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Administração Financeira Orçamentaria

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Administração Financeira e Orçamentária
Obra organizada pelo Instituto IOB – São Paulo: Editora IOB, 2014. ISBN 978-85-63625-43-4
Informamos que é de inteira responsabilidade do autor a emissão dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a 
prévia autorização do Instituto IOB. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na 
Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.
Tradição + Inovação
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Sumário
Capítulo 1. Orçamento Público e sua Evolução, 9
1. Legislações que Traçaram as Diretrizes do Orçamento, 9
2. Tipos de Orçamento de Acordo com o Sistema Político 
– Papéis e Funções do Orçamento, 10
3. Funções do Orçamento, 11
4. Orçamento da Seguridade Social – Orçamento 
Público, 11
5. Princípios Orçamentários: Princípio da Unidade – 
Princípio da Universalidade – Princípio da Anualidade 
– Princípio da Proibição de Estorno de Verbas – 
Princípio da Exclusividade da Matéria 
Orçamentária, 13
6. Exceções dos Princípios Orçamentários – Princípio 
da Reserva da Lei – Princípio da Especificação – 
Princípio do Equilíbrio – Princípio da Simplificação e 
Clareza – Princípio da Descentralização – Princípio 
da Responsabilidade – Princípio pelo Valor Bruto – 
Princípio da Publicidade – Princípio da Não Afetação 
da Receita, 14
7. Princípios Orçamentários: Princípio da Não Afetação 
da Receita – Princípio da Programação – Princípio da 
Unidade da Tesouraria – Princípio da Exatidão, 15
8. Técnicas Orçamentárias – Orçamento Tradicional 
– Orçamento por Desempenho – Orçamento 
Incremental – Orçamento-Programa – Orçamento 
Base Zero ou Estratégia, 16
9. Orçamento Teto Fixo – Orçamento Participativo – 
Característica Orçamentária – Processo Decisório do 
Orçamento, 17
Capítulo 2. Orçamento Público no Brasil, 19
1. PPA (Plano Plurianual), 19
2. LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), 19
3. LDO – Elo entre o PPA e a LOA, 20
4. LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), 22
5. Leis de Planejamento Fiscal, 23
6. Crimes de Responsabilidade, 24
Capítulo 3. Receita Pública e Despesa Pública, 26
1. Receita Pública – Regime de Caixa – Ingresso 
Extraorçamentário, 26
2. Classificação da Receita – Quanto à Natureza – 
Quanto à Coercitividade – Quanto ao Poder de 
Tributar – Quanto à Afetação Patrimonial, 27
3. Classificação da Receita – Quanto à Afetação 
Patrimonial – Receitas Correntes – Receitas de Capital 
– Quanto à Regularidade, 28
4. Classificação da Receita – Quanto à Categoria 
Econômica, 29
5. Receitas de Capital: Receita Patrimonial 
– Receita Agropecuária – Receita Industrial – Receita 
de Serviços – Receita de Transferência Corrente, 30
6. Dívida Ativa, 32
7. Dívida Ativa – Tributária ou Não Tributária – Prescrição 
– Recebimento – Inscrição Indevida – Despesa 
Orçamentária – Inscrição de Restos a Pagar – Regime 
de Competência, 33
8. Exceções ao Regime de Competência – Restos a Pagar 
– Despesa Orçamentária e Despesa Extraorçamentária 
– Despesas Correntes – Juros e Encargos da Dívida, 34
9. Inversões Financeiras – Transferências de Capital – 
Afetação Patrimonial – Mutações Patrimoniais, 35
10. Suprimento de Fundos – Restos a Pagar, 36
11. Restos a Pagar – Inscrição – Cancelamento, 37
12. Despesas de Exercícios Anteriores – Existência – 
Prescrição, 38
Capítulo 4. O Papel do Estado e a Atuação do Governo nas 
Finanças Públicas, 40
1. Codificação da Receita Orçamentária – Classificação 
da Despesa, 40
2. Codificação da Receita Orçamentária e Classificação 
Institucional – Classificação Funcional – Encargos 
Especiais, 41
3. Classificação Funcional – Classificação Programática, 42
4. Configuração da Classificação da Despesa – 
Localizador do Gasto – Tipos de Programas, 43
5. Classificadores de Despesa, 44
Capítulo 5. Programação e Execução Orçamentária e 
Financeira, 46
1. Estágios da Receita – Previsão e Lançamento, 46
2. Estágios da Receita – Arrecadação e Recolhimento, 47
3. Estágio da Despesa – Fixação e Empenho, 48
4. Estágios da Despesa – Empenho, Liquidação e 
Pagamento, 49
5. Execução da Receita e da Despesa Orçamentária - 
Destaque. Provisão. Repasse. Sub-repasse, 50
6. Descentralização dos Recursos Financeiros – Cota 
– Repasse – Sub-repasse – Execução Orçamentária – 
Ciclo Orçamentário, 51
7. Ciclo Orçamentário – Elaboração – Estudo – 
Aprovação – Discussão – Execução – Avaliação, 53
8. Ciclo Orçamentário – Período – Execução – Avaliação 
– Sidor – Siafi – Tesouro Nacional, 53
9. Sidor – Siafi, 55
10. Créditos Orçamentários – Créditos Adicionais – 
Créditos Suplementares, 56
11. Créditos Especiais – Créditos Extraordinários 
– Recursos – Superávit Financeiro do Balanço 
Patrimonial, 57
12. Recursos – Excesso de Arrecadação do Exercício – 
Anulação de Dotação Orçamentária ou de Créditos 
Autorizados, 58
13. Conta Única do Tesouro Nacional, 59
Capítulo 6. Lei de Responsabilidade Fiscal, 61
1. Introdução da Lei de Responsabilidade Fiscal, 61
2. Lei de Responsabilidade Fiscal – Proibições – Objetivos 
– Setor Público, 62
3. Lei de Responsabilidade Fiscal – Revogações – 
Planejamento – Transparência – Responsabilidade – 
Controle, 63
4. Mecanismos de Transparência Fiscal – Renúncia de 
Receita, 64
5. Proposta de Renúncia – Aprovação da Renúncia – 
Aprovação sem Compensação 
da Renúncia, 65
6. Geração de Despesa – Despesa Obrigatória de Caráter 
Continuado, 66
7. Limites para Despesas de Pessoal, 67
8. Quadro de Despesas – Fiscalização – Terceirização 
– Aumento da Despesa Pessoal – Limite de Alerta e 
Prudencial, 68
9. Revisão – Sanções do Aumento de Despesa Pessoal – 
Punições – Concessão de Vantagem ou Aumento de 
Remuneração, 69
10. Despesas com a Seguridade Social, 70
11. Limites para a Dívida – Dívida Pública Consolidada – 
Dívida Pública Mobiliária – Dívida Pública Consolidada 
Líquida – Operação de Crédito por Antecipação de 
Receita, 72
12. Limite da Dívida – Limites da Operação de Crédito – 
Regra de Ouro – Concessão de Garantia, 73
13. Recondução da Dívida aos Limites – Exceções aos 
Prazos – Déficit Público, 74
14. Déficit Público – Necessidade de Financiamento do 
Setor Público, 75
15. Transferência Voluntária – Destinação de Recursos 
– Alienação de Bens e Direitos – Conservação do 
Patrimônio, 76
Gabarito, 79
Capítulo 1
Orçamento Público e sua 
Evolução
1. Legislações que Traçaram as Diretrizes do 
Orçamento
O primeiro ponto a ser observado é que a Administração Financeira e Orçamen-
tária traz de um lado o orçamento (composto pela estimativa das receitas e des-
pesas) e, de outro, os recursos financeiros propriamente ditos.
Quando o Estado faz o orçamento, deve observar algumas normas, as quais 
são regidas por leis.
A Lei nº 4.320/1964 institui normas gerais de Direito Financeiro para elabora-
ção e controle dos orçamentose balanços da União, dos Estados, dos Municípios 
e do Distrito Federal.
Importante destacar que referido diploma legal exige uma lei complementar, 
que ainda não foi editada.
O Decreto-lei nº 200, de 1967, por sua vez, criou o Ministério do Planeja-
mento e a Coordenação Geral, cabendo a eles a programação orçamentária e a 
proposta orçamentária anual.
Ainda, a Constituição Federal traz as três leis de planejamento: Plano Pluria-
nual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.
É necessário observar também a redação da Lei Complementar nº 101/2000, 
a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece as normas de finanças 
públicas voltadas para responsabilidade na gestão fiscal.
Exercício 
1. (Cespe – 2014 – Polícia Federal – Agente Administrativo) Sabendo que a 
organização dos programas governamentais por meio de instrumentos orça-
mentários tem a dupla função de controlar politicamente o poder e garantir 
uma administração eficiente e eficaz, julgue o item subsequente:
Administração Financeira e Orçamentária10
 Dada a importância da integração entre planejamento e orçamento para o 
bom funcionamento da administração pública, é previsto na CF um ciclo de 
planejamento e execução do plano orçamentário integralmente constituído 
pelo PPA e pela LDO.
2. Tipos de Orçamento de Acordo com o Sistema 
Político – Papéis e Funções do Orçamento
De acordo com o sistema político, é possível haver o orçamento executivo, legis-
lativo e misto.
O orçamento executivo se dá quando o orçamento compete somente ao Po-
der Executivo, ou seja, o Executivo elabora, aprova e executa o orçamento (regi-
mes autoritários).
Já o orçamento legislativo traz o Poder Legislativo elaborando, votando e 
aprovando o orçamento, enquanto a execução fica a cargo do Executivo (regime 
parlamentarista).
O orçamento misto, por sua vez, se dá quando o Poder Executivo elabora e 
submete à aprovação e autorização do Poder Legislativo (forma que ocorre no 
Brasil, em razão do regime presidencialista).
O orçamento da receita engloba todos os ingressos no período proveniente de 
tributos diretos sobre a renda e o patrimônio e tributos indiretos, além das recei-
tas provenientes de contribuições, receitas de serviços, agropecuárias, industriais, 
transferências, operações de crédito, venda de ativos, dentre outros.
Por outro lado, o orçamento da despesa engloba todas as autorizações de 
gastos a serem realizados no exercício, como despesas de custeio, investimento, 
inversões, dentre outros.
Cumpre destacar que as operações de crédito por antecipação de receita, a 
emissão de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo 
financeiro, não são consideradas receitas na lei de orçamento.
Por fim, ressalta-se que o orçamento público cumpre três papéis: alocativo, 
regulador e econômico.
Exercício 
2. (Analista Administrativo da ANTT – 2005 – NCE – UFRJ) Um regime político e 
as formas de relações entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário in-
terferem na forma de elaboração de um orçamento, que, usualmente, pode 
ser classificado em legislativo, executivo ou misto. Um orçamento:
Administração Financeira e Orçamentária 11
a) Legislativo é o executado pelo Poder Legislativo, após elaboração e 
aprovação do Poder Executivo.
b) Legislativo é o votado e controlado pelo Poder Legislativo, mas elabora-
do pelo Poder Executivo.
c) Executivo é executado pelo Poder Executivo, após elaboração e aprova-
ção do Poder Legislativo.
d) Misto é elaborado e executado pelo Poder Executivo, mas votado e 
controlado pelo Poder Legislativo.
e) Misto é o elaborado pelo Poder Judiciário, votado pelo Poder Legislativo 
e executado pelo Poder Executivo.
3. Funções do Orçamento
Inicialmente, o orçamento público permite ao Estado cumprir três funções: esta-
bilizadora, distributiva e alocativa.
O governo possui três maneiras de alterar variáveis macroeconômicas como 
renda e produto da economia (sob o ponto de vista de uma política fiscal), quais 
sejam, por meio de seus gastos, de sua tributação e de suas transferências.
Em resumo, o orçamento público é um instrumento de planejamento da ação 
governamental em que o Poder Legislativo aprova as despesas para o Poder Exe-
cutivo executá-las, desde que anteriormente tenham sido estimadas as receitas. 
Por se tratar de um instrumento de planejamento de ações, é capaz de reduzir as 
desigualdades sociais do país.
O orçamento público é dividido em: orçamento fiscal, orçamento da segurida-
de social e orçamento de investimentos das empresas estatais.
O orçamento fiscal traz todas as receitas da Administração Pública Direta e 
Indireta, bem como das fundações. Observa-se que as sociedades de economia 
mista e as empresas públicas não entram no orçamento fiscal.
Já o orçamento de investimento abrange apenas as empresas independentes, 
aquelas que não dependem do Estado em relação às suas despesas operacionais.
4. Orçamento da Seguridade Social – Orçamento 
Público
O orçamento das entidades previdenciárias, apesar de ser uma receita parafiscal, 
são receitas públicas e, portanto, estão sujeitas ao controle parlamentar. Assim, 
abrange a previdência social, a saúde e a assistência social.
Administração Financeira e Orçamentária12
O orçamento público é uma lei formal que prevê receitas e autoriza gas-
tos. Ainda, não modifica leis tributárias e financeiras, não sendo, também, 
coercitivo.
Nota-se que o orçamento, pelo aspecto objetivo, tem a finalidade de fixar 
despesas e prever receitas. Pelo aspecto subjetivo, tem a finalidade de limitar a 
capacidade do Estado de tributar.
Outro ponto a ser destacado é que, no orçamento, todas as receitas são compu-
tadas quando os valores entrarem (regime de caixa). Já as despesas são computadas 
no regime de competência.
Exercícios 
3. (Mare) No tocante aos objetivos da política orçamentária, indique a única 
opção correta:
a) Utilizar instrumentos que promovam a alocação de recursos por parte 
do governo, objetivando principalmente a oferta de determinados bens 
e serviços que são necessários e desejados pela sociedade e que não são 
providos pelo sistema privado.
b) Estimar benefícios através do valor presente dos incrementos da capaci-
dade em auferir rendimentos gerados pela educação.
c) Controlar o aumento do gasto público e contê-lo dentro dos limites 
considerados adequados pelo governo.
d) Utilizar mecanismos fiscais que não visem à redistribuição de renda e da 
riqueza.
e) Assegurar o ajustamento da alocação dos recursos no mercado finan-
ceiro privado.
4. (AFC – SFC – 2001) No tocante ao papel do Estado na atividade econômica, 
diz-se que o setor público deve cumprir, fundamentalmente, as três seguin-
tes funções:
a) Distributiva, fiscalizadora e alocativa.
b) Distributiva, fiscalizadora e estabilizadora.
c) Distributiva, alocativa e estabilizadora.
d) Fiscalizadora, alocativa e estabilizadora.
e) Fiscalizadora, normativa e estabilizadora.
Administração Financeira e Orçamentária 13
5. Princípios Orçamentários: Princípio da 
Unidade – Princípio da Universalidade 
– Princípio da Anualidade – Princípio da 
Proibição de Estorno de Verbas – Princípio da 
Exclusividade da Matéria Orçamentária
Conforme já estudado, sob o enfoque orçamentário, o regime adotado é de caixa 
para as receitas e de competência para as despesas. No entanto, há exceções, 
como as despesas de exercícios anteriores, por exemplo.
Passa-se, então, ao estudo dos princípios orçamentários.
O princípio da Unidade surge da Lei nº 4.320/1964, visando garantir que os 
orçamentos sejam harmônicos entre si, propiciando unidade à peça orçamentária.
Já o Princípio da Universalidade traz que devam ser incluídas, em valores bru-
tos, todas as receitas e despesas da União,inclusive as relativas a fundos, órgãos 
e entidades da Administração Direta e Indireta, assim como fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público.
O Princípio da Anualidade, por sua vez, traz que o orçamento será válido por 
um ano. Importante ressalvar que o Plano Plurianual não fere este princípio, pois 
para executar o orçamento é necessário que a previsão se faça para um ano. 
Também o Plano Plurianual é um planejamento estratégico e não operacional e, 
portanto, o instrumento de execução pertence à Lei Orçamentária Anual.
O Princípio da Proibição de estorno de verbas veda a transposição, remaneja-
mento ou transferência de recursos de uma categoria para outra ou de um órgão 
para outro, sem prévia autorização legislativa.
Por fim, o Princípio da Exclusividade da matéria orçamentária traz que no or-
çamento somente pode haver matéria orçamentária, ou seja, matéria pertinente 
à fixação de despesas e previsão de receitas. Exceção: autorização para abertura 
de créditos adicionais suplementares na própria LOA e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação da receita.
Administração Financeira e Orçamentária14
6. Exceções dos Princípios Orçamentários 
– Princípio da Reserva da Lei – Princípio 
da Especificação – Princípio do Equilíbrio 
– Princípio da Simplificação e Clareza – 
Princípio da Descentralização – Princípio da 
Responsabilidade – Princípio pelo Valor Bruto 
– Princípio da Publicidade – Princípio da Não 
Afetação da Receita
O Princípio da Reserva da Lei vem disposto no art. 150, I, da Constituição Federal. 
Os orçamentos e créditos adicionais somente podem ser aprovados por lei for-
mal, excetuados os créditos extraordinários, os quais podem ser autorizados via 
medida provisória.
O Princípio da Especificação visa detalhar a programação orçamentária para 
que não ocorram dúvidas quanto à origem e quanto ao destino dos recursos.
Já o Princípio do Equilíbrio traz que o montante das despesas autorizadas não 
deve ultrapassar a receita prevista.
O Princípio da Simplificação e Clareza, como o próprio nome traz, dispõe que 
o orçamento deve ter fácil entendimento.
O Princípio da Descentralização, por sua vez, estabelece que a cobrança de 
resultados deva ocorrer no nível em que a ação está sendo realizada.
O Princípio da Responsabilidade traz que o administrador deve assumir de 
forma personalizada a responsabilidade de um programa, sua solução ou enca-
minhamento de um problema.
O Princípio pelo Valor Bruto traz que todas as receitas e despesas devem ser 
lançadas pelo valor bruto, não podendo haver deduções.
Já o Princípio da Publicidade estabelece que qualquer pessoa deve ter acesso 
às informações que permitam a fiscalização da utilização dos recursos dos con-
tribuintes.
Por fim, o Princípio da não Afetação da Receita veda a vinculação da receita 
de impostos.
Exercícios 
5. (Esaf – Analista de Finanças e Controle – SFC – 2002). Acerca do regime mis-
to adotado pela Contabilidade Pública em nosso país é correto afirmar que:
Administração Financeira e Orçamentária 15
a) A contabilização das receitas observa o regime de competência.
b) A inscrição em dívida ativa, como exceção à regra, observa o regime de 
competência.
c) A contabilização das despesas observa o regime de caixa.
d) A inscrição em dívida ativa, como exceção à regra, observa o regime de 
caixa.
e) A inscrição em dívida ativa, assim como as demais receitas, observa o 
regime de caixa.
6. (AFC – STN –2005) O regime contábil consagrado pela Lei nº 4.320/64 para 
contabilidade pública é o de caixa para a Receita e de competência para a 
Despesa. Assinale a opção que indica exceção ao regime de caixa para 
a receita:
a) O reconhecimento da receita na inscrição da Dívida Ativa.
b) O recebimento de receitas oriundas de operações de crédito.
c) O recebimento de doações em dinheiro.
d) O recebimento de tributos.
e) O recebimento de transferências financeiras.
7. Princípios Orçamentários: Princípio da 
Não Afetação da Receita – Princípio 
da Programação – Princípio da Unidade da 
Tesouraria – Princípio da Exatidão
De acordo com o conteúdo estudado em unidade anterior, o Princípio da Não 
Afetação da Receita veda a vinculação da receita de impostos. Contudo, poderá 
haver vinculação quando a Constituição Federal assim determinar.
O Princípio da Programação dispõe que o orçamento deve ter o conteúdo e a 
forma de programação.
Já o Princípio da Unidade da Tesouraria afirma que toda a arrecadação do Es-
tado deve ser centralizada numa única conta bancária. O recolhimento será feito 
em estrita observância ao Princípio de Unidade de Tesouraria, vedada qualquer 
fragmentação para criação de caixas especiais.
O Princípio da Exatidão, por sua vez, frisa a preocupação com a realidade 
que deve estar presente nos setores encarregados da estimativa de receitas e dos 
setores que solicitam recursos para a execução de suas atividades ou projetos.
Administração Financeira e Orçamentária16
Exercício 
7. (Sefaz) Acerca dos Princípios Orçamentários aceitos em nosso país, é incorre-
to afirmar que:
a) A existência da separação do orçamento da União em fiscal, de in-
vestimento das estatais e da seguridade social não fere o princípio da 
unidade.
b) O princípio da universalidade exige a inclusão das receitas operacionais 
das empresas estatais no orçamento da União.
c) A existência do Plano Plurianual não conflita com o princípio da anua-
lidade.
d) As transferências tributárias obrigatórias a estados e municípios, consti-
tucionalmente previstas, constituem exceção ao princípio da não afeta-
ção das receitas.
e) O princípio da exclusividade impõe ao orçamento público o trato exclu-
sivo de matéria financeira, vedada a inclusão de qualquer dispositivo 
estranho à estimativa das receitas e à fixação das despesas.
8. Técnicas Orçamentárias – Orçamento 
Tradicional – Orçamento por Desempenho – 
Orçamento Incremental – Orçamento- 
-Programa – Orçamento Base Zero ou 
Estratégia
As três principais técnicas orçamentárias são: orçamento tradicional; orçamento 
por desempenho; e orçamento-programa.
O orçamento tradicional surgiu com o conceito de orçamento, aproximada-
mente em 1800, na Inglaterra e sua principal função era política. Trata-se de um 
orçamento que não se baseia em meta ou finalidade, sendo o aspecto jurídico 
mais valorizado o aspecto econômico. Neste sentido, preocupa-se mais com o 
objeto do gasto e do que com a satisfação do povo.
O orçamento por desempenho, por sua vez, possui uma visão bidimensional, 
pois se preocupa tanto com o objeto do gasto, quanto com o desempenho dos 
recursos.
Já, no orçamento incremental, a estrutura do orçamento anterior se mantém, 
fazendo apenas alguns incrementos nas despesas.
Administração Financeira e Orçamentária 17
O orçamento-programa, por sua vez, é um plano de trabalho, em que há 
identificação dos programas de trabalho com objetivos e metas traçados e previ-
são de custos. Identifica também os projetos e atividades, permitindo uma maior 
transparência. Nota-se que este orçamento se preocupa com a eficácia, com a 
eficiência e com a efetividade.
Cumpre salientar que o orçamento-programa concretizou-se pelo PPA, LDO 
e LOA.
Por fim, o orçamento base zero requer revisão detalhada das operações em 
andamento e dos níveis de gasto. Exige de cada administrador a justificativa de-
talhada dos recursos solicitados.
Referido orçamento consistia na análise, revisão e avaliação de todas as des-
pesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassassem o nível de gas-
tos já existentes.
Exercício 
8. (Auditor Fiscal – Gov. BA – julho – 2004 – FCC) O princípio orçamentário que 
tem por objetivo vedar autorizações globais para o estado, tanto arrecadar 
tributos quanto para aplicarrecursos financeiros, é denominado princípio da:
a) Unidade.
b) Exclusividade.
c) Universalidade.
d) Especificação.
e) Fragmentação.
9. Orçamento Teto Fixo – Orçamento 
Participativo – Característica Orçamentária – 
Processo Decisório do Orçamento
O orçamento teto fixo estabelece um quantitativo financeiro fixo com base no 
qual os órgãos deverão elaborar suas propostas orçamentárias.
O orçamento participativo se dá quando há participação direta e efetiva das 
comunidades na elaboração do orçamento. Coloca o cidadão como protagonis-
ta ativo da gestão pública. Insta salientar que o orçamento participativo não se 
opõe ao orçamento-programa, não havendo, ainda, perda da participação do 
Legislativo.
Administração Financeira e Orçamentária18
Segundo a Constituição Federal, a iniciativa das Leis Orçamentárias é privada 
do Poder Executivo e, portanto, este não é obrigado a atender às sugestões 
populares.
Quanto ao processo decisório do orçamento, no processo descendente, os 
níveis mais baixos apenas elaboram os planos de trabalho, cujos objetivos foram 
traçados pela cúpula da organização.
Já, no processo ascendente, os níveis mais baixos traçam os objetivos, asso-
ciando planejamento com orçamento, cabendo à cúpula aprovar.
Por fim, no processo misto, as unidades operacionais elaboram os planos de 
trabalho, que serão consolidados nos setores e órgão central. Assim, a cúpula 
traça as diretrizes e objetivos, de acordo com o orçamento disponível.
Exercícios 
9. (MPU – Esaf – Técnico Orçamento – 2004) A programação orçamentária, 
com base nas metas fiscais, admite vários processos na elaboração do orça-
mento. Identifique qual é o processo que expressa financeira e fisicamente 
os programas de trabalho de governo, possibilitando a integração do pla-
nejamento com o orçamento, a quantificação de objetivos e a fixação de 
metas, as relações insumo, produto e a avaliação de resultados:
a) Orçamento de desempenho.
b) Orçamento-programa.
c) Orçamento base-zero.
d) Orçamento tradicional.
e) Orçamento com teto fixo.
10. (Analista de Finanças e Controle – FCC) A ênfase no objetivo do gasto, ao 
invés da preocupação com a categoria econômica do dispêndio, demonstra 
que se trata de um orçamento:
a) Tradicional.
b) Participativo.
c) Base zero.
d) Orçamento-programa.
e) Orçamento de desempenho.
Capítulo 2
Orçamento Público no 
Brasil
1. PPA (Plano Plurianual)
Inicialmente, observa-se que as leis de planejamento formam um ciclo de 
gestão.
O Plano Plurianual ocorre de quatro em quatro anos, por meio de lei ordinária.
Cumpre destacar que o Plano Plurianual (PPA) veio em substituição ao Orça-
mento Plurianual de Investimentos (OPI).
O PPA apresenta, além dos dispêndios de capital que compreende as despesas 
de investimento (obras), as inversões financeiras (imóveis e bens de capital), trans-
ferências (amortização da dívida pública), as e metas físicas (que são quantidades 
de produto a ser ofertada de forma regionalizada).
Faz-se necessário observar a redação do art. 165, § 1º, da Constituição Fede-
ral, que aborda o Plano Plurianual:
“§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regiona-
lizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas 
de duração continuada.”
2. LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)
Primeiramente, observa-se que a redação do art. 165, § 1º, da Constituição Fede-
ral dispõe acerca dos programas de duração continuada. Trata-se de programas 
que possuem duração superior a um exercício.
Importante destacar que nenhum investimento que extrapole o exercício fi-
nanceiro poderá ocorrer sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a 
inclusão, sob pena de responsabilidade fiscal.
Administração Financeira e Orçamentária20
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é uma lei ordinária, válida para um 
exercício. Visa orientar os gastos públicos e a elaboração do projeto de lei orça-
mentária para o exercício seguinte.
Ainda, a LDO ajusta as ações do governo com a disponibilidade de caixa.
O Poder Executivo deve encaminhar a LDO até o dia 15 de abril de cada ano 
e referida lei deve ser aprovada pelo Congresso Nacional até o dia 17 de julho.
Nos termos do art. 165, § 2º, da Constituição Federal, a LDO compreenderá 
as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente. Ademais, orientará a elaboração 
da Leo Orçamentária Anual (LOA), bem como disporá sobre as alterações na le-
gislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento.
Exercícios 
11. (Técnico de Orçamento – MPU) A Lei do Plano Plurianual deve conter sempre:
a) A proposta de política cambial a ser adotada.
b) As hipóteses e expectativas de inflação da economia.
c) O diagnóstico do setor público, indicando possibilidades de aumento 
de arrecadação tributária.
d) A programação econômica voltada para os setores de atividade do 
governo.
e) A política de preços e salários a ser adotada.
12. (FCC – Analista de Controle Externo – TCE – MA/2005) Os projetos de lei do 
plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão 
enviadas ao Congresso Nacional:
a) Pelo Presidente do Tribunal de Contas da União.
b) Pela Comissão Mista permanente de Deputados e Senadores.
c) Pelo Banco Central.
d) Pelo Presidente da República.
e) Pelo conjunto das Assembleias Legislativas dos Estados da Federação.
3. LDO – Elo entre o PPA e a LOA
Conforme já estudado, a LDO é um dispositivo legal que estabelece as regras a 
serem seguidas na elaboração do orçamento. É encaminhada, em nível federal, 
em forma de projeto de lei, pelo Chefe do Poder Executivo ao Congresso Nacio-
nal, cabendo a este a aprovação.
Administração Financeira e Orçamentária 21
A Carta Magna integrou na LDO os seguintes parâmetros:
1. as prioridades e metas da Administração Pública Federal;
2. a organização e as estruturas do orçamento;
3. as diretrizes gerais para elaboração dos orçamentos da União e suas 
alterações;
4. as disposições relativas à dívida pública federal;
5. as disposições relativas às despesas da União com pessoal e encargos 
sociais;
6. as disposições sobre a autorização para aumento do gasto ou contratação 
de pessoal da Administração Direta e Indireta;
7. a política de aplicação de recursos das agências oficiais de fomento;
8. as disposições sobre alterações na legislação tributária da União.
Insta esclarecer que a Lei de Responsabilidade Fiscal introduziu novos conteú-
dos nos instrumentos orçamentários. Na LDO, introduziu três anexos: anexo de 
metas fiscais, anexo de riscos fiscais e anexos especiais.
O diploma legal acima mencionado dispõe em seu art. 4º, § 1º, que serão 
estabelecidas as metas anuais em valores correntes e constantes para um período 
de três anos (o exercício da LDO e mais dois anos seguintes). Estas metas corres-
pondem a previsões para receitas e despesas, resultado nominal e primário, além 
do montante da dívida pública para três anos.
O anexo ainda conterá:
1. avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
2. demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas 
nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premis-
sas e os objetivos da política econômica nacional;
3. evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, des-
tacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos
-privatizações;
4. avaliação da situação financeira e atuarial:
a) do Regime Geral de PrevidênciaSocial e do Regime Próprio dos Servidores 
Públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador, com intuito de proteger os regi-
mes próprios de previdência em seu uso específico;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
5. demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Administração Financeira e Orçamentária22
4. LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal)
O anexo de riscos fiscais traz riscos nos quais a Administração Pública pode in-
correr. Neste sentido, serão destacados aqueles fatores que poderão impactar os 
resultados fiscais estabelecidos para o exercício. Exemplo: sentenças judiciais que 
possam gerar despesas inesperadas.
Cumpre esclarecer que a Lei de Responsabilidade Fiscal integrou na LDO os 
seguintes parâmetros:
1. equilíbrio entre as receitas e despesas;
2. critérios e formas de limitação de empenho;
3. renúncia de receita;
4. disciplinação das transferências para entidades públicas e privadas;
5. quantificação do resultado primário a ser atingido para reduzir a dívida e 
os juros pagos;
6. disposição sobre o controle de custos e avaliação de resultados de progra-
mas cujo financiamento partiu do orçamento;
7. estabelecimento de limites ao aumento de despesas obrigatórias de caráter 
continuado.
Os anexos especiais, por sua vez, trazem os objetivos da política monetária e 
cambial, por exemplo.
Na LOA, são programadas as ações a serem executadas de acordo com o que 
foi planejado no PPA e em obediência à LDO. Ainda, administra o equilíbrio entre 
as receitas e despesas públicas e viabiliza as ações do governo.
As ações do governo são traduzidas por programas que podem ser sob forma 
de projetos, atividades e operações especiais.
Insta salientar que o orçamento expressa as políticas desenvolvidas pela enti-
dade pública, os interesses que nele predominam e os setores beneficiados.
Por fim, é preciso ressaltar que a LOA é uma lei ordinária, válida para o exer-
cício fiscal.
Exercício 
13. (Esaf – Técnico de Controle Interno – Sefaz – PI – 2001). Acerca da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO), prevista no § 2º do art. 165 da Constituição 
Federal, é incorreto afirmar que:
a) Estabelece as metas e prioridades da administração pública federal.
b) Define as metas de despesas de capital para o exercício subsequente.
Administração Financeira e Orçamentária 23
c) Dispõe sobre alterações na legislação tributária.
d) Estabelece a política de aplicação de agências financeiras oficiais de 
fomento.
e) Contém demonstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e des-
pesas decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios 
de natureza financeira, tributária e creditícia.
5. Leis de Planejamento Fiscal
A LOA é uma lei válida para o exercício fiscal. Ela abrange o orçamento fiscal, o 
orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas 
estatais que detenham a maioria do capital com direito a voto. Trata-se de uma 
lei ordinária única, e não de três leis (embora abarque os três aspectos vistos).
A LRF também introduziu novos conteúdos para a LOA:
a) demonstrativo da compatibilidade de programação dos orçamentos com 
os objetivos e metas;
b) demonstrativos das medidas de compensação a renúncias de receita e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;
c) reserva de contingência, com forma de utilização e montante, definido com 
base na receita corrente líquida estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias.
O refinanciamento da dívida deve estar demonstrado em separado da LOA, 
mas o serviço da dívida deverá estar destacado na LOA.
A LOA deve ser encaminhada até 31/08 de cada exercício ao Congresso e 
devolvida até o encerramento da sessão legislativa (21/12).
Exercícios 
14. (Técnico de Orçamento – MPU) No Brasil a elaboração de lei orçamentária 
anual (LOA) deverá espelhar:
a) Exclusivamente investimentos.
b) As metas fiscais somente para as despesas.
c) A autorização para criar novas taxas.
d) Autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários.
e) As estimativas de receita e a fixação de despesas.
15. (Técnico de Orçamento – MPU) Aponte a opção incorreta no que diz respeito 
ao Orçamento Público no Brasil:
Administração Financeira e Orçamentária24
a) A LOA compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento 
das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade 
social.
b) A LDO tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais 
de forma a adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública, estabelecidos na lei orçamentária anual.
c) O PP é um plano de médio prazo, através do qual procura-se ordenar 
as ações do governo que levem o atingimento dos objetivos e metas 
fixadas para um período de quatro anos.
d) A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado para a conse-
quente materialização do conjunto de ações e objetivos que foram pla-
nejados visando ao atendimento e bem-estar da coletividade.
e) A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública.
6. Crimes de Responsabilidade
A Lei nº 4.320/1964 determinou que a LOA deve ter dois anexos: quadro de detalha-
mento de receitas e quadro de detalhamento de despesas. Se não receber a pro-
posta orçamentária no prazo fixado, o Poder Legislativo consignará como proposta 
a lei orçamentária vigente, e será considerado crime de responsabilidade. Até o 
momento anterior à entrada em votação, pode ser proposta alteração à LOA.
Se o Congresso não aprovar a LOA no prazo, será liberado 1/12 de algumas 
despesas da proposta orçamentária por mês.
Exercícios 
16. (Esaf – TFC – SFC – 2011) A CF/88, em seu art. 165, determina que a lei 
orçamentária compreenderá:
 – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos 
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações insti-
tuídas e mantidas pelo Poder Público;
 – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto;
 – O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e ór-
gãos a ela vinculada, da administração direta ou indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Administração Financeira e Orçamentária 25
 Além dos orçamentos anuais acima indicados, a nova constituição estabelece 
que leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
a) O plano plurianual, as diretrizes compensatórias e as atualizações fidu-
ciárias.
b) O plano bianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações perma-
nentes.
c) O plano plurianual, as diretrizes estratégicas e as atualizações perma-
nentes.
d) O plano trianual, as diretrizes orçamentárias e as atualizações fiduciárias.
e) O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os planos e programas 
nacionais, regionais e setoriais.
17. (Esaf – Técnico de Orçamento – MPU – 2014) De acordo com a CF, o or-
çamento engloba os recursos dos Poderes da União, representados pelos 
Fundos, Órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, denomina-se:
a) Orçamento fiscal.
b) Orçamento programa.
c) Orçamento de investimento.
d) Orçamento da seguridade social.
e) Orçamento funcional.
Capítulo 3
Receita Pública e Despesa 
Pública
1. Receita Pública – Regime de Caixa – Ingresso 
Extraorçamentário
Define-se como receita pública o recebimento efetuado pelo Órgão/Instituição 
com a finalidade de ser aplicada em gastos operativos e de administração, ou 
seja, receitas públicassão todos os ingressos de caráter não devolutivo, auferidas 
pelo poder público em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura 
das despesas públicas. Dessa forma, todo ingresso orçamentário constitui uma 
receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.
O regime de caixa é aquele em que são consideradas receitas e despesas do 
exercício, tudo o que for recebido ou pago durante o ano financeiro, mesmo que 
se trate de receitas e despesa referentes a exercícios anteriores. Exceto inscrição 
da dívida ativa.
Ingresso extraorçamentário são todos aqueles valores que serão restituídos no 
futuro. Pertencem a terceiro. São, portanto, aqueles que não constam no orçamen-
to, e compreendem as entradas de dinheiro ou créditos de terceiros, de que o es-
tado é devedor como simples depositário ou como agente passivo da obrigação.
Exercício 
18. (Esaf – AFC/SFC – 2000) De acordo com as regras da contabilidade pública 
nacional, é correto afirmar, quanto à forma de registro da receita, que:
a) Todas as receitas são fatos modificativos.
b) Todos os ingressos são considerados receitas.
c) O regime contábil é o da competência.
d) Operações de crédito não são consideradas receitas.
e) Todas as receitas são orçamentárias.
Administração Financeira e Orçamentária 27
2. Classificação da Receita – Quanto à Natureza 
– Quanto à Coercitividade – Quanto ao Poder 
de Tributar – Quanto à Afetação Patrimonial
Intraorçamentárias são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e 
demais entidades da Administração Pública integrantes do Orçamento Fiscal e da 
Seguridade Social de uma mesma esfera do Governo.
É importante destacar que o superávit do orçamento corrente é receita de 
capital extraorçamentária.
Os ingressos extraorçamentários são fatos permutativos, pois sempre envol-
vem a entrada de receita e em contrapartida o registro de uma obrigação.
As operações de crédito por antecipação de receita correspondem a emprés-
timos de curto prazo com a finalidade de cobrir insuficiência de caixa e insufi-
ciência financeira. A operação de crédito por antecipação de receita só pode 
ser contraído a partir de 10 de janeiro e deve ser quitado até 10 de dezembro, 
não sendo permitida, segundo o art. 38 da Lei de Responsabilidade Fiscal, a 
contratação de crédito por antecipação de receita no último ano de mandato.
Receitas originárias ou facultadas ou de economia privada provêm do patri-
mônio do Estado. Não são coercitivas, por exemplo, aluguéis e dividendos, ou 
seja, oriundas do patrimônio, receita mobiliária e imobiliária.
Essas receitas originárias ou facultativas ou de economia privada são subdivi-
didas em:
– patrimoniais: aluguéis, venda de bens, operação de crédito, royalties pela 
exploração do seu patrimônio por concessionários e permissionários de 
serviço público;
– empresariais: são atividades realizadas pelo Estado como empresário. 
Exemplo: receitas industriais, comerciais e de serviços.
Receitas efetivas são aquelas que afetam positivamente a situação líquida pa-
trimonial. É um fato contábil modificativo aumentativo. Por exemplo: recebimen-
to de tributos, receitas patrimoniais, entre outras.
Nas receitas por mutação patrimonial, há uma simples troca de elementos 
patrimoniais. É um fato permutativo. Por exemplo: alienação de bens e operação 
de crédito.
Administração Financeira e Orçamentária28
3. Classificação da Receita – Quanto à Afetação 
Patrimonial – Receitas Correntes – Receitas de 
Capital – Quanto à Regularidade
As receitas correntes, em regra, são receitas efetivas, porém, existe uma exceção, 
o recebimento da dívida ativa que, apesar de serem registradas como receita 
corrente dentro da subcategoria “outras receitas correntes”, causa uma mutação 
patrimonial, referente à baixa do direito.
As receitas correntes são: tributos (efetiva); contribuições parafiscais (efetiva); 
receita patrimonial (efetiva); receita industrial (efetiva); receita agropecuária (efeti-
va); receita de serviços (efetiva); transferências correntes (efetivas); outras receitas 
correntes (efetivas).
As receitas de capital, via de regra, são receitas por mutação patrimonial, pois 
toda vez que registra uma receita de capital faz-se o registro de uma mutação 
patrimonial. A exceção são receitas de transferências de capital, que não geram 
uma mutação patrimonial, decorrente da incorporação de um direito ou de um 
bem ou da baixa de obrigações.
As receitas de capital são: alienação de bens (mutação patrimonial); opera-
ção de crédito (mutação patrimonial); amortização de empréstimo (mutação pa-
trimonial); transferência de capital (efetiva); outras receitas de capital (mutação 
patrimonial).
Os fatos administrativos podem ser:
– permutativos, qualificativos ou compensativos: representam trocas entre 
elementos ativos, passivos ou ambos, sem provocar variações no patrimô-
nio líquido; e
– modificativos ou quantitativos: provocam variações no patrimônio líquido.
Quanto à regularidade, as receitas podem ser ordinárias (as que ocorrem nor-
malmente) ou extraordinárias (ocorrem esporadicamente, por exemplo, imposto 
de guerra, empréstimo compulsório, imposto extraordinário).
Exercícios 
19. (MPU – Técnico de Orçamento) A receita pública é a soma dos recursos 
percebidos pelo Estado. Classicamente, as receitas públicas não podem ser 
classificadas em:
a) Receitas derivadas.
b) Receitas originárias.
Administração Financeira e Orçamentária 29
c) Receitas diretas.
d) Receitas compulsórias.
e) Receitas facultativas.
20. (MPU – Técnico de Orçamento) As receitas públicas, quanto à afetação pa-
trimonial, são divididas em receitas efetivas e receitas de mutação patrimo-
niais. Identifique a única opção que não corresponde a uma receita efetiva:
a) Receitas tributárias.
b) Receitas de contribuições.
c) Receitas de serviços.
d) Receitas de operação de crédito.
e) Receitas agropecuárias.
21. (MPU – Técnico de Orçamento) Assinale a única opção falsa em relação a 
exemplos de receitas extraorçamentárias:
a) Valores recebidos de bens de ausentes.
b) Valores em poder de agentes financeiros e outras entidades.
c) Salários de servidores não reclamados.
d) Valores registrados em depósitos de diversas origens, que reúnem os 
depósitos administrativos e judiciais.
e) Receitas de recebimento de dívidas.
4. Classificação da Receita – Quanto à Categoria 
Econômica
É estabelecida pela Lei nº 4.320/1964 que divide a receita orçamentária em duas 
categorias econômicas: receitas correntes e receitas de capital.
Receitas correntes têm origem em atividades operacionais para aplicação em 
despesas em atividades operacionais, correntes. São derivadas do poder de tribu-
tar ou da venda de produtos e serviços. Proporcionam um aumento efetivo do sal-
do patrimonial. Essas receitas são divididas nas seguintes subcategorias: tributos; 
contribuições parafiscais; receitas patrimoniais; receitas agropecuárias; receitas in-
dustriais; receitas de serviços; transferências correntes; e outras receitas correntes.
O imposto não garante o acesso a um determinado benefício público. Os 
recursos obtidos não possuem uma finalidade predeterminada, ou seja, não são 
vinculados.
As taxas estão associadas à provisão de determinado serviço usufruído de 
forma direta pelo contribuinte. Há uma contraprestação em favor de quem paga.
A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras 
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a des-
Administração Financeira e Orçamentária30
pesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resul-
tar para cada imóvel beneficiado.
Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas são ins-
tituídas pela União e destinadasaos órgãos que representam as categorias profis-
sionais que estão regulamentadas em lei, como Crea, CRM e aos serviços sociais 
autônomos como as contribuições para o Sesi, Senac, Sesc.
As contribuições sindicais não se confundem com as contribuições confedera-
tivas porque estas últimas são estabelecidas em assembleias e não em lei.
A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico é instituída pela União, 
apresenta a finalidade interventiva de maneira específica. A União poderá intervir 
e participar de alguma atividade econômica e com isso cobrar uma contribuição. 
Essa contribuição deverá incidir somente sobre atividades as quais impera o do-
mínio econômico, servindo como um instrumento interventor.
Exercício 
22. (Esaf – AFC/CGU – 2003 – 2004) A receita da administração pública pode ser 
classificada quanto à natureza, ao poder de tributar, à coercitividade, quanto 
à afetação patrimonial e quanto à regularidade. Marque a opção falsa:
a) Quanto à afetação patrimonial, as receitas são classificadas em orça-
mentárias e extraorçamentárias.
b) Quanto ao poder de tributar, a receita é dividida conforme a discrimina-
ção constitucional das rendas, em federal, estadual e municipal.
c) Quanto à coercitividade, as receitas podem ser divididas em originárias 
e derivadas.
d) Quanto à regularidade, as receitas podem ser desdobradas em ordiná-
rias e extraordinárias.
e) Na classificação quanto à natureza, diz-se que as receitas tributárias e 
as receitas de contribuições são exemplos de receitas correntes.
5. Receitas de Capital: Receita Patrimonial 
– Receita Agropecuária – Receita Industrial – 
Receita de Serviços – Receita de Transferência 
Corrente
Receita patrimonial é o resultado da utilização por terceiros, dos elementos pa-
trimoniais: aluguéis, arrendamentos, foros e laudêmios, taxas de ocupação de 
Administração Financeira e Orçamentária 31
imóveis, juros de títulos de renda, dividendos e outras participações em capital de 
outras empresas, assim como: rendimentos de investimentos do ativo permanen-
te; aplicações de disponibilidades em opções de mercado; e receitas de outorga 
de serviço público.
A receita agropecuária é aquela derivada da exploração agropecuária de ori-
gem animal ou vegetal.
Receita industrial deriva de atividade industrial de extração mineral, de trans-
formação, de contração, entre outros.
Receita de serviços deriva da prestação de serviços de transporte, saúde, co-
municação, portuário, armazenagem, inspeção e fiscalização, judiciário, proces-
samento de dados, vendas de mercadorias e outros serviços.
Transferência corrente deriva de recursos de outros entes, concedidos diante 
de algumas regras com objetivo de aplicação em despesas correntes.
Não existe uma associação perfeita entre receitas e despesas correntes e recei-
tas e despesas de capital.
Observa-se que o saldo (superávit) em conta corrente ou a diferença entre re-
ceita e despesa corrente (= poupança em conta corrente do governo) entrará em 
outras receitas de capital e será uma das fontes de financiamento das despesas 
de capital.
As receitas de capital podem ser decorrentes de: alienação de bens; opera-
ção de crédito; amortização de empréstimos; transferências de capital; outras 
receitas de capital.
O superávit do orçamento corrente é receita de capital e receita extraorça-
mentária porque normalmente é utilizado para cobrir déficit de capital. Como 
essa receita já foi considerada como orçamentária no exercício em que houve o 
resultado positivo, ela é contabilizada como extraorçamentária para que não haja 
duplicidade de receita.
Exercício 
23. (MPU – Técnico de Orçamento) Identifique a única opção correta no que diz 
respeito a receitas correntes do Estado:
a) Receitas de operação de crédito.
b) Receitas de alienação de bens.
c) Receitas de amortização de empréstimos.
d) Receitas patrimoniais.
e) Receitas de transferências de capital.
Administração Financeira e Orçamentária32
6. Dívida Ativa
Dívida ativa são tributos, multas e créditos da Fazenda Pública que foram lança-
dos, mas que não foram cobrados ou não foram arrecadados ou recolhidos no 
exercício de origem.
Quem gerencia a dívida ativa da União é a Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, órgão do Ministério da Fazenda.
Para que o Estado inscreva a pessoa na dívida ativa, é necessário que o crédito 
seja líquido e certo e que esteja vencido.
Exercícios 
24. (MPU – Técnico de Orçamento) A classificação legal da receita por categoria 
econômica divide o orçamento em dois grandes grupos:
a) Corrente e capital.
b) Orçamentária e extraorçamentária.
c) Compulsória e não cumpulsória.
d) Ativa e passiva.
e) Pecuniária e não pecuniária.
25. (Esaf – AFC/CGU – 2006) No que diz respeito à receita pública, indique a 
opção falsa:
a) A Lei nº 4.320/64 classifica receita pública em orçamentária e extraor-
çamentária, sendo que esta apresenta valores que não constam do 
orçamento.
b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital.
c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de contribui-
ções, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de alienação 
de bens, de transferências e outras.
d) A receita pública é definida como os recursos auferidos na gestão, que 
serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico do 
exercício.
e) A receita extraorçamentária não pertence ao Estado, possuindo caráter 
de extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos.
26. (FCC – TCE/SP – Agente Fiscal Administração Geral – 2005) São Receitas de 
Capital:
a) As receitas tributárias.
b) O superávit do orçamento corrente.
Administração Financeira e Orçamentária 33
c) As receitas de contribuições.
d) As provenientes de recursos financeiros recebidos de outras entidades 
para atender despesas com pessoal.
e) As receitas patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras.
27. (Esaf – ACE/TCU – 2002) No orçamento público, os recursos correspondem 
à receita prevista (estimada ou orçada), classificada segundo categorias eco-
nômicas. No que diz respeito às receitas de capital, identifique a opção falsa:
a) Receitas por mutação patrimonial.
b) Receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de 
constituição de dívidas.
c) Receitas de conversão, em espécie, de bens e direitos.
d) Receitas de amortização de empréstimos anteriormente concedidos.
e) Receitas imobiliárias.
7. Dívida Ativa – Tributária ou Não Tributária – 
Prescrição – Recebimento – Inscrição Indevida 
– Despesa Orçamentária – Inscrição de Restos 
a Pagar – Regime de Competência
Dívida ativa são tributos, multas e créditos da Fazenda Pública que foram lança-
dos, mas que não foram cobrados ou não foram arrecadados ou recolhidos no 
exercício de origem.
Quem gerencia a dívida ativa da União é a Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, órgão do Ministério da Fazenda.
A dívida ativa pode ser tributária, quando o crédito da Fazenda Pública é refe-
rente a tributos, seus adicionais e multa, ou não tributária, quando corresponder 
a outros créditos.
Na contabilidade pública, o regime contábil é misto, ou seja, o regime é de 
caixa para a receita e o regime é de competência para a despesa, mas a inscrição 
da dívida ativa constitui exceção ao regime de caixa da receita.
A inscrição da dívida ativa representa acréscimo patrimonial, ou seja, é um 
fato modificativo aumentativo, provoca o aumento do patrimônio já que corres-
ponde à incorporação de um direito a receber.
Quando a dívida ativa prescreve ou foram inscritos indevidamente, vai re-
presentar um fato modificativo diminutivo porque provoca uma diminuição do 
patrimônio.
Administração Financeira e Orçamentária34
O recebimento (cobrança) da dívida ativa,apesar de ser registrada como re-
ceita corrente dentro da subcategoria “outras receitas correntes”, causa uma 
mutação patrimonial, referente à baixa do direito. A receita de dívida ativa é 
orçamentária e pertence ao exercício em que foi inscrita.
Define-se despesa orçamentária como o gasto dos recursos públicos mediante 
orçamentos, a partir de autorização legislativa.
É importante destacar que a despesa extraorçamentária não integra o or-
çamento.
A inscrição de restos a pagar é despesa orçamentária na inscrição e despesa 
extraorçamentária no pagamento.
Exercício 
28. (AFC – 2000) São consideradas receitas extraorçamentárias:
a) Aluguéis.
b) Empréstimos obtidos.
c) O recebimento da dívida ativa.
d) Caução em dinheiro efetuado por prestadores de serviços.
e) As decorrentes da alienação de bens inservíveis.
8. Exceções ao Regime de Competência – Restos 
a Pagar – Despesa Orçamentária e Despesa 
Extraorçamentária – Despesas Correntes – 
Juros e Encargos da Dívida
Restos a pagar não processados são despesas não liquidadas. Essa despesa será 
liquidada só no ano seguinte, portanto, deveria ser despesa deste exercício, mas 
já foi considerada no exercício anterior.
Despesas orçamentárias são despesas fixadas no orçamento ou na lei de cré-
ditos adicionais. Devem respeitar os estágios da despesa.
Despesas extraorçamentárias são despesas que irão ocorrer e que surgiram 
por meio de receitas extraorçamentárias. Não necessitam de autorização legislati-
va e não integram o orçamento já que se refere a uma devolução a terceiros. No 
momento do desembolso, vão se caracterizar como despesa extraorçamentária.
Quanto à categoria econômica, a despesa pode ser corrente ou de capital.
Administração Financeira e Orçamentária 35
Despesas correntes (consumo do governo) compreendem as de pessoal e en-
cargos sociais, juros e encargos da dívida interna e externa e outras. São despesas 
que geram diminuição patrimonial (com exceção das aquisições de materiais de 
consumo).
A Lei nº 4.320/1964 classifica as despesas correntes em:
– despesas de custeio: são as dotações para manutenção de serviços ante-
riormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conserva-
ção e adaptação de bens imóveis. São elas: pessoal civil e militar; material 
de consumo; serviços de terceiros; e encargos diversos.
– transferências correntes: são as dotações para despesas que não têm con-
trapartida em bens e serviços inclusive para contribuições e subvenções 
destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público 
e privado. São elas: subvenções sociais e econômicas com a finalidade de 
cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas; inativos e pensio-
nistas; salário-família e abono familiar; juros da dívida pública; contribui-
ção para a Previdência Social; e diversas transferências correntes.
O grupo de natureza da despesa corrente foi definido pela Portaria Interminis-
terial nº 163/2001 em: despesas com pessoal e encargos sociais; juros e encargos 
da dívida; e outras despesas correntes.
As despesas de capital são despesas que geram permutação patrimonial. Cor-
respondem aos investimentos, que são despesas com planejamento e execução 
de obras inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à reali-
zação destas últimas e com a aquisição de instalações, equipamentos e material 
permanente.
9. Inversões Financeiras – Transferências de 
Capital – Afetação Patrimonial – Mutações 
Patrimoniais
Inversão, de maneira geral, é quando o Estado adquire algo que já existe; por 
exemplo, desapropriar um prédio para que uma escola funcione neste local.
Podem ser consideradas inversão financeira:
– aquisições de bens imóveis já em utilização ou edificados;
– aquisição de títulos representativos de capital de empresa em funciona-
mento que não importe aumento do capital;
– constituição ou aumento de capital de entidades ou empresas que visem 
a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de 
seguros;
Administração Financeira e Orçamentária36
– constituição de fundos rotativos;
– concessão de empréstimos.
Transferências de capital são recursos que serão concedidos de um ente para 
o outro, com a finalidade de serem aplicados em despesas de capital.
A classificação da despesa de capital, por grupo de natureza de despesa foi 
assim definida pela Portaria Interministerial nº 163/2001: investimentos; inversões 
financeiras; e amortização da dívida.
A amortização da dívida pela Lei nº 4.320/1964 é uma transferência de ca-
pital e pela Portaria Interministerial nº 163/2001 é uma despesa classificada em 
amortização da dívida.
Quanto à afetação patrimonial, elas podem ser:
– efetivas: são aquelas que causam alteração patrimonial; por exemplo: des-
pesas com pessoal, juros da dívida, outras despesas correntes;
– mutações patrimoniais: não alteram o patrimônio líquido do Estado. In-
cluem-se nessa classificação as despesas com formação de estoque de 
material de consumo que, embora sejam despesas correntes, são também 
por mutação patrimonial;
– extraordinárias: despesas que não estão presentes nas dotações orçamen-
tárias em todos os anos por serem esporádicas; por exemplo: guerra, cala-
midade, entre outras.
Exercício 
29. (FCC – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – 2008) É um gasto públi-
co classificado como despesa de capital:
a) Pagamento de juros sobre a dívida pública.
b) Subvenções para investimento em empresas estatais.
c) Aquisição de material de consumo.
d) Aquisição de imóveis usados para uso das repartições públicas.
e) Pagamentos a inativos e pensionistas.
10. Suprimento de Fundos – Restos a Pagar
Suprimento de fundos é um adiantamento concedido ao servidor para realização 
de despesa já empenhada e que pelo caráter de urgência não se subordina ao 
processo de execução orçamentária e financeira normal.
Administração Financeira e Orçamentária 37
Os motivos que permitem a concessão de suprimentos de fundos são: com 
serviços que exigem pronto pagamento em espécie; despesas eventuais, extraor-
dinárias e urgentes; despesas que tenham caráter sigiloso conforme regulamen-
to; despesas de pequeno vulto.
É vedada a concessão de suprimento de fundos para: responsável por dois 
suprimentos; servidor que não esteja em exercício ou que não tenha prestado 
conta da aplicação de suprimento de fundos; servidor que esteja respondendo a 
inquérito administrativo; servidor que esteja em alcance (não prestou contas do 
suprimento, teve contas reprovadas por desvio, desfalque ou má aplicação de 
recursos); e servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a 
adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor.
Restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exer-
cício financeiro (31 de dezembro). O regime de competência exige que as des-
pesas sejam contabilizadas de acordo com o exercício a que pertençam ou no 
exercício em que foram empenhadas. As despesas realizadas no ano anterior e 
pagas no exercício seguinte serão consideradas extraorçamentárias.
Restos a pagar são classificados em:
– processadas: onde o credor já cumpriu suas obrigações e, portanto, as 
despesas foram liquidadas;
– não processadas: onde o direito do credor ainda não foi apurado. São 
despesas não liquidadas.
A inscrição de restos a pagar será inscrita até 31/12 do ano da emissão da 
nota de empenho e tem validade até 31/12 do ano subsequente, sendo vedada 
a reinscrição.
O pagamento de despesas inscritas em restos a pagar prescreve após o perío-
do de cinco anos contados da data da inscrição, com exceção dos casos onde haja 
interrupções por questões judiciais.
11. Restos a Pagar – Inscrição – Cancelamento
A inscrição de restos a pagar deve ser feita até 31/12 do ano da emissão da nota de 
empenho, eé válida até 31/12 no ano subsequente. Não é permitida a reinscrição.
O pagamento de despesas inscritas em restos a pagar prescreve aos cinco 
anos da data de inscrição, exceto nos casos em que haja interrupções por ques-
tões judiciais.
Somente os restos a pagar não processados podem ser cancelados antes de 
31/12 do ano subsequente da nota de empenho, porque os processados repre-
sentam obrigação líquida e certa do Estado para com seus credores, pelo menos 
durante os cinco anos após a respectiva inscrição.
Administração Financeira e Orçamentária38
Os restos a pagar não pagos até 31/12 do ano subsequente da inscrição serão 
cancelados.
Dada a baixa contábil e até a sua prescrição, as despesas reconhecidas serão 
pagas na rubrica “despesas de exercícios anteriores”.
Exercícios 
30. (Sefaz – PI – Técnico de Controle Interno – 2001) No balanço financeiro, os 
restos a pagar do exercício serão computados:
a) Na receita orçamentária, para garantir recursos para o seu pagamento 
no exercício seguinte.
b) Na receita extraorçamentária, por se tratar de despesa paga e cujos 
bens ou serviços ainda não foram recebidos.
c) Na receita extraorçamentária, para compensar sua inclusão na despesa 
orçamentária.
d) Na despesa extraorçamentária, para compensar sua inclusão na receita 
orçamentária.
e) Na receita orçamentária, por se tratar de despesa ainda não paga.
31. (FCC – Agente Fiscal – 2005) A Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, regula 
o exercício financeiro dispondo que:
a) O exercício financeiro não poderá coincidir com o ano civil.
b) Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as des-
pesas empenhadas no exercício anterior.
c) Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas 
até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das 
nãoprocessadas.
d) As regras sobre exercício financeiro podem ser criadas pelo Chefe do 
Poder Executivo, através de Decreto.
e) Somente os créditos da Fazenda Pública de natureza tributária serão 
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas 
respectivas rubricas orçamentárias.
12. Despesas de Exercícios Anteriores – Existência 
– Prescrição
Despesas de exercícios anteriores ocorrem quando o fato gerador aconteceu em 
exercícios financeiros já encerrados e há o reconhecimento do direito do credor. É 
Administração Financeira e Orçamentária 39
a despesa que o empenho tenha sido anulado, mas que o credor tenha cumpri-
do com suas obrigações, ou quando a despesa com inscrição restos a pagar foi 
cancelada, mas o direito do credor ainda está vigente ou quando compromissos 
criados em lei só foram reconhecidos após o encerramento do exercício.
É uma despesa orçamentária (tem dotação específica na LOA).
A prescrição de despesas de exercícios anteriores é de cinco anos da data do 
fato gerador, não se considerando o tempo de tramitação burocrática e o de 
providências administrativas a que estiver sujeito o processo
Exercícios 
32. (Sefaz – PI – Técnico de Controle Interno – 2001) O art. 35 da Lei nº 4.320/64 
estabeleceu que pertencem ao exercício financeiro a receita nele arrecadada 
e a despesa legalmente empenhada, instituindo, dessa forma, o regime de 
caixa para a receita e o de competência para a despesa. Constituem exce-
ções a esses regimes, respectivamente:
a) A arrecadação da receita tributária e a inscrição de restos a pagar pro-
cessados.
b) A inscrição da dívida ativa e a inscrição de restos a pagar não processados.
c) As operações de crédito e a liquidação de despesa referente a férias.
d) A arrecadação de receitas de capital e a inscrição de restos a pagar 
processados.
e) As operações de crédito por antecipação de receita e a liquidação de 
débitos de tesouraria.
33. (Sefaz – PI – Técnico de Controle Interno – 2006) Assinale a opção que não 
é uma característica da despesa de exercícios encerrados (despesa de exer-
cícios anteriores):
a) São pagas à conta do orçamento do exercício.
b) A autoridade competente para o seu reconhecimento é a mesma com-
petente para a emissão da nota de empenho.
c) Restos a Pagar com prescrição interrompida podem ser pagos como 
despesas de exercícios anteriores.
d) Obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas reconhecido o 
direito do reclamante depois de encerrado o exercício correspondente, 
pode ser paga à conta de exercícios anteriores.
e) Não é necessário respeitar a categoria econômica no reconhecimento 
da despesa.
Capítulo 4
O Papel do Estado e a 
Atuação do Governo nas 
Finanças Públicas
1. Codificação da Receita Orçamentária – 
Classificação da Despesa
A classificação da codificação das receitas observa os seguintes critérios:
1. classificação institucional (quem é o responsável pela receita);
2. classificação quando à natureza;
3. classificação quanto às fontes de recursos (como serão financiadas as 
despesas).
A classificação quanto à natureza merece maior atenção.
É composta de oito dígitos, agrupadas em 6 grupos.
O primeiro dígito representa a categoria econômica: receita corrente ou de 
capital (mensura o impacto das decisões do governo na economia nacional).
O segundo dígito: derivada, originária, transferência e outras (identifica a pro-
cedência dos recursos públicos ao fato gerador do ingresso das receitas).
O terceiro dígito é o nível de classificação vinculado à origem, composto por 
títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos 
de tais receitas. É a espécie.
O quarto dígito é o detalhamento das espécies de receita. É a rubrica.
O quinto dígito, que é composto por dois números e funciona como uma 
qualificação da rubrica. É a alínea.
E o sexto dígito, também composto por dois números, constitui o nível mais 
analítico da receita, o qual recebe o registro de valor. É a subalínea.
A codificação das despesas observa quatro tipos de classificação:
– institucional: mostra o poder, órgão e unidade orçamentária;
Administração Financeira e Orçamentária 41
– funcional: composta por função e subfunção;
– programática: composta de programas, projetos, atividade ou operações 
especiais;
– quanto à natureza da despesa: categoria econômica, grupo de natureza, 
modalidade de aplicação, elemento de despesa, desdobramento.
Exercício 
34. (Esaf – APO – MPOG – 2008) Segundo o Manual Técnico do Orçamento, 
2008, a classificação da receita por natureza busca a melhor identificação 
da origem do recurso, segundo seu fato gerador. Indique a opção incorreta 
quanto aos desdobramentos dessa receita:
a) Sub-rubrica.
b) Origem e espécie.
c) Rubrica.
d) Categoria econômica.
e) Alínea e subalínea.
2. Codificação da Receita Orçamentária e 
Classificação Institucional – Classificação 
Funcional – Encargos Especiais
As classificações das despesas servem para orientar as despesas, visualizando-se 
o que será implementado, qual o objetivo, qual o produto a ser obtido, quem 
programou as despesas, quais os insumos utilizados e adquiridos e em que área 
a despesa será realizada.
A classificação institucional classifica as despesas conforme as instituições são 
autorizadas a realizá-las relacionando órgãos da Administração Pública Direta ou 
Indireta.
Cada poder público é dividido em órgãos que são subdivididos em unidades 
orçamentárias que são subdivididos em unidades administrativas, sendo que es-
tas últimas não têm codificação nas despesas públicas porque não recebem recur-
sos diretos do orçamento. As unidades orçamentárias e os órgãos têm dotação 
orçamentária própria.
A classificação institucional é composta de cinco dígitos. Os dois primeiros 
Administração Financeira e Orçamentária42
identificam o órgão e os três últimos identifica a unidade orçamentária.
Essa classificaçãotem por objetivo:
– identificar o agente responsável pela dotação;
– contabilizar custos dos serviços;
– comparar as dotações de acordo com o órgão;
– focalizar a responsabilidade pela execução de um programa.
No entanto, esta classificação impede visualizar as funções a cumprir, pode criar 
rivalidades entre as instituições para obter recursos e mostra a disponibilidade de 
gastos de cada instituição, o que não causa melhoria nas decisões orçamentárias.
A classificação funcional permite a consolidação dos gastos do setor público. 
É composta por um rol de funções e subfunções prefixadas, com a finalidade de 
fornecer informações das realizações do governo. É também composta de cinco 
dígitos. Os dois primeiros identificam a função (maior nível de agregação da des-
pesa) e os três últimos identificam a subfunção.
Exercício 
35. (Esaf – MPU – 2004) Assinale a única opção incorreta relativa à classificação 
da despesa pública sob o enfoque administrativo legal:
a) Institucional.
b) Funcional.
c) Programática.
d) Quanto à natureza.
e) Constitucional.
3. Classificação Funcional – Classificação 
Programática
A função “encargos especiais” engloba as despesas em relação às quais não se 
possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente.
A subfunção evidencia cada área de atuação governamental.
A função tem sua classificação independente da sua função e dos programas. 
A classificação funcional é de uso comum e obrigatória para União, Estados e 
Municípios.
A classificação programática mostra para que os recursos são alocados. São 
instrumentos de organização que articulam as ações com mesmos objetivos para 
Administração Financeira e Orçamentária 43
solucionar um problema ou atender a uma necessidade. Essa classificação de-
monstra as realizações do governo.
É formada por doze grupos, agrupados em três grupos de quatro.
O primeiro grupo identifica o programa; o segundo, a ação e o terceiro, a 
subação.
O programa é um instrumento de organização da ação governamental visan-
do à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurados por indicadores 
estabelecidos no plano plurianual.
Exercícios 
36. (Cespe – TCU – 2004) A classificação funcional da despesa engloba funções 
e subfunções e tem por finalidade agregar conjuntos de despesas do setor 
público. Uma das funções refere-se às despesas as quais são se possa asso-
ciar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais 
como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras, o que implica, portan-
to, uma agregação neutra.
37. (Cespe – Analista – STJ – 2008) A função representa o maior nível de agre-
gação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. A sub-
função identifica a natureza básica dos projetos que se aglutinam em torno 
da unidade orçamentária e não pode ser combinada com funções diferentes 
daquelas a que estejam vinculadas.
4. Configuração da Classificação da Despesa – 
Localizador do Gasto – Tipos de Programas
Os programas são típicos das subfunções, mas uma função pode ter uma subfun-
ção e programas atípicos, o que leva à flexibilidade classificatória.
O orçamento começa no programa e o PPA termina no programa. O progra-
ma é o elo de ligação do PPA com o Orçamento.
Unindo a classificação institucional, funcional e programática, tem-se vinte e 
dois dígitos: AB. CDE. FG. HIJ. KLMN. OPQR. STUV.
Localizador de gasto é o menor nível de detalhamento da lei. Tem oito dígitos 
correspondentes à ação e subação:
– se na codificação da ação, o primeiro dígito (representado pela letra “O”) 
for ímpar (com exceção do 9) significa que se trata de um projeto; se par 
Administração Financeira e Orçamentária44
significa que se trata de uma atividade; se zero significa que se trata de 
uma operação especial; 09 é ação não orçamentária, sem dotação nos 
orçamentos, mas que participa dos programas no PPA.
Exercícios 
38. (Esaf – Sefaz/CE – Analista Contábil – 2006) A classificação administrativa 
legal da despesa pública no Brasil, sob a ótica do programa de trabalho da 
entidade, não inclui:
a) O órgão.
b) A função.
c) O projeto.
d) A origem dos recursos.
e) A atividade.
39. (Esaf – SPU – Enap – Técnico de Nível Superior – 2006) De acordo com a es-
trutura programática adotada a partir da Portaria nº 42/1999, o instrumento 
de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, 
das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo, 
é classificado como:
a) Função.
b) Subfunção.
c) Programa.
d) Projeto
e) Atividade.
40. (Esaf – AFC/CGU – Analista de Finanças e Controle – 2003 – 2004) Com 
relação à despesa pública, identifique a que natureza de categoria de pro-
gramação orçamentária corresponde o pagamento de sentenças judiciais:
a) Atividades.
b) Projetos.
c) Programas.
d) Planejamento prévio.
e) Operações especiais.
5. Classificadores de Despesa
Administração Financeira e Orçamentária 45
Para melhor entendimento, vejamos o seguinte exemplo:
20. 36.201 10.303 0006 4365 0001 9999 151 0 3.3.90 2, onde
20 = Orçamento da Seguridade Social.
36 = Orçamento = Ministério da Saúde.
201 = Unidade orçamentária = Fundação Oswaldo Cruz.
10 = Função = Saúde.
303 = Subfunção = suporte profilático e terapêutico.
0006 = programa = prevenção e controle das doenças imunoprevisível.
4365 = ação = produto de imunobiológicos.
0001 = subação = nacional.
9999 = IDOC = outros recursos.
151 = fonte = Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas.
3 = categoria econômica = despesas correntes.
3 = grupo de natureza de despesas = outras despesas correntes.
90 = modalidade de aplicação = aplicação direta.
2 = indicador de resultado primário – primária discricionária.
Exercício 
41. No âmbito da LOA, o código da natureza da despesa é composto apenas 
pelos quatro primeiros dígitos. Na execução do orçamento, serão utilizados 
os demais dígitos.
Capítulo 5
Programação e Execução 
Orçamentária e Financeira
1. Estágios da Receita – Previsão e Lançamento
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os estágios 
da receita são: lançamento, arrecadação e recolhimento (contidas na etapa de 
execução da receita) e o estágio de previsão (contida na etapa de planejamento).
Previsão é a estimativa de quanto se espera arrecadar.
Lançamento é o procedimento quando se verifica a procedência do crédito 
fiscal, quem e quando se deve pagar e inscreve em débito o contribuinte.
Existem três modalidades de lançamento:
– direto: quando é feito unilateralmente pela autoridade administrativa sem 
que o contribuinte intervenha, por exemplo, IPTU, IPVA.
– por homologação ou indireto ou por autolançamento: quando é feito pelo 
contribuinte e depois verificado pela autoridade pública. A legislação atri-
bui ao contribuinte ou responsável o dever de realizar o pagamento de 
forma antecipada, por exemplo, o IRPF.
– por declaração: quando é feito pela autoridade administrativa, mas o con-
tribuinte colabora, por exemplo, ITBI, ITCD.
O lançamento tem quatro estágios: determinação de matéria tributária; cálculo 
do imposto; identificação do obrigado; notificação.
Exercícios 
42. (Cespe – 2008) No estágio da previsão, tem-se a estimativa de arrecadação 
da receita, constante da LDO.
43. (Cespe – 2004) Na modalidade de lançamento da receita, existe o autolança-
Administração Financeira e Orçamentária 47
mento, que é executado pelo fisco com a colaboração do próprio contribuinte.
2. Estágios da Receita – Arrecadação e 
Recolhimento
A arrecadação dá-se com a transferência para o Tesouro Nacional, ou seja, quan-
do os agentes arrecadadores

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