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Intensivo Delegado de Polícia Civil Noturno - Área Judiciária 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Constitucional 
 Professor: Flavio Martins 
Aulas: 17 a 20 | Data: 27/05/2015 
 
 
1.1. ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
1. Habeas Corpus – CF, Art. 5º, LXVIII. 
2. Habeas Data – CF, Art. 5º, LXXII. 
3. Mandado de Injunção – CF, Art. 5º, LXXI. 
4. Ação Popular – CF, Art. 5º, LXXIII. 
5. Mandado de Segurança – CF, Art. 5º, LXIX. 
6. Mandado de Segurança Coletivo – CF, Art. 5º, LXX. 
 
DIREITO DE NACIONALIDADE 
 
 
 
 
 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
São seis: 
 Habeas Corpus – CF, Art. 5º, LXVIII. 
 Habeas Data – CF, Art. 5º, LXVII. 
 Mandado de Injunção – CF, Art. 5º, LXVI. 
 Ação Popular – CF, Art. 5º, LXXIII. 
 Mandado de Segurança – CF, Art. 5º, LXIX. 
 Mandado de Segurança Coletivo – CF, Art. 5º, LXX. 
 
 
1. Habeas Corpus – CF, Art. 5º, LXVIII 
Significado: do latim, dá-me o corpo, o início de uma frase que dizia: “dá-me o corpo de uma pessoa que está 
presa”. 
 
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LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou 
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade 
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
Origem: magna Carta de 1215, do Rei João sem Terra. 
O HC não foi previsto no Brasil na CF/1824, só na segunda, a CF/1891, idealizada por Rui Barbosa. Entretanto, o 
HC tutelava quaisquer direitos e não apenas a liberdade de locomoção, recebendo esta tutela genérica o nome 
de TEORIA BRRASILEIRA DO HABEAS CORPUS, CUIDADO, já perguntaram isso em concurso. 
O HC esteve previsto em TODAS as Constituições brasileiras seguintes, sempre tutelando a liberdade de 
locomoção, também chamada de liberdade ambulatória. 
O JC pode ser de duas espécies: 
 Preventivo: existe ameaça real de constrangimento à liberdade de locomoção. Ou seja, a ameaça ainda 
não se concretizou mas é real. Exemplo: sujeito é intimado para depor na CPI, e com medo do que vai 
acontecer nessa CPI ele impetra um habeas corpus preventivo para reconhecer seu direito de permanecer 
calado, que é um direito constitucional, mas o problema é que no Congresso nacional na verdade os 
direitos são desrespeitados na CPI e depoentes já foram presos por permanecerem em silêncio, daí 
impetrar o habeas corpus preventivo para garantir esse direito de permanecer calado; neste caso, o 
judiciário dará um salvo conduto, decisão informando que por aquela razão o impetrante não poderá ser 
preso por permanecer calado. 
 Repressivo: já existe um ato que constrange direta ou indiretamente a liberdade de locomoção. 
A Lei que regulamenta o HC é o CPP, Código de Processo Penal, Arts, 647 a 667. Entretanto o HC não é exclusivo 
do Processo Penal. Exemplos: 
a. É possível habeas corpus contra prisão civil irregular. Hoje só existe prisão civil para “devedor inescusável 
de alimentos”, ou seja, o que não tem um justo motivo para pagar a pensão alimentícia. Segundo a 
jurisprudência ele só pode ser preso em relação aos três últimos meses que deixou sem pagar; se um juiz 
decretar prisão relativa a débitos anteriores a este período, cabe HC contra esta prisão civil irregular. 
b. Segundo a CF, art. 144, é possível HC na justiça do Trabalho, e já houve um caso: o jogador Oscar da Copa 
do Mundo de 2014 tinha um contrato de trabalho vinculado ao São Paulo FC, mas queria jogar em Porto 
Alegre e não conseguia se desvincular do SPFC; seus advogados impetraram um habeas corpus no TST, 
que foi aceito, ele foi par Porto Alegre e depois para O Chelsea na Inglaterra. 
Quem pode impetrar: o impetrante: 
 Qualquer pessoa: não necessita ser advogado. É o único remédio constitucional que não exige 
capacidade postulatória. 
 Estrangeiro: pode, desde que em língua portuguesa, pois o art. XIII diz que é nossa língua oficial e deve 
ser usada em documentos públicos; além disso, pelo princípio da publicidade, documentos públicos 
devem ser escritos numa língua que todos os brasileiros entendam e por isso o STF decidiu assim. 
 Analfabeto: Sim, segundo o CPP, mediante alguém que escreva em seu nome. 
n: o HC pode ser impetrado em favor de direito próprio ou de direito de terceiro? Sim. Fui preso, impetro em 
meu favor; se meu primo foi preso, posso impetrar em favor de meu primo. Importante: NÃO PRECISA DA 
 
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PROCURAÇÃO DA PESSOA, pois estou pleiteando em nome próprio um direito alheio: “Eu fulano, estou 
impetrando habeas corpus em favor de cicrano”. 
Quem pode ser beneficiado: o paciente 
 Pessoa física: é o paciente do HC. 
 Pessoa jurídica: Segundo o STF e STJ, não cabe habeas corpus em favor de pessoa jurídica, pois pessoa 
jurídica não tem liberdade de locomoção, não lhe cabe direito de ir, vir e ficar. Apesar de a lei prever 
crimes ambientais para pessoa jurídica. 
 Animais: também não cabe, pois não é sujeito de direitos, apesar de ser protegido pela lei. 
 
Autoridade coatora: 
 Autoridade pública: a maioria quase absoluta dos casos. Exemplos: 
o Delegado, se decretou prisão irregular. 
o Juiz, se este decretou prisão preventiva irregular. 
o MP, apesar de ser parte, mas ele pode inferir em dois casos: 
 Requisitar a instauração de inquérito policial irregular: ao delegado, no caso. Se o fato 
for atípico ou o crime está prescrito, o delegado instaura; mas a autoridade coatora não é 
o delegado, mas sim o MP. 
 Determinar o indiciamento de um suspeito: o delegado concluiu e relatou o inquérito, e 
mandou adiante ao juiz, mas o MP requisita que se indicie um outro suspeito; hoje não há 
dúvidas de que quem providencia o indiciamento é exclusivamente o delegado; se o MP 
requisitar, cabe HC tendo MP como autoridade coatora. 
 Ato de particular: é raro, mas em alguns casos não se deve chamar a polícia quando um particular cerceia 
a liberdade de outro. Exemplos: 
o HC contra diretor de hospital que não libera o paciente que não pagou a conta. 
o Ou como o escritor Paulo Coelho, que está internado em manicômio sem ser louco e não 
consegue ser liberado porque a família deseja que ele fique internado e o diretor quer ganhar 
dinheiro com essa internação. 
o Ou o caso de fiel que o pastor impediu de frequentar seu culto. 
o Ou o caso do síndico que proibiu condômino de usar áreas comuns do condomínio. 
Punição Disciplinar Militar: segundo a CF art. 142 não cabe HC. Motivo: as Forças Armadas e PM têm como 
fundamento a hierarquia e disciplina, e a punição é justamente para mantê-las. PEGADINHA: segundo o STF e 
STM, não cabe HC para examinar o mérito, MAS CABE HC para verificar a legalidade da punição. 
Gratuidade: O HC é uma ação gratuita para todos, segundo a CF, art. 5º, inc. LXXVII. 
 
2. Habeas Data – CF, Art. 5º, LXXII. 
Significado: “dá-me- os dados, as informações”. 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
 
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a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por 
processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
Lei do Habeas Data: 9.557/1.997. 
Origem: Constituição Portuguesa e a Lei Norte-Americana “Freedom of Information Act”. 
No Brasil: surge com a CF/88 
Finalidade: São três: 
1. Garantir o acesso a dados pessoais: só dados da pessoa do impetrante que se encontram em bancos de 
dados de órgãos governamentais ou de caráter público (por exemplo O SPC, que mesmo sendo órgão 
privado tem informações de caráter público), ou seja, PEGADINHA DE CONCURSO: só posso impetrar 
habeas data para pleitear informações sobre mimmesmo! CUIDADO, eles vão falar que você quer 
impetrar habeas data para obter informações de seu pai já falecido! Não pode! Entretanto, não se pode 
impetrar habeas data contra banco e escola para ter suas informações porque não é órgão de caráter 
público, tem que ser mandado de segurança, OUTRA PEGADINHA! 
2. Corrigir os dados pessoais que estiverem incorretos: como SPC informar erroneamente que você é um 
mau pagador. 
3. Fazer anotações nos dados pessoais: caso estejam corretos. Exemplo: realmente o SPC está correto, não 
paguei as dívidas, mas foi porque estive um ano hospitalizado gravemente enfermo, e é conveniente que 
isso fique anotado. 
Se eu quero saber minha atual situação no SPC, deve pedir os dados primeiro, pois segundo a jurisprudência “só é 
possível impetrar HD se houver negativa ou demora na via administrativa”. Isso é uma das condições da ação: 
interesse de agir. 
Gratuidade: CF, art. 5º, LXXVII – o HD é gratuito a todos. 
 
3. Mandado de Injunção – CF, Art. 5º, LXXI. 
Não existe Lei regulamentar, portanto o STF aplica por analogia a Lei do Mandado de Segurança. 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
Origem: Constituição Portuguesa de 1974 ou “Writ of Injunction”. Há dúvidas qual foi o primeiro. 
No Brasil: surgiu na CF/88. 
Finalidade: cabe MI quando a ausência de norma regulamentadora inviabilizar o exercício de um direito 
constitucional. Exemplos: 
1. CF, art. 37, inc. VII – direito de greve do servidor público, nos termos de Lei específica. 
2. CF, art. 40, § 4º - direito a aposentadoria especial de alguns servidores públicos, como em caso de 
periculosidade. 
Um caso típico é o delegado, a atividade policial envolve periculosidade também não há direito de greve 
regulamentado em Lei específica. Se necessário, pode impetrar mandado de injunção para obrigar o 
cumprimento de seu direito. 
 
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Quem impetra MI: São dois: 
 Qualquer pessoa que se diga titular do direito. 
 O STF admite o mandado de injunção coletivo, em analogia ao mandado de segurança coletivo – as 
mesmas pessoas do mandado de segurança, no art. 5º inciso LXX da CF: 
o Partido político com representação no congresso nacional (um deputado ou um senador ao 
menos) 
o Entidade de classe 
o Organização sindical (qualquer sindicato em favor de seus sindicalizados) 
o Associação legalmente constituída e em funcionamento a pelo menos um ano 
 
Efeitos do MI: Antigamente o mandado de injunção não servia para nada – o STF adotava uma posição “não 
concretista”, efeitos não concretos, como a ADIn por omissão. MAS atualmente o STF adota uma posição 
concretista: atualmente o mandado de injunção produz efeitos concretos: o Judiciário reconhecerá o direito 
pendente de regulamentação. 
Exemplo: segundo o STF, até que seja editada a Lei específica sobre a greve de servidor público aplicar-se-á a Lei 
Geral da Greve nº 7.783/1.989. 
 
Capacidade postulatória: é necessário advogado. 
 
4. Ação Popular – CF, Art. 5º, LXXIII. 
Regulamentada pela lei 4.717/1.965. 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o 
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada 
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
 
Origem: Direito Romano. 
No Brasil: surgiu na CF/1.934, a terceira Constituição brasileira. 
Quem pode ajuizar: qualquer CIDADÃO – CUIDADO, PEGADINHA DE CONCURSO – cidadão é a pessoa no gozo 
dos direitos políticos, basta ter direito de votar, ser votado não precisa, como o analfabeto, por exemplo, ou o 
menor de 16 anos que pode votar mas não pode ser votado. 
Capacidade postulatória: necessita de advogado. 
Quem não pode ajuizar: quem não pode votar 
 Pessoa jurídica 
 MP enquanto instituição (mas o promotor enquanto pessoa física pode) 
 Estrangeiro, EXCETO o português que tem direitos equiparados e pode exercer direitos políticos. 
 Quem perdeu ou teve suspensos seus direitos políticos: condenados criminalmente com sentença 
transitada em julgado. 
 
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Finalidade: evitar ou reparar lesão a 4 bens jurídicos: 
a. Patrimônio público: como um prefeito que faz obras sem licitações, caso do ex-prefeito de São Luís do 
Maranhão até 2012 que asfaltou a cidade sem licitar. 
b. Meio ambiente 
c. Moralidade administrativa: legalmente é possível o prefeito nomear seus parentes a cargos de primeiro 
escalão, mas é imoral. 
d. Patrimônio histórico e cultural 
Gratuidade: o autor é isento de custas e ônus de sucumbência, salvo comprovada má fé. 
 
5. Mandado de Segurança – CF, Art. 5º, LXIX. 
Regulamentação: Lei do MS nº 12.016/2.009. 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-
data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público; 
 
Cabimento: para tutelar direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data contra ato de 
autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica no exercício de função pública. 
 Direito líquido e certo: é o direito que já está provado, que não precisa de dilação probatória, nem de 
testemunhas, perícia, etc. 
No caso, MS é ação residual: só cabe quando não couber HC (liberdade de locomoção) ou HD (acesso a 
informação ou dados pessoais). Exemplo: o direito a vida quando o sujeito pode morrer se o SUS não fornecer um 
medicamento caro – saúde é direito de todos e dever do Estado segundo a CF! 
Prazo decadencial para impetrar MS: 120 dias a contar do conhecimento do ato irregular (lei 12.016/2.009). 
 
6. Mandado de Segurança Coletivo – CF, Art. 5º, LXX. 
Regulamentação: Lei do MS nº 12.016/2.009. 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa 
dos interesses de seus membros ou associados; 
É idêntico ao Mandado de Segurança ordinário, com duas diferenças: 
1. Gênero de Direito Tutelado: direitos coletivos ou individuais homogêneos 
2. Legitimados: os mesmos do MI coletivo: 
 Partido político com representação no congresso nacional (um deputado ou um senador ao 
menos) 
 Entidade de classe 
 Organização sindical (qualquer sindicato em favor de seus sindicalizados) 
 
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 Associação legalmente constituída e em funcionamento a pelo menos um ano 
 
DIREITO DE NACIONALIDADE 
Artigo 12 da CF. 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais 
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, 
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do 
Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou 
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 
2007). 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, 
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros dequalquer nacionalidade, residentes na 
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos 
e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade 
brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 
3, de 1994). 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver 
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos 
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e 
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 23, de 1999). 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude 
de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994). 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994). 
 
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b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994). 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República 
Federativa do Brasil. 
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o 
hino, as armas e o selo nacionais. 
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter 
símbolos próprios. 
 
Definição: é o vínculo jurídico e político de uma pessoa com um Estado. 
A nacionalidade é um direito fundamental previsto no art. 12 da CF e em tratados internacionais sobre direitos 
humanos como o Pacto de San Jose da Costa Rica, do qual o Brasil é signatário. 
Apátrida: é possível, embora raro, uma pessoa sem nacionalidade. Exemplo: Albert Einstein. 
Não é possível uma pessoa nascer apátrida no Brasil, está previsto no Pacto de San Jose. 
Espécies de nacionalidade: 
1. Originária ou primária: é aquela adquirida pelo nascimento. Prevista somente na CF, art. 12, I. São 
brasileiros natos: 
a. Nascido no território brasileiro: é a regra geral: critério “jus solis”. 
i. Exceção: salvo se de pais estrangeiros a serviço de seu país. Exemplo: embaixador norte-
americano a serviço dos EUA no Brasil. 
b. Nascido no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira a serviço do Brasil (Estado Brasileiro, 
como missão diplomática, adm. direta ou indireta, etc.): É o critério “jus sanguinis” mais um 
“critério funcional”. 
c. (EC 54/2007) Nascido do estrangeiro de mãe ou pai brasileiro, desde que registrado em 
repartição brasileira competente: É o critério “jus sanguinis” mais um critério “registro”, que é 
um consulado, embaixada, ou se voltar ao Brasil um cartório. Comum com brasileiros migrantes 
que tem filhos em outros países. O Continente Americano adota jus solis, mas a Europa adota jus 
sanguinis. 
Nota: No início da CF havia a possibilidade de registrar filho de brasileiro nascido no estrangeiro 
em consulado brasileiro. Mas algumas dessas crianças não tinham nenhum vínculo com o Brasil a 
não ser essa nacionalidade. O Congresso Nacional, em 1.993, fez uma “lambança”: uma EC 
revogando tal hipótese. Então, nos países que não aceitavam o registro desses filhos de 
brasileiros, geravam apátridas. A EC 54/2007 trouxe de volta tal registro. Para as crianças nascidas 
entre 1993 e 2007, por expressa previsão da EC 54/2007 retroagiu para não deixa-los apátridas. 
d. Nascido no estrangeiro de mãe ou pai brasileiro, desde que venha a residir no Brasil e opte pela 
nacionalidade brasileira: combina três requisitos, portanto – jus sanguinis, vir a residir no Brasil 
(a qualquer tempo da vida) e optar pela nacionalidade brasileira (na Justiça Federal, art. 109, X, 
CF, ato personalíssimo não pode fazer por procuração, e só depois da maioridade). 
2. Adquirida ou secundária: adquirida por um ato posterior de vontade: é a naturalização. Prevista na CF e 
na Lei infraconstitucional pelo art. 22 da CF competência privativa da União, o Estatuto do 
Estrangeiro/1980. O Presidente não pode fazer MP a respeito segundo o art. 62 da CF. São brasileiros 
naturalizados: 
 
Página 9 de 11 
a. Naturalização tácita ou grande naturalização (não existe mais no Brasil): foi prevista na 
CF/1.891, dois anos depois da proclamação da república e três após abolição da escravidão. Com 
tantos estrangeiros, admitiu-se que “todos que estão no Brasil são brasileiros, salvo se houver 
manifestação em sentido contrário”. 
b. Naturalização expressa: a pessoa manifesta expressamente seu desejo de se naturalizar: 
i. Naturalização ordinária: CF, art. 12, II – é a regra geral, os seus requisitos estão na Lei 
infraconstitucional, o Estatuto do Estrangeiro/1.980, art. 112. Exemplo: argentino quer se 
naturalizar brasileiro, os requisitos são: 
1. Visto permanente no Brasil 
2. Morar pelo menos 4 anos no Brasil 
3. Saber ler e escrever português 
4. Ter boa saúde 
5. Ter condições de se manter no Brasil 
Exceção: os estrangeiros oriundos dos países de língua portuguesa só tem 2 requisitos: 
1. Residência por 1 ano 
2. Idoneidade moral 
ii. Naturalização extraordinária (ou quinzenária): os estrangeiros de qualquer 
nacionalidade podem se naturalizar brasileiros desde que residam no Brasil por 15 anos 
ininterruptos sem condenação penal. 
c. Português residente no Brasil: a CF dá tratamento diferenciado, com duas opções: 
i. Se naturalizar brasileiro: os dois requisitos da exceção da naturalização expressa vista 
acima: residir 1 ano no Brasil e idoneidade moral. Mas neste caso ele deixa de ser 
português será uma consequência natural de quem se naturaliza. NÃO É VANTAJOSO. 
ii. Requerer a equiparação: será chamado de “português equiparado”, ou seja, terá TODOS 
os direitos de um brasileiro naturalizado com a vantagem de continuar sendo Português, 
MUITO VANTAJOSO. Pode votar e ser votado, ajuizar remédios constitucionais, etc., mas 
deve optar em qual dos dois países vai exercer seus direitos políticos de votar e ser 
votado. Mas a CF/88 exige reciprocidade de Portugal em favor dos brasileiros lá 
residentes. 
d. Ç: 
 
Pergunta de concurso: qual a diferença entre brasileiro nato ou naturalizado? 
As 4 diferenças estão todas na CF e não podem ser criadas por Lei - ROL TAXATIVO: 
a. Cargos privativos de brasileiros natos: o chefe do Executivo e seus sucessores 
a. Presidente da República 
i. Vice presidente. 
ii. Presidente da Câmara dos Deputados 
iii. Ministro Presidente do STF 
b. Oficial das Forças Armadas: pode ser soldado, cabo, sargento, mas não oficial – tenente ou 
superior. 
 
Página 10 de 11 
c. Diplomata: é a pessoa que representa o Brasil no exterior. 
d. Ministro da Defesa: por estar ligado às forças armadas. 
b. Funções: o brasileiro nato possui 6 assentos reservados no conselho da república (CF, 89). 
c. Propriedade de empresas jornalísticas: (CF, 222) o naturalizado só pode ser proprietário depois de 10 
anos de naturalização. 
d. Extradição: brasileiro nato NUNCA poderá ser extraditado do Brasil. Mas o naturalizado pode em 2 casos: 
a. Crime anterior à naturalização 
b. Tráfico de drogas 
e. b 
 
 
Deportação: retirada do estrangeiro do território brasileirose aqui entrou ou permaneceu irregularmente. Ato 
unilateral. 
Expulsão: retirada do estrangeiro do território brasileiro se aqui praticou ato atentatório ao interesse nacional. 
Feito por decreto do presidente. Ato unilateral. Exemplo: Larry Rohter, do New York Times, disse que Lula era um 
bêbado e saiu no New York Times; Lula fixou prazo para ele deixar o Brasil, mas voltou atrás. 
Extradição: envio da pessoa (estrangeiro ou brasileiro naturalizado) para outro país para que lá seja processada 
ou cumpra pena. Ato unilateral. Bilateral Exemplo 1: José Maria Marin foi preso na Suíça em 27/maio/2015 nas 
eleições da FIFA, com pedido de extradição dos EUA, para lá responder processo criminal. Exemplo 2: Itália pediu 
extradição de Cesare Batisti para cumprir pena por crimes lá cometidos 
 
Perda da nacionalidade 
São duas hipóteses: 
a. Ação judicial para cancelamento da naturalização: 
a. Recai obviamente sobre brasileiros naturalizados. 
b. Tramita na justiça Federal: CF, 109, X 
c. Ajuizada pelo MP Federal 
d. Cabimento: quando houver atividade nociva ao interesse nacional (crime) 
e. Momento da perda: trânsito em julgado da sentença 
f. Reaquisição da nacionalidade brasileira: entende-se que não, mas a doutrina admite a ação 
rescisória do Processo Civil em 2 anos trânsito em julgado. 
b. Aquisição voluntária de outra nacionalidade: por exemplo, brasileiro migra para os EUA e anos depois se 
naturaliza americano: perde a nacionalidade brasileira. 
a. Recai sobre brasileiro nato e naturalizado 
b. G 
Exceções: são dois casos pela CF: 
a. Aquisição de outra nacionalidade originária: adquirida pelo nascimento. Exemplo: 
sujeito nasceu no Brasil e é neto de italianos – é brasileiro pelo critério jus solis, mas 
pelo critério jus sanguinis é italiano originário. 
 
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b. Quando o Estado estrangeiro exige a naturalização do brasileiro como condição de 
permanência no país ou para exercer algum direito: está na CF graças a um caso 
concreto ocorrido nos EUA; advogada brasileira trabalhava para o MP americano, e 
exigiram que ela se naturalizasse se quisesse continuar trabalhando para o governo 
americano, mesmo ela não querendo para não deixar de ser brasileira; para tais 
situações mudaram nossa CF para tais pessoas não perderem a nacionalidade 
brasileira. Hoje em dia é muito usada por jogadores de futebol que vão para o 
exterior para poderem jogar por seleções estrangeiras, ou para respeitarem o limite 
de jogadores europeus nos times. 
 
 
Questões 
Quanto às garantias constitucionais e à privação da liberdade, assinale a alternativa correta. 
(A) Conceder-se-á habeas corpus sempre que a lei admitir a liberdade provisória. 
(B) O preso será informado de seus direitos, dentre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
remoção para estabelecimento perto de sua família. 
(C) O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial, exceto 
nos crimes inafiançáveis. 
(D) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados no primeiro dia útil ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
(E) Ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. 
Resposta: E 
Em relação ao habeas corpus, assinale a opção correta. 
(A) Será concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua 
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
(B) Não será concedido em favor de quem já se encontra preso. 
(C) Não será concedido em favor de quem já foi condenado por sentença transitada em julgado. 
(D) Não será concedido à pessoa estrangeira em passagem pelo Brasil. 
Resposta: A

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