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EXAMES RADIOGRÁFICO 
PEDIÁTRICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RADIOLOGIA PEDIÁTRICA 
 
QUANDO O DIAGNÓSTICO DEVE SER “AMIGO” DA CRIANÇA 
A radiologia pediátrica é uma subespecialidade da radiologia que envolve geração de 
imagens de fetos, bebês, crianças, adolescentes e adultos jovens. As imagens da 
radiologia pediátrica são realizadas em diversas modalidades: tomografia 
computadorizada, radiografia, ressonância magnética, entre outras. 
Embora algumas doenças vistas em pediatria são as mesmas que em adultos, existem 
muitas condições que são vistas apenas em crianças. A especialidade tem que levar em 
conta a dinâmica de um corpo crescente, como recém-nascidos e pré-adolescentes, onde 
os órgãos seguem os padrões de crescimento e fases. Estes requerem um exame de 
imagem especializado e tratamento que é realizado em um hospital infantil, que tem todas 
as tecnologias necessárias para tratar as crianças e suas patologias específicas. 
Para o profissional atuar na radiologia pediátrica é necessário ter em mente que nem 
sempre é fácil fazer um exame (na maioria das vezes) os pacientes normalmente não 
colaboram e choram muito durante o exame. Por isso alguns recursos são usados para 
que o atendimento seja mais fácil, como a sala de exames por exemplo. 
 
SALA DE EXAMES NA RADIOLOGIA PEDIÁTRICA 
Para conseguir um diagnóstico de alta qualidade, é necessário fazer com que a criança se 
sinta confortável, então a sala de exames é bem diferente da sala tradicional, este é um 
dos elementos mais importantes para radiologia pediátrica, isso é muito fácil como sala 
que podem ser adaptados para atender às necessidades de uma criança. Por exemplo, a 
parede brilhante, projetos de estimulação visual e brinquedos. Estes podem ser 
dispositivos elétricos permanentes, como o departamento não precisaria atender a 
qualquer outra faixa etária. 
Para departamentos que só ver crianças ocasionalmente, criar um ambiente de “crianças” 
é mais difícil. Geralmente é conseguida através da criação de uma "sala de criança 
amigável' onde murais podem ser pintadas na parede. Hospitais infantis modernos são 
projetados agora com lotes de vidro para permitir como luz natural tanto quanto possível. 
 
 
 
PRINCIPIOS E INTRODUÇÃO 
O técnico de radiologia pediátrica percebe as crianças como adultos em miniatura e como 
pessoas que devem ser tratadas com carinho e compreensão. Isso exige paciência e 
tempo para conversar e se tornar amigo da criança. Explicar as instruções de uma forma 
que elas possam entender é muito importante para o desenvolvimento da confiança e da 
cooperação. 
 
Desafios na Radiologia Pediátrica 
Na Radiologia Pediátrica existem muitos desafios. Ao contrário dos adultos, as crianças 
não podem sempre compreender uma mudança de ambiente. Portanto, geralmente é 
obrigado a usar uniformes coloridos, em oposição a um uniforme de hospital normal. 
Handrick
Destacar
Handrick
Destacar
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Também é importante reconhecer que quando uma criança está doente, eles seguem 
seus instintos, que normalmente é para chorar e ficar perto de seus pais. Isso apresenta 
um desafio enorme para o Profissional da Radiologia, que deve tentar ganhar a confiança 
da criança e obter a sua cooperação. Uma vez que a cooperação tem sido alcançada há 
outro grande desafio de manter a criança ainda para seu exame de imagem. Isto pode ser 
muito difícil para as crianças com muita dor. O apoio dos pais, normalmente, é suficiente 
para alcançar este objetivo, no entanto, em alguns casos extremos (como RM e TC), pode 
ser necessário sedar a criança. 
 
APRESENTAÇÃO ANTES DO EXAME E AVALIAÇÃO DA CRIANÇAE DOS PAIS 
No momento do primeiro encontro, a maior parte dos pacientes estará acompanhada de 
pelo menos um dos pais. Os passos seguintes são importantes: 
 
 Apresente-se como o técnico que irá trabalhar com a criança; 
 Descubra que informações o médico da criança deu aos pais e ao paciente; 
 Explique o que irá fazer e quais serão as suas necessidades. 
 
Lágrimas, medo e resistência são reações perfeitamente normais para uma criança 
pequena. O técnico deve comunicar aos pais e ao paciente, em uma linguagem que eles 
possam entender exatamente o que vai acontecer. O técnico deve construir uma 
atmosfera de confiança na sala de espera, antes de levar o paciente para a sala de 
exame radiológico. O técnico deve discutir a necessidade de imobilização como último 
recurso se a cooperação da criança não for obtida. 
 
Explicando o Papel dos Pais 
Nesse momento, devemos explicar o papel dos pais. Existem três possibilidades (opção 3 
apenas em caso de gravidez): 
 
1- Pais na sala como observadores, dando suporte e conforto com a sua presença; 
 
2- Pais como participantes que atuam na imobilização; 
 
3- Pais que permaneceram na sala de espera, não acompanhando a criança durante o 
exame. Várias vezes a criança que está combativa na sala de espera na presença dos 
pais ficará mais cooperativa sem os pais. É nesse momento que as habilidades 
de comunicação do técnico são necessárias. O técnico deve tentar convencer os pais de 
que é capaz de radiografar o paciente sem a ajuda deles. 
 
A determinação do papel dos pais é importante e requer uma avaliação objetiva do 
técnico. Se for observado que a ansiedade dos pais vai interferir na cooperação da 
criança, a opção 3 deve ser escolhida. Pais, porém, geralmente desejam participar da 
imobilização da criança, e, se essa for à opção escolhida (se não houver gravidez e com 
proteção adequada), os procedimentos devem ser cuidadosamente explicados aos pais e 
ao paciente. Isso incluirá instruções aos pais quanto às técnicas corretas de imobilização. 
A cooperação e a eficácia do trabalho dos pais aumentam com o entendimento de que, 
quanto mais firme e adequada for à imobilização, melhor será a qualidade do exame e 
menor a exposição do paciente à radiação. 
 
NOTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS À CRIANÇA 
A maior parte dos médicos tem procedimentos no local para notificar a suspeita de maus-
tratos à criança. No passado, o termo utilizado era a síndrome da criança espancada. 
Atualmente, o termo utilizado é trauma não-acidental. Geralmente não é responsabilidade 
do técnico o julgamento sobre a ocorrência ou não de maus-tratos, mas eles devem 
notificar os fatos que presenciem ou dos quais suspeitem. Se houver suspeita de trauma 
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não acidental, o técnico deve discutir o fato com o radiologista ou o seu supervisor, 
conforme o protocolo do serviço. As leis sobre a responsabilidade do técnico variam, e é 
importante o conhecimento que os técnicos devem ter da sua responsabilidade legal no 
estado ou município em que trabalham. 
 
IMOBILIZAÇÃO 
Pacientes pediátricos incluem de lactentes até pacientes com 12 a 14 anos de idade. 
Porém crianças mais velhas podem ser tratadas como adultos, exceto pelo cuidado 
especial com a proteção das gônadas e a redução dos fatores de exposição por causa de 
seu menor tamanho. Este capítulo descreve e ilustra primariamente radiografias 
de lactentes e crianças entre 1 a 2 anos de idade que requerem cuidados especiais para 
prevenir movimentos durante a exposição radiológica. Na prática radiológica pediátrica 
geral, deve-se sempre utilizar o menor tempo de exposição e amperagem possível para 
minimizar o barramento da imagem decorrente do movimento do paciente. Porém, mesmo 
com baixos tempos de exposição, a prevenção do movimento durante a exposição é um 
desafio constante na radiologia pediátrica, sendo essenciais os procedimentos de 
imobilização. Vários tipos de instrumentos de imobilização são encontrados no mercado 
nos dias de hoje. Eles podem ser achados em catálogos de materiais radiológicos. 
Exemplos como a Prancha também e Pigg-OStat são demonstrados. O Posi-Tot é outro 
instrumento de imobilização disponível comercialmente. A eficácia em termos de custo 
desses instrumentos depende da forma e da freqüência com que eles são utilizados.FORMAS DE IMOBILIZAÇÃO 
SACOS DE AREIA 
Sacos de areia são utilizados como contrapeso. Porém a maior parte deles é usada como 
peso ou na imobilização de adultos. Esses sacos não são mais eficazes na imobilização 
do paciente pediátrico que aqueles feitos especialmente com esse propósito. Lona 
resistente e areia grossa esterilizada devem ser utilizadas. 
A areia grossa é recomendada, pois, se ocorre um rompimento, a areia será facilmente 
limpa, e a chance de causar artefatos nos raios-x é minimizada. Dois tamanhos de saco 
de areia são recomendados, 8 X 18 polegadas(20 X 46 cm), e 13 X 20 polegadas (33 X 
50 cm). 
Os sacos não devem ser exageradamente cheios, pois se tornam rígidos; o saco deve ser 
flexível para se moldar à anatomia do membro sobre o qual for colocado. 
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1- Tórax em PA com sacos de areia (minimizam artefatos sobrepostos na imagem) 
2- Tórax em Perfil. 
 
FITA 
Existem vários tipos de fita "macia" para procedimentos cirúrgicos e 
peles sensíveis. Fita adesiva pode aparecer nos raios-X e 
obscurecer a parte anatômica de interesse. Além disso, alguns 
pacientes têm reações alérgicas à fita adesiva. A pele frágil de 
lactentes pode também ser irritada, a não ser que a superfície 
adesiva seja torcida para não entrar em contato com a 
pele.Pedaços de gaze interpostos entre a fita e a pele também 
podem ser utilizados com eficácia. 
 
ATADURA ELÁSTICA 
Se for usada atadura elástica (stockinette), ela deve ser tubular. Elas existem em vários 
tamanhos: o de 3 polegadas é recomendado para lactentes, e o de 4 polegadas, para 
crianças maiores.Quando utilizar a atadura elástica, dobre-a e coloque-a sobre os braços 
do paciente, cobrindo-os até os ombros. Esse procedimento imobilização paciente e 
funciona como um travesseiro. 
 
BANDAGENS 
Uma bandagem de 4 polegadas é melhor para lactentes e crianças pequenas, e as de 
6 polegadas funcionarão melhor para crianças mais velhas. Estas são mais bem utilizadas 
na imobilização das pernas. Quando começar o processo de contenção, iniciar pelos 
quadris e envolver até as panturrilhas. Não conter de forma muito apertada, pois podemos 
cortar a circulação sanguínea. 
 
ATADURAS COMPRESSIVAS E FIXADORES DE CABEÇA 
Ataduras compressivas também podem ser utilizadas para imobilização. Ataduras são 
mais eficazes quando utilizadas em associação com sacos de areia, como será 
demonstrado posteriormente no capítulo. Também podem ser utilizados vários tipos 
de fixadores de cabeça ajustáveis que se fixam na maca. 
BLOCOS ANGULARES PESADOS COMO FIXADORES DE CABEÇA 
São blocos angulares de metal pesado com esponjas grossas coladas. Eles são 
relativamente baratos de ser fabricados, quando comparados com os fixadores 
comercialmente disponíveis. São eficazes e versáteis na imobilização, especialmente 
quando usados em associação com sacos de areia ou fitas, ou se o paciente estiver 
"mumificado". 
 
DESENVOLVIMENTO ÓSSEO (OSSIFICAÇÃO) 
Os ossos de lactentes e de crianças pequenas passam por vários estágios de 
crescimento até atingirem a adolescência. A pelve é um exemplo de alterações na 
ossificação que ocorre na criança. A divisão dos ossos do quadril é evidente entre o ílio, o 
ísquio e o púbis. Eles aparecem como ossos individualizados, separados por um espaço 
articular, que é o núcleo de crescimento na área do acetábulo. As cabeças femorais 
também parecem estar separadas por um espaço articular que não deve ser confundido 
com sítios de fraturas ou outras anormalidades. 
 
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Essas também são regiões cartilaginosas de crescimento. A maior parte dos centros 
primários de formação óssea ou de ossificação, como aqueles situados na área central do 
eixo dos ossos longos, aparece antes do nascimento. Esses centros primários se tornam 
as diáfises (corpo ou eixo) dos ossos longos. Cada centro secundário situado nas 
extremidades dos ossos longos é denominado epífise (E). 
 
Uma epífise é demonstrada em uns raios-x de mão em PA de uma criança de 9 anos e no 
membro inferior de uma criança de 1 ano. Observe as epífises nas extremidades do rádio 
e da ulna, assim como as dos metacarpianos e das falanges (veja as setas pequenas). 
 
 
O espaço entre as epífises e as diáfises é composto por tecido cartilaginoso que é 
denominado placa epifisária. Essas placas epifisárias são encontradas entre cada 
epífise e diáfise até o crescimento esquelético estar completo na idade adulta, que ocorre 
normalmente por volta dos 25 anos de idade. As epífises são as partes dos ossos que 
aumentam em comprimento e espessura à medida que a criança cresce como é 
demonstrado nas radiografias abaixo que comparam o crescimento. 
 
Observe nessas quatro radiografias de joelho a mudança no tamanho e na forma das 
epífises do fêmur distal e tíbia e fíbula proximal da idade de seis, três e quatro anos, a 
epífise da fíbula não é visualizada ainda, porém aos 12 anos ela fica evidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O tamanho das epífises do fêmur e da tíbia também muda drasticamente dos 3 aos 12 
anos de idade, como demonstrado nas radiografias de joelho. Tabelas de crescimento 
são disponíveis e listam os padrões decrescimento normal. Os radiologistas devem estar 
familiarizados com desenvolvimento ósseo em lactentes e crianças e reconhecer o 
aspecto dos estágios do crescimento normal. 
 
Proteção Radiológica na Radiologia Pediátrica 
As crianças são mais radio sensíveis do que os adultos. Elas também têm uma esperança 
de vida sobre a qual podem desenvolver câncer devido exposição a radiações ionizantes. 
A comunidade médica na radiologia pediátrica há muito tempo tem uma consciência deste 
problema e desenvolveu políticas de proteção de radiação e práticas que refletem isso. 
Com o aumento do uso de imagem e, em particular, Tomografia Computadorizada, há 
cada vez mais atenção a esta questão pelo médico e equipe profissional. Para aumentar 
a conscientização das questões de proteção radiológica em crianças e proporcionar 
educação para todas as partes interessadas carinhosa para crianças sobre maneiras de 
diminuir a exposição de radiação ionizante em crianças, cada vez mais artigos científicos 
e livros estão buscando levar informação aos profissionais. 
 
OBJETIVO 
Proteção da região genital contra os possíveis efeitos genéticos ou hereditários que são 
causados pela irradiação dos órgãos reprodutores, as gônadas, se manifestando em seus 
descendentes. 
 
REPETIÇÃO MÍNIMA 
 
A exposição aos raios-x diagnósticos tem sido considerada uma questão de saúde pública 
pela organização mundial da saúde e pelo governo dos Estados Unidos. 
No Brasil esta questão deve ser considerada da mesma forma, devendo-se adotar 
medidas que possibilitem a redução na dose de exposição da população aos raios- x 
médicos, sobretudo nos pacientes pediátricos. As crianças são mais sensíveis aos efeitos 
da radiação ionizante, têm maior expectativa de vida e mais chances de serem expostas a 
este tipo de radiação, que tem caráter cumulativo e pode levar à indução de danos 
genéticos e câncer, principalmente leucemia. 
 
PROTEÇÃO GONADAL 
As gônadas das crianças devem ser sempre protegidas com protetores de contato, a não 
ser que essas proteções obscureçam a anatomia da estrutura a ser visualizada. Vários 
tamanhos e formas de proteção de contato. Por conta da freqüente solicitação por parte 
dos pais com relação à proteção gonadal de seus filhos, eles devem ser informados das 
outras medidas de segurança utilizadas na proteção radiológicas, como a colimação 
fechada, técnicas com dose baixa de radiação e menor número de exposições. Para 
aliviar a angústia dos pais, o técnico deve explicar em linguagem clara e simples as 
práticas de proteção e as suas bases. 
 
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PROTEÇÃO DOS PAIS 
Se os pais permanecerem na sala de exame, eles devem utilizar aventais de chumbo. Se 
as suas mãos estiverem no campo ou próximo a ele, eles devem receber luvas de 
chumbo. Se a mãe ou uma responsável em idade fértil desejar acompanhar o 
procedimento,o técnico deve perguntar se ela está grávida antes de permitir a sua 
permanência na sala de exame. Ela não pode ser admitida na sala se estiver grávida, 
embora possa permanecer na área de controle. 
 
Preparação Pré-Exame 
Os seguintes procedimentos devem ser adotados antes de se trazer o paciente pediátrico 
até a sala de exame: Os materiais necessários a proteção devem estar no organizados 
para as crianças e os pais, se estes estiverem assistindo. Receptores de imagem e 
marcadores (chassis e identificadores) devem estar no local, e deve ser efetuado o ajuste 
da técnica (se o técnico realizar o exame sozinho). As incidências devem estar definidas, 
o que pode requerer consulta o radiologista. Se dois técnicos estiverem trabalhando em 
conjunto, eles devem definir o papel de cada um durante o exame. Uma divisão sugerida 
faz com que o técnico que estiver assessorando o principal faça as técnicas, as 
incidências, mude os filmes e processe as imagens, enquanto o técnico principal 
posiciona o paciente, conversa com os pais, posiciona o tubo, o colimador, e faz a 
proteção necessária. 
 
PREPARAÇÃO DA CRIANÇA 
Após trazer a criança até a sala de exame e explicar o procedimento ao paciente e aos 
pais, o técnico deve despir a área a ser examinada de roupas, ataduras ou fraldas. Isso é 
necessário para prevenir o aparecimento de sombras e artefatos na radiografia por causa 
do baixo tempo de exposição para o tamanho do paciente. Protetores gonadais de 
contato. Proteção gonadal masculina em posição para um abdome em posição 
ortostática. Observação: Luvas de chumbo devem ser fornecidas ao responsável que for 
segurar a criança, juntamente com o avental de chumbo. Avental e luvas de chumbo para 
os pais. 
 
 
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Modalidades Alternativas 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
A tomografia computadorizada (TC) é usada para produzir imagens em cortes seccionais 
de partes do corpo em que pequenas diferenças de densidade de tecidos moles podem 
ser demonstradas. Exemplificando, temos a TC de crânio, que visualiza patologias de 
tecidos moles como hematomas, edema cerebral e neoplasias. Patologias de tórax, como 
doenças parenquimatosas de pulmão, podem ser demonstradas em TC de alta resolução 
com cortes finos. 
 
A TC helicoidal/espiral permite cortes rápidos sem movimentos respiratórios, o que é 
especialmente vantajoso na avaliação radiológica do tórax em crianças, em que o 
processo de apneia para aquisição de vários cortes se torna um problema. 
 
A TC helicoidal também permite a reconstrução de imagens em terceira dimensão, que 
permite a demonstração de lesões vasculares sem a introdução de meio de contraste 
(método não-invasivo), que é uma vantagem significativa em pediatria. 
 
ULTRA-SOMA maior vantagem do ultrassom em pediatria é a não-exposição à radiação 
ionizante. Isso é especialmente importante em crianças e mulheres grávidas. O ultrassom 
está sendo utilizado em procedimentos neurocirúrgicos, como na introdução de cateteres 
de derivação ou no exame de estruturas intracranianas em pacientes com a 
fontanela aberta. 
 
O ultrassom também é usado freqüentemente no diagnóstico de apendicite em 
associação com o exame clínico. O ultrassom é utilizado na avaliação da luxação 
congênita de quadril em recém-natos e lactentes. Ele é eficaz no diagnóstico da estenose 
de piloro, e freqüentemente pode eliminar a necessidade de uma seriografia. 
 
É utilizado na avaliação de pacientes com anemia falciforme, avaliando vasos arteriais à 
procura de sinais de espasmo de uma crise vaso-oclusivo iminente. Uma nova forma de 
ultrassom é o ultrassom fetal em 3-D, que auxilia no diagnóstico precoce de anomalias 
genéticas com a melhor visualização de tecidos moles, como a caracterização de face e 
cabeça. 
 
IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
A maior desvantagem da RM em relação à TC em pediatria é o tempo maior de exame. 
No entanto, novas seqüências rápidas como a eco planar, permitem a avaliação cardíaca 
e torácica, em que a apnéia e o movimento vascular são problemáticos, especialmente 
em lactentes e crianças pequenas. 
 
A RM é uma ferramenta eficaz no esmagamento do tumor de Wilm. Como não utiliza meio 
de contraste iodado, ela reduz o risco de lesão renal em pacientes pediátricos.Uma nova 
forma de RM, a ressonância magnética funcional (RMf), está sendo utilizada em 
associação com a avaliação clínica de desordens cerebrais. 
 
Para adultos, isso inclui as doenças de Parkinson e de Alzheimer. Em crianças, ela avalia 
desordens que afetam o comportamento em casa e na escola, como o transtorno do 
déficit da atenção e da hiperatividade (TDAH), síndrome de Tourette (tiques múltiplos 
motores) e autismo (comportamento ritualístico e compulsivo). 
 
A RM tradicional exige que o paciente permaneça deitado durante o exame, mas a RMf 
requer que o paciente realize tarefas mentais ou físicas durante o exame. Ela pode 
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mostrar alterações no metabolismo e no fluxo sanguíneo em várias partes do cérebro 
em correspondência a comportamentos e tarefas exigidas. 
 
MEDICINA NUCLEAR 
Procedimentos em medicina nuclear são utilizados na avaliação da função renal e na 
determinação de bloqueios ureterais. A uretrocistografia miccional está ficando mais rara 
em pediatria por causa dos procedimentos de medicina nuclear. 
 
Indicações Clínicas 
Certas patologias são exclusivas para a faixa etária neonatal e de lactentes jovens, com 
as quais oradiologista deve estar familiarizado. Isso é especialmente importante na prática 
pediátrica, pois o paciente não descreve os sintomas e também porque o procedimento 
e a incidência devem ser corretos na primeira tentativa. Conhecer essas indicações 
clínicas e observá-las nos pedidos de exame propiciarão ao radiologista informações que 
podem determinar como manusear o paciente e que precauções devem ser tomadas. Isso 
também é importante para definir que técnicas e incidências devem ser utilizadas. 
 
PATOLOGIAS PEDIÁTRICAS 
 
 TÓRAX PEDIÁTRICO 
Aspiração (obstrução mecânica) é mais comum em crianças pequenas, quando corpos 
estranhos são engolidos ou aspirados para as vias aéreas até a árvore brônquica 
(principalmente o brônquio fonte direito, devido ao diâmetro e à angulação. 
 
Asma 
A asma é mais comum em crianças e é geralmente ocasionada por ansiedade e alergias. 
As vias aéreas são estreitadas por estímulos que normalmente não afetariam pulmões 
normais. A respiração é laboriosa, e o acúmulo de muco nos pulmões pode resultar em 
diminuição da transparência dos campos pulmonares (as radiografias de tórax são, no 
entanto, frequentemente normais). 
 
Atelectasia 
É uma condição e não uma doença, em que ocorre o colapso de parte ou de todo o 
pulmão, em decorrência de uma obstrução brônquica, ou perfuração ou rompimento de 
uma passagem aérea. Essa região aparecerá com maior densidade radiológica, e pode 
ocorrer o desvio da traquéia e do coração em direção à lesão. 
 
Bronquiectasia 
Nessa condição, ocorre uma dilatação brônquica em decorrência de infecções ou de 
anomalias congênitas de porções das vias aéreas, eventualmente criando obstruções. Ela 
pode se desenvolver em qualquer idade, porém se inicia preferencialmente em crianças 
pequenas. Condições graves podem requerer um discreto aumento dos fatores de 
exposição. 
 
Crupe 
Condição (primariamente em crianças de 1 a 3 anos de idade) causada por infecção viral. 
Caracteriza-se por uma respiração laboriosa e uma tosse seca rude, freqüentemente 
acompanhada de febre. É comumente tratada com antibióticos, mas radiografias em AP e 
lateral de pescoço e das vias aéreas superiores podem ser necessárias para demonstrar 
o característico estreitamento afilado das vias aéreas superiores, principalmente em AP. 
 
Fibrose Cística 
Nessa condição herdada, secreções espessas causam progressiva obstrução de 
brônquios e bronquíolos, que podem ser demonstrados na radiografia de tórax com 
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aumento da densidade radiológica em certas regiões do pulmão.Sintomas pulmonares 
não são evidentes ao nascimento,mas se desenvolvem depois. Uma condição associada 
freqüentemente no neonato é o íleo meconial (obstrução intestinal causada por mecônio). 
Mecônio é uma secreção verde escurecida do fígado e intestino misturado com líquido 
amniótico. 
 
Síndrome da Aspiração de Mecônio 
Durante o parto, o feto sob estresse pode evacuar fezes meconiais no líquido amniótico, 
que pode então ser aspirado para os pulmões. Isso pode resultar em obstrução das vias 
aéreas, causando colapso alveolar, que por sua vez pode ocasionar ruptura do pulmão, 
levando o paciente a um pneumotórax ou atelectasia. 
 
Epiglotite 
Essa infecção bacteriana da epiglote é mais comum em crianças entre 2 a 5anos de 
idade, mas pode ocorrer em adultos também. A epiglotite é uma condição grave que 
pode ser rapidamente fatal (horas após o início dos sintomas), resultando em obstrução 
das vias aéreas por edema. É usualmente examinada pelo especialista na sala de 
emergência por meio de um laringoscópio que pode reabrir as vias aéreas inserindo um 
tubo endotraqueal ou através de uma traqueostomia (através de uma abertura 
no pescoço). O médico ou um enfermeiro deve acompanhar o paciente à sala de exame 
para assegurar que as vias aéreas permaneçam abertas. 
 
Doença da Membrana Hialina (atualmente chamada de síndrome do estresse respiratório). 
Essa é uma das principais indicações de radiografia de tórax em neonatologia, 
especialmente em prematuros.Nessa condição, os alvéolos e os capilares dos pulmões 
sofrem injúria ou infecção que resulta em um extravasamento de líquidos e sangue para o 
espaço intera alveolar ou para dentro dos próprios alvéolos.A DMH pode ser observada 
na radiografia de tórax pelo aumento da densidade dos campos pulmonares com um 
padrão granular, pois os espaços normalmente preenchidos por ar estão cheios de 
líquido. 
 
Neoplasia 
A formação de uma neoplasia (tumor ou crescimento anormal) pode ocorrer dentro do 
trato respiratório. Os sintomas incluem hemoptise (tosse com sangue), tosse persistente ou 
rouquidão. Elas são mais comuns nos adultos, mas podem ocorrer em crianças. 
 
Pneumonia (pneumonite) 
Essas inflamações dos pulmões resultam em acúmulo de líquido dentro de certas partes 
dos pulmões, criando um aumento da densidade nessas regiões. Radiografias em PA e 
lateral em posição ortostática são os exames iniciais mais comumente 
utilizados.Pneumonias podem ocorrer em neonatos por ruptura de membranas, que 
permite a aspiração de líquido amniótico para os pulmões. 
 
Pneumotórax 
 
Esse acúmulo de ar no espaço pleural causa um colapso total ou parcial do pulmão. Pode 
ser causado por trauma ou condições patológicas que causem a ruptura de áreas frágeis 
do pulmão.Ocorre em lactentes em ventilação mecânica, em que o ar pode escapar dos 
alvéolos para os tecidos moles entre o pulmão e o coração, uma condição chamada 
pneumomediastino, que pode com plicar com um pneumotórax. 
 
Desordens da Tireóide Bócio Congênito 
 
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A tireóide aumentada pode ocorrer em decorrência de um funcionamento diminuído 
(hipotireoidismo) ou aumentado (hipertireoidismo). 
 
Cretinismo 
 
Nesse hipotireoidismo neonatal, os sintomas incluem icterícia, idade óssea 
atrasada epossível nanismo. Exames radiológicos incluem a demonstração dos centros 
de ossificação dos ossos longos para avaliar o atraso na idade óssea. Radiografias de 
crânio podem demonstrar aumento da espessura da abóbada craniana, além de suturas 
alargadas e retardo no fechamento das fontanelas. 
 
Doença de Graves Neonatal 
Uma doença mortal que acomete filhos de mulheres portadoras dedoença de Graves, 
uma forma de hipertireoidismo em adultos, em atividade ou não. O aumento datireóide 
pode ocasionar dificuldade respiratória por compressão ou obstrução das vias 
aéreas.Radiografias de tórax e das vias aéreas superiores podem ser necessárias 
para demonstrar essa condição. 
 
INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA O SISTEMA OSTEOARTICULAR EM PEDIATRIA 
 
1. Displasia do Desenvolvimento do Quadril; 
O termo antigo era luxação congênito de quadril.Nessa condição, a cabeça do fêmur é 
separada do acetábulo no neonato. A causa do defeito é desconhecida, e ele é mais 
frequente em meninas, em pacientes nascidos de parto pélvico (denádegas) e com 
história familiar positiva em parentes próximos. O ultra-som é utilizado para confirmara 
displasia no recém-nascido. Radiografias de quadril podem ser utilizadas posteriormente, 
o que vai requerer proteção gonadal adequada. 
 
2. Hidrocefalia 
A hidrocefalia é causada pelo aumento dos ventrículos cerebrais, pois o líquido 
cerebrospinal (Iíquor) produzido por eles não consegue ser drenado, resultando em 
aumento da pressão intracraniana e alargamento do perímetro cefálico. 
 
Diagnóstico e tratamento: 
Espinha bífida pode ser demonstrada antes do nascimento, através doultra-som 
gestacional. Estudos radiológicos pós-parto incluem a mielografia, e principalmente a TC 
ou RM, que visualizam a herniação da medula e das raízes. Radiografias pré-operatórias 
são utilizadas durante o procedimento de fechamento cirúrgico, bem como para a 
colocação de derivações quando houver hidrocefalia associada ou para a correção de 
outras anormalidades físicas associadas. 
 
J. Osteoporose Juvenilldiopática 
Esse tipo de osteoporose (em que os ossos ficam mais frágeis e com menor densidade) 
ocorre em crianças e adultos jovens. 
 
4. Osteomielite 
 
Essa infecção acomete o osso (osteíte) ou a medula óssea (mielite). Em crianças, a 
infecção ocorre primeiramente em ossos longos dos membros superiores e inferiores. 
 
Diagnóstico: 
Radiografias simples não mostrarão sinais precoces da doença, porém com a evolução 
observamos lesões em "roído de traça" nas diáfises dos ossos longos. Sinais precoces 
13 
 
serão mais bem avaliados com cintigrafia óssea, um procedimento de medicina nuclear. 
TC ou RM podem demonstrar as áreas afetadas em estágios iniciais. 
 
5. Osteocondroplasia 
Nesse grupo de doenças hereditárias, os ossos crescem de maneira anormal, a maior 
parte das vezes levando a nanismo ou a baixa estatura. 
 
Acondroplasia 
Acondroplasia é a forma mais comum de nanismo com encurtamento de membros.Nessa 
condição, a formação óssea é diminuída nas placas de crescimento dos ossos longos, 
acarretando o encurtamento dos membros com um tamanho do tronco próximo do 
normal. 
 
6. Osteopetrose (Ossos Marmóreos) 
Nessa condição hereditária, há aumento da densidade óssea.Ela pode cursar com 
anomalias cranianas. A doença pode ser mais ou menos grave. Quando grave, tem início 
na infância e é frequentemente fatal. Ela pode ser diagnosticada no período pré-natal 
através do ultra-som, ou radiograficamente pelo inventário ósseo de crianças ou adultos. 
O aumento da densidade dos ossos pode requerer aumento do tempo de exposição. 
 
7. Osteocondrose 
Esse grupo de doenças acomete primariamente as epífises ou as placas decrescimento 
dos ossos longos, resultando em dor, deformidades e anormalidades do crescimento 
ósseo. 
 
Doença de legg-Calvé-perthes 
Essa condição resulta de um crescimento anormal no quadril (cabeça e colo do fêmur). 
Ela afeta crianças de 5 a 10 anos de idade (a cabeça do fêmur primeiro aparece achatada 
e depois fragmentada); geralmente acomete apenas um quadril e é mais comum em 
meninos. 
 
Doença de Osgood-Schlatter 
Essa condição causa a inflamação da tuberosidade tibial (área de inserção do tendão). É 
mais comum em meninos entre 5 a 10 anos de idade e afeta geralmente apenas uma 
perna. 
 
Doença de Scheuermann 
Nessa condição relativamente comum, alterações do desenvolvimento das vértebras 
acarretam uma cifose (corcunda). A doença de Scheuermann é mais comum em 
meninos e começa no início da adolescência. 
 
Doença Óssea de Kohler 
Essa doença causa a inflamação óssea e da cartilagem do osso navicular dopé. É mais 
comum em meninos, começando entre os 3 a 5 anos de idade e durando raramente mais 
de2 anos. 
 
8. Osteomalacia (Raquitismo- osteomalacia infantil) 
Nessa condição, os ossos em desenvolvimento não calcificam, causandodeformidades 
esqueléticas. O sinal mais comum é o encurvamento das pernas, com o encurvamento do 
fêmur distal, da tíbia e da fíbula (tíbia em "sabre"), observado nas radiografias de 
membros inferiores. 
 
9. OsteogenesisImperfecta 
14 
 
Condição herdada na qual os ossos são excessivamente frágeis.Crianças com essa 
condição podem nascer com múltiplas fraturas, resultando em deformidades e/ou 
nanismo. As suturas do crânio são alargadas e contêm vários pequenos ossos 
wormianos. 
 
10. Mielomeningocele 
A coluna vertebral, também conhecida como espinha dorsal, 
começa a ser formada logo nas primeiras semanas da 
gravidez e vai crescendo junto com o feto. A partir de seis 
ou sete semanas começa a ossificação das vértebras da 
coluna. Dentro da coluna vertebral há um pequeno espaço, 
um canal. Por ali, bem protegidos pelos ossos, passam a 
medula (que é uma espécie de fábrica de sangue do nosso 
organismo) e os nervos espinhais, que se ligam ao cérebro 
e ajudam a comandar os movimentos do corpo. Durante a 
gestação, essa estrutura de ossos não se fecha completamente. Quando isso acontece, 
partes da medula e do sistema nervoso, que deveriam estar dentro do canal, protegidos 
pelos ossos da espinha, ficam expostas. Essa malformação recebeu o nome de 
mielomeningocele (MMC) ou espinha bífida aberta. 
 
11. Tumores 
Tumores ósseos malignos são mais raros em crianças que em adultos como os outros 
tipos de câncer. Alguns tipos de tumores ósseos benignos podem ser encontrados em 
adolescentes e adultos jovens, porém são menos comuns em lactentes e em crianças 
pequenas. 
 
ABDOME PEDIÁTRICO 
 
6. Hepatite 
 
Condição causada por infecção do fígado pelo vírus da hepatite B, geralmente transmitido 
durante o parto pela mãe infectada. 
 
7. Hepatomegalia 
 
Hepatomegalia, ou aumento do fígado, indica uma doença no fígado, como hepatite 
aguda, cirrose ou obstrução das vias biliares. 
 
8. Rim em Ferradura 
Condição congênita na qual os dois rins estão unidos na pelve inferior. Os rins sofrem 
uma má rotação, voltados anteriormente, e os ureteres se inserem na face anterior, 
em vez desse inserirem normalmente na face medial. É a anomalia de fusão renal mais 
comum. 
 
9. Hidronefrose 
 
Hidronefrose, ou aumento renal por distensão urinária, é causada por obstrução das vias 
urinárias, que pode resultar de tumores, cálculos renais, infecções graves do trato urinário 
ou anomalias congênitas estruturais. 
 
10. Doença Inflamatória Intestinal (DIl) 
 
15 
 
DII inclui as desordens inflamatórias crônicas do intestino.As duas mais comuns são a 
doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, que têm sintomas semelhantes. Elas podem 
ocorrer em qualquer idade, porém são mais frequentes entre os 14 e os 30anos de idade. 
 
11. Obstrução Intestinal 
Em adultos, a obstrução intestinal geralmente é decorrente de aderências fibrosas 
ocasionadas por cirurgias prévias. Em neonatos e lactentes, a obstrução intestinal é 
causada principalmente por defeitos congênitos como intussuscepção, volvo ou 
íleo meconial. 
 
Intussuscepção (invaginação) 
É uma obstrução mecânica causada pela projeção de uma alça intestinal dentro de outra. 
Mais comum na região do íleo terminal. 
 
Volvo 
É uma obstrução causada pela torção do intestino sobre o próprio eixo. 
 
Íleo Meconial 
Obstrução ocasionada pelo conteúdo intestinal (mecônio), que é espesso e produz um 
bloqueio. Íleo também chamado de íleo paralítico ou íleo adinômico, é uma obstrução 
intestinal que não é mecânica, como no volvo ou na invaginação, mas uma obstrução 
decorrente da perda dos movimentos contráteis da parede intestinal. 
 
12. Divertículo de Meckel 
Desordem congênita presente ao nascimento, que consiste em uma dilatação em forma 
de saco da parede do intestino delgado (íleo). Não é uma desordem grave por si mesma, 
tendo pouco ou nenhuma sintomatologia. Pode não ser visualizado nos 
estudos radiológicos do tubo gastrointestinal, sendo comumente um achado em cirurgias 
abdominais por outras razões ou em cintigrafias. 
 
13. Enterocolite Necrotizante 
Condição ocasionada pela inflamação da mucosa do intestino geralmente por infecção. 
Ocorre principalmente em prematuros, podendo levar à morte tecidual departes do 
intestino. Essa condição pode ser diagnosticada pelo RX simples de abdome, que 
evidencia o gás produzido pelas bactérias dentro da parede intestinal. 
 
14. Úlcera Péptica 
Erosão da mucosa estomacal ou duodenal, que pode ocorrer em recém-nascidos, 
lactentes ou crianças pequenas. Acredita-se que seja hereditária. 
 
15. Doença Renal Policística (Lactentes ou Crianças) 
Nessa condição renal herdada, ocorre o aparecimento de vários cistos no rim, causando 
um aumento do rim em lactentes e crianças.Geralmente é fatal quando acomete ambos 
os rins, impossibilitando a diálise ou o transplante. 
 
16. Pielonefrite 
Infecção bacteriana renal, geralmente associada ou causada por refluxo vesico ureteral 
de urina da bexiga até os rins. 
 
17. Estenose Hipertrófica de Pilara 
Esse estreitamento ou bloqueio do piloro ou do estômago distal frequentemente ocasiona 
vômitos de repetição. 
 
18. Tumores 
16 
 
Tumores malignos (câncer) ocorrem menos em crianças do que em adultos e são 
habitualmente de melhor prognóstico. 
 
Tumor de Wilms 
Indica um câncer renal de origem embrionária. Ocorre principalmente em crianças abaixo 
de 5 anos de idade. É a forma mais comum de câncer abdominal em crianças e lactentes, 
acometendo normalmente apenas um dos rins. 
 
Neuroblastoma 
Estão associados a crianças abaixo de 5 anos de idade. Ocorrem em partes do sistema 
nervoso, principalmente as suprarrenais. É o segundo tumor mais comum em crianças. 
 
19. Infecção do Trato Urinário (ITU) 
ITU pode ocorrer em crianças e adultos, e é causada por bactérias, vírus, fungos e 
alguns tipos de parasita. Infecções bacterianas em neonatos acometendo bexiga e uretra 
são mais frequentes em meninos, mas a partir de 1 ano de idade são mais comuns em 
meninas. Uma causa frequente de ITU é o refluxo vesico ureteral. 
 
20. Refluxo Vesico ureteral 
Essa condição causa o retorno da urina da bexiga em direção dos ureteres e dos rins, 
aumentando assim a chance de espalhar a infecção da uretra e da bexiga para os rins. 
 
TÓRAX 
 
INCIDÊNCIAS EM AP E PA 
 
Patologia Demonstrada Tórax 
Patologias ocorrendo nos campos pulmonares BÁSICOS diafragma, ossos do tórax e 
mediastino, inclui o AP/PA indo coração e vasos da base. Lateral Observação: Os 
pacientes devem sempre que possível ser examinados em posição ortostática. 
Geralmente, pacientes pediátricos, se tiverem idade suficiente, devem ser examinados em 
posição ortostática, usando um Pigg-O-Stat ou outro instrumento de imobilização 
semelhante. Exceção são as crianças em isolette ou muito jovens para sustentarem a 
cabeça. Fatores Técnicos Tamanho do filme - determinado pelo tamanho do paciente. 
Filme transversal se o chassi estiver sob o paciente. Grade não é necessária. Pequeno 
ponto focal70-80 kVp, menor tempo de exposição possível 
 
Proteção Protetores: de contato de chumbo devem ser posicionados na área da pelve, 
na altura da crista ilíaca superior. 
 
Posição do Paciente 
Paciente em decúbito dorsal, os braços estendidos, para remover as escápulas dos 
campos pulmonares. Os braços devem estar presos à maca por sacos de areia ou tiras 
de velcro, se for utilizada a Prancha Tam-em. Pernas estendidas para evitar a rotação da 
pelve. Pernas e quadris são fixados com a colocação de sacos de areia dos quadris até a 
parte superior do joelho. Se for utilizada a Prancha Tam-em, eles serão fixados à maca 
por tiras de velcro. Utilizando a ajuda dos pais (se não estiver grávida): 
 
1. Peça aos pais para despirem o tórax do filho. 
 
2. Dê aos pais luvas e avental de chumbo. 
 
3. Coloque a criança sobre o chassi. 
 
17 
 
4. Os pais devem estender os braços da criança acima da cabeça com uma mão 
enquanto mantêm a cabeça inclinada para trás, evitando a superposição com o tórax. 
Com a outra mão, eles devem segurar as pernasda criança na altura dos joelhos, 
aplicando a pressão necessária para evitar movimento. 
 
5. Colocar os pais em uma posição que não impeça a visão do técnico durante o exame. 
 
6. Colocar luvas de chumbo sobre as mãos dos pais se eles não as estiverem usando 
(pode ser mais fácil segurar o paciente sem utiliza-Ias). Posição da Parte Colocar o 
paciente sobre o chassi mantendo os ombros 2 polegadas (5 cm) abaixo da margem 
superior do chassi. Certificar-se de que o tórax não esteja rodado. 
 
Raio Central 
 
Raio central perpendicular ao filme, centrado no plano sagital médio na altura do tórax 
médio, que equivale aproximadamente à linha dos mamilos. 
 
Distância foco-filme de 50 a 60 polegadas (127 a 212 cm); tubo elevado na maior altura 
possível. 
 
Colimação 
 
Colimação fechada nos quatro lados das margens torácicas. 
 
Respiração 
 
Fazer a exposição um segundo após uma inspiração profunda.Se a criança estiver 
chorando, observar a respiração e radiografar imediatamente após uma inspiração 
profunda. 
 
Radiografia em Posição Ortostática com o Pigg-O-Stat Posição do Paciente 
Paciente colocado no assento, com as pernas pendendo pela abertura central.Ajuste a 
altura do assento para que a borda superior do chassi fique 1 polegada (2,5 cm) acima 
dos ombros.Os braços são elevados, e fixadores corporais são firmemente ajustados 
contra o corpo e seguros na base ajustável com tiras.Protetores de chumbo são 
colocados 1 polegada (2,5 cm) acima da crista ilíaca. Marcadores de direito e esquerdo e 
(inspiração) devem ser corretamente posicionados na parte inferior da imagem.Certificar-
se de que não há rotação. 
 
Raio Central 
Raio central perpendicular ao filme na altura da metade dos campos pulmonares (linha 
mamilar) DFoFi de 72 polegadas (180 cm) 
 
Colimação 
Colimação fechada nos quatro lados das margens externas do tórax. 
 
Respiração 
Se a criança estiver chorando, observar a respiração e radiografar quando a criança 
inspirar profundamente e prender a respiração. (Crianças). Podem frequentemente 
prender a respiração após uma sessão prática. 
 
Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 
18 
 
O pulmão todo deve ser incluído, dos ápices (C12-T1) até os ângulos costofrênicos. A 
traquéia preenchida com arde T1 para baixo deve ser tão bem visualizada quanto os hilos 
pulmonares, coração e ossos do tórax. 
 
Posicionamento: 
Queixo suficientemente elevado para prevenir a superposição dos ápices. Sem rotação, 
demonstrado pela distância igual entre as margens laterais das costelas de cada lado da 
coluna e a distância das articulações escápulo-humerais da coluna. Inspiração plena 
(ocasionalmente 10) arcos costais posteriores acima do diafragma na maior parte 
dos pacientes. 
 
Colimação e RC: 
Margens da colimação nos quatro lados com margem superior e inferior, indicando o RC 
corretamente localizado no meio dos campos pulmonares (T6 ou T7). 
 
Critérios de Exposição: 
Contraste pulmonar suficiente para visualizar as finas marcas pulmonares. Silhuetas de 
vértebras e costelas visualizadas através do coração e estruturas do mediastino. Nenhum 
movimento, como se evidencia pelas bordas precisa das margens costais, diafragma e 
sombra cardíaca. 
 
TÓRAX 
 
INCIDÊNCIA LATERAL DO TÓRAX 
 
Patologia Demonstrada 
Patologias acometendo os campos pulmonares, traquéia, diafragma, coração, ossos do 
tórax; incidências com feixes horizontais são necessárias para visualizar níveis 
hidroaéreos como no hemotórax ou no edema pulmonar 
 
Tórax - AP/PA 
 
Lateral - Fatores Técnicos 
 
Tamanho do filme - determinado pelo tamanho do paciente. Filme longitudinal sobre o 
paciente (a não ser que o feixe horizontal seja feito na Prancha Tam-em) Grade não é 
necessária Pequeno ponto focal75-80 kVp, menor tempo de exposição possível 
 
Proteção 
Protetores de contato de chumbo devem ser posicionados diretamente sobre a pelve, na 
altura da crista ilíaca superior. 
 
Posição do Paciente 
Paciente deitado de lado sobre a lateral verdadeira (geralmente à esquerda), com os 
braços estendidos sobre a cabeça para remove-los dos campos pulmonares. Curvar os 
braços nos cotovelos para maior conforto e estabilidade, com a cabeça entre 
os braços.Colocar um saco de areia sobre o braço mais próximo do filme.Colocar um 
segundo saco de areia na parte de cima do úmero que estiver por cima. Colocar um 
terceiro saco de areia entre as pernas do paciente enquanto curva as pernas para 
frente.Um quarto saco de areia é colocado sobre os quadris para maior imobilização do 
paciente. Se utilizar a Prancha Tam-em, a posição do paciente será igual à descrita para 
AP. Vire o tubo de raios X para feixes horizontais e coloque o chassi vertical contra a 
parede lateral do tórax, como demonstrado (Fig. 20.33).Se a ajuda dos pais for 
necessária, faça o seguinte: 
19 
 
 
1. Coloque o paciente no chassi na posição lateral esquerda (a não ser que a posição 
direita esteja indicada). 
 
2. Colocar os braços sobre a cabeça e segura-los com uma mão. Colocara outra mão 
sobre a lateral do quadril para evitar movimento de rotação ou torção. 
 
3. Colocar os pais em uma posição que não impeça a visão do técnico durante o exame. 
 
4. Colocar luvas de chumbo sobre as mãos dos pais se eles não as estiverem usando. 
 
Posição da Parte 
Colocar o paciente no meio do chassi com os ombros 2 polegadas (5cm) abaixo do topo 
do chassi.Não deve existir nenhum tipo de rotação; certifique-se da posição lateral 
verdadeira. 
 
Raio Central 
Raio central perpendicular ao filme centrado no plano coronal mediano ao nível da 
linha mamilar. Com o uso da Prancha Tam-em, o tubo de raios X é centrado 
horizontalmente, com o tubo na posição lateral ao plano coronal mediano do tórax na 
altura da linha mamilar DFoFi de 50 a 60 polegadas (127 a 212 cm) 
 
Colimação 
Colimação fechada nos quatro lados das margens externas. 
 
Respiração 
Fazer a exposição um segundo após uma inspiração profunda.Se a criança estiver 
chorando, observar a respiração e radiografar quando a criança inspirar profundamente. 
 
Lateral de Tórax 
Ele pode ser utilizado em crianças pequenas cerca de 2 anos de idade (a idade desse 
paciente é 16 meses). Os fixadores corporais maiores estão sendo usados nesse 
paciente, e o assento está ajustado na posição mais baixa. 
 
Posição do Paciente 
O paciente é colocado no assento e a sua altura é ajustada para que o porta-filme fique 1 
polegada (2,5 cm) acima dos ombros.Os braços são elevados e fixa dores são ajustados 
firmemente ao corpo, seguros pela base ajustável e por tiras. Protetores de chumbo são 
levados até a altura de 1 polegada (2,5 cm) acima da crista ilíaca.Marcadores adequados 
de direita e esquerda e de inspiração são colocados na área de exposição 
do filme.Certifique-se de que não haja rotação. 
 
Procedimento se a incidência lateral for realizada após o PA: Se opaciente já estiver 
na posição para a incidência PA, então a base giratória é rodada em 90° para a posição 
lateral. A proteção de chumbo permanece no lugar, e os marcadores são trocados para 
indicar o lado correto. O chassi é então colocado 
 
Raio Central 
RC perpendicular ao filme na altura da porção média do tórax (linha mamilar). DFoFi 
de 72 polegadas (180 cm). 
 
Colimação 
Colimação fechada nos quatro lados das margens externas do tórax. 
 
20 
 
Respiração 
Se a criança estiver chorando, observar a respiração e radiografar quando a criança 
inspirar profundamente e prender a respiração. 
 
Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 
O pulmão todo deve ser incluído, dos ápices até os ângulos costofrênicos e do 
esterno anteriormente até as costelas posteriores. 
 
Posicionamento: 
Queixo e braços devem estar suficientemente elevados para prevenir a superposição 
excessiva de tecidos moles sobre os ápices. 
 
Não deve haver nenhuma rotação; costelas posteriores e seios costofrênicos devem 
estar superpostos. 
 
Colimação e RC: Margens da colimação nos quatro lados com margem superior e 
inferior, com o RC nomeio dos campos pulmonares. 
 
Critériosde Exposição: 
Sem movimento, como fica evidenciado pelas linhas precisas do diafragma, costelas 
e marcas pulmonares. Exposição suficiente para visualizar a silhueta das costelas e 
marcas pulmonares através da sombra do coração e da região superior do pulmão, sem 
excessiva exposição de outras áreas do pulmão. 
 
MEMBROS SUPERIORES: AP LATERAL 
 
Observação: 
As rotinas e os protocolos de cada departamento, como os procedimentos de rotina para 
o posicionamento dos membros superiores de acordo com a idade e a indicação devem 
ser seguidos. Todo o membro superior deve ser incluído em lactentes e crianças 
pequenas. Para crianças maiores com maior desenvolvimento ósseo nas regiões 
articulares (exceto para inventário ósseo), articulações como o cotovelo e o punho devem 
ser radiografadas individualmente, com o RC centrado na articulação de interesse. Para 
crianças maiores, se a área de interesse for à mão, incidências em AP, oblíqua e laterais 
devem ser feitas, como no adulto. 
 
Patologia Demonstrada 
Fraturas, luxações, anomalias congênitas ou outras patologias envolvendo os membros 
superiores 
 
Membros Superiores 
 
Fatores Técnicos 
Tamanho do filme - determinado pelo tamanho do paciente grades não são usadas para 
partes do corpo com menos de 9 cm. Use écrans específicos para membros se 
eles estiverem disponíveis. Ponto focal pequeno55-65 kVp, menor tempo de exposição 
possível 
 
Proteção 
Fixar ou colocar proteção de chumbo sobre toda a pelve. 
 
Posição do Paciente 
Colocar o paciente em decúbito dorsal.Imobilizar as partes do corpo que não forem 
radiografadas com sacos de areia ou com Prancha Tam-em antes de posicionar a parte 
21 
 
que vai ser radiografada. Quando radiografar um osso longo, colocar o filme embaixo do 
membro radiografado, incluindo as articulações superior e inferior.Quando radiografar 
uma articulação, colocar o filme sob a articulação, incluindo pelo menos 1 a 2 polegadas 
(2,5 a 5 em) dos ossos longos proximal e distal. 
 
Posição da Parte 
Alinhar a parte a ser radiografada com o eixo longitudinal do filme; outras versalmente se 
for necessário para incluir todo o membro superior e ambas as articulações. 
 
AP: Supinar a mão e o antebraço na posição AP (com a mão e os dedos esticados). 
 
Lateral: Se o paciente estiver deitado, abduzir o braço e rodar o antebraço e a mão na 
posição lateral. 
 
Imobilização 
Imobilizar a mão, o antebraço e o úmero com fitas ou ataduras compressivas; ou pedir 
aos pais para imobilizar usando luvas de chumbo. 
 
Raio Central 
RC perpendicular ao filme direcionado ao ponto central da parte a serradiografada - DFoFi 
mínima de 40 polegadas (100 cm). 
 
Colimação 
Colimação fechada nos quatro lados da área a ser examinada. 
 
Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 
 
Ler a observação no topo da página anterior sobre as rotinas e os protocolos dos 
departamentos em relação a quanto do membro superior deve ser incluído. 
 
Posicionamento: 
Geralmente são obtidas duas incidências com ângulo de 90° entre cada uma. (Exceção 
para a mão, que requer incidência em PA e oblíqua. 
 
Colimação e RC: 
 
Bordas de colimação devem ser evidenciadas nos quatro lados sem cortar 
estruturas anatômicas essenciais. 
 
Critérios de Exposição: 
A ausência de movimento é evidenciada pelas marcas trabeculares e margens ósseas 
precisas. A exposição ótima demonstra partes moles e espaços articulares sem exposição 
inadequada das áreas mais densas do eixo dos ossos longos.Observação: Não foram 
usados a esponja com ângulo de posicionamento na incidência oblíqua da mão à direita; 
portanto, 05 dedos não estão paralelos ao filme, resultando em superposição das 
articulações interfalangianas. 
 
Patologia Demonstrada MEMBROS INFERIORES: AP LATERAL 
 
Fraturas, luxações, anomalias congênitas e doenças como Osgood-Schlatteroue 
osteomalacia. 
 
Membros Inferiores 
 
22 
 
Fatores Técnicos: 
Tamanho do filme determinado pelo tamanho da área a ser examinada, posição 
transversal do filme. Grade não é necessária para lactentes e crianças pequenas60-65 
kVp, menor tempo de exposição possível. Ponto focal pequeno. 
 
Proteção 
A proteção para as gônadas masculinas ou femininas deve ser colocada de forma a não 
obscurecer os quadris ou a porção proximal do fêmur 
 
Posição do Paciente e Raio Central AP e lateral: 
Paciente em decúbito dorsal com o chassi centrado sob o membro afetado,ou colocado 
diagonalmente para avaliar ambos os membros inferiores, se for necessário incluir a 
totalidade dos membros do quadril até os pés.Imobilizar o paciente com fitas ou bandas 
compressivas, ou pedir aos pais que segurem a perna na posição, com uma mão no 
quadril acima da pelve e a outra segurando o pé.Para a incidência lateral, faça a rotação 
externa da perna e imobilize como na incidência em AP. Para radiografar os dois 
membros inferiores, abduzir as pernas em "posição de rã". Imobilize com fita 
ou bandagem compressiva sobre os joelhos e/ou tornozelos. RC perpendicular à área 
média dos membros. DFoFi mínima, de 40 polegadas (100 em). 
 
Critérios Radiográficos 
Similares aos dos membros superiores da página anterior, exceto para posicionamento 
específico para membros inferiores demonstrados a seguir: 
 
AP: 
Epicôndilos medial e lateral do fêmur distal devem parecer simétricos no perfil. Tíbia e 
fíbula devem aparecer paralelas, com o mínimo de superposição. 
 
Lateral: 
Côndilos medial e lateral e epicôndilos do fêmur distal devem estar superpostos. Tíbia e 
fíbula devem aparecer superpostas em grande parte. 
 
Observação: 
Para lactentes, a rotina do departamento deve incluir o membro inferior inteiro. Também 
para lactentes ou crianças pequenas, exames bilaterais podem ser feitos para um 
inventário ósseo ou com o propósito de comparação. 
 
AP E LATERAL DA PERNA E PA E LATERAL DO PÉ – METÓDO KITE 
Observação: 
As rotinas e os protocolos de cada departamento, como os procedimentos para o 
posicionamento dos membros de acordo com a idade e a indicação diagnóstica 
específica, devem ser seguidos. Se a área de interesse for joelho, quadril, ou região do 
pé, imagens separadas devem ser obtidas com o RC centrado na articulação de 
interesse. 
 
Patologia Demonstrada 
Fraturas, luxações, deformidades congênitas e outras anomalias de membros inferiores 
como a doença de Kohler ou o pé torto. 
 
Perna 
 
Fatores Técnicos 
23 
 
Tamanho do filme determinado pelo tamanho da área a ser examinada, posição 
transversal do filme. Grade não é necessária para lactentes e crianças pequenas. Ponto 
focalpequeno55-65 kVp, menor tempo de exposição possível. 
 
Proteção 
Colocar proteção de chumbo sobre a pelve, proteção gonadal específica para os sexos 
masculino e feminino se o fêmur proximal for incluído. 
 
Posição do Paciente e Raio Central 
Perna em AP: Com o paciente deitado, imobilizar, se necessário, os membros que não 
forem radiografados. Colocar o chassi sobre o membro a ser radiografado, incluindo 
joelho e tornozelo. Colocar a perna para a incidência em AP, rodando o joelho 
internamente até que a linha interepicondilar esteja paralela ao plano do filme. Os pés e 
os tornozelos devem estar em posição anatômica.Imobilizar o membro na posição, se for 
necessário utilizando sacos de areia, fitas ou bandagens compressivas. Se os pais forem 
solicitados a ajudar, pedir que segurem a perna na posição, com uma mão firme no 
quadril acima da pelve e a outra se segurando os pés. Raio central perpendicular ao meio 
da perna. DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm). Perna em incidência lateral: Rodar o 
paciente na direção do lado afetado, com o joelho curvado a 45°. Imobilizar as partes do 
corpo que não forem radiografadas.Se os pais forem solicitados a ajudar, pedir que 
mantenham os pés e os quadris em posição. Imobilizar o membro com sacos de 
areia, fitas ou bandagens compressivas.Raio central perpendicular ao meio da perna. 
DFoFi mínima de 40polegadas (100 cm). 
 
Colimação 
 
Colimação fechada nos quatro lados da perna, incluindo joelhos e tornozelos. 
 
APe Lateral do Pé 
AP do pé: Colocar o paciente em um suporte elevado com o joelho fletido e o pé sobre o 
filme. Use fita adesiva para imobilização. Raio central perpendicular ao meio do pé. DFoFi 
mínima de 40 polegadas (100 cm). Lateral do pé: Com o paciente deitado ou sentado na 
maca, rodar a perna externamente para colocar o pé em uma posição lateral. Use fita 
para imobilizar.Raio central perpendicular ao meio do pé. DFoFi mínima de 40polegadas 
(100 cm). 
 
Colimação 
Colimação fechada nos quatro lados da área do pé. 
 
Pé Torto Congênito - Método Kite 
O pé é posicionado para AP e lateral, como demonstrado, sem tentar retifica-lo quando 
estiver sobre o chassi. Por causa da forma distorcida (Fig. 20.55), pode ser difícil 
conseguir uma incidência AP verdadeira e lateral, mas duas incidências com ângulo de 
90° entre elas devem ser obtidas. Os dois pés são geralmente radiografados 
separadamente para fins de comparação. 
 
INCIDÊNCIA AP E LATERAL PARA QUADRIL E PELVE 
 
Aviso: 
Não tentar colocar o quadril em posição de rã até que fraturas tenham sido descartadas. 
 
Proteção 
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Antes de radiografar o paciente, discutir o exame com o radiologista.A história do paciente 
pode requerer que não seja usada proteção gonadal para não obscurecer a área de 
interesse do exame. 
 
Meninas: 
Proteção cuidadosa da área das gônadas. Colocar a proteção pediátrica feminina abaixo 
do umbigo e acima do púbis. Isso evita cobriras articulações do quadril. 
 
Meninos: 
Colocar cuidadosamente a borda superior do protetor na linhada sínfise pubiana. 
 
Posição do Paciente e da Parte 
Alinhar o paciente com o centro da maca ou do porta-filme.Imobilizar o paciente de uma 
forma que a pelve não fique rodada. Mobilizar os braços com saco de areia ou Prancha 
Tam-em. 
 
AP: Com o paciente em decúbito dorsal, posicionar os quadris para AP rodando 
internamente os joelhos e os pés até que a parte anterior dos pés se cruzem. Imobilizar 
os membros inferiores na posição com fita ou sacos de areia. 
 
Lateral: Abduzir as pernas colocando as solas dos pés juntas, os joelhos curvos dos e 
abduzidos. Prender as solas dos pés, se necessário.Manter os joelhos na posição 
lateral, fixando-os na maca com fita nos dois lados da maca. Também pode ser utilizada 
bandagem compressiva. 
 
Patologia Demonstrada 
Fraturas, luxações, deformidades congênitas e outras patologias que acometem a pelve e 
o quadril, como a doença de Legg-Calvé-Perthes. 
 
Fatores Técnicos: 
Tamanho do filme determinado pelo tamanho da área a ser examinada, posição 
transversal do filme. Grade móvel ou fixa de maior que 9 cm. Ponto focal pequeno. 60-65 
kVp, menor tempo de exposição possível 
 
Pelve e Quadril 
 
Raio Central 
RC perpendicular ao filme, centrado no meio do quadril. DFoFi mínima de40 polegadas 
(100cm) 
 
Colimação 
Colimação fechada nos quatro lados da área de interesse. 
 
Respiração 
Com lactentes e crianças pequenas, observar o padrão respiratório. Fazer a exposição 
quando o abdome estiver parado. Se o paciente estiver chorando, observar quando o 
abdome estiver completamente plano. 
 
Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 
 
Filmes com tamanho suficiente para incluir a pelve e fêmures proximais devem ser 
utilizados. 
 
Posicionamento: 
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A ausência de rotação da pelve é demonstrada pela simetria das asas do ilíaco e dos 
forames obturadores bilaterais 
 
AP: A rotação interna correta das pernas é evidenciada pela visualização do colo do 
fêmur e trocânter maior no perfil (o trocânter menor não deve ser visualizado). 
 
Lateral: Posicionamento correto do fêmur proximal é evidenciado pela superposição do 
trocânter maior e colo do fêmur com trocânter menor no perfil inferior. 
 
Colimação e RC: Bordas mínimas de colimação devem ser visíveis. 
 
INCIDÊNCIAS AP, AP CALDWELL E AP DE TOWNE DO CRÂNIO 
 
Patologia Demonstrada 
Fraturas, anomalias congênitas do crânio incluindo suturas e/ou fontanelas, tamanho do 
crânio, avaliação de derivações ventriculares, tumores ósseos e outras patologias do 
crânio. Crânio (Cabeça), CaldwellAP Towne e Lateral 
 
Fatores Técnicos: 
Tamanho do filme -lactentes e crianças pequenas: 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), em 
sentido longitudinal crianças e adolescentes Jovens: 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas), em 
sentido longitudinal. Grade móvel ou fixa de maior que 9 cm. Pequeno ponto focal65-70 
kVp, menor tempo de exposição possível 
 
Proteção 
Fixar ou sobrepor a proteção de chumbo sobre toda a pelve. 
 
Posição do Paciente E8 
Mumificar o corpo e os membros do paciente se necessário.Se o paciente estiver deitado, 
alinha-lo com a linha média da maca ou da grade.Se necessário, colocar sacos de areia 
sobre as pernas do paciente e de cada lado do corpo mumificado. Ataduras compressivas 
também podem ser usadas se necessário. 
 
Posição da Parte 
Posicionar a cabeça sem rotação.Ajustar o queixo para que a linha orbitomeatal (LOM) 
esteja perpendicular ao filme. Mobilizar a cabeça com fixadores ou suportes como 
demonstrado. Fitas podem ser usadas se necessário, porém a face adesiva deve ser 
virada para não ficar em contato com a pele do paciente. 
 
Raio Central 
RC centrado na glabela AP: RC paralelo à linha orbitomeatal AP reverso de Caldwell: RC 
150 cranial a LOMAP Towne: RC 300 caudal a LOM Centralizar o chassi em relação 
ao RC. DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm) 
 
Colimação 
Colimação fechada nos quatro lados das margens externas do crânio. Observação: 
Geralmente a ajuda dos pais na imobilização não é necessária se forem usados 
dispositivos de imobilização. 
 
Colimação e RC: 
Bordas de colimação observadas nos quatro lados, com RC na glabela, entre as margens 
supra-orbitárias. 
 
Critérios de Exposição: 
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A ausência de movimento é evidenciada pelas margens precisas das estruturas ósseas. 
Penetrância e exposição suficientes para visualizar o frontal e as pirâmides através das 
órbitas 
 
Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 
O crânio todo, incluindo ossos cranianos e da face. 
 
Posicionamento: 
Nenhuma rotação deve ocorrer, como fica evidente pela simetria das órbitas com 
distância igual da margem externa do crânio. AP: Sulcos petrosos superpostos com as 
margens superiores da órbita. AP com ângulo de 15° cefálico: Pirâmides petrosas e 
canais auditivos internos são projetados da metade ao terço inferior das órbitas. AP 
Towne com ângulo de 300 cefálico: Pirâmides petrosas projetadas abaixo a borda inferior 
da órbita, permitindo a visualização de toda a borda. 
 
POSIÇÃO LATERAL DO CRÂNIO 
Patologia Demonstrada 
As mesmas da incidência AP descritas na página anterior. 
 
Crânio (Cabeça) 
Fatores Técnicos: 
Tamanho do filme - lactentes e crianças pequenas:18 x 24 cm(8 x 10 polegadas), em 
sentido transversal crianças e adolescentes Jovens:24 x 32 cm (10 x 12 polegadas), 
em sentido transversal. Grade móvel ou fixa de maior que 9 cm. Pequeno ponto focal65-
70 kVp, menor tempo de exposição possível 
 
Proteção 
Fixar ou sobrepor escudo de chumbo sobre toda a pelve. 
 
Posição do Paciente 
Mumificar o corpo e os membros do paciente (pode ser necessário em lactentes e 
algumas crianças pequenas). Paciente em decúbito lateral parcial, centrado na linha 
média da maca.Colocar sacos de areia ao longo das costas do paciente e embaixo do 
lado elevado do paciente. Se necessário, colocar sacos de areia entre as nádegas e 
pernas do paciente. Uma bandagem compressiva pode ser utilizada se eles forem 
necessários. 
 
Posição da Parte 
Rodar a cabeça para posição lateral verdadeira e mantê-la colocando uma esponja ou 
toalha enrolada sob a mandíbula.Colocar suportes de peso ou esponjas e saco de areia 
atrás da cabeça para evitar o seu movimento posterior.Usar bandagens compressivas em 
volta da cabeça ou fitas fixadas nas bordas da maca com o lado adesivo voltado para fora 
para evitar o contato com a pele. Sacos de areia podem ser colocados sobre a fita para 
evitar a elevação da cabeça da maca. 
 
Raio Central 
RC perpendicular ao filme, centrado na metade docaminho entre a glabelae a 
protuberância occipital (inio), 2 polegadas (5 cm) acima da EAM.Filme centrado no RC - 
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm). 
 
Colimação 
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Colimação fechada nas quatro margens externas do crânio.Observação: Para lactentes, 
Prancha Tam-em pode ser usada para exames do crânio em posição lateral com feixe 
horizontal. 
 
Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 
O crânio todo e a região cervical superior. 
 
Posicionamento: a ausência de rotação é demonstrada pela superposição dos ramos da 
mandíbula, teto da órbita e asas do esfenóide. Sela turca eclivus são demonstrados no 
perfil sem rotação. 
 
Colimação e RC: Bordas de colimação observadas nos quatro lados, com RC entre a 
glabela e a parte mais posterior do osso occipital. 
 
Critérios de Exposição: A ausência de movimento é evidenciada pelas margens 
precisas das estruturas ósseas. Penetrância e exposição são suficientes para visualizar a 
região parietal e a borda lateral da sela turcas em expor excessivamente as margens 
externas do crânio. 
 
INCIDÊNCIA AP: RX SIMPLES DE ABDOMEN 
Patologia Demonstrada 
Patologias abdominais que envolvem padrões de distribuição gasosa, tecidos moles, 
possíveis calcificações e/ou outras anomalias ou doenças do abdome. 
 
Abdome 
Fatores Técnicos: 
Tamanho do filme determinado pelo tamanho do paciente, sentido longitudinal do filme. 
Velocidade de 400 combinação tela/filme. Grade fixa ou móvel de maior que 9 cm65-85 
kVp do neonato até os 18 anos de idade, menor tempo de exposição possível 
 
Proteção 
Utilizar proteção gonadal pediátrica em todos os pacientes do sexo masculino - tamanho 
apropriado para a idade (prender a proteção no lugar). Sem proteção para pacientes do 
sexo feminino. 
 
Posição do Paciente e da Parte 
Paciente deitado alinhado com a linha média da maca ou do chassi. Imobilizar com sacos 
de areia flexíveis ou bandagem compressiva. Neonatos e lactentes jovens: Posicionar os 
braços do paciente distantes do corpo e colocar um saco de areia flexível sobre cada um. 
Pela dificuldade de manter as pernas pequenas e curtas posicionadas, coloque um saco 
de areia embaixo dos joelhos e outro acima para imobilizá-Ias. Lactentes que estão 
aquecidos e alimentados são geralmente calmos o suficiente, a não ser que sintam dor. 
Se um lactente estiver chorando, uma chupeta pode ser utilizada, e não interferirá com o 
exame. 
 
Lactentes e pré-escolares: 
Colocar os braços da mesma forma que a descrita anteriormente. Colocar sacos de areia 
embaixo dos joelhos e amarrar uma bandagem compressiva sobre os fêmures e os 
joelhos. Certifique-se de colocar uma gaze sobre a bandagem para não cortar a perna do 
paciente. Bandagens compressivas são geralmente projetadas para uso em adultos, 
assim o trabalho será feito de forma mais adequada se os espaços entre as bandagens e 
o paciente forem preenchidos com esponjas ou toalhas.Se for utilizada a ajuda dos pais: 
forneça aos pais avental e luvas de chumbo.Posicione o tubo, o chassi e os fatores 
técnicos antes de posicionar o paciente. Posicionar o paciente de modo a não obstruir a 
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visão do técnico.Geralmente é necessário que os pais segurem os braços do paciente. As 
pernas podem ser imobilizadas satisfatoriamente como descrito acima. 
 
Raio Central 
Em lactentes e crianças pequenas, centrar o RC e o chassi 1 polegada (2,5 em) acima do 
umbigo.Em crianças maiores e adolescentes, centrar o RC ao nível da crista ilíaca. DFoFi 
de 40 polegadas (100 em) 
 
Respiração 
Em lactentes e crianças, deve-se observar o padrão respiratório. Quando o abdome 
estiver plano, fazer a exposição. Se o paciente estiver chorando, fazer a exposição 
quando o lactente inspirar profundamente para chorar. Crianças com mais de 5 anos de 
idade conseguem segurar a respiração após serem ensinadas. 
 
Critérios Radiográficos Estruturas Mostradas: 
Bordas de tecidos moles e estruturas preenchidas de gás, como estômago e intestinos, 
calcificações (se presentes) e silhueta de estruturas ósseas. 
 
Posicionamento: A coluna vertebral deve estar alinhada com o centro do filme. Nenhuma 
rotação deve existir: pelve, quadril e caixa torácica inferior devem estar simétricos. 
 
Colimação e RC: 
Bordas de colimação da sínfise pubiana até o diafragma e nas bordas laterais do abdome. 
 
Critérios de Exposição: 
 
Nenhum movimento deve ser evidenciado, o diafragma e o padrão gasoso devem parecer 
evidentes. Ótima exposição e contraste visualizarão estruturas ósseas e suas margens, 
como costelas e vértebras através do conteúdo abdominal sem exposição excessiva de 
estruturas preenchidas por gás.

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