como último recurso se a cooperação da criança não for obtida. Explicando o Papel dos Pais Nesse momento, devemos explicar o papel dos pais. Existem três possibilidades (opção 3 apenas em caso de gravidez): 1- Pais na sala como observadores, dando suporte e conforto com a sua presença; 2- Pais como participantes que atuam na imobilização; 3- Pais que permaneceram na sala de espera, não acompanhando a criança durante o exame. Várias vezes a criança que está combativa na sala de espera na presença dos pais ficará mais cooperativa sem os pais. É nesse momento que as habilidades de comunicação do técnico são necessárias. O técnico deve tentar convencer os pais de que é capaz de radiografar o paciente sem a ajuda deles. A determinação do papel dos pais é importante e requer uma avaliação objetiva do técnico. Se for observado que a ansiedade dos pais vai interferir na cooperação da criança, a opção 3 deve ser escolhida. Pais, porém, geralmente desejam participar da imobilização da criança, e, se essa for à opção escolhida (se não houver gravidez e com proteção adequada), os procedimentos devem ser cuidadosamente explicados aos pais e ao paciente. Isso incluirá instruções aos pais quanto às técnicas corretas de imobilização. A cooperação e a eficácia do trabalho dos pais aumentam com o entendimento de que, quanto mais firme e adequada for à imobilização, melhor será a qualidade do exame e menor a exposição do paciente à radiação. NOTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS À CRIANÇA A maior parte dos médicos tem procedimentos no local para notificar a suspeita de maus- tratos à criança. No passado, o termo utilizado era a síndrome da criança espancada. Atualmente, o termo utilizado é trauma não-acidental. Geralmente não é responsabilidade do técnico o julgamento sobre a ocorrência ou não de maus-tratos, mas eles devem notificar os fatos que presenciem ou dos quais suspeitem. Se houver suspeita de trauma 4 não acidental, o técnico deve discutir o fato com o radiologista ou o seu supervisor, conforme o protocolo do serviço. As leis sobre a responsabilidade do técnico variam, e é importante o conhecimento que os técnicos devem ter da sua responsabilidade legal no estado ou município em que trabalham. IMOBILIZAÇÃO Pacientes pediátricos incluem de lactentes até pacientes com 12 a 14 anos de idade. Porém crianças mais velhas podem ser tratadas como adultos, exceto pelo cuidado especial com a proteção das gônadas e a redução dos fatores de exposição por causa de seu menor tamanho. Este capítulo descreve e ilustra primariamente radiografias de lactentes e crianças entre 1 a 2 anos de idade que requerem cuidados especiais para prevenir movimentos durante a exposição radiológica. Na prática radiológica pediátrica geral, deve-se sempre utilizar o menor tempo de exposição e amperagem possível para minimizar o barramento da imagem decorrente do movimento do paciente. Porém, mesmo com baixos tempos de exposição, a prevenção do movimento durante a exposição é um desafio constante na radiologia pediátrica, sendo essenciais os procedimentos de imobilização. Vários tipos de instrumentos de imobilização são encontrados no mercado nos dias de hoje. Eles podem ser achados em catálogos de materiais radiológicos. Exemplos como a Prancha também e Pigg-OStat são demonstrados. O Posi-Tot é outro instrumento de imobilização disponível comercialmente. A eficácia em termos de custo desses instrumentos depende da forma e da freqüência com que eles são utilizados.FORMAS DE IMOBILIZAÇÃO SACOS DE AREIA Sacos de areia são utilizados como contrapeso. Porém a maior parte deles é usada como peso ou na imobilização de adultos. Esses sacos não são mais eficazes na imobilização do paciente pediátrico que aqueles feitos especialmente com esse propósito. Lona resistente e areia grossa esterilizada devem ser utilizadas. A areia grossa é recomendada, pois, se ocorre um rompimento, a areia será facilmente limpa, e a chance de causar artefatos nos raios-x é minimizada. Dois tamanhos de saco de areia são recomendados, 8 X 18 polegadas(20 X 46 cm), e 13 X 20 polegadas (33 X 50 cm). Os sacos não devem ser exageradamente cheios, pois se tornam rígidos; o saco deve ser flexível para se moldar à anatomia do membro sobre o qual for colocado. 1 2 5 1- Tórax em PA com sacos de areia (minimizam artefatos sobrepostos na imagem) 2- Tórax em Perfil. FITA Existem vários tipos de fita "macia" para procedimentos cirúrgicos e peles sensíveis. Fita adesiva pode aparecer nos raios-X e obscurecer a parte anatômica de interesse. Além disso, alguns pacientes têm reações alérgicas à fita adesiva. A pele frágil de lactentes pode também ser irritada, a não ser que a superfície adesiva seja torcida para não entrar em contato com a pele.Pedaços de gaze interpostos entre a fita e a pele também podem ser utilizados com eficácia. ATADURA ELÁSTICA Se for usada atadura elástica (stockinette), ela deve ser tubular. Elas existem em vários tamanhos: o de 3 polegadas é recomendado para lactentes, e o de 4 polegadas, para crianças maiores.Quando utilizar a atadura elástica, dobre-a e coloque-a sobre os braços do paciente, cobrindo-os até os ombros. Esse procedimento imobilização paciente e funciona como um travesseiro. BANDAGENS Uma bandagem de 4 polegadas é melhor para lactentes e crianças pequenas, e as de 6 polegadas funcionarão melhor para crianças mais velhas. Estas são mais bem utilizadas na imobilização das pernas. Quando começar o processo de contenção, iniciar pelos quadris e envolver até as panturrilhas. Não conter de forma muito apertada, pois podemos cortar a circulação sanguínea. ATADURAS COMPRESSIVAS E FIXADORES DE CABEÇA Ataduras compressivas também podem ser utilizadas para imobilização. Ataduras são mais eficazes quando utilizadas em associação com sacos de areia, como será demonstrado posteriormente no capítulo. Também podem ser utilizados vários tipos de fixadores de cabeça ajustáveis que se fixam na maca. BLOCOS ANGULARES PESADOS COMO FIXADORES DE CABEÇA São blocos angulares de metal pesado com esponjas grossas coladas. Eles são relativamente baratos de ser fabricados, quando comparados com os fixadores comercialmente disponíveis. São eficazes e versáteis na imobilização, especialmente quando usados em associação com sacos de areia ou fitas, ou se o paciente estiver "mumificado". DESENVOLVIMENTO ÓSSEO (OSSIFICAÇÃO) Os ossos de lactentes e de crianças pequenas passam por vários estágios de crescimento até atingirem a adolescência. A pelve é um exemplo de alterações na ossificação que ocorre na criança. A divisão dos ossos do quadril é evidente entre o ílio, o ísquio e o púbis. Eles aparecem como ossos individualizados, separados por um espaço articular, que é o núcleo de crescimento na área do acetábulo. As cabeças femorais também parecem estar separadas por um espaço articular que não deve ser confundido com sítios de fraturas ou outras anormalidades. 6 Essas também são regiões cartilaginosas de crescimento. A maior parte dos centros primários de formação óssea ou de ossificação, como aqueles situados na área central do eixo dos ossos longos, aparece antes do nascimento. Esses centros primários se tornam as diáfises (corpo ou eixo) dos ossos longos. Cada centro secundário situado nas extremidades dos ossos longos é denominado epífise (E). Uma epífise é demonstrada em uns raios-x de mão em PA de uma criança de 9 anos e no membro inferior de uma criança de 1 ano. Observe as epífises nas extremidades do rádio e da ulna, assim como as dos metacarpianos e das falanges (veja as setas pequenas). O espaço entre as epífises e as diáfises é composto por tecido cartilaginoso que é denominado placa epifisária. Essas placas epifisárias são encontradas entre cada epífise e diáfise até o crescimento esquelético estar completo na idade adulta, que ocorre normalmente por volta dos 25 anos de idade. As epífises são as partes dos ossos que aumentam em comprimento e espessura à medida que a criança cresce como é demonstrado nas radiografias abaixo que comparam o crescimento. Observe nessas quatro radiografias de joelho a mudança no tamanho e na forma das epífises do fêmur distal e tíbia e fíbula proximal da idade de seis, três e quatro anos, a epífise da fíbula não é visualizada ainda, porém aos 12 anos ela fica evidente. 7 O tamanho das epífises do fêmur e da tíbia também muda drasticamente dos 3 aos 12 anos de idade, como demonstrado nas radiografias de joelho. Tabelas de crescimento são disponíveis e listam os padrões decrescimento normal. Os radiologistas devem estar familiarizados com desenvolvimento ósseo em lactentes e crianças e reconhecer o aspecto dos estágios do crescimento normal. Proteção Radiológica na Radiologia Pediátrica As crianças são mais radio sensíveis do que os adultos. Elas também têm uma esperança de vida sobre a qual podem desenvolver câncer devido exposição a radiações ionizantes. A comunidade médica na radiologia pediátrica há muito tempo tem uma consciência deste problema e desenvolveu políticas de proteção de radiação e práticas que refletem isso. Com o aumento do uso de imagem e, em particular, Tomografia Computadorizada, há cada vez mais atenção a esta questão pelo médico e equipe profissional. Para aumentar a conscientização das questões de proteção radiológica em crianças e proporcionar educação para todas as partes interessadas carinhosa para crianças sobre maneiras de diminuir a exposição de radiação ionizante em crianças, cada vez mais artigos científicos e livros estão buscando levar informação aos profissionais. OBJETIVO Proteção da região genital contra os possíveis efeitos genéticos ou hereditários que são causados pela irradiação dos órgãos reprodutores, as gônadas, se manifestando em seus descendentes. REPETIÇÃO MÍNIMA A exposição aos raios-x diagnósticos tem sido considerada uma questão de saúde pública pela organização mundial da saúde e pelo governo dos Estados Unidos. No Brasil esta questão deve ser considerada da mesma forma, devendo-se adotar medidas que possibilitem a redução na dose de exposição da população aos raios- x médicos, sobretudo nos pacientes pediátricos. As crianças são mais sensíveis aos efeitos da radiação ionizante, têm maior expectativa de vida e mais chances de serem expostas a este tipo de radiação, que tem caráter cumulativo e pode levar à indução de danos genéticos e câncer, principalmente leucemia. PROTEÇÃO GONADAL As gônadas das crianças devem ser sempre protegidas com protetores de contato, a não ser que essas proteções obscureçam a anatomia da estrutura a ser visualizada. Vários tamanhos e formas de proteção de contato. Por conta da freqüente solicitação por parte dos pais com relação à proteção gonadal de seus filhos, eles devem ser informados das outras medidas de segurança utilizadas na proteção radiológicas, como a colimação fechada, técnicas com dose baixa de radiação e menor número de exposições. Para aliviar a angústia dos pais, o técnico deve explicar em linguagem clara e simples as práticas de proteção e as suas bases. 8 PROTEÇÃO DOS PAIS Se os pais permanecerem na sala de exame, eles devem utilizar aventais de chumbo. Se as suas mãos estiverem no campo ou próximo a ele, eles devem receber luvas de chumbo. Se a mãe ou uma responsável em idade fértil desejar acompanhar o procedimento,o técnico deve perguntar se ela está grávida antes de permitir a sua permanência na sala de exame. Ela não pode ser admitida na sala se estiver grávida, embora possa permanecer na área de controle. Preparação Pré-Exame Os seguintes procedimentos devem ser adotados antes de se trazer o paciente pediátrico até a sala de exame: Os materiais necessários a proteção devem estar no organizados para as crianças e os pais, se estes estiverem assistindo. Receptores de imagem e marcadores (chassis e identificadores) devem estar no local, e deve ser efetuado o ajuste da técnica (se o técnico realizar o exame sozinho). As incidências devem estar definidas, o que pode requerer consulta o radiologista. Se dois técnicos estiverem trabalhando em conjunto, eles devem definir o papel de cada um durante o exame. Uma divisão sugerida faz com que o técnico que estiver assessorando o principal faça as técnicas, as incidências, mude os filmes e processe as imagens, enquanto o técnico principal posiciona o paciente, conversa com os pais, posiciona o tubo, o colimador, e faz a proteção necessária. PREPARAÇÃO DA CRIANÇA Após trazer a criança até a sala de exame e explicar o procedimento ao paciente e aos pais, o técnico deve despir a área a ser examinada de roupas, ataduras ou fraldas. Isso é necessário para prevenir o aparecimento de sombras e artefatos na radiografia por causa do baixo tempo de exposição para o tamanho do paciente. Protetores gonadais de contato. Proteção gonadal masculina em posição para um abdome em posição ortostática. Observação: Luvas de chumbo devem ser fornecidas ao responsável que for segurar a criança, juntamente com o avental de chumbo. Avental e luvas de chumbo para os pais. 9 Modalidades Alternativas TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA A tomografia computadorizada (TC) é usada para produzir imagens em cortes seccionais de partes do corpo em que pequenas diferenças de densidade de tecidos moles podem ser demonstradas. Exemplificando, temos a TC de crânio, que visualiza patologias de tecidos moles como hematomas, edema cerebral e neoplasias. Patologias de tórax, como doenças parenquimatosas de pulmão, podem ser demonstradas em TC de alta resolução com cortes finos. A TC helicoidal/espiral permite cortes rápidos sem movimentos respiratórios, o que é especialmente vantajoso na avaliação radiológica do tórax em crianças, em que o processo de apneia para aquisição de vários cortes se torna um problema. A TC helicoidal também permite a reconstrução de imagens em terceira dimensão, que permite a demonstração de lesões vasculares sem a introdução de meio de contraste (método não-invasivo), que é uma vantagem significativa em pediatria. ULTRA-SOMA maior vantagem do ultrassom em pediatria é a não-exposição à radiação ionizante. Isso é especialmente importante em crianças e mulheres grávidas. O ultrassom está sendo utilizado em procedimentos neurocirúrgicos, como na introdução de cateteres de derivação ou no exame de estruturas intracranianas em pacientes com a fontanela aberta. O ultrassom também é usado freqüentemente no diagnóstico de apendicite em associação com o exame clínico. O ultrassom é utilizado na avaliação da luxação congênita de quadril em recém-natos e lactentes. Ele é eficaz no diagnóstico da estenose de piloro, e freqüentemente pode eliminar a necessidade de uma seriografia. É utilizado na avaliação de pacientes com anemia falciforme, avaliando vasos arteriais à procura de sinais de espasmo de uma crise vaso-oclusivo iminente. Uma nova forma de ultrassom é o ultrassom fetal em 3-D, que auxilia no diagnóstico precoce de anomalias genéticas com a melhor visualização de tecidos moles, como a caracterização de face e cabeça. IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A maior desvantagem da RM em relação à TC em pediatria é o tempo maior de exame. No entanto, novas seqüências rápidas como a eco planar, permitem a avaliação cardíaca e torácica, em que a apnéia e o movimento vascular são problemáticos, especialmente em lactentes e crianças pequenas. A RM é uma ferramenta eficaz no esmagamento do tumor de Wilm. Como não utiliza meio de contraste iodado, ela reduz o risco de lesão renal em pacientes pediátricos.Uma nova forma de RM, a ressonância magnética funcional (RMf), está sendo utilizada em associação com a avaliação clínica de desordens cerebrais. Para adultos, isso inclui as doenças de Parkinson e de Alzheimer. Em crianças, ela avalia desordens que afetam o comportamento em casa e na escola, como o transtorno do déficit da atenção e da hiperatividade (TDAH), síndrome de Tourette (tiques múltiplos motores) e autismo (comportamento ritualístico e compulsivo). A RM tradicional exige que o paciente permaneça deitado durante o exame, mas a RMf requer que o paciente realize tarefas mentais ou físicas durante o exame. Ela pode 10 mostrar alterações no metabolismo e no fluxo sanguíneo em várias partes do cérebro em correspondência a comportamentos e tarefas exigidas. MEDICINA NUCLEAR Procedimentos em medicina nuclear são utilizados na avaliação da função renal e na determinação de bloqueios ureterais. A uretrocistografia miccional está ficando mais rara em pediatria por causa dos procedimentos de medicina nuclear. Indicações Clínicas Certas patologias são exclusivas para a faixa etária neonatal e de lactentes jovens, com as quais oradiologista deve estar familiarizado. Isso é especialmente importante na prática pediátrica, pois o paciente não descreve os sintomas e também porque o procedimento e a incidência devem ser corretos na primeira tentativa. Conhecer essas indicações clínicas e observá-las nos pedidos de exame propiciarão ao radiologista informações que podem determinar como manusear o paciente e que precauções devem ser tomadas. Isso também é importante para definir que técnicas e incidências devem ser utilizadas. PATOLOGIAS PEDIÁTRICAS TÓRAX PEDIÁTRICO Aspiração (obstrução mecânica) é mais comum em crianças pequenas, quando corpos estranhos são engolidos ou aspirados para as vias aéreas até a árvore brônquica (principalmente o brônquio fonte direito, devido ao diâmetro e à angulação. Asma A asma é mais comum em crianças e é geralmente ocasionada por ansiedade e alergias. As vias aéreas são estreitadas por estímulos que normalmente não afetariam pulmões normais. A respiração é laboriosa, e o acúmulo de muco nos pulmões pode resultar em diminuição da transparência dos campos pulmonares (as radiografias de tórax são, no entanto, frequentemente normais). Atelectasia É uma condição e não uma doença, em que ocorre o colapso de parte ou de todo o pulmão, em decorrência de uma obstrução brônquica, ou perfuração ou rompimento de uma passagem aérea. Essa região aparecerá com maior densidade radiológica, e pode ocorrer o desvio da traquéia e do coração em direção à lesão. Bronquiectasia Nessa condição, ocorre uma dilatação brônquica em decorrência de infecções ou de anomalias congênitas de porções das vias aéreas, eventualmente criando obstruções. Ela pode se desenvolver em qualquer idade, porém se inicia preferencialmente em crianças pequenas. Condições graves podem requerer um discreto aumento dos fatores de exposição. Crupe Condição (primariamente em crianças de 1 a 3 anos de idade) causada por infecção viral. Caracteriza-se por uma respiração laboriosa e uma tosse seca rude, freqüentemente acompanhada de febre. É comumente tratada com antibióticos, mas radiografias em AP e lateral de pescoço e das vias aéreas superiores podem ser necessárias para demonstrar o característico estreitamento afilado das vias aéreas superiores, principalmente em AP. Fibrose Cística Nessa condição herdada, secreções espessas causam progressiva obstrução de brônquios e bronquíolos, que podem ser demonstrados na radiografia de tórax com 11 aumento da densidade radiológica em certas regiões do pulmão.Sintomas pulmonares não são evidentes ao nascimento,mas se desenvolvem depois. Uma condição associada freqüentemente no neonato é o íleo meconial (obstrução intestinal causada por mecônio). Mecônio é uma secreção verde escurecida do fígado e intestino misturado com líquido amniótico. Síndrome da Aspiração de Mecônio Durante o parto, o feto sob estresse pode evacuar fezes meconiais no líquido amniótico, que pode então ser aspirado para os pulmões. Isso pode resultar em obstrução das vias aéreas, causando colapso alveolar, que por sua vez pode ocasionar ruptura do pulmão, levando o paciente a um pneumotórax ou atelectasia. Epiglotite Essa infecção bacteriana da epiglote é mais comum em crianças entre 2 a 5anos de idade, mas pode ocorrer em adultos também. A epiglotite é uma condição grave que pode ser rapidamente fatal (horas após o início dos sintomas), resultando em obstrução das vias aéreas por edema. É usualmente examinada pelo especialista na sala de emergência por meio de um laringoscópio que pode reabrir as vias aéreas inserindo um tubo endotraqueal ou através de uma traqueostomia (através de uma abertura no pescoço). O médico ou um enfermeiro deve acompanhar o paciente à sala de exame para assegurar que as vias aéreas permaneçam abertas. Doença da Membrana Hialina (atualmente chamada de síndrome do estresse respiratório). Essa é uma das principais indicações de radiografia de tórax em neonatologia, especialmente em prematuros.Nessa condição, os alvéolos e os capilares dos pulmões sofrem injúria ou infecção que resulta em um extravasamento de líquidos e sangue para o espaço intera alveolar ou para dentro dos próprios alvéolos.A DMH pode ser observada na radiografia de tórax pelo aumento da densidade dos campos pulmonares com um padrão granular, pois os espaços normalmente preenchidos por ar estão cheios de líquido. Neoplasia A formação de uma neoplasia (tumor ou crescimento anormal) pode ocorrer dentro do trato respiratório. Os sintomas incluem hemoptise (tosse com sangue), tosse persistente ou rouquidão. Elas são mais comuns nos adultos, mas podem ocorrer em crianças. Pneumonia (pneumonite) Essas inflamações dos pulmões resultam em acúmulo de líquido dentro de certas partes dos pulmões, criando um aumento da densidade nessas regiões. Radiografias em PA e lateral em posição ortostática são os exames iniciais mais comumente utilizados.Pneumonias podem ocorrer em neonatos por ruptura de membranas, que permite a aspiração de líquido amniótico para os pulmões. Pneumotórax Esse acúmulo de ar no espaço pleural causa um colapso total ou parcial do pulmão. Pode ser causado por trauma ou condições patológicas que causem a ruptura de áreas frágeis do pulmão.Ocorre em lactentes em ventilação mecânica, em que o ar pode escapar dos alvéolos para os tecidos moles entre o pulmão e o coração, uma condição chamada pneumomediastino, que pode com plicar com um pneumotórax. Desordens da Tireóide Bócio Congênito 12 A tireóide aumentada pode ocorrer em decorrência de um funcionamento diminuído (hipotireoidismo) ou aumentado (hipertireoidismo). Cretinismo Nesse hipotireoidismo neonatal, os sintomas incluem icterícia, idade óssea atrasada epossível nanismo. Exames radiológicos incluem a demonstração dos centros de ossificação dos ossos longos para avaliar o atraso na idade óssea. Radiografias de crânio podem demonstrar aumento da espessura da abóbada craniana, além de suturas alargadas e retardo no fechamento das fontanelas. Doença de Graves Neonatal Uma doença mortal que acomete filhos de mulheres portadoras dedoença de Graves, uma forma de hipertireoidismo em adultos, em atividade ou não. O aumento datireóide pode ocasionar dificuldade respiratória por compressão ou obstrução das vias aéreas.Radiografias de tórax e das vias aéreas superiores podem ser necessárias para demonstrar essa condição. INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA O SISTEMA OSTEOARTICULAR EM PEDIATRIA 1. Displasia do Desenvolvimento do Quadril; O termo antigo era luxação congênito de quadril.Nessa condição, a cabeça do fêmur é separada do acetábulo no neonato. A causa do defeito é desconhecida, e ele é mais frequente em meninas, em pacientes nascidos de parto pélvico (denádegas) e com história familiar positiva em parentes próximos. O ultra-som é utilizado para confirmara displasia no recém-nascido. Radiografias de quadril podem ser utilizadas posteriormente, o que vai requerer proteção gonadal adequada. 2. Hidrocefalia A hidrocefalia é causada pelo aumento dos ventrículos cerebrais, pois o líquido cerebrospinal (Iíquor) produzido por eles não consegue ser drenado, resultando em aumento da pressão intracraniana e alargamento do perímetro cefálico. Diagnóstico e tratamento: Espinha bífida pode ser demonstrada antes do nascimento, através doultra-som gestacional. Estudos radiológicos pós-parto incluem a mielografia, e principalmente a TC ou RM, que visualizam a herniação da medula e das raízes. Radiografias pré-operatórias são utilizadas durante o procedimento de fechamento cirúrgico, bem como para a colocação de derivações quando houver hidrocefalia associada ou para a correção de outras anormalidades físicas associadas. J. Osteoporose Juvenilldiopática Esse tipo de osteoporose (em que os ossos ficam mais frágeis e com menor densidade) ocorre em crianças e adultos jovens. 4. Osteomielite Essa infecção acomete o osso (osteíte) ou a medula óssea (mielite). Em crianças, a infecção ocorre primeiramente em ossos longos dos membros superiores e inferiores. Diagnóstico: Radiografias simples não mostrarão sinais precoces da doença, porém com a evolução observamos lesões em "roído de traça" nas diáfises dos ossos longos. Sinais precoces 13 serão mais bem avaliados com cintigrafia óssea, um procedimento de medicina nuclear. TC ou RM podem demonstrar as áreas afetadas em estágios iniciais. 5. Osteocondroplasia Nesse grupo de doenças hereditárias, os ossos crescem de maneira anormal, a maior parte das vezes levando a nanismo ou a baixa estatura. Acondroplasia Acondroplasia é a forma mais comum de nanismo com encurtamento de membros.Nessa condição, a formação óssea é diminuída nas placas de crescimento dos ossos longos, acarretando o encurtamento dos membros com um tamanho do tronco próximo do normal. 6. Osteopetrose (Ossos Marmóreos) Nessa condição hereditária, há aumento da densidade óssea.Ela pode cursar com anomalias cranianas. A doença pode ser mais ou menos grave. Quando grave, tem início na infância e é frequentemente fatal. Ela pode ser diagnosticada no período pré-natal através do ultra-som, ou radiograficamente pelo inventário ósseo de crianças ou adultos. O aumento da densidade dos ossos pode requerer aumento do tempo de exposição. 7. Osteocondrose Esse grupo de doenças acomete primariamente as epífises ou as placas decrescimento dos ossos longos, resultando em dor, deformidades e anormalidades do crescimento ósseo. Doença de legg-Calvé-perthes Essa condição resulta de um crescimento anormal no quadril (cabeça e colo do fêmur). Ela afeta crianças de 5 a 10 anos de idade (a cabeça do fêmur primeiro aparece achatada e depois fragmentada); geralmente acomete apenas um quadril e é mais comum em meninos. Doença de Osgood-Schlatter Essa condição causa a inflamação da tuberosidade tibial (área de inserção do tendão). É mais comum em meninos entre 5 a 10 anos de idade e afeta geralmente apenas uma perna. Doença de Scheuermann Nessa condição relativamente comum, alterações do desenvolvimento das vértebras acarretam uma cifose (corcunda). A doença de Scheuermann é mais comum em meninos e começa no início da adolescência. Doença Óssea de Kohler Essa doença causa a inflamação óssea e da cartilagem do osso navicular dopé. É mais comum em meninos, começando entre os 3 a 5 anos de idade e durando raramente mais de2 anos. 8. Osteomalacia (Raquitismo- osteomalacia infantil) Nessa condição, os ossos em desenvolvimento não calcificam, causandodeformidades esqueléticas. O sinal mais comum é o encurvamento das pernas, com o encurvamento do fêmur distal, da tíbia e da fíbula (tíbia em "sabre"), observado nas radiografias de membros inferiores. 9. OsteogenesisImperfecta 14 Condição herdada na qual os ossos são excessivamente frágeis.Crianças com essa condição podem nascer com múltiplas fraturas, resultando em deformidades e/ou nanismo. As suturas do crânio são alargadas e contêm vários pequenos ossos wormianos. 10. Mielomeningocele A coluna vertebral, também conhecida como espinha dorsal, começa a ser formada logo nas primeiras semanas da gravidez e vai crescendo junto com o feto. A partir de seis ou sete semanas começa a ossificação das vértebras da coluna. Dentro da coluna vertebral há um pequeno espaço, um canal. Por ali, bem protegidos pelos ossos, passam a medula (que é uma espécie de fábrica de sangue do nosso organismo) e os nervos espinhais, que se ligam ao cérebro e ajudam a comandar os movimentos do corpo. Durante a gestação, essa estrutura de ossos não se fecha completamente. Quando isso acontece, partes da medula e do sistema nervoso, que deveriam estar dentro do canal, protegidos pelos ossos da espinha, ficam expostas. Essa malformação recebeu o nome de mielomeningocele (MMC) ou espinha bífida aberta. 11. Tumores Tumores ósseos malignos são mais raros em crianças que em adultos como os outros tipos de câncer. Alguns tipos de tumores ósseos benignos podem ser encontrados em adolescentes e adultos jovens, porém são menos comuns em lactentes e em crianças pequenas. ABDOME PEDIÁTRICO 6. Hepatite Condição causada por infecção do fígado pelo vírus da hepatite B, geralmente transmitido durante o parto pela mãe infectada. 7. Hepatomegalia Hepatomegalia, ou aumento do fígado, indica uma doença no fígado, como hepatite aguda, cirrose ou obstrução das vias biliares. 8. Rim em Ferradura Condição congênita na qual os dois rins estão unidos na pelve inferior. Os rins sofrem uma má rotação, voltados anteriormente, e os ureteres se inserem na face anterior, em vez desse inserirem normalmente na face medial. É a anomalia de fusão renal mais comum. 9. Hidronefrose Hidronefrose, ou aumento renal por distensão urinária, é causada por obstrução das vias urinárias, que pode resultar de tumores, cálculos renais, infecções graves do trato urinário ou anomalias congênitas estruturais. 10. Doença Inflamatória Intestinal (DIl) 15 DII inclui as desordens inflamatórias crônicas do intestino.As duas mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, que têm sintomas semelhantes. Elas podem ocorrer em qualquer idade, porém são mais frequentes entre os 14 e os 30anos de idade. 11. Obstrução Intestinal Em adultos, a obstrução intestinal geralmente é decorrente de aderências fibrosas ocasionadas por cirurgias prévias. Em neonatos e lactentes, a obstrução intestinal é causada principalmente por defeitos congênitos como intussuscepção, volvo ou íleo meconial. Intussuscepção (invaginação) É uma obstrução mecânica causada pela projeção de uma alça intestinal dentro de outra. Mais comum na região do íleo terminal. Volvo É uma obstrução causada pela torção do intestino sobre o próprio eixo. Íleo Meconial Obstrução ocasionada pelo conteúdo intestinal (mecônio), que é espesso e produz um bloqueio. Íleo também chamado de íleo paralítico ou íleo adinômico, é uma obstrução intestinal que não é mecânica, como no volvo ou na invaginação, mas uma obstrução decorrente da perda dos movimentos contráteis da parede intestinal. 12. Divertículo de Meckel Desordem congênita presente ao nascimento, que consiste em uma dilatação em forma de saco da parede do intestino delgado (íleo). Não é uma desordem grave por si mesma, tendo pouco ou nenhuma sintomatologia. Pode não ser visualizado nos estudos radiológicos do tubo gastrointestinal, sendo comumente um achado em cirurgias abdominais por outras razões ou em cintigrafias. 13. Enterocolite Necrotizante Condição ocasionada pela inflamação da mucosa do intestino geralmente por infecção. Ocorre principalmente em prematuros, podendo levar à morte tecidual departes do intestino. Essa condição pode ser diagnosticada pelo RX simples de abdome, que evidencia o gás produzido pelas bactérias dentro da parede intestinal. 14. Úlcera Péptica Erosão da mucosa estomacal ou duodenal, que pode ocorrer em recém-nascidos, lactentes ou crianças pequenas. Acredita-se que seja hereditária. 15. Doença Renal Policística (Lactentes ou Crianças) Nessa condição renal herdada, ocorre o aparecimento de vários cistos no rim, causando um aumento do rim em lactentes e crianças.Geralmente é fatal quando acomete ambos os rins, impossibilitando a diálise ou o transplante. 16. Pielonefrite Infecção bacteriana renal, geralmente associada ou causada por refluxo vesico ureteral de urina da bexiga até os rins. 17. Estenose Hipertrófica de Pilara Esse estreitamento ou bloqueio do piloro ou do estômago distal frequentemente ocasiona vômitos de repetição. 18. Tumores 16 Tumores malignos (câncer) ocorrem menos em crianças do que em adultos e são habitualmente de melhor prognóstico. Tumor de Wilms Indica um câncer renal de origem embrionária. Ocorre principalmente em crianças abaixo de 5 anos de idade. É a forma mais comum de câncer abdominal em crianças e lactentes, acometendo normalmente apenas um dos rins. Neuroblastoma Estão associados a crianças abaixo de 5 anos de idade. Ocorrem em partes do sistema nervoso, principalmente as suprarrenais. É o segundo tumor mais comum em crianças. 19. Infecção do Trato Urinário (ITU) ITU pode ocorrer em crianças e adultos, e é causada por bactérias, vírus, fungos e alguns tipos de parasita. Infecções bacterianas em neonatos acometendo bexiga e uretra são mais frequentes em meninos, mas a partir de 1 ano de idade são mais comuns em meninas. Uma causa frequente de ITU é o refluxo vesico ureteral. 20. Refluxo Vesico ureteral Essa condição causa o retorno da urina da bexiga em direção dos ureteres e dos rins, aumentando assim a chance de espalhar a infecção da uretra e da bexiga para os rins. TÓRAX INCIDÊNCIAS EM AP E PA Patologia Demonstrada Tórax Patologias ocorrendo nos campos pulmonares BÁSICOS diafragma, ossos do tórax e mediastino, inclui o AP/PA indo coração e vasos da base. Lateral Observação: Os pacientes devem sempre que possível ser examinados em posição ortostática. Geralmente, pacientes pediátricos, se tiverem idade suficiente, devem ser examinados em posição ortostática, usando um Pigg-O-Stat ou outro instrumento de imobilização semelhante. Exceção são as crianças em isolette ou muito jovens para sustentarem a cabeça. Fatores Técnicos Tamanho do filme - determinado pelo tamanho do paciente. Filme transversal se o chassi estiver sob o paciente. Grade não é necessária. Pequeno ponto focal70-80 kVp, menor tempo de exposição possível Proteção Protetores: de contato de chumbo devem ser posicionados na área da pelve, na altura da crista ilíaca superior. Posição do Paciente Paciente em decúbito dorsal, os braços estendidos, para remover as escápulas dos campos pulmonares. Os braços devem estar presos à maca por sacos de areia ou tiras de velcro, se for utilizada a Prancha Tam-em. Pernas estendidas para evitar a rotação da pelve. Pernas e quadris são fixados com a colocação de sacos de areia dos quadris até a parte superior do joelho. Se for utilizada a Prancha Tam-em, eles serão fixados à maca por tiras de velcro. Utilizando a ajuda dos pais (se não estiver grávida): 1. Peça aos pais para despirem o tórax do filho. 2. Dê aos pais luvas e avental de chumbo. 3. Coloque a criança sobre o chassi. 17 4. Os pais devem estender os braços da criança acima da cabeça com uma mão enquanto mantêm a cabeça inclinada para trás, evitando a superposição com o tórax. Com a outra mão, eles devem segurar as pernasda criança na altura dos joelhos, aplicando a pressão necessária para evitar movimento. 5. Colocar os pais em uma posição que não impeça a visão do técnico durante o exame. 6. Colocar luvas de chumbo sobre as mãos dos pais se eles não as estiverem usando (pode ser mais fácil segurar o paciente sem utiliza-Ias). Posição da Parte Colocar o paciente sobre o chassi mantendo os ombros 2 polegadas (5 cm) abaixo da margem superior do chassi. Certificar-se de que o tórax não esteja rodado. Raio Central Raio central perpendicular ao filme, centrado no plano sagital médio na altura do tórax médio, que equivale aproximadamente à linha dos mamilos. Distância foco-filme de 50 a 60 polegadas (127 a 212 cm); tubo elevado na maior altura possível. Colimação Colimação fechada nos quatro lados das margens torácicas. Respiração Fazer a exposição um segundo após uma inspiração profunda.Se a criança estiver chorando, observar a respiração e radiografar imediatamente após uma inspiração profunda. Radiografia em Posição Ortostática com o Pigg-O-Stat Posição do Paciente Paciente colocado no assento, com as pernas pendendo pela abertura central.Ajuste a altura do assento para que a borda superior do chassi fique 1 polegada (2,5 cm) acima dos ombros.Os braços são elevados, e fixadores corporais são firmemente ajustados contra o corpo e seguros na base ajustável com tiras.Protetores de chumbo são colocados 1 polegada (2,5 cm) acima da crista ilíaca. Marcadores de direito e esquerdo e (inspiração) devem ser corretamente posicionados na parte inferior da imagem.Certificar- se de que não há rotação. Raio Central Raio central perpendicular ao filme na altura da metade dos campos pulmonares (linha mamilar) DFoFi de 72 polegadas (180 cm) Colimação Colimação fechada nos quatro lados das margens externas do tórax. Respiração Se a criança estiver chorando, observar a respiração e radiografar quando a criança inspirar profundamente e prender a respiração. (Crianças). Podem frequentemente prender a respiração após uma sessão prática. Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 18 O pulmão todo deve ser incluído, dos ápices (C12-T1) até os ângulos costofrênicos. A traquéia preenchida com arde T1 para baixo deve ser tão bem visualizada quanto os hilos pulmonares, coração e ossos do tórax. Posicionamento: Queixo suficientemente elevado para prevenir a superposição dos ápices. Sem rotação, demonstrado pela distância igual entre as margens laterais das costelas de cada lado da coluna e a distância das articulações escápulo-humerais da coluna. Inspiração plena (ocasionalmente 10) arcos costais posteriores acima do diafragma na maior parte dos pacientes. Colimação e RC: Margens da colimação nos quatro lados com margem superior e inferior, indicando o RC corretamente localizado no meio dos campos pulmonares (T6 ou T7). Critérios de Exposição: Contraste pulmonar suficiente para visualizar as finas marcas pulmonares. Silhuetas de vértebras e costelas visualizadas através do coração e estruturas do mediastino. Nenhum movimento, como se evidencia pelas bordas precisa das margens costais, diafragma e sombra cardíaca. TÓRAX INCIDÊNCIA LATERAL DO TÓRAX Patologia Demonstrada Patologias acometendo os campos pulmonares, traquéia, diafragma, coração, ossos do tórax; incidências com feixes horizontais são necessárias para visualizar níveis hidroaéreos como no hemotórax ou no edema pulmonar Tórax - AP/PA Lateral - Fatores Técnicos Tamanho do filme - determinado pelo tamanho do paciente. Filme longitudinal sobre o paciente (a não ser que o feixe horizontal seja feito na Prancha Tam-em) Grade não é necessária Pequeno ponto focal75-80 kVp, menor tempo de exposição possível Proteção Protetores de contato de chumbo devem ser posicionados diretamente sobre a pelve, na altura da crista ilíaca superior. Posição do Paciente Paciente deitado de lado sobre a lateral verdadeira (geralmente à esquerda), com os braços estendidos sobre a cabeça para remove-los dos campos pulmonares. Curvar os braços nos cotovelos para maior conforto e estabilidade, com a cabeça entre os braços.Colocar um saco de areia sobre o braço mais próximo do filme.Colocar um segundo saco de areia na parte de cima do úmero que estiver por cima. Colocar um terceiro saco de areia entre as pernas do paciente enquanto curva as pernas para frente.Um quarto saco de areia é colocado sobre os quadris para maior imobilização do paciente. Se utilizar a Prancha Tam-em, a posição do paciente será igual à descrita para AP. Vire o tubo de raios X para feixes horizontais e coloque o chassi vertical contra a parede lateral do tórax, como demonstrado (Fig. 20.33).Se a ajuda dos pais for necessária, faça o seguinte: 19 1. Coloque o paciente no chassi na posição lateral esquerda (a não ser que a posição direita esteja indicada). 2. Colocar os braços sobre a cabeça e segura-los com uma mão. Colocara outra mão sobre a lateral do quadril para evitar movimento de rotação ou torção. 3. Colocar os pais em uma posição que não impeça a visão do técnico durante o exame. 4. Colocar luvas de chumbo sobre as mãos dos pais se eles não as estiverem usando. Posição da Parte Colocar o paciente no meio do chassi com os ombros 2 polegadas (5cm) abaixo do topo do chassi.Não deve existir nenhum tipo de rotação; certifique-se da posição lateral verdadeira. Raio Central Raio central perpendicular ao filme centrado no plano coronal mediano ao nível da linha mamilar. Com o uso da Prancha Tam-em, o tubo de raios X é centrado horizontalmente, com o tubo na posição lateral ao plano coronal mediano do tórax na altura da linha mamilar DFoFi de 50 a 60 polegadas (127 a 212 cm) Colimação Colimação fechada nos quatro lados das margens externas. Respiração Fazer a exposição um segundo após uma inspiração profunda.Se a criança estiver chorando, observar a respiração e radiografar quando a criança inspirar profundamente. Lateral de Tórax Ele pode ser utilizado em crianças pequenas cerca de 2 anos de idade (a idade desse paciente é 16 meses). Os fixadores corporais maiores estão sendo usados nesse paciente, e o assento está ajustado na posição mais baixa. Posição do Paciente O paciente é colocado no assento e a sua altura é ajustada para que o porta-filme fique 1 polegada (2,5 cm) acima dos ombros.Os braços são elevados e fixa dores são ajustados firmemente ao corpo, seguros pela base ajustável e por tiras. Protetores de chumbo são levados até a altura de 1 polegada (2,5 cm) acima da crista ilíaca.Marcadores adequados de direita e esquerda e de inspiração são colocados na área de exposição do filme.Certifique-se de que não haja rotação. Procedimento se a incidência lateral for realizada após o PA: Se opaciente já estiver na posição para a incidência PA, então a base giratória é rodada em 90° para a posição lateral. A proteção de chumbo permanece no lugar, e os marcadores são trocados para indicar o lado correto. O chassi é então colocado Raio Central RC perpendicular ao filme na altura da porção média do tórax (linha mamilar). DFoFi de 72 polegadas (180 cm). Colimação Colimação fechada nos quatro lados das margens externas do tórax. 20 Respiração Se a criança estiver chorando, observar a respiração e radiografar quando a criança inspirar profundamente e prender a respiração. Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: O pulmão todo deve ser incluído, dos ápices até os ângulos costofrênicos e do esterno anteriormente até as costelas posteriores. Posicionamento: Queixo e braços devem estar suficientemente elevados para prevenir a superposição excessiva de tecidos moles sobre os ápices. Não deve haver nenhuma rotação; costelas posteriores e seios costofrênicos devem estar superpostos. Colimação e RC: Margens da colimação nos quatro lados com margem superior e inferior, com o RC nomeio dos campos pulmonares. Critériosde Exposição: Sem movimento, como fica evidenciado pelas linhas precisas do diafragma, costelas e marcas pulmonares. Exposição suficiente para visualizar a silhueta das costelas e marcas pulmonares através da sombra do coração e da região superior do pulmão, sem excessiva exposição de outras áreas do pulmão. MEMBROS SUPERIORES: AP LATERAL Observação: As rotinas e os protocolos de cada departamento, como os procedimentos de rotina para o posicionamento dos membros superiores de acordo com a idade e a indicação devem ser seguidos. Todo o membro superior deve ser incluído em lactentes e crianças pequenas. Para crianças maiores com maior desenvolvimento ósseo nas regiões articulares (exceto para inventário ósseo), articulações como o cotovelo e o punho devem ser radiografadas individualmente, com o RC centrado na articulação de interesse. Para crianças maiores, se a área de interesse for à mão, incidências em AP, oblíqua e laterais devem ser feitas, como no adulto. Patologia Demonstrada Fraturas, luxações, anomalias congênitas ou outras patologias envolvendo os membros superiores Membros Superiores Fatores Técnicos Tamanho do filme - determinado pelo tamanho do paciente grades não são usadas para partes do corpo com menos de 9 cm. Use écrans específicos para membros se eles estiverem disponíveis. Ponto focal pequeno55-65 kVp, menor tempo de exposição possível Proteção Fixar ou colocar proteção de chumbo sobre toda a pelve. Posição do Paciente Colocar o paciente em decúbito dorsal.Imobilizar as partes do corpo que não forem radiografadas com sacos de areia ou com Prancha Tam-em antes de posicionar a parte 21 que vai ser radiografada. Quando radiografar um osso longo, colocar o filme embaixo do membro radiografado, incluindo as articulações superior e inferior.Quando radiografar uma articulação, colocar o filme sob a articulação, incluindo pelo menos 1 a 2 polegadas (2,5 a 5 em) dos ossos longos proximal e distal. Posição da Parte Alinhar a parte a ser radiografada com o eixo longitudinal do filme; outras versalmente se for necessário para incluir todo o membro superior e ambas as articulações. AP: Supinar a mão e o antebraço na posição AP (com a mão e os dedos esticados). Lateral: Se o paciente estiver deitado, abduzir o braço e rodar o antebraço e a mão na posição lateral. Imobilização Imobilizar a mão, o antebraço e o úmero com fitas ou ataduras compressivas; ou pedir aos pais para imobilizar usando luvas de chumbo. Raio Central RC perpendicular ao filme direcionado ao ponto central da parte a serradiografada - DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm). Colimação Colimação fechada nos quatro lados da área a ser examinada. Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: Ler a observação no topo da página anterior sobre as rotinas e os protocolos dos departamentos em relação a quanto do membro superior deve ser incluído. Posicionamento: Geralmente são obtidas duas incidências com ângulo de 90° entre cada uma. (Exceção para a mão, que requer incidência em PA e oblíqua. Colimação e RC: Bordas de colimação devem ser evidenciadas nos quatro lados sem cortar estruturas anatômicas essenciais. Critérios de Exposição: A ausência de movimento é evidenciada pelas marcas trabeculares e margens ósseas precisas. A exposição ótima demonstra partes moles e espaços articulares sem exposição inadequada das áreas mais densas do eixo dos ossos longos.Observação: Não foram usados a esponja com ângulo de posicionamento na incidência oblíqua da mão à direita; portanto, 05 dedos não estão paralelos ao filme, resultando em superposição das articulações interfalangianas. Patologia Demonstrada MEMBROS INFERIORES: AP LATERAL Fraturas, luxações, anomalias congênitas e doenças como Osgood-Schlatteroue osteomalacia. Membros Inferiores 22 Fatores Técnicos: Tamanho do filme determinado pelo tamanho da área a ser examinada, posição transversal do filme. Grade não é necessária para lactentes e crianças pequenas60-65 kVp, menor tempo de exposição possível. Ponto focal pequeno. Proteção A proteção para as gônadas masculinas ou femininas deve ser colocada de forma a não obscurecer os quadris ou a porção proximal do fêmur Posição do Paciente e Raio Central AP e lateral: Paciente em decúbito dorsal com o chassi centrado sob o membro afetado,ou colocado diagonalmente para avaliar ambos os membros inferiores, se for necessário incluir a totalidade dos membros do quadril até os pés.Imobilizar o paciente com fitas ou bandas compressivas, ou pedir aos pais que segurem a perna na posição, com uma mão no quadril acima da pelve e a outra segurando o pé.Para a incidência lateral, faça a rotação externa da perna e imobilize como na incidência em AP. Para radiografar os dois membros inferiores, abduzir as pernas em "posição de rã". Imobilize com fita ou bandagem compressiva sobre os joelhos e/ou tornozelos. RC perpendicular à área média dos membros. DFoFi mínima, de 40 polegadas (100 em). Critérios Radiográficos Similares aos dos membros superiores da página anterior, exceto para posicionamento específico para membros inferiores demonstrados a seguir: AP: Epicôndilos medial e lateral do fêmur distal devem parecer simétricos no perfil. Tíbia e fíbula devem aparecer paralelas, com o mínimo de superposição. Lateral: Côndilos medial e lateral e epicôndilos do fêmur distal devem estar superpostos. Tíbia e fíbula devem aparecer superpostas em grande parte. Observação: Para lactentes, a rotina do departamento deve incluir o membro inferior inteiro. Também para lactentes ou crianças pequenas, exames bilaterais podem ser feitos para um inventário ósseo ou com o propósito de comparação. AP E LATERAL DA PERNA E PA E LATERAL DO PÉ – METÓDO KITE Observação: As rotinas e os protocolos de cada departamento, como os procedimentos para o posicionamento dos membros de acordo com a idade e a indicação diagnóstica específica, devem ser seguidos. Se a área de interesse for joelho, quadril, ou região do pé, imagens separadas devem ser obtidas com o RC centrado na articulação de interesse. Patologia Demonstrada Fraturas, luxações, deformidades congênitas e outras anomalias de membros inferiores como a doença de Kohler ou o pé torto. Perna Fatores Técnicos 23 Tamanho do filme determinado pelo tamanho da área a ser examinada, posição transversal do filme. Grade não é necessária para lactentes e crianças pequenas. Ponto focalpequeno55-65 kVp, menor tempo de exposição possível. Proteção Colocar proteção de chumbo sobre a pelve, proteção gonadal específica para os sexos masculino e feminino se o fêmur proximal for incluído. Posição do Paciente e Raio Central Perna em AP: Com o paciente deitado, imobilizar, se necessário, os membros que não forem radiografados. Colocar o chassi sobre o membro a ser radiografado, incluindo joelho e tornozelo. Colocar a perna para a incidência em AP, rodando o joelho internamente até que a linha interepicondilar esteja paralela ao plano do filme. Os pés e os tornozelos devem estar em posição anatômica.Imobilizar o membro na posição, se for necessário utilizando sacos de areia, fitas ou bandagens compressivas. Se os pais forem solicitados a ajudar, pedir que segurem a perna na posição, com uma mão firme no quadril acima da pelve e a outra se segurando os pés. Raio central perpendicular ao meio da perna. DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm). Perna em incidência lateral: Rodar o paciente na direção do lado afetado, com o joelho curvado a 45°. Imobilizar as partes do corpo que não forem radiografadas.Se os pais forem solicitados a ajudar, pedir que mantenham os pés e os quadris em posição. Imobilizar o membro com sacos de areia, fitas ou bandagens compressivas.Raio central perpendicular ao meio da perna. DFoFi mínima de 40polegadas (100 cm). Colimação Colimação fechada nos quatro lados da perna, incluindo joelhos e tornozelos. APe Lateral do Pé AP do pé: Colocar o paciente em um suporte elevado com o joelho fletido e o pé sobre o filme. Use fita adesiva para imobilização. Raio central perpendicular ao meio do pé. DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm). Lateral do pé: Com o paciente deitado ou sentado na maca, rodar a perna externamente para colocar o pé em uma posição lateral. Use fita para imobilizar.Raio central perpendicular ao meio do pé. DFoFi mínima de 40polegadas (100 cm). Colimação Colimação fechada nos quatro lados da área do pé. Pé Torto Congênito - Método Kite O pé é posicionado para AP e lateral, como demonstrado, sem tentar retifica-lo quando estiver sobre o chassi. Por causa da forma distorcida (Fig. 20.55), pode ser difícil conseguir uma incidência AP verdadeira e lateral, mas duas incidências com ângulo de 90° entre elas devem ser obtidas. Os dois pés são geralmente radiografados separadamente para fins de comparação. INCIDÊNCIA AP E LATERAL PARA QUADRIL E PELVE Aviso: Não tentar colocar o quadril em posição de rã até que fraturas tenham sido descartadas. Proteção 24 Antes de radiografar o paciente, discutir o exame com o radiologista.A história do paciente pode requerer que não seja usada proteção gonadal para não obscurecer a área de interesse do exame. Meninas: Proteção cuidadosa da área das gônadas. Colocar a proteção pediátrica feminina abaixo do umbigo e acima do púbis. Isso evita cobriras articulações do quadril. Meninos: Colocar cuidadosamente a borda superior do protetor na linhada sínfise pubiana. Posição do Paciente e da Parte Alinhar o paciente com o centro da maca ou do porta-filme.Imobilizar o paciente de uma forma que a pelve não fique rodada. Mobilizar os braços com saco de areia ou Prancha Tam-em. AP: Com o paciente em decúbito dorsal, posicionar os quadris para AP rodando internamente os joelhos e os pés até que a parte anterior dos pés se cruzem. Imobilizar os membros inferiores na posição com fita ou sacos de areia. Lateral: Abduzir as pernas colocando as solas dos pés juntas, os joelhos curvos dos e abduzidos. Prender as solas dos pés, se necessário.Manter os joelhos na posição lateral, fixando-os na maca com fita nos dois lados da maca. Também pode ser utilizada bandagem compressiva. Patologia Demonstrada Fraturas, luxações, deformidades congênitas e outras patologias que acometem a pelve e o quadril, como a doença de Legg-Calvé-Perthes. Fatores Técnicos: Tamanho do filme determinado pelo tamanho da área a ser examinada, posição transversal do filme. Grade móvel ou fixa de maior que 9 cm. Ponto focal pequeno. 60-65 kVp, menor tempo de exposição possível Pelve e Quadril Raio Central RC perpendicular ao filme, centrado no meio do quadril. DFoFi mínima de40 polegadas (100cm) Colimação Colimação fechada nos quatro lados da área de interesse. Respiração Com lactentes e crianças pequenas, observar o padrão respiratório. Fazer a exposição quando o abdome estiver parado. Se o paciente estiver chorando, observar quando o abdome estiver completamente plano. Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: Filmes com tamanho suficiente para incluir a pelve e fêmures proximais devem ser utilizados. Posicionamento: 25 A ausência de rotação da pelve é demonstrada pela simetria das asas do ilíaco e dos forames obturadores bilaterais AP: A rotação interna correta das pernas é evidenciada pela visualização do colo do fêmur e trocânter maior no perfil (o trocânter menor não deve ser visualizado). Lateral: Posicionamento correto do fêmur proximal é evidenciado pela superposição do trocânter maior e colo do fêmur com trocânter menor no perfil inferior. Colimação e RC: Bordas mínimas de colimação devem ser visíveis. INCIDÊNCIAS AP, AP CALDWELL E AP DE TOWNE DO CRÂNIO Patologia Demonstrada Fraturas, anomalias congênitas do crânio incluindo suturas e/ou fontanelas, tamanho do crânio, avaliação de derivações ventriculares, tumores ósseos e outras patologias do crânio. Crânio (Cabeça), CaldwellAP Towne e Lateral Fatores Técnicos: Tamanho do filme -lactentes e crianças pequenas: 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), em sentido longitudinal crianças e adolescentes Jovens: 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas), em sentido longitudinal. Grade móvel ou fixa de maior que 9 cm. Pequeno ponto focal65-70 kVp, menor tempo de exposição possível Proteção Fixar ou sobrepor a proteção de chumbo sobre toda a pelve. Posição do Paciente E8 Mumificar o corpo e os membros do paciente se necessário.Se o paciente estiver deitado, alinha-lo com a linha média da maca ou da grade.Se necessário, colocar sacos de areia sobre as pernas do paciente e de cada lado do corpo mumificado. Ataduras compressivas também podem ser usadas se necessário. Posição da Parte Posicionar a cabeça sem rotação.Ajustar o queixo para que a linha orbitomeatal (LOM) esteja perpendicular ao filme. Mobilizar a cabeça com fixadores ou suportes como demonstrado. Fitas podem ser usadas se necessário, porém a face adesiva deve ser virada para não ficar em contato com a pele do paciente. Raio Central RC centrado na glabela AP: RC paralelo à linha orbitomeatal AP reverso de Caldwell: RC 150 cranial a LOMAP Towne: RC 300 caudal a LOM Centralizar o chassi em relação ao RC. DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm) Colimação Colimação fechada nos quatro lados das margens externas do crânio. Observação: Geralmente a ajuda dos pais na imobilização não é necessária se forem usados dispositivos de imobilização. Colimação e RC: Bordas de colimação observadas nos quatro lados, com RC na glabela, entre as margens supra-orbitárias. Critérios de Exposição: 26 A ausência de movimento é evidenciada pelas margens precisas das estruturas ósseas. Penetrância e exposição suficientes para visualizar o frontal e as pirâmides através das órbitas Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: O crânio todo, incluindo ossos cranianos e da face. Posicionamento: Nenhuma rotação deve ocorrer, como fica evidente pela simetria das órbitas com distância igual da margem externa do crânio. AP: Sulcos petrosos superpostos com as margens superiores da órbita. AP com ângulo de 15° cefálico: Pirâmides petrosas e canais auditivos internos são projetados da metade ao terço inferior das órbitas. AP Towne com ângulo de 300 cefálico: Pirâmides petrosas projetadas abaixo a borda inferior da órbita, permitindo a visualização de toda a borda. POSIÇÃO LATERAL DO CRÂNIO Patologia Demonstrada As mesmas da incidência AP descritas na página anterior. Crânio (Cabeça) Fatores Técnicos: Tamanho do filme - lactentes e crianças pequenas:18 x 24 cm(8 x 10 polegadas), em sentido transversal crianças e adolescentes Jovens:24 x 32 cm (10 x 12 polegadas), em sentido transversal. Grade móvel ou fixa de maior que 9 cm. Pequeno ponto focal65- 70 kVp, menor tempo de exposição possível Proteção Fixar ou sobrepor escudo de chumbo sobre toda a pelve. Posição do Paciente Mumificar o corpo e os membros do paciente (pode ser necessário em lactentes e algumas crianças pequenas). Paciente em decúbito lateral parcial, centrado na linha média da maca.Colocar sacos de areia ao longo das costas do paciente e embaixo do lado elevado do paciente. Se necessário, colocar sacos de areia entre as nádegas e pernas do paciente. Uma bandagem compressiva pode ser utilizada se eles forem necessários. Posição da Parte Rodar a cabeça para posição lateral verdadeira e mantê-la colocando uma esponja ou toalha enrolada sob a mandíbula.Colocar suportes de peso ou esponjas e saco de areia atrás da cabeça para evitar o seu movimento posterior.Usar bandagens compressivas em volta da cabeça ou fitas fixadas nas bordas da maca com o lado adesivo voltado para fora para evitar o contato com a pele. Sacos de areia podem ser colocados sobre a fita para evitar a elevação da cabeça da maca. Raio Central RC perpendicular ao filme, centrado na metade docaminho entre a glabelae a protuberância occipital (inio), 2 polegadas (5 cm) acima da EAM.Filme centrado no RC - DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm). Colimação 27 Colimação fechada nas quatro margens externas do crânio.Observação: Para lactentes, Prancha Tam-em pode ser usada para exames do crânio em posição lateral com feixe horizontal. Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: O crânio todo e a região cervical superior. Posicionamento: a ausência de rotação é demonstrada pela superposição dos ramos da mandíbula, teto da órbita e asas do esfenóide. Sela turca eclivus são demonstrados no perfil sem rotação. Colimação e RC: Bordas de colimação observadas nos quatro lados, com RC entre a glabela e a parte mais posterior do osso occipital. Critérios de Exposição: A ausência de movimento é evidenciada pelas margens precisas das estruturas ósseas. Penetrância e exposição são suficientes para visualizar a região parietal e a borda lateral da sela turcas em expor excessivamente as margens externas do crânio. INCIDÊNCIA AP: RX SIMPLES DE ABDOMEN Patologia Demonstrada Patologias abdominais que envolvem padrões de distribuição gasosa, tecidos moles, possíveis calcificações e/ou outras anomalias ou doenças do abdome. Abdome Fatores Técnicos: Tamanho do filme determinado pelo tamanho do paciente, sentido longitudinal do filme. Velocidade de 400 combinação tela/filme. Grade fixa ou móvel de maior que 9 cm65-85 kVp do neonato até os 18 anos de idade, menor tempo de exposição possível Proteção Utilizar proteção gonadal pediátrica em todos os pacientes do sexo masculino - tamanho apropriado para a idade (prender a proteção no lugar). Sem proteção para pacientes do sexo feminino. Posição do Paciente e da Parte Paciente deitado alinhado com a linha média da maca ou do chassi. Imobilizar com sacos de areia flexíveis ou bandagem compressiva. Neonatos e lactentes jovens: Posicionar os braços do paciente distantes do corpo e colocar um saco de areia flexível sobre cada um. Pela dificuldade de manter as pernas pequenas e curtas posicionadas, coloque um saco de areia embaixo dos joelhos e outro acima para imobilizá-Ias. Lactentes que estão aquecidos e alimentados são geralmente calmos o suficiente, a não ser que sintam dor. Se um lactente estiver chorando, uma chupeta pode ser utilizada, e não interferirá com o exame. Lactentes e pré-escolares: Colocar os braços da mesma forma que a descrita anteriormente. Colocar sacos de areia embaixo dos joelhos e amarrar uma bandagem compressiva sobre os fêmures e os joelhos. Certifique-se de colocar uma gaze sobre a bandagem para não cortar a perna do paciente. Bandagens compressivas são geralmente projetadas para uso em adultos, assim o trabalho será feito de forma mais adequada se os espaços entre as bandagens e o paciente forem preenchidos com esponjas ou toalhas.Se for utilizada a ajuda dos pais: forneça aos pais avental e luvas de chumbo.Posicione o tubo, o chassi e os fatores técnicos antes de posicionar o paciente. Posicionar o paciente de modo a não obstruir a 28 visão do técnico.Geralmente é necessário que os pais segurem os braços do paciente. As pernas podem ser imobilizadas satisfatoriamente como descrito acima. Raio Central Em lactentes e crianças pequenas, centrar o RC e o chassi 1 polegada (2,5 em) acima do umbigo.Em crianças maiores e adolescentes, centrar o RC ao nível da crista ilíaca. DFoFi de 40 polegadas (100 em) Respiração Em lactentes e crianças, deve-se observar o padrão respiratório. Quando o abdome estiver plano, fazer a exposição. Se o paciente estiver chorando, fazer a exposição quando o lactente inspirar profundamente para chorar. Crianças com mais de 5 anos de idade conseguem segurar a respiração após serem ensinadas. Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: Bordas de tecidos moles e estruturas preenchidas de gás, como estômago e intestinos, calcificações (se presentes) e silhueta de estruturas ósseas. Posicionamento: A coluna vertebral deve estar alinhada com o centro do filme. Nenhuma rotação deve existir: pelve, quadril e caixa torácica inferior devem estar simétricos. Colimação e RC: Bordas de colimação da sínfise pubiana até o diafragma e nas bordas laterais do abdome. Critérios de Exposição: Nenhum movimento deve ser evidenciado, o diafragma e o padrão gasoso devem parecer evidentes. Ótima exposição e contraste visualizarão estruturas ósseas e suas margens, como costelas e vértebras através do conteúdo abdominal sem exposição excessiva de estruturas preenchidas por gás.