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Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA DE OBSTETRICIA LABORATORIO DE HABILIDADES EXAME OBSTETRICO - PRE-NATAL, TRABALHO DE PARTO E PARTO NORMAL Porto Velho – RO 2011 1 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) EXAME OBSTETRICO, PRE-NATAL, TRABALHO DE PARTO E PARTO NORMAL CONTEÚDO: • Preparo da paciente para o exame, incluindo vestimenta e posicionamento na mesa de exame • Materiais e equipamentos básicos necessários em uma sala de exame pré-natal • Técnica do exame obstétrico • Toque vaginal SALA DE EXAME: A sala ou ambiente de exame obstétrico deve ser isolado de modo a permitir que esse procedimento seja feito com privacidade e resguardar a individualidade da examinada e não expô-la a outros a quem não interessa. O ambiente deve ser bem iluminado com luz natural ou artificial. Esse ambiente de exame deve dar acesso ao sanitário sem que passe pelo ambiente do consultório. MOBILIÁRIO DA SALA DE EXAME: • Mesa ginecológica • Mesa auxiliar • Foco auxiliar • Pequeno armário • Assento para o examinador Mesa ginecológica deve ser posicionada de maneira tal que a lateral direita e a frente fique livre para acesso do examinador. A mesa auxiliar deve ficar à frente e à esquerda da mesa ginecológica ao alcance das mãos do examinador. O foco auxiliar normalmente fica a frente da mesa ginecológica e atrás do assento do examinador. PREPARO DA PACIENTE PARA O EXAME, INCLUINDO VESTIMENTA E POSICIONAMENTO NA MESA DE EXAME: Depois de colhido a história clínica o exame físico e obstétrico deve ser orientado a fim de colher melhores subsídios para a(s) hipótese(s) diagnóstica. Uma vestimenta adequada como uma bata de abertura na frente e cinto deve ser disponibilizada à paciente. A paciente deve ser orientada após se trocar e urinar se dirija à sala de exames e deitar no leito e ser coberta com um pequeno lençol. De preferência o exame físico e ginecológico deve ser feito na presença de uma auxiliar maior idônea para que preste auxilio ao examinador (ético – profissional e legal). MATERIAIS, INSTRUMENTAIS E PRODUTOS QUÍMICOS BÁSICOS NECESSÁRIOS EM UMA SALA DE EXAME OBSTETRICO: • Fita métrica • Estetoscópio de Pinard • Detector Fetal 2 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) • Exame Ginecológico: pinça de cheron gaze, chumaço de algodão, acido acético a 2%, solução de lugol, soro fisiológico, luvas de látex, espátula de Ayre, escovas endocervicais, fixador, porta-laminas e laminas. I - TÉCNICAS BÁSICAS DE EXPLORACÃO DA GESTANTE A - EXPLORAÇÃO ABDOMINAL: 1. LOCALIZAÇÃO DA ALTURA UTERINA - só tem sentido realizar se a gestação é maior que 12ª semanas, quando o útero tenha saído da pelve e se pode palpar através da parede abdominal. E uma exploração rotineira que indica o adequado crescimento fetal e da idade gestacional. 12-16 semanas ponto intermediário entre a sínfise púbica e o umbigo. 20ª semana a nivel do umbigo 36ª semana situa-se a nivel do apendice xifoide. Regra de McDonald: número de centímetros/3,5 = meses lunares. 2. MANOBRAS DE LEOPOLD-ZEIPFEL. Depois da 20ª semana, verificar a situação e apresentação fetal. A mulher deve estar deitada em decúbito dorsal com o abdome descoberto. A palpação abdominal pode ser realizada durante os últimos meses da gravidez e no período entre as contrações, durante o parto. Vai nos informar sobre a apresentação fetal, sua posição e o grau de descida da parte apresentada. 3 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) Nas três primeiras manobras o examinador deve estar situado à frente da paciente. Na quarta manobra o examinador se coloca de costas para a mulher (olhando para seus pés). Primeira manobra de Leopold: determina qual é a parte do feto que se encontra situada no fundo uterino (cabeça, nádegas ou dorso). Colocam-se as mãos na parte superior do abdome buscando a máxima altura do fundo uterino. Uma vez identificado o contorno uterino se palpa para determinar qual é o pólo fetal situado neste nível. A cabeça aparecerá como uma estrutura redonda e firme. As nádegas são mais macias e irregulares, mais difíceis de mobilizar. Segunda manobra de Leopold: colocam-se as mãos de ambos os lados do abdome aplicando uma pressão firme e uniforme. Em um dos lados do abdome se nota uma estrutura dura e resistente que corresponde ao dorso fetal. Do lado oposto se nota protuberâncias irregulares, móveis, que corresponde as extremidades do feto. Tercera maniobra de Leopold: Se realiza con una mano abierta completamente y mediante el pulgar y el índice se pinza la parte inferior del abdomen, encima de la sínfisis del pubis, intentando sujetar con los dedos la parte fetal situada en esta zona. Si la parte fetal “presentada” no está encajada en el canal de la pelvis, será posible percibir la presentación fetal (generalmente la cabeza), que es móvil. Se a parte fetal apresentada está encachada, a manobra indica que o polo fetal inferior se encontra fixo na pelve. Quarta manobra de Leopold: destinada a conhecer quanto desceu este feto na pelve da mãe. De costas para a mulher, se colocam ambas as mãos na parte inferior do abdome e se vai deslizando para baixo pressionando em direção inferior. Se tenta delimitar o pólo cefálico que está situado na entrada do canal pélvico. A facilidade com a qual se palpa a apresentação fetal indica o grau de descenso fetal, se é difícil de mobilizar e delimitar é porque está fixa na entrada do canal de parto. 3. AUSCULTA FETAL - FREQUENCIA CARDÍACA FETAL - FCF E uma forma de avaliar a vitalidade e também o bem estar fetais. A partir da 12ª semana de gestação é possível detectar batimentos fetais mediante 4 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) ultrassom. Depois da 20ª semana se pode realizar com estetoscópio fetal. Antes da 20ª semana de gestação se pode auscultar a FCF na linha media do abdome materno num ponto eqüidistante entre a sínfise e o umbigo. Depois desta semana, devem antes realizar as manobras de Leopold para averiguar onde está situado o dorso fetal. Ao escutar o batimento fetal pode “contaminar-se” com outros sons, entre eles o sopro do cordão umbilical, produzido pelo sangue que circula a uma grande velocidade pelas artérias umbilicais; ruídos intestinais maternos e o batimento das artérias maternas. A FCF media é de 140 batimento/minuto (normal 120-160 bpm). Pode diferenciar-se da freqüência cardíaca materna tomando o pulso da mãe enquanto se realiza a ausculta fetal. Na ausência de qualquer dos instrumentos poderá servir um rolo de esparadrapo que fará às vezes de estetoscópio. Antes da ausculta fetal, é importante conhecer, mediante palpação abdominal, a zona abdominal ocupada pelo feto, devemos realizar as manobras de Leopold e depois a ausculta fetal. Auscultação fetal mediante estetoscópio: o batimento fetal se observa melhor se o estetoscópio se situa sobrea parede abdominal na zona onde se encontra o dorso fetal ou a parte superior do tórax fetal. O estetoscópio se coloca sobre o abdome da mãe na zona onde elegemos depois de realizar as manobras de palpação abdominal. A orelha do explorador se coloca sobre o estetoscópio retirando as mãos e com a pressão exercida pela cabeça contra o abdome. Se não se consegue ouvir com claridade o batimento coloca-se em outro ponto do abdome. Se a FCF é menor que 120 bpm se deve comprovar se não se trata do batimento materno, neste caso verificar o pulso materno. Ausculta com estetoscópio ultrassônico Este aparelho emite ondas de som de alta freqüência que transmite graças ao efeito Doppler. Pode-se utilizar desde a 10-12ª semanas. Para ouvir os batimentos deve-se utilizar um gel condutor que se coloca sobre o transdutor do aparelho antes de aplicá-lo sobre o abdome da mãe. A técnica de ausculta é a mesma realizada com o estetoscópio fetal. A superfície do transdutor se coloca sobre o abdome da mulher no ponto em que, de acordo com as manobras de Leopold, localiza-se o dorso fetal que é onde se deve ouvir o batimento fetal. B - TÉCNICA DA EXPLORAÇÃO VAGINAL B.1 EXPLORACÃO COM ESPÉCULO Antes de mais se deve selecionar um especulo de tamanho adequado para a paciente. Habitualmente con un espéculo de tamaño mediano se podrá realizar la exploración a la mayoría de las pacientes. O especulo se sustenta com a mao dominante, entre os dedos indicador e medio. Com outra mão, os dedos polegar e indicador abrem os lábios maiores deixando descoberto o vestíbulo e a entrada da vagina. 5 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) Colocam-se as pás do especulo formando um angulo de 45º com o resto do instrumento, em ligeira rotação lateral. Se insere o especulo na vagina pressionando suavemente em direção para baixo - acima da parede posterior da vagina, evitar o contato com a parede anterior/uretra. Se gira o especulo introduzindo até o fundo vaginal. Este é o momento de abrir as pás do especulo, observando e buscando o aparecimento da cérvix, sem forçar. Assim, fixa-se a posição das pás do especulo. Este é o momento de examinar a vagina, o cérvix e tomar amostras se for necessário. Ao se concluir a exploração se realizam todos os movimentos em ordem inversa. B.2 EXPLORAÇÃO VAGINAL - TOQUE VAGINAL Se pode realizar na cama ou na mesa de exame específica. O mais importante é a preparação prévia da mulher. A técnica em si é simples e só requer certa prática. Com a mão se separam cuidadosamente os lábios maiores deixando a descoberto o intróito por onde deve introduzir-se os dedos indicador e médio que são os que na realidade vão realizar o toque vaginal. Uma vez dentro da vagina os dedos devem fazer, com muito cuidado, um reconhecimento de toda sua extensão até tocar, na parte mais superior, com a borda da cérvix. Não se deve tentar atravessar o orifício externo (OCE) do colo, pela possibilidade de romper a bolsa. Se encontramos colo dilatado - os dedos penetram facilmente pelo OCE. Aspectos a serem observados no toque vaginal • Delimitação do útero: tamanho, forma, consistência, sensibilidade, mobilidade, e posição. •Delimitação do istmo uterino: amolecimento no caso de gravidez. •Delimitação das zonas anexiais: •Investigar a presença de dor pélvica mediante manobras de lateralização e mobilização anteroposterior. Sinal de Puzos. Sinal de Nobile-Budin, Sinal de Piskacek, Sinal de Hegar. 6 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) II - TRABALHO DE PARTO E PARTO NORMAL 1. ÍNDICE DE BISHOP Índice utilizado na avaliação da necessidade de indução do parto; é composto por cinco componentes cada um dos quais pode ser pontuado com 0 a 3 valores; o índice final será a soma dos valores obtidos em cada componente: 0 1 2 3Pontuação Parâmetros Posição Posterior Intermédia Anterior – Consistência Firme Intermédia Mole – Extinção 0-30% 40-50% 60-70% 80% Dilatação < 1 cm 1-2 cm 2-4 cm > 4 cm Plano de descida -3 -2 -1, 0 +1, +2 Um índice inferior a 6 sugere que o parto não se iniciará sem indução; um valor superior a 8 indica que o parto deverá desencadear-se espontaneamente ou que a indução será bem sucedida; um valor baixo indica habitualmente que a indução não terá sucesso; Um "mau índice de Bishop" não é informação suficiente para uma codificação correcta; não corresponde a inércia uterina nem é, por si só, indicação para cesariana. 2. CARDIOTOCOGRAFIA 7 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) 3. TRABALHO DE PARTO E PARTO NORMAL 8 Centro de Ensino São Lucas Ltda. Faculdade São Lucas Credenciada pela Portaria 1.714 de 03/12/99 Portaria de Autorização nº 2077de 13 de junho de 2005, publicada em 14/06/2005 (DOU) Autores: Prof. Dr. Luis Marcelo Aranha – Coordenador do Curso Prof. Ms. Heinz Roland Jakobi – Coordenador da GO Profª.Ms. Ida Perea Profª Rita de Cássia Prof. Wagner Gregório Prof. Delvy Ribeiro Prof. Carlos Maiorquim Profª. Manuela Youtube BIBLIOGRAFIA: 9
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