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LICITAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS 
PELA LEI nº 8.666/93 
 
 
Marcelo Costa e Silva Lobato 
 
 
 
 
Objetivos da licitação 
 Garantir a isonomia 
Selecionar a proposta mais vantajosa administração 
Promover o desenvolvimento nacional sustentável 
 
 
 
Princípios básicos 
 Legalidade 
 Impessoalidade 
 Moralidade 
 Igualdade 
Princípios básicos 
 
 Publicidade 
 Probidade administrativa 
 Vinculação ao instrumento convocatório 
 Julgamento objetivo 
Dever de licitar: previsão 
constitucional 
 Constituição Federal, art. 37, XXI: 
“Ressalvados os casos especificados na legislação, as 
obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos 
da lei, o qual somente permitirá as exigências de 
qualificação técnica e econômica indispensáveis à 
garantia do cumprimento das obrigações.” 
Dever de licitar: Lei nº 8.666/93 
 Art. 2º As obras [...] da Administração Pública, quando 
contratada com terceiros, serão necessariamente 
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses 
previstas em nesta lei. 
Modalidades de licitações 
 Concorrência 
 Tomada de preços 
 Convite 
 Concurso 
 leilão 
Concorrência 
 Qualquer interessado pode participar; 
 
 Valor da obra: estimado acima de R$ 1.500.000,00; 
 
 Mesmo nas hipóteses em que couber as modalidades 
convite e tomada de preços, a Administração poderá 
adotar a modalidade concorrência (§ 4º, art. 23): 
 Quando a complexidade do objeto torne inadequada a escolha 
do convite e tomada de preço 
 Necessidade de aumentar as exigências de habilitação. 
Concorrência 
 Prazo mínimo entre a publicação do edital e o 
recebimento das propostas: 
 a) 45 dias, quando o regime de execução for 
empreitada integral ou o critério de julgamento (tipo 
de licitação) for “melhor técnica” ou “técnica e preço”; 
e 
 b) 30 dias para os demais casos. 
 
Tomada de Preços 
 Participação: interessados previamente cadastrado 
 Exceção: mesmo que não cadastrado, o interessado que 
preencher os requisitos poderá solicitar a participação até três 
dias antes do dia do recebimento das propostas. 
 
 É procedimento célere, com etapas e prazos menores 
do que os verificados na concorrência; 
 
 Obras de até R$ 1.500.000,00 
 
 
Tomada de Preços 
 Também poderá ser adotada a tomada de preços, caso 
caiba a modalidade convite 
 Objeto complexo 
 
 Prazo mínimo entre a publicação do edital e o 
recebimento das propostas: 
 a) 30 dias, quando o critério de julgamento for 
 “melhor técnica” ou “técnica e preço”. 
 b) 15 dias para os demais casos; 
 
Convite 
 Interessados do ramo escolhidos e convidados pela 
Administração; 
 
 O convite deve ser feito para, no mínimo, três 
interessados. 
 
 Qualquer interessado não convidado pode, dentro do 
prazo de 24 horas que antecede o recebimento das 
propostas, solicitar a participação. 
 
 É o procedimento mais simplificado 
Convite 
 Adotado para licitações de obras de até R$ 150.000,00 
 
 Prazo de 5 dias úteis. 
 
Escolha da modalidade licitatória 
 Aspecto econômico (valor do empreendimento); 
 
 Aspecto técnico: complexidade do objeto e a necessidade 
de se impor requisitos técnicos de habilitação (descrição 
adequada do objeto) 
 
 Relação de proporcionalidade entre a complexidade técnica 
do objeto e os requisitos técnicos exigidos. 
 
 Na modalidade convite e tomada de preços a habilitação é 
simplificada, não comportando objetos complexos. 
Escolha da modalidade licitatória 
 É possível parcelar o objeto (a obra) com o objetivo de 
fazer várias licitações sob as modalidades mais 
simplificadas (convite e tomada de preços)? 
 
NÃO. O art. 23, § 1º, proíbe peremptoriamente. 
O parcelamento permitido do objeto ocorre quando 
houver possibilidade técnica e econômica. E nesta 
hipótese a escolha da modalidade licitatória levará em 
conta o empreendimento no todo e não a parte 
fracionada. 
Dos atos iniciais do procedimento 
licitatório 
 Abertura de PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 Autorização do início do procedimento licitatório 
 Indicação sucinta do objeto 
 Indicação do recurso para a despesa 
Da delimitação do objeto 
1. ESTUDOS PRELIMINARES 
 
2. PROJETO BÁSICO 
 
3. PROJETO EXECUTIVO 
 
Da delimitação do objeto 
 Importância: 
 
 A Administração fixa exatamente o que quer, como 
quer, em quanto tempo quer e o quanto está disposta a 
pagar. 
Estabelece-se condições igualitárias de participação. 
 Fixa-se quais são os requisitos indispensáveis para a 
execução do objeto. 
 
Da delimitação do objeto 
 Importância: 
 
Evita-se a fixação de condições desnecessárias, que 
restrinjam indevidamente a competição 
Evita-se que se deixe de exigir condições indispensáveis à 
execução do objeto. 
Permite a contratação da proposta mais vantajosa. 
 
 
 
Da delimitação do objeto 
 Importância 
 
Súmula 177 do TCU: 
 
 “A definição precisa e suficiente do objeto licitado constitui regra 
indispensável da competição, até mesmo como pressuposto do postulado 
de igualdade entre os licitantes, do qual é subsidiário o princípio da 
publicidade, que envolve o conhecimento, pelos concorrentes potenciais 
das condições básicas da licitação, constituindo, na hipótese particular da 
licitação para compra, a quantidade demandada uma das especificações 
mínimas e essenciais à definição do objeto do pregão.” (alteração: 11/03/13) 
1. Estudos Técnicos Preliminares 
 
 Fase técnica anterior ao projeto básico (art. 6º, inciso 
XI, da Lei 8.666/93 e art. 2º, da Resolução CONFEA no. 
361, de 10 de dezembro de 1991). 
 Subsidiam a decisão administrativa pela conveniência 
e oportunidade da obra (custos, metodologia 
construtiva, tratamento ambiental e limitações 
administrativas). 
1. Estudos Técnicos Preliminares 
 
 Conteúdo: 
 
1. Descrição sumária das necessidades da Administração e 
recursos disponíveis 
2. Apontamento das soluções técnicas existentes 
3. Eleição da solução de maior funcionalidade e menor custo 
4. Requisitos ambientais existentes 
5. Limitações administrativas existentes 
6. Levantamento sumário das características do solo 
7. Levantamento das características do mercado 
8. Estimativa sumária do preço – viabilidade econômica. 
 
1. Estudos Técnicos Preliminares 
Ausência desta fase: 
 
Falta de subsídios para decisão administrativa de licitar. 
Essa decisão é transferida para a etapa seguinte 
(elaboração do projeto básico), que requer maior aporte 
de recursos públicos. 
 A inviabilidade do empreendimento descoberta nessa etapa 
encarece a decisão administrativa, porquanto houve 
movimentação desnecessária da máquina administrativa e 
realizou-se dispêndios evitáveis com o início do projeto básico. 
 
2. Do Projeto Básico 
 
É o ponto nevrálgico da licitação e da execução do 
contrato, portanto deve ser: 
Completo 
Preciso 
Suficientemente detalhado 
 Evita falhas tanto no procedimento licitatório quanto na 
própria execução da obra 
 Permite a apresentação de propostas 
 
Do Projeto Básico 
 Permite à Administração: 
 
 
 Obter a descrição adequada e completa do objeto 
 Conhecer o custo da obra 
 Definir os métodos construtivos 
 Definir os prazos de execução e de desembolso 
 
 
Do Projeto BásicoÉ condição de validade para a licitação de obras (art. 
7º, parágrafo 2º, I, da Lei 8.666/93). 
 
 Art. 7º. [...] 
 § 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: 
 I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível 
para exame dos interessados em participar do processo licitatório; 
 
 Acórdão 2.819/2012 – TCU: projeto básico com erros 
graves impõe a anulação da licitação. 
PROJETO BÁSICO 
• Previsão legal: 
• arts. 6º, IX, da Lei 8.666/93 
• Resolução CONFEA n 361, de 10 de dezembro de 1991. 
 
• Conteúdo: 
• Fornece uma visão global da obra e identifica seus 
elementos constituintes de forma precisa 
• Desenvolve soluções técnicas econômica e ambientalmente 
adequadas 
• Define a funcionalidade da obra 
• Define (com precisão) os tipos de serviços a executar, os 
materiais e equipamentos a incorporar à obra 
 
Do Projeto Básico 
 Conteúdo: 
 
• Define (com precisão) as quantidades e os custos de 
serviços e fornecimentos, de tal forma a ensejar a 
determinação do custo global da obra com precisão de 15% de 
erro, para mais ou para menos. 
• Fornece subsídios suficientes para a montagem do plano de 
gestão da obra (inclui a escolha do regime de execução); 
• Detalha os programas ambientais, compativelmente com o 
porte da obra 
Do Projeto Básico 
 Elementos processuais: 
 
 Análise técnica detalhada do projeto básico 
 Aprovação pela autoridade competente (ato formal 
e motivado) 
 Anotações de Responsabilidade Técnica - ARTs 
Do Projeto Básico 
 Análise técnica: 
 em Parecer(es) Técnico(s) 
 Verificação do projeto básico à luz dos elementos 
descritos nos artigos 6º, IX e 12 da Lei de Licitações. 
 
 Aprovação pela autoridade competente 
 em ato específico 
 expressa 
 Autoridade competente é o chefe máximo do órgão 
(Ministros) ou entidades (Presidentes) ou delegatários 
Do Projeto Básico 
 Anotação de Responsabilidade Técnica 
Previsão legal: (Lei 6.496/77 e Res Confea 361/91) 
 
Art. 7º - Os autores do Projeto Básico, sejam eles 
contratados ou pertencentes ao quadro técnico do órgão 
contratante, deverão providenciar a Anotação de 
Responsabilidade Técnica (Resolução CONFEA 361/91) 
 
TCU 
 "É dever do gestor exigir apresentação de Anotação de 
Responsabilidade Técnica - ART referente a projeto, 
execução, supervisão e fiscalização de obras e serviços de 
engenharia, com indicação do responsável pela 
elaboração de plantas, orçamento- base, especificações 
técnicas, composições de custos unitários, cronograma 
físico-financeiro e outras peças técnicas". (Súm. 
260/2010) 
 Assuntos: OBRA PÚBLICA, PROJETO BÁSICO e PROJETO 
EXECUTIVO. DOU de 20.05.2010, S. 1, p. 84. Ementa: alerta a um 
município no sentido de que, quando estiver utilizando recursos 
públicos federais no custeio de obras e serviços, há necessidade de 
recolhimento das Anotações de Responsabilidade Técnica 
(ART’s) para os projetos executivos e básicos das obras, incluindo 
plantas, memoriais e orçamentos, ainda que estes tenham sido 
elaborados pelo corpo técnico do próprio órgão, conforme 
determinado na Lei nº 6.496/1977 (item 9.5.2, TC-000.281/2010-7, 
Acórdão nº 1.022/2010-Plenário). 
Licenciamento ambiental do 
projeto 
 Licença Prévia - LP: 
 Atesta a viabilidade ambiental do 
 Estabelece requisitos básicos e condicionantes a serem 
atendidos nos próximos passos de sua implementação. 
 Solicitação na fase de planejamento da implantação. 
 Não autoriza o início da obra (implementação do projeto), e 
sim aprova a viabilidade ambiental do projeto e autoriza sua 
localização e concepção tecnológica. 
 Fixa condições a serem consideradas no desenvolvimento do 
projeto executivo. 
Projeto Básico e licenciamento 
ambiental 
O planejamento da obra e a adequação ambiental são 
dois fatores indissociáveis 
 
Não existe projeto hígido sem adequação ambiental 
Projeto Executivo 
 Art. 6º, X - Projeto Executivo - o conjunto dos 
elementos necessários e suficientes à execução 
completa da obra, de acordo com as normas 
pertinentes da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas - ABNT; 
 
Detalhamento técnico do projeto básico 
Formação do orçamento 
 Orçamento detalhado em planilhas deve expressar a 
composição de todos os custos unitários (art. 7º, § 2º 
da Lei 8.666). 
 Integra o Edital (Anexo obrigatório - art. 40, § 2º, II, 
da Lei 8.666). 
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (art. 102). 
 Decreto nº 7.983, de 08 de abril de 2013. 
 Súmula 258/2010 
 
 
Formação do orçamento 
Súmula 258 – TCU 
 “As composições de custos unitários e o detalhamento 
de encargos sociais e do BDI integram o orçamento 
que compõe o projeto básico da obra ou serviço de 
engenharia, devem constar dos anexos do edital de 
licitação e das propostas das licitantes e não podem 
ser indicados mediante uso da expressão ‘verba’ ou 
unidades genéricas” 
Formação do orçamento 
 Regras de orçamentação (10): 
1ª. O custo global das obras é obtido a partir de composições de custos 
unitários previstos no projeto. 
2ª. Os custos unitários são obtidos: 
 a) no SINAPI 
 b) no SICRO 
 c) em outro Sistema de referência desenvolvido pela 
Administração Federal (quando não houver previsão no SICRO E 
SINAPI) 
 d) em tabela de referência formalmente aprovada por órgão e 
entidades da Administração Pública Federal [ex. CODEVASF] 
 e) em publicações técnicas especializadas 
 f ) em sistema específico instituído para o setor (ex. ANEEL) 
 g) em pesquisa de mercado 
 
 
Formação do orçamento 
3ª. Deve ser levada em conta as especificidades locais 
ou de projetos, demonstradas em relatório técnico. 
 
4ª. Deve ser apresentada a Anotação de 
Responsabilidade Técnica pelas planilhas 
orçamentárias. 
 
 
 
Formação do orçamento 
5ª. Ressalvado os regimes de empreitada por preço 
global e empreitada integral, os custos unitários do 
orçamento-base poderão ser superiores aos previstos no 
SICRO, SINAPI ou em outro sistema oficial. 
 
 condição especial, justificada em relatório técnico 
circunstanciado, elaborado por profissional habilitado e 
aprovado pelo órgão gestor. 
Formação do orçamento 
6ª. Nos regimes de empreitada por preço global e 
empreitada integral: 
 
a) Os licitantes poderão compor os seus custos unitários 
superiores aos dos sistemas referenciais (SICRO, SINAPI 
e outros), mas o preço global orçado e o de cada 
etapa prevista no cronograma físico-financeiro do 
contrato devem ser iguais ou inferiores aos preços 
da Administração calculados a partir dos sistemas 
de referências. 
Formação do orçamento 
 
a1) os critérios de aceitabilidade dos preços, não levarão 
em conta os custos unitários, mas o custo global e o de 
cada etapa (art. 13, parágrafo único, do Decreto 7.983/13 
Formação do orçamento 
 
b) Em condições especiais, poderão os custos das etapas 
do cronograma físico-financeiro exceder os custos das 
etapas orçados pela Administração Pública [o custo 
global permanece intacto!]. 
 relatório técnico circunstanciado, elaborado por 
profissional habilitado e aprovado pelo órgão gestor dos 
recursos. 
Formação do orçamento 
 
c) A partir da assinatura do contrato, os custos unitários 
da planilha de formação do preço não serão 
considerados, para efeito de execução, medição, 
monitoramento, fiscalização e auditoria. 
Tais atos de gestão terão como parâmetro o cronograma 
físico-financeiro do contrato, que deverá conter a 
especificação física completa das etapas necessárias à 
medição, ao monitoramento e ao controle das obras. 
(art. 102, parágrafo 6º, II, LDO) 
Formação do orçamento 
 
7ª. Súmula 259 doTCU: os preços unitários e global previstos na 
planilha são preços máximos para a Administração. 
 
8ª. Declaração de compatibilidade do orçamento com as regras de 
orçamentação 
 
9ª. Não pode existir descrição genérica (ex.: “verba- vb” ou outra 
unidade genérica – Acórdãos 3.571/2010 – 1ª Câm, 861/2005 – 
Plenário, 57/2010 – P.). Exceção: demonstração de impossibilidade 
de definir a unidade (Ac. 80/2010 – Plenário). 
 
10ª. Detalhamento de encargos sociais e do BDI (Súm. 258-TCU) 
Formação do orçamento 
BDI – Benefício/Bonificação e Despesas Indiretas 
ou 
LDI = Lucro e Despesas Indiretas 
 
Preço Total da Obra = Custos Diretos x (1+ BDI) [art. 102, par. 7º, 
LDO/2013) 
 BDI = (Custos Indiretos + Lucro) 
 
BDI = (CDs + CIs + Lucro) 
 100 
Formação do orçamento 
 Composição mínima do BDI (LDO/2013): 
 
 taxa de rateio da administração central 
 
É o custo do escritório central da licitante dividido pela 
totalidade das obras gerenciadas pela empresa – 
proporcionalmente ao valor de cada contrato 
 
Formação do orçamento 
 Composição mínima do BDI (LDO/2013): 
 
 percentuais de tributos 
 Exclui os tributos de natureza direta e personalíssima 
(IRPJ e CSLL) – SÚMULA nº 254/2010 do TCU 
 
Formação do orçamento 
 Composição mínima do BDI (LDO/2013): 
 
 taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento 
 
 taxa de lucro 
Formação do orçamento 
 Composição mínima do BDI: 
 
 Súmula 253 do TCU 
“Comprovada a inviabilidade técnico-econômica de 
parcelamento do objeto da licitação, nos termos da legislação 
em vigor, os itens de fornecimento de materiais e 
equipamentos de natureza específica que possam ser 
fornecidos por empresas com especialidades próprias e 
diversas e que representem percentual significativo do 
preço global da obra devem apresentar incidência de taxa 
de Bonificação e Despesas Indiretas - BDI reduzida em 
relação à taxa aplicável aos demais itens.” 
Formação do orçamento 
 Não compõe o BDI: 
 
 
1) IRPJ e CSLL (obrigação do contratado, não pode ser 
repassado) 
2) Administração Local 
3) Instalação de Canteiro e Acampamento 
4) Mobilização e Desmobilização 
 
Formação do orçamento 
 Não compõe o BDI: 
 
5) Ferramentas e equipamentos de qualquer natureza 
necessários para a execução da obra 
6) Licenças, taxas e emolumentos incorridos na aprovação de 
projetos 
7) expedição de Alvará de Construção, de Carta de Habite-se, 
Registros Cartoriais 
8) Despesas com saúde, medicina e segurança no trabalho 
9) Despesas com medidas mitigadoras de danos ambientais 
 
 
Formação do orçamento 
 Leitura (orçamentação): 
 
 
Acórdão 325/207 – Plenário 
Acórdão 2369/2011 – Plenário 
 Monografia: Medidas para Evitar o Superfaturamento Decorrente 
dos “Jogos de Planilha” em Obras Públicas – Marcus Vinícius 
Campiteli 
 
 
Previsão Orçamentária 
 Obrigatoriedade de prévia indicação de recursos 
orçamentários. 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL, art. 167, I e II; 
 Lei de Responsabilidade Fiscal, arts. 15 e 16; 
 LDO 2013, art. 119 
 Lei 8.666/93, art. 7, parágrafo 2º, III. 
 
 É condição para instauração da licitação 
Atesta a capacidade financeira do Estado (atual e 
futura) 
 
Previsão Orçamentária 
Constituição Federal 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os 
créditos orçamentários ou adicionais; 
 
LDO/2013 
Art. 119. A despesa não poderá ser realizada se não houver comprovada e 
suficiente disponibilidade de dotação orçamentária para atendê-la, sendo 
vedada a adoção de qualquer procedimento que viabilize a sua realização sem 
observar a referida disponibilidade. 
Lei 8.666 
 § 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: 
 III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o 
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no 
exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; 
 
Previsão Orçamentária 
Lei Complementar nº 101/00, arts. 15 e 16 
 
 “Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de 
ação governamental que acarrete despesa será 
acompanhado de: 
 I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois 
subsequentes; 
 II – declaração do ordenador da despesa de que o 
aumento tem adequação orçamentária e financeira 
com a LOA e compatibilidade com o PPA e com as 
LDOs. 
 
 
Previsão Orçamentária 
Criação e expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental? 
 São projetos governamentais, programas de governo, 
que compreende diversas ações (obras ou serviços 
novos). 
Não abrange as atividades de manutenção, operações 
contínuas e permanentes (despesas ordinárias e 
rotineiras) 
 Indicação de leitura: Acórdão 883/2005 – 1ª Câm 
 
 
 
 
 
 
Previsão Orçamentária 
Adequação orçamentária e financeira com a LOA = 
a despesa deve ter dotação específica e suficiente ou 
em crédito genérico (art. 16, §1º, I). 
 
Compatibilidade com o PPA e com a LDO = a 
despesa contida nas diretrizes, objetivos, prioridades e 
metas previstos nessas Leis Orçamentárias. 
 
 
 
 
 
Previsão Orçamentária 
Ausência da LOA (projeto de lei ainda não 
aprovado) 
 
 A análise de existência de recursos pode ser feita em relação ao 
projeto de LOA (art. 120, III, da Lei 12.708/13 – LDO 2013) 
 Nesse mesmo sentido: Decisão TCU 622/1996 
 
 
 
 
 
 
Previsão Orçamentária 
• São documentos hábeis para atestar a existência de 
recursos: 
• Nota de pré-empenho 
• Atestado de disponibilidade emitido pelo órgão 
competente 
Regimes de execução 
 Art. 10, da Lei 8.666/93 
 
 Empreitada por preço Global 
 Empreitada por preço Unitário 
 Tarefa 
 Empreitada integral 
 
Regimes de execução 
 Empreitada = é negocio jurídico em que a 
Administração atribui a terceiro (empreiteiro), 
mediante remuneração, o encargo de viabilizar o 
objeto proposto por ela 
Regimes de execução 
 Empreitada por preço global = contratação da obra 
por preço certo e total 
 
 Utilizado quando a Administração consegue definir 
perfeitamente de modo quantitativo e qualitativo as 
características da obra. 
 a Administração remunera etapas predefinidas de um projeto 
(cronograma físico-financeiro) 
 As alterações contratuais por falhas ou omissões no projeto 
(orçamento, plantas, especificações, memoriais e estudos 
técnicos preliminares) são limitadas à 10% do valor inicial 
atualizado do contrato, computados o limite do § 1º, do art. 65 
da Lei de Licitações (art. 102, § 6º, da LDO-2013) 
 
 
 
Regimes de execução 
 A Administração deverá fornecer obrigatoriamente todos os 
elementos e informações necessários para que os licitantes 
possam elaborar suas propostas de preços com total e 
completo conhecimento do objeto da licitação (art. 47 da Lei 
8.666/93). 
 Por isso é indicado para obras em que se tem projeto com 
reduzida margem de incerteza. 
 
 Facilita o procedimento de medição e pagamento: 
 avalia-se a etapa entregue. E não a sua composição unitária. 
 
 A gestão do contrato é simplificada 
 
 
 
 
Regimes de execução 
 Empreitada por preço unitário = se paga a obra por 
unidades. 
 
 a Administração estabelece unidade de medida padrão, 
atribuindo-lhe um custo por unidade 
 
 é adotada quando o projeto não permite definir com precisão 
os quantitativos necessários.Regimes de execução 
 No regime de empreitada por preço unitário, concluída a 
execução da obra ou etapa (conforme definição no projeto), 
apura-se a quantidade das unidades utilizadas multiplicando-
se estas pelos valores unitários, possibilitando a remuneração 
do valor devido. 
 Por isso a fiscalização da execução requer maior atenção, já 
que o Administrador deve acompanhar de perto a execução 
 
 Itens (unidades) não previstos podem ser introduzidos ao 
Contrato por força do § 3º, do art. 65 da Lei de Licitações. 
 
Regimes de execução 
 Tarefa = contrata-se mão-de-obra para pequenos 
trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento 
de materiais (art. 6º, VIII, “d”, da Lei de Licitações) 
Regimes de execução 
 Empreitada integral 
 = contrata-se o empreendimento em sua 
integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, 
serviços e instalações necessárias, sob inteira 
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao 
contratante em condições de entrada em operação (por isso 
chamado de turn-key) 
 É uma espécie de empreitada por preço global 
 Enquanto que na empreitada por preço global contrata-se 
etapas de uma obra, na integral contrata-se todas as etapas 
do programa, de modo que o empreiteiro entrega o objeto 
em funcionamento (ex. Hospital) 
Regimes de execução 
 As etapas devem ser tecnicamente indissociáveis 
 A forma de pagamento segue as mesmas diretrizes da 
empreitada por preço global. Paga-se por etapa 
concluída. 
 Simplifica a fiscalização do contrato 
Regimes de execução 
 Escolha do regime de execução indireta 
 Vinculação técnica 
 A escolha depende das especificidades da obra: 
 Se os quantitativos puderem ser definidos com uma margem 
mínima de erro (projeto preciso) deve ser utilizado a 
empreitada por preço global 
 Se o projeto não puder definir com precisão (mas apenas por 
estimativa) os quantitativos deve-se utilizar a empreitada 
por preço unitário 
 Se todas as etapas do programa for tecnicamente indissociável 
deve ser adotada a empreitada global 
 
 
Critérios de julgamento 
 Critérios de julgamento ou tipos de licitação (art. 45, § 
1º, da Lei 8.666) 
 
 Menor preço 
 Melhor Técnica 
 Técnica e preço 
 Maior lance ou oferta 
 
Critérios de julgamento 
 Menor preço 
 
 Seleciona-se as propostas pelo valor. 
 Será mais vantajosa a proposta que, atendidas as 
especificações do edital, apresentar o menor valor 
 
Critérios de julgamento 
 Melhor técnica 
 
 Seleciona-se as propostas sob critérios técnicos (art. 46 da Lei 
8.666/93) 
 Será mais vantajosa a proposta que melhor atenda às especificações 
técnicas previstas no edital. 
 Este critério é adotada para serviços predominantemente 
intelectual (art. 46), tais como: 
 Elaboração de projetos 
 Cálculos 
 Fiscalização 
 Supervisão e gerenciamento 
 Engenharia consultiva em geral 
 
 
Critérios de julgamento 
 Melhor técnica 
 
 É possível a adoção do tipo “melhor técnica” para contratação 
de obras de grande vulto, quando houver dependência de 
tecnologia nitidamente sofisticada e de domínio restrito 
(§3º, do art. 46) 
 
 
Critérios de julgamento 
 Procedimento de julgamento nas licitações do tipo 
“melhor técnica” 
 
1º. Abertura dos envelopes de habilitação 
2º. Julgamento das habilitações 
3ª. Fase de recurso contra a decisão de habilitação ou 
inabilitação (art. 109, I, “a” ) 
4º. Abertura dos envelopes contendo as propostas técnicas 
5º. Avaliação e classificação das propostas pela ordem de 
melhor técnica. 
 
 
 
 
 
Critérios de julgamento 
 
6º. Abertura dos envelopes contendo as propostas de preço 
7º. Negociação com a proponente melhor classificada 
tecnicamente. 
 Base da negociação: 
 a) orçamentos detalhados apresentados e respectivos 
preços unitários 
 b) limite de aceitabilidade: a proposta de menor preço 
entre os licitantes classificados tecnicamente 
 
 
 
 
 
Critérios de julgamento 
 
9º. Frustrada a negociação, chama-se, sucessivamente, as 
demais proponentes, segundo a ardem de classificação 
técnica. 
 
 
 
 
 
Critérios de julgamento 
 Técnica e preço 
 
 Seleciona-se as propostas sob dois critérios: técnico e preço. 
 O edital atribui pesos a ambos os critérios, cujo resultado é aferido a 
partir da média ponderada das valorizações das propostas técnica e 
preço (§ 2º, art. 46 da Lei 8.666/93) 
 Este tipo de licitação também é adotado para serviços 
predominantemente intelectual (art. 46): 
 Elaboração de projetos 
 Cálculos 
 Fiscalização 
 Supervisão e gerenciamento 
 Engenharia consultiva em geral 
 
Critérios de julgamento 
 Procedimento de julgamento nas licitações do tipo 
“técnica e preço” 
 
1º. Abertura dos envelopes de habilitação 
3º. Julgamento das habilitações 
4ª. Fase de recurso contra a decisão de habilitação ou 
inabilitação (art. 109, I, “a” ) 
5º. Abertura dos envelopes contendo as propostas técnicas 
6º. Avaliação e classificação das propostas pela ordem de 
melhor técnica. 
 
Critérios de julgamento 
 
7º. Fixa-se nota às propostas técnicas (critério objetivo) 
8º. Avaliação e classificação das propostas de preço. 
9º. Fixa-se nota às propostas de preço 
DNIT e MIN adotam a seguinte formula: 
 
Nota da proposta de preço = 100 x Menor preço válido 
 Valor da Proposta em Exame 
 
 
Critérios de julgamento 
 
10º. Aplica-se sobre as propostas os pesos estabelecidos no 
edital e soma-os 
Fórmula: 
NF = 30 x NT + 70 x NP 
 100 
 O peso a ser atribuído deve ser justificado 
tecnicamente pelo órgão licitante. 
 TCU: a Administração deve buscar ao máximo igualar 
os pesos, a fim de não encarecer o objeto 
Documentos Obrigatórios 
 Despacho autorizando a abertura do procedimento licitatório 
 Indicação de previsão orçamentária 
 Estudos técnicos preliminares 
 Projeto básico 
 Orçamento detalhado em planilha 
 ARTs do projeto e do orçamento 
 Licença Prévia 
 Análises sobre as principais peças técnicas do processo 
 Despacho da autoridade competente aprovando o projeto e o 
orçamento 
 Ata de audiência pública para licitações acima de R$ 150 milhões 
 Minutas do edital e contratos 
 Parecer da assessoria jurídica 
 Designação da Comissão de licitação 
 
Do Edital 
 Estabelece as regras do jogo 
 As regras devem ser objetivas e autoaplicáveis 
 Vincula a Administração e os participantes 
 Deve conter a descrição objetiva do objeto 
 As condições exigidas devem ser somente aquelas tidas 
por indispensáveis à execução do contrato (CF/88) 
 Deve-se ter a justa medida ao fixar as condições 
Do Edital 
 O edital deve mencionar a documentação necessária 
para (art. 40, VI): 
 a habilitação jurídica (art. 27, I c/c art. 28,) 
 a qualificação técnica (art. 27, II c/c art. 30) 
 a qualificação econômico-financeira (art. 27, III c/c art. 31) 
 a comprovação da regularidade fiscal e trabalhista (art. 27, 
IV c/c art. 29) 
 
 Proibir expressamente o trabalho infantil (art. 7º, 
XXXIII da CF c/c o art. 27,V) 
Do Edital 
 Previsão de impugnação por qualquer cidadão 
prazo de cinco dias úteis (art. 41, §1º, Lei 8666/93) 
 
 Previsão da forma de apresentação da proposta 
comercial (art. 40, VI da Lei 8666/93) 
 
 Previsão de exigência de garantias, caso sejam 
necessária (art. 56 da Lei 8666/93) 
 
 
 
Do Edital 
 Previsão dos critérios para julgamento das 
propostas, com disposições claras e parâmetros 
objetivos (art. 40, VII) 
 
 Previsãodo rito para o recebimento e abertura das 
propostas (art. 40, VI da Lei 8666/93) 
 
 Previsão do rito para julgamento e adjudicação das 
propostas está estabelecido no edital (art. 43 da 
LLCA) 
 
Do Edital 
 Previsão de instruções para a apresentação de 
recursos (arts. 40, XV e 109 da Lei 8666/93) 
 
 Indicação do prazo e as condições para a 
execução/recebimento do objeto da licitação (art. 
40, XVI, LLCA) 
 
 Indicação das condições para fiscalização e aceite 
dos produtos objeto da licitação 
Do Edital 
 Previsão de prazo e de condições para assinatura do 
contrato com a indicação das sanções previstas no art. 81 
pela não assinatura (art. 40, II da Lei 8666/93) 
 
 Previsão das condições de pagamento, nos termos do art. 
40, XIV 
 Prazo de pagamento não superior a 30 dias, contados do 
adimplemento de cada parcela 
 Cronograma de desembolso máximo por período 
 Critério de atualização financeira, relativo ao período que medeia o 
adimplemento da parcela e o efetivo pagamento 
 Compensações financeiras e penalizações por eventuais atrasos, e 
desconto por eventuais antecipações de pagamentos 
 Exigência de seguro, quando for o caso 
Participação por meio de Consórcio 
 Art. 33 => faculta à Administração a permissão de participação de 
empresas em consórcio 
 
 VEDAÇÃO: 
 
 TCU: é reticente em relação à vedação. Exige da Administração 
justificativa plausível, porquanto poderá configurar restrição 
indevida à competitividade 
 
 PERMISSÃO: 
 
 Comprovação da constituição do consórcio 
 A responsabilidade é solidária entre as empresas consorciadas 
 Não é permitido que uma mesma empresa participe de mais de um 
consórcio 
 
Participação por meio de Consórcio 
 Indicação da empresa líder 
 Comprovação individual da habilitação jurídica e fiscal e 
trabalhista 
 Comprovação da qualificação técnica poderá ocorrer somando os 
atestados dos consorciados 
 Comprovação da qualificação econômico-financeira ocorrerá pelo 
somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua 
respectiva participação. 
 É possível que a qualificação econômico-financeira seja acrescida 
em até 30% 
Exigência de vistoria 
 Limita a competitividade 
 Portanto, a exigência de vistoria requer obrigatoriamente a 
apresentação de justificativa técnica 
Duas razões: 1ª. Permite que o interessado em participar da 
licitação tome conhecimento das reais dificuldade de se 
executar o objeto, antes que apresente sua proposta; e 2ª. Evita 
alegações futuras de desconhecimento de peculiaridades do 
local que impede a execução da proposta 
Acórdãos nº 3809/07 – P - TCU, 
 nº 409/2006-P - TCU 
 nº 874/2007-P - TCU 
Habilitação Técnica 
 Exigência de atestado de capacidade técnico-operacional: 
 
 A comprovação deve se limitar apenas ao montante 
considerado necessário à execução do objeto 
 Para o TCU, a Administração não pode exigir mais do 50% do 
quantitativo que será executado no contrato (Acórdãos nºs 
1.284/2003-P; 2.088/2004-P; 2.656/2007-P; 608/2008-P e 
2.215/2008-P) 
 A comprovação deve ser sobre os itens de maior relevância 
técnica e econômica 
 A limitação de número de atestados (somatória para atingir o 
quantitativo exigido) deve ser motivada (Acórdão nº 
3.043/2009-Plenário) 
 
 
 
 
Marcelo Costa e Silva Lobato 
marcelo.lobato@agu.gov.br

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