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Disciplina: Geologia
Ambiental
Edição de unidade 5
Ano 2023
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Educação
Camilo Sobreira de Santana 
Universidade Federal do Amazonas Reitor
Sylvio Mário Puga Ferreira
Vice-Vice-Reitora
Therezinha de Jesus Pinto Fraxe
Pró-Reitor de Ensino de Graduação
David Lopes Neto
Pró-Reitor de Extensão e Interiorização
Almir Oliveira de Menezes
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
Selma Suely BaSelma Suely Baçal de Oliveira
Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento Instucional
Kleomara Gomes Cerquinho
Pró-Reitor de Administração e Finanças
Raimundo Nonato Pinheiro de Almeida
Pró-Reitora de Gestão de Pessoas
Maria Vanusa do Socorro de Souza Firmo
DiDiretora da Fundação de Apoio Instucional FAEPI
Luana Marinho Monteiro
Diretor do Centro de Educação a Distância
João Víctor Figueiredo Cardoso Rodrigues
Disciplina: Geologia Ambiental
Edição do Reuni Digital
Copyright © 2023 Universidade Federal do Amazonas
Centro de Educação a Distância - CED
 
Editor
(nome)(nome)
Autora
Raphael Di Carlo Silva dos Santos
Revisora de área
Selma Maria Silva do Nascimento
Revisão de linguagem EaD e Normazação
Eduardo de Castro Gomes
PProjeto Gráfico
Yuri Eduardo Barros Cardoso
Esta obra foi publicada com o apoio do:
Ministério da Educação
Endereço para Correspondência:
Av. Gal. Rodrigo Octávio, n.º 3000 - Coroado I, Campus Universitário,
Setor Sul, Bloco N Manaus - AM, CEP: 69077-000
Universidade Federal do Amazonas
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação.
Centro de Educação a Distância.
E-book, para material didáco do
ensino da Graduação do Curso de Tecnologia
em Gestão Ambiental, 2023.
17 p.; 21cm X 29.7cmcm.17 p.; 21cm X 29.7cmcm.
ISSN XXXX-XXX-XXXX
1. Educação a Distância, material didáco.
2. E-book, Disciplina: Geologia Ambiental
e Es
CDU XXXX-XXXX
Sumário
Introdução - apresentação do material..............................................3
Unidade 5 Classificação dos solos
5.2 Horizontes diagnósticos e ordem......................................................4
5.3 Latossolos.........................................................................................9
5.4 Nitossolos.......................................................................................10
5.5 Argissolos........................................................................................11
5.6 Planossolos.....................................................................................13
5.75.7 Plintossolos.....................................................................................14
5.8 Espodossolos..................................................................................16
5.9 Luvissolos........................................................................................18
5.10 Chernossolos................................................................................19
5.11 Vertissolos....................................................................................20
5.12 Cambissolos..................................................................................21
5.135.13 Neossolos.....................................................................................22
5.14 Gleissolos......................................................................................23
5.15 Organossolos................................................................................24
5.16 Conclusão.....................................................................................26
Referências......................................................................................29
Introdução - apresentação do material
 Nesta unidade você aprenderá sobre o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) e como 
os solos são classificados a parr da taxonomia apresentada pelo Centro Nacional de Pesquisa do Solo 
da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O Sistema Brasileiro de Classificação de 
Solos começou a ser construído no final da década de 1970. Com o esforço conjunto de diversas 
instuições, no final da década de 1990 já havia sido publicada a 4ª aproximação, em 1997, e a 1ª edição 
do sistema (SiBCS), em 1999. As edições do SiBCS têm como base várias publicações, tais como Soil 
Taxonomy, WRB/FAO, Référenel Pédologique Français e Référenel Pédologique, dentre outras.
 O SiBCS tem como objevo proporcionar uma padronização das informações sobre os solos, 
facilitando a comunicação entre especialistas e auxiliando na tomada de decisões relacionadas a 
avidades agrícolas, florestais, ambientais e de engenharia civil.
 O sistema baseia-se em caracteríscas dos solos, como sua composição, estrutura, propriedades 
sicas e químicas, além de considerar fatores climácos e topográficos. Ele possui seis categorias 
principais de classificação:
 1. Ordem: representa o nível mais alto da classificação e divide os solos em grandes grupos com 
 base em suas caracteríscas gerais. Alguns exemplos de ordens de solos no Brasil são "Latossolos", 
 "Argissolos", "Neossolos", "Gleissolos", entre outros.
 2. Subordem: refina a classificação da ordem, considerando aspectos específicos dos solos que a 
 compõem.
 3. Grande Grupo: separa os solos dentro de uma subordem com base em diferenças adicionais 
 nas suas caracteríscas.
 4. Subgrupo: refina ainda mais a classificação, considerando parcularidades que disnguem um 
 solo dos outros do mesmo grande grupo.
 5. Família: refina a classificação com base em caracteríscas e propriedades morfológicas, sicas, 
 químicas e mineralógicas importantes para uso e manejo dos solos. Neste nível, agregam-se as 
 informações de caráter pragmáco compreendendo caracteríscas diferenciais para disnção de 
 grupamentos mais homogêneos de solos.
 6. Série: a definição de série ainda está em discussão e deverá ser o mais homogêneo do sistema. 
 É o nível que permite melhor interpretação dos levantamentos de solos para diversos fins. Sua 
definição deverá ter por base caracteríscas diretamente relacionadas com o crescimento de plantas.
 Os nomes dados aos solos são funções dos horizontes diagnóscos superficiais e subsuperficiais, 
ou seja, os nomes dados aos solos mostra a caracterísca do solo em cada vocábulo, por exemplo um 
Latossolo Vermelho Eutroférrico Típico é caracterizado por um Latossolo (ordem), que é um solo 
profundo bastante intemperizado, vermelho (subordem), que se caracteriza pela maz 2,5 YR, 
eutroférrico (grande grupo), que tem elevados teores de ferro (entre 18% e 36%) e pico (subgrupo), ou 
seja, o solo não apresenta caracteríscas intermediárias.
 Nesta unidade você irá aprender cada vocábulo como o do exemplo citado e entenderá como 
funciona a taxonomia pedológica. O tempo de leitura do texto é de 1h.
Bom curso e excelentes estudos!
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5.2 Horizontes diagnós�cos e ordem
Há dois �pos de horizontes no solo, os horizontes diagnós�cos e os morfológicos.
Ambos são importantes para a classificação e compreensão das caracterís�cas dos solos.
Um horizonte diagnós�co é uma camada específica do solo que possui atributos e
caracterís�cas dis�n�vas que ajudam a iden�ficar e classificar o solo de acordo com
sistemas de classificação, como o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) ou o
Sistema Taxonômico de Solos dos Estados Unidos (Soil Taxonomy). Esses horizontes são
definidos com base em critérios específicos, como cor, textura, estrutura, presença de
minerais específicos, conteúdo de matéria orgânica e outros atributos relevantes. Eles
fornecem informações importantes sobre a formação, as condições ambientais e as
propriedades do solo em questão. Exemplo: no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos,
o horizonte diagnós�co "Bt" representa um horizonte subsuperficial com acúmulo de argila,
evidenciado por sua coloração mais avermelhada ou mais amarelada. O Quadro mostra os
horizontes diagnós�cos u�lizados pelo SiBCS.
Os horizontes morfológicos são camadas dis�ntas que podem ser observadasvisualmente ao longo do perfil do solo, com base em suas caracterís�cas �sicas, estruturais e
colorações. A morfologia do solo é frequentemente estudada em perfis de solo que são
abertos para análise e descrição. Esses horizontes são iden�ficados pela observação de
diferenças de cores, texturas, estruturas, presença de raízes, agregados, entre outros
elementos. Eles auxiliam na compreensão da estrutura do solo, na iden�ficação de
processos de formação e nas caracterís�cas específicas do local onde o solo se desenvolveu.
Exemplo: Em um perfil de solo �pico, é comum observar o horizonte superficial (horizonte O
ou húmus), seguido pelo horizonte A (primeiro horizonte mineral), horizonte E (translocação
de argila e minerais) e horizonte B (acúmulo de argila e minerais). A presença e
caracterís�cas desses horizontes morfológicos ajudam a descrever e compreender a
estrutura e a formação do solo.
Já a ordem dos solos é a categoria mais ampla e abrangente u�lizada nos sistemas de
classificação de solos. Ela representa a classificação primária dos solos e os agrupa em
grandes categorias com base no SiBCS.). As ordens dos solos são definidas por uma
combinação de fatores, incluindo a formação, a composição mineralógica, o clima e a
vegetação predominante em que esses solos se desenvolvem. Cada ordem de solo pode
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conter diferentes subordens, grandes grupos, subgrupos, famílias e séries, refinando ainda
mais a classificação com base em caracterís�cas mais específicas. O SiBCS u�liza apenas
ordem, subordem, grandes grupos e subgrupos e definições provisórias para família e série,
e contém atualmente 13 ordens (Quadro 1). Outros sistemas, como Sistema Taxonômico de
Solos dos Estados Unidos (Soil Taxonomy), u�lizam as famílias e séries.
Quadro 1 – Classificação dos horizontes diagnósticos de acordo com o SiBCS.
Horizonte diagnós�co superficial Resumo das caracterís�cas
Hís�co É um tipo de horizonte de coloração preta, cinzenta
muito escura ou brunada em que predominam
características relacionadas ao elevado teor de
matéria orgânica.
A chernozênico É um horizonte mineral superficial, relativamente
espesso, de cor escura, com alta saturação por bases
e que, mesmo após revolvimento superficial
apresenta estrutura do solo suficientemente
desenvolvida, com agregação e grau de
desenvolvimento predominantemente moderado ou
forte
A húmico É um horizonte mineral superficial, com valor e
croma (cor do solo úmido) iguais ou inferiores a 4 e
saturação por bases (valor V) inferior a 65%,
apresentando espessura e conteúdo de carbono
orgânico (CO) dentro de limites específico
A proeminente Tem características comparáveis àquelas do A
chernozêmico no que se refere a cor, teor de
carbono orgânico, consistência, estrutura e
espessura, diferindo, essencialmente, por apresentar
saturação por bases (valor V) inferior a 65%.
A antrópico É um horizonte formado ou modificado pelo homem
pelo uso prolongado, seja como lugar de residência,
de descarte ou de cultivo, no qual haja sinais de
adições de material orgânico de variada natureza,
em mistura ou não com material mineral, cujas
evidências possam ser comprovadas pela presença
de artefatos cerâmicos e/ou líticos, ossos, conchas
ou vestígios de ação do fogo (carvão e cinzas).
A fraco É um horizonte mineral superficial fracamente
desenvolvido, seja pelo reduzido teor de coloides
minerais ou orgânicos, seja por condições externas
de clima e vegetação, como as que ocorrem na zona
semiárida com vegetação de caatinga hiperxerófila
A moderado São incluídos nesta categoria os horizontes que não
se enquadram no conjunto das definições dos
demais horizontes diagnósticos superficiais.
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Horizonte diagnós�co superficial Resumo das caracterís�cas
B textural É um horizonte mineral subsuperficial com textura
francoarenosa ou mais fina, em que houve
incremento de argila (fraçãotende progressivamente a se tornar obturado
com carbonatos e cimentado, formando horizonte
contínuo, endurecido e maciço, que passa a ser
reconhecido como horizonte petrocálcico.
Sulfúrico Tem 15 cm ou mais de espessura e é composto de
material mineral ou orgânico cujo valor de pH
medido em água (1:2,5; solo/água) é de 3,5 ou
menor, evidenciando a presença do ácido sulfúrico.
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Horizonte diagnós�co superficial Resumo das caracterís�cas
Vér�co É um horizonte mineral subsuperficial que, devido à
expansão e contração das argilas, apresenta feições
pedológicas típicas, que são as superfícies de fricção
(slickensides) em quantidade no mínimo comum,
e/ou unidades estruturais cuneiformes e/ou
paralelepipédicas (Santos et al., 2015), cujo eixo
longitudinal está inclinado a 10° ou mais em relação
ao plano horizontal, e fendas em algum período mais
seco do ano com pelo menos 1 cm de largura.
Fragipã É um horizonte mineral subsuperficial, endurecido
quando seco, contínuo ou presente em 50% ou mais
do volume de outro horizonte, normalmente de
textura média. Pode estar subjacente a um horizonte
B espódico, B textural ou horizonte álbico. Tem
conteúdo de matéria orgânica muito baixo, a
densidade do solo é maior que a dos horizontes
sobrejacentes e é aparentemente cimentado quando
seco, tendo, então, consistência dura, muito dura ou
extremamente dura.
Duripã É um horizonte mineral subsuperficial, cimentado,
contínuo ou presente em 50% ou mais do volume de
outro horizonte com grau variável de cimentação por
sílica e podendo ainda conter óxido de ferro e
carbonato de cálcio. Como resultado disto, os
duripãs variam de aparência, porém todos, quando
úmidos, apresentam consistência muito firme ou
extremamente firme e são sempre quebradiços,
mesmo após prolongado umedecimento.
Quadro 2 – Ordem dos solos de acordo com o SiBCS.
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5.3 Latossolos
Os Latossolos, também conhecidos como Ferrasols ou Oxisols, são uma ordem de
solo amplame-nte encontrada em regiões tropicais e subtropicais, especialmente no Brasil.
Eles são caracterís�cos de climas quentes e úmidos, sendo muito comuns no Cerrado e na
Amazônia brasileira. Os Latossolos desempenham um papel importante na agricultura, mas
também apresentam desafios específicos de manejo. Os latossolos possuem um perfil de
solo bem definido cujas caracterís�cas são horizonte A pouco espesso e com transição difusa
para um horizonte B latossólico, muito friável, com alta porosidade e cores variando de
avermelhada para amarelada (Figura 39). São conhecidos por sua baixa fer�lidade natural
devido ao intenso processo de lixiviação que ocorre no horizonte A, levando à perda de
nutrientes essenciais. Eles geralmente têm baixos teores de nutrientes como fósforo e
nitrogênio, o que pode representar desafios para a agricultura sem a devida correção e
manejo. Estes solos possuem boa drenagem, o que evita o acúmulo excessivo de água no
perfil do solo. Essa caracterís�ca é favorável para muitas culturas, mas também pode
resultar em maior susce�bilidade à erosão quando mal manejados.
Figura 39 – a) Perfil de latossolo com horizontes texturais. b) Perfil de latossolo com horizontes diagnósticos.
Fonte: Adaptado de Lepsch (2010)
Apesar da baixa fer�lidade natural, os Latossolos são amplamente u�lizados para a
agricultura, principalmente em regiões de Cerrado, onde a produ�vidade agrícola pode ser
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aumentada por meio de prá�cas de manejo adequadas, como o uso de fer�lizantes, rotação
de culturas e outras técnicas de conservação do solo.
Os Latossolos ocupam em torno de 300 milhões de hectares no Brasil, correspondendo a
¼ do mundo. Eles são subdivididos em 4 subordens: Bruno, Amarelo, Vermelho-amarelo e
Vermelho. Os brunos e vermelhos situam-se mais na região sul, os amarelos na Amazônia, e
os vermelhos-amarelos na região da mata atlân�ca (Figura 40).
Figura 40 – Mapa de Latossolos no Brasil.
Fonte: EMBRAPA (2001).
5.4 Nitossolos
Os Nitossolos, também conhecidos como Nitossols, são uma ordem de solo encontrada
principalmente em regiões de clima temperado, subtropical e tropical (Figura 41). Eles se
desenvolvem em áreas com vegetação natural ou com cul�vos agrícolas e são considerados
solos férteis e produ�vos, sendo importantes para a agricultura em várias partes do mundo.
São medianamente profundos, com fraca diferenciação de horizontes e com
macroagregados no horizonte B. São definidos por um horizonte B ní�co, logo abaixo do A
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ou E, com bastante argila. Os perfis mais �picos possuem coloração avermelhada cujo
horizonte R apresenta diabásio ou basalto. Algumas variações apresentam
1- Horizonte A escuro, espesso e rico em bases;
2- Brunados com baixa saturação de bases ;
3- Ní�co pouco espesso acima de um horizonte B latossólico ou;
4- Com alto teor de argila.
Possuem as subordens: vermelhos, brunos ou háplicos. Os vermelhos se desenvolvem
em rochas básicas de climas tropicais úmidos, os brunos se desenvolvem em climas
subtropicais e os háplicos em ambientes com climas intermediários entre tropical e
subtropical.
Figura 41 – Perfil típico de um nitossolo.
Fonte: Oliveira et al. (1992)
5.5 Argissolos
Os Argissolos, também conhecidos como Ul�sols (segundo a classificação do Sistema
Taxonômico de Solos dos Estados Unidos), são uma ordem de solo encontrada
principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Esses solos são caracterizados por terem
uma intensa lixiviação, o que resulta em uma camada subsuperficial rica em argila, óxidos de
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ferro e alumínio. Os Argissolos são importantes para a agricultura, mas requerem prá�cas de
manejo adequadas para garan�r a produ�vidade sustentável. Eles possuem boa drenagem,
o que permite o desenvolvimento de raízes profundas de plantas, são também solos
rela�vamente ácidos, devido à lixiviação de bases (como cálcio, magnésio, potássio e sódio)
no horizonte A, e possuem alta capacidade de troca ca�ônica , o que lhes confere uma boa
capacidade de retenção de nutrientes essenciais para as plantas.
Os argissolos são bastante intemperizados, contudo possuem uma marcante diferença
de horizontes, com um acúmulo de argila no horizonte B. Eles são definidos por um
horizonte B textural abaixo de um horizonte A ou E. Os horizontes dos argissolos �picamente
apresentam um horizonte A escuro sobre um E acinzentado seguindo de um B com alto teor
de argila (de 0,5 a 1,5m) e de cores amarelo-avermelhadas (Figura 42). Eles são subdividos
em: bruno-acinzentados (na região Sul), acinzentados (região Sul), amarelos (Amazônia),
vermelhos (Amazônia) e vermelhos-amarelos (Amazônia e Mata Atlân�ca). A Figura 43
mostra a localização dos argissolos no Brasil.
Figura 42 – Perfil típico de argissolo.
Fonte: Lepsch (2010).
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Figura 43 – Localização dos argissolos e planossolos no Brasil.
Fonte: EMBRAPA (2001).
5.6 Planossolos
Os planossolos, também conhecidos como solos de várzea, são um �po de solo
encontrado em áreas de baixa declividade, geralmente associados a planícies e vales fluviais.
Esses solos são formados a par�r de processos de sedimentação, onde a deposição de
materiais trazidos pelas águas ao longo do tempo resulta na formação de camadas dis�ntas.
Os planossolos possuem uma textura variável, podendo apresentar-se como solos arenosos,
argilosos ou uma combinação entre ambos, resultando em solos francos ou silto-argilosos
influcenciando diretamente a capacidade de retenção de água e nutrientes. As cores dos
planossolos podem ser diversas, variando de acordo com a composição dos materiais
depositados. Em geral, podem ser encontradas cores mais claras ou mais escuras, como tons
de marrom, amarelo ou cinza.
De acordo com o SiBCS, os planossolos são definidos pelo horizonte A ou E seguido de
um B plânico. Os perfis �picos compreendem um horizonte A pouco espesso sobre um
horizonte E pálido, com mudança abrupta para um B com argila e pouco poroso (Figura 44).
São subdivididos em planossolos nátricos e háplicos. Os nátricos possuem alta concentração
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de sódio e ocorremno nordeste semi-árido e no pantanal mato-grossense e os háplicos
ocorrem no Rio Grande do Sul (Figura 43).
Figura 44 – Perfil de um planossolo háplico.
Fonte: Lepsch (2010).
5.7 Plintossolos
Os plintossolos são um �po de solo que possui caracterís�cas únicas e dis�ntas. Eles são
classificados como solos tropicais, e sua formação está relacionada a processos de
laterização, que é um �po específico de intemperismo químico que ocorre em climas
quentes e úmidos. Esse �po de solo é encontrado principalmente em regiões de clima
tropical e subtropical (Figura 45) . Eles apresentam horizontes com bastante concreções (se
forem macias se denominam plin�tas, já se forem duras se denominam petroplin�tas) de
nódulos de hidróxido de ferro ou alumínio e são categorizados em plín�cos, litoplín�cos ou
concrecionários. O perfil de solo apresenta cores avermelhadas ou alaranjadas com di�cil
iden�ficação dos horizontes. O SiBCS divide os plintossolos em três subordens: pétricos,
argilúvicos e háplicos (Figura 46).
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Figura 45 – Distribuição dos plintossolos e espodossolos no Brasil.
Fonte: Lepsch (2010).
Figura 46 – Perfis de Plintossolo Argilúvico (FF) e Pétrico (FT).
Fonte: Lepsch (2010).
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O plintossolo pétrico se destaca pela presença de uma camada endurecida chamada
plin�ta, que é mais espessa e consistente do que em outros plintossolos, possui baixa
fer�lidade natural e pode ser menos adequado para agricultura, mas com manejo
adequado, é possível torná-lo produ�vo. É encontrado em áreas de vegetação de savana e
floresta tropical. O plintossolo argilúvico possui horizonte ou camada de acumulação de
argila logo abaixo do horizonte A superficial. E o plintossolo háplico não apresentam
horizonte ou camada de acumulação de argila abaixo do horizonte A superficial, sem
concreções e sem a presença de uma camada de plin�ta irreversivelmente endurecida.
5.8 Espodossolos
Essa classe de solo é definida pela presença de um horizonte diagnós�co espódico B
(Figuras 47 e 48) em sequência com um horizonte E (álbico ou não) ou um horizonte A, de
acordo com os critérios estabelecidos pelo SiBCS. Em campo, pode ser iden�ficada pela
coloração do horizonte espódico, que varia do cinza, escuro ou preto, ao avermelhado ou
amarelado, e pela clara diferenciação dos horizontes. Estes são geralmente solos
moderadamente a fortemente ácidos, geralmente com baixa saturação de bases (distróficos)
e podem conter grandes quan�dades de alumínio extraível. A textura é predominantemente
arenosa, raramente média e raramente argilosa (tendendo a média ou siltosa) no horizonte
B espódico. Eles variam de rasos a muito profundos. A drenagem é altamente variável, com
uma estreita relação entre a profundidade nível de desenvolvimento Endurecimento ou
harmonização do limite diagnós�co (espódico B) e drenagem do solo.
Apresentam três subordens: humilúvicos, ferrilúvicos e ferrihumilúvicos. Os humilúvicos
apresentam acúmulo de carbono e alumínio no horizonte espódico, já os ferrilúvicos
predomina composição de ferro e nos ferrihumilúvicos o horizonte tem acúmulo de ferro e
carbono. Não apresentam normalmente ap�dão agrícola, sendo indicados para áreas de
conservação ambiental. No entanto, verifica-se que, em algumas áreas, os Espodossolos
podem ser u�lizados para pastagem. Iden�ficam-se, também, áreas de Espodossolos
u�lizadas com a cultura de coco.
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Figura 47 – Espodossolo ferrihumilúvico.
Fonte: EMBRAPA (2022).
Figura 48 – Horizontes diagnósticos de um espodossolo.
Fonte: Lepsch (2010).
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5.9 Luvissolos
Luvissolos são solos minerais não hidromórficos pela presença de um horizonte
subsuperficial diagnós�co textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer �po de horizonte
A (exceto A chernozêmico) ou sob horizonte E, argila de alta a�vidade e saturação por bases
(Figura 49). Estes solos variam de bem drenados a mal drenados e geralmente são pouco
profundos (60 a 120 cm), com forte diferença entre os horizontes A e Bt devido a diferenças
de textura, cor e/ou estrutura entre eles. Grande parte dos solos desta classe apresenta
mudança textural abrupta.
São divididos em duas subordens: crômicos e háplicos. Os crômicos são pouco profundos
com o horizonte A delgado sobre um B avermelhado e são comuns em regiões semiáridas do
nordeste. Já os háplicos possuem um horizonte A moderado sobre um B textural de
coloração brunada e são comuns na região Sul.
Figura 49 – Perfil de Luvissolo Háplico.
Fonte: Lepsch (2010).
18
5.10 Chernossolos
Solos de desenvolvimento não muito avançado, com rochas ricas em cálcio e
magnésio e minerais esmec��cos, com alta a�vidade da argila e acumulação de carbonato
de cálcio, resultando em uma reação aproximadamente neutra ou moderadamente ácida a
fortemente alcalina, com enriquecimento em matéria orgânica. São caracterizados pela
presença de um horizonte de diagnós�co superficial A chernozêmico com alta saturação por
bases, teores altos de carbono orgânico e carbonato de cálcio acima de um horizonte B
textural ou com caracterís�cas argilúvicas (Figura 50). Possuem quatro subordens: rêndzicos,
ebânicos, argilúvicos e háplicos. Os rêndzicos são aqueles sem horizonte B e com A
chernozênico direto sobre material calcário, os ebânicos possuem horizontes mais
escurecidos, já os argilúvicos possuem B textural bem desenvolvidos e os háplicos são solos
que não apresentam horizonte subsuperficial de acumulação de argila, não apresentam
cores escuras em profundidade e acumulação de carbonato de cálcio e são desenvolvidos de
materiais originários de rochas ácidas ou intermediárias. São solos com elevado potencial
agrícola e encontrados na região Sul.
Figura 50 – Perfil de chernossolo argilúvico com horizontes.
Fonte: Lepsch (2010).
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5.11 Ver�ssolos
Solos de desenvolvimento restritos devido aos fenômenos de expansão e contração,
que são principalmente relacionados à alta a�vidade das argilas, que fornece uma grande
capacidade de movimentação do material cons�tu�vo do solo. São solos com alta capacidade
de troca de cá�ons (CTC), alta saturação por bases (eutróficas), altos níveis de cálcio e
magnésio e reação (pH) neutra para alcalina. Eles também podem ocorrer menos
frequentemente na faixa moderadamente ácida (Figura 51). De acordo com o SiBCS eles são
definidos por um horizonte vér�co de 25 a 100cm de profundidade e 1cm de largura
a�ngindo até 50cm de profundidade. São subdivididos em hidromórficos, ebânicos e háplicos.
Os hidromórficos são pouco permeáveis e encharcados nos períodos chuvosos pois a
drenagem é restrita em razão da permeabilidade lenta. São Solos com horizonte glei dentro
dos primeiros 50 cm, ou entre 50 cm e 100 cm desde que precedido por horizontes com
predomínio de cores acinzentadas. Os ebânicos são aqueles com predominância de cores
escuras, quase negras na maior parte dos horizontes B e/ou C dentro de 100 cm da super�cie.
Os háplicos são os que não se enquadram nos subgrupos anteriores. Os ver�ssolos
apresentam problemas para a agricultura pois seu material argiloso é muito plás�co e
pegajoso quando úmido e muito duro quando seco. A figura 6.15 mostra a ocorrência dos
ver�ssolos, chernossolos e luvissolos.
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Figura 51 – Localização dos luvissolos, vertissolos e chernossolos no Brasil.
Fonte: IBGE(2001).
5.12 Cambissolos
Cambissolos são solos que ainda apresentam caracterís�cas do material originário, ou
rocha, são demonstrados pela presença de minerais primários (Figura 52). O horizonte
diagnós�co B incipiente (pouco desenvolvimento estrutural) e a presença de baixa
(distrófica) ou alta (eutrófica) saturação por bases e baixa a alta a�vidade da argila são os
indicadores definidos pelos critérios do SiBCS. São subdivididos em húmicos, flúvicos e
21
háplicos. Os flúvicos são desenvolvidos de sedimentos aluviais ao longo de várzeas fluviais
com níveis de fer�lidade natural variáveis. Os húmicos são caracterizados pela presença do
horizonte A superficial húmico, que se caracteriza pela cor escura,rica em matéria orgânica
e os háplicos são encontrados em relevos forte ondulados ou montanhosos, que não
apresentam horizonte supefcial A Húmico.
Figura 52 – Perfil de cambissolo.
Fonte: EMBRAPA (2021).
5.13 Neossolos
Neossolos são solos feitos de material mineral ou orgânico pouco espesso não mostram
os atributos diagnós�cos que caracterizam vários processos de formação do solo (Figura 53).
Isso pode ser devido à maior resistência do material de origem ou a outros fatores de
formação, como clima, relevo ou tempo, que podem impedir ou limitar a evolução do solo.
São definidos pelo material mineral ou orgânico com menos de 20cm sem horizonte B
diagnós�co. Suas subordens são: litólicos, flúvicos, regolí�cos e quartzarênicos. Os litólicos
compreendem solos rasos, onde geralmente a soma dos horizontes sobre a rocha não
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ultrapassa 50 cm, estando associados normalmente a relevos mais declivosos. Os flúvicos
ocorrem próximos de rios ou drenagens em relevo. plano, sendo evidentes as camadas de
solo depositadas, que se diferenciam pela cor e textura. Os regolí�cos são não hidromórficos
e de textura normalmente arenosa, apresentando alta erodibilidade principalmente em
declives mais acentuados. E os quartzarênicos ocorrem em relevo plano ou suave ondulado,
apresenta textura arenosa ao longo do perfil e cor amarelada uniforme abaixo do horizonte
A, que é ligeiramente escuro.
Figura 53 – Perfis de neossolos.
Fonte: Oliveira et al. (1992).
5.14 Gleissolos
Gleissolos são solos que ficam permanentemente ou ocasionalmente saturados de água.
A água fica estagnada dentro ou satura por fluxo lateral no solo (Figura 54). Como resultado
do regime de umidade redutor, eles são marcados por uma forte gleização. Isso se deve à
saturação por água durante todo o ano, ou pelo menos por um longo período, devido à
necessidade de oxigênio pela a�vidade biológica. São cons�tuídos por um horizonte glei nos
primeiros 150cm com menos de 50% de plin�ta abaixo de um horizonte A ou H delgado.
Suas subordens são �omórficos, melânicos, sálicos e háplicos. Os �omórficos são solos de
baixadas litorâneas com pH muito baixo, sob influência de oscilações de maré. Osmelânicos
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apresentam horizonte A escuro rela�vamente espesso e, logo abaixo, uma camada de cor
acinzentada com ou sem mosqueado ou variegado. Os sálicos ocorrem em relevo plano de
várzea e esporadicamente em terraços, associados aos mangues e baixos cursos de rios
nordes�nos, por isso normalmente apresentam gleização. O solo fica descoberto nos locais
onde a concentração de sais é elevada. E os háplicos incorporam aqueles cujo horizonte glei
está abaixo de horizontes mais claros com A moderado.
Figura 54 – Perfil de gleissolo.
Fonte: Lepsch (2010).
5.15 Organossolos
Organossolos são feitos de materiais originários principalmente orgânicos. Caracteriza-se
por meio da presença de horizontes de cons�tuição orgânica (H ou O) com tonalidade preta,
cinzenta muito escura ou brunada, bem como uma grande proporção de resíduos vegetais
com diferentes graus de decomposição (Figura 55). Horizontes ou camadas minerais de
diferentes espessuras podem se sobrepor ou estar entremeados. Os solos são �picamente
fortemente ácidos, o que resulta em alta capacidade de troca de cá�ons e baixa saturação
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por bases (distróficos), o que pode resultar em um teor elevado de alumínio. No entanto,
ocorrem ocorrências esporádicas de saturação média ou alta (eutrófica). Suas subordens são
�omórficos, fólicos, mésicos e háplicos. Solos �omórficos apresentam elevada concentração
de enxofre ou compostos deste elemento. Quando oxidados por efeito de drenagem ou
rebaixamento do lençol freá�co, tornam-se extremamente ácidos, impróprios ao cul�vo de
culturas comuns. Os fólicos são organossolos estão saturados por água, no máximo por 30
dias consecu�vos por ano, durante o período mais chuvoso, e que apresentam horizonte O
hís�co originado de acumulação de folhas, galhos finos, raízes, cascas de árvores, etc, em
diferentes graus de decomposição, sobrejacente a contato lí�co ou ocupando os inters�cios
de material cons�tuído de fragmentos de rocha (cascalhos, calhaus e matacões). Os háplicos
são os organossolos de maior ocorrência, iden�ficados em áreas de baixadas úmidas ou
alagadas, mal e muito mal drenadas, sendo originados de sedimentos orgânicos holocênicos.
Por fim, os mésicos são organossolos que apresentam teores intermediários de matéria
orgânica decomposta.
Figura 55 – Perfil de um organossolo.
Fonte: Oliveira et al. (1992).
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5.16 Conclusão
Você aprendeu nesta unidade sobre os �pos de solo classificados pelo Sistema
Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS). O SiBCS é uma ferramenta u�lizada para
classificar e descrever os diferentes �pos de solos presentes no Brasil. Ele leva em
consideração diversas caracterís�cas �sicas, químicas e morfológicas do solo, o que permite
agrupá-los em diferentes classes e categorias, de acordo com suas propriedades e atributos.
Para se aprofundar no tema você pode acessar os canais Geobrasil, Marcelo Lima,
LAPBED UNICAMP e o Museu de Solos do Rio Grande do Sul nos seguintes links
https://www.youtube.com/watch?v=tdSM8kxGGCQ
https://www.youtube.com/watch?v=yseADrR5RgA
https://www.youtube.com/watch?v=SxrDni-Hekg
https://www.youtube.com/watch?v=I-kXT91VLjc
https://www.pedologiafacil.com.br/
Também você pode consultar as seguintes referências bibliográficas
OLIVEIRA. J.B. Pedologia Aplicada. Jabo�cabal: UNESP. 2001.
LEPSCH I.F. Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos. 2010.
SANTOS, H. G. dos; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C. dos; OLIVEIRA, V. A. de;
LUMBRERAS, J. F.; COELHO, M. R.; ALMEIDA, J. A. de; ARAUJO FILHO, J. C. de; OLIVEIRA, J.
B. de; CUNHA, T. J. F. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Embrapa Solos. 2018.
Para estudar sobre o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, você pode seguir
algumas etapas e u�lizar diversas fontes de conhecimento. O SiBCS possui um documento
26
oficial disponível para consulta, geralmente em formato de livro ou PDF, você pode obtê-lo
acessando este link:
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1094003/sistema-brasileiro-de
-classificacao-de-solos
A leitura desse documento é fundamental para entender os conceitos, critérios e
classificações u�lizados no sistema. Esse é o ponto de par�da para qualquer estudo mais
aprofundado. Busque aulas, cursos ou workshops ministrados por especialistas no assunto.
Muitas universidades, ins�tuições de pesquisa ou até mesmo órgãos governamentais
oferecem treinamentos sobre o SiBCS e outras questões relacionadas aos solos. E por fim,
procure estudos de caso que u�lizem o SiBCS na prá�ca. Isso ajudará a entender como a
classificação de solos é aplicada em diferentes situações e como as informações do sistema
são u�lizadas na gestão ambiental. Na próxima unidade estudaremos o mapeamento dos
solos no Brasil.
Questão de autoavaliação
Bem-vindo à a�vidade de autoavaliação. Nesta a�vidade, você terá a oportunidade
de refle�r sobre seu progresso, compreender suas habilidades e iden�ficar áreas que
precisam de desenvolvimento. A autoavaliação é uma ferramenta valiosa no processo de
aprendizagem online, permi�ndo que você avalie seu próprio desempenho e tome medidas
para melhorar. Ao se envolver nessa a�vidade, você estará fortalecendo seu
autoconhecimento e construindo uma base sólida para o crescimento acadêmico. Vamos
começar essa jornada de autoavaliação e aproveitar ao máximo sua experiência de
aprendizagem online!
Por que o SiBCS é importante para a gestão ambiental?
Resposta comentada:
A relação entre os �pos de solo classificados pelo SiBCS e a gestão ambiental é muito
importante, uma vez que o solo é um recurso natural fundamental para a sustentabilidade
27
do ambiente e para a produção de alimentos. Algumas das principais interações entre a
classificação de solos e a gestão ambiental são:
1. Planejamento de uso do solo:A classificação dos solos pelo SiBCS fornece
informações valiosas para o planejamento e gestão do uso do solo. Com base nas
caracterís�cas dos diferentes �pos de solos, é possível determinar as melhores
prá�cas agrícolas, apropriadas para cada área, minimizando impactos ambientais
e o�mizando a produção.
2. Conservação do solo: Compreender a classificação dos solos auxilia na
iden�ficação das áreas mais vulneráveis à erosão e degradação, permi�ndo a
adoção de medidas adequadas para a conservação do solo, como a
implementação de técnicas de manejo sustentável e a criação de áreas de
preservação permanente.
3. Monitoramento e avaliação ambiental: A classificação dos solos é essencial para o
monitoramento e avaliação dos recursos naturais, pois ajuda a iden�ficar áreas
com alto potencial de contaminação e problemas ambientais associados à má
u�lização do solo, como a compactação, a salinização e a degradação química.
4. Licenciamento ambiental: Em muitos casos, o licenciamento ambiental para
a�vidades agrícolas, industriais ou de infraestrutura requer a avaliação prévia do
�po de solo presente na área afetada. Essa avaliação é relevante para determinar
se a a�vidade proposta é compa�vel com as caracterís�cas do solo e se medidas
mi�gadoras devem ser adotadas.
5. Planejamento urbano: Na gestão ambiental urbana, a classificação dos solos
também é relevante, uma vez que ajuda a iden�ficar áreas propícias para a
expansão urbana, bem como locais adequados para a preservação de áreas
verdes e de lazer.
6. Reflorestamento e recuperação de áreas degradadas: O conhecimento sobre o
�po de solo é fundamental para a escolha adequada das espécies vegetais a
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serem u�lizadas em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas
degradadas, levando em conta a adaptação das plantas às caracterís�cas
edáficas.
Em suma, a classificação de solos pelo SiBCS é uma ferramenta essencial para a gestão
ambiental, fornecendo informações valiosas que auxiliam na tomada de decisões para o uso
sustentável do solo e para a preservação dos recursos naturais. Através da aplicação
adequada do conhecimento sobre os �pos de solo, é possível promover a conservação da
biodiversidade, a proteção dos recursos hídricos e a sustentabilidade das a�vidades
humanas no ambiente rural e urbano.
Referências
LEPSCH I.F. Formação e Conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos. 2010.
SANTOS, H. G. dos; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C. dos; OLIVEIRA, V. A. de; LUMBRERAS,
J. F.; COELHO, M. R.; ALMEIDA, J. A. de; ARAUJO FILHO, J. C. de; OLIVEIRA, J. B. de; CUNHA, T.
J. F. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Embrapa Solos. 2018.
https://www.embrapa.br/solos/sibcs/classificacao-de-solos
OLIVEIRA, J.B.; JACOMINE, P.K.T.; CAMARGO, M.N. Classes gerais de solos do Brasil.
Jabo�cabal: FUNEP: 1992.
IBGE, Diretoria de Geociências. Mapa de Solos do Brasil. Rio de Janeiro: Ins�tuto Brasileiro
de Geografia e Esta�s�ca. 2001
PRADO, H. Manual de Classificação de Solos do Brasil, Jabo�cabal: FUNEP. 1995.
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