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OBESIDADE, SÍNDROME METABÓLICA E DISLIPIDEMIA Msc. Paula Nassar De Marchi Email:paulanassardm@gmail.com @paulanassarvet Obesidade Cães obesos: 30 a 40% da população mundial Obesidade Acúmulo de tecido adiposo armazenamento de Energia Órgão endócrino: Adipocinas Desequilíbrio Energético Obesidade Anticonvulsivantes Glicocorticóides Google Imagens Obesidade Hipotireoidismo Arquivo Pessoal Obesidade Hiperadrenocorticismo Arquivo Pessoal Obesidade Raças Arquivo Pessoal Obesidade Sexo Condição Reprodutiva Idade Arquivo Pessoal Obesidade Hábitos dos tutores Sedentarismo Hábitos alimentares Cara de um...focinho de outro! Qual é a real necessidade energética? Cão (PM)0,75 x70 a 140 = X Kcal/dia Ou seja, um cão de 10kg, com ECC 5/9 castrado, com nível médio de atividade física: 560 kcal/dia Ração Convencional (EM=4 kcal/gr) 140 gramas/dia Qual é a real necessidade energética? Gato (PC)0,67 x 100 = X Kcal/dia Ou seja, um gato de 4kg, com ECC 5/9 castrado, com nível médio de atividade física: 253 kcal/dia Ração Convencional (EM=3,77 kcal/gr) 67 gramas/dia Tecido Adiposo Órgão Endócrino Hormônios esterodais Fatores de crescimento Citocinas Fatores vasoativos Substâncias envolvidas no controle de apetite (ZORAN, 2010) Adipocinas Balanço energético Metabolismo de lipídeos e glicose Sistema imune Processos inflamatórios Homeostase Angiogênese (RADIN et al., 2009; ZORAN, 2010) Leptina Adiponectina Resistina TNF-a, IL-6, outras citocinas Adipocitos Leptina Hormônio anti-obesidade Regulação do peso corpóreo Redução da ingestão e aumento do gasto calórico Metabolismo da gordura Reduz acúmulo periférico de lipídeos e glicose Aumenta sinalização intracelular insulina Obesos: hiperleptinemia (resistência) ARMSTRONG e LUSBY, 2011; FRIEDMAN e HALAAS, 1998KIL e SWANSON, 2010; CAO, 2014 Adiponectina Metabolismo da glicose: sensibilidade insulina e captação de glicose Aumenta oxidação da Gord e CHO Suprime gliconeogênese hepática Inibe respostas inflamatórias Tecido Adiposo Adiponectina RI Cães obesos: não há consenso! BRUNSON, 2007; CAO, 2014; RICCI e BEVILACQUA, 2012; ZORAN, 2010 Adipocinas Inflamatórias TNF α Interferon δ Interleucinas (IL-1, IL-6, IL-8, IL-10) Proteínas Complemento ARMSTRONG e LUSBY, 2011; KIL e SWANSON, 2010 Adipocinas Inflamatórias Doença Inflamatória Crônica: Síntese Migração de macrófagos Resistência Insulínica Dislipidemia Humanos Doenças Cardiovasculares Hipertensão Osteoartrite Obesidade Consequências da Obesidade Osteomuscular Cardiovascular Respiratória Resistência Insulínica Intolerância ao calor Risco anestésico Hiperlipidemia Longevidade (GOSSELLIN et al., 2007) Arquivo Pessoal Obesidade Resistência insulínica Hiperinsulinemia HAS Retenção de Na+ Hiperinsulinemia Efeitos Vasculares Hipertrofia do músculo liso vascular CARVALHO et al., 2006; GOODFRIEND et al., 1999 Síndrome Metabólica PAS Triglicérides Doenças Cardiovasculares Colesterol Glicemia em jejum Diabetes Mellitus 2 Peso Diagnóstico Absormetria com Raio-X de dupla energia (DEXA) Excelente Precisão Facilidade de uso Alto custo Tomografia Computadorizada Padrão-ouro em humanos Alto custo Anestesia Geral Diagnóstico Escala de Escore Corporal (Laflamme, 1997) Palpação e inspeção Independente da raça Examinador treinado Não necessita aparelho Boa correlação com DEXA Sem precisão quantitativa DORSTEN e COOPER, 2004; GERMAN et al., 2006; MAWBY et al., 2004 Esquema da escala de escore corporal de nove pontos, proposta por Laflamme (1997). Fonte: (WSAVA Global Nutrition Committe, 2013 adaptada por De Marchi, P. N., 2016). Diagnóstico Medidas Morfométricas Associar a ECC Diagnóstico precoce Pequeno e médio porte Boa correlação com DEXA e RM Formatos Raciais Não p/ Cães distróficos Li et al., 2012 Diagnóstico Medidas Morfométricas %GC = - 0,0034 (CL)2 + 0,0027 (CP)2 – 1,9 Peso Corporal (kg) %GC 34%: sobrepeso %GC >34: obeso Li et al., 2012 Escala de Escore Corporal Arquivo Pessoal ECC Ideal ECC= 5/9 %GC=23 ECC Sobrepeso ECC= 6/9 %GC=27 ECC Obeso ECC= 9/9 %GC=53 Tratamento e Prevenção Aceitação e conscientização do tutor Gravidade da obesidade Detecção de falhas no manejo Ração à vontade Petiscos Sedentarismo Restrição Calórica Prática Regular Atividade Física Tratamento e Prevenção Dieta Ideal Alta Fibra Alta Proteína Melhor perda Rápida perda de peso Cuidado com o mínimo/máximo por semana (felinos!) Mais saciedade Aceitação tutor Ração Light (?) Fase de Manutenção “Efeito Sanfona” GERMAN et al., 2010b; WEBER et al, 2007 Tratamento e Prevenção Perda de Peso Ideal durante o tratamento Cão - Perda = 1 a 2%/semana Gato – Perda = 0,5 a 1,5%/semana OBRIGADA! DISLIPIDEMIAS Hiperlipidemia Jejum alimentar de 12 horas Aumento de triglicérides e/ou colesterol Triglicérides > 150mg/dL Colesterol > 270mg/dL DISLIPIDEMIAS Ácidos Graxos Esteróis (colesterol) Acetilglicerol (triglicérides) TIPOS DE LIPÍDEOS Caracterísiticas Hidrofóbicos Lipossolúveis Transportados em macromoléculas (“lipoproteínas”) TIPOS DE LIPÍDEOS É sintetizado a partir da dieta Função: Composição da membrana celular Origina todos os hormônios esteroidais Componente estrutural dos ácidos graxos Formação dos ácidos biliares COLESTEROL COLESTEROL Triacilglicerol = 3 Moléculas de Ácido Graxo + 1 Molécula de Glicerol Função: Utilização e estoque de Energia Maior reserva energética do animal (76%) TRIGLICÉRIDES Lipólise Quebra da gordura em E LHS (Lipase Hormônio Sensível) Quebra do TAG AGL + Glicerol ATP FÍGADO Responsável pela redistribuição dos AGL “Envelopamento” dos AGL TRIGLICÉRIDES LIPOPROTEÍNAS “Envelopam” o triglicérides e colesterol p/ transporte sanguíneo e pela linfa Carregam triglicérides e colesterol (≠ proporções) Sintetizadas pelo fígado e intestino TRANSPORTE 1) QUILOMÍCRON Sintetizados pelas células intestinais Função Transporte de gordura da dieta p/ todo o corpo PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS 1) QUILOMÍCRON Carregam: [TRIGLICÉRIDES ] > [colesterol] Linfa: transporta e redistribui quilomícrons p/o corpo Metabolização: hepática DIETA RICA EM GORDURA + QUILOMÍCRONS PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS 2) VLDL (Lipoproteína de baixíssima densidade) “Very low density” Carrega + [TRIGLICÉRIDES] > [colesterol] Menores que os quilomícrons Função =quilomícron, porém transporta AGL de origem hepática (e não da dieta) PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS 2) VLDL Carrega AGL do fígado para: Músculo utilizado como E Adipócitos armazenamento Fígado metabolização ou formação de CC Lipase endotelial hepática remove TG remanecente PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS 3)LDL (lipoproteína de baixa densidade) “Low Density” Contém: COLESTEROL e fosfolipídeos Metabolização: hepática PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS 3)LDL Função: Síntese da membrana celular Produção de Hm esteroide Entrega de colesterol para os tecidos “Colesterol ruim” aterosclerose em humanos “depósito” tecido endotelial/inflamação PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS 4)HDL (lipoproteína de alta densidade) “High density” Sintetizado pelo fígado Contém colesterol “Colesterol Bom” não se deposita e sim remove colesterol PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS 4)HDL (lipoproteína de alta densidade) Função: Leva excesso de colesterol para o fígado Remetabolização Excreta colesterol na bile Transporte reverso de colesterol Cão: “espécie HDL” Rico em HDL 1 PRINCIPAIS LIPOPROTEÍNAS “PROTEÍNA DE TRANSFERÊNCIA DE ESTER DE COLESTEROL” Proteína Plasmática FUNÇÃO Transferência de lipídeos entre lipoproteínas Transfere trigl de VLDL /quilomícrons para HDL Transfere colesterol HDL p/LDL CETP Cães Gatos CETP Cuidados na Coleta Soro ou plasma heparinizado Jejum alimentar de 12 horas Evitar jejum prolongado (> 12h) Lipólise Falso trigl e Col Armazenamento da Amostra Refrigerado HIPERLIPIDEMIA Tipos de Hiperlipidemia Pós-Prandial prod QM ricos em TG Resolução em 2 a 10h Primária Secundária HIPERLIPIDEMIA Idiopática do schnauzer miniatura + marcante TG Hipercolesterolemia discreta Excesso de VLDL Com ou sem QM Esteatose hepática 75% schnauzer com + 9 anos hiperlipidemia HIPERLIPIDEMIA PRIMÁRIA Schnauzers com histórico de pancreatite 5X + propensos a ter hipertrigliceridemia Hipertrigliceridemia associada ao desenvolvimento de pancreatite Dosagem de triglicérides durante a pancreatite pode não refletir o valor real Hiperquilomicronemia dos felinos Hipercolesterolemia Idiopática Baixo Receptor de LDL hepático Redução catabolismo LDL Raças Briards Doberman Rotwailler HIPERLIPIDEMIA PRIMÁRIA Dieta Rica em Gordura Obesidade receptor de LDL hepático LDL, VLDL e HDL HIPERLIPIDEMIA SECUNDÁRIA Síndrome Nefrótica Colesterol Hipercolesterolemia compensatória a perda proteica Medicamentosa Fenobarbital GCs HIPERLIPIDEMIA SECUNDÁRIA HAC HIPOTIREOIDISMO DIABETES MELLITUS HIPERLIPIDEMIA SECUNDÁRIA Endocrinopatias Manifestações Clínicas PD/PU Êmese e diarreia Anorexia Dor abdominal Convulsões/neuropatias periféricas Disqueratoses Hepatomegalia/esteatose Lipidose tecidual HIPERLIPIDEMIA Complicações Pancreatite Lipemia Retiniana ou corneal/Uveíte/Cegueira Xantomas Aterosclerose Lipidose hepática DRC hiperviscosidade sg má perfusão renal Trombose DM RI HIPERLIPIDEMIA Aterosclerose (humanos) Aumento do VLDL, LDL e TG Baixa do HDL Hipotireoidismo Aumenta risco de aterosclerose Órgãos-alvo Coronárias, rins, tireoide, aorta, baço, estômago, intestino e pâncreas HIPERLIPIDEMIA Abordagem Terapêutica Determinar origem da hiperlipidemia Quando instituir terapia medicamentosa? TG ou Colesterol > 500mg/dL Avaliar: Colestase Hepatopatia vacuolar Interferência da lipemia nos exames HIPERLIPIDEMIA Terapia Dieta SEMPRE Redução gordura da dieta 10% Petiscos “lights” Perda de peso HIPERLIPIDEMIA Terapia Opções Satiety Royal Canin Obesity Royal Canin w/d Hills r/d Hills Premier Obesidade Obesity e Diabetic Farmina Obesity Natural Guabbi Proplan Reduced Calories Total Obesidade Low Fat Royal Canin Low Fat Royal Canin reduced calorie HIPERLIPIDEMIA Terapia Atividade física SEMPRE Iniciar gradativamente Cuidado no caso de dist osteomusculares Opções Hidroginástica Natação Hidroesteira HIPERLIPIDEMIA Terapia Ômega 3 20 a 30mg/kg SID Importante [EPA] Proporção EPA:DHA (1,5:1,0) Antioxidante Melhora metabolismo da gordura e CHO Cardio e nefroprotetor Contra-indicação: pancreatite HIPERLIPIDEMIA Ômega 3 Síntese de TG hepática Incorporação de TG nas partículas de VLDL Secreção de VLDL-TG Lipogênese hepática β oxidação de AG Aumenta hidrólise dos TG contidos no VLDL e QM > remoção plasmática > degradação molécula rica em VLDL HIPERLIPIDEMIA Hipolipemiantes Utilizar quando dieta + atividade física não funcionam Valores altíssimos FIBRATOS Reav valor em 15-30 dias de tratamento Aumento da Expressão da Apo C HIPERLIPIDEMIA Hipolipemiantes FIBRATOS Genfibrozil Bezafibrato Cedur® ou manipulado Ef Colaterais: dor abdom, êmese, diarreia e aumento da atividade enz hepáticas Fenofibrato HIPERLIPIDEMIA Terapia ESTATINAS Considerar p/ hipecolesterolemias graves refratárias aos fibratos Efeitos Colaterais Anorexia Letargia Diarreia Dor muscular Hepatotoxicidade HIPERLIPIDEMIA Estatinas Lovastatina Sinvastatina Atorvastatina HIPERLIPIDEMIA Estatinas Inibem a coenzima HMG-CoA redutase ( coenzima A hidroximetil-glutaril) Suprime a síntese de colesterol Remoção de partículas de LDL Produção hepática de Colesterol Benefícios Vasodilatadora, antioxidante, antiinflamatória antitrombótica HIPERLIPIDEMIA Cães: espécie HDL + resistente a hipercolesterolemia + resistente a aterosclerose Menor expressão CETP + resistente a complicações sec a hipercolesterolemia Atentar-se a hipertrigliceridemia HIPERLIPIDEMIA OBRIGADA! Email:paulanassardm@gmail.com @paulanassarvet